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Conhecimentos Gerais
Prof. Cássio Albernaz
Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística
www.acasadoconcurseiro.com.br
Conhecimentos Gerais
Professor: Cássio Albernaz
www.acasadoconcurseiro.com.br
Clipping de Notícias:
Os textos aqui apresentados são referências de temas atuais que podem ser abordados para a 
prova de Conhecimentos Gerais.
A parte referente à História do Brasil é um resumo de referência.
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Conhecimentos Gerais
1. Elementos de política brasileira. 
STF CONDENA SENADOR, MAS NÃO TIRA MANDATO 
Supremo Condena Senador por Fraude
Correio Braziliense – 09/08/2013
Pela primeira vez na história, o Supremo julgou e condenou um senador. Ivo Cassol (PP-RO) foi 
considerado culpado no crime de fraude a licitação e punido com 4,8 anos de prisão em regime 
semiaberto. Mas, em vez de determinar a perda automática do cargo eletivo, como fez no caso 
do mensalão, o tribunal reviu o entendimento e deixou para o Senado a decisão de cassá-lo 
ou não. A mudança de posição do STF se deve à entrada em cena dos dois últimos ministros 
nomeados por Dilma: Teori Zavascki e Roberto Barroso. Foi o voto dos dois que fez o placar 
anterior, de 5 a 4, mudar para 6 a 4 (Luiz Fux não participou dessa decisão). A expectativa é de 
que o novo entendimento interfira também no julgamento dos recursos dos réus do mensalão.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou ontem, por 10 votos a zero, o senador Ivo Cassol 
(PP-RO) a 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão em regime semiaberto e multa de R$ 201,8 mil pelo 
crime de fraude em licitações. O delito foi cometido entre 1998 e 2002, quando o parlamentar 
exercia o cargo de prefeito da cidade de Rolim de Moura, em Rondônia. O congressista ficará em 
liberdade até o julgamento de eventuais recursos que poderá protocolar na própria Suprema 
Corte. Os ministros definiram que caberá ao Senado deliberar sobre a perda do mandato de 
Cassol, decisão que deve interferir no caso dos réus detentores de cargo eletivo condenados no 
julgamento do mensalão.
Na Ação Penal 470, o STF havia determinado por cinco votos a quatro a perda do mandato 
dos parlamentares condenados, cabendo ao Congresso apenas cumprir a ordem. No entanto, 
diante da chegada de dois novos ministros à Corte, o entendimento acabou modificado ontem. 
Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso consideram que cabe ao Legislativo definir se cassará ou 
não o mandato do congressista. Ambos foram decisivos para a formação do placar de seis a 
quatro — Luiz Fux, que é contrário a essa corrente, não participou do julgamento de Ivo Cassol, 
pois já havia atuado no processo quando ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, alertou para a possibilidade de ocorrer a "incoerência" 
de um parlamentar que perdeu os direitos políticos e condenado ao semiaberto — regime 
no qual é permitido trabalhar durante o dia — exercer o mandato no Congresso até as 18h e 
depois ter que se recolher no estabelecimento próprio para o cumprimento da pena. "Pune-
se mais gravemente quem exerce responsabilidade maior, essa deve ser a regra. Quanto mais 
elevada a responsabilidade, maior deve ser a punição, e não o contrário", afirmou Barbosa.
 
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Luís Roberto Barroso ponderou, no entanto, que a Constituição é clara quanto à prerrogativa 
exclusiva do Legislativo para decretar a perda do mandato de parlamentares. "Eu lamento que 
tenha essa disposição, mas ela está aqui. Comungo da perplexidade de Vossa Excelência, mas a 
Constituição não é o que eu quero, é o que eu posso fazer dela", disse.
No julgamento, iniciado na quarta-feira e concluído ontem à noite, Ivo Cassol e os outros oito 
réus do processo acabaram absolvidos da acusação de formação de quadrilha. Já por fraude, 
além do senador foram condenados a 4 anos e 9 meses de prisão Salomão da Silveira e 
Erodi Antonio Matt, que eram respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de 
Licitações de Rolim de Moura.
A sessão de ontem acabou presidida pelo vice-presidente Ricardo Lewandowski até a chegada, 
já no fim da tarde, de Barbosa ao plenário. Ele acompanhou a maior parte do julgamento de 
seu gabinete por ter sentido dores na coluna. O julgamento foi concluído menos de 10 dias 
antes do prazo em que os crimes prescreveriam: 17 de agosto.
"Conluio"
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o esquema criminoso consistia no 
fracionamento ilegal de licitação de obras e serviços de modo que somente empresas 
envolvidas no "conluio" disputavam o procedimento. Relatora do processo, a ministra Cármen 
Lúcia destacou que houve a intenção de fraudar 12 licitações durante o período em que Cassol 
comandou a Prefeitura de Rolim de Moura. O STF definiu que não houve formação de quadrilha, 
uma vez que não se comprovou a reunião de mais de três acusados para a prática dos crimes.
"O fato é que houve direcionamento das empresas pelo município de Rolim de Moura", frisou 
o revisor da ação, Dias Toffoli. Ricardo Lewandowski acrescentou. "Ocorreu, a meu ver, um 
conluio entre a administração do município e as empresas que participavam das licitações", 
afirmou.
Em nota, Ivo Cassol diz que continuará exercendo o mandato, que termina em 31 de janeiro 
de 2019. "Sou inocente e vou recorrer em liberdade da sentença que fui condenado! Não 
houve direcionamento às empresas beneficiadas e muito menos fracionamento dos processos 
licitatórios conforme denúncia contra mim apresentada", destacou o parlamentar, primeiro 
senador condenado na história do STF.
APÓS LIVRAR DONADON, CÂMARA QUER VOTO ABERTO EM CASSAÇÕES 
Após Livrar Donadon, Câmara Agora Quer Abrir Votos Em Caso De Cassação 
O Estado de S. Paulo – 30/08/2013
Objetivo é evitar que episódio se repita no julgamento de condenados no mensalão
Ao não cassar o mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), que está 
preso por ter sido condenado no STF, a Câmara colocará em votação proposta que acaba como 
voto secreto para esse tipo de decisão. O objetivo é evitar que o episódio se repita no caso dos 
condenados no mensalão. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), espera 
concluir o trâmite da proposta em outubro. No Senado, a articulação é para uma regra que 
IBGE – Conhecimentos Gerais – Prof. Cássio Albernaz
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torne automática a perda de mandato em caso de condenação criminal. O fim do segredo em 
processos de cassação foi aprovado pelo Senado e tramita na Câmara. O PT foi o partido que 
mais teve deputados que faltaram à votação de Donadon. Entre os ausentes estão os quatro 
condenados no mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry 
(PP-MT) e José Genoino (PT-SP), de licença médica.
Na tentativa de minimizar os danos de imagem após manter o mandato do deputado preso 
por peculato e formação de quadrilha Natan Donadon (sem partido-RO) líderes da Câmara 
prometem colocar em votação a proposta que acaba com o voto secreto nesse tipo de decisão. 
A ideia é que a nova regra esteja valendo quando os condenados no julgamento do mensalão 
tiverem seus casos analisados em plenário.
Anteontem, os deputados livraram Donadon da cassação em votação secreta. Ele acabou 
afastado pelo fato de estar cumprindo pena num presídio em Brasília. Almir Lando (PMDB-RO), 
seu suplente, assumiu ontem já defendendo o fim da votação secreta em caso de cassações.
O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que espera concluir o trâmite 
da proposta do voto aberto em outubro. No Senado, a articulação é para uma regra que tome 
automática a perda de mandato em caso de condenação criminal em sentença definitiva.
O fim do segredo em processos de cassação foi aprovado pelo Senado em uma proposta de 
Alvaro Dias (PSDB-PR) e tramita em comissão especial na Câmara.Alves diz que há acordo entre 
os líderes para a matéria, apesar de a matéria andar ainda a passos lentos. aSe aprovar a do 
Alvaro Dias sem alteração, mantendo na íntegra, e a ideia é essa, daria para fazer a promulgação 
e os próximos processos na Casa já seriam assim (comvotação aberta). Daria para fazer em 
outubro", disse Alves, segundo quem nenhum novo caso de cassação será levado de novo a 
plenário até que o projeto de abertura da votação seja concretizado.
Quatro deputados foram condenados no julgamento do mensalão. O Supremo determinou a 
perda de mandato imediata, mas a Câmara aguardava o final da ; análise dos recursos afim de 
colo-! car os casos em plenário.
Agora, além do fim dos recursos,os condenados terão de esperar a aprovação do projeto. DEM, 
PPS e PSB anunciaram obstrução em plenário até que a proposta seja votada como forma de 
pressão para acelerar a tramitação. O prazo na comissão especial é de 10 a 40 sessões e só uma 
foi realizada até agora.
Precedente
Nos bastidores, petistas admitiam ontem que, ao livrar Donadon, a Câmara poderia criar um 
precedente para livrar, também, os condenados no mensalão. Após receber aliados em seu 
gabinete, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR) disse a colegas antes davota-ção 
que seria alto o número de faltantes e de abstenções, o que se confirmou depois. Vargas diz ter 
votado a favor da cassação.
No Senado, o presidente Re-nan Calheiros (PMDB-AL), que já teve o mandato salvo duas 
vezes em votações secretas, preferiu apontar como solução a proposta que determina a perda 
automática do mandato em casos de condenação criminal definitiva. Marcou para 10 de 
setembro a votação em plenário da chama-: da aPEC dos Mensaleiros", proposta do senador 
Jarbas Vascon-cellos (PMDB-PE). Calheiros avaliou, porém, que a absolvição em si não desgasta 
 
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o Congresso. "Acho que não desgasta porque precisamos ter respostas prontas, rápidas, céleres 
e eficazes. E a resposta neste caso é a PEC porque a sociedade não tolera mais essa situação. 
Não dá mais" afirmou Calheiros.
