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Aula 5 - Discussões da Análise do Comportamento Acerca dos Transtornos Psiquiátricos

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P R O F . P A U L A C O R D E I R O
Discussões da análise do 
comportamento acerca dos 
transtornos psiquiátricos
 Seleção natural  Darwin
 Seleção por consequências  Skinner
 Aquisição e manutenção do comportamento. 
 Diferenças de comportamento deveriam ser explicadas 
pelos mesmos processos básicos que explicam a existência 
das diferentes espécies: variação e seleção.
 AC  Não vê os comportamentos humanos problemáticos 
como “doenças” ou “psicopatologias”.
 Comportamentos têm causas e naturezas iguais aos demais 
comportamentos.
“Existem os fenômenos comportamentais chamados 
de transtornos mentais?”;
“Por que esses padrões comportamentais são 
chamados e classificados como transtornos 
mentais?”; 
“O que distingue a normalidade da anormalidade?”.
Problemas clínicos
 Motivos que levam um indivíduo a procurar ajuda de um 
psicólogo clínico:
 Busca de autoconhecimento e/ou
 Dificuldade em enfrentar um problema sozinho (transtornos 
psiquiátricos)
 Autoconhecimento  engajamento em um comportamento 
que produz maior acesso a reforçadores.
 Conhecer melhor seus comportamentos gera como 
consequência, mais reforço ou reforçadores mais potentes. 
Ex: Bom relacionamento amoroso.
 Maior parcela dos clientes que procuram um clínico o faz 
porque “está com problemas”. 
 Problemas  seus comportamentos não produzem aquilo 
de que ele gostaria ou, quando produzem, trazem consigo 
sofrimento. 
 Dificuldades em emitir respostas que diminuam 
estimulações aversivas ou que dêem acesso a reforçadores.
 Dificuldade em produzir reforçadores ou eliminar ou 
atrasar aversivos pode se dar por diferentes motivos: 
 Falta de repertório; 
 Falhas no controle discriminativo;
 Dificuldade em relação à intensidade (excesso ou insuficiência) da 
resposta;
 Psicólogo  Identificar estes comportamentos e auxiliar o 
cliente na mudança destas relações, permitindo maior 
acesso a reforçadores e/ou menor exposição a eventos 
aversivos.
 O outro motivo que alguns psicólogos atribuiriam como 
determinante na busca por um trabalho clínico (análise) é 
“estar acometido por um transtorno psiquiátrico”. 
Seriam os “transtornos psiquiátricos” diferentes dos 
demais “problemas clínicos”?
 Avanço dos estudos da psiquiatria e das ciências do 
comportamento
 “Transtornos psiquiátricos” como qualquer outro 
comportamento sofrem influência em três níveis: 
 Filogenético,
 Ontogenético e
 Cultural
 Biopsicossocial. 
 Não existem diferenças entre “transtornos psiquiátricos” e 
outros “problemas clínicos”.
 Há aqueles que defendem que apesar de os “transtornos 
psiquiátricos” sofrerem influências múltiplas, sua 
diferenciação dos outros problemas se dá pela sua 
presumida origem orgânica.
 Para a AC, a psicologia é uma ciência natural, alinhada com 
a biologia (modelo de seleção natural). 
 O comportamento é entendido como algo que é natural e 
variável e passa por um processo de seleção pelos efeitos 
que produz no ambiente, o que chamamos de seleção por 
consequências.
 Comportamento é produto de variação e seleção em três 
níveis:
 Filogenético Predisposição a responder de 
determinada maneira, a qual foi herdada através de seleção 
de genes; 
 Ontogenético Indivíduo naturalmente age de forma 
variável produzindo mudanças no ambiente, sendo essas 
selecionadoras de repertório; 
 Cultural  Sensibilidade ao ambiente social que integra, 
sendo este selecionador de padrões comportamentais 
típicos daquele grupo.
 Não se dá a uma das instâncias selecionadoras tratamento
 diferencial ou maior importância. 
 Importante observar o entrelaçamento entre elas.
 Problemas psiquiátricos vs. Problemas clínicos
Causas 
“orgânicas” 
(físicas) 
Causas 
“psicológicas” 
(metafísicas) 
 Todo comportamento resulta da história do indivíduo 
Entrelaçamento de mutações genéticas, experiências 
diretas ou transmitidas pelo grupo social que integra.
 Transtornos psiquiátricos também são produtos dessa 
história, recebendo maior ou menor influência de cada um 
destes aspectos da história. 
 “Transtornos psiquiátricos” são comportamentos 
multideterminados em suas origens e em sua 
manutenção.
 Ex1: Criança com desenvolvimento atípico (autismo).
