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Classificação Climática

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3/9/2015
1
CLIMATOLOGIA E METEOROLOGIA
Noções de Classificação Climática
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Prof. ALBERT WELZEL
Base para as classificações de zonas climáticas
3/9/2015
2
• Zona Polar Ártica
• Zona Temperada Norte
• Zona Subtropical Norte
• Zona Tropical Norte
• Zona Equatorial
• Zona Tropical Sul
• Zona Subtropical Sul
• Zona Temperada Sul
• Zona Polar Antártica
Base para classificação de zonas climáticas
Método analítico ou estático: quantitativo �
valores médios � combinação dos elementos do 
clima:
• abstração da realidade � abuso das médias 
para a caracterização climática
• caráter estático � não considera a evolução 
dos fenômenos climáticos
Modelos de classificação climática
3/9/2015
3
Clima:Clima: termo grego para declinação do sol, que depende 
apenas da latitude →→→→ conhecimento de gregos 
e egípcios
� Dada a grande diversidade dos climas
algumas características são selecionadas para
sistematizar e classificar os vários tipos, de modo a
simplificar, organizar e generalizar as condições
dominantes em cada lugar
� Classificação: arranjo simplificado e eficiente das 
informações para um dado propósito
� temperatura e a precipitação: elementos mais usados
Climas no globo
Classificações climáticas - desde os gregos
� 25 DC: Pomponius Mela formalizou um sistema de zonas climáticas: 
tórrida, temperada e frígida
� 1806: de Martonne: proposta de estudo regional do clima com base 
em temperatura e precipitação
� 1817: Humboldt plotou a temperatura média anual em um mapa
� 1883: Julius Hann: “Handbuch der Klimatologie” 
� 1884-1940: Koeppen – a mais popular; classificação hierárquica 
de acordo com as necessidades hídricas e de temperatura dos 
vegetais. Faz uso de uma base numérica de classificação a partir da 
temperatura ou precipitação média mensal e anual; limite das zonas 
definidos pelos padrões de vegetação.
� 1928: Bergeron - tipologia genética, categorizando o local de acordo 
com a freqüência do domínio das massas de ar
� 1931: Müller – tipologia muito próxima de Koeppen
3/9/2015
4
� 1931: Thornthwaite - classificação hierárquica de acordo com as
condições de umidade do solo (chuva, temperatura e
evapotranspiração); 1948: introduz o conceito de evapotranspiração
potencial e balanço de hídrico
� 1950: Flohn - tipologia baseada na circulação global de ventos, sem
referência direta à temperatura, com pontos comum com Köppen
� 1951: Strahler: divisão genética com base na origem, dinâmica e
domínio dos sistemas atmosféricos, com definição de grupos e tipos
� 1956: Budyko base no balanço de energia (muito generalizado até
por falta de dados)
� 1961: Peguy - organização do meio climático com dados mensais de
temperatura e precipitação
� 1961: Terjung estabelece uma classificação para os EUA com base
em índice de conforto térmico e informações de vento; em 1968,
classificação com base na energia solar recebida, aprimorada em
colaboração com Loui em 1972, incorporando também umidade
� Classificações climáticas para o Brasil
ִ 1889, 1927: Henrique Morize
ִ 1916, 1926: Delgado de Carvalho
ִ 1945: Serebrenick
ִ 3 tipos: equatorial - N isoterma de 250; subtropical –
isotermas entre 250 e 180 e temperado < 180
ִ Lysia Bernardes (1951): base na então nova divisão territorial 
do país, adotada pelo IBGE
ִ Serra (1960): mapas detalhados com classificação de Koeppen
ִ Schmidt (1942) – classificação para a planície amazônica
ִ Setzer (1946): classificação para São Paulo, com base no 
índice de umidade
ִ Paes de Camargo (1971): aplicação da classificação de 
Thornthwaite para o estado de São Paulo
ִ Monteiro (anos 70): classificação partindo dos tipos de tempo 
(análise rítmica) – São Paulo e outros estados da nação
3/9/2015
5
� das 5 grandes zonas definidas por Köppen, 4 tem por base a
temperatura (A,C, D e E); a outra (B), a precipitação
� cada zona é dividida em tipos, de acordo com as relações entre
temperatura e precipitação
� classificação de Köppen: tem sido refinada, por exemplo:
Trewartha acrescenta uma sexta zona (H-clima de altitude)
� zona A: ocupa quase toda a extensão do planeta entre 15-200 N
e S. Principal característica: ausência de frio, sendo altamente
