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Principais Bactérias Patogênicas

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BACTÉRIAS
Bordetelha pertussis
A bactéria Bordetella pertussis é considerada uma bactéria pequena, com aproximadamente 0,8 por 0,4 micrômetros. É um cocobacilo encapsulado e não produz esporos. Arranja-se isoladamente ou em grupos pequenos e não é distinguida facilmente da espécie haemophilus. Essa bactéria possui várias proteínas de membrana, algumas com função de aderência na célula hospedeira, outras de antígenos de superfície e muitas ainda com funções desconhecidas. A coloração utilizada para o estudo microscópico dessas bactérias é o método de Gram, que consiste, essencialmente, no tratamento sucessivo do esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, utilizando cristal violeta, lugol, álcool e fucsina como reagentes. Utilizando essa coloração, podemos constatar que a bactéria Bordetella pertussis trata-se de uma bactéria Gram negativa, apresentando-se avermelhada após tal tratamento. Responsável pela Coqueluche, que é propagada pela inalação de gotículas espelhadas pelo ar, tosse ou espirros de pessoas contaminadas.
Mycobacterium tuberculosis
Algumas bactérias como o Mycobacterium tuberculosis possuem uma parede diferente de modo que não podem ser coradas utilizando-se o método Gram. Seu nome decorre do fato que resistem à descoloração (por álcool-ácido) após serem coradas pela coloração ZiehlNeelsen. Neste processo há uma coloração inicial por vermelho (fucsina) que é seguida pela descoloração com álcool-ácido e aplicação de azul de metileno. Bactérias que não BAAR são descoradas e acabam adquirindo a cor azul enquanto que os BAAR continuam da cor vermelha. Causa a Tuberculose, devido à inalação de gotículas espelhadas no ar pela fala, espirro ou tosse da pessoa contaminada.
Clostridium tetani
O C. tetani é uma bactéria Gram positivas (quando jovem), possuindo uma. Tendência em tornar-se Gram variável. É um bastonete reto com diâmetro entre 0,3 a 0,6 µm X 3 a 12 µm de comprimento. É móvel graças aos cílios peritríquios (mas certas linhagens são desprovidas de flagelos e, portanto imóveis), esporulados, anaeróbios estritos, não reduzem o nitrato; produzem uma DNAse, liquefazem a gelatina em 2 a 7 dias; produzem H2S; produz indol; resposta negativa para lecitinase e de lipase, não hidrolisa a esculina nem acidifica açúcares. Apresentam-se sozinhos, tanto nos tecidos quanto em cultivo, mas também em longos filamentos. Os esporos são terminais deformando a parede celular. Os esporos são visualizados após 24 a 48 horas de incubação. Os esporos possuem a aparência de baquetas, raquete de “badminton” ou de tênis. O bacilo do tétano está presente no solo, especialmente nos: solos cultivados, depósitos fluviais e mares, transportado pelos ventos, pelas águas ou pela poeira das ruas ou das casas. Responsável pelo Tétano É uma doença infecciosa grave, não contagiosa.
Chlamydia pneumoniae 
As espécies de clamídia podem causar uma variedade de doenças em humanos e animais. A espécie C. trachomatis possui 19 sorotipos responsáveis por diferentes doenças em humanos. Os sorotipos A, B, Ba e C são associados ao tracoma. Os sorotipos D a K estão associados a infecções sexualmente transmissíveis (IST) e os sorotipos L1, L2/L2b e L3, associados ao linfogranuloma venéreo (LGV). As clamídias são bactérias intracelulares obrigatórias. São imóveis, Gram-negativo, possuem DNA e RNA e estão amplamente distribuídas no reino animal. A parede celular das clamídias se assemelha à das bactérias Gram-negativas, porém não possuem peptideoglicano. Estas bactérias apresentam duas membranas, sendo uma membrana externa com dupla camada e uma membrana citoplasmática. A integridade estrutural da membrana externa é em parte mantida pela interação entre ligações dissulfídicas e a proteína principal de membrana externa (MOMP). Pneumonia é uma doença inflamatória no pulmão— afetando especialmente os sacos de ar microscópicos (alvéolos)—associada a febre, sintomas no peito e falta de espaço aéreo (consolidação) em uma radiografia de tórax.
Streptococcus pyogenes
O Streptococcus pyogenes é uma espécie de bactérias Gram positivas com morfologia de coco e com cerca de 0,5 a 1,0 µde diâmetro pertencentes ao gênero Streptococcus, do grupo A de Lancefield, também conhecida como GAS (Grupo A Streptococci). É o principal representante dos estreptococos beta-hemolíticos e forma cadeias relativamente longas quando cultivado em caldo. Esta espécie tem mostrado, no decorrer do tempo, alto poder de adaptação ao hospedeiro humano, atuando como importante agente etiológico de uma série de manifestações clínicas, entre as quais predomina a orofaringite com suas sequelas não supurativas, representadas pela febre reumática e pela glomerulonefrite. Responsável pela faringite bacteriana comum. é uma doença inflamatória da mucosa que reveste a faringe e que se manifesta por avermelhamento e inchação da mesma. Esta afecção freqüentemente se estende também às amígdalas, denominando-se faringoamigdalite.
Vibrio Cholerae
O V. cholerae pertence à família Vibrionaceae, gênero Vibrio. Este gênero compreende mais de 80 espécies. As espécies pertencentes a esta família são bacilos retos ou curvos, móveis por meio de flagelo polar, quimiorganotróficos e anaeróbio facultativo, apresentando metabolismo oxidativo e fermentativo. O oxigênio é o aceptor universal de elétrons durante a respiração. A maioria das espécies desta família é oxidase positiva. Todos utilizam a D-glicose como principal fonte de carbono e energia e a maioria utiliza sais de amônio como fonte de nitrogênio. Não formam endosporos nem microcistos. O V. cholerae é uma bactéria Gram-negativa, aeróbio ou anaeróbio 
facultativo, que, morfologicamente, apresenta-se como bastonete reto, curvo ou 
levemente encurvado, monotríquia polar e medindo de 1,4 a 2,6 µm de comprimento e 0,5 a 0,8µm de diâmetro. Requer baixas concentrações de Na+ (5–15 mM) ou nenhum Na+ para crescimento em meios de cultura. Classicamente, apresenta as seguintes características em testes bioquímicos: positivo para os testes de lisina e ornitina dexcarboxilase, fermentação de glicose, sacarose e manitol, teste da oxidase 
positivo e teste de Voges-Proskauer (VP) positivo. Causador da cólera, que causa diarreias agudas de aspecto semelhante à água de arroz, vômitos e, em casos mais acentuados, câimbras, perda de peso intensa e olhos turvos. É uma doença com grande facilidade de dissipação.