Parlamentares Buscam Brechas para Anular Sessão
Na tentativa de anular a sessão que absolveu Natan Donadon (sem partido-RO), dois deputados 
questionaram à Mesa Diretora 0 fato de o colega ter votado na sessão que decidiu seu futuro.
Simplício Araújo (PP8-MA) e Amauri Teixeira (PT-BA) argumentam que a participação do colega 
em seu próprio julgamento viola o regimento da Câmara.
A Secretaria-Geral da Mesa su tenta que não houve irregularidades. Pelo regimento, ÍÈé 
vedado 0 acolhimento do voto do deputado representado". Durante a sessão, 0 presidente da 
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que não computaria o voto. Também 
na tentativa de reverter a decisão, 0 líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), protocolou mandado 
de segurança no Supremo pedindo que a sessão seja anulada por erros regimentais. 0 PPS disse 
que irá ao STF. As chances.de as ações prosperarem, porém, são baixas.
A GUERRA DE MARINA PELA REDE
A Segunda Batalha De Marina No TSE
Autor(es): DIEGO ABREU » DANIELA GARCIA
Correio Braziliense – 13/08/2013
Além de validar 500 mil assinaturas – até agora tem 189 mil – a ex-senadora precisa enfrentar 
os prazos apertados do TSE para a criação do partido
Mesmo se validar as assinaturas nos cartórios eleitorais, Marina enfrentará um longo processo 
no tribunal para a criação da Rede. Entre a apresentação do pedido e a votação em plenário, 
tramitação leva pelo menos um mês
A 53 dias do prazo final para que o partido de Marina Silva seja criado em tempo hábil de 
participar das eleições de 2014, a ex-senadora corre contra o relógio para conseguir validar 
pelo menos 500 mil das 800 mil assinaturas que a Rede coletou. A certificação dos apoios pelos 
cartórios e pelos tribunais regionais eleitorais (TREs), porém, é apenas a primeira de duas 
batalhas que a pré-candidata ao Palácio do Planalto terá de enfrentar: a segunda será travada 
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que costuma levar mais de um mês desde a apresentação 
do pedido de registro até a análise do processo de criação da sigla em plenário.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marco Aurélio Mello alerta que a checagem das 
assinaturas é “algo de vulto”, que precisa seguir uma série de requisitos. “Há listagens para 
conferir. É preciso checar se os apoiamentos existem. Não se pode pretender criar um partido 
da noite para o dia. Há formalidades legais inafastáveis”, afirmou o ministro, que acumula 
funções no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Porta-voz no Distrito Federal da Rede, André Lima descarta a possibilidade de o partido sofrer 
com o pouco tempo de tramitação no TSE. Segundo ele, a Rede Sustentabilidade está livre de 
impugnações, já que contou, principalmente, com o apoio da militância. “Nós contamos com 
uma gente que quer se reencantar com a política e que acredita na democracia”, destacou. 
Segundo ele, as pesquisas eleitorais que apontaram o aumento da popularidade de Marina 
Silva motivam ainda mais a Rede seguir à risca a legislação para que o partido seja registrado 
a tempo. “É de conhecimento de todos que a população quer a opção da Rede nas eleições de 
2014.”
Na legalização do PSD, em 2011, o TSE levou um mês e quatro dias para analisar o registro. O 
partido havia entrado com o pedido em 23 de agosto e sua criação acabou aprovada em 27 de 
setembro, 10 dias antes do prazo final, que, naquela ocasião, vencia em 7 de outubro. O partido, 
fundado pelo ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, sofreu quatro pedidos de impugnação no 
TSE, que acusavam irregularidades na coleta das assinaturas e ausência de documentos exigidos 
pelo órgão. Os pedidos foram apresentados pelo Democratas (DEM), Partido Trabalhista 
Brasileiro (PTB), Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do 
Brasil (PSPB) e por Lúcio Quadros Vieira Lima, que se qualificou como cidadão interessado.
Audiência
Em 2013, o prazo encerra mais cedo, em 5 de outubro, exatamente um ano antes do primeiro 
turno das eleições de 2014. Se o processo do partido de Marina caminhar no TSE com a mesma 
velocidade que o do PSD, ela teria somente mais duas semanas para entrar com o pedido de 
registro.
Esse procedimento, no entanto, só poderá ser feito quando pelo menos nove TREs tiverem 
certificado as assinaturas, totalizando 500 mil apoios. Até ontem, somente 189 mil haviam 
sido validadas. Afim de cobrar agilidade dos cartórios eleitorais para validarem as assinaturas 
e remeterem as listagens aos TREs, Marina Silva pediu uma audiência com a corregedora-geral 
Eleitoral, Laurita Vaz, que deve marcar o encontro para esta semana.
Um integrante do TSE ouvido pela reportagem observa que o procedimento dos cartórios é 
trabalhoso. Na avaliação dele, não há como afirmar se haverá tempo hábil para que a Rede seja 
criada antes de 5 de outubro. O ministro alerta que se houver impugnações contra a criação 
da legenda, o TSE precisará de um tempo ainda maior, uma vez que há abertura de prazos e a 
necessidade de o tribunal consultar o Ministério Público antes da votação no plenário.
Além do PSD, o PPL conseguiu registro em 2011. A legenda obteve o aval do TSE apenas três 
dias antes do prazo final, em 4 de outubro daquele ano, um mês e 10 dias depois de entrar 
com o pedido. O PEN não teve a mesma sorte. Depois de entrar com a papelada no TSE em 
21 de setembro de 2011, a sigla viu o plenário rejeitar a sua criação imediata, o que levou a 
agremiação a receber o registro somente nove meses depois.
Outro problema da Rede seria a rejeição de 23% das assinaturas nos cartórios. Segundo André 
Lima, a Justiça estaria tendo dificuldades para conhecer assinaturas de jovens com menos de 18 
anos e idosos que deixaramde votar nas últimas eleições. “Eles avaliam o canhoto das últimas 
eleições e não o título de eleitor”, explicou.
 
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 • Confira o passo a passo necessário para a criação de um partido:
 • A legenda precisa apresentar cerca de 500 mil assinaturas de apoio válidas, o 
equivalente a 0,5% do total dos votos dados para a Câmara dos Deputados nas últimas 
eleições
 • As assinaturas são verificadas pelos cartórios eleitorais e encaminhadas para o Tribunal 
Regional Eleitoral (TRE)
 • » Antes de entrar com o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla 
precisa da certificação das assinaturas de pelo menos nove TREs. A resolução que 
disciplina a criação de partidos estabelece que as assinaturas sejam coletadas em pelo 
menos um terço dos estados brasileiros e atinjam ao menos 0,1% dos eleitores de cada 
uma dessas nove unidades da Federação
 • Em posse das certificações de pelo menos nove TREs e com a quantidade mínima 
nacional de assinaturas, a legenda entra com o pedido de registro junto ao TSE
 • No prazo de até 48 horas após a apresentação do pedido, o processo deve ser 
distribuído a um relator
 • Caberá a qualquer interessado impugnar, no prazo de três dias, contados da publicação 
do edital, o pedido de registro. Havendo impugnação do Ministério Público ou de 
outro partido, será aberta vista ao requerente para contestar no mesmo prazo» A 
Procuradoria-Geral Eleitoral deverá se manifestar em três dias antes de o processo ser 
liberado para o relator, que não tem prazo para apresentar em mesa para julgamento o 
pedido de registro. Quando não há impugnação, o processo segue imediatamente para 
a análise do relator
 • Para que o partido esteja apto a participar das eleições de 2014, é necessário que o 
registro seja aprovado pelo plenário do TSE antes de 5 de outubro de 2013 (um ano 
antes do pleito). Esta também é a data-limite para um político se filiar a uma sigla, caso 
queira disputar as eleições do ano que vem
 • Outros casos:
Veja quanto tempo os últimos partidos criados no país precisaram desde o pedido de registro 
até a decisão do TSE:
 • PSD: Pedido protocolado em 23 de agosto de 2011 e deferido em 27 de setembro do 
mesmo ano
 • PPL: Pedido protocolado em 24 de agosto de 2011 e deferido em 4 de outubro daquele 
ano
 • PEN*: Pedido protocolado em 21 de setembro de 2011 e deferido em 19 de junho de 
2012
* O pedido do PEN chegou a ser levado a julgamento em 6 de outubro de 2011, mas havia 
falhas no processo de coleta das assinaturas. Os ministros então converteram o processo em 
diligências para que fossem sanadas, o que ocorreu somente em 2012.
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MAIS MÉDICOS COMEÇA HOJE EM 13% DAS CIDADES 
Brasileiros em 454 cidades dão início ao Mais Médicos
Autor(es): Lígia Formenti
O Estado de S. Paulo – 02/09/2013
O desembarque de brasileiros em 454 cidades marca hoje a estreia de fato do programa Mais 
Médicos. A chegada atenderá à demanda de apenas 13% dos municípios que se inscreveram na 
primeira etapa da iniciativa.
Profissionais desembarcam hoje nos municípios contemplados na primeira fase do programa; 
Ceará receberá maior contingente
O desembarque de brasileiros em 454 cidades hoje marca a estreia de fato do Mais Médicos, 
programa lançado em julho pelo governo federal para ampliar a oferta de profissionais em 
áreas consideradas prioritárias. Achegada atenderá à demanda de apenas 13% dos municípios 
que se inscreveram na primeira etapa da iniciativa.
A timidez da estreia é ainda mais marcante nos Estados do Norte, Amapá, por exemplo, deterá 
receber três médicos brasileiros. Acre e Roraima, por sua vez, ficam, cada um, com nove 
profissionais. Ceará é o Estado que vai receber maior contingente: 106 médicos, seguido da 
Bahia, com 103.
Na primeira fase do programa, 3.511 cidades requisitaram 15.460 profissionais para trabalhar 
no atendimento de saúde local. A resposta ao convite foi pequena: 1.096 médicos brasileiros 
e outros 282 estrangeiros. Há ainda 4 mil cubanos, recrutados por meio de um acordo firmado 
entre o governo brasileiro e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Desse convênio, 
400 já desembarcaram no País. Os demais são esperados até dezembro.
