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10ª Rodada - Curso CEI DPU

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CURSO CEI PARA A DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO 
 
10ª RODADA – 19 DE MARÇO DE 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVAS INSTRUÇÕES: 
 O material do Curso será sempre enviado nas quartas-feiras, 
via email. No caso de não recebimento nesse dia, antes de 
solicitarem o reenvio, confiram a caixa de spam; 
 
 As Rodadas terminam, também, nas quartas-feiras. 
Exemplificando: o material dessa Rodada está sendo enviado 
hoje, quarta-feira, e vocês terão até a próxima quarta-feira 
para responder, e, ainda, os mediadores terão até a quarta-
feira seguinte para fazer a correção individual e enviar a ata; 
 
 As respostas/peças devem ser enviadas em arquivo Word, 
tamanho 12, sendo aceito, também, no caso de resposta (e não 
peça), o envio no próprio corpo do email; 
 
 ATENÇÃO: a fim de propiciar um contato mais direto e 
individualizado com o mediador, alteramos nosso 
procedimento e agora as respostas/peças devem ser enviadas 
diretamente para o email do mediador (indicado abaixo); 
 
 Qualquer dúvida sobre o funcionamento do Curso, estarei 
sempre à disposição: caiodireito@gmail.com 
 
 
I. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 2 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário: 
 
- Questões objetivas sem gabarito/comentários; 
- Questões objetivas com gabarito/comentários; 
- Questões dissertativas; e 
- Peça 
EMAIL DOS MEDIADORES: 
 CAIO (Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional e 
Princípios Institucionais da Defensoria Pública): 
caio.cursocei@gmail.com; 
 
 PEDRO (Direito Internacional Privado e Processo Civil): 
pedro.cursocei@gmail.com; 
 
 ALDO (Direito Penal Militar, Processo Penal Militar, Direitos 
Humanos e Direito Internacional Público): 
aldocosta.cursocei@gmail.com; 
 
 ALEXANDRE (Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito 
Administrativo): alexandre.cursocei@gmail.com; 
 
 HENDRIKUS (Direito Previdenciário, Direito Tributário e Direito 
Eleitoral): hendrikus.cursocei@gmail.com; 
 
 EDILSON (Direito Internacional Privado e Direito Civil): 
edilson.cursocei@gmail.com; 
 
 
II. 
MUITA ATENÇÃO: cada resposta deve ser enviada para o email 
do respectivo mediador, sob pena de não ser corrigida! 
 
III. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 3 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 
 
1. A intimação de julgados proferidos pelo Superior Tribunal Militar, quando o réu 
estiver preso, poderá ser feita, de modo suficiente, na pessoa do defensor. 
 
2. A instrução provisória de insubmissão faz as vezes do inquérito policial militar 
e só pode ser arquivada a requerimento do Ministério Público Militar. 
 
3. O arquivamento do inquérito que, na lei comum, se pode complementar com a 
decisão do juiz do feito, na lei militar só se aperfeiçoa depois de exaurido o prazo 
para a representação do Corregedor, ou, oferecida essa, com a decisão do Superior 
Tribunal Militar que a indeferiu ou com o novo despacho do Juiz que, insistindo o 
Procurador-Geral, determinar o arquivamento. 
 
4. A vedação da concessão do “sursis”, com base no art. 617, II, “a”, do CPPM, 
segundo o qual a suspensão condicional da pena não se aplica em tempo de paz 
por desrespeito a superior e desacato, exige que haja concurso dos dois crimes. 
 
5. O Superior Tribunal Militar poderá proceder à correição parcial a 
requerimento das partes, para o fim de ser corrigido erro ou omissão 
inescusáveis, abuso ou ato tumultuário, em processo, cometido ou consentido por 
juiz, desde que, para obviar tais fatos, não haja recurso previsto no Código de 
Processo Penal Militar, ou mediante representação do auditor corregedor, para 
corrigir arquivamento irregular em inquérito ou processo. 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 4 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
DIREITO PENAL 
 
Sobre o tema “Organização Criminosa”, julgue os dois itens a seguir. 
 
6. Considera-se organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada por divisão formal de tarefas, com o 
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, 
mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam iguais ou 
superiores a quatro anos, mesmo quando se tratar de organização transnacional. 
 
7. Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização 
criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego 
ou função, com prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à 
investigação ou instrução processual. 
 
Sobre o tema “crimes contra o meio ambiente”, julgue os dois itens a seguir. 
 
8. É admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, 
ainda que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de 
direção do órgão responsável pela prática criminosa. 
 
9. A pessoa jurídica pode ser condenada à pena de prestação de serviços à 
comunidade. 
 
10. Quem tiver cometido “crimes contra humanidade”, em cumprimento de uma 
decisão emanada de um Governo ou de um superior hierárquico, quer seja militar 
ou civil, será isento de responsabilidade criminal. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 5 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
 
A respeito da fixação, na sentença condenatória, de valor mínimo para reparação 
dos danos causados pelo crime, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, 
julgue os dois itens a seguir. 
 
11. Tal expediente, inserido no CPP através da Lei 11719/2008, somente se aplica 
aos crimes praticados posteriormente à entrada em vigor da mencionada lei. 
 
12. A fixação de valor mínimo para reparação, na sentença condenatória, consiste 
em medida legal de obrigatória observância pelo juiz, sendo dispensado pedido 
expresso do ofendido ou do Ministério Público, não incidindo, portanto, 
obviamente, o contraditório para o réu. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
A respeito do tema “plebiscito”, julgue os três itens a seguir. 
 
13. Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de organizações 
comunitárias, favoráveis à criação, à incorporação ou ao desmembramento de 
município, não são capazes de suprir o rigor e a legitimidade do plebiscito. 
 
14. A expressão “populações diretamente interessadas”, prevista no art. 18, § 3º, 
da Constituição Federal, recebe, da jurisprudência do STF, uma interpretação que 
busca a máxima unidade constitucional, abrangendo realmente, portanto, toda a 
população dos municípios/Estados/territórios que eventualmente se pretenda 
desmembrar. 
 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 6 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
15. O assistido tem direito à atuação de Defensores Públicos distintos quando 
verificada a existência de interesses antagônicos ou colidentes entre destinatários 
de suas funções. 
 
DIREITO CIVIL 
 
16. Em razão da falta de previsão legal, já que não há previsão no rol taxativo da 
lei 8.036/90 (dispõe sobre os casos em que é possível o saque dos valores 
relacionados ao FGTS), não é admissível, para a satisfação do crédito alimentar, o 
levantamento do saldo de conta vinculada ao FGTS. 
 
17. Nos contratos de promessa de compra evenda de imóvel, é cabível ao 
magistrado reduzir o percentual da cláusula penal com o objetivo de evitar o 
enriquecimento sem causa por qualquer uma das partes. 
 
18. Nos contratos com direitos e deveres recíprocos, a cláusula penal estipulada 
apenas para o caso de inadimplemento de um dos pactuantes pode ser imposta ao 
outro, ante o seu descumprimento contratual. 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
19. O shopping center deve reparar os danos morais decorrentes de tentativa de 
roubo, não consumado apenas em razão de comportamento do próprio cliente, 
ocorrida nas proximidades da cancela de saída de seu estacionamento, mas ainda 
em seu interior. 
 
20. É dever do fornecedor fazer chegar ao consumidor, de forma simples, acessível 
e correta, as informações relevantes relacionadas aos respectivos produtos ou 
serviços. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 7 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
 
PROCESSO CIVIL In 
INFORMATIVO 533ininininiininini 
21. O saldo de depósito em fundo de previdência privada complementar na 
modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é impenhorável, a menos 
que sua natureza previdenciária seja desvirtuada pelo participante. 
 
22. Não é possível o ajuizamento de ação de improbidade administrativa 
exclusivamente em face de particular, com a concomitante presença de agente 
público no polo passivo da demanda. 
 
23. A existência de pendência de julgamento no STF sobre a modulação dos efeitos 
de decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade não enseja o 
sobrestamento do recurso especial. 
 
24. O artigo 515 do Código de Processo Civil preceitua “A apelação devolverá ao 
tribunal o conhecimento da matéria impugnada.”. Assim, no julgamento de 
apelação, a utilização de novos fundamento legais pelo tribunal, segundo a Corte 
Cidadã, para manter a sentença recorrida, não viola o referido dispositivo. 
 
25. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o direito de preferência em razão da 
idade no pagamento de precatórios, previsto no art. 100, § 2º, da CF, não pode ser 
estendido aos sucessores do titular originário do precatório, ainda que também 
sejam idosos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
26. Considere a seguinte situação hipotética: candidato a concurso público 
impetrou mandado de segurança destinado a combater ato ilegal no curso do 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 8 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
certame, ocorrido ainda em sua primeira fase. Com a realização de todas as fases e 
posterior homologação do resultado do concurso, houve decisão judicial de 
extinção da ação de impugnação, por perda do objeto. Tal decisão contraria a 
jurisprudência do STJ, que entende não ser a hipótese de perda do objeto da ação. 
 
