Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mantenedor e Reparador de Circuitos Hidráulicos Comandos hidráulicos Informações tecnológicas Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI Qualificação Profissional Comandos hidráulicos © SENAI-SP, 1987 Trabalho elaborado pela Divisão de Material Didático do Departamento Regional do SENAI - SP. Coordenação geral Marcos Antonio Gonçalves Coordenação do projeto e elaboração Sergio Nobre Franco Conteudista Ilo da Silva Moreira Revisão técnica Ilo da Silva Moreira Jamil Leite Composição Cleonice Rocha S. de Farias Rosana Freitas da Cruz Edição de texto Luiz Thomazi Filho Diagramação Maisa Dal Prete Ilustração Devanir Marques Barbosa Hugo Campos Silva Montagem de artes-finais Maisa Dal Prete Regina Bouzan Produção gráfica Victor Atamanov Digitalização Unicom Terceirização de serviços Ltda. S47c SENAI - SP. Comandos hidráulicos Informações tecnológicas. Por Sergio Nobre Franco. São Paulo, 1987. il. Suplementado por: Comandos hidráulicos: manual do docente. Comandos hidráulicos: exercícios e tarefas. Elaborado pela Divisão de Material Didático para as programações desenvolvidas nas Unidades de Formação Profissional. 1. Hidráulica. 2. Comandos hidráulicos. I. FRANCO, Sergio Nobre. II. t. 532 : 62 - 5 (CDU, IBICT, 1976) SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Unidade de Gestão Corporativa SP Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Cesar São Paulo - SP CEP 01311-923 Telefone Telefax SENAI on-line (0XX11) 3146-7000 (0XX11) 3146-7230 0800-55-1000 E-mail Home page senai@sp.senai.br http://www.sp.senai.br Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI Sumário Introdução à hidráulica 5 Acionamento hidráulico 11 A pressão num sistema hidráulico 15 Fluxo em paralelo e em série 25 Queda de pressão através de uma restrição ou orifício 27 Pressão e carga de trabalho 29 Velocidade do fluido hidráulico 33 Trabalho e potência 37 Símbolos gráficos e diagramas de hidráulica 41 Guia para localização de defeitos 63 Fluidos hidráulicos 73 Principais fluidos hidráulicos: escolha e características 77 Índice de viscosidade: controle de uso de óleos hidráulicos 83 Tubulações 87 Tubos roscados 93 Tubos de aço sem costura 97 Mangueiras 101 Vazamentos 103 Materiais de vedação 109 Retentores 113 Bombas hidráulicas 123 Bombas de engrenagem 129 Bombas de palhetas 133 Bombas simples de palhetas 139 Bombas de palhetas de alto rendimento 145 Bombas combinadas 151 Bombas de dois estágios 159 Bombas de pistões 163 Cilindros 175 Construção do cilindro 181 Equipamento opcional 185 Motores hidráulicos 187 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI Motores de engrenagem 193 Motores de palhetas 195 Motores de pistões em linha 203 Motores de pistões do tipo angular 209 Controles direcionais 213 Válvulas de retenção 217 Válvulas de retenção pilotadas 223 Válvulas direcionais 231 Controle de operação 237 Tipos de centro dos carretéis 245 Fontes de pressão piloto 249 Restrição no piloto 253 Pistões pilotos 257 Válvulas desaceleradoras 259 Controles de pressão 265 Válvulas de segurança simples e composta 267 Ventagem 273 Válvula de controle de pressão de aço direta 281 Válvula de segurança de ação direta 285 Válvula de descarga de ação direta 287 Válvula de seqüência de ação direta 291 Válvula de contrabalanço de ação direta 299 Válvula de frenagem de ação direta 303 Válvulas redutoras de pressão (simples e composta) 309 Válvula de segurança e descarga (circuitos com acumuladores) 317 Métodos de controle do fluxo 321 Tipos de controladores de fluxo 325 Aplicação industrial das válvulas controladoras de fluxo 333 Servoválvulas 341 Válvulas proporcionais 351 Elemento lógico (válvula de cartucho) 357 Reservatórios 369 Filtros e peneiras 375 Trocadores de calor 387 Acumuladores 391 Descarga de bomba em sistema com acumulador 397 Pressostato 405 Instrumentos de medição 409 Noções de eletricidade 419 Eletromagnetismo 429 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 5 Introdução a hidráulica Objetivos • Aplicar o princípio de Pascal à prensa hidráulica; • Resolver problemas de multiplicação de forças utilizando o princípio de Pascal; • Identificar componentes de entrada e saída de um sistema hidráulico. Princípio de Pascal A palavra hidráulica provém do grego (hydra, que significa água, e aulos, que significa cano). A hidráulica consiste no estudo das características e usos dos fluidos confinados. Desde o inicio de sua existência, o homem serviu-se dos fluidos para facilitar seu trabalho e, enfim, sua vida. A história antiga registra que dispositivos engenhosos, como bombas e rodas d´água, já eram conhecidos desde épocas remotas. Entretanto, só no século XVII, o ramo da hidráulica que nos interessa foi utilizado. Baseava-se no princípio descoberto pelo cientista francês Pascal e consistia no uso de fluido confinado para transmitir e multiplicar forças e modificar movimentos. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI6 A lei de Pascal resume-se em: A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais. A pressão (força por unidade de área) é transmitida em todos os sentidos através de um líquido confinado. Talvez pela simplicidade da lei de Pascal, o homem não percebeu seu grande potencial por dois séculos. Somente no princípio da Revolução Industrial, um mecânico, Joseph Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa hidráulica. Prensa hidráulica Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 7 A figura abaixo demonstra como Bramah aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica. Este é o princípio de operação de um macaco hidráulico ou de uma prensa hidráulica. É interessante notar a semelhança entre esta prensa simples e uma alavanca mecânica, como se vê na próxima ilustração. Pascal já havia então descoberto que força está para força como distância esta para distância. A potência hidráulica pode ser comparada a um sistema de alavancas. Vista B Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI8 Definição de pressão Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica, a pressão é expressa em kg/cm2. Atmosfera abrevia-se atm (ou bar). Conhecendo a pressão e a área em que ela se aplica, podemos determinar a força total: Força (kgf) = pressão (kg/cm2) x área (cm2). Conservação de energia Uma lei fundamental da Física afirma que a energia não pode ser criada e nem destruída. A multiplicação de forças não significa obter alguma coisa do nada. O pistão maior, movido pelo fluido deslocado pelo pistão menor, faz com que a distância de cada pisão seja inversamente proporcional ás suas áreas, como se vê na figura da página seguinte. O que se ganha com relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade. A energia não pode ser criada nem destruída. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 9 A primeira prensa hidráulica, de Bramah, e algumas prensas usadas atualmente utilizam água como meio de transmissão. Todavia, o líquido mais comum utilizado nos sistemas hidráulicos é o óleo derivado de petróleo. O óleo transmite força, quase instantaneamente, por ser praticamente incompressível. A compressibilidade de um óleo é de cerca de meio por cento a uma pressão de 70kg/cm2, porcentagem essa que pode ser desconsiderada nos sistemas hidráulicos. O óleo é mais empregado, também, porque serve de lubrificante às peças móveis dos componentes. Transmissão de energia hidráulica A hidráulica pode ser definida como um meio de transmitir energia pressionando um líquido confinado. O componente de entrada de um sistema hidráulico chama-se bomba e o de saída, atuador.Os atuadores são do tipo linear, como o cilindro demonstrado na figura abaixo, ou rotativo, no caso de motores hidráulicos. Atuador linear. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI10 Atuador rotativo Fatores de conversão de unidades de pressão 1atm = 1,0333kgf/cm2 1atm = 1,0134bar 1atm = 14,697 PSI (1bf/pol2) 1atm = 760mmHg 1kgf/cm2 = 0,9677atm 1kgf/cm2 = 0,9807 bar 1kgf/cm2 = 14,223 PSI (1bf/pol2) 1kgf/cm2 = 736mmHg 1bar = 0,9867atm 1bar = 1,0196kgf/cm2 1bar = 14,503 PSI (1bf/pol2) 1bar = 750mmHg 1 PSI = 0,0680atm 1 PSI = 0,0703kgf/cm2 1 PSI = 0,0689bar 1 PSI = 51,719mmHg Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 11 Acionamento hidráulico Objetivos • Reconhecer vantagens do acionamento hidráulico; • Modificar funcionamento nos circuitos e relacionar causa e efeito; • Reconhecer a necessidade do uso de válvula de segurança; • Analisar vantagens e desvantagens da reversibilidade dos atuadores. Velocidade variável A maior parte dos motores elétricos tem uma velocidade constante, e isso é aceitável quando temos que operar uma máquina a velocidade constante. O atuador (linear ou rotativo) de um sistema hidráulico, entretanto, pode ser acionado a velocidades variáveis e infinitas, desde que se varie o deslocamento da bomba ou se utilize uma válvula controladora de fluxo. Velocidade máxima Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI12 Velocidade reduzida Reversibilidade Poucos são os acionadores reversíveis. Os que o são, normalmente, têm que estar quase parados antes de poder-se inverter a direção de rotação. O atuador hidráulico pode ser invertido, instantaneamente, sem quaisquer danos, mesmo em pleno movimento. Uma válvula direcional de 4 vias, como mostra a figura seguinte, ou uma bomba reversível atuam esse controle enquanto a válvula de segurança protege os componentes do sistema de pressões excessivas. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 13 Posição inicial da válvula Posição invertida da válvula Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI14 Parada instantânea Se pararmos, instantaneamente, um motor elétrico, poderemos danificá-lo ou queimar seu fusível. Igualmente, as máquinas não podem ser bruscamente paradas e nem ter invertidos os seus sentidos sem a necessidade de se dar novamente a partida. Entretanto, um atuador hidráulico pode ser parado sem danos quando sobrecarregado e recomeçar a funcionar, imediatamente, assim que a carga foi reduzida. Durante a parada, a válvula de segurança desvia, simplesmente, o deslocamento do fluxo da bomba ao tanque. Proteção contra sobrecarga A válvula de segurança protege o sistema hidráulico de danos causados por sobrecarga. Quando esta carga excede o limite da válvula, processa-se o deslocamento do fluxo da bomba a tanque, com limites definidos ao torque ou à força. A válvula de segurança possibilita, também, ajustar uma máquina à força ou ao torque especificados, tal como numa operação de travamento. Dimensões reduzidas Mesmo em condições de altas velocidade e pressão, os componentes hidráulicos possibilitam transmitir um máximo de força em mínimos peso e espaço. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 15 A pressão num sistema hidráulico Objetivos • Resolver problemas de: - pressão criada no fundo de uma coluna de óleo; - pres7são positiva para alimentação da bomba. • Reconhecer as causas da cavitação e aeração; • Mostrar como é criada a pressão; • Identificar a função de uma válvula de segurança em um sistema hidráulico; • Comparar bombas quanto à sua classificação. Pressão numa coluna de fluido O peso de um óleo varia em função de sua viscosidade. Entretanto, nas condições normais de uso, o peso da maioria dos óleos hidráulicos é 0,90kg/dm3. Um fato importante relacionado ao peso de um óleo é o efeito causado pelo mesmo quando da entrada em uma bomba. O peso do óleo cria uma pressão de 0,090kg/cm2 no fundo de uma coluna de 1m de óleo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI16 Assim, para calcular a pressão no fundo de uma coluna de óleo, basta multiplicar a altura da coluna, em metros, por 0,09kg/cm2, ou essa altura, em decímetros, por 0,009kg/dm2. O peso do óleo gera pressão Aplicando esse princípio, consideremos, agora, as condições em que o reservatório está localizado: acima ou abaixo da entrada da bomba. Quando o nível do óleo está acima da entrada da bomba, uma pressão positiva força o óleo para dentro da bomba. O nível de óleo acima da entrada alimenta a bomba Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 17 Por outro lado, se o nível do óleo estiver localizado abaixo da entrada da bomba, um vácuo equivalente a 0,09kg/cm2, por metro, será necessário para levantar o óleo até a entrada da bomba. Na verdade, o óleo não é levantado pelo vácuo, mas é forçado pela pressão atmosférica no vão criado no orifício de entrada, quando a bomba está em operação. O nível de óleo abaixo da bomba requer um vácuo para que o óleo seja succionado Observação A água e os vários fluidos hidráulicos que resistem ao fogo são mais pesados do que o óleo e, portanto, requerem mais vácuo por metro de levantamento. A pressão atmosférica alimenta a bomba A bomba é normalmente alimentada pelo óleo proveniente da diferença de pressão entre o reservatório e sua entrada. Normalmente, a pressão do reservatório é a pressão atmosférica, ou seja, 1kg/cm2. É necessário então, criar um vácuo parcial ou uma pressão reduzida para que haja fluxo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI18 A figura seguinte demonstra um típico macaco hidráulico, ou seja, um simples pistão alternado. Puxando-se o pistão cria-se um vácuo parcial na câmara de bombeamento. A pressão atmosférica no reservatório empurra o óleo, enchendo o vão. Numa bomba rotativa, as câmaras sucessivas aumentam em tamanho ao passarem pela entrada, criando-se assim uma condição idêntica. Se for possível formar um vácuo completo na entrada, haverá então 1kg/cm2 de pressão para empurrar o óleo para dentro da câmara. Entretanto, a diferença de pressões deve ser bem menor. Primeiramente, os líquidos se vaporizam no vácuo total e isto provoca a formação de bolhas de ar no óleo; as bolhas atravessam a bomba, explodindo com força considerável quando expostas à pressão na saída e danificando a bomba. Mesmo que o óleo tenha boas características de vaporização, como o óleo hidráulico, por exemplo, uma pressão muito baixa na entrada (alto índice de vácuo) permitirá que escape o ar misturado ao óleo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 19 Essa mistura de ar com óleo pode causar cavitação. Quando mais rápido a bomba girar, menor será essa pressão, aumentando, assim, a possibilidade de cavitação. Cavitação É a situação em que o líquido não preenche inteiramente o espaço existente. Geralmente, a cavitação esta associada à entrada da bomba. A maioria dos fabricantes de bombas recomenda um vácuo máximo de 0,85kg/cm2 absoluto na entrada da bomba. Assim, com uma pressão de 1kg/cm2, resta uma diferença de 0,15kg/cm2 a empurrar o óleo para dentro da bomba. Evitando-se uma altura excessiva, as linhas de entrada permitem a suavidade do fluxo com o mínimo de atrito. Se as conexões de entrada não forem bem vedadas, o ar à pressão atmosférica concentra-se na área de baixa pressão e entra na bomba. Essa mistura também é inconveniente e barulhenta, mas é diferente da que provoca cavitação. O ar, quando exposto a pressão na saída, é comprimido formando um amortecedor, e não cede violentamente. Não se dissolve no óleo, mas entra nos sistemas como bolhas compressíveis, que causam operações irregulares na válvula e no atuador. AeraçãoÉ o ar existente no fluido hidráulico. A aeração excessiva faz com que o fluido tenha aparência leitosa e com que os componentes operem irregularmente devido à compressibilidade do ar retido no fluido. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI20 Como é criada a pressão A pressão resulta da resistência oferecida ao fluxo do fluido. A resistência ocorre em função de: 1. Carga de um atuador; 2. Restrição ou orifício na tubulação. A figura a seguir exemplifica uma carga sobre um atuador. O peso de 1000 quilogramas oferece resistência ao fluxo sob o pistão e cria pressão no óleo. Se o peso aumenta, o mesmo acontece com a pressão. Na figura seguinte, uma bomba em deslocamento de 101/min tem uma válvula de segurança regulada para 70kg/cm2, ligada na saída a uma simples torneira. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 21 Se esta torneira estiver totalmente aberta, o deslocamento do fluxo da bomba se processa sem restrição e não se registra pressão no manômetro. Suponhamos, agora, que o registro seja gradativamente fechado. Isto oferecerá resistência ao fluxo, causando aumento de pressão. Quando maior restrição, tanto mais pressão haverá para empurrar os 101/min através da torneira. Sem a válvula de segurança no circuito, teoricamente, não haverá limite à pressão. Na realidade, alguma coisa teria que ceder ou, então, até mesmo a bomba poderia parar e acionar o motor elétrico. Em nosso exemplo, se forem necessários 70kg/cm2 de pressão para empurrar o óleo através da abertura, a válvula de segurança se abrirá. A pressão, porém, permanecerá 70kg/cm2. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI22 Restringindo-se ainda mais o registro, passará menos óleo através do mesmo e mais na válvula de segurança, como se vê na figura seguinte. Se o registro estiver completamente fechado, toda a vazão passará pela válvula de segurança com 70kg/cm2. Pode-se concluir, pelo exemplo acima, que uma válvula de segurança ou um componente que limite a pressão sempre deve ser usado quando, nos sistemas, se utilizem bombas de deslocamento positivo. Bombas de deslocamento positivo criam o fluxo A maioria das bombas utilizadas nos sistemas hidráulicos é classificada como bombas de deslocamento positivo. Isto significa que, com exceção de variações na eficiência, o deslocamento é constante a determinada pressão. A saída é positivamente separada da entrada, de forma tal que o fluido que entra na bomba é forçado para o pórtico da saída. A função da bomba é criar o fluxo; a pressão é causada pela resistência a esse fluxo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 23 Há uma tendência comum em responsabilizar-se a bomba por qualquer perda de pressão que ocorra. Com poucas exceções, a perda de pressão só ocorre quando há vazamento total. Exemplo Uma bomba desloca 10 litros por minuto sob um pistão de 10cm2 de área para levantar um peso equivalente a 1000 quilogramas. Enquanto o peso estiver sendo levantado ou mantido pelo óleo hidráulico, a pressão será de 100kg/cm2 (1000 : 10 = 100kg/cm2). Mesmo que um furo no pistão deixe escapar 8 litros por minuto, a 100kg/cm2 a pressão será mantida constante, embora o levantamento se processe mais lentamente. A figura abaixo ilustra essa condição. A perda total da pressão no sistema só é provocada pela perda total do fluxo da bomba Assim, a bomba poderá estar desgastada, perdendo praticamente toda sua eficiência; porém, sua pressão será mantida. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI24 Essa pressão mantida não é um indicador das condições da bomba. É necessário medir-se o fluxo numa dada pressão para se determinarem as condições da bomba. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 25 Fluxo em paralelo e em série Objetivos • Distinguir seqüências de movimentos em esquemas hidráulicos; • Identificar circuito com fluxo em paralelo e circuito com fluxo em série; • Demonstrar que em fluxo em série as pressões são somadas. Fluxo em paralelo Uma característica peculiar a todos os líquidos é o fato de que eles sempre procuram os caminhos que oferecem menor resistência. Assim, quando houver duas vias de fluxo em paralelo, cada qual com resistência diferente, a pressão só aumenta o necessário e o fluxo procura sempre a via mais fácil. Fluxo em vias paralelas Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI26 Fluxo em vias paralelas Observação Da mesma forma, quando a saída da bomba for dirigida a dois atuadores, e que necessitar de menos pressão se movimentará primeiro. Como é difícil balancear cargas com exatidão, os cilindros que devem ter sincronismo de movimentos geralmente são ligados mecanicamente. Fluxo em série Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 27 Queda de pressão através de uma restrição ou orifício Objetivo • Identificar as variações do fluxo através de uma restrição ou orifício. Um orifício é uma passagem restrita em uma linha hidráulica ou em um componente, utilizado para controlar o fluxo ou criar uma diferença de pressão (queda de pressão). Para que haja fluxo de óleo através de um orifício, deverá haver uma diferença ou queda de pressão. Inversamente, se não houver fluxo, não haverá queda de pressão. Considere a condição do orifício na figura seguinte. A pressão é igual nos dois lados; assim sendo, não haverá fluxo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI28 Uma pressão maior em A força um fluxo no sentido da esquerda para a direita e o óleo passa através do orifício, como mostra a próxima ilustração. Se o fluxo for bloqueado depois do orifício, a pressão se iguala imediatamente nos dois lados da restrição, de acordo com a lei de Pascal. Observe a figura ao lado. Observação Esse princípio é essencial às operações de muitas válvulas controladoras de pressão compostas (balanceadas). Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 29 Pressão e carga de trabalho Objetivos • Demonstrar que a pressão é proporcional à carga; • Demonstrar que a força é igual ao produto da pressão pela área; • Demonstrar que a pressão é força aplicada por unidade de área. Pressão A pressão é proporcional à carga e a leitura do manômetro indica, em kg/cm2, a carga do trabalho a qualquer momento. A pressão é igual à força dividida pela área do pistão. É expressa pela fórmula: A F P = Onde: P = pressão, em kg/cm2 F = força, em kg A = área, em cm2 Observação O aumento ou decréscimo na carga resultará num aumento ou decréscimo na pressão de operação. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI30 A força é proporcional à pressão e à área Quando se utiliza um cilindro hidráulico para fechar ou prensar, a força gerada pode ser calculada por: F = P . A Como exemplo, suponhamos que uma prensa hidráulica tenha uma regulagem de 100kg/cm2 de pressão e essa pressão seja aplicada numa área de 20cm2. A força gerada de 2000kg, como se vê na figura seguinte. A força é igual ao produto de pressão pela área Computando a área do pistão Calcula-se a área de um pistão pela fórmula: A = 0,7854 . d2 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 31 Onde: A = área, em cm2 d = diâmetro do pistão, em cm Da fórmula básica A F P ==== deduzem-se: F = PA e P F A ==== Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI32 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 33 Velocidade do fluido hidráulico Objetivos • Demonstrar que a velocidade do atuador varia em função da área do pistão e do volume de fluido admitido no mesmo; • Demonstrar que a velocidade do fluxo através de um tubo varia ao quadrado do diâmetro; • Calcular o diâmetro interno do tubo usando tabelamonográfica. Atuador e encanamento O atuador pode ser linear ou rotativo (cilindro ou motor). A velocidade de ambos depende de suas dimensões e do fluxo que estão recebendo. Para relacionar o fluxo à velocidade, considera-se o volume que deve preencher o atuador para percorrer uma dada distância. A relação é a seguinte: a Vol/t V ==== Vol/t = V . a V Vol/t a ==== Onde: V = velocidade, em dm/min a = área, em dm2 Vol/t = volume/tempo, em 1min Concluímos com isso que: • A força ou torque de um atuador é diretamente proporcional à pressão e é independente do fluxo; • Sua velocidade dependerá da quantidade de fluxo, dispensando-se a pressão. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI34 Velocidade na tubulação A velocidade com que o fluido hidráulico passa pela tubulação é um fator importante e digno de consideração pelo efeito de atrito que a velocidade acarreta. Geralmente, as faixas de velocidade recomendadas são: • Linha de sucção...6 a 12dm por segundo = 0,6 a 1,2m/seg • Linha de pressão...20 a 60dm por segundo = 2 a 6m/seg Recomenda-se baixa velocidade para linha de sucção visto que pouca queda de pressão pode ser tolerada. Deve-se notar que: 1. A velocidade do fluido através de um tubo varia inversamente ao quadrado do diâmetro interno do tubo. As figuras abaixo nos mostram que dobrando o diâmetro interno de um tubo, quadruplicamos a sua área interna; assim, a velocidade será apenas 1/4 no tubo maior. Diminuindo-se o diâmetro pela metade, a metade será diminuída de 1/4, quadruplicando a velocidade do fluxo. 1. Suponhamos que este tubo tenha um diâmetro duas vezes maior que um outro tubo qualquer. 2. Para que tenhamos a mesma área do primeiro seriam necessários 4 tubos com este diâmetro. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 35 2. Normalmente, o atrito do líquido num tubo é proporcional à velocidade. Todavia, se o fluxo for turbulento o atrito variará em função do quadrado da velocidade. O atrito cria turbulência no fluido oferecendo resistência ao fluxo, resultando na queda de pressão através da linha. Procedimento para determinação das dimensões do encanamento Se forem dados o deslocamento da bomba e a velocidade do fluxo, usa-se esta fórmula para calcular a área interna do tubo: 2cm em A sendo , (m/s) velocidade 0,170 . 1/min A ==== Quando são conhecidos os dados de deslocamento e a área, a velocidade será: )(cm área 0,170 . 1/min (m/s) Velocidade 2==== A figura seguinte é uma tabela monográfica, útil para: • Selecionar o diâmetro interno se o fluxo for conhecido; • Determinar precisamente a velocidade sendo o tamanho do tubo e o fluxo conhecidos. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI36 Para usar a tabela, coloque uma régua ligando dois valores conhecidos e leia o valor procurando na terceira coluna. Baseado na fórmula: g)(metros/se Veloc. 0,170 x litros/min )cm (em Área 2 ==== Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 37 Trabalho e potência Objetivos • Enunciar os conceitos de trabalho e potência; • Demonstrar transformações de potência do sistema internacional em unidades inglesas; • Demonstrar problemas de aplicação de potência a sistemas hidráulicos. Trabalho Quando se movimenta uma força por determinada distância, efetua-se um trabalho. Trabalho = força . distância Expressamos o trabalho em quilogrâmetros (kgm). Por exemplo, se um peso de 10 quilos for levantado 10 metros, o trabalho será: 10 quilogramas x 10 metros = 100 quilogrâmetros (kgm). A fórmula acima não considera a velocidade em que o trabalho é feito. Potência O trabalho realizado por unidade de tempo chama-se potência. tempo trabalho ou tempo distância . força potência = Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI38 A unidade de padrão de potência é o cavalo-vapor (cv), que equivale a levantar 75kg a um metro de altura em um segundo. Também existe o equivalente em potência elétrica e calor. 1cv = 0,986HP 1cv = 4500kgm/min ou 75kgm/s 1cv = 736W (potência elétrica) 1cv = 41,8BTU/min = 10,52kcal/s 1HP = 33 0001b - pé por minuto 1HP = 746W 1HP = 42, 4BTU/min A potência necessária para movimentar 11/min a uma pressão de 1kg/cm2 é equivalente a 0,0022cv. Portanto: cv = vazão (1/min) . pressão (kg/cm2) . 0,0022 Todavia, a potência requerida para girar a bomba deverá ser um pouco maior, desde que os sistema não tenha 100% de eficiência. Na pratica usa-se a seguinte fórmula: 426 2kg/cm . 1/min cv = Para o sistema inglês, a equivalência é expressa pela seguinte fórmula: HP = 0,0007GPM . PSI Onde: HP = cavalo-força GPM = galões por minuto PSI = libras por polegadas quadrada Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 39 Potência e torque Se for necessário converter cv em torque ou vice-versa, em qualquer equipamento rotativo, sem computar pressão e fluxo, teremos: rpm cv . 725 torque = ou 725 rpm . torque cv = O torque nesta fórmula será dado em kgm. Também Inglês. Sistema no 025 63 rpm . (1b/pol) torque HP = Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI40 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 41 Símbolos gráficos e diagramas de hidráulica Objetivos • Classificar símbolos hidráulicos; • Classificar diagramas e conhecer seus empregos. Símbolos gráficos de hidráulica Os circuitos hidráulicos e seus componentes são representados de diferentes maneiras. Dependendo do que a figura deve comunicar, pode ser um desenho representando o próprio componente, um corte mostrando a construção interna, um desenho gráfico que demonstra a função ou a combinação de quaisquer dos três. Os símbolos gráficos são simples figuras geométricas, sem intenção de mostrar a forma de construção interna do componente, mas somente sua função no circuito. Digramas representativos Um diagrama representativo é usado, principalmente, para mostrar a disposição do encanamento de um circuito. Os símbolos são desenhos dos contornos que mostram a forma externa efetiva dos componentes e encanamento até as várias aberturas das unidades. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI42 Os diagramas representativos têm pouco valor para instrução ou para a solução de problemas, pois não mostram a construção interna ou função dos componentes. Diagrama representativo Diagramas em corte Os diagramas em corte contêm muitas informações sobre a operação de um circuito e sobre a construção e operação de seus componentes. Esses diagramas são ideais para instrução e são largamente usados para esse fim. Devido ao tempo e ao custo envolvidos, raramente são feitos para outras finalidades. Freqüentemente, fazem-se múltiplos diagramas em corte, cada um mostrando uma fase diferente da operação do circuito. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 43 Códigos de cores ou desenhos são usados nas linhas, para demonstrar a função do fluido durante a fase de operação que esta sendo representada. Diagrama em corte Diagrama combinado Diagrama gráfico Linhas Canos hidráulicos, tubos e passagens de líquido são demonstrados como linha individual, conforme se vê na figura seguinte. Há três classificações básicas: • Uma linha de trabalho (sólida) transporta o fluxo principal no sistema. Para efeitos gráficos, isso inclui a linha de entrada da bomba (sucção), linhas de expressão e linhas de retorno ao tanque. • A linha piloto (tracejado comprido) transporta o fluido usado para controlar a operação de uma válvula ou um outro componente. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI44 • A linha de dreno (tracejado curto) transporta o vazamento de óleo para o reservatório. Três classificações delinhas hidráulicas Componentes rotativos Um círculo é o símbolo básico para os componentes rotativos. Triângulos (cheios) de energia são colocados dentro dos símbolos para demonstrá-los como fontes de energia (bombas) ou então como receptores de energia (motores). Se o componente for unidirecional, o símbolo conterá um único triângulo. Uma bomba ou motor reversível é desenhado com dois triângulos. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 45 Observe a aplicação dos símbolos nos desenhos seguintes. Um círculo com um triângulo cheio (de energia) simboliza uma bomba ou um motor hidráulico Cilindros Um retângulo com indicações de pistão, haste e pórticos representa um cilindro, como se vê na figura seguinte. Um cilindro de simples efeito é demonstrado aberto no lado da haste com apenas um pórtico no lado da cabeça. Um cilindro de duplo efeito aparece fechado com dois pórticos. Cilindro de simples ação Cilindro de dupla ação Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI46 Válvulas O símbolo básico de uma válvula é um quadrado ou invólucro. Para indicar passagens e direções de fluxo são adicionadas setas a esse símbolo. • As válvulas de posicionamento indefinido, tais como as válvulas de segurança, têm um único quadrado. Presume-se que estas têm várias posições entre totalmente aberta e totalmente fechada, dependendo do volume de líquido que as atravessa. Válvula de segurança (infinitas posições) • As válvulas de posicionamento definido são as válvulas direcionais. Seus símbolos contêm um quadrado individual para cada posição em que a válvula pode ser movida. Válvula direcional (posições definidas) Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 47 Símbolo para o reservatório O reservatório, de modo geral, é representado por um retângulo. Um reservatório exposto à pressão atmosférica é representado por um retângulo aberto na parte superior, enquanto para um reservatório pressurizado a representação é de um retângulo fechado. Por conveniência, vários desses símbolos podem ser desenhados num circuito, apesar de haver apenas um reservatório. As linhas de ligação são desenhadas até o fundo do símbolo quando estas terminam abaixo do nível do fluido no tanque. Se uma linha termina acima do nível do fluido, desenha-se esta acima do símbolo. Diagrama gráfico de um circuito com motor hidráulico bidirecional Conclusão A figura anterior mostra um diagrama gráfico completo de um circuito hidráulico. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI48 Nota-se que não há tentativa de demonstrar o tamanho, a forma, a localização ou construção de qualquer componente. O diagrama mostra a função e as conexões, sendo, assim, suficiente para o trabalho. Simbologia 1. Linhas e suas funções Linha de pressão Linha piloto Linha de dreno Linha de contorno. Delimita um conjunto de funções em um único corpo Conector Linha flexível União de linhas Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 49 Linhas cruzadas não conectadas Direção do fluxo Reservatório aberto à atmosfera Linha terminando abaixo do nível do fluido Linha terminando acima do nível de fluido Linha sob carga Plugue ou conexão bloqueada Restrição fixa Restrição variável Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI50 2. Bombas Bomba simples, deslocamento fixo Bomba simples, deslocamento variável Bomba reversível com dois sentidos de fluxo 3. Motores Motor rotativo, deslocamento fixo Motor rotativo, deslocamento variável Motor reversível, dois sentidos de fluxo Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 51 Motor oscilante Cilindro de simples ação com retração por mola Cilindro com ação simples com avanço por mola Cilindro de dupla ação Cilindro com haste dupla Cilindro com dois amotercedores fixos Cilindro com dois amotercedores reguláveis Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI52 Cilindro telescópico 4. Outros Eixo com rotação em um único sentido Eixo com rotação nos dois sentidos (reversível) Manômetro Termômetro Rotâmetro (medidor de fluxo) Motor elétrico Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 53 Acumulador por peso Acumulador por mola Acumulador por gás (genérico) Acumulador por gás com bexiga Acumulador por gás com membrana Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI54 Acumulador por gás com pistão Filtro Aquecedor na linha Regulador de temperatura sem representação das linhas de fluxo do meio refrigerante Regulador de temperatura (as setas indicam que o calor pode ser introduzido ou dissipado) Intensificador de pressão Pressostato Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 55 5. Válvulas - símbolos básicos Válvula de retenção sem mola Válvula de retenção com mola Válvula de retenção pilotada para abrir Válvula de retenção pilotada para fechar Válvula de retenção dupla ou geminada Válvula agulha Componente básico de válvula Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI56 Válvula de passagem única, normalmente fechada Válvula de passagem única, normalmente aberta Duas conexões bloqueadas Duas direções de fluxo Duas direções de fluxo interligadas Uma direção de fluxo em tandem e dois bloqueios Quatro conexões bloqueadas Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 57 Passagem de fluxo bloqueada na posição central Símbolo para válvula de múltiplas vias (as setas mostram a direção do fluxo) 6. Válvulas - exemplos Válvula direcional, duas posições, duas vias Válvula direcional, três posições, quatro vias (centro aberto) Válvula de posicionamento infinito (indicado por barras horizontais de centro fechado) Válvula desaceleradora normalmente aberta Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI58 Válvula de segurança Válvula de descarga com dreno interno controlada remotamente Válvula de sequência atuada diretamente e drenada externamente Válvula redutora de pressão Válvula de contrabalanço com retenção integral Válvula controladora de fluxo de compensação de pressão e temperatura com retenção integral Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 59 Válvula seletora de manômetro simples Válvula seletora de manômetro com manômetro incorporado Válvula de controle direcional de quatro conexões quatro vias e duas posições. Operada por pressão através de uma válvula direcional piloto, comandada por selenóide, com retorno de mola Válvula de controle direcional de quatro conexões, quatro vias e três posições. Operada por pressão através de uma válvula direcional piloto, comandada por selenóide com centragem por molas Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI60 7. Acionamentos Por ação muscular (símbolo básico, sem indicação de modo de operação) Botão Alavanca Pedal Apalpador ou came Mola Rolete Rolete articulado ou gatilho (operando em um único sentido) Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 61 Solenóide com uma bobina Solenóide com uma bobina operando proporcionalmente Piloto direto Piloto indireto Solenóide e piloto Solenóide ou piloto Solenóide e piloto ou mecânico Acionamento por áreas de atuações diferentes (o retângulo maior representa a área de atuação maior) Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI62 Conversor hidropneumático O código de cores usado nos desenhos de componentes e nas linhas hidráulicas é o seguinte: Vermelho - pressão do sistema ou operação Verde - sucção ou dreno Azul - fluxo em descarga ou retorno Amarelo - fluxo controlado Laranja - pressãoreduzida, pressão piloto ou pressão de carga Violeta - pressão intensificada Branco - fluido inativo Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 63 Guia para localização de defeitos Objetivo • Identificar defeitos em circuitos hidráulicos (sistema geral). Manutenção planificada Três procedimentos simples melhoram o funcionamento, eficiência e vida de um sistema hidráulico e, pela simplicidade, muitas vezes passam despercebidos. São eles: a) Trocar filtros; b) Manter o óleo, do tipo e viscosidade apropriada, limpo e no nível certo; c) Manter sempre apertadas as conexões (porém, não exageradamente) a fim de impedir entradas falsas de ar no sistema. Organogramas para localização de defeitos Os organogramas seguintes, para localização de defeitos e sugestões para manutenção, são de um sistema geral. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI64 Barulho excessivo A B C Bomba barulhenta Motor barulhento Válvula barulhenta 1. Cavitação 1. Acoplamento 1. Ajuste incorreto Solução: a não-alinhado Solução: d Solução: c 2. Ar no fluido 2. Pistão ou assento Solução: b 2. Motor desgastado ou desgastado danificado Solução: e Solução: e 3. Acoplamento Não alinhado 4. Solução: c 4. Bomba desgastada ou danificada Solução: e Soluções a. Algumas ou todas as soluções seguintes: • Substituir filtros sujos; • Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba; • Limpar o filtro do respiro do reservatório; • Trocar o óleo; • Verificar a rotação do motor; • Revisar ou trocar a bomba de superalimentação. b. Alguma ou todas as soluções seguintes: • Apertar as conexões; • Encher o reservatório no nível certo (com raras exceções, todas as linhas de descarga devem ser mergulhadas no óleo); • Sangrar o ar do sistema; • Substituir o retentor da bomba. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 65 c. Alinhar a unidade e verificar a condição dos retentores e rolamentos. d. Instalar manômetro e regular a pressão correta. e. Revisar ou substituir. Calor excessivo A B C D Bomba quente Motor quente Válvula Relief Fluido quente 1. Fluido 1. Fluido 1. Fluido 1. Presão quente quente quente quente Veja coluna D Veja coluna D Veja coluna D Veja coluna D 2. Cavitação 2. Válvula 2. Regulagem 2. Válvulas: Solução: a Relief: incorreta descarga a descarga a Solução: d pressão 3. Ar no pressão excessiva fluido excessiva 3. Válvula ruim Solução: d Solução: b Solução: d ou desgastada Solução: e 3. Fluido sujo 4. Válvula 3. Carga ou insuficiente Relief: excessiva Solução: f descarga a Solução: c pressão 4. Viscosidade excessiva 4. Motor ruim incorreta Solução: d ou desgastado Solução: f Solução: e 5. Carga 5. Sistema de excessiva resfriamento Solução: c incorreto Solução: e 6. Bomba ruim ou desgastada 6. Bomba, motor, Solução: e cilindro, Válvula, etc., desgastados Solução: e Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI66 Soluções a. Alguma ou todas as soluções seguintes: • Substituir filtros sujos; • Limpar e desentupir o encanamento na entrada da bomba; • Trocar o óleo; • Verificar a rotação do motor; • Revisar e substituir a bomba de superalimentação. b. Alguma ou todas as soluções seguintes: • Apertar conexões com vazamento; • Completar, ao nível certo, o óleo no reservatório; • Sangrar o ar do sistema; • Trocar o retentor da bomba. c. Alinhar a unidade e verificar a condição dos retentores e rolamento; Localizar e corrigir qualquer engripamento mecânico; Verificar com desenho se existe sobrecarga. d. Regular com manômetro a pressão correta do trabalho. e. Revisar ou substituir. f. Substituir filtros e o óleo se a sua viscosidade não for adequada; Encher o reservatório ao nível correto. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 67 Fluido incorreto A B C Pouco fluxo Sem fluxo Fluxo excessivo 1. Controle de fluxo 1. Bomba não recebe 1. Controle de fluxo muito baixo fluido muito alto Solução: d Solução: a Solução: d 2. Válvula Relief 2. Motor não funciona 2. Compensador não ou descarga com Solução: e opera (bombas ajuste baixo variáveis) Solução: d 3. Acoplamento de Solução: e bomba estragado 3. Vazamento externo Solução: c no sistema Solução: b 4. Motor girando ao contrário 4. Compensador não Solução: g opera (bombas variáveis) 5. Válvula direcional Solução: e ligada errada Solução: f 5. Bomba, válvula, motor, cilindro 6. Fluxo total ou outro descarregando na componente gasto válvula Relief Solução: e Solução: d 7. Bomba danificada Solução: c Soluções a. Alguma ou todas as soluções seguintes: • Substituir filtros sujos; • Limpar ou desentupir o encanamento da entrada; • Limpar o respiro do reservatório; • Verificar o nível do óleo; • Revisar ou substituir a bomba de alimentação. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI68 b. Apertar as conexões que vazam; sangrar o as do sistema. c. Verificar a bomba ou motor; Substituir e alinhar o acoplamento. d. Ajustar. e. Revisar. f. Verificar a posição de controles manuais; Verificar o circuito elétrico nos controles operados por solenóides. g. Inverter o sentido de rotação. Pressão incorreta A B C D Sem pressão Baixa pressão Pressão Pressão irregular irregular 1 Sem fluxo 1. Pressão na Veja 3 válvula 1. Ar no fluido 1. Válvula Coluna A Relief Solução: b redutora escapando de pressão Solução: 2. Válvula ou de Veja 3 Relief descarga Coluna A-B gasta mal ajustada Solução: e Solução: d 2. Válvula redutora 3. Fluido 2. Compensador de pressão contaminado não opera ajustada Solução: a (bomba para menos variável) Solução: d 4. Acumulador Solução: d defeituoso 3. Vazamento ou perda 3. Válvula externo de carga redutora excessivo Solução: c de descarga Solução: b gasta ou 5. Bomba gasta, danificada 4. Válvula motor ou Solução: e redutora cilindro de pressão Solução: e gasta ou danificada Solução: e Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 69 Soluções a. Substituir os filtros sujos e o fluido. b. Apertar as conexões com vazamento (completar o reservatório ao nível correto e sangrar o ar do sistema). c. Verificar a válvula do acumulador para possível vazamento; Carregá-lo à pressão correta e revisá-lo se estiver defeituoso. d. Ajustar. e. Revisar ou substituir. Operação defeituosa A B C D Sem movimento Movimento lento Movimento Velocidade ou irregular movimento 1. Sem fluxo 1. Pouco fluxo ou pressão Solução: veja 3 1. Pressão 1. Fluxo Solução: veja 3 irregular excessivo 2. Fluido muito Solução: veja 4 Solução: veja 3 2. Chave limite viscoso ou válvula Solução: a 2. Ar no fluido de seqüência Solução: veja 1 mecânica. 3. Pressão elétrica ou insuficiente 3. Sem hidráulica Solução: veja 4 lubrificação sem operar nas peças ou mal 4. Sem móveis ajustadas lubrificação Solução: d Solução: c nas peças móveis 4. Cilindro ou 3. Engripamento Solução: d motor gasto mecânico ou danificado Solução: b 5. Cilindro ou Solução: c motor gasto 4. Cilindro ou ou danificado motor gasto Solução: c ou danificado Solução: c Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI70 Soluções a. O fluido pode estar muito frio ou, então, deve ser substituído por óleo com viscosidade correta. b. Localizar e corrigir o engripamento. c. Revisar ou substituir. d. Lubrificar. Vazamento O vazamento de óleo do sistema hidráulico geralmente é classificado como interno ou externo. O vazamento interno é caracterizado pela redução da eficiência no sistema hidráulico e poderá resultar em outras dificuldades, mas não resulta na perda efetiva de óleo. O vazamentoexterno, entretanto, resulta numa perda direta de óleo e poderá resultar igualmente em outros efeitos indesejáveis. Vazamento interno Embora qualquer espécie de vazamento resulte em perda de eficiência, um vazamento interno deve ser incluído nos componentes do sistema hidráulico para proporcionar a lubrificação das bobinas e válvulas, pistões e outras peças imóveis. O óleo não é perdido com este tipo de vazamento, pois retorna ao reservatório através das linhas de retorno ou drenos proporcionais especiais para esse fim. O vazamento interno excessivo tende a atrasar o funcionamento do sistema e causa desperdício de potência com a geração de calor. Em alguns casos, pode contribuir para o arrastamento, ou inclinação, dos cilindros em operação e reduzir a eficácia do controle de vazão. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 71 O vazamento interno aumenta com o uso normal. É acelerado com o uso de óleo que tenha baixa viscosidade (ou índice de viscosidade), pois esse óleo tende a afinar-se mais facilmente com as pressões de operação e a tornar-se excessivo a pressões além dos limites recomendados. Vazamento externo Além de representar um problema de ordem doméstica, o vazamento externo de óleo é arriscado, caro e pouco estético. Infelizmente, todo óleo que falta e é acrescentado a um sistema é considerado, freqüentemente, resultado de um vazamento. A substituição do óleo é muitas vezes necessária não devido a vazamento, mas sim ao manejo descuidado do sistema. O óleo drenado para permitir reparos ou substituição de linhas é conservado. Naturalmente, deve ser recolhido e guardado em recipientes limpos para evitar contaminação. Vazamentos em junções de canos, conexões e tubos e outras fontes externas podem indicar procedimentos incorretos de manutenção. Em muitos casos, o vazamento começa com choques e vibrações dentro do sistema e deve ser corrigido, eliminado-se a causa. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI72 Linhas com suportes adequados podem melhorar essas condições. O uso de válvulas montadas em gaxetas e conexões com roscas retas também poderão ser úteis. Ao contrário da opinião geral, vazamento de componentes compreende apenas parte do problema total. O cuidado na montagem, o uso de gaxetas e de vedadores novos na época da revisão podem tornar mínimo o vazamento do componente. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 73 Fluidos hidráulicos Objetivos • Enumerar as funções do fluido hidráulico; • Conceituar fluido hidráulico. Generalidades A seleção e o cuidado na escolha do fluido hidráulico para uma máquina terão efeito importante no desempenho dessa máquina e na vida dos componentes hidráulicos. A formulação e aplicação dos fluidos hidráulicos é, por si mesma, uma ciência cujo estudo ultrapassa a finalidade desta unidade. Aqui, encontramos os fatores básicos envolvidos na escolha de um fluido e sua própria utilidade. Um fluido é definido como qualquer líquido ou gás. Entretanto, o termo fluido, no uso geral em hidráulica, refere-se ao líquido utilizado como meio de transmitir energia. Nesta unidade, fluido significará o fluido hidráulico, seja um óleo de petróleo especialmente composto ou um fluido especial, a prova de fogo, que pode ser um composto sintético. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI74 As funções do fluido O fluido hidráulico tem quatro funções primárias: • Transmitir energia; • Lubrificar peças móveis; • Vedar folgas entre essas peças; • Resfriar ou dissipar o calor. Observe, nas figuras seguintes, essas funções. Transmissão de energia hidráulica Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 75 O fluido lubrifica as partes móveis A circulação resfria o sistema Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI76 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 77 Principais fluidos hidráulicos: escolha e características Objetivos • Enunciar os principais fluidos hidráulicos; • Enunciar os requisitos básicos de um fluido hidráulico; • Conceituar viscosidade. Fluidos hidráulicos Os principais fluidos hidráulicos são: • Água; • Óleos minerais; • Fluidos sintéticos; • Fluidos resistentes ao fogo: - emulsões de glicol em água; - soluções de glicol em água; - fluidos sintéticos não-aquosos. Água É empregada principalmente em velhos e pesados sistemas, como pontes levadiças, comportas, etc. A água é encontrada em abundância na natureza e é o mais barato dos fluidos conhecidos. Praticamente não apresenta variação de viscosidade com a temperatura, é quimicamente compatível com quase todos os materiais de retentores e tem a vantagem de quase não sofrer aumento de temperatura em operação, graças ao seu poder refrigerante. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI78 Entretanto, seu emprego como meio hidráulico é restrito, devido às desvantagens que apresenta, tais como: provocar a corrosão, possuir propriedades lubrificantes insignificantes e só poder ser empregada em uma faixa de temperatura relativamente pequena. Óleo mineral É o fluido hidráulico mais usado e, afora a água, o mais barato, sendo compatível com a maioria dos materiais encontrado nos sistemas. Suas propriedades lubrificantes são bastante conhecidas e a faixa de temperatura para sua utilização é ampla. Apresenta, também, compressibilidade superior à da água. Fluidos sintéticos São compostos químicos que podem trabalhar acima dos limites dos óleos minerais. São eles: éteres complexos, silicatos, silicones e aromáticos de alto peso molecular (polifenilas e éteres de fenila). São fluidos de custo elevado, devido aos problemas de fabricação, e, dentro de certos limites, satisfazem plenamente a todas necessidades dos sistemas hidráulicos. Ao contrário dos óleos minerais, os fluidos sintéticos podem não ser compatíveis com alguns componentes dos sistemas. Por essa razão, é preciso cuidado na escolha do fluido sintético a ser usado. Fluidos resistentes ao fogo Muitos compostos químicos se enquadram nessa categoria. Porém, são mais comumente utilizados emulsões de óleo em água, soluções de glicol em água e fluidos não-aquosos. As emulsões de óleo em água são usadas algumas vezes em sistema hidráulicos normais, enquanto os outros são empregados em casos específicos. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 79 Escolha do fluido hidráulico Na seleção do fluido hidráulico, deve-se verificar, inicialmente, as condições a que o mesmo será submetido e o tipo de sistema em que será usado. Os registros básicos para a utilização de um fluido como meio hidráulico são que ele seja virtualmente incompreensível e suficientemente fluido, de modo a permitir uma eficiente transmissão de energia. Além disso, é também essencial que tenha boas propriedades lubrificantes. Completando essas funções, podem ser exigidas outras qualidades de um fluido hidráulico, tais como: • Prevenir a formação de ferrugem; • Prevenir a formação de lodo, goma e verniz; • Diminuir a formação de espuma; • Manter sua estabilidade e reduzir o custo de substituição; • Manter um índice de viscosidade relativamente estável, numa faixa larga de variações de temperatura; • Prevenir contra a corrosão e erosão; • Separar-se da água; • Ser compatível com vedadores e gaxetas. Freqüentemente, são incorporados aditivos aos fluidos para melhorar as características acima citadas. Também costuma-se empregar aditivos para prevenir o desgaste dos componentes mecânicos do sistema. Uso de aditivos Os aditivos comerciais adicionados aos fluidos hidráulicos dão a esses fluidos propriedades desejáveis como: índice de viscosidade, fluidez, resistência à oxidação, etc. Entretanto, os fabricantes chamam a atenção alertando que os aditivosa serem incorporados ao óleo, para torná-lo adequado a um sistema hidráulico, devem ser compatíveis entre si bem como com o óleo utilizado. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI80 A compatibilidade deve ser determinada pelo fabricante do fluido, que indicará os aditivos adequados a serem utilizados, salvo se houver condições de se determinar essa compatibilidade através de análises de laboratório. Viscosidade A característica mais importante a ser observada na escolha de um fluido hidráulico é a viscosidade. A bomba é o coração do sistema hidráulico e sua eficiência depende, essencialmente, da viscosidade do fluido bombeado, que deve estar dentro dos limites especificados pelo fabricante da bomba. De modo geral, são aceitáveis as seguintes faixas de viscosidade: • Bomba de palhetas ................. de 100 a 300SUS a 100oF; • Bomba de engrenagens .......... de 300 a 500SUS a 100oF; • Bomba de pistão ..................... de 250 a 900SUS a 100oF. Observação 100oF = 37,5oC. Viscosidade é a medida de resistência do fluido ao se escoar, ou seja, é uma medida inversa à de fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa e pode-se dizer que o fluido é fino ou lhe falta corpo. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade. Neste caso, diz-se que é grosso ou tem bastante corpo. Determinação da viscosidade Alguns métodos para se determinar a viscosidade, em ordem decrescente de precisão, são: • Viscosidade absoluta - Poise; • Viscosidade cinemática - Centistokes; • Viscosidade relativa - SUS e SAE. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 81 A viscosidade dos fluidos hidráulicos normalmente é dada em SUS ou SAE. Viscosidade SUS Para efeito prático, na maioria dos casos, conhecer a viscosidade relativa já é suficiente. Determina-se a viscosidade relativa cronometrando-se o escoamento de uma dada quantidade de fluido, através de um orifício, a uma determinada temperatura. Há varios métodos em uso, mas o mais aceito ainda é o do viscosímetro de Saybolt, apresentado na figura seguinte, em que a viscosidade é medida em Saybolt Universal Seconds (SUS) e é igual ao tempo gasto, em segundos, para o fluido escoar-se. A viscosidade Saybolt mede a viscosidade relativa Como o óleo é mais espesso a baixa temperatura e se torna mais fino quando aquecido, a viscosidade deve ser representada em tantos SUS a uma dada temperatura. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI82 Geralmente, os testes são feitos a 100oF (37,5oC) e 210oF (100oC). Número SAE Os números SAE foram estabelecidos pela Sociedade do Engenheiros das Indústrias Automobilísticas Americanas para especificar as faixas de viscosidade SUS de óleos nas temperaturas de testes SAE. Os números para óleos de inverno (5W, 10W, 20W) são determinados pelos testes a 0oF (-17oC). Os números para óleos de verão (20, 30, 40, 50, etc) designam a faixa SUS a 210oF (100o). Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 83 Índice de viscosidade: controle de uso de óleos hidráulicos Objetivos • Enunciar o conceito de índice de viscosidade; • Enunciar as condições de controle de uso: - contaminação; - oxidação. Viscosidade e temperatura O índice de viscosidade (IV) é uma medida relativa da mudança de viscosidade de um fluido com relação às variações de temperatura. Um fluido que tem viscosidade relativamente estável, a temperaturas extremas, tem um alto índice de viscosidade. Um fluido que é espesso, quando frio, e fino, quando quente, tem um baixo índice de viscosidade. O gráfico da página seguinte compara um fluido de 50ΙV e um de 90ΙV. Observe essas viscosidades efetivas em 3 temperaturas: IV (-17oC) 0oF (37oC) 100oF (100oC) 210o 50 90 12 000SUS 8 000SUS 150SUS 150SUS 41SUS 43SUS Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI84 Note que o óleo de 90IV é mais fino a 17oC e mais espesso a 100oC, porém ambos têm a mesma viscosidade a 37oC. Índice de viscosidade é a medida relativa da mudança de viscosidade com a variação de temperatura Controle de uso de óleos hidráulicos A vida de um óleo em serviço é normalmente determinada por: • Quantidade de contaminantes; • Oxidação. As substâncias contaminantes que podem estar presentes no sistema são: poeira, fragmentos de desgaste, ferrugem, limalhas que eventualmente tenham penetrado no sistema, etc. Não há limites definidos para controle, porém bastam somente 0,02% em peso para contribuir e acelerar o desgaste. Por essa razão, o sistema deve possuir uma filtragem perfeita. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 85 A oxidação causa aumento da viscosidade e do número de neutralização. Se o óleo trabalhar em condições normais, o processo será lento, garantindo-lhe uma longa vida. Todavia, se houver pontos excessivamente quentes no sistema, com presença de ar, umidade e substâncias catalisadoras, essa vida pode ser abreviada violentamente, culminando com a formação de borra e vernizes. Portanto, caso a viscosidade e o número de neutralização aumentem rapidamente, é necessário verifica-se a razão do mau funcionamento do sistema. De maneira geral, o óleo deve ser trocado em períodos de seis meses a dois anos. Quando a quantidade de óleo no sistema justificar, deve-se analisar sua acidez e viscosidade e a presença de água e contaminantes no sistema. Contudo, o óleo deve ser trocado, no máximo, a cada dois anos, mesmo que suas características estejam dentro dos limites permissíveis, pois, com o tempo, pode ocorrer a redução dos teores dos aditivos. Na ocasião da troca de óleo, é aconselhável a lavagem do sistema com um flushing oil, pois constatou-se, na prática, que um resíduo de 10% do óleo usado pode reduzir em 75% a vida do óleo novo. Recomenda-se a fazer essa lavagem a 100oF, passando o óleo por um filtro externo até a limpeza total. Após a lavagem com o flushing oil, deve-se circular, inicialmente, uma quantidade mínima de óleo hidráulico, para depois completar-se o nível. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI86 Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 87 Tubulações Objetivos • Reconhecer os tipos principais de condutores; • Identificar o uso correto de condutores nas instalações hidráulicas de acordo com: - vibração; - pressão; - temperatura; • Preparar tubos e conexões para instalações hidráulicas. Condutores Condutor é um termo geral que engloba os vários tipos de tubos e conexões que transportam o fluido hidráulico entre os componentes. Nos sistemas hidráulicos existem três tipos principais de condutores: • Tubos de aço roscados (canos); • Tubos de aços flangeados ou com anel; • Tubos f0lexíveis ou mangueiras. A seleção dos tubos para as rede condutoras, assim como a sua instalação, é de importância primordial em circuitos hidráulicos. Por isso deve-se levar em conta o seguinte: • Tubulação estreita provocará cavitação da bomba, perda de eficiência e superaquecimento do circuito inteiro. • Paredes demasiadamente finas estão sujeitas a quebras constantes. Paredes grossas demais provocarão um acréscimo inútil no peso e no preço da instalação. • Tubos rígidos em instalações com máquinas que vibram estão sujeitos a trincas. • As mangueiras absorvem vibrações e oferecem facilidade de acompanhar os movimentos, mas devem ser devidamente protegidas. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI88 Presentemente, o tubo roscado é mais barato. Entretanto, os tubos flangeados e as mangueiras são mais convenientes para se conectarem, bem como facilitam a manutenção corretiva. Objetivando baratear o custo da tubulação, os tubos de plástico vêm sendo gradativamente aplicados. As linhas hidráulicas são compostas, na grande maioria, de tubosde precisão, sem costura e estirados a frio. Observe a figura abaixo. Seu material é de alta qualidade: usam-se aços de recozimento brilhante em gás de proteção, isentos de carepa, sendo ainda de favorável deformação a frio. Para efetuar-se o seu arqueamento, deve-se utilizar dispositivos apropriados de dobragem. Todos os tubos dobrados a quente ou soldados devem, incondicionalmente, ser submetidos a uma decapagem posterior. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 89 Mangueiras As linhas de comunicação por mangueira são usadas quando a instalação da tubulação apresenta dificuldades quanto ao espaço de montagem. Linhas de mangueiras são usadas também como meio auxiliar no amortecimento de oscilações de pressão e ruídos num sistema. Ao se instalar uma rede de tubulação, é fundamental que se respeite as seções transversais requeridas e as pressões máximas previstas, a fim de garantir a segurança de regime e a longevidade da rede. Isso implica na escolha correta da tubulação, devendo corresponder aos valores calculados no projeto da instalação. Considerações materiais Sem considerar-se o custo, é preferível usar tubos flangeados em vez de roscados devido a uma melhor vedação, além da conveniência de serem aproveitáveis e de manutenção mais rápida. Mangueiras flexíveis não precisam ser limitadas às aplicações móveis. Podem ser convenientemente usadas em linhas curtas e têm capacidade de amortecer choques. As conexões hidráulicas devem ser de aço, com exceção das linhas de sucção, linhas de retorno e de dreno, onde o ferro maleável pode ser usado. Tubos e conexões galvanizados devem ser evitados porque o zinco pode reagir com certos aditivos de óleo. Tubulações de cobre também devem ser evitadas porque as vibrações do sistema hidráulico podem temperar o cobre, rachando-o nas juntas. Além disso, o cobre diminui a vida do óleo. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI90 Funções das linhas hidráulicas Há numerosas considerações especiais relativas às funções das linhas ou tubulações, como: • O pórtico da entrada da bomba é, normalmente, maior que o da saída para acomodar uma linha de bitola maior. Será de boa prática manter esta bitola na linha inteira de sucção e tão curta quanto for possível. As curvas devem ser evitadas e a quantidade de conexões deve ser mantida no mínimo. • Como há sempre um vácuo na entrada de uma bomba, as conexões na linha de entrada têm que ser apertadas de modo a não permitir a entrada de ar no sistema. • Nas linhas de retorno, as restrições são responsáveis pela contrapressão, resultando energia desperdiçada. Deve-se usar bitolas adequadas para assegurar velocidade baixa. Aqui também deve-se evitar curvas e muitas conexões. • Linhas de retorno soltas também podem admitir ar no sistema pela aspiração. Essas linhas têm que ser apertadas e devem terminar abaixo do nível do óleo para que não haja aeração e turbulência. • As linhas entre os atuadores e válvulas de controle de fluxo devem ser curtas e rígidas para um controle de fluxo preciso. Instalação de mangueira A mangueira deve ser instalada de modo que não se torça durante a operação da máquina. Deve-se permitir uma folga para o movimento livre e para a absorção dos picos de pressão. Mangueiras muito longas e com possibilidades de sofrer torções devem ser evitadas. Pode tornar-se necessário usar braçadeiras para evitar que a mangueira se enrosque ou se embarace com peças móveis. Mangueira sujeita a atritos com qualquer outra peça deve ser protegida. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 91 Preparação de tubos e conexões antes da instalação de um sistema hidráulico Ao se instalarem os diversos tipos de tubos e conexões em um sistema hidráulico, é absolutamente necessário que estes estejam limpos, livres de escamas e de outros materiais estranhos. Para alcançar esse objetivo, algumas regras básicas devem ser obedecidas, pois um sistema contaminado é fonte certa de inúmeros problemas. Assim, deve-se observar: • Após o corte, as bordas dos tubos devem ser escareadas, para se eliminarem as rebarbas. • As peças devem ser, então, decapadas numa solução adequada até a remoção total de carepas e ferrugem. Processo de decapagem A preparação para a decapagem exige um desengraxamento em tricloretileno ou outro desengraxante comercial. • Mergulhe inteiramente as peças na solução desengraxante. • Tanque no 1 Prepare a solução antioxidante de modo a não ultrapassar a temperatura recomendada pelo fabricante, pois pode haver evaporação do inibidor de corrosão e a solução se tornar ácida. O tempo que as peças devem permanecer imersas dependerá da temperatura da solução e da profundidade da ferrugem removida. • Tanque no 2 A solução neste tanque é composta de um neutralizante e água, na proporção recomendada pelo fabricante. Após a decapagem, enxágüe as peça em água corrente fria e mergulhe-as no tanque no 2. A temperatura da solução e o tempo de permanência das peças no tanque devem obedecer às recomendações do fabricante. • Enxágüe as peças em água quente. • Este tanque contém um composto antioxidante de proteção. Normalmente, as peças que estão sendo tratadas devem ser deixadas a secar envolvidas pela solução. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI92 Se as peças forem estocadas por um período de tempo, as extremidades dos tubos devem ser tampadas para evitar-se a entrada de material estranho. Não tampe as extremidades dos tubos com trapo ou estopa pois os mesmos poderiam soltar fiapos no interior da tubulação. Preparação para montagem da tubulação • Antes de serem usados, os tubos e conexões devem ser lavados com uma solução desengraxante recomendável. • Para instalações que requeiram conexões flangeadas, os tubos não devem ser soldados após a montagem pois torna-se impossível fazer-se uma limpeza adequada no sistema. Os tubos devem ser dobrados e ajustados com precisão para evitar-se forçá-los no momento da montagem. • Quando se usam conexões flangeadas, deve-se ter o cuidado de montar os flanges em esquadro com as faces de montagem e prendê-los com parafusos de comprimentos adequados. Os parafusos e pinos devem ser apertados de modo uniforme, evitando-se distorções. • Deve-se sempre estar seguro de que todas as aberturas do sistema hidráulico estejam protegidas, a fim de impedir a entrada de sujeira, cavacos de metal, etc., quando houver trabalhos de usinagem, solda e rosqueamento perto da unidade. • Usando conexões roscadas, o sistema deve ser inspecionado para evitar-se que as rebarbas das roscas contaminem o sistema. • Antes de introduzir o óleo no reservatório, certifique-se de que seja o óleo especificado e esteja limpo. Não use filtros de tecidos e óleos estocados em recipientes contaminados. • Use uma peneira de malha 120 ao colocar o óleo no reservatório. Opere por um certo período de tempo o sistema. Acrescente mais fluido se for necessário. Precauções de segurança Normalmente, os produtos químicos usados para limpeza e decapagem são perigosos. Eles devem estar sempre guardados em recipientes próprios e ser usados com extremo cuidado. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 93 Tubos roscados Objetivos • Classificar dimensionamento de tubos roscados; • Selecionar tubos por meio de tabelas; • Classificar tipos de vedação. Dimensionamento de tubos roscados Os tubos roscados de ferro e de aço foram os primeiros condutores a serem usados em sistemas de hidráulica industrial e ainda o são devido a seu baixo custo. Nos sistemas hidráulicos, recomenda-se o uso de tubos de aço e sem costura, com o interior livre de ferrugem, escama ou sujeira. Os tubos e as conexões são classificados pela bitola nominal e espessura da parede. Originalmente, uma bitola de tubos roscados tinhaapenas uma espessura de parede e indicava seu diâmetro interno real. Posteriormente, os tubos roscados foram fabricados com várias espessuras de parede: padrão, extrapesada e extrapesada dupla. Entretanto, o diâmetro externo não se modificou. Para aumentar a espessura da parede, foi diminuído o diâmetro interno. Portanto, a bitola nominal indica apenas a bitola da rosca para conexões. O diâmetro externo de um tubo roscado permanece constante mudando apenas a espessura da parede, para uma determina bitola. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI94 Ele é sempre maior que o tamanho citado (em polegadas). A bitola nominal corresponde, aproximadamente, ao diâmetro interno de um tubo extrapesado. Classificação das espessuras de parede dos tubos roscados Diâmetro interno Bitola nominal Diâmetro externo do cano (mm) Padrão Extra pesado Extra pesado duplo 1/8 10,29 6,83 5,46 - 1/4 13,72 9,25 7,67 - 3/8 17,15 12,52 10,74 - 1/2 21,34 15,80 13,87 6,40 3/4 26,67 20,93 18,85 11,02 1 33,40 26,65 24,31 15,22 1 ¼ 42,16 35,05 32,46 22,76 1 ½ 48,26 40,89 38,10 27,94 2 60,33 52,50 49,25 38,18 2 ½ 73,03 62,71 59,00 44,98 3 88,90 77,93 73,66 - 3 ½ 101,60 90,12 85,44 - 4 114,30 102,26 97,18 - 5 141,30 128,19 122,25 103,20 6 168,28 154,05 146,33 - 8 219,08 205,00 193,68 - 10 273,05 258,88 247,65 - 12 323,85 306,83 298,45 - Tabelas de tubos roscados O American National Standard Institute (ANSI) aprovou uma série de relações (Schedules), identificadas pelos números 10*, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160, dos diâmetros internos dos tubos roscados, referidos à bitola nominal em polegadas e ao diâmetro externo em milímetros. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 95 Essas relações constituem a tabela seguinte. Tabela de tubos roscados Diâmetro interno Bit. Diâm. Ext. (mm) Schd 20 Sched 30 Sched 40 Sched 60 Sched 80 Sched 100 Sched 120 Sched 140 Sched 160 1/3 10,29 - - 6,83 - 5,46 - - - - 1/4 13,72 - - 9,25 - 7,67 - - - - 3/8 17,15 - - 12,52 - 10,74 - - - - 1/2 21,34 - - 15,80 - 13,87 - - - 11,84 3/4 26,67 - - 20,93 - 18,85 - - - 15,60 1 33,40 - - 26,65 - 24,31 - - 20,70 1 ¼ 42,16 - - 35,05 - 32,46 - - - 29,46 1 ½ 48,26 - - 40,89 - 38,10 - - - 33,99 2 60,33 - - 52,50 - 49,25 - - - 42,90 2 ½ 73,03 - - 62,71 - 59,00 - - - 53,98 3 88,90 - - 77,93 - 73,66 - - - 66,65 3 ½ 101,60 - - 90,12 - 85,45 - - - - 4 114,30 - - 102,26 - 97,18 - 92,05 - 87,33 5 141,30 - - 128,19 - 122,25 - 115,90 - 109,55 6 168,28 - - 154,05 - 146,33 - 139,73 - 131,80 8 219,68 206,38 205,00 202,72 198,45 193,68 188,95 182,60 177,83 173,05 10 273,05 260,35 257,45 254,51 247,65 247,65 236,58 230,23 222,25 215,90 12 323,85 311,15 307,09 303,12 293,30 298,90 281,03 273,05 266,70 257,20 *A Schedule 10 foi suprimida por não apresentar valores nesta tabela. Para comparação, a Schedule 40 é a que se aproxima do padrão visto na tabela. A Schedule 80 é, essencialmente, a relação extrapesada. A Schedule 160 cobre os tubos com a maior espessura de parede. As paredes da classificação extrapesada dupla antiga eram ligeiramente mais espessas que da relação 160. As tabelas vistas mostram as bitolas de tubos até 12, embora estejam à disposição bitolas maiores. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI96 A relação 10, que não aparece na segunda tabela, é utilizada somente para bitolas maiores que 12. Vedação de tubos roscados As roscas dos tubos são cônicas e sua vedação se dá através da adaptação entre as roscas do macho e da fêmea quando apertadas. Deve-se ter o cuidado, na ocasião do rosqueamento das peças, de colocar um vedante lubrificante, como óxido de chumbo ou composto de vedação. Pode, ainda, ser aplicada a fita de teflon. Deve-se evitar o uso de fios de estopa. Deve-se tomar cuidado para que o vedante aplicado não corra para dentro do encanamento, bem como de não aplicá-lo no primeiro fio de rosca. As roscas de tubos para uso hidráulico são do tipo vedação seca Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 97 Tubos de aço sem costura Objetivos • Distinguir diferenças entre tubos flangeados e canos; • Identificar vantagens na instalação de tubos; • Distinguir dimensionamento de canos e tubos em relação à pressão de operação. Aplicação Uma instalação feita com tubos flangeados, de aço sem costura, oferece vantagens bem visíveis sobre uma instalação feita com tubos roscados ou extrapesados. Os tubos de aço sem costura podem ser dobrados de qualquer forma, são mais fáceis de trabalhar e podem ser montados e desmontados freqüentemente sem problemas de vedação. Tubos flangeados diferem de tubos roscados em sua classificação de bitola. Os tubos flangeados são designados por seu diâmetro externo real, como se pode verificar na tabela da página seguinte. Assim, um tubo de 3/8 tem um diâmetro externo de 3/8. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI98 A tabela mostra que os tubos estão disponíveis em várias espessuras de parede. D. ext. tubo Espessura da parede (mm) D. ext. tubo (mm) D. ext. tubo Espessura da parede (mm) D. int. tubo (mm) D. ext. tubo Espessura da parede (mm) D. int. tubo (mm) 0,711 1,753 0,889 14,097 1,245 29,26 0,813 1,549 1,067 13,741 1,473 28,801/8 0,889 1,397 1,245 13,386 1,651 28,45 0,813 3,137 1,473 12,929 1,828 28,,093/16 0,889 2,986 1,651 12,573 2,108 27,53 0,889 4,572 1,828 12,217 2,413 26,92 1,067 4,216 2,108 11,659 2,769 26,21 1,245 3,861 5/8 2,413 11,049 1 ¼ 3,048 25,65 1,473 3,404 1,245 16,561 1,651 34,80 1/4 1,651 3,048 1,473 16,104 1,828 34,44 0,889 6,160 1,651 15,748 2,108 33,88 1,067 5,804 1,828 15,392 2,413 33,27 1,245 5,448 2,108 14,834 2,769 32,56 1,473 4,991 2,413 14,224 3,048 32,00 5/16 1,651 4,636 3/4 2,769 13,513 1 ½ 3,404 31,29 0,889 7,747 1,245 19,736 1,651 41,15 1,067 7,391 1,473 19,279 1,828 40,79 1,245 7,036 1,651 18,923 2,108 40,23 1,473 6,579 1,828 18,567 2,413 39,62 3/8 1,651 6,223 2,108 18,009 2,769 38,91 0,889 10,922 2,413 17,399 3,048 38,35 1,067 10,566 7/8 2,769 16,688 1 ¾ 3,404 37,64 1,245 10,211 1,245 22,911 1,651 47,50 1,473 9,754 1,473 22,454 1,828 47,14 1,651 9,398 1,651 22,098 2,108 46,58 1,828 9,042 1,828 21,742 2,413 45,26 2,108 8,484 2,108 21,184 2,769 45,26 2,413 7,874 2,413 20,574 3,048 44,70 2,769 19,863 3,404 43,99 1/2 1 3,048 19,304 2 Recomendase que as linhas e conexões rígidas tenham uma pressão de ruptura que comporte um fator de segurança de, no mínimo, oito, isto é, a pressão de ruptura nominal deve ser oito vezes maior que a máxima pressão de trabalho do circuito. Considerações sobre pressão e fluxo Recomendase, conforme as normas da Indústria, um fator de segurança de pelo menos 4 por 1, até 8 por 1, em capacidade de pressão. Se a pressão de operação for de 0 a 70kg/cm2, o fator de segurança deverá ter uma proporção de 8 por 1. Comandos hidráulicos - Informações tecnológicas SENAI 99 De 70kg/cm2 a 140kg/cm2, recomendase um fator de segurança de 6 por 1 e para pressões superiores a 140kg/cm2 recomendase um fator de segurança de 4 por 1. Fator de segurança trabalho de pressão ruptura de pressão (FS) = Portanto, será necessário verificar se o condutor tem o diâmetro interno adequado para comportar o fluxo na velocidade recomendada, bem como suficiente espessura de parede para agüentar a capacidade de pressão. Os fabricantes de tubos normalmente fornecem dados sobre as capacidades de pressões e bitolas de condutores. Duas tabelas típicas são demonstradas a seguir. Pressão de operação (0 a 70kg/cm2) Fator de segurança 8:1 Fluxo L.P.M Tamanho da válvula Schedule Diâmetro externo (pol) Espessura (mm) 4,0 1/8 80 1/4 0,90 5,5 1/8 80 5/16 0,90 12,0 1/4 80
Compartilhar