Na sexta-feira, uma nova etapa de inscrições, tanto de médicos quanto de cidades interessadas 
em participar do programa, foi concluída. O novo balanço, com números de novas cidades e 
candidatos às vagas, deverá ser divulgado hoje. A ideia é fazer chamamentos mensais até que a 
demanda seja totalmente atendida.
Pelas regras do Mais Médicos, a prefeitura é obrigada a manter a quantidade de profissionais 
existente anteriormente. Bolsistas do programa só podem ser incluídos para expandir 
a capacidade de atendimento. O controle é feito por meio do Cadastro Nacional dos 
Estabelecimentos de Saúde. No sistema, constam os dados dos médicos que atuam nos 
municípios. São as prefeituras que devem arcar com a alimentação e a moradia dos bolsistas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse estar convicto de que a acolhida dos profissionais 
nas cidades hoje será bem diferente da chegada dos cubanos ao País, na semana passada. 
“Estou certo de que eles serão muito bem recebidos pela população, Há um anseio pela 
chegada deles”, disse.
A primeira onda é formada por médicos brasileiros. Para tentar aplacar as críticas de entidades 
de classe, o Mais Médicos deu prioridade para profissionais do País. Em uma segunda etapa, 
inscreveram-se brasileiros e estrangeiros com diplomas obtidos no exterior. A terceira fase – e a 
responsável pela maior parte do efetivo de profissionais – é fruto do convênio feito com a Opas.
 
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Embora o acordo entre a Opas e o governo brasileiro tenha sido anunciado há duas semanas, 
médicos cubanos há pelo menos seis meses se preparam para trabalhar no Brasil. Desde o início 
do ano, profissionais em várias regiões de Cuba recebem aulas de português e sobre o Sistema 
Único de Saúde (SUS), com professores destacados pelo governo brasileiro. O material didático 
usado é o mesmo adotado no curso de três semanas dado para estrangeiros.
Reação truculenta: O risco de o ritmo de adesão de médicos de outras nacionalidades cair ainda 
mais por causa dos protestos da semana passada foi descanado por Padilha. “Foi uma reação 
truculenta, uma postura isolada que não representa o sentimento de milhões de brasileiros”, 
disse.
NA MIRA DOS ESTADOS UNIDOS – DILMA FOI ALVO DIRETO DA ESPIONAGEM 
AMERICANA
EUA ESPIONAM DILMA
Autor(es): CRISTINA TARDÁGUILA JÚNIA GAMA
O Globo – 02/09/2013
NSA monitorou telefone e e-mails da presidente A Agência de Segurança Nacional dos Estados 
Unidos (NSA) monitorou o conteúdo de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da 
presidente Dilma Rousseff e de um número ainda indefinido de “assessores-chave” do governo 
brasileiro. Além de Duma, também foram espionados pelos americanos nos últimos meses o 
presidente do México, Enrique Peña Nieto, — quando ele era apenas candidato ao cargo — 
e nove membros de sua equipe. As informações foram reveladas ontem pelo “Fantástico’ que 
teve acesso a uma apresentação feita dentro da própria NSA, em junho de 2012, em caráter 
confidencial. O documento é mais um dos que foram repassados ao jornalista britânico Glenn 
Greenwald por Edward Snowden, técnico que trabalhou na agência e que hoje está asilado na 
Rússia. Ontem à noite, ao tomar conhecimento da reportagem, o ministro da Justiça, Eduardo 
Cardozo, classificou a espionagem como um fato “gravíssimo” e afirmou que, se confirmado o 
monitoramento das comunicações da presidente Dilma e de seus assessores, o episódio terá 
sido uma “clara violação à soberania” brasileira. Cardozo antecipou ainda que fará um pedido 
formal de explicações aos Estados Unidose que o tema será levado à Organização das Nações 
Unidas (ONU). — Se forem confirmados os fatos da reportagem, eles devem ser considerados 
gravíssimos, caracterizarão uma clara violação à soberania brasileira — disse o ministro. — Isso 
foge completamente ao padrão de confiança esperado de uma parceria estratégica, como é a dos 
Estados Unidos com o Brasil. Diante desses fatos, vamos exigir explicações formais ao governo 
americano, o Itamaraty convocará o embaixador dos Estados Unidos para dar explicações e vamos 
levar o assunto a todos os fóruns competentes da ONU. A apresentação em que a presidente 
Dilma Rousseff e o presidente Enrique Peña Nieto são citados e aparecem até em fotos tem um 
total de 24 slides e não traz nenhum exemplo de e-mail ou ligação da governante brasileira. O 
título é “Intelligency filtering your data: Brazil and Mexico case studies” (inteligência filtrando 
informação: os estudos de caso do Brasil e do México’ numa tradução livre), e sua classificação 
indica que o documento só pode ser lido pelos países que integram o grupo batizado pela NSA 
como “five eyes’ São eles: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Cana- dá e Nova Zelândia. 
Nesse mesmo documento, que data de junho de 2012, a NSA explica com grande precisão de 
detalhes e desenhos como espiona os telefonemas, e-mails e mensagens de celular dos dois 
líderes latino-americanos. Ao final, congratula-se de ter tido “sucesso” na empreitada. Segundo 
o jornalista Glenn Greenwald, que recebeu os documentos de Snowden e colaborou com a 
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reportagem do “Fantástico’ a apresentação de slides deixa claro que o primeiro passo da NSA 
é identificar seus alvos, seus números de telefone e seus endereços de e-mail. Depois, usando 
pelo menos três programas de computador — o Cimbri, Mainway e Dishfire ( este capaz de 
procurar uma palavra-chave numa imensidão de dados) —, a agência filtra as comunicações que 
devem merecer mais atenção. Para ilustrar esse processamento de dados, a apresentação traz a 
imagem de duas mensagens de celular. A primeira delas, capturada numa comunicação travada 
entre dois colaboradores do então candidato Enrique Pefla Nieto, ele aparece citado pela sigla 
EPN ( as primeiras letras de seu nome). A segunda, extraída do celular do próprio Pefia Nieto, traz 
uma revelação: o nome daquele que viria a ser anunciado, dias mais tarde, como coordena- dor 
de comunicação social do governo. Nessa parte do documento, lê-se, no alto do slide, o número 
85.489. Para Greenwald, o número poderia significar o total de mensagens interceptadas pela 
NSA no entorno de Peña Nieto. O dado não foi comprovado. Ao trazer à tona o estudo de caso 
do Brasil, a apresentação da NSA é clara. Seu objetivo é “aumentar o entendimento dos métodos 
de comunicação” de Dilma Rousseff e de seus “assessores-chave’ No slide que vem logo em 
seguida, a agência mostra, sem revelar nomes, a teia de relacionamentos da presidente e como 
esses indivíduos se relacionam entre si, Segundo a interpretação de Greenwald, essa é uma 
forma de os Estados Unidos identifica-rem os principais interlocutores do governo brasi1eiro 
E, segundo revela o documento obtido pelo “Fantástico’ o esforço tem dado resultado. Na 
conclusão da apresentação sobre o caso Brasil, a NSA destaca que “foi possível aplicar essas 
técnicas com sucesso contra alvos importantes’ inclusive contra os brasileiros e mexicanos que 
costumam proteger tecnicamente suas comunicações (os chamados “OPSEC-savvy’ em inglês). 
o ministro José Eduardo Cardozo preferiu não adiantar que providências seriam tomadas caso as 
denúncias reveladas ontem sejam confirmadas, mas avançou na crítica: — Isso (a espionagem) 
atinge não só o Brasil, mas a soberania de vários países que pode ter sido violada de forma 
absolutamente contrária ao que estabelece o direito internacional — destacou ele. — Não pode 
haver uma coleta indiscriminada de dados no Brasil sem a determinação do Poder Judiciário. 
Representei o Brasil em Washington em reuniões sobre o assunto, e propusemos um protocolo 
de entendimento que visasse a assegurar a soberania internacional, apenas permitindo a 
interceptação de dados com ordem judicial, mas os Estados Unidos não aceitaram o acordo, 
dizendo que não iam faze-lo nem com o Brasil nem com outro país. ‘AMIGO, INIMIGO OU 
PROBLEMA? Mas o interesse da NSA pelos brasileiros não se esgota aí. Um segundo documento 
revelado ontem à noite indica que os Estados Unidos ainda têm dúvidas quanto à sua avaliação 
do Brasil. Em um dos slides do powerpoint intitulado “Identifying challenges for the future” 
(“Identificando desafios para o futuro”), que também foi repassado a Greenwald por Snowden, 
a Agência de Segurança Nacional se faz uma pergunta: “Amigos, inimigos ou problemas?’ Logo 
abaixo faz uma lista de países que merecem observação. O Brasil encabeça o ranking composto 
ainda por Egito, Índia, Irã, México, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Turquia e lêmen, Classificada 
pela sigla “FOUO” (“for official use only” ou “exclusivo para uso oficial), a apresentação tem 
18 slides e pretende levar a agência a fazer uma reflexão sobre o período que vai de 2014 a 
2019. O documento também classificado como confidencial e disponibilizado apenas para os 
“five eyes’ países com quem a NSA diz “trocar informações de forma frequente’ No terceiro 
e último documento repassado por Greenwald ao “Fantástico a maior agência de segurança 
do mundo revela que mantém uma equipe responsável por monitorar questões comerciais 
em treze países da Europa e em “parceiros estratégicos” mundo a fora. Na lista da 151 estão 
Brasil, México, Japão, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Espanha. Segundo o documento, são 
nações que têm em comum o fato de serem importantes para a economia americana e para as 
“questões de defesa’ Essa divisão especializada da NSA também daria ao órgão “informações 
sobre as atividades militares e de inteligência” desses países.
