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Curso: Educação Física –
 Disciplina: Teoria e Prática do Futsal
Professor João Delino – jdelinos@bol.com.com
Agosto de 2014 
Contextualização Histórica do Futsal
Wilton Carlos de Santana
Algo parece ser unânime para todos aqueles que se propuseram a transitar pela história do Futsal: de que os primeiros passos aconteceram na década de 30 (evidentemente, nada parecido com o que vemos hoje; era mais um futebol jogado na quadra). Mas onde surgiu? Quanto à paternidade, existe certa discordância. Uma corrente defende que foi no Uruguai, mais precisamente na ACM de Montevidéu, onde o professor Juan Carlos Ceriani teria criado as primeiras regras. Essa corrente sustenta que alguns jovens brasileiros foram até lá e, em retornando, trouxeram aquelas. Outra corrente acredita que foi no Brasil, na ACM de São Paulo, onde fora praticado por outros jovens a título de recreação - posição sustentada, inclusive, pela Confederação Brasileira de Futsal (http://www.cbfs.com.br). No que pese a divergência, é inegável que os brasileiros são os maiores responsáveis pelo seu crescimento, expansão e organização.
Nas décadas posteriores, observa-se um crescimento vertiginoso da modalidade. O futebol de salão é praticado, divulgado (década de 40), reconhecido e regulamentado (década de 50). Surgem as Federações Nacionais (ainda na década de 50), a Confederação Sul-americana (década de 60), Brasileira e a Federação Internacional - FIFUSA (década de 70). O esporte ganha então o continente e o mundo, internacionalizando-se e despertando o interesse da FIFA em tê-lo sob seu domínio (na década de 80). No final desta última o Brasil (CBFS) filia-se oficialmente à FIFA (via CBF), que passa a ter uma Comissão responsável pelo futsal. A mudança não significou qualquer perda de autonomia da CBFS. Ao contrário, tornou-a ainda mais forte em todo o território nacional. Quem não gostaria de ter a poderosa FIFA como parceira? Basta lembrar o que ela fez pelo futebol!
Hoje, mais de 130 países são filiados à FIFA, e nos três últimos Campeonatos Mundiais, disputados na Espanha (1996), na Guatemala (2000) e na China (2004), tivemos uma demonstração da penetração da FIFA: houve cobertura da TV, que passou grande parte dos jogos, ao vivo, para muitos países; no último Mundial, inclusive, houve a participação de 16 seleções (países) representando os cinco continentes. Não pára por aí: o futsal foi incluído no Pan-americano de 2007, no Rio de Janeiro, e se aproxima do seu maior objetivo, que é se tornar Olímpico. Aliás, por que o futsal não é Olímpico? Difícil de responder. Entre outros fatores ventilados, me parece que a necessidade de o futsal feminino ter de se expandir internacionalmente se tornou a mais pontual. Uma campanha bastante representativa (iniciada em 2003) para que o futsal se torne Olímpico, em 2012, é a da Federação Paulista de Futsal.
Abaixo, descrevo, década a década, as principais características da história da modalidade (pelo menos aquelas que eu pude abstrair das investigações que fiz sobre o tema). Notar-se-á o seguinte: até a década de 50 se jogava futebol de salão sem muito rigor, isto é, sequer havia uma concordância acerca das regras. A partir daí, com a uniformização das regras (o primeiro livro de regras data de 1956, redigido por Luis Gonzaga de Oliveira Fernandes) o esporte se desenvolveu de fato. Outro ponto merece atenção: se considerarmos o enlace com a FIFA, em 1989 (e a fusão futebol de salão/futebol de cinco), que projetou definitivamente este esporte em nível mundial, o futsal teria pouco mais de 15 anos (e a julgar pelo que encontramos no site oficial da FIFA esta é a sentença). Mas a rigor mesmo, há toda uma história antes disso que não pode ser desprezada. Quando estive em Fortaleza, onde fica a sede da CBFS, os cearenses me deram uma definição interessante: para eles existe o futebol de salão. A FIFA é que o chama de futsal. Faz sentido. O fato é que havia uma necessidade de o esporte se transformar, se modernizar e isso foi muito bom e bem realizado. Com as alterações nas regras, o esporte apenas se transformou. A FIFA é bem-vinda, pois lhe deu visibilidade internacional.
Década de 30: surge o futebol de salão.
• Discordância sobre a paternidade;
• Uma corrente defende que o Futebol de Salão surgiu no Uruguai; as primeiras regras foram redigidas em 1933, pelo Prof. Juan Carlos Ceriani e fundamentadas no futebol (essência), basquete (tempo de jogo), handebol (validade do gol) e pólo aquático (ação do goleiro); a partir de um curso na ACM de Montevidéu, que contou com a presença de representantes das ACMs de toda a América Latina, entre eles alguns brasileiros (João Lotufo, Asdrúbal Monteiro, José Rothier) cópias das regras foram distribuídas e, posteriormente, trazidas e divulgadas no Brasil;
• Outra corrente, defendida por Luiz Gonzaga Fernandes, defende que: o Futebol de Salão surgiu no Brasil, no final de 1930, na ACM (SP) onde era praticado por jovens a título de recreação; esses jovens são considerados os precursores do esporte; admite que se jogava futebol em quadra também no Uruguai, mas que não passava de "autêntica pelada"; coube ao Brasil as primeiras normas e regulamentações; o autor é considerado aquele que primeiro organiza e regulamenta a modalidade esportiva de maneira a permitir a prática uniforme;
• Em 1936, no Rio de Janeiro (Brasil), Roger Grain publicou normas e regulamentações para a prática do Futebol de Salão, na Revista de Educação Física, nº. 6;
• As primeiras regras surgiram no Uruguai, cabendo aos brasileiros o crescimento, divulgação e ordenação do Futsal.