Leptospira
O gênero Leptospira é um dos componentes da família dos Espiroquetídeos, onde estão reunidos os microrganismos com morfologia filamentosa, espiralados, visualizados apenas pela microscopia de campo escuro e de contraste de fase, com afinidade tintorial pelos corantes argênticos. Nesse gênero aceita-se atualmente a existência de duas espécies: L.interrogans e L.biflexa, as quais reúnem, respectivamente, as estirpes patogênicas e aquelas saprófitas de vida livre, encontradas usualmente em água doce de superfície.A diferenciação em espécie apoia-se nas características de crescimento em meios de cultivo enriquecidos; no entanto, do ponto de vista taxonômico, as características antigênicas decorrentes de antígenos de parede, com natureza lipoproteica, possibilitam as diferenciações sorológicas que superam a cifra de 200 exemplares para a espécies L. interrogans, as quais com base em relações antigênicas são reagrupadas em sorogrupos. Dentre os fatores ligados ao agente etiológico que favorecem a persistência dos focos de leptospirose, especial destaque deve ser dado ao elevado grau de variação antigênica; relativo grau de sobrevivência em nível ambiental em ausência de parasitismo (registros experimentais referem até 180 dias desde que haja alto nível de umidade, proteção contra os raios solares e valores de pH neutro ou levemente alcalino); ampla variedade de vertebrados suscetíveis, os quais podem hospedar o microorganismo. Causa a leptospirose, pode se manifestar de forma leve ou moderada, também denominada anictérica, ou severa e fatal, forma ictérica. O período de incubação varia de2 a 20 dias, sendo os sintomas iniciais semelhantes aos da gripe, que depois evoluem para alterações especificas.
Gardnerella vaginalis
São bactérias de curto tamanho, medindo 0,6 x 1,6 micra. São imóveis, Gram-negativas e hoje consideradas como anaeróbicas, requerendo para seu isolamento, meios de cultura enriquecidos com sangue ou derivados. Diferentes testes laboratoriais tem sido empregados no propósito de identificar a Gardnerella vaginalis e de diferenciá-la de bactérias corineformes não classificadas, catalase-negativa. De um modo geral, a identificação presuntiva de G. vaginalis, na clínica, pode ser feita laboratorialmente, com base na morfologia da colônia bacteriana. Beta-hemólise com pontes difusas sobre agar especial de sangue humano (BBT = Blood bilayer tween). Os testes de certeza na cultura estão na negatividade para beta-glucuronidade e, positividade para hidrólise e alfa-glucuronidase, além da produção de ácido da glicose e maltose e nunca do manitol. Ainda como prova de haver sensibilidade à discos de metronidazol, nitrofurantoina, sulfonamidas e bile. Causa a Gardnerela, nesta, há a presença de corrimento de cor amarelada à acinzentada, bolhas na superfície, odor desagradável e, em algumas pessoas, coceira na área genital. É a causa mais frequente de infecção nessa região, ocorrendo em aproximadamente 35% dos casos.
Salmonella Typhi
É causada pela Salmonella Typhi, subespécie enterica sorotipo Typhi (S. Typhi), que é um patógeno especificamente humano. É uma bactéria com morfologia de bacilo Gram negativo, móvel, pertencente à família Enterobacteriaceae. Possui alta infectividade, baixa patogenicidade e alta virulência, o que explica a existência de portadores (fontes de infecção não doentes) que desempenham importante papel na manutenção e disseminação da doença na população. Distingue-se das outras salmonelas por sua estrutura antigênica, possuindo três tipos de antígenos de interesse para o diagnóstico:
antígeno O: somático, presente em todas as espécies de salmonela, de natureza glicidolipídica, identificando-se com a endotoxina O, é termoestável e essencial à virulência. Para a S.Typhi o antígeno somático específico de grupo é o "O9";
antígeno H: flagelar, de natureza protéica, a composição e ordem dos aminoácidos da flagelina determinam a especificidade flagelar. No caso da S. Typhi o antígeno flagelar é o "d". É termolábil.
antígeno Vi: capsular, formado por um complexo glicidoproteíco. É termolábil. A S.Typhi pode ou não possuir o antígeno Vi e este pode também ser encontrado na S. Paratyphi e na S. Dublin. Causa a febre tifoide, aracteriza por febre, mal-estar, cefaléia, náusea, vômito e dor abdominal, podendo ser acompanhada de erupção cutânea. É uma doença endêmica em muitos países em desenvolvimento.
Ela é um agente infeccioso da febre tifóide, característica por febre intermitente, mal-estar, manchas róseas pelo tronco, tosse, prisão de ventre mais frequentemente do que diarréia, e comprometimento dos tecidos linfáticos.
Estafilococos
Os estafilococos são bactérias GRAM + em forma de cocos, que crescem seguindo um padrão que se assemelha a um cacho de uvas. Seu tamanho varia entre 0,5 a 1 micrometro de diâmetro. Os componentes citoplasmáticos dos estafilococos não variam dos componentes gerais de uma célula bacteriana, sendo os principais:- O nucleóide, onde se encontra o cromossomo bacteriano; - Os ribossomos, responsáveis pela síntese protéica; Os plasmídios, moléculas de DNA circulares capazes de autoduplicação independenteda replicaçãocromossômica.Outra estrutura que pode estar presente são os flagelos, responsáveis pela movimentação das bactérias. A parede celular dos estafilococos é constituída por: Cápsula: camada frouxa de polissacarídeos que protege asbactérias ao inibir a quimiotaxia e dafagocitose.Também facilita a aderência à materiais sintéticos;- Peptideoglicano: componente estrutural composta de cadeias de glicano de ligação cruzada com peptídeos e confere maior rigidez à parede ; - Proteína A: reveste a superfície dos estafilococos e se liga a camada de peptideoglicano. Eficaz na prevenção da eliminação do microorganismo pelo sistema imune; - Ácidos teicóicos: polímeros que contém fosfatos ligados à camada de peptideoglicano ou à membrana plasmática. Medeiam a fixação dos estafilococos às superfícies mucosas; - Fator de aglutinação: proteína que provoca aglutinação ou agregação dos estafilococos.- Membrana citoplasmática: complexo de carboidratos, proteínas e de lipídios que atua como barreira osmótica e local de fixação para enzimas. Causam o terçol é uma pequena infecção de uma glândula sebácea Zeiss e Mol.