 
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ACREDITE SE QUISER: CÂMARA DERRUBA VOTO SECRETO POR UNANIMIDADE
Agora só falta o Senado
Autor(es): Paulo Celso Pereira, Isabel Braga e Cristiane Jungblut
O Globo – 04/09/2013
Depois de sete anos, Câmara aprova, em segundo turno, fim do voto secreto Brasília – Seis 
dias após salvar o mandato do deputado-presidiário Natan Donadon (sem partido-RO) em 
uma votação secreta, a Câmara dos Deputados tentou dar ontem uma satisfação à sociedade 
e aprovou, em segundo turno, por unanimidade, com 452 votos favoráveis, a Proposta de 
Emenda Constitucional (PEC) 349, que põe fim ao voto secreto para todas as decisões tomadas 
em sessões plenárias do Parlamento. A votação em primeiro turno aconteceu há sete anos, e 
o texto segue agora para o Senado, onde a tramitação deve demorar, no mínimo, um mês. Se 
aprovado pelos senadores, todos os futuros processos de cassação de mandato parlamentar 
terão o voto aberto dos seus colegas. A decisão de pôr a medida em votação partiu do 
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ainda pela manhã, ele chegou 
à Casa informando que pautaria a proposta na sessão da noite e que informaria aos líderes 
sua decisão. Henrique estava emparedado pela decisão do ministro Luís Roberto Barroso, 
do Supremo Tribunal Federal, que na segunda-feira suspendeu a decisão da Câmara que não 
cassou o mandato de Donadon. — Esta Casa marcou um passo ao reencontro da democracia 
— afirmou o presidente, à noite, ao proclamar o resultado da sessão em que apenas ele não 
votou. Apesar da aprovação da medida, existe na oposição o temor de que o Senado demore na 
discussão da proposta, e ela acabe não sendo votada. O receio aumentou diante da afirmação 
do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), na tribuna, informando que, após a aprovação da PEC 
349, seu partido não aceitaria votar a PEC 196, que prevê o voto aberto apenasna cassação de 
mandato de parlamentares. — Não vamos fazer o papel de votar duas PECs, sendo a segunda 
mais restrita. Não vou enganar a opinião pública — afirmou Cunha. Apesar de ser mais restrita, 
a PEC 196 já passou pelo Senado, já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da 
Câmara, e agora aguarda discussão e votação em comissão especial, e depois no plenário, em 
dois turnos. Pelas contas de Henrique Alves, em duas semanas, a PEC 196 poderá ser pautada 
para o plenário e, caso aprovada, entrará em vigor imediatamente. Desconfiado, o líder da 
minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT), disse, durante a sessão, que os partidos de 
oposição exigirão a votação da PEC já aprovada pelo Senado, que servirá como garantia caso 
os senadores demorem a analisar a proposta aprovada ontem pela Câmara: — Isso é o jogo 
do Planalto. Vamos exigir a votação da PEC 196. Porque votar apenas a PEC 349 é "me engana 
que eu gosto". Porque sabe-se lá quando vai votar lá (no Senado). Antes da votação final 
pelos deputados, à noite, o presidente do Senado, Renan Calheiros (DEM-AL), gerando mais 
desconfianças, disse que a Câmara deveria ter priorizado a medida mais restrita (já aprovada 
pelo Senado) para só depois partir para a mais ampla, que deverá suscitar debates: — Nós já 
aprovamos a proposta há mais de um ano. O fundamental seria votar essa matéria primeiro. Ela 
seria promulgada em oito dias. E, depois, nós a ampliaríamos. A proposta votada ontem sofre 
restrições mesmo entre os parlamentares que defendem o fim do voto secreto para cassações 
de mandato. Isso porque a PEC abre o voto dos parlamentares em situações delicadas, como 
apreciação de vetos presidenciais e indicações de ministros do Supremo e do procurador-
geral da República, o que pode gerar, na visão deles, o risco de sofrerem retaliações por parte 
do governo e de autoridades do Judiciário. Ainda durante a reunião de líderes na Câmara, a 
avaliação final foi que o Senado terá a oportunidade de fazer alterações na PEC. Em plenário, 
muitos deputados diziam que não era possível votar ontem contra a PEC do Voto Aberto, 
mesmo convencidos de que ficarão expostos em algumas situações, como na apreciação dos 
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vetos presidenciais. — Curiosamente, alguns colegas passavam entre as bancadas fazendo 
comício contra, dizendo que estávamos dando um tiro no pé — contou o deputado Otávio Leite 
(PSDB-RJ). Muitos usaram a tribuna para justificar por que estiveram ausentes na votação da 
semana passada. Ontem, dos quatro deputados condenados no caso do mensalão, apenas 
Pedro Henry (PP-MT) sentou-se no fundo do plenário e votou. Já Valdemar Costa Neto (PR-
SP) apenas registrou sua presença ainda cedo. O petista João Paulo Cunha (SP) não registrou 
presença, e José Genoino (PT-SP) está de licença médica. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), 
defensor do voto aberto em qualquer situação, ponderou: — O parlamentar vai pensar duas 
vezes se fica bem com o governo, contra sua consciência e contra a sociedade, ou se fica bem 
com seu eleitor. É um teste à nossa independência. Ontem, integrantes da Frente Parlamentar 
em Defesa do Voto Aberto, criada em 2011, fizeram um ato em favor da PEC pelos corredores da 
Câmara e terminaram com a abertura, no plenário, de uma enorme faixa amarela e preta com 
o slogan "Voto aberto Já". O próprio Henrique Alves posou para fotos ao lado deles afirmando 
que seria uma "sessão histórica". Durante a sessão, Alves foi criticado por alguns deputados, 
como Sílvio Costa (PTB-PE), sugerindo que ele "estava jogando para a plateia". Mas, ao iniciar 
a sessão de ontem, o presidente foi taxativo: — Esta Casa não pode vacilar. O Brasil espera 
uma resposta que não pode demorar deste Parlamento. Vi esta Casa se agachar, se levantar, 
mas não vi um desgaste maior a essa Casa, à sua credibilidade do que o ocorrido na noite 
fatídica da quarta-feira. O mea culpa é de todos nós. A comissão especial que analisa a PEC 
196 se reuniu ontem, mas ainda precisa cumprir prazos para que ela seja levada ao plenário, 
o que deve ocorrer no dia 24 de setembro. Integrante da comissão, o deputado Júlio Delgado 
(PSB-MG) reclamou da decisão de privilegiar a PEC 349: — O mais rápido é votar a PEC 196. É 
a resposta que a sociedade quer. Na semana passada, no caso Donadon, quebraram o vaso. O 
vaso quebrou, agora não adianta querer colar.
A JUSTIÇA TARDA: STF MANTÉM IMPUNIDADE DE MENSALEIROS ATÉ 2014
PUNIÇÃO ADIADA
O Globo – 19/09/2013
Celso de Mello reabre julgamento, e Fux é o novo relator. Decano diz que sentimento das ruas 
não pode se sobrepor à lei e que recurso assegura direito de defesa. STF reconhece direito a 
novo julgamento para 12 réus; Dirceu pode sair do regime fechado -BRASÍLIA- Doze dos 25 
réus condenados no processo do mensalão ganharam ontem o direito a um novo julgamento 
— entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) admitiu a possibilidade de analisar os embargos infringentes, um recurso que 
permite o reexame de provas e a absolvição em crimes cuja condenação contou com ao menos 
quatro votos a favor do réu. O voto de Minerva foi dado pelo ministro Celso de Mello, o mais 
antigo na Corte, que disse rejeitar a pressão das ruas sobre o Supremo. Como há prazos para 
os advogados entrarem com os recursos e o Ministério Público Federal se pronunciar, qualquer 
punição aos mensaleiros pode ficar apenas para 2014. O ministro Luiz Fux substituirá o 
presidente Joaquim Barbosa na relatoria dos recursos. O tribunal deu prazo de 30 dias para 
os réus entrarem com os infringentes, a contar da publicação no Diário da Justiça do acórdão 
referente aos embargos declaratórios, recursos cujo julgamento foi encerrado no último dia 5. A 
expectativa é que o tribunal leve cerca de 15 dias para publicar o acórdão, mas, pelo regimento, 
a publicação poderá ocorrer até o início de novembro. Acórdão publicado, e esgotado o prazo 
dos réus, a Procuradoria Geral da República ganha outros 15 dias para se manifestar. Na 
hipótese célere, os prazos encerrariam em meados de novembro, e Fux elaboraria seu voto 
 
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imediatamente depois. Em outro cenário, os prazos terminariam em 19 de dezembro, último 
dia do ano antes das férias do tribunal, inviabilizando o desfecho do caso este ano. EXECUÇÃO 
DE PENAS FSCA SUSPENSA Em razão do adiamento da conclusão do processo, a execução das 
penas dos 12 condenados que têm direito ao embargo infringente ficará suspensa. O presidente 
do STF, ministro Joaquim Barbosa, contudo, não mencionou na sessão de ontem como ficará a 
situação dos outros 13 réus que não têm direito aos recursos. A prisão deles deve ser discutida 
em plenário quando o tribunal publicar o acórdão. Se ficar decidido que o grupo não pode 
mais entrar com nenhum tipo de recurso, as penas deverão ser executadas imediatamente. 
Apontado como chefe da quadrilha do mensalão, Dirceu pode ter sua pena, atualmente em dez 
anos e dez meses, diminuída para sete anos e 11 meses, deixando de cumprir a pena em regime 
inicialmente fechado e passando ao regime semiaberto. No ano passado, Dirceu foi condenado 
por formação de quadrilha por seis votos a quatro. Por outro lacjd, não há como revisar a 
pena de corrupção ativa, crime pelo qual Dirceu foi con denado por oito votos a dois. Além de 
Dirceu, sete réus condenados por formação de quadrilha tiveram pelo menos quatro votos pela 
absolvição: o ex-presidente do PT José Genoino; o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares; o 
operador do esquema, Marcos Valério, e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Crisüano Paz; e 
os ex-executivos do Banco Rural Ká-tia Rabello e José Roberto Salgado. Simone Vasconcelos, 
ex-funcionária de Valério, foi condenada pelo crime, mas não cumprirá pena porque houve 
prescrição. Esses réus têmchance de serem absolvidos do crime de formação de quadrilha. 