Década de 40: prática e divulgação do futebol de salão.
• Através das ACMs do Rio e São Paulo o Futebol de Salão ganha popularidade, chegando aos clubes recreativos e às escolas regulares;
• Em 1942, a prática do Futebol de Salão por adultos é proibida em todas as ACMs Sul-Americanas, pelo alto grau de indisciplina. A ACM (SP) foi a única que desobedeceu;
• Nessa década, a Comissão de Futebol de Salão da ACM (SP) realiza vários estudos e observações sobre as regras do esporte, com o objetivo de aperfeiçoá-las.
Década de 50: regulamentação e reconhecimento do futebol de salão e o nascimento das federações nacionais.
• Em Abril de 1950 são redigidas pela Comissão de Futebol de Salão da ACM (SP), as novas regras do esporte;
• Em 1954 surge a Liga de Futebol de Salão do Departamento de Extensão da ACM, responsável por um campeonato aberto de Clubes e Associações;
• Surgem as Federações: Carioca (54), Paulista (55), Gaúcha (56), Cearense (56) e Paranaense (56);
• Em 1956, Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes lançou a 1a regra oficial de Futebol de Salão do mundo, adotada posteriormente pela FIFUSA;
• Em março de 1958 - Confederação Brasileira de Desportos (CBD) oficializa a prática do Futebol de Salão, fundando o Conselho Técnico de Futebol de Salão, com a filiação das federações e uniformizando as regras;
• 1959 - I Campeonato Brasileiro de Seleções, em São Paulo. 
Década de 60: expansão da modalidade pela América Latina.
• O Futebol de Salão ganha o continente, surge a Confederação Sul Americana de Futebol de Salão, 1969;
• São promovidos os primeiros campeonatos Sul-Americanos de Clubes e Seleções;
• É promovida a I Taça Brasil de Clubes, 1968.
Principal característica da década de 70: o surgimento da FIFUSA e da CBFS
• O Futebol de Salão ganha o mundo, surge em 25/07/71 a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), fundada no Rio de Janeiro, tendo João Havelange como 1º presidente;
• O Futebol de Salão começa a despertar o interesse da FIFA, que procura a FIFUSA para absorver o esporte, mas com insucesso;
• Com a extinção da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) surge em 15/06/79 a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), com sede em Fortaleza (CE). O 1º presidente foi Aécio de Borba Vasconcelos.
Principal característica da década de 80: a internacionalização do futebol de salão eo surgimento do Futsal.
• A FIFUSA passa do Rio de Janeiro para São Paulo;
• São promovidos os 1ºs. Pan-Americanos (1980) e Mundiais (1982) de Clubes e de Seleções;
• A FIFUSA organizou 03 Campeonatos Mundiais: 1982 (Brasil), 85 (Espanha) e 88 (Austrália);
• Em 23/04/83 a FIFUSA autorizou a prática do Futebol de Salão feminino;
• A FIFA promove, em janeiro de 1989, o 1º Campeonato Mundial (1ª Copa do Mundo) de Futsal, na Holanda;
• Em 19/01/1989, reúnem-se, em Zurich (SUI), uma comissão da FIFUSA e outra da FIFA e é criada uma Comissão de Integração, cuja maior finalidade era discutir a unificação do futebol de salão (FIFUSA) e do futebol de cinco (FIFA);
• Em 14/03/1989, em uma nova reunião, na mesma cidade, por acordo da Comissão, a modalidade passa a ser regida em nível mundial por uma comissão permanente da FIFA; nesta reunião, inclusive, a FIFA mudou no artigo 27 dos seus estatutos o seguinte: chama-se futsal o que antes era chamado de futebol jogado em superfície reduzida;
• Em 05/09/1989, é realizada uma nova reunião em Zurich: fica acertado que a FIFUSA, de comum acordo, se dissolveria e a FIFA responderia pelo futsal;
• Em 23/11/1989, realiza-se em São Paulo (BRA) uma reunião da FIFUSA com 19 países afiliados para aprovar o decidido em 05/09/1989, isto é, a extinção da FIFUSA e a nomeação da FIFA como a nova comandante do futsal. Para surpresa de todos e liderados pelo paraguaio Rolando Alarcón, membro da Comissão de Integração e, por isso, um dos que concordara com o fato de a FIFA passar a reger o futsal, 12 países votaram contra a deliberação. O Brasil, representando a vontade de suas federações, votou a favor;
• Em 02/05/90, o Brasil afasta-se oficialmente da FIFUSA; esta passa a ser apenas uma sigla para a Confederação Brasileira de Futsal.