modulada pela latitude. Permanentemente úmida, com grande
convecção. Os tipos advêm das diferenças na distribuição da
chuva
� zona B: recobre 30% do globo (+ do que qualquer outro).
Grande grau de previsibilidade. Ocorre nas latitudes
subtropicais, onde há grande subsidência dinâmica (AP)
estabilidade, que inibe a convecção (não necessariamente
ausência de umidade). Ásia: distância de corpos hídricos ou
barreiras orográficas
� zona C: latitude médias (30-600) - área de maior variabilidade
atmosférica (conflito entre fluxos de Leste e oeste), com verões e
invernos bem marcados. Precipitação bem variável nos totais e
na distribuição temporal
� zona D: apenas no HN; no HS: pouca superfície nessas
latitudes. Principal característica: grande flutuação anual da
temperatura (pois ocorre em extensas áreas continentais), com
estações bem marcadas. Precipitações concentradas no verão,
sem inverno muito seco.
� zona E: sem grande variação temporal, sempre frio e seco
temperatura baixa: pouco vapor d’água
� zona H (contribuição de Trewartha): clima de altitude
influencia todos os elementos do clima. É registrado em áreas de
altitude elevada (montanhas, planaltos), com grande variação
geográfica, que constitui a característica mais marcante. Nessas
áreas: latitude torna-se um controle de menor importância
3/9/2015
6
Classificação climática de Köppen:
3/9/2015
7
3/9/2015
8
3/9/2015
9
Classificação climática de Köppen:
Estrutura geral da classificação
A classificação climática de Köppen-Geiger divide os climas em 5 grandes
grupos ("A", "B", "C", "D", "E") e diversos tipos e subtipos. Cada clima é
representado por um conjunto variável de letras (com 2 ou 3 caracteres) com a
seguinte significação:
• Primeira letra: — uma maiúscula ("A", "B", "C", "D", "E") que denota a
característica geral do clima de uma região, constituindo o indicador do grupo
climático (em grandes linhas, os climas mundiais escalonam-se de "A" a "E",
indo do equador aos pólos)
• Segunda letra: — uma minúscula, que estabelece o tipo de clima dentro do
grupo, e denota as particularidades do regime pluviométrico, isto é a quantidade
e distribuição da precipitação (apenas utilizada caso a primeira letra seja "A",
"C" ou "D"). Nos grupos cuja primeira letra seja "B" ou "E", a segunda letra é
também uma maiúscula, denotando a quantidade da precipitação total anual (no
caso "B") ou a temperatura média anual do ar (no caso "E")
• Terceira letra: — minúscula, denotando a temperatura média mensal do ar dos
meses mais quentes (nos casos em que a primeira letra seja "C" ou "D") ou a
temperatura média anual do ar (no caso da primeira letra ser "B")
3/9/2015
10
Resumo global sinótico das classificações
Primeira letra – Indicador de grupo
3/9/2015
11
Segunda letra – Indicador de tipo
Terceira letra – Indicador de subtipo
3/9/2015
12
Tipos e subtipos climáticos
Da combinação da primeira e segunda letras dos código acima descritos 
obtém-se os seguintes tipos climáticos:
* A : Clima tropical — climas megatérmicos das regiões tropicais e 
subtropicais
o Af : clima tropical úmido ou clima equatorial
o Am : clima de monção
o Aw : clima tropical com estação seca de Inverno
o As : clima tropical com estação seca de Verão
* B : Clima árido — climas das regiões áridas e dos desertos das regiões 
subtropicais e de média latitude.
o BS : clima das estepes
+ BSh : clima das estepes quentes de baixa latitude e altitude
+ BSk : clima das estepes frias de média latitude e grande altitudeo BW : clima desértico
+ BWh : clima das regiões desérticas quentes de baixa latitude e altitude
+ BWk : clima das regiões desérticas frias das latitudes médias ou de grande 
altitude
* C : Clima oceânico — climas das regiões oceânicas e marítimas e das regiões costeiras ocidentais dos 
continentes
o Cf : clima temperado úmido sem estação seca
+ Cfa : clima temperado úmido com Verão quente
+ Cfb : clima temperado úmido com Verão temperado
+ Cfc : clima temperado úmido com Verão curto e fresco
o Cw : clima temperado úmido com Inverno seco
+ Cwa : clima temperado úmido com Inverno seco e Verão quente
+ Cwb : clima temperado úmido com Inverno seco e Verão temperado
+ Cwc : clima temperado úmido com Inverno seco e Verão curto e fresco
o Cs : clima temperado úmido com Verão seco (clima mediterrânico)
+ Csa : clima temperado úmido com Verão seco e quente