 Forte determinação no nível filogenético.
 Influências nos níveis ontogenético e cultural.
 Ex2: Transtorno de ansiedade generalizada.
 Não apresenta influência filogenética.
 Apresenta padrão comportamental específico com fortes influências nos 
níveis ontogenético e cultural.
 Psicólogo clínico deve compreendendo o fenômeno por esta 
perspectiva e deverá buscar identificar as contingências que 
influenciaram o desenvolvimento deste repertório e, mais 
ainda, as contingências que o mantêm. 
 Encontrar meios eficientes de intervir sobre tais padrões 
comportamentais, resultando em menor sofrimento para o 
cliente.
Normalidade: um conceito definido por práticas 
culturais
 “Normalidade” vs. “anormalidade”
 A classificação de padrões comportamentais como 
transtornos mentais é determinada por práticas culturais 
que estabelecem os padrões socialmente aceitos ou não 
 Padrões comportamentais que violam expectativas sociais 
são tratados, frequentemente, como “anormais” ou 
“psicopatológicos”.
 1ª  Classificação entre “sadio” e “acometido por 
psicopatologias”, é resquício de um dualismo metafísico da 
Idade Média.
 Inconsistente com uma visão natural de homem vigente na 
biologia.
 Seus seguidores ficam buscando em suas mentes a “causa” 
e a “cura” desses padrões comportamentais, quando 
deveriam buscar as “causas” nas histórias desses indivíduos 
e as “curas”, na maneira como esse indivíduo interage com 
seu ambiente.
 2ª Modelo estatístico de normalidade - trata de uma 
distorção do modelo de seleção natural de Darwin. 
 Seu método para a definição de um “transtorno” é a 
comparação entre pessoas. 
 Critérios estatísticos de determinação. 
 De acordo com essa concepção, a natureza produziria a 
variabilidade entre os organismos;
 Formas mais perfeitas do que outras se repetiriam mais 
frequentemente, em uma distribuição que obedeceria à 
“curva normal”.
 Dois problemas devem ser identificados neste critério de 
normalidade:
 Intencionalidade da natureza e
 Divisão dos indivíduos em categorias de diferentes qualidades.
 O modelo de seleção natural de Darwin não fala de relações 
intencionais entre os organismos e a natureza. 
 O modelo estatístico desvirtua a teoria darwiniana ao 
atribuir ao ambiente um papel de selecionador da perfeição 
e, ao mesmo tempo, abre caminho para as visões 
segregacionistas, que defendem que o mundo é feito para 
os melhores, ao atribuir às diferenças qualidades – valores 
como: melhores e piores, perfeitos e imperfeitos, bons e 
ruins, adequados e inadequados, adaptados e 
desadaptados, etc.
 Modelo estatístico de classificação é utilizado até hoje para 
dizer quem é “normal” e/ou “anormal” ou “transtornado”. 
 CID e DSM  expressões dessa visão.
 AC não compreende nenhuma forma de comportamento 
como “psicopatológico”, “desadaptativo” ou “anormal”. 
 Se os comportamentos são selecionados por suas 
consequências, diz-se que todo comportamento é normal.
 “Análise do comportamento dá ênfase à análise de 
contingências (avaliação funcional), entendendo 
que alguns comportamentos merecem maior 
atenção do clínico ou do profissional de saúde não 
porque sejam “patológicos” ou “anormais”, mas 
porque violam expectativas sociais e, 
consequentemente, trazem maior sofrimento 
àqueles que os apresentam ou àqueles que com 
eles convivem”.
 Padrões comportamentais devem ser analisados como 
déficits ou excessoscomportamentais.
 “... mantidos por contingências de reforçamento em um 
nível que justificaria sua manutenção, mas produzindo, ao 
mesmo tempo, punição, com manifestações emocionais 
intensas, gerando sofrimento para a pessoa que se 
comporta”.
(Ferster, 1973)
 Critério do sofrimento para definir se um comportamento 
merece ou não uma atenção “especial”.
 É o sofrimento que a pessoa que se comporta/manifesta, ou 
os que estão ao seu redor estão submetidos, que justificaria 
o seu estudo e a busca do seu controle. 
 Sidman (1989/2003)  os “transtornos psiquiátricos” são 
produtos de uma sociedade coercitiva, que puniria alguns 
tipos de comportamento que lhe são adversos.
 Algumas formas de adaptação à coerção seriam 
caracterizadas por respostas de fuga e esquiva que 
interferem no funcionamento cotidiano da pessoa, o que 
leva ao desajustamento social e à capacidade reduzida para 
engajamento construtivo, implicando em custos pessoais e 
sociais severos.

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