PROTOZOÁRIOS
Entamoeba Histolytica
Existem duas formas básicas para esse parasita: cisto e torfozoíto. Os torfozoítos são a forma ativa do parasito, vivem na luz ou na mucosa do intestino grosso, principalmente nas regiões do ceco e reto sigmoide formando colônias. Possuem um só núcleo e apresentam a forma ameboide. Os trofozoítos medem cerca de 20 a 40 micrômetros de comprimento. O cisto é a forma de resistência ou de transmissão do protozoário. Normalmente são eliminados com as fezes formadas, são esféricos, podem medir de 8 a 20 micrômetros de diâmetro e apresentam de 2 a 4 núcleos. Causa a amebíase, mais comum em regiões onde as condições de saneamento básico são precárias, uma vez que a forma de contaminação se dá via ingestão de seus cistos. Causa a Amebíase, uma forma de disenteria, ou seja, diarréia dos protozoários sarcodina ou rizópodos (protista). É uma amebatípica, com movimentos por extensão de pseudópodes e capacidade fagocítica, que evoluiu para viver como parasita humano. 
Giardia lamblia
Apresenta duas formas evolutivas: trofozoito e cisto, o trofozoíto tem forma de pêra, com simetria bilateral, onde no seu interior encontram-se na parte frontal dois núcleos, essa forma evolutiva ainda possui quatro pares de flagelos. O cisto é oval, no seu interior encontramos dois ou quatro núcleos. Para a sua fixação a Giardia utiliza um disco adesivo para se aderir a mucosa. Outra característica morfológica é que no trofozoíto temos todas as organelas, exceto a mitocôndria, já no cisto as organelas estão todas em desordem. Responsável pela Giardíase, infecção intestinal.
Trypanossoma Cruzzi
Observações por microscopia ótica nos permitem identificar no parasito: (i) a forma geral da célula, (ii) o núcleo, (iii) o cinetoplasto (DNA mitocondrial condensado, que se localiza sempre próximo ao flagelo nos tripanossomatídeos). Este nome foi dado porque se acreditava que esta estrutura (cineto=movimento; plasto = organela) fosse responsável diretamente pelo movimento do flagelo) e (iv) o flagelo. De acordo com (i) a forma geral da forma evolutiva; (ii) a posição relativa entre o flagelo e o núcleo; (iii) a localização da bolsa flagelar (local de saída do flagelo); e (iv) a localização do flagelo livre, podemos diferenciar as formas evolutivas dos tripanossomatídeos. No caso do T. cruzi, a observação por microscopia óptica permite a identificação de 3 formas evolutivas bem definidas:
 Tripomastigota: forma alongada (podendo se apresentar como formas finas e largas), com cinetoplasto arredondado localizado na região posterior ao núcleo; flagelo emergindo da bolsa flagelar (não visível ao microscópio óptico) que se localiza lateralmente, na região posterior do parasito. O flagelo emerge e se adere ao longo do corpo do parasito, tornando-se livre na região anterior. Esta forma é altamente infectante, e pode ser encontrada no inseto vetor (porção posterior do intestino, no reto); sangue e espaço intercelular dos hospedeiros vertebrados; culturas de células infectadas; cultivo axênico (metaciclogênese in vitro).
Amastigota: forma arredondada, com cinetoplasto em forma de barra ou bastão na região anterior ao núcleo, flagelo curto (não visível ao microscópio óptico) que emerge da bolsa flagelar. Esta forma pode ser encontrada no interior das células de hospedeiros infectados, bem como em cultivo axênico.Epimastigota: forma alongada, com cinetoplasto em forma de barra ou bastão localizado anteriormente ao núcleo. O flagelo emerge da bolsa flagelar com abertura lateral, e percorre aderido a parte do corpo do parasita, tornando-se livre na região anterior. Pode ser encontrado no tubo digestivo do inseto vetor; cultivo axênico. Causa a Doença de Chagas, é uma infecção  e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, da família dos Reduvídeos (Reduviidae).
Trichomonas Vaginalis
Apresenta- se sob um única forma, trofozoíto, é piriforme ou oval, medindo cerca de 12 micrômetros de comprimento por 8 de largura. Esse protozoário apresenta um núcleo alongado, 4 flagelos livres e uma membrana ondulante, e um axóstilo. Órgãos genital masculino e feminino. O protozoário apresenta um ciclo monoxênico sem hospedeiro intermediário, pois usualmente a transmissão ocorre através do contato sexual. A reprodução por divisão binária produz grande número de novos trofozoítos. Causa a tricomoníase, uma infecção das vias genitais.
Ascaris Lumbricoides
Os vermes adultos são grandes: o macho mede cerca de 20 cm de comprimento e a fêmea 35 cm. Vivem no intestino delgado, produzindo grande quantidade de ovos os quais são cobertos por uma película mamilonada de cor castanha. Esses ovos possuem uma massa de células quando são eliminadas as fezes. Esse parasita causa a Ascaridíase, patogenia q pode ser apresentar em duas fazes, pulmonar e intestinal. Sendo uma doença grave acometendo diversas pessoas de todas as idades.