+ Csb : clima temperado úmido com Verão seco e temperado
+ Csc : clima temperado úmido com Verão seco, curto e fresco
* D : Clima continental ou climas temperados frios — clima das grandes regiões continentais de média e alta 
latitude
o Df : clima temperado frio sem estação seca
+ Dfa : clima temperado frio sem estação seca e com Verão quente
+ Dfb : clima temperado frio sem estação seca e com Verão temperado
+ Dfc : clima temperado frio sem estação seca e com Verão curto e fresco
+ Dfd : clima temperado frio sem estação seca e com Inverno muito frio
o Dw : clima temperado frio com Inverno seco
+ Dwa : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão quente
+ Dwb : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão temperado
+ Dwc : clima temperado frio com Inverno seco e com Verão curto e fresco
+ Dwd : clima temperado frio com Inverno seco e muito frio
* E : Clima glacial — clima das regiões circumpolares e das altas montanhas
o ET : clima de tundra
o EF : clima das calotes polares
o EM : clima das altas montanhas
3/9/2015
13
Classificação climática de Köppen-Geiger (1918-1936)
*Sistema de classificação dos tipos climáticos na Terra, determinada pelo
climograma local (Ciclo anual dos valores médios mensais de temperatura T à
superfície e precipitação acumulada P) e na evapotranspiração potencial ETP
(evaporação do solo e plantas em condições de solo saturado). Utilizada em
Ecologia, Geografia e Climatologia. Associada aos principais biomas (fauna e
flora e suas interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar).
* Classificação: 3 letras: Grupo (A-E: do equador aos polos, determinada
pela temperatura dos meses mais quentes e mais frios e balanço hídrico);
Tipo: regime pluviométrico; Subtipo: descriminação das estações pela
temperatura
As NORMAIS CLIMATOLÓGICAS indicam as condições médias do estado da
atmosfera do local e isso possibilita se caracterizar o seu CLIMA e a comparação
entre localidades. Dê uma olhada nas figuras a seguir e veja as diferenças entre os
climas de várias regiões do mundo e também do Brasil.
3/9/2015
14
• Primeira classificação “planetária”
• Talvez, a mais simples
• Agrupa 24 tipos climáticos através de um conjunto
de letras maiúsculas e minúsculas que designam os
grande grupos, subgrupos climáticos e suas
subdivisões que indicam características sazonais
Classificação climática de Köppen (1918)
Críticas:
• não justifica o uso de certos critérios numéricos
• limites climáticos são “rígidos”
• ausência de categoria climática subúmida
Classificação climática de Köppen (1918)
3/9/2015
15
Classificação climática de Köppen (1918)
Tipos climáticos do Estado do Rio Grande do Sul segundo a 
classificação de KÖPPEN (1931)
3/9/2015
16
Tipos climáticos do Estado do Rio Grande do Sul segundo o Índice 
de Umidade da classificação de Thorntwaite (1948)
Classificação com 120 tipos climáticos ( só 32 são efetivamente representados num 
mapa mundi)
• introduziu novos valores como a eficiência da temperatura e a 
precipitação efetiva
• introdução de índices climáticos principais:
• índice de umidade
• evapotranspiração potencial:
Im = (100S – 60D)/EP , onde:
Im = índice de umidade
S = excedente de água anual
D = deficiência de água anual
EP = evapotranspiração potencial anual
Obs.: em 1955 foi revisada com o acréscimo da diversidade de armazenamento de 
umidade no solo � cobertura vegetal e tipo de solo � retenção de umidade no solo
Classificação climática de Thorntwaite (1948)
3/9/2015
17
Características:
• modelo simples e eficaz de classificação genética � aproximação da Física
(Meteorologia) com a Climatologia (Geografia)
• baseada na origem dos fenômenos climáticos
• climas do mundo baseados nos “controles climáticos”, isto á, nos centros de
ação, nas massas de ar, nos processos frontológicos e nas características das
precipitações:
• 14 tipos climáticos� regiões climáticas
• 1 tipo climático� altitude do relevo
Classificação climática de Strahler (meados do 
século XX)
• CLIMAS DAS LATITUDES BAIXAS � controlados pelas massas de ar equatoriais e
tropicais:
a) Equatorial úmido
b) Litorâneo com ventos alíseos
c) Desértico tropical e de estepe
d) Desértico da costa ocidental
e) Tropical seco-úmido
• CLIMAS DAS LATITUDES MÉDIAS � controlados pelas massas de ar tropicais e
massas de ar polares
a) Subtropical úmido
b) Marítimo da costa ocidental