Isso porque a formação da Corte mudou em relação ao ano passado, com a substituição de 
dois integrantes. Recentemente, o STF absolveu o senador Ivo Cassol (PP-RO) da acusação de 
formação de quadrilha, mudando a jurisprudência do tribunal. Se o mesmo ocorrer na ação 
penal 470, Delúbio Soares também vai para o semiaberto. Outros três condenados poderão 
questionar a pena por lavagem de dinheiro: o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-
SP); o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu; e o doleiro Breno Fischberg. No caso 
dos dois últimos réus, eles foram condenados apenas por lavagem. Ou seja, em tese, podem 
ser totalmente absolvidos depois do julgamento dos embargos infringentes. No caso de Cunha, 
se ele for absolvido será preso em regime semiaberto, não no fechado, como decidiu o tribunal 
no ano passado. Na semana passada, a votação sobre a legitimidade ou não do recurso foi 
interrompida com cinco votos a cinco. O voto de desempate foi dado ontem pelo mais antigo 
integrante da Corte, Celso de Mello. Ele defendeu os infringentes como garantia de um 
processo justo aos réus. E esclareceu que a Corte deve agir com correção jurídica, e não para 
atender os desejos das ruas. — Tenho para mim que ainda subsistem, no âmbito do STF, nas 
ações penais originárias, os embargos infringentes — arrematou o decano. Por duas horas, o 
ministro sustentou que os infringentes estão previstos no Regimento Interno, de 1980, que tem 
força de lei. E lembrou que a Lei 8.038, de 1990, que disciplinou recursos judiciais no STF e 
no Superior Tribunal de Justiça (STJ), não tratou dos infringentes, mas também não os baniu 
do regimento. Celso de Mello afirmou que, ao silenciar sobre esse tipo de recurso, a lei de 
1990 criou uma ""típica lacuna intencional" para manter a validade do regimento do Supremo. 
O ministro acrescentou que apenas o Congresso pode extinguir a possibilidade de embargos 
infringentes para ação penal no STF. E argumentou que não há outro tribunal ao qual se possa 
recorrer de condenação do STF. Daí a importância dos embargos infringentes. — No STF, não 
há uma instância de superposição, e isso é grave. Por isso mesmo que o STF, no Regimento 
Interno, sabiamente construiu um modelo recursal que permite a possibilidade de controle 
jurisdicional de suas próprias decisões, porque não há outro órgão do Poder Judiciário ao qual a 
parte supostamente lesada possa se dirigir — explicou. 
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25 ANOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: PROMULGAÇÃO MARCOU TRANSIÇÃO 
ENTRE DITADURA E DEMOCRACIA
Em 5 de outubro de 1988, o Congresso Nacional brasileiro estava em polvorosa. Do lado de fora, 
tropas militares saudavam parlamentares com tiros de canhão e fogos de artifício. Lá dentro, os 
políticos sabiam que estavam vivendo um momento histórico.
Após subir a rampa do Planalto com o presidente José Sarney e Raphael Meyer, ministro do STF, 
o deputado Ulysses Guimarães, então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, assinou 
os documentos no plenário da Câmara dos Deputados e disse a frase que todos esperavam: 
“Declaro promulgado o documento da liberdade, da dignidade, da democracia e da justiça 
social do Brasil”. 
Em 2013, o texto final da Constituição do Brasil promulgada em 1988 completa 25 anos. Em 
vigor até hoje, os 347 artigos do documento aprovado representaram um avanço nos direitos 
sociais dos brasileiros, marcando também a transição do regime militar para uma democracia.
A Constituição ou Carta Magna é um documento de leis fundamentais que refletem a 
estruturação do Estado, formação dos poderes, formas de governo e direitos e deveres do 
cidadão de um país.
Ao longo da história, o Brasil teve sete constituições, sendo que primeira data de 1824 e foi 
outorgada por D. Pedro 1º durante o Império. Em 1891, após a Proclamação da República 
(1889), foi promulgada a primeira Constituição Republicana brasileira, que adotou o sistema de 
governo presidencialista, a eleição do chefe de Estado por voto direto e a divisão entre o Poder 
Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal), o Poder Executivo e o Poder Judiciário.
Constituição democrática
Foram 18 meses até que a Constituição de 1988 fosse aprovada. O documento foi elaborado 
partir de propostas tanto dos congressistas quanto da população, através de audiências 
públicas com representantes de movimentos sociais. Foi a primeira vez na história do Brasil que 
a população participou diretamente da elaboração da Constituição.
Naquela época, a promulgação foi decisiva para fazer a ruptura com a Constituição de 1967, 
criada durante o período do regime militar no Brasil (1964-1985) e que criou Atos Institucionais, 
decretos que restringiam direitos e garantias do cidadão.
A ideia de uma nova Constituição surgiu após o processo de abertura política, contando com 
o apoio dos que tinham participado do movimento Diretas Já, em 1984, e como promessa de 
campanha de Tancredo Neves, eleito presidente em 1985. Com sua morte, José Sarney foi o 
primeiro civil a ocupar o cargo de presidente após 21 anos de ditadura militar.
Constituição cidadã
José Sarney convocou em 1987 uma Assembleia Constituinte, responsável por formular ou 
reformar uma constituição. Para participar das discussões, foram convidados deputados (487) 
e senadores (72) eleitos democraticamente nas eleições de 1986.
 
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As discussões sobre os artigos aconteciam em diversas comissões, e o processo de aprovação de 
leis também contou com audiências públicas que preparavam as emendas com a participação 
de diferentes setores da sociedade e movimentos sociais. 
Considerado um projeto avançado na época, a Constituição Federal foi considerada um marco 
em relação à cidadania e aos direitos humanos, pois aprovou conquistas significativas em áreas 
como saúde, previdência, assistência social, direitos do consumidor, direitos femininos, direitos 
da criança e do adolescente, direitos indígenas, jornada de trabalho e o novo Código Civil.
Entre as novidades da chamada "constituição cidadã", o documento trazia leis que previam 
a licença-paternidade, a liberdade de imprensa, o conceito amplo de família, o direito à 
titularidade da terra para as mulheres trabalhadoras rurais, o benefício de aposentadoria para 
o trabalhador rural, a multa de 40% no ato da demissão de um trabalhador, o direito à greve 
para os funcionários públicos e a demarcação de terras indígenas pelo Estado.
Mudanças na Constituição
A Constituição Federal pode ser atualizada e alterada através de uma PEC (Proposta de Emenda 
à Constituição), que deve ser avaliada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) 
da Câmara e do Senado e votada por deputados e senadores. Em 25 anos, a Carta Magna 
recebeu mais de 70 emendas, sendo que a primeira aconteceu em 1992.
Um estudo feito pelos cientistas políticos Cláudio Couto, da FGV, e Rogério Arantes, da USP, 
mostra que foram acrescidos 718 dispositivos e retirados 80 do texto original da Constituição de 
1988. A conclusão é que a Constituição Federal está 39% maior desde quando foi promulgada.
2. Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, rádio, 
cinema, teatro, jornais, revistas e televisão.
A BATALHA DAS BIOGRAFIAS
Autor(es): BRUNO GÓES
O Globo – 15/10/2013
Debate sobre necessidade de autorização prévia para a publicação de obras do gênero ganha 
mais vozes divergentes; em artigo para O GLOBO, Gilberto Gil defende a posição do Procure 
Saber, enquanto Joaquim Barbosa e artistas como Ivan Lins e Frejat se dizem contra proibição
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou ser contra qualquer 
tipo de proibição ou censura a biografias no Brasil. Barbosa tratou da polêmica ontem,defendendo a liberdade de publicação e chamando atenção para o fato de, segundo ele, não 
haver censura prévia no país. Também ontem, o Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) 
— que reúne nomes como Ivan Lins, Sérgio Ricardo, Fernanda Abreu, Frejat, Leoni, Tim Rescala, 
Leo Jaime, Dudu Falcão e Mu Carvalho — divulgou nota ontem declarando-se “contrário à 
necessidade de autorização para biografias’. 
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Barbosa falou sobre o tema durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio. 
Ele sugeriu, como solução para o debate, a liberação das biografias sem restrição alguma, mas 
também a determinação de uma multa “pesada” para casos em que a honra ou a privacidade 
de um biografado seja violada. — o ideal seria a liberdade total de publicação, com cada um 
(autor e editora) assumindo os riscos.
Quem causar dano deve responder financeiramente — disse o presidente do STF. As 
declarações de Barbosa e do GAP são uma resposta à polêmica que vem sendo discutida no 
país há quase duas semanas: de um lado, a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) 
moveu no STF Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra os artigos do Código Civil 
que exigem necessidade da autorização dos biografados para que um livro seja publicado; 
do outro, o grupo Procure Saber, que representa Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, 
Roberto Carlos, Djavan, Erasmo Carlos e Paula Lavigne, entre outros, veio a público defendendo 
o direito à privacidade. 
O caso no STF está sob responsabilidade da ministra Cármen Lúcia e ainda não há data para que 
o tribunal dê seu parecer. Hoje, de acordo com o artigo 20 do Código Civil, qualquer cidadão 
pode impedir que biografias sobre si sejam publicadas “se lhe atingirem a honra, a boa fama 
ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais’ — Sinto um certo desconforto na 
situação em que um grande artista, músico ou compositor se depara subitamente com uma 
biografia devastadora sobre a sua vida e a sua intimidade.
É sobre isso que se deve cuidar, ninguém está interessado em proibir simplesmente a forma de 
produzir. Eu defendo, nestes casos, indenização pesada — disse Barbosa. 
Associações Discordam Pela Primeira Vez
Já o ponto de vista do GAP foi divulgado numa nota nas redes sociais. O grupo, fundado há dez 
anos, foi aliado do Procure Saber, criado neste ano, na luta por mudanças no direito autoral no 
Brasil, que culminou com uma nova lei de gestão coletiva, sancionada em agosto. Agora, é a 
primeira vez em que as duas associações discordam publicamente.