Schistosoma Mansoni
O macho mede cerca de 1 cm de comprimento e apresenta um canal ginecófaro onde permanece a fêmea, esta mede cerca de 1,5 cm de comprimento. Tanto o macho como a fêmea possuem ventosa oral e uma ventosa ventral. As formas encontradas são: ovos (nas fezes presos na mucosa intestina ou presentes no tecido hepático), miracídio (encontrado dentro dos ovos maduros ou nadando na água pra penetrar no hospedeiro intermediário), e cercaria (forma produzida no caramujo que nada na água até penetrar na pele do hospedeiro definitivo). Parasita da Esquitossomose, que pode causar convulsões, disfunção neurológica e aumento da pressão intracraniana. 
Enterobius vermicularis
É um helminto nematódeo de 0,3 a 1,0 cm, conhecido como oxiúrus. Morfologicamente, apresenta como característica do verme adulto um par de asas cefálicas.  Após o acasalamento, o macho é eliminado com as fezes e  a  fêmea adulta (1) se dirige até o ânus para fazer a ovipostura, principalmente à noite. Com freqüência,  não consegue retornar para a ampola retal, morrendo nesse local. Os ovos (2) maturam rapidamente na pele da região perianal ou no solo, apresentando larvas infectantes. Então, os ovos maduros devem ser ingeridos pelo hospedeiro para a continuidade do ciclo. Os ovos ingeridos eclodem no intestino delgado. As larvas migram pela mucosa intestinal até o ceco e intestino grosso, onde atingem a maturidade. O período pré-patente é de um a dois meses. Provocam poucas lesões significativas na mucosa. Na região perianal e períneo, pode haver laceração da pele, com hemorragia, dermatite e infecções secundárias. Localizações ectópicas podem se manifestar como uretrite e vaginite. As manifestações incluem prurido anal intenso, especialmente à noite; náuseas, dor abdominal, emagrecimento, diarréia. A contaminação entre pessoas da mesma casa é comum. Hábitos de higiene corporal e limpeza de roupas íntimas, toalhas e lençóis  previne a infecção. Causa a Enterobiose, doença mais comum em crianças, mas pode ocorrer em adultos. Caracteriza- se por náuseas, vômitos, dores abdominal e intenso prurido anal.
Balantidium coli
É o agente causador da Balantidose. É um parasita mais comum no porco e raro no homem. Possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é arredondada, com membrana definida, e macronúcleo em forma de rim ou feijão. Sua forma trofozoíta é oval, ciliada, sendo o B. coli o maior protozoário parasita do homem. Ela possui macronúcleo em forma de rim ou feijão. Transmissão: fecal-oral. Sua forma trofozoíta localiza-se nos tecidos, podendo também viver na luz do intestino grosso, alimentando-se à custa dos tecidos. Provoca lesões semelhantes às da E. histolytica.
Endolimax nana
Possui forma cística e trofozoíta. Sua forma cística é bem pequena, chegando a quase metade do tamanho das E. coli e E. histolytica. É caracterizada pelo formato circular ou oval que evidencia de 1 a 4 núcleos visíveis. Geralmente encontra-se mais freqüentemente as formas císticas do que as formas trofozoítas nas fezes. Transmissão: fecal-oral. Ciclo evolutivo: monoxênico. Ciclo biológico: O ciclo é igual ao da E. coli. Patogenia: parasita não patogênico (comensal). Diagnóstico: realizado através da pesquisa de cistos em fezes formadas, ou de trofozoítos em fezes diarréicas. Tratamento: Amebicidas, como o Metronidazol (Flagyl®) Profilaxia: Melhoria de condições sanitárias; higiene dos alimentos e das mãos; consumo de água fervida ou filtrada; tratamento dos doentes. É agente causador da Amebíase Comensal (não patogênica).
Isospora belli
Protozoário coccídeo causador da isosporíase, doença rara que tem sido registrada em países das mais diversas regiões do mundo. O oocisto constitui a forma infectante da isosporíase, pois é eliminado nas fezes e possibilita a infecção por via fecal-oral. O ciclo assexuado tem início quando o oocisto é formado e eliminado, sendo que após a sua eliminação se dá a esporulação. A esporulação é caracterizada pelo aumento de volume do parasito e pela produção de esporozoítos no seu interior. Após a ingestão, o oocisto esporulado rompe no intestino liberando os esporozoítos que invadem os enterócitos. No fim do crescimento do esporozoíto o núcleo começa a se dividir várias vezes, de forma assexuada, o que resulta em uma forma multinucleada, o esquizonte. Depois da formação do esquizonte, ocorre uma repetição da etapa anterior, processo que passa a se denominar esquizogonia. Sua função é produzir merozoítos, permitindo a invasão de novas células hospedeiras. A partir desses merozoítos pode recomeçar outro ciclo assexuado ou iniciar um processo de reprodução sexuada (esporogonia). O ciclo sexuado tem início quando os merozoítos se diferenciam em gametócitos no interior do enterócito, sendo que aqueles que se destinam a produzir gametas masculinos são os microgametócitos, e os que se transformarão em gametas femininos são os macrogametócitos. Quando o microgametócito é liberado do enterócito, invade a célula onde está o macrogametócito formando o zigoto, que logo se encista, e por isso passa a se chamar oocisto. O tempo da esporulação depende das condições ambientais do solo onde está o oocisto. A esporulação só estará completa quando cada esporoblasto formar esporozoítas, que é o que caracteriza o oocisto infectante.
VÍRUS
Simplexvirus
Grupo: Grupo I (dsDNA) ; Familia: Herpesviridae; Subfamília: Alphaherpesvirinae
Género: Simplexvirus; Espécie: Herpes simplex virus 1 (HSV-1) Espécie: Herpes simplex virus 2 (HSV-2) . Herpes tipo 1 - característica da boca e do olho. Herpes tipo 2- órgãos genitais e ânus. O HSV é um DNA-vírus de grandes dimensões (150-250nm) que apresenta quatro componentes básicos; Por fora, tem uma membrana lipídica mais externa (envelope) onde ficam as glicoproteínas que irão ligar-se à célula. Depois, vem uma substância amorfa (tegumento) feita de proteínas, que liga o envelope ao capisídeo. Este é icosaédrico e dentro deste a estrutura helicoidal de DNA em dupla hélice, envolvida por capsídeo icosaédrico e circundada por substância amorfa (tegumento) e membrana lipídica mais externa (envelope).
