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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
DA DISTRIBUIÇÃO.
Sempre que houver diversos órgãos concorrentes em matéria de competência e atribuições, ou seja, vários juízes e cartórios com igual competência haverá a necessidade de distribuir os feitos entre eles na sua entrada em juízo.
A distribuição pode ocorrer só entre juízes e só entre cartórios como, também, pode ocorrer simultaneamente entre os dois. Se um só juiz é o competente e vários cartórios o auxiliam, a distribuição será só de cartórios, entretanto se há vários juízes competentes e um só cartorário a distribuição será só de juízes. Não obstante, se há vários juízes e vários cartórios, a distribuição compreenderá, a um só tempo, a determinação do juiz e do cartório do feito. 
Art. 252: a distribuição se fará de forma alternada, obedecendo rigorosa igualdade.
Caso da petição inicial decorra impossibilidade de ser realizada a citação, por falta de preparo, a registrada e autuada petição será cancelada e o feito traçado em seu nascedouro. (art. 257)
No caso de continência ou conexão de várias causas (art. 103 e 106), a competência para todas elas já esta definida pela prevenção do juiz que se tornou competente para o primeiro processo, segundo regra do art. 106.
A pessoa competente para organizar a distribuição se da o nome de “distribuidor”, a este compete, ainda que seja um juiz, tão somente verificar se o signatário da petição inicial satisfaz os requisitos do ius postulandi, ou seja, se juntamente com a petição inicial não for juntado o documento da outorga dada ao advogado pelo detentor do direito.
Art. 254: É defeso distribuir a petição não acompanhada do instrumento do mandato, salvo:
I – se o requerente postular em causa própria
II – se a procuração estiver junta aos autos principais
III – caso previsto no art. 37
Se houver erro ou falta de na distribuição, o juiz poderá promover a sua correção, fazendo-se a devida compensação para manter a rigorosa igualdade entre os diversos órgãos. (art. 255)
A distribuição como os demais atos processuais é ato público, de sorte que poderá ser livremente fiscalizada pela parte ou por seu procurador. (art. 256)
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA
Para que não haja má-fé, tanto das partes quanto dos órgãos competentes, na distribuição, segundo reforma dada pela lei 10.358, foi ampliada a prevenção do juízo primevo. Mesmo que a parte, para fugir, de uma determinada vara, desista da ação, ao renovar-lhe a propositura terá de submeter-se à prevenção estabelecida por força da primeira distribuição.
Assim, a re-interposição de ação idêntica, como intuito de escapar do juiz, tornará essa dependente da que fora interposto primeiro, isso para resguarda a prevalência do juiz natural. Tal atitude será reprimida pelo juiz primitivo.
Não obstante, há distribuição por dependência quando ações idênticas forem ajuizadas sucessivamente, caso em que serão atraídas para o juiz prevento, segundo as regras da prevenção. (art. 253)
A distribuição da ação por dependência, nos moldes dos incisos I e II do art. 253, depende da reiteração do pedido da causa anterior e da coincidência, pelo menos parcial, dos sujeitos processuais.
DA CITAÇÃO E DA INTIMAÇÃO.
DA CITAÇÃO
A citação, conforme exposto no CPC, é o ato processual pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender. (art. 213)
Sem a citação o réu não se aperfeiçoa a relação processual e torna-se inútil e inoperante a sentença, tornando impossível realizar o instituto da coisa julgada.
Art. 214: Para validade do processo, é indispensável a citação inicial do réu.
Importante ressaltar que o requisito da validade do processo não é apenas a citação, mas a “citação válida”, o código fulmina de nulidade expressa às citações e intimações quando feitas em inobservância das prescrições legais.
Entretanto, segundo o disposto no art. 214 §1º, que falta ou nulidade da citação se ”supre em decorrência do comparecimento espontâneo do réu.”
Em regra, a citação é feita pessoalmente ao réu, ou procurador legalmente autorizado (art. 215), todavia:
Se incapaz o demandado, a citação será feita na pessoa de seu representante legal.
Se pessoa jurídica na pessoa que tenha poderes estatutários para representá-la em juízo.
Noutro giro, dispõe o art. 218, caput, que se o réu for demente ou enfermo, impossibilitado de receber a citação, o oficial de justiça deixara de cumprir o mandato citatório.
Art. 216: A citação se efetuar-se-á em qualquer lugar que se encontre o réu, seja sua residência, seu local, de trabalho, ou qualquer outro lugar.
Há circunstâncias especiais no código que impendem momentaneamente a citação do réu, salvo em caso de perecimento de direito (art. 217):
I – a quem estiver assistindo a qualquer ato de cunho religioso;
II – ao cônjuge ou qualquer parente do morto, consangüíneo o afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento ou nos sete dais seguinte;
III – aos noivos nos três primeiros dias de bodas;
IV – aos doentes, enquanto grave o seu estado.
