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Direito Penal II - Caso Concreto n6

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Caso concreto nº: 6 DATA: 09/09/2014 
Disciplina: Direito Penal II. Professor: Luciano Costa. 
Aluno: Pedro Leonardo Souza Alves. Matrícula: 201307039049. 
Turma: 2007. Turno: Vespertino. Sala: D-405. 
Caso Concreto 1 
 
1. Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no 
art. 217-A c.c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi 
absolvido impropriamente, tendo sido imposta consectária medida de 
segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de 
Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso 
de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação 
aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como 
ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua 
recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento 
ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da 
medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados 
sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser 
provido. 
 
O Autor foi denunciado pelo crime de estupro de vulnerável, 
procedendo para crimes desse tipo APPI, ou seja, a denúncia é feita pelo 
MP para proteger a vítima menor de 18 anos. Mas o Parquet entendeu 
tratar-se de causa de insanidade mental, dando-o assim a absolvição 
imprópria, isentando o réu de pena em virtude da inimputabilidade. 
 
De acordo com o artigo 97 do CP que versa: “Se o agente for 
inimputável, o juiz determinará a sua internação (art. 26). Se, todavia, o 
fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz 
submetê-lo a tratamento ambulatorial”. Ou seja, a contra sensu, se o 
fato não for punível, não poderá o juiz conceder tratamento ambulatorial. 
 
Logo, se Celidônio Alves foi absolvido impropriamente, não existindo 
crime, não há o que se falar tratamento ambulatorial, entretanto, como 
diz a primeira parte do artigo supracitado, No hipótese de ser o réu 
inimputável, sua periculosidade é presumida e o juiz determinará a sua 
internação, não cabendo aqui o recurso de apelação da defesa. 
 
2. Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 
meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, 
como incurso nas sanções do art. 121 §2º incisos II e III, do Código – 
homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após 
o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de 
doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi 
convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante 
o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a 
cessação da periculosidade do agente averiguada: 
 
a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de 
liberdade imposta na sentença penal. (segundo o sistema de 
Detração, é incorreto afirmar que o tempo em que o preso 
passará na internação seja independente do tempo de 
cumprimento da privativa de liberdade). 
 
b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de 
liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo 
máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal 
reclusiva. (Mesma explicação do item acima). 
 
c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de 
liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros 
para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena 
privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta. (art. 
42, CP) 
 
d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de 
liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período 
residual desta. (Se o preso se recuperar da doença mental, o 
período em que ele passou no sistema de internação é 
computado, portanto é errado dizer que independe do período 
residual do cumprimento da pena privativa de liberdade). 
 
3. (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar: 
 
a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro 
deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e 
depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode 
ser de tratamento ambulatorial. (A medida de segurança também 
pode se dar em regime de internação ou tratamento 
ambulatorial dependendo de o crime ser apenado com 
reclusão ou detenção). 
 
b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento 
ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do 
agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
(art. 97, §4º) 
 
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso da execução da 
pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá 
determinar a substituição da pena por medida de segurança, que 
deverá ser cumprida no próprio presídio. (espécies de medida de 
segurança: detentiva – que é a internação em hospital de 
custódia e tratamento psiquiátrico – art. 96, I; e restritiva – 
que é a sujeição a tratamento ambulatorial – art. 96, II). 
 
d) o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em 
caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de 
medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, 
ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico 
para cumprir a medida de segurança. (o sistema do duplo binário 
foi utilizado no Brasil até 1984, hoje o sistema atual é o 
Vicariante, onde o sujeito recebe alternativamente pena ou 
medida de segurança).

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