Rubivirus
Infecta somente humanos pode causar problemas fetais. Togavírus, gênero Rubivirus T. RNA fs positiva (10 kb), envelopado (“toga”) ,esférico, 60-70 nm, três proteínas: c (core), E1(envelope), E2 ( “ ). Não tem hospedeiro invertebrado, como os demais togavírus. TRANSMISSÃO:-Aerossóis. Período de incubação: em geral, este período varia de 14 a 21 dias, durando em média 17 dias. A variação máxima observada é de 12 a 23 dias. Período de transmissibilidade: aproximadamente, de 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. Causa a rubéola, também conhecida como sarampo alemão, é uma infecção na qual há erupção na pele.
Paramyxovirus
Os Paramyxovirus (HPIV) são vírus envelopados com genoma RNA que infectam primariamente crianças, causando infecções de vias aéreas superiores e inferiores. Eles são responsáveis por cerca de 30 a 40% das infecções respiratórias agudas em infantos e crianças, os quais se apresentam com gripe, febre, bronquiolite e pneumonia. Esses agentes também levam a quadro de infecção do trato respiratório adquirida na comunidade de severidade variável. Os Paramyxovirus HPIV-1 e 2 são os subtipos comumente associado a crupe; HPIV-3 é o segundo mais comum causador da pneumonia e bronquiolite em infantos e crianças (em primeiro lugar está o vírus sincicial respiratório); HPIV-4 é o que causa doença de menor gravidade. Dentro desse grupo são incluídos os vírus do sarampo, da caxumba e o vírus sincicial respiratório. Reinfecção com esse patógeno pode ocorrer ao longo da vida, sendo os idosos e imunossuprimidos os de maior risco para graves complicações.  A transmissão ocorre por inoculação direta de secreção contagiosa de mãos ou partículas nos olhos e nariz. O longo tempo de sobrevivência do HPIV na pele, roupas  e outros objetos enfatiza a importância da transmissão de fomites.
Lyssavirus
O vírus da raiva, um Lyssavirus, que pertence à família Rhabdoviridae, possui um genoma de cadeia linear de RNA negativo. O seu virião possui uma nucleocápside helicoidal e envelope lipídicorevestido exteriormente por espigões. Posição taxonómica: Ordem: Mononegavirales; Família: Rhabdoviridae; Género: Lyssavirus; Estirpe: vírus da raiva. Os viriões da família Rhabdoviridae têm a forma de bala e aproximadamente 170nm de comprimento e 70nm de largura . O envelope lipídico que os reveste apresenta uma densa camada de pequenos espigões (6 a 7nm de comprimento) compostos por glicoproteínas. Estes espigões estão, por sua vez, comprimidos numa só proteína viral de ligação: G. A membrana do envelope está revestida interiormente por uma matriz proteica e um centro que contém um complexo ribonucleicoproteíco. É de referir que o envelope lipídico tem determinados antigenes específicos, que são responsáveis pela indução da formação de anticorpos neutralizantes. O genoma do vírus da raiva, é uma molécula simples e linear de RNA de cadeia negativa (Classe V de Baltimore), tem 11 a 15 kb de tamanho e não é segmentado.
O genoma contém 5 genes na ordem 3´-N-NS-M-G-L-5`, que codificam cada um para 5 proteínas diferentes. Estas proteínas são a: L (2142 aminoácidos), RNA polimerase dependente que tem funções na transcrição e replicação do RNA; a G (505 aminoácidos), glicoproteína que forma os espigões; a NS (297 aminoácidos), proteína altamente fosforilada, que é uma componente da polimeraseviral; a N, que é a componente principal do centro nucleoproteíco e a M (202 aminoácidos) que é a proteína que facilita o budding dos viriões e a construção da nucleocápside. As proteínas N, NS e L constituem, em associação com o genoma viral, a nucleocápside. A proteína G é o alvo principal para a terapia de anticorpos contra a raiva, visto que esta está envolvida na invasão e fusão com a célula hospedeira e assim, ao actuar-se sobre esta bloqueia- se a fusão do vírus com a célula hospedeira. Causa a raiva, uma das doenças historicamente mais temidas da humanidade. Pode infectar todos os animais de sangue quente, dentre estes preferindo os mamíferos e, nestes, dos quirópteros e carnívoros.
Poliovírus
Poliomielite, é uma doença afecta unicamente os humanos, tendo maior incidência em crianças. O vírus entra no corpo pela boca e tem especial afinidade com células, nervosos, onde se replica, provocando a morte celular. Isto leva à ocorrência de paralisia flácida aguda (em cerca de 1% dos casos de infecção), especialmente nas pernas, levando também, por vezes a uma imobilização dos músculos respiratórios, podendo provocar a morte. O vírus da Poliomielite pertence à família Picornaviridae, ao género Enterovirus. Este género refere-se ao conjunto dos vírus que habitam transitoriamente o intestino humano, depois de terem penetrado no seu organismo por via oral. Embora designados de entéricos, raramente provocam sintomatologia gastrointestinal. Existem três tipos de antigénios de poliovírus, que são, tipo 1, de Brunhilde e Mahoney, tipo 2, de Lansing eMEFI e de tipo 3, de Leon e SauKett, identificados em laboratório, a partir da realização de provas de seroneutralização, em culturas de células permissivas. Os poliovírus são agentes de pequenas dimensões, com cerca de 20-30 nm. Apresentam uma simetria icosaédrica com 60 subunidades e 12 vértices pentaméricos (fig.1), compostos, cada um deles, por 5 unidades de proteínas protoméricas. Em torno de cada um destes vértices existe uma fenda, designada de canyon, ao fundo da qual se ligam os receptores específicos das células (Ferreira & Sousa, 2002). Durante a sua replicação, assunto abordado mais adiante, forma-se uma grande poliproteína, percursora de quatro polipéptidos major, originados da clivagem daquela. As quatro proteínas da cápside (VP1 a VP4), formadas da clivagem da poliproteína, organizam-se à volta do genoma, formando a simetria icosaédrica, ficando as proteínas VP1, 2 e 3 colocadas à superfície da partícula e a proteína VP4 (mais pequena) não exposta, associada ao genoma viral. Esta proteína está presente em cada uma das 60 subunidades que formam a cápside, permitindo a estabilidade desta. O seu genoma é do tipo RNA de cadeia simples, linear, com 7400 bases de comprimento e polaridade positiva. O ácido nucleico serve de RNA mensageiro, e é infeccioso, tendo a capacidade de iniciar a replicação viral. O seu genoma é poliadenilado na extremidade 3’, ou seja, tem uma cauda de poli-A e possui uma pequena proteína codificada pelo vírus, designada de VPg com 22 a 24 aminoácidos, que está covalentemente ligada à extremidade 5’ do genoma (existência de uma longa sequência, na qual se podem formar estruturas em stem-loop). Nestes existem genes que codificam proteínas estruturais, que vão ser necessárias à síntese e à clivagem do RNA. O RNA do vírus é monocistrónico, mas codifica para todas as proteínas do vírus numa só poliproteína, que é mais tarde separada em diferentes proteínas individuais. O ácido nucleico constitui 30% do peso da partícula viral e as proteínas cerca de 70%. Este tipo de vírus codifica as suas próprias proteínas da cápside, a proteína VPg, uma protease, uma RNA polimerase, RNA-dependente (Ferreira & Sousa, 2002). A sua cápside é desprovida de invólucro nuclear. O seu peso molecular é de aproximadamente 2 x 106 – 2,6x106. Quando na presença de pH ácido (pH=3) apresenta um comportamento estável (pH=3 a 9), sendo muito resistentes ao baixo pH do estômago, a sais biliares e a enzimasproteolíticas do intestino.