O texto do GAP, porém, pede mais atenção para discussões sobre defesa da privacidade 
na legislação brasileira e ainda sugere que sejam debatidas as formas de se aplicarem as 
indenizações por dano moral em casos de calúnia e difamação. Diz a nota: “O GAP esclarece 
que é a favor da liberdade de expressão e contrário à necessidade de autorização para biografias 
e à obrigatoriedade de pagamento aos biografados.
Ao mesmo tempo, o GAP manifesta sua solidariedade aos integrantes do Procure Saber que 
receberam ataques, muitas vezes de cunho pessoal, desnecessários para a discussão pública 
do assunto. [...] “o impulso que o tema ganhou nos últimos dias é muito oportuno. Este é um 
bom momento para discutirmos se as salvaguardas que a lei brasileira dispõe para a defesa da 
privacidade são adequadas. 
“Também é fundamental debater se as indenizações por dano moral vêm cumprindo seu papel, 
e ainda como obter maior homogeneidade no exame dos fatores que devem ser considerados 
para uma eventual condenação e para sua quantificação. São necessárias, ainda, novas regras 
para o direito de resposta [...]‘.
 
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PAPA FRANCISCO NO BRASIL: VISITA TERÁ CARÁTER ESTRATÉGICO PARA IGREJA
Em sua primeira visita ao Brasil, o papa Francisco cumprirá uma das etapas mais importantes 
de sua missão de revigorar a imagem da Igreja Católica na América Latina, sobretudo diante da 
expansão do movimento evangélico na região.
O Brasil é o maior país católico do mundo, com 123,2 milhões de fieis (64,6% da população). 
Nas últimas décadas, porém, vem perdendo devotos para as igrejas evangélicas. De acordo 
com o censo do IBGE de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% em 10 anos, enquanto 
a população católica retraiu, em duas décadas, 22%.
Contribuíram para isso o uso eficiente dos meios de comunicação eletrônicos pelas igrejas 
evangélicas e o trabalho de pastores nas periferias das cidades. A Igreja Católica, por seu turno, 
encontrou dificuldades para tratar questões contemporâneas como o aborto, o divórcio e o 
homossexualismo.
Além disso, o Vaticano envolveu-se em escândalos sexuais – com clérigos acusados de pedofilia 
– e de corrupção. A pressão da opinião pública foi um dos motivos que levaram o papa emérito 
Bento XVI a renunciar em 11 de fevereiro, surpreendendo o mundo cristão. Foi o primeiro papa 
a abdicar do cargo desde 1415
Em 13 de março, o Conclave escolheu o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio (que adotou o 
nome de Francisco) como substituto de Bento XVI.
A escolha do primeiro papa latino-americano da história não foi por acaso: a América Latina, 
que concentra 45% dos católicos no mundo, é vista por Roma como uma base estratégica para 
a superação da crise do catolicismo na Europa.
Juventude
Bento XVI esteve no Brasil em 2007. Já em sua primeira viagem, o papa Francisco participa da 
Jornada Mundial da Juventude, evento religioso que reúne cerca de 2,5 milhões de católicos no 
Rio de Janeiro, entre 23 e 28 de julho.
O encontro acontece a cada três anos, mas foi antecipado para não coincidir com a Copa do 
Mundo de 2014. O último foi realizado em 2011, em Madri, na Espanha. Durante o evento no 
Brasil são realizadas missas, palestras, shows e outras atividades religiosas.
O maior encontro internacional de jovens católicos foi criado pelo papa João Paulo II em 1984. 
A primeira edição aconteceu em Roma, dois anos depois. Contudo, a preocupação da Igreja 
Católica com os jovens é mais antiga. Ela data do Concílio do Vaticano II, de 1965, período de 
agitações culturais, políticas e comportamentais.
Na década de 80, o Vaticano percebeu que essa revolução nos costumes afastava os jovens da 
vida católica e da vocação eclesiástica. Como efeito, caía o número de sacerdotes ao passo que 
crescia a quantidade de adolescentes que se desligavam da tradição religiosa.
Por isso, os encontros com o papa serviriam como uma “vitrine” do Catolicismo, de forma a 
revigorar a fé católica entre os mais jovens.
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Corrupção
Até agora, o papa Francisco exerceu um pontificado discreto, sem muitas mudanças ou 
polêmicas.
Seus primeiros atos foram administrativos e tiveram repercussão interna na igreja. Ele nomeou 
comissões especiais para investigar desvios de dinheiro do Banco do Vaticano e para trocar 
o comando da Cúria Romana, órgão administrativo da Santa Sé que é alvo de denúncias de 
corrupção, nepotismo e abusos de poder.
As supostas irregularidades tornaram-se públicas com a divulgação de documentos secretos do 
Vaticano, no ano passado, no escândalo que ficou conhecido como Vatileaks (em referência ao 
Wikileaks).
 No começo de julho, o diretor-geral do Banco do Vaticano renunciou ao cargo devido às 
investigações da Justiça, três dias após a prisão de um clérigo que era contador na Cúria.
Na esfera religiosa, o papa assinou, no começo de julho, o decreto de canonização de dois 
papas considerados importantes na história moderna do Catolicismo: João Paulo II e João XXIII, 
que serão santos por conta de milagres atribuídos a eles.
Uma das características do papa Francisco é o despojamento e a popularidade. Ele abriu mão 
de privilégios,vive em um apartamento comum, pagou as contas do hotel onde se hospedou 
durante o Conclave em Roma e, em comunicado oficial, admitiu os próprios pecados. Ele 
também demonstra maior contato físico com os fieis durante suas aparições públicas.
No Brasil, o papa encontrará um país ainda agitado por uma recente onda de protestos políticos, 
mas não uma igreja dividida por conflitos, como os que marcaram a oposição do Vaticano às 
doutrinas social-cristãs na época da ditadura. Mesmo tendo a tarefa de divulgar o Catolicismo 
em uma nação que gradualmente perde adeptos, o tom será conciliador.
3. História do Brasil
HISTÓRIA DO BRASIL: A COLÔNIA
De 1500 a 1640
 
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I – O “Descobrimento” de Vera Cruz
Aos 22 de abril de 1500 aportou na Bahia a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Sua passagem, 
a caminho de Calicut (Índia), marcou o pioneirismo português nas Grandes Navegações dos 
séculos XV /XVI. Na época, a ascensão econômica da burguesia mercantil permitiu um sonho: 
o domínio do comércio das especiarias orientais. Aliados aos burgueses, os jovens Estados 
Nacionais promoveram a Expansão Marítima Européia.
Conseqüentemente, o Atlântico tornou-se a principal rota comercial do planeta e os 
descobrimentos de novas terras abriram a era das colonizações. Estava nascendo a prática do 
Mercantilismo, conduzida pelos reis absolutistas.
Esta política econômica instaurou os monopólios comerciais, sobretudo nas relações entre as 
metrópoles e suas colônias. Através dos Pactos Coloniais, buscava-se sempre o saldo positivo 
na balança comercial, o que possibilitou uma formidável acumulação de capitais nos países 
colonizadores.
Estes fatos sugerem uma questão: Cabral teria vindo até a América sem querer? Os 
pesquisadores lembram que a Carta de Pero Vaz de Caminha se refere à “Ilha de Vera Cruz”. 
Mas dizem também que havia uma Política de Sigilo (ordem de esconder as descobertas 
importantes). Em 1494, o Tratado de Tordesilhas havia dividido o mundo entre Portugal e 
Espanha. Mas quem confiava em tratados? O importante mesmo era ocupar as novas terras.
II – A Colonização Mercantilista
Nos primeiros trinta anos do século XVI, Portugal enviou apenas expedições guarda-costas e de 
extração do pau-brasil. A montagem do Sistema Colonial foi iniciada com a chegada de Martim 
Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente, em 1532.
O açúcar foi escolhido como atividade principal, pois ampliava-se o mercado consumidor 
europeu, os lusos já o produziam nas ilhas atlânticas e o Brasil tinha o clima e o solo adequados. 
Além disso, os burgueses flamengos (futuros holandeses) financiaram os primeiros grandes 
engenhos.
O sistema agrário implantado era de grandes propriedades monocultoras e exportadoras. 
Movido pelo trabalho escravo, foi depois chamado de Plantation. O tráfico de africanos, aliás, 
rendeu altos lucros aos mercantilistas portugueses. Por tudo isso, o investimento inicial foi 
bastante alto.
A sociedade nos engenhos era rigidamente estratificada. A aristocracia rural, proprietária de 
terras e de escravos, dava-lhe um caráter patriarcal e concentrava altas rendas. Na base: os 
escravos negros, os mestiços e brancos pobres. E a política era dominada pelo Governador 
Geral, a quem se submetiam os Donatários e Governadores das Capitanias. As Câmaras 
Municipais governavam as vilas e seus membros eram eleitos pelo voto censitário, ou seja, pelo 
limite de renda que somente os chamados “Homens Bons” possuíam.
III – Invasões Estrangeiras e Novas Fronteiras
Entre 1580 e 1640, o Brasil esteve sob domínio da União Ibérica. Morto D. Sebastião, em Alcácer 
Quibir (África), seu primo espanhol, D. Felipe II de Habsburgo, assumiu o trono. A Espanha 
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lutava com ingleses, franceses e holandeses pelo domínio da Europa. Por isso, o Brasil tornou-
se alvo daquelas nações.
As Invasões Holandesas foram as mais importantes. Os navios da Companhia das Índias 
Ocidentais (WIC) atacaram a Bahia (1624), e Pernambuco (1630). Seu objetivo: restaurar o 
comércio do açúcar com a Holanda, proibido pelos espanhóis. 
Ao Nordeste Holandês foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, com sua política de 
reconstrução dos engenhos danificados pelas lutas. A Restauração Portuguesa de 1640 
quebrou o domínio espanhol e a Guerra de Independência da Holanda prosseguiu. Nassau foi 
substituído. A política holandesa de arrocho provocou a Insurreição Pernambucana de 1645. E 
os holandeses foram expulsos em 1654, após as Batalhas de Guararapes.