27. O ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário pode ser 
configurado por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente, fazendo incidir 
contra ele, aplicadas isolada ou cumulativamente de acordo com a gravidade do 
fato, as sanções de ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da 
função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento 
de multa civil de até dez vezes o valor do dano e proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo de cinco anos. 
 
28. O efeito prodrômico típico do ato administrativo refere-se à possibilidade do 
recurso administrativo, quando interposto, ser decidido em desfavor do 
administrado (possível reformatio in pejus), não havendo se confundir a situação 
com a incidência do efeito prodrômico no processo penal, este referente, ao 
contrário, à vedação do reformatio in pejus em recursos manejados 
exclusivamente pela defesa do acusado quando diante de uma sentença 
condenatória. 
 
29. O princípio da publicidade determina, como regra geral, que os atos da 
Administração Pública sejam dotados de transparência e objeto de divulgação. 
Nesse sentido, a veiculação de notícia sobre a prática de ato administrativo pelo 
programa “A Voz do Brasil”, cuja retransmissão obrigatória pelas radiodifusoras 
vem sendo considerada constitucional pelo STF, não basta por si só para atender 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 9 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
ao comando do princípio da publicidade, sendo necessária também a publicação 
em órgão da imprensa oficial. 
 
30. A doutrina administrativista, citando Augustín Gordillo, aponta como um 
problema crucial da Administração Pública, no âmbito do princípio da 
moralidade, a existência de uma “moral paralela”, uma duplicidade concomitante 
de regras, processos e sistemas à sombra das estruturas estatais. Exemplo é o caso 
dos servidores públicos que exercem suas funções de forma aparentemente legal, 
mas sem responsabilidade ou espírito de servir à comunidade. O combate à essa 
administração ou “moral paralela” apenas pode ser efetivado com o 
fortalecimento dos órgãos estatais de controle, como o Ministério Público. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
31. Conforme expressa disposição legal, o empregado afastado do posto de 
trabalho para cumprir o serviço militar obrigatório não faz jus aos depósitos de 
FGTS do período de ausência que seriam devidos pelo empregador. Hipótese 
diversa ocorre no afastamento em virtude de acidente de trabalho, onde há 
determinação legal para que o empregador siga efetuando os depósitos fundiários 
em favor do empregado. 
 
32. Quando devidas ao trabalhador, as parcelas referentes ao adicional de 
periculosidade pago em caráter permanente, à gratificação por tempo de serviço e 
ao adicional noturno pago com habitualidade integram a base de cálculo das 
horas extras. 
 
33. Nenhum Estado-Membro da Organização Internacional do Trabalho poderá 
dela retirar-se sem aviso prévio ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do 
Trabalho. A retirada tornar-se-á efetiva dois anos depois que este aviso prévio 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 10 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
houver sido recebido. A retirada não afetará, para o Estado-Membro que houver 
ratificado uma convenção, a validez das obrigações desta decorrentes, ou a ela 
relativas, durante o pedido previsto pela mesma convenção. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
34. Regra geral, os recursos no processo trabalhista possuem apenas efeito 
devolutivo, sendo possível à parte proceder, via petição, à execução provisória do 
julgado até a penhora de bens. Por silente a CLT, na hipótese de litisconsortes com 
procuradores diversos, aplica-se subsidiariamente o art. 191 do CPC, sendo 
conferido prazo recursal em dobro. 
 
35. Apesar da CLT prever que os preceitos que regem o processo dos executivos 
fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal terão 
aplicação subsidiária às execuções trabalhistas, os embargos à execução no 
processo do trabalho possuem norma própria no texto consolidado. Assim, 
enquanto no rito da Lei 6.830/80, Lei de Execução Fiscal, garantido o juízo, o 
executado dispõe de 30 (trinta) dias para opor os embargos à execução, na seara 
laboral esse mesmo prazo será de apenas 08 (oito) dias. 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS COMENTADAS 
Estilo CESPE (certo ou errado), com indicação do ponto segundo o Anexo da 
Resolução do V Concurso 
 
ALDO COSTA 
Assessor de ministro doSTF. É bacharel em direito pela USP (1999). Foi professor substituto da Faculdade 
de Direito da UnB (2002-2006), conselheiro da Comissão de Anistia (2002), pesquisador visitante no Max-
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 11 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
Planck-Institut für ausländisches und internationales Strafrecht (2007) e assessor especial do Ministro da 
Justiça (2010-2011). Mediador das disciplinas de Direito Penal Militar, Processo Penal Militar, Direito 
Internacional e Direitos Humanos 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR 
 
1. A intimação de julgados proferidos pelo Superior Tribunal Militar, quando o réu 
estiver preso, poderá ser feita, de modo suficiente, na pessoa do defensor. 
 
Ponto 16 – Citação, intimação e notificação. 
 
O sistema constituído pelo Código de Processo Penal Militar é o de que a intimação do 
réu para tomar ciência de ato e termo processual só lhe será feita pessoalmente se ele 
encontrar-se na prisão, pois, do contrário, aquela providência será executada na pessoa 
do defensor. Nesse mesmo sentido, a jurisprudência do Supremo: “A leitura concatenada 
do § 2º do art. 288 com o art. 537, ambos do Código de Processo Penal Militar, não induz 
à conclusão da necessidade da intimação pessoal do réu quanto ao julgamento de 
segundo grau quando ele o aguardou solto. Essa intimação pessoal só é essencial quando 
ele estiver preso” (STF HC 99.109). ERRADO 
 
2. A instrução provisória de insubmissão faz as vezes do inquérito policial militar 
e só pode ser arquivada a requerimento do Ministério Público Militar. 
 
Ponto 18.4 – Insubmissão. 
 
A instrução provisória de instrução é o procedimento especial, previsto no Código de 
Processo Penal Militar (art. 463 e seu §1º), para a apuração do crime de insubmissão. 
Essa instrução especial faz as vezes do inquérito policial militar que, à semelhança dela, 
como se vê do disposto do art. 9º do CPPM, “é a apuração sumária de fato que, nos 
termos legais, configure crime militar, e de sua autoria” e que “tem o caráter de 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 12 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à 
propositura da ação penal”. Assim, essa instrução provisória especial só pode ser 
arquivada, como sucede com o inquérito policial militar, a requerimento do Ministério 
Público Militar, tendo em vista que é a ele que, em face dela, por ter o monopólio da ação 
penal, caberá pedir seu arquivamento ou denunciar. (STF HC 79.533). CERTO 
 
3. O arquivamento do inquérito que, na lei comum, se pode complementar com a 
decisão do juiz do feito, na lei militar só se aperfeiçoa depois de exaurido o prazo 
para a representação do Corregedor, ou, oferecida essa, com a decisão do Superior 
Tribunal Militar que a indeferiu ou com o novo despacho do Juiz que, insistindo o 
Procurador-Geral, determinar o arquivamento. 
 
Ponto 3 – Inquérito policial militar. 
 
O arquivamento do inquérito que, na lei comum, se pode complementar com a decisão 
do juiz do feito, na lei militar só se aperfeiçoa depois de exaurido o prazo para a 
representação do Corregedor (CPPM, art. 498, § 1º), ou, oferecida essa, com a decisão do 
Superior Tribunal Militar que a indeferiu ou com o novo despacho do Juiz que, insistindo 
o Procurador-Geral, determinar o arquivamento. Mas o Superior Tribunal Militar só 
pode determinar a correição parcial, acolhendo representação do Corregedor, em 
relações a decisões de caráter não jurisdicional, tal como a que acolhe o pedido do 
Ministério Público para arquivamento de inquérito (STF HC 68.739). Já as decisões 
jurisdicionais geram coisa julgada, o que impede que a inércia das partes seja suprida 
pelo órgão judiciário legitimado à correição (STF HC 78.309). CERTO 
 
4. A vedação da concessão do “sursis”, com base no art. 617, II, “a”, do CPPM, 
segundo o qual a suspensão condicional da pena não se aplica em tempo de paz 
por desrespeito a superior e desacato, exige que haja concurso dos dois crimes. 
 