Falvivirus
Dentre os arbovírus, são importantes os Falvivirus da família Flaviviridae, que inclui cerca de 70 espécies, 40 delas associadas a doenças humanas, e algumas delas, são arboviroses emergentes no Brasil. Os Flavivírus são classificados, na sua maioria em quatro ramos principais: Dengue (DEN), Complexo de encefalite por carrapatos (TBEC), Complexo de encefalite japonesa (JEC) e Febre amarela (YF). Os Flavivírus são envelopados e tem morfologia esférica, medindo cerca de 40-60 nm de diâmetro. Possui genoma de RNA de fita simples não segmentado e de polaridade positiva. Com 10,5 kb, este genoma é composto por uma região 5’ não codificadora contendo 96 nucleotídeos, uma sequencia ORF, contendo aproximadamente 10.300 nucleotídeos, e um terminal 3’ não codificador contendo 631 nucleotídeos. O genoma contém dez genes e segue a seguinte ordem: 5’-C- preM – E- NS1 – NS2A – NS2B – NS3 –NS4A – NS4B – NS5 -3’. A febre amarela, doença infecciosa, não é transmitida de uma pessoa para a outra. A transmissão do vírus ocorre quando o mosquito pica uma pessoa ou primata (macaco) infectado, normalmente em regiões de floresta e cerrado, e depois pica uma pessoa saudável que não tenha tomado à vacina.
Polyomavirus
Até o sexto relatório de 1995, do ICTV, os gêneros Papillomavirus e Polyomavirus pertenciam à família Papovaviridae. No sétimo relatório foi criada a família Papillomaviridae, sendo incluído o gênero Papillomavirus. O nome papilomavÌrus deriva da combinação dos termos papila, de origem latina, diminutivo de pápula, projeção ou saliência em forma de mamilo; e oma, de origem grega, que representa as tumorações ou os intumescimentos. Os vírus desta família apresentam capsídeo no envelopado, com Simetria icosaédrica, com diâmetro de 40 a 55 nm e com 72 capsômeros. O genoma representa 10-13% do peso do vÌrion e alberga uma fita dupla de DNA circular, no segmentado, com 5.300 a 8.000 nucleotídeos; sendo a guanina e a citosina responsáveis por 40-50% do conteúdo. Os vírus dessa família infectam vertebrados, mais especificamente mamíferos, incluindo o homem. A família Papillomaviridae é constituída pelos 16 gêneros, incluindo centenas de tipos virais. Os gêneros definidos pelo ICTV só: Alphapapillomavirus, Betapapillomavirus, Gammapapillomavirus, Deltapapillomavirus, Epsilonpapillomavirus, Zetapapillomavirus, Etapapillomavirus, Thetapapillomavirus, Iotapapillomavirus, Kappapapillomavirus, Lambdapapillomavirus, Mupapillomavirus, Nupapillomavirus, Xipapillomavirus, Omikronpapillomavirus e Pipapillomavirus. As espécies de PapilomavÌrus tem a nomenclatura de acordo com o grupo de seres que elas infectam: Bovine papillomavirus (BPV), Canine papillomavirus, Cottonnail rabbit papillomavirus, Deer papillomavirus, European elk papillomavirus, Human papillomavirus e Ovine papillomavirus. O PapilomavÌrus humano (HPV) é o mais conhecido, sendo o causador de tumores benignos e malignos de pele e das mucosas. O desenvolvimento desses tumores depende de vários fatores, como tabagismo, alcoolismo, múltiplos parceiros sexuais, início precoce da vida sexual e gravidez, principalmente antes dos 18 anos. Pertencem ao gênero Papillomavirus e a espécie Human papillomavirus. São ainda classificados em genótipos, de acordo com as sequências do gene L1. O HPV È uma das causas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). A transmissão do HPV ocorre, na maioria dos casos, pelo contato sexual, não precisando necessariamente haver a penetração, mas apenas com um contato íntimo.
Iridoviridae
Esta família está dividida em cinco gêneros Chloriridivirus, Iridovirus, Lymphocystivirus, Megalocytivirus e Renavirus, Os vírus dessa família apresentam de 140 a 303 kb, o genoma é DNA de fita dupla, apresentando de 150 mil a 280 mil nt e simetria icosaédrica. Em relação ao envelope, ele pode estar ausente ou presente, dependendo da maneira que o vírus sai da célula (lise ou brotamento). O gênero Iridovírus entra na célula hospedeira através de viropexia (endocitose).