Principal característica da década de 90: a afirmação do Futsal
• A FIFA promove os mundiais de 1992 (Hong Kong), 1996 (Espanha) e 2000 (Guatemala);
• Surge, no Brasil, em 1996, a Liga Nacional de Futsal;
• Alguns dados que deverão, ano a ano, serem superados: o Brasil possui 5000 equipes de futsal, mais de 180 mil atletas federados, 27 federações, 1672 clubes, mais de 350 atletas no exterior; no mundo, mais de 70 países praticam o futsal; depois do Brasil, os países com maior número de participantes são: Espanha (1 milhão), República Checa (300 mil), Itália (210 mil) e Austrália (120 mil).
• O futsal é o esporte com o maior número de praticantes no Brasil.
Principal característica da década atual:
• Em 2001, reúne-se, pela primeira vez, uma Seleção Brasileira de Futsal Feminino;
• Em 2002, é promovido o I Campeonato Brasileiro de Seleções de Futsal Feminino. São Paulo foi o campeão. Paraná, o vice. Em 2004, São Paulo foi bi;
• Em 2004, a FIFA promove, na China, o seu 5º Campeonato Mundial. A Espanha é bicampeã. O Brasil, pela primeira vez, fica fora de uma final de Copa do Mundo;
• O futsal é incluído no Pan-americano de 2007, Rio de Janeiro;
• Boa parte dos jogadores brasileiros que se destacam ou com acesso à dupla cidadania é contrata por equipes de todo o mundo.
Dentre os autores brasileiros que escreveram sobre a história do futsal, Vicente Figueirêdo merece ser lido. O autor cearense tem dois livros: A história do futebol de salão: origem, evolução e estatísticas. Fortaleza: IOCE, 1996 e A seleção brasileira através dos tempos. Fortaleza: Edição do autor, 2004.
Fonte: www.pedagogiadofutsal.com.br/historia.asp
APRESENTAÇÃO DO FUTSAL
O Futsal é um desporto disputado por duas equipes com 5 jogadores cada uma. As equipes possuem como principal objetivo colocar a bola na meta adversária, caracterizada por 2 postes verticais de medidas oficiais, limitadas pela altura, por uma trave horizontal, também com medidas oficiais, tal como no futebol. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é vencida pela equipe que marcar o maior número de gols.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
	
	Para facilitar o entendimento, dividiremos o Futsal em alguns elementos que, somados, fazem o conjunto da modalidade. A seguir estudaremos as posições dos jogadores em quadra e suas respectivas funções; a técnica individual dos jogadores de linha e dos goleiros e os fundamentos em geral.
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POSIÇÕES DOS JOGADORES E SUAS FUNÇÕES
	
	Embora o Futsal competitivo de alto rendimento exija atletas com características universais (saber atuar em qualquer setor da quadra e desempenhar todas as funções que a circunstância pede), é extremamente importante explicitar as 5 posições básicas e suas respectivas características.
Goleiro
É, talvez, o jogador mais importante da equipe. Todo grande time deve começar com um bom goleiro. Ele é responsável por defender e impedir que a bola ultrapasse a linha de gol. Pode usar qualquer parte do corpo em sua área penal e, fora dela, tem a possibilidade de assumir as funções de um jogador de linha. As últimas regras lhe deram a possibilidade de lançar a bola com as mãos diretamente para o outro lado da quadra. Assim, observa-se que o goleiro de Futsal deverá possuir as mesmas qualidades técnicas dos demais jogadores de linha. Sua ação fora da área penal será imprescindível para o sucesso de sua equipe.
Fixo (último homem, beque, zagueiro, defensor)
Sua função é principalmente defensiva, porém deve saber o momento exato de participar de algumas manobras ofensivas, agindo como organizador, abrindo espaços para os companheiros e chegando como jogador-surpresa para o arremate a gol. Esse jogador deverá, ainda, orientar os colegas durante a marcação e ter um bom senso de cobertura. Tem como espaço inicial o centro de sua meia-quadra.
Ala direita e esquerda (lateral)
São os responsáveis pela construção das jogadas e têm a tarefa de marcar e atacar. Atuam, na maioria das vezes, pelas laterais, com infiltrações para o centro da quadra.
Pivô (Atacante)
Esse é o responsável pela distribuição das jogadas e, quando acionado, exerce as ações de finalização e de abrir espaços na área adversária para a penetração de seus companheiros. A sua característica fundamental é saber jogar de costas para o adversário. A sua área de atuação ocorre na quadra adversária.
TÉCNICA
	
	Segundo Rogério Voser a técnica é todo gesto ou movimento realizado pelo atleta que lhe permita dar continuidade e desenvolvimento ao jogo. É descrita também como uma série infindável de movimentos realizados durante uma partida, tendo como base os fundamentos do esporte.
TÉCNICAS INDIVIDUAIS DOS JOGADORES DE LINHA
Condução
É a ação de andar ou correr, com a bola próxima ao pé, por todos os espaços possíveis de jogo, protegendo-a quando acossado pelo adversário. A condução é um dos fundamentos que propicia, durante o aprendizado, um maior tempo de contato com a bola, facilita o seu controle e auxilia muito na realização de um drible.