Ponto 21.2 – Suspensão condicional da pena. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 13 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
 
O art. 617, II, “a”, do CPPM alude, para vedar a concessão de “sursis”, a crime “de 
desrespeito a superior e desacato”. A questão que se põe é a de saber se para a aplicação 
dessa vedação é mister que haja concurso desses dois crime, ou ela se aplica a cada um 
deles. À primeira vista, parece que há a necessidade desse concurso, porque o crime de 
desrespeito a superior, por si só, já vem expressamente referido, para a proibição da 
concessão do “sursis”, na letra “b” desse mesmo inciso II do art. 517 do CPPM. Sucede, 
porém, que, se é certo que haveria redundância em se tratar do mesmo crime 
isoladamente nas letras “a” e “b” do dispositivo em causa, também há redundância se se 
entender que, para a vedação da letra “a”, seria preciso o concurso dos crimes de 
desrespeito a superior e desacato a ele, pois bastaria o primeiro para que a vedação 
ocorresse por força da aplicação da letra “b”. Daí o entendimento no sentido de não 
exigir a vedação da concessão da suspensão condicional da pena a existência de 
concurso dos crimes de desrespeito a superior e desacato, a qual se aplica a cada um 
deles (STF HC 77.277). ERRADO 
 
5. O Superior Tribunal Militar poderá proceder à correição parcial a 
requerimento das partes, para o fim de ser corrigido erro ou omissão 
inescusáveis, abuso ou ato tumultuário, em processo, cometido ou consentido por 
juiz, desde que, para obviar tais fatos, não haja recurso previsto no Código de 
Processo Penal Militar, ou mediante representação do auditor corregedor, para 
corrigir arquivamento irregular em inquérito ou processo. 
 
Ponto 20.3 – Correição parcial. 
 
O enunciado reproduz o texto das alíneas “a” e “b” do art. 498 do Código de Processo 
Penal Militar. Há previsão semelhante na Lei nº 5.010/1966, que organiza a Justiça 
Federal de primeira instância, cujo art. 6º, inciso I, diz competir ao Conselho da Justiça 
Federal conhecer de correição parcial requerida pela parte ou pela Procuradoria da 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 14 
 
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República, no prazo de cinco dias, contra ato ou despacho do Juiz de que não caiba 
recurso, ou comissão que importe erro de ofício ou abuso de poder. CERTO 
 
______________________________________ 
 
CAIO PAIVA 
Defensor Público Federal em Manaus/AM e editor do site www.oprocesso.com 
Mediador das disciplinas de Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional e Princípios 
Institucionais da Defensoria Pública 
 
DIREITO PENAL 
 
Sobre o tema “Organização Criminosa”, julgue os dois itens a seguir. 
 
Ponto 12. Organização criminosa. 
 
6. Considera-se organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada por divisão formal de tarefas, com o 
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, 
mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam iguais ou 
superiores a quatro anos, mesmo quando se tratar de organização transnacional. 
 
O tema “organização criminosa” é um item específico do anexo do V Concurso da DPU, 
tratando-se, por ser uma lei nova, a 12850/2013, de assunto com grande possibilidade 
de ser cobrado na prova. Por essa razão, vamos treinar, aqui, três questões objetivas 
formuladas exclusivamente a partir da lei seca em questão. O enunciado apresentado 
contém três equívocos, que somenteforam identificados, creio, por quem tenha lido 
recentemente a lei com muita atenção. O conceito de organização criminosa vem 
disposto no art. 1º, § 1º, da Lei 12850/2013, e contém praticamente o que consta no 
enunciado proposto, exceto os três seguintes erros: (a) a divisão de tarefas pode ser 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 15 
 
CEI – Círculo de Estudos pela Internet: www.cursocei.com 
 
informal; (b) as infrações penais somente praticadas devem ostentar pena máxima 
superior a quatro anos, e não “igual ou superior”; e (c) quando se tratar de organização 
transnacional, dispensa-se o requisito anterior, relativo à pena máxima dos crimes. 
ERRADO 
 
7. Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização 
criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego 
ou função, com prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à 
investigação ou instrução processual. 
 
O enunciado contém um singelo erro: conforme dispõe o art. 2º, § 5º, da Lei 
12850/2013, o afastamento cautelar do cargo não acarreta a perda temporária da 
remuneração. Ainda sobre esse ponto, o § 6º do mesmo dispositivo estabelece que “A 
condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, 
função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo 
público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena”. ERRADO 
 
Sobre o tema “crimes contra o meio ambiente”, julgue os dois itens a seguir. 
 
Ponto 19. Crimes contra o meio ambiente. 
 
8. É admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, 
ainda que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de 
direção do órgão responsável pela prática criminosa. 
 
O enunciado apenas reproduz trecho da decisão da 1ª Turma do STF, no RE 548181, 
julgado em 06/08/2013 e veiculado no Informativo n. 714 (acórdão pendente de 
publicação). CERTO 
 
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9. A pessoa jurídica pode ser condenada à pena de prestação de serviços à 
comunidade. 
 
Dispõe o art. 22 da Lei 9605/98 que as penas restritivas de direitos da pessoa jurídica 
são (a) suspensão parcial ou total de atividades, (b) interdição temporária de 
estabelecimento/obra/atividade e (c) proibição de contratar com o Poder Público, bem 
como dele obter subsídios/subvenções/doações. O art. 21 da mesma lei, por sua vez, 
inclui a prestação de serviços à comunidade fora das penas restritivas de direitos, ao 
contrário, então, do que faz o CP. Pois bem, mas como uma pessoa jurídica cumpre esse 
tipo de pena? A resposta vem no art. 23, que prevê quatro modos de cumprimento da 
prestação de serviços à comunidade pena pessoa jurídica: (a) custeio de programas e de 
projetos ambientais; (b) execução de obras de recuperação de áreas degradadas; (c) 
manutenção de espaços públicos; e (d) contribuições a entidades ambientais ou 
culturais. Portanto, o enunciado está correto. CERTO 
 
10. Quem tiver cometido “crimes contra humanidade”, em cumprimento de uma 
decisão emanada de um Governo ou de um superior hierárquico, quer seja militar 
ou civil, será isento de responsabilidade criminal. 
 
Ponto 20. Crimes contra a humanidade. 
 
Atenção para este tópico específico do anexo do V Concurso da DPU, que deve ser 
estudado pelo Estatuto de Roma, promulgado, no Brasil, pelo Decreto n. 4388/2002. Sem 
o objetivo de esgotar, aqui, essa matéria, vejamos os pontos principais. Os crimes contra 
a humanidade são de competência do Tribunal Penal Internacional (art. 5º, 1, b). E o que 
são crimes contra a humanidade? O art. 7º, 1, responde: “Para os efeitos do presente 
Estatuto, entende-se por "crime contra a humanidade", qualquer um dos atos seguintes, 
quando cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer 
população civil, havendo conhecimento desse ataque: a) Homicídio; b) Extermínio; c) 
Escravidão; d) Deportação ou transferência forçada de uma população; e) Prisão ou outra 
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forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de 
direito internacional; f) Tortura; g) Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição 
forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no 
campo sexual de gravidade comparável; h) Perseguição de um grupo ou coletividade que 
possa ser identificado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos 
ou de gênero, tal como definido no parágrafo 3o, ou em função de outros critérios 
universalmente reconhecidos como inaceitáveis no direito internacional, relacionados com 
qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime da competência do Tribunal; 
i) Desaparecimento forçado de pessoas; j) Crime de apartheid; k) Outros atos 
desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou 
afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental”. Transcrevo aqui, 
ainda, o item 2 deste artigo, que define cada um dos conceitos acima mencionados: “Para 
efeitos do parágrafo 1o: a) Por "ataque contra uma população civil" entende-se qualquer 
conduta que envolva a prática múltipla de atos referidos no parágrafo 1o contra uma 
população civil, de acordo com a política de um Estado ou de uma organização de praticar 
esses atos ou tendo em vista a prossecução dessa política; b) O "extermínio" compreende a 
sujeição intencional a condições de vida, tais como a privação do acesso a alimentos ou 
medicamentos, com vista a causar a destruição de uma parte da população; c) Por 
"escravidão" entende-se o exercício, relativamente a uma pessoa, de um poder ou de um 
conjunto de poderes que traduzam um direito de propriedade sobre uma pessoa, incluindo 
o exercício desse poder no âmbito do tráfico de pessoas, em particular mulheres e crianças; 
d) Por "deportação ou transferência à força de uma população" entende-se o deslocamento 
forçado de pessoas, através da expulsão ou outro ato coercivo, da zona em que se 
encontram legalmente, sem qualquer motivo reconhecido no direito internacional; e) Por 
"tortura" entende-se o ato por meio do qual uma dor ou sofrimentos agudos, físicos ou 
mentais, são intencionalmente causados a uma pessoa que esteja sob a custódia ou o 
controle do acusado; este termo não compreende a dor ou os sofrimentos resultantes 
unicamente de sanções legais, inerentes a essas sanções ou por elas ocasionadas; f) Por 
"gravidez à força" entende-se a privação ilegal de liberdade de uma mulher que foi 
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engravidada à força, com o propósito de alterar a composição étnica de uma população ou 
de cometer outras violações graves do direito internacional. Esta definição não pode, de 
modo algum, ser interpretada como afetando as disposições de direito interno relativas à 
gravidez; g) Por "perseguição'' entende-se a privação intencional e grave de direitos 
fundamentais em violação do direito internacional, por motivos relacionados com a 
identidade do grupo ou da coletividade em causa; h) Por "crime de apartheid" entende-se 
qualquer ato desumano análogo aos referidos no parágrafo 1°, praticado no contexto de 
um regime institucionalizado de opressão e domínio sistemático de um grupo racial sobre 
um ou outros grupos nacionais e com a intenção de manter esse regime; i) Por 
"desaparecimento forçado de pessoas" entende-sea detenção, a prisão ou o seqüestro de 
pessoas por um Estado ou uma organização política ou com a autorização, o apoio ou a 
concordância destes, seguidos de recusa a reconhecer tal estado de privação de liberdade 
ou a prestar qualquer informação sobre a situação ou localização dessas pessoas, com o 
propósito de lhes negar a proteção da lei por um prolongado período de tempo”. Por fim, 
no tocante especificamente ao enunciado, o art. 33 do Estatuto de Roma, que disciplina a 
decisão hierárquica e suas disposições legais, estabelece que “Para os efeitos do presente 
artigo, qualquer decisão de cometer genocídio ou crimes contra a humanidade será 
considerada como manifestamente ilegal”. Logo, ao contrário do afirmado no enunciado, 
a obediência hierárquica não tem aplicabilidade nos casos de crimes contra a 
humanidade, pois a ordem do superior, neste caso, será considerada presumidamente 
de manifesta ilegalidade. ERRADO 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
A respeito da fixação, na sentença condenatória, de valor mínimo para reparação 
dos danos causados pelo crime, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, 
julgue os dois itens a seguir. 
 
