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Aula 7 - Enrique Pichón Riviére e Os Grupos Operativos

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Teorias e Técnicas de Grupo
Enrique Pichón-Riviére 
e os Grupos Operativos
CARNIEL, I. C. Possíveis intervenções e avaliações em grupos operativos. SPAGESP, v.9, n.2, pp.39-45, jul-dez 2008.
FERRAZ, A. F. Grupos operativos de aprendizagem nos serviços de saúde: sistematização de fundamentos e metodologias. EANRE, 11(1); 52 -57, mar-2007.
PEREIRA, T. T. S. O. Pichón-Riviére, a dialética e os grupos operativos: implicações para pesquisa e intervenção. SPAGESP, 14(1),21-29, 2013.
Profa. Ms. Giane Albiazzetti
Enrique Pichón-Riviére, psiquiatra e psicanalista argentino, década de 40 – elabora a Teoria dos Grupos Operativos
Grupo = conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, unidas com o objetivo de realizar uma tarefa comum. Essas pessoas interagem em uma rede de papeis, estabelecendo vínculos entre si.
O homem é um sujeito social, e é nos grupos aos quais pertence que desenvolve seus processos de aprendizagem e comunicação. 
Todos os grupos, nessa perspectiva, têm uma tarefa que deve ser desempenhada pelos membros:
	No nível consciente (aquilo que o grupo deve fazer, a tarefa concreta, objetiva)
	No nível inconsciente (as reações emocionais e a dinâmica psíquica do grupo, a tarefa subjetiva, percebida e sentida por cada membro)
O grupo operativo se fundamenta em três princípios: 
1) Dinâmico – permite a interação e a comunicação, fomenta o pensamento e a criatividade
2) Reflexivo – o momento em que os membros percebem e compreendem os fatores que prejudicam ou comprometem a tarefa
3) Democrático – os membros definem e organizam a realização da tarefa por meio das próprias ações e pensamentos, de forma autônoma
O grupo operativo formula seus próprios objetivos em relação à tarefa, e define como devem ser trabalhadas as resistências às mudanças necessárias para concretização dos objetivos
Desse processo emergem inseguranças, medos, ansiedades, que podem dificultar a realização da tarefa
As reações psíquicas de um membro afetam os demais membros, formando uma rede de identificações e influências mútuas
ECRO - Esquema conceitual, referencial e operativo: o processo de realização da tarefa é dinâmico, e se dá em permanente desestruturação e reestruturação dos esquemas existentes, formando uma espiral dialética crescente
O grupo não segue um processo linear, previsível. 
Os membros do grupo apresentam padrões de ambivalência, regressão e dispersão (cada membro tem um ritmo próprio), decorrentes das transferências que ocorrem entre os mesmos
Por isso o grupo tem que se reorganizar e se recriar permanentemente rumo à realização de sua tarefa
Nesse processo dialético, há perdas e ganhos
Afiliação e pertença = grau de identificação com a tarefa e entre os membros, sentimento de fazer parte do todo grupal
Cooperação = ajuda mútua por meio da adoção de diferentes papeis e funções
Comunicação = formas de expressão das ideias, pensamentos, sentimentos. Pode levar a divergências e conflitos
Tele = disposição positiva e negativa dos membros em fazer parte da tarefa e de se vincularem entre si – “rede” de transferências
Aprendizagem = resulta da comunicação entre os membros e da tele, e da capacidade do grupo de criar estratégias e alternativas para a realização da tarefa
Pertinência = capacidade de produzir, de focar nos objetivos e de concretizar a tarefa
Assim, o coordenador ou facilitador do grupo operativo ajuda os membros a definirem os objetivos e meios para realizar a tarefa proposta, e analisa em conjunto com os membros os processos conscientes e inconscientes que facilitam ou dificultam o processo grupal

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