Alguns aspectos são importantes para uma boa condução, dentre eles destaca-se:
a cabeça elevada, possibilitando a visão do jogo;
a proximidade da bola junto ao corpo;
a coordenação do movimento, principalmente em velocidade;
a proteção da bola;
o equilíbrio do corpo;
a noção de espaço de quadra;
a atenção às condições de passar, chutar em gol ou até mesmo de manter-se com a bola.
A condução é classificada em relação à trajetória e em relação à execução.
Em relação à trajetória, classifica-se em:
Retilínea.
Sinuosa.
Em relação à execução. Classifica-se em:
Face interna.
Face externa.
Solado.
Passe
Passe é o ato de entregar a bola diretamente ao companheiro ou lançá-la em um espaço vazio da quadra. O passe possibilita o jogo em conjunto e a progressão das jogadas. A execução da técnica do passe facilitará também o aprendizado do chute, pois ambos partem de um gestomotor muito semelhante, porém com objetivos diferentes. No Futsal atual, talvez o passe seja um dos fundamentos mais importantes, pois as movimentações dos atletas são intensas e, de certa forma, imprescindíveis para o desenvolvimento da mecânica de jogo.
Para que o passe seja bem executado, deve-se observar alguns aspectos, tais como:
a cabeça erguida.
os braços ligeiramente afastados.
o equilíbrio para a execução do movimento.
o pé de apoio próximo à bola (facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque).
a precisão no toque.
a intenção e objetivo ao tocá-la.
a força adequada para que a bola percorra a distância estabelecida.
Classificação dos passes:
Em relação à distância:
Curtos – até 4 metros;
Médios – de 4 a 10 metros;
Longos – acima de 10 metros.
Em relação à trajetória:
Rasteiro;
Meia-altura;
Parabólico;
Alto.
Em relação à execução:
Face interna;
Face externa;
Anterior (bico);
Solado;
Dorso.
Em relação ao espaço de jogo:
Lateral;
Diagonal;
Paralelo.
Passes de habilidade:
Cabeça;
Ombro;
Com o peito;
Com a coxa;
Calcanhar;
Parabólico ou cavado.
Chute
Chute é a impulsão dada à bola com um dos pés, tendo como objetivo a meta adversária. Para alguns estudiosos o chute pode também ser defensivo, quando o objetivo é impedir as ações de ataque.
No chute se estabelece uma reação de forças (pé e bola), contudo estudos apontam que o determinante para a velocidade do chute é a velocidade imprimida pela perna do pé de toque ao tocar a bola.
Para que o chute seja correto é importante salientar alguns fatores:
Posição do pé que não chuta (base);
Posição do pé que chuta;
Posição do joelho da perna que chuta (fletido para impulsão da perna);
Posição do corpo e, principalmente, do braço do lado da perna que faz a base. O mesmo deve estar estendido para proporcionar um bom equilíbrio.
Classificação do chute
Em relação à trajetória:
Rasteiro;
Meia altura;
Alto.
Em relação aos tipos e execução correspondente:
Simples – dorso do pé;
Bate pronto – dorso do pé, parte externa, interna e anterior;
Voleio – dorso do pé;
Bico – anterior do pé;
Cobertura – ântero-superior do pé.
Domínio
Domínio é a ação de receber a bola e deixá-la sob controle. Para que um passe consiga atingir o seu objetivo, o atleta que quer receber a bola deve estar bem colocado para facilitar a chegada da bola e também deverá possuir uma boa técnica para seu domínio. Na verdade, um bom domínio de bola agiliza o jogo e dá condições imediatas de conduzir, passar, driblar ou de finalizar ao gol. O domínio da bola dentro de uma partida de Futsal assume um importante papel, pois uma má recepção requer do praticante uma nova tentativa do domínio, o que solicita uma grande perda de tempo, favorecendo ao adversário e dando a oportunidade de se apoderar da bola. Como ocorre atualmente em uma partida de Futsal, os jogadores procuram restringir ao máximo os espaços da quadra, portanto todo jogador deve estar preparado para executar corretamente o domínio da bola. Independente de como a bola venha em sua direção, o domínio deve ser feito com rapidez e objetividade.
Classificação da recepção
Em relação à trajetória percorrida pela bola:
Rasteira;
Meia altura;
Parabólica;
Alta.
Em relação à execução:
Nas recepções rasteiras – face interna, face externa e solado;
Nas recepções à meia altura – face interna e externa dos pés e coxas;
Nas recepções parabólicas – cabeça, peito, coxa, dorso dos pés e solado;
Nas recepções altas – cabeça e peito.
Drible
O drible é uma ação individual com a bola que consiste numa combinação de recursos tais como:
o equilíbrio;
a velocidade de arranque;
agilidade;
utilizar uma postura proativa;
ritmo;
muita malícia;
sentido de improvisação.
O drible nada mais é que ultrapassar o adversário com a posse de bola. Alguns estudiosos ainda colocam que, para que isto aconteça, o atleta deve ter completo domínio de bola, agilidade nos movimentos, habilidade no trato da bola e criatividade para sair pelo lado mais fraco do marcador.