A principal consequência da Guerra do Açúcar foi o declínio da economia canavieira. Os 
holandeses foram produzir nas Antilhas. Mas a pecuária havia ocupado os sertões nordestinos e 
os fortes construídos na costa norte haviam gerado povoamento. Esta Expansão Oficial (militar) 
levou à criação, em 1621, do Estado do Maranhão, a Amazônia separada do Brasil.
De 1640 a 1798
IV – Bandeiras e Jesuítas
A expansão territorial do Brasil deveu-se em especial às bandeiras montadas pelos paulistas, 
nos séculos XVII e XVIII. A Capitania de São Vicente vivia isolada do pólo açucareiro nordestino 
e sua economia de subsistência não assegurava o enraizamento da população pobre.
As bandeiras de apresamento predominaram na 1ª metade do século XVII. Os holandeses 
conquistaram a África ocidental portuguesa e embargaram o tráfico negreiro para a Bahia. Por 
isso, grandes bandeiras se dirigiram ao Sul e atacaram as missões jesuíticas, capturando os 
índios, para depois vendê-los. Nas missões, os jesuítas se utilizavam dos índios catequisados 
como mão-de-obra nas atividades pecuárias, extrativistas, etc. A Companhia de Jesus policiava 
a sociedade e combatia a expansão do Protestantismo. Os ataques paulistas os expulsaram do 
sul.
As bandeiras de prospecção foram montadas sobretudo na metade final do século XVII e 
visavam à descoberta de metais preciosos. Com efeito, na última década foi descoberto ouro 
nas Serras Gerais. A interiorização do povoamento deu origem, então, às capitanias de Minas, 
Mato Grosso e Goiás.
E as bandeiras de contrato visavam à destruição de Quilombos. Nesse campo, destacou-se 
Domingos Jorge Velho na luta contra Zumbi dos Palmares.
 
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V – O Século do Ouro
A mineração viabilizou o início do povoamento do interior da Colônia. Com baixos investimentos 
iniciais foi possível montar as primeiras faiscações (pequenas propriedades) de ouro. Depois 
viriam as grandes lavras de ouro e as Casas de Fundição, subordinadas às Intendências das 
Minas. A estas cabia a arrecadação de impostos, como, principalmente, o quinto e a capitação.
O Brasil passou por sensíveis transformações em função da mineração. Um novo pólo 
econômico cresceu no Sudeste, relações comerciais inter-regionais se desenvolveram, criando 
um mercado interno e fazendo surgir uma vida social essencialmente urbana. A camada média, 
composta por padres, burocratas, artesãos, militares, mascates e faisqueiros, ocupou espaço 
na sociedade. Contraposta à sociedade açucareira, a mineradora apresentou maior mobilidade 
social com o crescimento do trabalho livre.
No plano político, o início da mineração acompanhou o sentimento nativista expresso na 
Revolta de Vila Rica, em 1720, liderada por Felipe dos Santos. No apogeu do ouro, Portugal 
viveu a Era Pombalina (1750-77). O Marquês de Pombal, ministro do déspota esclarecido D. 
José, expulsou os jesuítas do Reino, eliminou as Capitanias Hereditárias e mudou a capital para 
o Rio de Janeiro (1763). O declínio do ouro acompanhou a explosão da arte barroca mineira e 
as conspirações pela Independência.
VI – Conjurações Pela Liberdade
No dia 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro, 
condenado por traição à Rainha Maria I . Era o alferes JoaquimJosé da Silva Xavier, um dos 
conjurados da Inconfidência Mineira de 1789. Na 2ª metade do século XVIII, a produção de ouro 
caiu rapidamente. Os impostos tornaram-se pesados e Portugal ameaçava cobrar os atrasados 
com a violência da derrama.
Na mesma época, a Europa vivia as turbulências da Revolução Industrial. O Iluminismo e o 
Liberalismo combatiam o Absolutismo e o Mercantilismo do “Antigo Regime”. O domínio luso 
tinha os dias contados.
Mariana, séc. XVIII
A Conjura Mineira de 1789 foi o primeiro movimento, no Brasil, a defender a Independência. 
Embora republicana, a liderança aristocrática não admitia abolir a escravidão. Antes, as 
Rebeliões Nativistas (Amador Bueno-SP, Beckman-MA, dos Em-boabas-MG e dos Mascates-PE) 
não propuseram a idéia de nação em luta contra a exploração da metrópole.
Já a Conjuração Baiana de 1798, ou Revolta dos Alfaiates, apresentou um caráter mais 
progressista, ao incluir o ideário abolicionista e republicano nos objetivos da Independência. 
Violentamente reprimida, a conspiração teve quatro líderes executados em Salvador. Mas a 
Independência se aproximava.
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HISTÓRIA DO BRASIL: O IMPÉRIO 
VII – A Independência do Brasil
Bandeira do Reino unido
Em 1799, Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França. Seus projetos industrialistas e 
expansionistas levaram ao con-fronto direto com a Inglaterra. Por isso, em 1806, determinou 
o Bloqueio Continental: o continente foi proibido de manter re-lações com os britânicos. Isto 
afetou diretamente Portugal. Ameaçada de invasão, a Corte do Regente D. João retirou-se para 
o Brasil. Pressões inglesas e brasileiras o levaram a assinar a abertura dos portos, em 1808, 
pondo um fim no Pacto Colonial. Era o domínio inglês.
Os Tratados de 1810 selaram de vez tal domínio. E o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal, 
em 1815. Esta submissão de D. João a Londres irritou profundamente a burguesia lusitana, pois 
a Independência parecia inevitável. Mesmo a repressão joanina aos republicanos da Revolução 
Pernambucana de 1817 não bastou para aplacar a ira de Lisboa.
Assim, em 1820, a Revolução do Porto implantou a monarquia constitucional e D. João VI voltou 
a Portugal. Aqui deixou o Príncipe D. Pedro como Regente. Formaram-se duas agremiações 
rivais: o Partido Português, desejando a recolonização do Brasil, e o Partido Brasileiro, da 
aristocracia. Em 1822, por duas vezes, D. Pedro foi intimado a retornar: em 9 de Janeiro deu a 
decisão do “Fico” e a 7 de Setembro, o “Grito do Ipiranga”. Nascia o Império.
VIII – O Primeiro Reinado
A monarquia brasileira consolidou-se de forma crítica. A marca do 1º Reinado foi a disputa pelo 
poder entre o Imperador Pedro I e a elite aristocrática nacional. O primeiro confronto deu-
se na outorga da Constituição de 1824. Durante o ano anterior as relações entre o governo e 
a Assembléia Constituinte foram tensas. Enquanto a maioria “brasileira” pretendia reduzir o 
poder do Trono, os “portugueses” defendiam a monarquia centralista. O desfecho foi o golpe 
da “noite da agonia”: a Constituinte foi dissolvida. D. Pedro, então, outorgou a Constituição que 
seus conselheiros elaboraram e fortaleceu-se com o Poder Moderador.
 
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Quinta da Boa Vista
A reação veio na revolta da Confederação do Equador, em 1824. A repressão custou a vida 
de expoentes liberais, como Frei Caneca. Neste mesmo ano os E.U.A. reconheceram o Brasil 
livre. Mas os reconhecimentos português e inglês só vieram após intrincadas negociações que 
geraram a dívida externa. Em seguida, Pedro I envolveu-se na questão sucessória portuguesa e 
na Guerra Cisplatina, perdendo o Uruguai.
Em 1830, as agitações resultaram no assassinato do jorna-lista de oposição Líbero Badaró e na 
“noite das garrafadas”, entre lusos e brasileiros. Foi a crise final: no dia 7 de Abril de 1831, a 
abdicação de D. Pedro encerrou o 1º Reinado.
IX – As Regências do Império
O Período Regencial (1831-40) foi o mais conturbado do Império. Durante as Regências Trinas, 
Provisória e Permanente, a disputa pelo poder caraterizou um “Avanço Liberal”. O Partido 
Português tornou-se o grupo restaurador “Caramuru” defen-dendo a volta de Pedro I; o 
Partido Brasileiro dividiu-se nos grupos Exaltado (“Farroupilha”) e Moderado (“Chimango”), 
respectivamente a favor e contra uma maior descentralização política.
A Regência Trina Permanente criou, em 1831, a Guarda Nacional, através do Ministro da Justiça 
Padre Diogo Feijó. A nova arma servia à repressão interna e deu origem aos “coronéis” das 
elites agrárias. A Constituição foi reformada através do Ato Adicional de 1834. Foram criadas 
as Assembléias Legislativas Provinciais, abolido o Conselho de Estado e substituída a Regência 
Trina pela Una.
Estas parcas vitórias liberais produziram, então, o Regresso Conservador. Os regentes Feijó, 
do Partido Progressista, e Araújo Lima, do Regressista, enfrentaram a radicalização das Re-
beliões Regenciais: Cabanagem (PA), Sabinada (BA), Balaiada (MA) e a Guerra dos Farrapos 
(RS/SC) foram as principais. Todas de caráter federativo, embora tão distintas. E a principal 
conseqüência foi o Golpe da Maioridade, em 1840.
De 1840 a 1889
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X – O Império do Café
O café foi introduzido no Brasil em princípios do século XVIII. Sua rápida ascensão o pôs na 
ponta da economia entre as décadas de trinta dos séculos XIX e XX. A independência e a re-
volta dos escravos no Haiti, principal produtor, abriu espaço para o Brasil no mercado mundial. 
O café pôde aproveitar a infra-estrutura econômica já instalada no Sudeste, os solos adequados 
da região (sobretudo a terra roxa) e não precisou de mão-de-obra qualificada na instalação das 
primeiras lavouras. Assim, o investimento inicial de capital foi relativamente baixo.
As consequências imediatas mostraram-se na moderniza-ção das relações de produção. O café 
foi gradativamente substituindo os escravos pelos assalariados, sobretudo imigrantes europeus. 