Ponto 10 – Da sentença. 
 
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11. Tal expediente, inserido no CPP através da Lei 11719/2008, somente se aplica 
aos crimes praticados posteriormente à entrada em vigor da mencionada lei. 
 
O enunciado está em conformidade com o que decidiu, recentemente, o STJ: “A regra do 
art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que dispõe sobre a fixação, na sentença 
condenatória, de valor mínimo para reparação civil dos danos causados ao ofendido, é 
norma híbrida, de direito processual e material, razão pela que não se aplica a delitos 
praticados antes da entrada em vigor da Lei n.º 11.719/2008, que deu nova redação ao 
dispositivo” (REsp 1193083, rel. min. Laurita Vaz, DJe 27/08/2013). CERTO 
 
12. A fixação de valor mínimo para reparação, na sentença condenatória, consiste 
em medida legal de obrigatória observância pelo juiz, sendo dispensado pedido 
expresso do ofendido ou do Ministério Público, não incidindo, portanto, 
obviamente, o contraditório para o réu. 
 
O enunciado conflita com o que decidiu o STJ no mesmo precedente citado na questão 
anterior: “Para que seja fixado na sentença o início da reparação civil, com base no art. 
387, inciso IV, do Código de Processo Penal, deve haver pedido expresso do ofendido ou do 
Ministério Público e ser oportunizado o contraditório ao réu, sob pena de violação ao 
princípio da ampla defesa” (REsp 1193083, rel. min. Laurita Vaz, DJe 27/08/2013). 
ERRADO 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
A respeito do tema “plebiscito”, julgue os três itens a seguir. 
 
Pontos 9 e 10. Dos direitos políticos e Organização do Estado. 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 20 
 
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13. Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de organizações 
comunitárias, favoráveis à criação, à incorporação ou ao desmembramento de 
município, não são capazes de suprir o rigor e a legitimidade do plebiscito. 
 
O enunciado reproduz, literalmente, trecho da ementa da ADI 2994, rel. min. Ellen 
Gracie, julgada em 12/05/2004 pelo Supremo Tribunal Federal (no mesmo sentido, cf. 
ADI 3615). CERTO 
 
14. A expressão “populações diretamente interessadas”, prevista no art. 18, § 3º, 
da Constituição Federal, recebe, da jurisprudência do STF, uma interpretação que 
busca a máxima unidade constitucional, abrangendo realmente, portanto, toda a 
população dos municípios/Estados/territórios que eventualmente se pretenda 
desmembrar. 
 
O enunciado está em conformidade com o que decidiu o STF no julgamento da ADI 2650, 
rel. min. Dias Toffoli, DJe 17/11/2011, conforme se vê pela leitura do seguinte trecho da 
ementa: “1. Após a alteração promovida pela EC 15/96, a Constituição explicitou o alcance 
do âmbito de consulta para o caso de reformulação territorial de municípios e, portanto, o 
significado da expressão “populações diretamente interessadas”, contida na redação 
originária do § 4º do art. 18 da Constituição, no sentido de ser necessária a consulta a toda 
a população afetada pela modificação territorial, o que, no caso de desmembramento, deve 
envolver tanto a população do território a ser desmembrado, quanto a do território 
remanescente. Esse sempre foi o real sentido da exigência constitucional - a nova redação 
conferida pela emenda, do mesmo modo que o art. 7º da Lei 9.709/98, apenas tornou 
explícito um conteúdo já presente na norma originária. 2. A utilização de termos distintos 
para as hipóteses de desmembramento de estados-membros e de municípios não pode 
resultar na conclusão de que cada um teria um significado diverso, sob pena de se admitir 
maior facilidade para o desmembramento de um estado do que para o desmembramento 
de um município. Esse problema hermenêutico deve ser evitado por intermédio de 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 21 
 
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interpretação que dê a mesma solução para ambos os casos, sob pena de, caso contrário, se 
ferir, inclusive, a isonomia entre os entes da federação. O presente caso exige, para além de 
uma interpretação gramatical, uma interpretação sistemática da Constituição, tal que se 
leve em conta a sua integralidade e a sua harmonia, sempre em busca da máxima da 
unidade constitucional, de modo que a interpretação das normas constitucionais seja 
realizada de maneira a evitar contradições entre elas. Esse objetivo será alcançado 
mediante interpretação que extraia do termo “população diretamente interessada” o 
significado de que, para a hipótese de desmembramento, deve ser consultada, mediante 
plebiscito, toda a população do estado-membro ou do município, e não apenas a população 
da área a ser desmembrada. 3. A realização de plebiscito abrangendo toda a população do 
ente a ser desmembrado não fere os princípios da soberania popular e da cidadania. O que 
parece afrontá-los é a própria vedação à realização do plebiscito na área como um todo. 
Negar à população do território remanescente o direito de participar da decisão de 
desmembramento de seu estado restringe esse direito a apenas alguns cidadãos, em 
detrimento do princípio da isonomia, pilar de um Estado Democrático de Direito”. CERTO 
 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA 
 
15. O assistido tem direito à atuação de Defensores Públicos distintos quando 
verificada a existência de interesses antagônicos ou colidentes entre destinatários 
de suas funções. 
 
Ponto 2.1. A Lei Complementar n. 80/1994. 
 
O enunciado apenas reproduz um – importante – direito do assistido, previsto no art. 4º-
A, V, da LC 80/94. Trata-se de expediente muito comum na prática. Aliás, eu e o colega 
(mediador) Edilson já atuamos, juntos, em diversas audiências criminais, um 
defendendo cada acusado/assistido. Perceba-se, portanto, que o princípio da unidade da 
Defensoria, que já chegou a receber uma equivocada interpretação no sentido de que a 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 22 
 
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instituição não poderia representar interesses distintos e antagônicos no mesmo 
processo, já não mais possui incidência alguma. CERTO 
 
______________________________________ 
 
EDILSON SANTANA 
Defensor Público Federal em Manaus/AM e ex Defensor Público do Estado do Maranhão 
Mediador das disciplinas de Direito Internacional Privado e Direito Civil 
Twitter: @EdilsonSGF 
 
DIREITOCIVIL 
 
16. Em razão da falta de previsão legal, já que não há previsão no rol taxativo da 
lei 8.036/90 (dispõe sobre os casos em que é possível o saque dos valores 
relacionados ao FGTS), não é admissível, para a satisfação do crédito alimentar, o 
levantamento do saldo de conta vinculada ao FGTS. 
 
Pontos 6.3 – alimentos: pressupostos. 
 