Classificação dos dribles
Quanto ao objetivo:
Ofensivo – tem como objetivo a meta adversária;
Defensivo – tem como objetivo manter a posse de bola em condições de segurança.
Quanto ao tipo e execução:
Drible simples – parado no lugar ou em deslocamento.
Puxadas laterais e saídas laterais (Parte interna, externa e com a parte inferior dos pés).
Drible clássico – parado no lugar ou em deslocamento.
Com o dorso do pé – no caso do chapéu;
Lambreta ou carretilha – é o ato de prender a bola com os pés e levantá-la executando o chapéu no adversário;
Parte interna, externa ou inferior – Meia-lua (joga-se a bola por um lado do adversário e corre-se pelo outro lado indo ao encontro da mesma), bolas por baixo das pernas;
Elástico – Empurra-se a bola com a parte de fora do pé e, praticamente sem perder o contato com a mesma, muda-se o sentido e traz-se a bola para dentro com a parte interna do pé. O mesmo pode ser executado de forma contrária. Primeiro para dentro e depois para fora.
Giro de pivô – O jogador domina com a parte inferior do pé, de costas para o adversário. Em seguida puxa a bola para o lado do pé que está dominando a bola girando o corpo por cima da mesma aproveitando o corpo do adversário.
Ao driblar devemos ainda considerar o tempo de reação para aplicação do drible; coordenação e equilíbrio; domínio sobre as diferentes técnicas individuais; visão e noção espacial e velocidade de execução.
Finta
A finta é o movimento executado sem bola. Basta realizar um movimento qualquer e se deslocar para o lado inverso. Deve-se salientar ainda que a finta com o corpo pode ser utilizada para possibilitar o recebimento de um passe, para auxiliar posteriormente um drible.
A finta pode ser classificada quanto ao objetivo:
Ofensiva e defensiva.
Ao fintar deve-se considerar a sincronização de movimentos, noção ampla de espaço, visão de jogo e tempo de bola.
Marcação
A marcação é a ação de impedir que o adversário receba a bola, ou que o mesmo progrida pela quadra de jogo. No Futsal competitivo traduz-se no principal elemento de defesa em decorrência das constantes movimentações.
A marcação pode ser dividida em dois estágios:
Aproximação: onde o jogador procura aproximar-se de seu oponente, buscando equilíbrio adequado para exercer a ação de abordagem.
Abordagem: quando o jogador está com um bom equilíbrio e aborda o oponente, buscando obter a posse da bola ou o desequilíbrio na ação de passe do adversário. Na ação de marcar individualmente é importante que não se marque a bola após a ação de passe do oponente e sim o seu deslocamento.
Outros itens importantes de marcação:
Antecipação: É a ação exercida para chegarmos à bola antes do adversário.
Cobertura: A cobertura poderá ser exercida tanto numa jogada ofensiva onde um companheiro de equipe vai realizar uma jogada de drible individual, quanto numa ação estritamente defensiva, a fim de auxiliarmos o colega de equipe durante a tentativa de drible do jogador adversário, formando uma segunda linha de marcação.
Cabeceio
Cabeceio é o ato de golpear a bola com a cabeça. Com a nova alteração das regras, tornou-se ainda mais utilizado este fundamento, principalmente nas situações de desafogo da defesa ao lançar a bola ao ataque, onde há interceptação da equipe adversária e também muito utilizado no lançamento do goleiro com as mãos para o outro lado da quadra, buscando um companheiro de equipe.
Classificação do cabeceio
Quanto ao objetivo
Ofensivo.
Defensivo.
Quanto à execução
Frontal.
Lateral.
TÉCNICAS INDIVIDUAIS DOS GOLEIROS
O goleiro é o guardião, é o único jogador que tem a vantagem de usar as mãos e os pés, tendo, por isso, superioridade sobre os demais. Há quem afirme que o futsal atual com as novas regras tem facilitado a vida dos atacantese dificultado as defesas do goleiro. Contudo, hoje, ele tem a chance igual aos demais jogadores de sair da área penal e também resolver um jogo. Existem em muitas equipes o goleiro artilheiro, que além de salvar a sua equipe com excelentes defesas, ainda vai ao ataque para marcar os gols. Talvez, hoje em dia, na formação de base, apareçam muitos garotos, buscando a posição de goleiro. Antigamente, só ia para o gol o menino que tinha dificuldade de jogar com os pés, ou o gordinho. Vejamos alguns fundamentos básicos para o desenvolvimento da técnica dos goleiros:
Pegada ou empunhadura
Pegada ou empunhadura é o posicionamento básico das mãos que possibilita exercer as ações de defesa da bola quando chutada, passada ou arremessada nos diferentes planos. É o princípio básico de um goleiro na qual é efetuada com o uso das mãos, procurando manter os braços unidos, exceto em caso de lances muito rápidos, e chutes muito potentes que impossibilitam a pegada da bola. Os braços ficam soltos e as mãos firmes, a fim de que a bola não ultrapasse esta resistência.