c) Mediterrâneo
d) Desértico e de estepe de latitude média
e) Continental úmido
• CLIMAS DAS LATITUDES ALTAS � controlados pelas massas de ar polares
a) Continental subártico
b) Marítimo subártico
c) Tundra
d) Calota de gelo
e) Climas de terras altas � nas principais áreas com terras altas do mundo � altiplanos
e cadeias de montanhas
Classificação climática de Strahler (meados do 
século XX)
3/9/2015
18
Classificação climática de Strahler (meados do 
século XX)
Classificação climática de Arthur Straler
3/9/2015
19
Fatores do Macroclima
São aqueles que atuam em escala regional ou geográfica. São classificados
como permanentes (latitude, altitude/relevo, oceanidade/continentalidade,
etc.) ou variáveis (correntes oceânicas, centros semi-permanentes de alta e
baixa pressão, massas de ar, composição atmosférica, etc.).
1. Latitude
Esse fator está ligado às relações Terra-Sol, que envolve o movimento
aparente do Sol no sentido N-S ao longo do ano, o qual é consequência do
movimento de translação e da inclinação do eixo terrestre (23o27´) em
relação à perpendicular ao plano da eclíptica. Com isso, ocorre variação
espacial e temporal do ângulo de incidência dos raios solares na superfície
(ângulo zenital) e do fotoperíodo, os quais por sua vez geram valores
diários de irradiância solar variáveis de acordo com a latitude e com o dia
do ano, resultando em diferenças nas condições térmicas.
Quanto maior a latitude: < Temp média anual
3/9/2015
20
2. Altitude/Relevo
O aumento da altitude ocasiona diminuição da temperatura. Isso ocorre em
conseqüência da rarefação do ar e da diminuição da pressão atmosférica.
3/9/2015
21
3. Oceanidade / Continentalidade
Esses termos se referem, respectivamente, à proximidade ou distância do
oceano ou grandes massas de água. Oceanidade se refere ao efeito do
oceano sobre o clima de uma região litorânea. A água do oceano atua como
um moderador térmico, ou seja, não permite que grandes variações de
temperatura ocorram. Isso se dá pelo fato da água ter maior calor específico
do que o ar, resfriando-se e aquecendo-se mais lentamente. A massa de
água ao trocar calor com o ar faz com que haja uma atenuação tanto do
aquecimento do ar como de seu resfriamento, reduzindo assim a amplitude
térmica (Tmax – Tmin).
A continentalidade ocorre em locais situados no interior dos
continentes, portanto sem sofrer efeito dos oceanos. Nessa condição, as
amplitudes térmicas são maiores, tanto em termos diários como em termos
anuais.
Cuiabá - Amplitude térmica mensal entre8 e 17oC
Salvador - Amplitude térmica mensal entre 3 e 6oC
Numa escala geográfica maior, o poder moderador dos oceanos explica
também porque as amplitudes térmicas (verão – inverno) são maiores no
HN e menores do HS.
3/9/2015
22
4. Correntes Oceânicas
A movimentação contínua das águas oceânicas em função de diferenças de
densidade (causadas por diferença de temperatura, salinidade e pela
rotação da Terra) gera correntes que se movem de maneira organizada,
mantendo as suas características físicas, as quais diferem das águas
adjacentes. As correntes que circulam dos Pólos para o Equador são FRIAS
e as que circulam do Equador para os Pólos são QUENTES.
A atmosfera em contato com essas massas de água entram em equilíbrio
térmico com a superfície. Por isso, as correntes tem grande efeito sobre o
regime térmico e hídrico (chuvas) na faixa litorânea dos continentes.
Correntes Frias Condicionam clima ameno e seco
Correntes Quentes Condicionam clima quente e úmido
Exemplo:
Salvador, BA, Brasil Tanual = 24,9oC e Panual = 2.000 mm
Lima, Perú Tanual = 19,4oC e Panual = 40 mm
3/9/2015
23
Fatores do Topoclima
São aqueles que dependem do relevo local, especialmente da
configuração dos terrenos e da exposição desses em relação à radiação
solar. Esses fatores devem ser levados em consideração nas regiões S e
SE do Brasil, quando da implantação de culturas suscetíveis às geadas.
Planaltos e baixadas favorecem o acúmulo de ar frio, criando topoclimas
diferentes das meia-encostas e espigões. As culturas susceptíveis às
geadas devem ser implantadas em área livres do acúmulo do ar frio
Configurações topográficas
3/9/2015
24
Efeito da configuração topográfica no acúmulo de ar frio na baixada e 
formação de neblina
Bebedouro, SP
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
D
ef
 (
m
m
) 
 