Caliciviridae
Os calicivírus, membros da família Caliciviridae, são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (usado directamente na síntese das proteínas). Não possuem envelope bilípidico e são extremamente resistentes. Causam gastroenterites limitadas com diarreia, vómitos, dor abdominal e náuseas, após transmissão em comida, objetos ou água infectada com vírus proveniente de fezes. O tratamento é pela administração de muita água com um pouco de sal e açúcar, para restabelecer os líquidos e eletrólitos perdidos na diarreia. Prevenção pelas medidas de higiene, no entanto em crianças é comum mesmo em ambientes higiénicos. Há também os calicivírus animais que podem causar doença hemorrágica, vesicular ou respiratória, e podem infectar coelhos e lebres, suínos e mamíferos marinhos e felinos respectivamente.
Birnaviridae
Nome da família Birnaviridae tem o prefixo dividido em duas partes. A primeira tem como origem a palavra grega bi que significa “dois” e a segunda se refere à sigla RNA (ácido Ribonucleico), que constitui o genoma do vírion. Dessa forma, esses vírus apresentam dois segmentos de fita dupla de RNA linear. Esta famÌlia subdivide-se nos gÍneros Aquabirnavirus, Avibirnavirus e Entomobirnavirus. Nesses gêneros estão incluídos o Vírus da necrose pancreática infecciosa (IPNV), que infecta peixes, o Vírus da doença infecciosa da bursa (IBDV) e outros vírus, que infectam galinhas, patos e perus. Os vírus s~so esféricos de 70 nm de diâmetro, com capsídeo não envelopado, apresentando simetria icosaédrica, composto por 132 capsômeros. O genoma completo tem de 5.880 a 6.400 nucleotídeos e representa 9,7% do peso do vírion. Dentre as doenças causadas por vírus dessa família, o IBDV tem uma grande importância, devido ao prejuízo que causa nas indústrias avícolas do mundo inteiro. O IBDV produz uma doença contagiosa, denominada Doença de Gumboro que acomete galinhas, desencadeando uma imunodeficiência secundária pela destruição da Bursa de Fabricius. 
FUNGOS
Dermatófitos
Os dermatófitos pertencem ao reino Fungi, filo Mycota. Aqueles que se apresentam em um estado somente assexuado ou imperfeito pertencem à classe Fungi imperfecti, ordem Monilíases, família Monilíaceae, gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton, cuja diferenciação é realizada de acordo com a forma dos macroconídios. Os dermatófitos em estado sexuado ou perfeito, pertencentes à classe Ascomycota, ordem Plectascales e família Gymnoascaceae, são reunidos nos gêneros Nannizzia e Arthroderma, que são as formas perfeitas dos gêneros Microsporum e Trichophyton, respectivamente. O M. canis é tido como o principal agente de dermatofitose e o de maior prevalência em cães e gatos, sendo o principal responsável por cerca de 15% das afecções dermatofiticas em seres humanos. O diagnóstico definitivo da dermatofitose é a cultura fúngica, pois possibilita a identificação do gênero e espécie do fungo para um tratamento eficiente e especifico que consiste em uma terapia tópica e sistêmica com duração mínima de três semanas.
Malassezia
As espécies de Malassezia podem ser identificadasatravés de suas características morfológicas e bioquímicas. Em relação às características morfológicas, consideram-se aspectos macroscópicos da colônia e microscópicos da levedura. Geralmente, as colônias aparecem entre o segundo e o quarto dia de incubação, a uma temperatura entre 35 e37 ºC. Existem diversos meios de cultura descritos para o isolamento das espécies lipodependentes, sendo o agar Sabouraud-dextrose, com cloranfenicol, cicloeximida e óleo de oliva, e o meio agar Dixon os mais utilizados. A incorporação de óleos na superfície do meio apresenta baixo rendimento, sendo recomendada a incorporação das substâncias lipídicas no própriomeio de cultura. O meio utilizado para o cultivo parece não influenciar a micromorfologiada levedura. As colônias de Malassezia spp. em meios apropriados e a uma temperatura de incubação de 35 a 37 ºC, são de textura cremosa, de cor creme a marrom-clara, topografia convexa,superfície lisa ou levemente rugosa, aspecto seco e de diâmetro variável de acordo com o tempo de incubação (Vargas et al., 2004) (Figura 1). Quando se observa o crescimento de uma colônialeveduriforme, deve-se proceder ao exame microscópico da mesma, através de preparações com solução salina, lactofenol azul de algodão ou corante de Gram. Estruturas arredondadas ou ovais em gemulação (blastoconídios), de aproximadamente 2-3 µm de largura e4-5 µm de comprimento, associadas ou não à presença de hifas e pseudo-hifas, devem ser observadas A identificação da espécie M. pachydermatis é baseada na sua não dependência de lipídios, verificada através do seu crescimento em meio agarSabouraud sem a adição de ácidos graxos. Porém, a identificação das espécies lipodependentes é baseada na habilidade de assimilarem ésteres de polioxietileno (Tweens 20, 40, 60 e 80), seguindo achave para identificação de espécies) e o teste de difusão de Tween. O teste de assimilação do Cremophor EL e esculina descrito por Mayser et al.(1997) podem ser utilizados como instrumentos adicionais para a diferenciação das espécies M. furfur, M.slooffiae e M. sympodialis. Após a identificação das quatro novas espécies lipodependentes de Malassezia,propuseram uma nova tabela de características fenotípicas para o gênero. Pitiríase Versicolor, é uma infecção da pele superficial (afeta apenas a camada mais externa da pele), crônica.
Sporothrix schenckii
Sporothrix schenckii é uma espécie de fungo dimórfico da família Ophiostomataceae. S. schenckii é a única espécie descrita para o gênero Sporothrix. É o agente etiológico da esporotricose que pode acometer animais e seres humanos. A doença atinge habitualmente a pele, o tecido subcutâneo e os vasos linfáticos mas pode afetar também órgãos internos. É incluída no grupo das micoses profundas. O fungo causador da esporotricose habita a natureza (solo, palha, vegetais, madeira) e a instalação da doença se dá através de ferimentos com material contaminado, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, principalmente gatos, também podem transmitir a esporotricose através de mordeduras ou arranhaduras.