No entanto, em qualquer circunstância, após a pegada, o goleiro deve proteger a bola, usando uma parte do corpo como obstáculo seguinte, pois caso haja passagem inicial, encontrará outra barreira. Para facilitar a colocação do corpo como segundo obstáculo, recomenda-se que o goleiro jamais fique imóvel no gol. Pelo contrário, deve estar em constante movimentação, principalmente pernas e braços.
Defesas baixas e defesas altas
As defesas baixas são todas as defesas exercidas abaixo da linha da cintura, fazem parte as caídas laterais, encaixadas de bola e os recursos utilizados com os pés. Já as defesas altas são todas as defesas exercidas com as mãos ou peito acima da linha da cintura.
Espalmar
Espalmar ou espalmada é o toque na bola com a palma da mão fazendo com que se desvie de sua trajetória. Numa tentativa de defesa, no caso de chutes muito fortes e posições que impeçam de realizar a pegada com muita firmeza. A mão deve estar estendida para realizar o toque, o qual é feito entre a palma da mão e a primeira articulação dos dedos. Deve-se ter cuidado para não deixar que a bola, ao ser espalmada, rebata para frente.
Lançamento
O lançamento é o passe do goleiro aos companheiros de equipe, pode ser realizado com as mãos ou com os pés. Este passe também constitui elemento básico na construção de jogadas e, portanto, deve ser seguro, preciso, rápido, oportuno, inteligente, de modo a assegurar ao máximo a posse da bola para a sua equipe.
Com as mãos, o goleiro pode efetuar dois tipos de lançamentos, por cima e por baixo. Um de maior potência, onde o goleiro procura jogar a bola para um atacante no setor ofensivo da quadra. O outro é de menor potência, e é usado para distâncias curtas. Com os pés são inúmeras as possibilidades de execução, dependendo da distância do companheiro e do objetivo proposto. Como exemplo, pode-se citar o lançamento com um bate-pronto, um voleio ou com um passe rasteiro. Ao certo, o goleiro terá somente 4 segundos para realizá-lo, por isso deverá fazê-lo com muita rapidez e eficácia.
Fechar o ângulo
O goleiro deve movimentar-se sempre procurando ocupar a bissetriz do ângulo formado pela bola e os postes da meta. Fechar o ângulo é simplesmente fazer com que a meta se pareça menor ao atacante, isto é, tentar fechar ao máximo as áreas abertas da meta. Avançar à frente da meta, facilita ao goleiro efetuar a pegada no caso de chutes fortes, porém, não o ajudaria no caso de bolas em que o atacante tenta encobrir o goleiro.
Saída de gol
Define-se como sendo as intervenções de goleiro fora da sua área penal, objetivando impedir as finalizações ou ações de ataque. São ações onde o goleiro utiliza qualquer parte de seu corpo para tentar interceptar a bola ou seu oponente ou também quando objetiva sua participação na construção das jogadas ofensivas de sua equipe. Hoje, com a possibilidade de atuar fora da área penal, o goleiro tem avançado muito à frente, seja para fazer coberturas, antecipações ou até mesmo com o intuito de atacar.
Desenvolver os fundamentos dos jogadores de linha
O goleiro com a chance de poder jogar com os pés como os demais jogadores, deverá desenvolver e aprimorar muito a sua coordenação de membros inferiores. É indicado inclusive que ele trabalhe em conjunto com os demais atletas de linha e que também realize um treinamento técnico-tático de situações que necessitarão da sua participação. O passe, o chute, o drible curto e a proteção de bola acontecem com freqüência durante o jogo.
TÁTICA
A tática é o estudo, a orientação e a execução de manobras ofensivas e defensivas de uma equipe durante o jogo. É a preparação da equipe por meio de instruções básicas e especializadas que, ao lado de informações sobre o adversário, são planejadas com a finalidade de obter vantagem sobre o oponente durante a partida. Assim sendo, Daniel Mutti define a tática como sendo: “Uma forma racional e planejada de aplicar um sistema e seus vários esquemas, a fim de combinar o jogo de ataque e defesa, tirando proveito de todas as circunstâncias favoráveis da partida, com o objetivo de dominar o adversário e conseguir a vitória”.
SISTEMAS
Segundo Daniel Mutti, sistema pode ser definido como sendo a colocação dos jogadores em quadra com o objetivo de anular as manobras ofensivas da equipe adversária (defender) e confundir seus dispositivos defensivos para marcar o gol (atacar).
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SISTEMAS OFENSIVOS
SISTEMA 2x2
	Esse sistema utiliza dois jogadores na defesa e dois no ataque. É o sistema de jogo mais simples que uma equipe pode adotar. Por essa razão é o sistema mais utilizado nas categorias menores, pelos principiantes e pelas equipes de menor condição técnica.
SISTEMA 3x1
	Esse sistema se caracteriza pela existência de um jogador fixo na defesa, dois alas que fazem o vaivém de defesa e ataque e um pivô que joga sempre mais adiantado, tanto quando ataca como quando defende. É um sistema em que a equipe ataca e defende com três jogadores.
SISTEMA 1x3
	Esse sistema se caracteriza por uma atitude mais ofensiva, quem sabe até meio “suicida”, ao avançar três jogadores, deixando somente um atleta posicionado na quadra defensiva.