A jurisprudência do STJ orienta-se pela admissão do levantamento de saldo de conta 
vinculada ao FGTS, a fim de satisfazer o crédito alimentar (AgRg no RMS n. 34.708/SP, 
AgRg no RMS n. 35.010/SP e AgRg no RMS n. 34.440/SP). Vejamos trecho da emenda do 
julgado no AgRg no RMS n. 34.708/SP: “Este Tribunal Superior entende ser possível a 
penhora de conta vinculada do FGTS (e do PIS) no caso de execução de alimentos, 
havendo, nesses casos, a mitigação do rol taxativo previsto no art. 20 da Lei 8.036/90, 
dada a incidência dos princípios constitucionais da proporcionalidade e da dignidade da 
pessoa humana”. Verifique-se que se preserva a dignidade de ambas as partes, pois o 
credor receberá a pensão, enquanto o devedor se livrará do risco de prisão civil. Nesse 
sentido dispõe o enunciado 572 da VI Jornada ele Direito Civil: “Mediante ordem judicial, 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 23 
 
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é admissível, para a satisfação do crédito alimentar atual, o levantamento do saldo de 
conta vinculada ao FGTS”. ERRADO 
 
17. Nos contratos de promessa de compra e venda de imóvel, é cabível ao 
magistrado reduzir o percentual da cláusula penal com o objetivo de evitar o 
enriquecimento sem causa por qualquer uma das partes. 
 
Ponto 9 e 9.2.– Dos contratos: generalidades, elementos e efeitos dos contratos; da compra e 
venda. 
 
“A cláusula penal pode ser conceituada como sendo a penalidade, de natureza civil, 
imposta pela inexecução parcial ou total de um dever patrimonial assumido” (TARTUCE, 
Flávio. Manual de direito civil: volume único. 4. ed. São Paulo: Método, 2014. p. 369). No 
caso, incide o art. 413 do CC/2002, segundo o qual a penalidade deve obrigatoriamente 
(e não facultativamente) ser reduzida equitativamente pelo juiz se o seu montante for 
manifestamente excessivo. Trata-se de norma de ordem pública (enunciado 356 da IV 
Jornada de Direito Civil: Nas hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, o juiz deverá 
reduzir a cláusula penal de ofício), relacionada com o princípio da função social do 
contrato. Não é difícil encontrar casos como esses que chegam ao STJ, especialmente no 
que diz respeito a contratos que preveem a perda total de valores pagos (em benefício 
do credor), em razão do inadimplemento do devedor, a exemplo do que se decidiu no 
AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 479.914 – RJ. Vejamos trecho do voto do relator: 
“embora os agravantes tenham dado causa à rescisão contratual, em virtude de seu 
inadimplemento, não se mostra possível falar em perda total dos valores efetivamente 
pagos, sob pena de se criar uma situação de privilégio para a credora, que já terá a 
retomada do imóvel, objeto da pactuação, além de parte significativa do preço pago”. 
Outra situação foi noticiada recentemente no Informativo 533 daquela Corte, resumida 
no seguinte trecho: “É abusiva a cláusula penal de contrato de pacote turístico que 
estabeleça, para a hipótese de desistência do consumidor, a perda integral dos valores 
pagos antecipadamente” (violação do art. 51, II, IV e § 1º, III, do CDC). À guisa de 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 24 
 
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complemento, trago à baila o Enunciado n. 355 da IV Jornada de Direito Civil: “Não 
podem as partes renunciar à possibilidade de redução da cláusula penal se ocorrer 
qualquer das hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, por se tratar de preceito de 
ordem pública”. CERTO 
 
18. Nos contratos com direitos e deveres recíprocos, a cláusula penal estipulada 
apenas para o caso de inadimplemento de um dos pactuantes pode ser imposta ao 
outro, ante o seu descumprimento contratual. 
 
Ponto 9 e 8.1 – Dos contratos: generalidades, elementos e efeitos dos contratos; dos efeitos das 
obrigações. 
 
Aplicando a ideia do artigo 408 do CC (Incorre de pleno direito o devedor na cláusula 
penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora) 
decidiu o Superior Tribunal de Justiça pelo caráter duplo da penalidade, ou seja, para 
ambas as partes, nos contratos bilaterais e onerosos (aqueles com direitos e deveres 
recíprocos), ainda que a multa (cláusula penal) esteja expressamente prevista apenas 
para um dos negociantes. Nesse sentido, vejamos trecho de ementa do REsp 
1.119.740/RJ: “A cláusula penal inserta em contratos bilaterais, onerosos e comutativos 
deve voltar-se aos contratantes indistintamente, ainda que redigida apenas em favor de 
uma das partes”. Tal decisão foi veiculada no Informativo 484 do STJ: “...cinge-se a 
questão em definir se a cláusula penal dirigida apenas ao promitente-comprador pode 
ser imposta ao promitente-vendedor ante o seu inadimplemento contratual. Na 
hipótese, verificou-se cuidar de um contrato bilateral, em que cada um dos contratantes 
é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro, oneroso, pois traz vantagens 
para os contratantes, comutativo, ante a equivalência de prestações. Com esses e outros 
fundamentos, a Turma deu provimento ao recurso para declarar que a cláusula penal 
contida nos contratos bilaterais, onerosos e comutativos deve aplicar-se para ambos os 
contratantes indistintamente, ainda que redigida apenas em favor de uma das partes. 
Todavia, é cediço que ela não pode ultrapassar o conteúdo econômico da obrigação 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 25 
 
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principal, cabendo ao magistrado, quando ela se tornar exorbitante, adequar o quantum 
debeatur”. CERTO 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
19. O shopping center deve reparar os danos morais decorrentes de tentativa de 
roubo, não consumado apenas em razão de comportamento do próprio cliente, 
ocorrida nas proximidades da cancela de saída de seu estacionamento, mas ainda 
em seu interior. 
 
Ponto 11 – Responsabilidade civil do fornecedor. 
 
Nesse sentido decidiu a Quarta Turma do STJ, em novembro de 2013 (REsp 1.269.691-
PB). A sociedade empresária que forneça serviço de estacionamento aos seus clientes 
deve responder por furtos, roubos ou latrocínios ocorridos no interior do seu 
estabelecimento, pois, em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes desse 
acréscimo de conforto aos consumidores, assume-se o dever – implícito na relação 
contratual – de lealdade e segurança, como aplicação concreta do princípio da confiança. 
Nesse sentido, conforme a Súmula 130 do STJ, "a empresa responde, perante o cliente, 
pela reparação de dano ou furto de veículo ocorrido em seu estacionamento". Da mesma 
forma, o shopping center deve reparar o cliente pelos danos morais decorrentes de 
tentativa de roubo, não consumado apenas em razão de comportamento do próprio 
cliente, ocorrida nas proximidades da cancela de saída de seu estacionamento, mas 
ainda em seu interior. Ademais, adota-se, como mais consentânea com os princípios 
norteadores do direito do consumidor, a interpretação de que os danos indenizáveis 
estendem-se também aos danos morais decorrentes da conduta ilícita de terceiro. 
Entendeu-se que ainda que não haja falar em dano material advindo do evento fatídico, 
porquanto não se consumou o roubo, é certo que a aflição e o sofrimento da recorrida 
não se encaixam no que se denomina de aborrecimento cotidiano. Há, portanto,dano 
moral a ser indenizado. CERTO 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 26 
 
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20. É dever do fornecedor fazer chegar ao consumidor, de forma simples, acessível 
e correta, as informações relevantes relacionadas aos respectivos produtos ou 
serviços. 
 
Ponto 8 – O direito à informação. 
 
O CDC assegura ao consumidor o direito à informação correta, clara e precisa acerca dos 
produtos e serviços (a exemplo dos artigos 6º, III e 8º). Nesse sentido, a Informação é 
apontada como um dos Princípios que regem o direito consumerista, de tal forma que a 
omissão quanto à informação pode caracterizar publicidade enganosa. Sob esse 
argumento jurídico é que o STJ decidiu, por exemplo, pela necessidade de fornecimento 
de fatura detalhada e gratuita de conta telefônica (REsp 684.712), assim como pela 
obrigatoriedade de discriminação, na fatura, das ligações além da franquia, quando 
solicitadas pelo consumidor (REsp 103.62.84). O STJ, de mais a mais, já decidiu que 
informação adequada, nos termos do artigo 6º, III, do CDC, é aquela que se apresenta 
simultaneamente completa, gratuita e útil, vedada, assim, a diluição da comunicação 
efetivamente relevante pelo uso de informações soltas, redundantes ou destituídas de 
qualquer serventia para o consumidor (REsp 586.316). Vejamos mais alguns casos 
decididos pelo STJ e relacionados ao tema: dever informar subsiste mesmo que o 
produto possa causar malefício apenas a uma baixa parcela da população, como no caso 
de informar que o produto contém glutém (REsp 586.316); O médico que não esclarece 
devidamente acerca dos riscos da cirurgia pode responder pelos danos daí advindos 
(REsp 332.025); Ausência de informação sobre a existência de tampinhas com defeito de 
impressão, capaz de retirar o direito ao prêmio, configura publicidade enganosa por 
omissão (REsp 327.257); Passageira que comprou bilhete aéreo para ir à França e, lá 
chegando, não pôde ingressar no país por não possuir visto consular, sendo que a 
empresa de transporte aéreo não havia alertado sobre a necessidade de visto (REsp 
988.595). CERTO 
 
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PEDRO WAGNER 
Defensor Público Federal em Boa Vista/RR 
Mediador da disciplina de Processo Civil 
 
PROCESSO CIVIL In 
INFORMATIVO 533ininininiininini 
21. O saldo de depósito em fundo de previdência privada complementar na 
modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é impenhorável, a menos 
que sua natureza previdenciária seja desvirtuada pelo participante. 
 
