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Resumo de Nefrologia – Hipocalemia e Hipercalemia = Distúrbios do Potássio Aspectos fisiológicos: K= 3,5 – 5,5 mEq/L 98% do K corporal é intracelular 2% está no compartimento extracelular Colocar esquema do SRAA: Distúrbios do K x Eletrofisiologia Fatores que alteram a disposição intra e extra celular de K Fatores que reduzem K extracelular: Insulina Aldosterona Estimulação B-adrenérgica Alcalose Fatores que aumentam K extracelular: Diabetes Mellitus Síndrome de Addison Bloqueio B-adrenérgico Acidose Lise celular Exercícios extenuantes Aumento osmolaridade extra-celular A excreção é determina por 3 fatores: Taxa de Filtração Glomerular (TFG): cerca de 756 mEq/dia Reabsorção Tubular Secreção Tubular HIPOCALEMIA: #Pode ser causada por três formas: Perda extra renal: Desnutrição Diarreia/vômitos Renal: Excesso aldosterona Abuso de diurético Anomalias genéticas Ânions não absorvíveis Anfotericina B Deficiência de Mg Diabetes descompensada Redistribuição: Alcalose metabólica Excesso de catecolaminas # Manifestações Clínicas: Fraqueza muscular (sintomas subjetivos); Rabdomiólise, íleo paralítico, retenção urinária, exaustão muscular/respiratória (sintomas objetivos); Arritmias Alterações no ECG Vasoconstrição – hipoperfusão Diabetes Insipidus nefrogênico Anomalias metabólicas (insuficiência metabólica, alcalose metabólica) # Tratamento: correção do distúrbio primário Reposição K+ e Cl-: VO ou IV se ruim VO ou necessidade de urgência. A infusão não pode passar de 40mEq/h, além disso entre 40-60 mEq/l em veia periférica causa flebite. Se Hipocalemia grave (<2,8 mEq/l) não administrar associado a soro glicosado, nem em acesso venoso central próximo ao coração. Retentores de K: administrar diuréticos poupadores de K (inibidores da aldosterona, da eca e da angiotensina), por exemplo Tiazídicos (amiloride, triantereno) possivelmente associado a diuréticos não poupadores. B-Bloqueadores: propranolol. HIPERPOTASSEMIA: # Causas: Retenção de K+: Insuficiência Renal Aguda e Crônica Deficiência de Aldosterona Medicamentosa (triantereno/bactrin) Redistribuição de K+: Acidose Deficiência de insulina B-bloqueador Trauma (esmagamento/rabdomiólise) Hemólise Quimioterapia de neoplasia (lise tumoral) Pseudo Hipercalemia (causas técnicas, analíticas) Intoxicação digitálicos Exercícios exaustivos Relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina) Paralisia periódica hipercalêmica # Manifestações Clínicas: Oligo ou assintomáticas Arritmias cardíacas Alterações no ECG (T em tenda, QRS alargado, P achatada; Fibrilação ou Assistolia) Manifestações neuromusculares (paralisia ascendente) Acidose metabólica # Tratamento: Combater efeitos imediatos da Hipercalemia e reduzir o K+ K+> 7,6 mEq/L é potencialmente fatal * avaliar não só o valor absoluto, mas também ritmo de instalação, fatores de redistribuição, etc. Em valores menores também pode ser fatal. Qualquer alteração no EGC é grave! Abordagem farmacológica: Gluconato de Cálcio – maneira mais rápida, porém seu mecanismo não está esclarecido. Alcalinização do meio interno, se acidose Insulina + glicose: 1U para 5 mg de glicose, ajudam na redistribuição reduzindo o K+ extra celular B adrenérgico agonista – formeterol 25 gotas Correção da retenção de K+: são medidas eficazes, temporárias, não retiram o K do organismo, apenas o redistribui. Enzimas trocadoras de cátions, diuréticos e diálise são medidas mais prolongadas. Diuréticos não retentores de K+; aldosterona ou análogos; enzima de troca iônica (no material está escrito Poliestirenossulfonato de Ca+2, que troca K+ por Ca+ no TGI, no Harrison esta o Poliestirenossulfonato de Na+, que é trocado por K+ no TGI). Reposição de fluidos – aumentar o volume urinário que ajuda na redução do K+. Fabio Ferreira Bueno – ATM 20181
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