SISTEMA 1x2x1 e 2x1x1
	Esses sistemas de jogo são mais utilizados nos lances de saída de bola no arremesso de meta, onde os jogadores se posicionam adotando esses sistemas com o intuito de provocar uma reação na marcação da equipe adversária, e logo realizam movimentações para confundir seus dispositivos defensivos, e conseguir executar suas jogadas sem que a equipe defensora consiga neutralizar o lance. Esses sistemas podem ser considerados variantes dos sistemas 2x2, 3x1, 1x3 e 4x0.
SISTEMA 4x0
	O sistema 4x0 é o mais moderno posicionamento utilizado no Futsal e caracteriza-se pela colocação de 4 jogadores no setor defensivo na armação das jogadas. É também conhecido como 4 em linha e exige uma constante movimentação dos jogadores. Na Europa, principalmente na Espanha, é muito utilizado em virtude das dimensões das quadras que, quase em sua maioria, medem 40x20 metros.
SISTEMA 1x4 ou 2x3 ou 1x2x2
	Com as modificações realizadas nas regras oficiais do Futsal, um novo sistema de jogo foi criado. Falamos da permissão do goleiro em atuar fora da sua área penal, o que permitiu a opção de um novo posicionamento dos jogadores para atacar a equipe defensora, procurando estabelecer uma superioridade numérica a fim de facilitar a posse de bola e, conseqüentemente a finalização das jogadas. Nos dias atuais, esse sistema 1x4 é uma excelente estratégia de jogo que está sendo bastante utilizada, principalmente nos momentos finais de uma partida, onde a equipe que está em desvantagem lança mão deste recurso visando tornar a equipe muito mais ofensiva. O posicionamento 1x4 pode ser executado com os próprios goleiros das equipes, desde que possuam boa condição técnica para jogar com os pés, ouentão colocando um jogador de linha na posição de goleiro.
 
SISTEMAS DEFENSIVOS
Marcação Individual
	Na marcação individual o defensor marca individualmente o jogador que lhe é indicado, acompanhando-o por toda a Linha de Defesa preestabelecida. Esse sistema pode ainda ser classificado quanto ao local de posicionamento dos defensores. Linha 1 (pressão quadra toda), linha 2, linha 3 (meia quadra) ou linha 4. Nesse sistema marca-se o jogador e não a bola.
	A marcação sob pressão exige que o marcador exerça o combate direto ao oponente em qualquer setor dentro da Linha de Defesa preestabelecida, procurando evitar que ele receba a bola. Na marcação sob meia pressão o combate no setor de ataque se dá somente sobre o oponente que recebe ou que está de posse da bola, não sendo necessário o combate sobre o jogador que está sem bola, ficando responsável por esse jogador mais retraído, a fim de dar cobertura ao companheiro que efetua o combate direto sobre aquele que está com a bola, além de guarnecer o setor central da quadra. No setor defensivo a marcação é feita sob pressão.
Marcação por zona
	O sistema de marcação por zona consiste em atribuir a cada jogador da equipe uma zona definida de defesa, com a incumbência de ocupá-la e defendê-la integralmente. Nesse sistema marca-se a bola e não o jogador.
	Na marcação por zona o combate é exercido sobre o jogador contrário mais diretamente quando ele penetra na zona confiada ao defensor, sem que, no entanto, este esteja obrigado a acompanhá-lo fora dela. 
Marcação Mista
	A marcação mista é muito utilizada no Futsal de alto nível, exige muita coordenação nos movimentos pelos seus praticantes. Neste tipo de marcação é feita, simultaneamente, uma marcação por zona e uma marcação individual. Muitas vezes marca-se individualmente um jogador talentoso da outra equipe e por zona os demais. Pode acontecer também que a marcação individual seja numa Linda de Defesa e a marcação por zona seja em outra.
LINHAS DE DEFESA
São linhas imaginárias padronizadas e que separam os setores da quadra. Essas padronizações variam de autor para autor. Diante disso, tomo a liberdade de propor uma nova definição que objetiva facilitar o entendimento do professor e do aluno. A meia quadra de ataque será dividida ao meio em duas partes. O mesmo acontecendo com a meia quadra de defesa. Portanto, a quadra ficou dividida em quatro partes imaginárias. Contando do ataque para a defesa nós teremos então a linha 1 (próxima à meta adversária), linha 2, linha 3 (meia quadra) e linha 4.
LINHA DA BOLA
Linha da bola é uma linha imaginária traçada lateralmente sobre a bola com o objetivo de servir como referencial aos jogadores, principalmente no setor defensivo. Recomenda-se que todos os atletas efetuem a marcação sobre seus oponentes atrás da linha da bola.
LINHA DE PASSE
Linha de passe é o espaço compreendido entre o jogador que está com a bola e o seu companheiro que receberá o passe. Quando esse espaço está livre dizemos que temos uma linha de passe, mas quando existe um adversário impedindo a passagem da bola não temos mais a linha de passe.
PADRÃO DE JOGO
Padrão de jogo significa movimentação, deslocamento, troca de posições de forma planejada, organizada e padronizada, que tem como objetivo confundir a marcação adversária, provocando erros em seu posicionamento, para infiltração da bola na defesa contrária e, em conseqüência, o chute a gol.