Pontos 25 - 25 Liquidação de sentença. Execução. Regras gerais e 27 - Execução por quantia certa 
contra devedor solvente e contra devedor insolvente. 
 
Nesta rodada, nós trouxemos, em processo civil, todas as questões objetivas baseadas 
em Informativos, tendo em vista a possibilidade de entrada em vigor do novo Código de 
Processo Civil. Assim, a justificativa do gabarito será a transcrição dos referidos 
informativos, ok? Todas as respostas no Informativo 535: “O saldo de depósito em fundo 
de previdência privada complementar na modalidade Plano Gerador de Benefícios 
Livres (PGBL) é impenhorável, a menos que sua natureza previdenciária seja 
desvirtuada pelo participante. O regime de previdência privada complementar é, nos 
termos do art. 1º da LC 109/2001, “baseado na constituição de reservas que garantam o 
benefício, nos termos do caput do art. 202 da Constituição Federal”, que, por sua vez, 
está inserido na seção que dispõe sobre a Previdência Social. Na aplicação em PGBL, o 
participante realiza depósitos periódicos, os quais são aplicados e transformam-se em 
uma reserva financeira, que poderá ser por ele antecipadamente resgatada ou recebida 
em data definida, seja em uma única parcela, seja por meio de depósitos mensais. Em 
qualquer hipótese, não se pode perder de vista que, em geral, o participante adere a esse 
tipo de contrato com o intuito de resguardar o próprio futuro ou de seus beneficiários, 
garantindo o recebimento de certa quantia, que julga suficiente para a manutenção 
futura do atual padrão de vida. A faculdade de “resgate da totalidade das contribuições 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 28 
 
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vertidas ao plano pelo participante” (art. 14, III, da LC 109/2001) não tem o condão de 
afastar, de forma absoluta, a natureza essencialmente previdenciária e, portanto, 
alimentar, do saldo existente naquele fundo. Veja-se que a mesma razão que protege os 
proventos advindos da aposentadoria privada deve valer para a reserva financeira que 
visa justamente a assegurá-los, sob pena de se tornar inócua a própria garantia da 
impenhorabilidade daqueles proventos. Outrossim, se é da essência do regime de 
previdência complementar a inscrição em um plano de benefícios de caráter 
previdenciário, não é lógico afirmar que os valores depositados pelo participante 
possam, originalmente, ter natureza alimentar e, com o decorrer do tempo, justamente 
porque não foram utilizados para a manutenção do empregado e de sua família no 
período em que auferidos, passem a se constituir em investimento ou poupança. EREsp 
1.121.719-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/2/2014.” CERTO 
 
22. Não é possível o ajuizamento de ação de improbidade administrativa 
exclusivamente em face de particular, com a concomitante presença de agente 
público no polo passivo da demanda. 
 
Ponto 8 - Partes. Capacidade e legitimidade. 
 
“Não é possível o ajuizamento de ação de improbidade administrativa exclusivamente 
em face de particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo 
da demanda. De início, ressalta-se que os particulares estão sujeitos aos ditames da Lei 
8.429/1992 (LIA), não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de 
improbidade restrito aos agentes públicos. Entretanto, analisando-se o art. 3º da LIA, 
observa-se que o particular será incurso nas sanções decorrentes do ato ímprobo nas 
seguintes circunstâncias: a) induzir, ou seja, incutir no agente público o estado mental 
tendente à prática do ilícito; b) concorrer juntamente com o agente público para a 
prática do ato; e c) quando se beneficiar, direta ou indiretamente do ato ilícito praticado 
pelo agente público. Diante disso, é inviável o manejo da ação civil de improbidade 
exclusivamente contra o particular. Precedentes citados: REsp 896.044-PA, Segunda 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 29 
 
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Turma, DJe 19/4/2011; REsp 1.181.300-PA, Segunda Turma, DJe 24/9/2010. REsp 
1.171.017-PA, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014.” ERRADO 
 
23. A existência de pendência de julgamento no STF sobre a modulação dos efeitos 
de decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade não enseja o 
sobrestamento do recurso especial. 
 
Ponto 21 - Duplo grau de jurisdição. Recursos. 
 
“Não enseja o sobrestamento do recurso especial a pendência de julgamento no STF 
sobre a modulação dos efeitos de decisão proferida em ação direta de 
inconstitucionalidade. Isso porque o sobrestamento somente é cabível no caso de juízo 
de admissibilidade de recurso extraordinário interposto nesta Corte Superior. AgRg 
no AREsp 18.272-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 4/2/2014.” CERTO 
 
24. O artigo 515 do Código de Processo Civil preceitua “A apelação devolverá ao 
tribunal o conhecimento da matéria impugnada.”. Assim, no julgamento de 
apelação, a utilização de novos fundamento legais pelo tribunal, segundo a CorteCidadã, para manter a sentença recorrida, não viola o referido dispositivo. 
 
Ponto 21 - Duplo grau dejurisdição. Recursos 
 
“No julgamento de apelação, a utilização de novos fundamentos legais pelo tribunal para 
manter a sentença recorrida não viola o art. 515 do CPC. Isso porque o magistrado não 
está vinculado ao fundamento legal invocado pelas partes ou mesmo adotado pela 
instância a quo, podendo qualificar juridicamente os fatos trazidos ao seu conhecimento, 
conforme o brocardo jurídico mihi factum, dabo tibi jus (dá-me o fato, que te darei o 
direito) e o princípio jura novit curia (o juiz conhece o direito). Precedentes citados: 
AgRg no Ag 1.238.833-RS, Primeira Turma, DJe 7/10/2011 e REsp 1.136.107-ES, 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 30 
 
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Segunda Turma, DJe 30/8/2010. REsp 1.352.497-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 
4/2/2014.” CERTO 
 
25. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o direito de preferência em razão da 
idade no pagamento de precatórios, previsto no art. 100, § 2º, da CF, não pode ser 
estendido aos sucessores do titular originário do precatório, ainda que também 
sejam idosos. 
 
Ponto 44.1 – Ação civil pública. 
 
“O direito de preferência em razão da idade no pagamento de precatórios, previsto no 
art. 100, § 2º, da CF, não pode ser estendido aos sucessores do titular originário do 
precatório, ainda que também sejam idosos. De fato, os dispositivos constitucionais 
introduzidos pela EC 62/2009 mencionam que o direito de preferência será outorgado 
aos titulares que tenham 60 anos de idade ou mais na data de expedição do precatório 
(art. 100, § 2º, da CF) e aos titulares originais de precatórios que tenham completado 60 
anos de idade até a data da referida emenda (art. 97, § 18, do ADCT). Além disso, esse 
direito de preferência é personalíssimo, conforme previsto no art. 10, § 2º, da Resolução 
115/2010 do CNJ. RMS 44.836-MG, Rel. Ministro Humberto Martins, julgado em 
20/2/2014” CERTO 
 
______________________________________ 
 
ALEXANDRE CABRAL 
Defensor Público Federal em Brasília/DF. 
Mediador das disciplinas de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Administrativo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 31 
 
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26. Considere a seguinte situação hipotética: candidato a concurso público 
impetrou mandado de segurança destinado a combater ato ilegal no curso do 
certame, ocorrido ainda em sua primeira fase. Com a realização de todas as fases e 
posterior homologação do resultado do concurso, houve decisão judicial de 
extinção da ação de impugnação, por perda do objeto. Tal decisão contraria a 
jurisprudência do STJ, que entende não ser a hipótese de perda do objeto da ação. 
 