Blastomyces dermatitidis
É dismórfico e cresce em tecidos de mamíferos na forma de uma célula em brotamento. Os esporos desse fungo provavelmente penetram nas vias respiratórias quando são inalados. Não se conhece de onde partem os esporos do ambiente, porém uma vez associou-se uma epidemia com os refúgios dos castores. A maioria dos casos ocorre, nos Estados Unidos e em zonas bem dispersas da África, sendo que os indivíduos mais acometidos são os homens entre 20 a 40 anos de idade. Causa a Blastomicoses, doença pulmonar.
Histoplasma capsulatum
É uma espécie de fungo dimórfico da família Ajellomycetaceae. É o agente etiológico da histoplasmose que acomete animais e seres humanos. Causa a Histoplasmose uma micose sistêmica. Ela é uma zoonose, transmitida por aves e morcegos. O indivíduo adquire esta infecção através da inalação dos conídios que estão presentes no meio ambiente. Estas alcançam os alvéolos pulmonares, levando a uma estimulação de resposta inflamatória por parte do hospedeiro, formada por macrófagos e células mononucleares, que por sua vez, não possuem capacidade de destruir o invasor. 
Aspergillus sp
Aspergilose é uma doença infecciosa que acomete principalmente o pulmão. Normalmente esta afecção é benigna, mas representa papel importante em infecções sistêmicas malignas, como é o caso dos pacientes com AIDS. O gênero Aspergillus  é formado por mais de 200 espécies, distribuídas pelo mundo todo. O agente etiológico dessa doença multiplica-se no homem em formas multicelulares filamentosas, denominadas hifas septadas, dando origem a um micélio. Cada hifa apresenta 4 µm de diâmetro, sendo seu comprimento muito maior, normalmente dividindo-se em ramos. A espécie A. fumigatus é a responsável por aproximadamente 90 a 95% dos casos de aspergilose, porém existem outras espécies potencialmente patogênicas.
Candida Albicans
C. albicans é uma levedura diploide com história de dimorfismo fungico invertido, enquanto outros fungos se encontram na natureza na fase miceliana e causam doenças no homem na fase leveduriforme, C. albicans comporta-se de modo contrário. A biologia de C. albicans apresenta diferentes aspectos, entre eles, a habilidade de se apresentar com distintas morfologias. A fase unicelular leveduriforme pode gerar um broto e formar hifas verdadeiras. Entre esses dois extremos, brotamento e filamentação, o fungo ainda pode exibir uma variedade de morfologias durante seu crescimento, formando assim as pseudo-hifas, que na realidade são leveduras alongadas unidas entre si. A mudança na morfologia de fase leveduriforme para filamentosa pode ser induzida por uma variedade de condições ambientais, como variação de temperatura e de pH. A Candida apesar de geralmente atingir a região genital feminina, não é transmitida exclusivamente por relações sexuais, mas por qualquer tipo de contato. O fungo é oportunista e o desenvolvimento depende das condições de defesa do hospedeiro.
Fusarium sp.
Fungo filamentoso. Dentre as espécies de Fusarium mais comumente implicadas na ceratite fúngica, tem-se isolado o Fusarium salani , embora outras espécies também isoladas, incluindo o Fusarium dimerum, Fusarium episphaeria, Fusarium moniforme e Fusarium nivale . Tem sido postulado que resistentes espécies de Fusarium solani vêm causando doença em humanos e possam ter uma distribuição tropical ou subtropical. É mais freqüentemente encontrado em vegetação de áreas rurais do que em áreas urbanas, o que é aparentemente um achado substancial, uma vez que foi descrito serem os trabalhadores rurais sejam mais susceptíveis ao desenvolvimento de ceratites micóticas. Ceratite micótica devidas a fungos filamentosos, o agente traumatizante pode implantar esporos de fungos no estroma corneano diretamente, podendo, alternativamente, provocar quebra no epitélio corneano e consequentemente expor o tecido estromal à invasão de fungos exógenos. Espécies de Fusarium solani isolados de várias colheitas ao longo da primavera foram virtualmente encontradas nas partes mais altas das plantas. A velocidade do vento, provocando dispersão dos esporos talvez possa explicar o aumento de incidência desta patologia durante esta estação
Entolomataceae
A família Entolomataceae é muito rica em espécies, composta por mais de 1500 espécies e ocorrendo em todo o mundo. A família é amplamente diversa em termos de morfologia do basidioma (fino ou largo; pleurotoide, omphalinoide, collyboide, mycenoide e tricholomatoide, bem como sequestrate) e micromorfologia (forma do esporo, estrutura da superfície pilear, tipos de pigmentação, presença de cistídio e forma, etc.). Hábitos são igualmente variados: muitas espécies são saprófitas sobre o solo, madeira ou musgo, mas algumas são parasitas sobre outros cogumelos, parasitas sobre outras plantas ou ectomicorrízicas. A família tradicionalmente contém três principais gêneros agaricóides: Rhodocybe, Clitopilus e Entoloma. Entoloma é muitas vezes dividido em mais gêneros (13 gêneros). Três gêneros menores agaricóides têm sido distinguidos com base no hábito (Rhodocybella - cifelóide, Rhodogaster - secotióide eRichoniella - gasteróide). Os membros de Entolomataceae têm sido classificados juntos devido à todos eles compartilharem a propriedade da coloração da esporada em depósito, a qual varia de rosa a amarronzado ou rosa acinzentado, em combinação com os esporos que são rugosos, sulcados ou angulares em visão polar ou em todas as visões. As ornamentações na parede do esporo são únicas, sendo formado por espessamentos locais sobre a parede do esporo, o epicorium. A presença de esporos rosa e angulares tem sido considerado tão único que Entolomataceaetem sido amplamente considerado um grupo natural.
Tremella mesenterica (Tremellaceae)
Este belo fungo epífito membranáceo, de cor amarela bem viva,
ainda aqui não tinha sido postado. Pensamos que se trata da Tremella mesenterica Retz. (1769), da família Tremellaceae, pertencente à ordem Tremellales, à classe Tremellomycetes, à subdivisão Agaricomycotina e à divisão Basidiomycota do reino Fungi. 
REFERÊNCIAS
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http://www.ufrgs.br/labacvet/files/G%C3%AAnero%20Clostridium%204-2013-1.pdf
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