O padrão não é sistema nem esquema de jogo. Ocorre, porém que os esquemas podem ter origem nos padrões de jogo, pois se encaixam perfeitamente na movimentação dos jogadores. Outro fator positivo é que os movimentos dos jogadores ficam padronizados, o que facilita a troca de posições entre eles e a eventual ocupação de espaços vazios que são criados.
1 - Padrão redondo
	Movimento realizado simultaneamente pelos quatro jogadores, em forma de círculo.
2 - Padrão “8”
	Movimento realizado com três jogadores, em que o passe e o deslocamento acontecem para a lateral oposta.
3 - Padrão “8” pelas costas
	Movimento semelhante ao anterior, porém o deslocamento é feito passando por trás (pelas costas) do jogador que recebe a bola. O jogador que recebe a bola deve estar bem aberto na lateral, e aquele que faz o passe deve conduzi-lo um pouco para o meio e daí passar, evitando que o oponente corte a trajetória da bola. Em seguida, se desloca.
4 - Padrão pelo meio
	Esse movimento envolve os quatro jogadores, que se movimentam simultaneamente. O jogador de posse da bola a conduz para o meio e toca para um companheiro do lado oposto; daí penetra velozmente pelo meio e desvia sua trajetória para a lateral contrária à qual tocou a bola, enquanto o pivô abre para a lateral da bola.
5 - Padrão cruzado (padrão de pivô)
	Movimento para ser realizado contra uma equipe que marca no meio da quadra. Um jogador fica de base no meio, os alas abertos nas laterais e o pivô no ataque. O ala faz o passe para o base e cruza em diagonal para o meio, trocando de posição com o pivô. O base faz o passe para o pivô que agora está localizado na ala em que seu parceiro deixou vazia. Após o passe o pivô volta para a sua posição de origem e o ala que, anteriormente, havia trocado de posição com ele, volta também para sua posição inicial. Agora a movimentação se dá com o outro ala e o desenvolvimento é idêntico até que se tenha uma oportunidade de quebra do padrão.
6 - Padrão com 4 “quatro em linha”
	Este padrão de jogo é um dos mais utilizados atualmente, caracterizando-se pelo posicionamento de 4 jogadores na armação da jogada e consiste numa combinação de movimentos já citados nos padrões anteriores. Os 4 jogadores fazem uma espécie de semicírculo na quadra de defesa. O padrão inicia-se com um dos jogadores do centro. Este toca a bola para uma das alas e os dois do centro se movimentam para o setor ofensivo. Um dos dois se posiciona na paralela e o outro na diagonal da bola. O padrão tem reinício com os dois jogadores posicionados nas alas se deslocando para o meio. A movimentação tem continuidade até aparecer uma oportunidade de quebra do padrão.
7 - Padrão quadrado
	O goleiro fica de base, próximo ao círculo central. Dois jogadores se posicionam abertos em cada lateral, passando a linha central da quadra, e os outros dois se posicionam na frente da área penal adversária, portanto os jogadores de linha formam um quadrado. Alguns técnicos e autores orientam a movimentação dos alas da base com os alas do fundo, mas essa movimentação facilita a ação defensiva. A movimentação adequada deve ser entre os alas do fundo cruzando lateralmente com o ala oposto à bola se posicionando na diagonal, nas costas do jogador da bola.
8 - Padrão ”X”
	Fica um jogador fixo como base e os demais jogadores alternam as posições. No campo de ataque ficam os dois alas e o pivô. De um lado ficam dois e do outro um atleta. Para iniciar o padrão “X” o base passa a bola para o ala mais próximo (do lado que tem dois), este por sua vez devolve a bola para o base e se desloca na diagonal, posicionando-se mais próximo à meta adversária fazendo a função de pivô. O pivô, que estava posicionado à frente desse ala que se deslocou ocupa a posição deixada por ele. O base passa a bola, dessa vez para o ala oposto, que executa o mesmo procedimento. Essa movimentação acontece até que se tenha uma oportunidade de quebra do padrão.
ESQUEMAS
O esquema é definido como a síntese da tática, ou seja, jogadas de ataque e defesa criadas e aplicadas durante o jogo.
MANOBRAS
Ofensivas
As manobras ofensivas ocorrem quando uma equipe está com a posse de bola e procura, por meio da troca de passes, movimentos, infiltrações e chutes à meta adversária, a realização de gols e, conseqüentemente, a vitória.
Defensivas
Entende-se por manobra defensiva a disposição dos jogadores em quadra procurando defender a sua própria meta contra as investidas do adversário, ouseja, é todo esquema de marcação efetuado durante o jogo, na tentativa de não permitir que o oponente obtenha sucesso em suas manobras ofensivas, nas trocas de passes, infiltrações e principalmente nos chutes a gol. Consiste em dificultar os deslocamentos do adversário, não os deixando livres para receberem a bola e concluírem a gol.
"O bem da humanidade deve consistir em que cada um goze o máximo de felicidade que possa, sem diminuir a felicidade dos outros."
Aldous Huxley - 1894-1963 - Escritor inglês
Professor João Delino de Sousa

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