4.3. Existência, validade e eficácia do ato administrativo. 
 
O entendimento cobrado está sedimentando no âmbito do STJ. Ainda que encerrado ou 
homologado o certame, o ato jurídico ilegal objeto do mandado de segurança segue 
vigendo no mundo jurídico, não significando o prosseguimento e mesmo o fim do 
processo de seleção fato hábil a ensejar a declaração judicial de perda do objeto, o que 
importaria em sedimentar o ato ilegal. Nesse sentido, no recente AgRg no RMS 28125 / 
AC (DJe 20/02/2014), a Corte da Cidadania (6ª turma) consignou: “Consoante 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o término de fase de concurso público, ou 
mesmo a homologação de seu resultado final, não configura prejudicialidade ao 
julgamento do writ, pois o ato tipo por ilegal ainda permanece no mundo jurídico, e requer 
a manifestação do Poder Judiciário”. Em mesmo pedagógico sentido no AgRg no AREsp 
261391 / ES (2ª Turma –DJe 15/04/2013): 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CURSO DE 
FORMAÇÃO DE CABOS. BOMBEIRO MILITAR. CONCLUSÃO. PERDA DO OBJETO. NÃO 
OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. 
1. A posição desta Corte superior é firmada no sentido de que "o exame da legalidade do 
ato apontado como coator em concurso público não pode ser subtraído do Poder Judiciário 
em decorrência pura do encerramento do certame, o que tornaria definitiva a ilegalidade 
ou abuso de poder alegados, coartável pela via do Mandado de Segurança.". CERTO 
 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 32 
 
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27. O ato de improbidade administrativa que importa lesão ao erário pode ser 
configurado por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente, fazendo incidir 
contra ele, aplicadas isolada ou cumulativamente de acordo com a gravidade do 
fato, as sanções de ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da 
função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento 
de multa civil de até dez vezes o valor do dano e proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo de cinco anos. 
 
6. Improbidade administrativa. 
 
Importante no tema improbidade administrativa ter em mente os arts de 9º a 12 da Lei 
8.429/92. Assim, os atos de improbidade de enriquecimento ilícito (art. 9º) e os que 
atentam contra princípios da Administração (art. 11) são necessariamente dolosos. Já os 
atos que causam lesão ao erário, podem ser dolosos ou culposos, comissivos ou omissivos 
(art. 10). Observe o atento candidato que o art. 12 (das penas) costuma ser objeto de 
inúmeras questões como esta proposta – confundindo a resposta com o grau da sanção 
(“peguinha”). No caso em tela, a multa civil possível é de até duas vezes o valor do dano, 
não dez, decorrendo deste ponto o erro na assertiva. ERRADO 
 
28. O efeito prodrômico típico do ato administrativo refere-se à possibilidade do 
recurso administrativo, quando interposto, ser decidido em desfavor do 
administrado (possível reformatio in pejus), não havendo se confundir a situação 
com a incidência do efeito prodrômico no processo penal, este referente, ao 
contrário, à vedação do reformatio in pejus em recursos manejados 
exclusivamente pela defesa do acusado quando diante de uma sentença 
condenatória. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 33 
 
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4. Ato administrativo. 4.1. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies nção pública. 
 
A questão promove uma perigosa confusão conceitual. Dentro da seara processual penal, 
o efeito prodrômico da sentença condenatória se relaciona com a vedação da reformatio 
in pejus, seja ela direta ou indireta, na hipótese de recurso exclusivo do réu. 
Diversamente, já na seara administrativa, o efeito prodrômico do ato administrativo (ou 
efeito inicial, prévio), é secundário e ocorre nos atos administrativos compostos e nos atos 
administrativos complexos, não guardando relação alguma com recurso administrativo. 
Assim, no Direito Administrativo, efeito prodrômico, que é atípico, não típico, surge antes 
do ato sequer estar formado, obrigando para que haja tal formação a ocorrência de uma 
formalidade. Assim, quando a primeira autoridade se manifesta no ato composto ou 
complexo, surge a obrigação de uma segunda autoridade competente fazê-lo na 
sequência – condição necessária para existência do ato, independente da vontade da 
autoridade envolvida. ERRADO 
 
29. O princípio da publicidade determina, como regra geral, que os atos da 
Administração Pública sejamdotados de transparência e objeto de divulgação. 
Nesse sentido, a veiculação de notícia sobre a prática de ato administrativo pelo 
programa “A Voz do Brasil”, cuja retransmissão obrigatória pelas radiodifusoras 
vem sendo considerada constitucional pelo STF, não basta por si só para atender 
ao comando do princípio da publicidade, sendo necessária também a publicação 
em órgão da imprensa oficial. 
 
3. Princípios constitucionais e infraconstitucionais de Direito Administrativo. 
 
A Assertiva possui texto voltado a tema cobrado reiteradamente em provas da 
organizadora CESPE. Preliminarmente, a retransmissão obrigatória em horário fixo da 
“Voz do Brasil” – ex vi Lei nº 4.117/62 (art. 38, “e”), consoante o julgamento da ADI nº 
561-MC/DF, foi recepcionada pela vigente Constituição. Quanto à necessidade da 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 34 
 
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publicação em imprensa oficial, no dizer do professor Diógenes Gasparini, comumente 
referenciado sobre o ponto: "A publicação para surtir os efeitos desejados é a do órgão 
oficial. De sorte que não se considera como tendo atendido ao princípio da publicidade a 
mera notícia, veiculada pela imprensa falada, escrita ou televisada, dos atos praticados 
pela administração pública, mesmo que a divulgação ocorra em programas dedicados a 
noticiar assuntos relativos ao seu dia a dia, como é o caso da Voz do Brasil, conforme já 
decidiu o STF ao julgar o RE 71.652 (GASPARINI, Diógenes, Direito Administrativo, 4ª 
edição, 1995 , pág 08, Editora Saraiva). CERTO 
 
30. A doutrina administrativista, citando Augustín Gordillo, aponta como um 
problema crucial da Administração Pública, no âmbito do princípio da 
moralidade, a existência de uma “moral paralela”, uma duplicidade concomitante 
de regras, processos e sistemas à sombra das estruturas estatais. Exemplo é o caso 
dos servidores públicos que exercem suas funções de forma aparentemente legal, 
mas sem responsabilidade ou espírito de servir à comunidade. O combate à essa 
administração ou “moral paralela” apenas pode ser efetivado com o 
fortalecimento dos órgãos estatais de controle, como o Ministério Público. 
 
3. Princípios constitucionais e infraconstitucionais de Direito Administrativo. 
 
A lição que embasa a questão proposta vem da leitura da obra da Professora Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro, citada por Alexandre Mazza, dentre outros. A ilustre doutrinadora 
esclarece conceitos trabalhados originalmente por Augustín Gordillo1, apontando a 
existência de mecanismos paraestatais dentro da própria Administração hábeis a 
mitigar o conceito de moralidade administrativa. Trata-se da existência de um 
verdadeiro parassistema de condutas individuais nocivas de descumprimento daquela 
moral objetiva que se espera na Administração, ainda que dentro de aparente legalidade. 
Nesse sentido, correto o texto na maior parte. Todavia, ao contrário do que afirma a 
 
1 Professor da Universidade de Buenos Aires e titular da Universidade de Paris 1 
(Sorbonne). 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 35 
 
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assertiva em sua conclusão, segundo o professor Gordillo: “só por meio da participação 
popular no controle da Administração Pública será possível superar a existência desta 
administração paralela e, em consequência, da moral paralela.”2 . ERRADO 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
31. Conforme expressa disposição legal, o empregado afastado do posto de 
trabalho para cumprir o serviço militar obrigatório não faz jus aos depósitos de 
FGTS do período de ausência que seriam devidos pelo empregador. Hipótese 
diversa ocorre no afastamento em virtude de acidente de trabalho, onde há 
determinação legal para que o empregador siga efetuando os depósitos fundiários 
em favor do empregado. 
 
15. FGTS; 2.2. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho. 
 
Ambas as hipóteses tratadas na questão são de suspensão sui generis do contrato de 
trabalho. Assim, são as duas situações em que, apesar da suspensão contratual, há 
obrigação de pagamento de alguma prestação, no caso, dos depósitos fundiários, devidos 
tanto ao empregado afastado em virtude de acidente de trabalho quanto ao que se 
encontra cumprindo serviço militar obrigatório – sendo contados os períodos como de 
efetivo serviço. Nesse sentido é o texto da CLT, art. 4º, parágrafo único e também o art. 
15º, §5º da Lei 8.036/90 – Lei do FGTS, que merecem leitura. CERTO 
 
32. Quando devidas ao trabalhador, as parcelas referentes ao adicional de 
periculosidade pago em caráter permanente, à gratificação por tempo de serviço e 
ao adicional noturno pago com habitualidade integram a base de cálculo das 
horas extras. 
 
2 (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26 ed. São Paulo, Atlas, 
p.78/79). 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 36 
 
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4. Duração do trabalho. 7. Adicionais legais. 
 