Para tanto, contribuíram as pressões inglesas pelo fim do tráfico negreiro. Em 1844, foi aprovada 
a Lei Alves Branco, que extinguiu taxas alfandegárias favoráveis aos ingleses, vigentes desde 
1810. Invocando os mesmos tratados daquele ano, foi promulgado o Bill Aberdeen, em 1845. 
Esta lei, juntamente com a Lei Eusébio de Queirós de 1850, extinguiram o tráfico e levantaram 
a questão abolicionista.
Eram os primeiros passos capitalistas de um país, ainda in-capaz de aceitar a industrialização 
sonhada pelo Barão de Mauá.
XI – A Glória de Pedro II
D. Pedro II
Em 1847, o jovem imperador prematuramente entronado em 1840, completou vinte anos. Foi 
instaurado o sistema parla-mentarista de governo e o café ganhou os mercados do mundo. A 
última guerra civil do Império sangrou Pernambuco na Revolução Praieira de 1848. A monarquia 
mostrava-se mais uma vez surda às reivindicações “radicais” dos liberais.
A estabilidade política revelou a contradição entre as apa-rências democráticas e a essência 
autoritária do regime. As elei-ções eram censitárias e fraudulentas, apelidadas de “Eleições 
do Cacete”. Os Partidos Liberal e Conservador eram elitistas, sem diferenças ideológicas 
significativas. E o parlamentarismo às avessas permitia ao Poder Moderador do rei manipular 
tanto o 1º Ministro como o Parlamento.
Entre 1851 e 1870, o Império enfrentou as Guerras Externas no Prata. Foram conflitos 
sangrentos causados pelo caudilhismo expansionista, pelo controle da navegação nos rios da 
Bacia Platina e influenciados pelos interesses ingleses na região.
 
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Principalmente a Guerra contra Solano Lopes (Paraguai) trouxe drásticos aumentos na dívida 
externa e influências políticas sobre os militares,atuantes de ora em diante no movimento 
republicano.
XII – O Movimento Republicano e o 13 de Maio
Os partidos e grupos agrários revezavam-se no poder numa gangorra viciada e alheia aos 
reclamos da sociedade em mutação. O trabalho assalariado imigrante e a semi-servidão 
sufocavam a escravidão. E Pedro II observava estrelas.
Em 1870, através do jornal A República, o Manifesto Republicano de Quintino Bocaiúva lançou 
a proposta do Partido Republicano à sociedade. Mas só três anos depois, com a fundação do 
Partido Republicano Paulista na Convenção de Itu, surgiu o grupo dos “Republicanos Históricos”.
Os “Republicanos Idealistas” organizaram-se em torno do Exército, que fundou o Clube Militar. 
Dessa forma, os cafeicultores e as emergentes classes médias urbanas encontravam seus 
interlocutores. A Campanha Abolicionista tomou espaço com a Lei do Ventre-Livre de 1871, 
mesmo ano da Questão Religiosa, entre o governo e a cúpula católica. A Lei Saraiva-Cotegipe 
libertou os sexagenários em meio à Questão Militar. A 13 de Maio de 1888 a Princesa Isabel 
assinou a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no Brasil. Foi a gota d’água. A monarquia desabou 
no dia 15 de novembro de 1889. O Marechal Deodoro da Fonseca expulsou a família Bragança 
do Brasil e instaurou a República.
HISTÓRIA DO BRASIL: A REPÚBLICA
De 1889 a 1930
XIII – A República dos Marechais
O Governo Provisório de Deodoro da Fonseca revelou as divergências entre o Exército e o P.R.P.; 
o Ministro da Fazenda Rui Barbosa adotou uma política emissionista baseada em créditos 
livres aos investimentos industriais, garantidos pelas emissões monetárias. Os latifundiários 
defendiam prioridade para a agroexportação. A especulação financeira desencadeada, a 
inflação e os boicotes através de empresas-fantasmas e ações sem lastro desencadearam, em 
1890, a Crise do Encilhamento.
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A Constituição de 1891 foi promulgada pela Constituinte que elegeu o Marechal Deodoro 
Presidente. Seu governo, no entanto, não durou os quatro anos previstos. Pressionado pela 
crise, por adversários e aliados, Deodoro decretou estado de sítio e dissolveu o Congresso em 3 
de novembro do mesmo ano. Vinte dias depois, num contra-golpe, foi deposto pelos militares.
Assumiu o vice-presidente Floriano Peixoto; seu governo enfrentou, em 1893, a Revolução 
Federalista no Rio Grande do Sul e a Revolta da Armada. A primeira contrapôs “Pica-Paus” e 
“Maragatos” pelo governo gaúcho; a segunda foi a última tenta-tiva sangrenta de restauração 
da monarquia no Brasil. A repressão a ambas valeu a alcunha de “Marechal de Ferro” ao 
presidente Floriano.
XIV – A República dos Coronéis
Prudente de Morais, eleito pelo voto direto, foi o primeiro presidente civil. 
Teve seu governo marcado pela guerra de Canudos, em 1896/97. Mas 
coube aos sucessores Campos Sales e Rodrigues Alves a montagem do 
regime das oligarquias. O primeiro renegociou a dívida externa através do 
Funding Loan, em 1898, e o segundo estabeleceu a política de valorização 
do café pelo Convênio de Taubaté (1906). Fixavam-se os tempos da 
hegemonia dos cafeicultores. Com o “voto de cabresto” os coronéis 
dominavam as clientelas rurais e manipulavam as eleições; a política dos 
governadores consagrava a troca de apoio entre o governo federal e as 
oligarquias estaduais e tudo isso viabilizava a política do café com leite, ou 
seja, o domínio federal pelos cafeicultores de São Paulo e de Minas Gerais.
As difíceis condições de vida e a marginalização política impostas à maioria dos brasileiros 
explicam genericamente as principais revoltas que abalaram a I República. Assim, os 
movimentos messiânicos de Canudos (1896-97) e do Contestado (1911-15), as revoltas da 
Vacina (1904) e da Chibata (1910), na Capital, e a Greve Geral de 1917 eram sintomas dos 
problemas sociais da época.
XV – A Revolta dos Tenentes
Forte de Copacabana
Somente nos anos vinte amadureceram as contestações organizadas contra o café com leite 
e sua política de socialização das perdas do café. Em 1922, a Semana de Arte Moderna pôs a 
contestação na ordem do dia: a Reação Republicana lançou Nilo Peçanha contra Artur Bernardes, 
candidato do regime; no dia 25 de março foi fundado o Partido Comunista do Brasil (PCB). Após 
a I Guerra Mundial, o Clube Militar voltou a ser o articulador político. O Tenentismo se expôs, 
então, como principal ameaça à hegemonia coronelista. Era um movimento essencialmente 
militar, elitista e reformista, além de ideologicamente heterogêneo. Manifestou-se primeiro no 
episódio da Revolta dos 18 do Forte Copacabana, em 1922. Depois fez de São Paulo um campo 
de batalha na Revolução de 1924 e viveu seu apogeu na marcha da Coluna Prestes pelo país, 
entre 1924 e 1927.
 
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Forte de Cobacana
Eram intelectuais, artistas, operários e até latifundiários e militares se organizando. A vanguarda 
tenentista sabia bem o que não queria, sonhava com reformas sociais, políticas e econômicas, 
mas não tinha clareza de como executá-las. Foi, assim, útil braço armado na Revolução de 1930.
De 1930 a 1945
XVI – A Revolução de 1930
“Problema de salário é caso de polícia”: esta frase do Presidente Washington Luiz ilustra bem a 
visão das oligarquias agrárias sobre as questões sociais. “Façamos a revolução antes que o povo 
a faça”, clamor do governador mineiro Antônio Carlos prenunciando o fim da 1ª República. 
Era 1930. As oligarquias dissidentes do regime uniram-se na Aliança Liberal e lançaram Getúlio 
Vargas à presidência contra o candidato do PRP, Júlio Prestes. A derrota de Getúlio aproximou-as 
dos tenentistas e o assassinato de João Pessoa, vice na chapa da Aliança Liberal, desencadeou 
a prepara-ção do golpe final. Em 3 de outubro, começou a revolta e no dia 24, Washington Luís 
foi deposto. Iniciava-se a Era Vargas.
XVII – A República de Vargas
A ditadura de Vargas criou o Ministério do Trabalho, os sindicatos urbanos e sua imagem de 
“pai dos pobres”. A política econômica da nova era caminhou sobre duas pernas: a queima do 
café e a industrialização. Assim, nasceu o populismo de Getúlio: um regime baseado no Estado 
paternalista, nos sindicatos atrelados, numa políticia trabalhista e em projetos nacionalistas.
Mas em São Paulo, o Movimento Constitucionalista de 1932 exigiu a Assembléia Constituinte. 
A 23 de maio, a morte de quatro jovens (Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo), numa 
manifestação, gerou o M.M.D.C. e a mobilização para a guerra. Entre 9 de julho e 1º de outubro, 
travou-se o confronto militar. E a vitória federal gerou a Constituinte de 1933.
Na promulgação da Constituição de 1934, Vargas foi eleito indiretamente presidente da 
República Nova. A época era de radicalização. Surgiram a Ação Integralista Brasileira e a Aliança 
Nacional Libertadora, representando respectivamente a vertente nacional do fascismo e uma 
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frente anti-fascista. A cassação da A.N.L. gerou a Intentona Comunista de 1935 e a repressão. 
Em 1937, uma falsa conspiração comunista, o Plano Cohen, gerou o pretexto para o golpe de 10 
de novembro: as eleições foram canceladas e o Congresso fechado.
XVIII – O Estado Novo
O Brasil declara guerra à Alemanha e Itália
AGORA NÓS!
Juca Pato – Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, 
diga ao povo que eu vou!
A Constituição “Polaca” de 1937 foi outorgada e instituiu um regime nacionalista autoritário, 
baseado no corporativismo “pelego”. Os sindicatos atrelados, a burguesia industrial e as forças 
armadas sustentavam a ditadura. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e a Polícia 
Especial garantiam o controle social. 
A industrialização priorizou o setor de base, através de em-presas estatais montadas com 
financiamentos

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