 
 
 
 
 
 
E
xc
 (
m
m
)
Exc = 327mm
Def = 198mm
Lat.: 20o50'S 
Long.: 48o30'W 
Alt.: 567m
Itabaianinha, SE
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
D
ef
 (
m
m
) 
 
 
 
 
 
 
 
E
xc
 (
m
m
)
Exc = 123mm
Def = 291mm
Lat.: 11o07'S 
Long.: 37o49'W 
Alt.: 223m
Balanço Hídrico Normal
O balanço hídrico normal auxilia no planejamento agrícola, já que nos dá uma noção
mais exata da variabilidade das condições hídricas ao longo de um ano NORMAL.
3/9/2015
25
Já o balanço hídrico seqüencial, ou seja, feito com dados de uma seqüência de anos, nos fornece a
condição que ocorreu naquele período específico, auxiliando na interpretação dos acontecimentos. O
exemplo a seguir mostra o BH seqüencial de dois anos consecutivos para Piracicaba em que podemos
identificar os períodos secos e úmidos, assim como a variação do armazenamento de água no solo (ARM)
no decorrer dos meses. Observe que a estiagem do ano de 1999 foi mais acentuada do que a de 1998, o
que com certeza teve conseqüências para as atividades agrícolas, especialmente para o início da safra
das águas e para as culturas perenes, como os citros e o café
Balanço Hídrico Seqüencial
Piracicaba, 1998
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2
m
m
DEF(-1) EXC
Piracicaba, 1999
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2
m
m
DEF(-1) EXC
Piracicaba, 1998
0
20
40
60
80
100
120
J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2
m
m
CAD ARM
Piracicaba, 1999
0
20
40
60
80
100
120
J1 J3 F2 M1 M3 A2 M1 M3 J2 J1 J3 A2 S1 S3 O2 N1 N3 D2
m
m
CAD ARM
DEF = deficiência hídrica, 
EXC = Excedente hídrico, 
CAD = capacidade 
máxima de 
armazenamento de água 
pelo solo, e 
ARM = armazenamento 
atual de água no solo.
Escala espacial dos fenômenos atmosféricos
Portanto, em um mesmo MACROCLIMA podem
ocorrer diferentes TOPOCLIMAS...
...e dentro de um mesmo TOPOCLIMA 
podem existir diversos MICROCLIMAS
3/9/2015
26
Estufas plásticas
Viveiro coberto com tela
Sistemas 
AgroflorestaisArborização
Pastagem
Cada uma dessas condições de cobertura do
terreno irá gerar um microclima diferente, que
por sua vez depende também do macro e do
topoclima.
Fatores do Microclima
São aqueles que modificam o clima em microescala, devido ao tipo de cobertura
do terreno ou prática agrícola, podendo assim ser modificado pelo homem.
Muitas vezes, a alteração do microclima é necessária para que se possa cultivar
uma certa cultura, não apta ao macroclima da região. Exemplos disso são os
ambientes protegidos (estufas, telados, etc) que tem por finalidade reduzir a
incidência de radiação solar sobre as culturas, elevar as temperaturas ou evitar
a ação da chuva nas plantas. O sistema agro-florestal (SAF) é outro exemplo,
assim como a irrigação que ao fornecer água para a cultura provoca a redução
da temperatura e aumento da umidade. Apesar dos aspectos favoráveis, a
alteração do microclima se não for bem controlada pode levar a efeitos
desfavoráveis, como é o que ocorre quando se adensa demasiadamente as
culturas ou se irriga com muita freqüência.
Nessas condições o microclima se torna extremamente favorável à ocorrência 
de doenças fúngicas e bacterianas.

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