O adicional de periculosidade pago permanentemente integra cálculo da indenização por 
horas extras – Súmula 132 TST, verbis: “Adicional de Periculosidade - Pagamento em 
Caráter Permanente - Cálculo de Indenização e Horas Extras I - O adicional de 
periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas 
extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 
15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) II - Durante as horas de 
sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é 
incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ 
nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)”. Vale destacar o item II do verbete acima, que 
aponta a exclusão do adicional de periculosidade se as horas em tela forem em período 
de sobreaviso. Já a gratificação por tempo de serviço, tem natureza salarial, igualmente 
integrando todos os cálculos que tenham por base a remuneração (e a indenização por 
horas extras aqui se enquadra). Veja-se a Súmula 203/TST. Por fim, o adicional noturno 
habitual também merece ser contabilizado para indenização de horas extras, por ser 
verba de caráter salarial, como explicita a Súmula 60/TST: 
Adicional Noturno - Salário 
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para 
todos os efeitos. 
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é 
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ 
nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996). CERTO 
 
33. Nenhum Estado-Membro da Organização Internacional do Trabalho poderá 
dela retirar-se sem aviso prévio ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do 
Trabalho. A retirada tornar-se-á efetiva dois anos depois que este aviso prévio 
houver sido recebido. A retirada não afetará, para o Estado-Membro que houver 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 37 
 
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ratificado uma convenção, a validez das obrigações desta decorrentes, ou a ela 
relativas, durante o pedido previsto pela mesma convenção. 
 
30. A Organização Internacional do Trabalho. 
 
Importante fazer um breve histórico: A Organização Internacional do Trabalho – OIT foi 
criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra 
Mundial. O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência 
Internacional do Trabalho desde suaprimeira reunião. Na primeira Conferência 
Internacional do Trabalho, realizada em 1919, a OIT adotou seis convenções. 
Em agosto de 1940, a Segunda Guerra levou à mudança temporária da sede da 
Organização de Genebra (Suíça) para Montreal, no Canadá. Atualmente a sede segue na 
cidade de Genebra. Em 1944, os delegados da Conferência Internacional do Trabalho 
adotaram a Declaração de Filadélfia que, como anexo à sua Constituição, constitui, desde 
então, a carta de princípios e objetivos da OIT. Esta Declaração antecipava em quatro 
meses a adoção da Carta das Nações Unidas (1946) e em quatro anos a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (1948), para as quais serviu de referência. No final da 
guerra, nasce a Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de manter a paz 
através do diálogo entre as nações. A OIT, em 1946, se transforma em sua primeira 
agência especializada. 
Em 1969, ano em que comemorava seu 50º aniversário, a OIT recebeu o Prêmio Nobel 
da Paz. 3 Quanto ao texto da assertiva, se encontra reproduzindo o determinado pelo 
artigo 1, item 5 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho. CERTO 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
34. Regra geral, os recursos no processo trabalhista possuem apenas efeito 
devolutivo, sendo possível à parte proceder, via petição, à execução provisória do 
 
3 Fonte: http://www.oitbrasil.org.br. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 38 
 
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julgado até a penhora de bens. Por silente a CLT, na hipótese de litisconsortes com 
procuradores diversos, aplica-se subsidiariamente o art. 191 do CPC, sendo 
conferido prazo recursal em dobro. 
 
6. Recursos no processo trabalhista. 7. Execução no processo trabalhista. 
 
A primeira parte da assertiva narra, noutras palavras, o determinado legalmente pelo 
caput do art. 899 da CLT – regra geral, recursos na seara laboral possuem efeito 
meramente devolutivo, sendo permitida execução provisória de sentença até a penhora. 
O vício na afirmativa se encontra na segunda parte, ao aduzir pela aplicação do art. 191 
do CPC (prazo recursal em dobro para procuradores diversos de litisconsortes). Ante a 
celeridade do processo trabalhista, é indevida tal aplicação. 
Como afirma a OJ 310 da SDI-1/TST, verbis: 
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO CPC. 
INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO. DJ 11.08.03 
A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em decorrência 
da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. 
ERRADO 
 
35. Apesar da CLT prever que os preceitos que regem o processo dos executivos 
fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal terão 
aplicação subsidiária às execuções trabalhistas, os embargos à execução no 
processo do trabalho possuem norma própria no texto consolidado. Assim, 
enquanto no rito da Lei 6.830/80, Lei de Execução Fiscal, garantido o juízo, o 
executado dispõe de 30 (trinta) dias para opor os embargos à execução, na seara 
laboral esse mesmo prazo será de apenas 08 (oito) dias. 
 
8. Embargos à execução no processo trabalhista. 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 39 
 
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O tema comporta análise atenta, sendo recomendada leitura de todo normativo dos 
embargos do executado (embargos à execução) na CLT – art. 884, §1º a § 5º. 
Realmente a CLT (art. 889) determina aplicação subsidiária das normas da execução 
fiscal à execução trabalhista, e sim, há previsão específica quanto ao prazo dos embargos 
à execução no processo do trabalho. 
Todavia, o prazo em comento é de apenas 5 (cinco), não 8 (oito) dias, conforme art. 884, 
caput, CLT. ERRADO 
 
 
 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
 
ALDO COSTA 
DIREITO INTERNACIONAL 
ENVIE A RESPOSTA PARA aldocosta.cursocei@gmail.com, indicando no 
campo assunto “número da rodada e matéria” 
 
Foi criada entre cinco Estados fundadores, uma organização internacional. Nos 
termos do respectivo tratado constitutivo, a nova organização internacional tinha 
por objetivo o aprofundamento geral das relações econômicas entre os seus 
Estados-membros, em ordem a conseguir, num período preestabelecido, uma 
interpenetração completa dos respectivos mercados nacionais. Ficou também 
estabelecido, no tratado constitutivo, que as decisões dos órgãos da organização 
seriam tomadas, em determinados casos, por maioria de votos. Indaga-se: do 
ponto de vista da respectiva estrutura, como se qualifica esta organização 
internacional? 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 40 
 
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Máximo de 15 linhas 
 
 
ALEXANDRE CABRAL 
DIREITO/PROCESSO DO TRABALHO 
ENVIE A RESPOSTA PARA alexandre.cursocei@gmail.com, indicando no 
campo assunto “número da rodada e matéria” 
 
O princípio da Aplicação da Norma Mais favorável é importante aspecto do 
princípio da Proteção, ou Princípio Tutelar, do Direito do Trabalho. Disserte sobre 
a tríplice dimensão da aplicação da norma mais favorável, identificando em que 
momentos o referido princípio se aplica, bem como abordando necessariamente o 
emprego no Brasil da teoria da acumulação e da teoria do conglobamento a ele 
relacionadas. 
 
Máximo de 15 linhas 
 
 
PEDRO WAGNER 
DIREITO CIVIL 
ENVIE A RESPOSTA PARA pedro.cursocei@gmail.com, indicando no 
campo assunto “número da rodada e matéria” 
 
Disserte sobre substituição processual e sucessão processual, abordando aspectos 
da tutela coletiva. 
 
Máximo de 15 linhas 
 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 41 
 
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CAIO PAIVA 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
ENVIE A RESPOSTA PARA caio.cursocei@gmail.com, indicando no campo 
assunto “número da rodada e matéria” 
 
Em que consiste a denominada “audiência de custódia”? Qual a sua natureza 
jurídica? Quais as suas vantagens? A sua concretização depende de algum 
implemento normativo interno? O CPP contém regramento que satisfaça esse 
direito? Responda objetivamente. 
 
Máximo de 15 linhas 
 
 
 
PEÇA JUDICIAL 
 
CAIO PAIVA 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
ENVIE A PEÇA PARA caio.cursocei@gmail.com, indicando no campo 
assunto “número da rodada e matéria” 
 
ZEMAR, cidadão de nacionalidade afegã, foi preso em flagrante, nas dependências 
da Polícia Federal de Manaus/AM, quando apresentou passaporte afegão 
contendo visto brasileiro falso, na tentativa, portanto, de prorrogar a sua estadia 
no país, como turista, incorrendo no crime previsto no art. 304 do Código Penal. O 
flagrante seguiu o procedimento legal, tendo a autoridade policial adotado todas 
as medidas exigidas pela legislação de regência, inclusive cópia integral dos autos 
para a DPU no prazo de vinte e quatro horas. 
 1 0 ª R o d a d a - P á g i n a | 42 
 
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Considere que, em seu interrogatório, ZEMAR tenha dito que o motivo de sua 
vinda para o Brasil foi devido a grave e generalizada violação de direitos humanos 
no seu país de origem (Afeganistão). Considere, ainda, que a Embaixada do 
Afeganistão forneceu documentação relativa à ocupação lícita de ZEMAR, que 
trabalhava naquele país como engenheiro de telecomunicações. Considere, 
também, que a DPU obteve declaração da dona da pensão onde ZEMAR ficou por 
alguns dias, tendo ela declarado que ZEMAR poderia voltar a residir no

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