Superado o impedimento, a citação será normalmente feita. Por outro lado, a restrição legal refere-se apenas à pessoa do réu, de modo que, se ele dispuser de procurador com poderes adequados, poderá este ser citado.
Art. 221: pode a citação realizar-se:
I – pelo correio
II – por oficial de justiça
III – por edital
IV – por meio eletrônico, conforme regulamento em lei própria
I - A citação pelo correio: é regra geral.
É forma de citação real, posto que depende da efetiva entrega da carta ao citando. (art. 223)
Impõe o Código ao carteiro a obrigação de entregar a carta pessoalmente ao citando, de quem exigirá assinatura do recibo. (art. 223, § único)
Tratando-se de pessoa jurídica o STJ consagrou o entendimento de que a é válida a citação postal quando realizada no endereço da ré, mesmo que o aviso recebido seja firmado por simples empregado.
Como carteiro não dispõe de fé pública para certificar-se a entrega ou recusa, se o destinatário se negar a assinar o recibo, a citação postal estará fatalmente frustrada.
O prazo para a resposta do réu só começa fluir a partir da juntada do aviso de recepção aos autos. (art. 241, I)
II – Por oficial de Justiça: 
a) ações de Estado b) réu incapaz c) pessoa de direito público d) processo de execução e) réu residente em local não atendido pela entrega domiciliar da correspondência
Sempre que a citação postal se frustrar, cabível será a execução por oficial de justiça. (art. 224)
O mandato citatório, expedido pelo escrivão, deve conter: a) os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios e residenciais b) o fim da citação como todas as especificações a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis.
III – Citação com Hora Certa:
Quando, por malícia do réu o oficial de justiça, não conseguir encontrá-lo para dar-lhe pessoalmente a ciência do ato cuja prática foi incumbido, permite o Código que a citação se faça de forma ficta ou presumida, sob a denominação de citação por hora certa. (art. 227)
O oficial terá de procurar o réu em seu domicílio, por três vezes, sem localizá-lo. (requisito objetivo)
Deverá ocorrer suspeita de ocultação (requisito subjetivo)
A suspeita é o elemento fundamental para a designação da hora certa da citação, devendo o oficial ter todo o cuidado em evitar que tal procedimento se ache inspirado no propósito de evitar a consumação deste ato processual.
Diante da situação concreta que reúna os dois requisitos acima o oficial de justiça intimará qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho, que no dia imediato voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar. (art. 227)
A certidão deverá ser copiada, também, a contrafé para chegar ao conhecimento do citando o fato da conclusão da diligência sob a forma ficta.
Recebidoo mandato, o escrivão procederá à sua juntada aos autos e expedirá, em seguida, carta, telegrama, ou radiograma, dando ao réu ciência da citação ocorrida por hora certa. (art. 229)
IV – Citação por Edital
A citação por edital é outra forma de citação ficta ou presumida, que tem cabimento somente em casos especiais. (art. 231), ou seja:
I – quando desconhecido ou incerto o réu. (terceiros interessados e espólios)
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o réu.(país estrangeiro que se recusa entregar carta rogatória)
III – nos casos expressos em lei. (inventário, insolvência, usucapião, etc.)
Os requisitos da citação por edital, segundo disposto no art. 232, são:
I – afirmação do autor, ou certidão do oficial de justiça, quanto as circunstâncias previstas nos art. 231, I e II
II – afixação do edital, na sede do juízo, certificado nos autos pelo próprio escrivão
III – a publicação do edital, no prazo máximo de quinze dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local
IV – determinação, pelo juiz, do prazo do edital, que variará entre 20 e 60 dias, correndo da primeira publicação
V – a advertência a que se refere o art. 285, a respeito das conseqüências da revelia, se o litígio versar sobre direito disponíveis.
Quando a citação por edital se fizer em razão de ser inacessível o lugar em que se acha o réu, além das publicações normais pela imprensa, haverá a divulgação da notícia, também, pelo rádio, se na comarca existir emissora de radiodifusão.
Após as publicações juntar-se-ão exemplares de cada uma delas nos autos, art. 232, §1º.
Ao autor incumbe a alegação dos pressupostos que autorizam essa forma de citação ficta.
Se o autor agir de má-fé, fazendo afirmação falsa, além de a citação ser nula (art. 247), incorrerá o autor em multa de cinco vezes o salário mínimo vigente (art. 233), que reverterá em benefício do citando.(parágrafo único)
A citação por meio eletrônico depende de achar-se o tribunal aparelhado para utilizar-se a informática como técnica para transmissão de dados.
Efeitos da Citação
Na sistemática de nosso direito processual civil, a citação válida produz os seguintes efeitos (art. 219):
I – torna prevento o juízo
II – induz litispendência
III – faz litigiosa a coisa
IV – constitui em mora o devedor
V – interrompe a prescrição
Estes são efeitos matérias que uma citação válida proporciona.
Os efeitos processuais pressupõem perfeita regularidade do ato citatório. Já os materiais operam sua eficácia operam sua eficácia, mesmo quando a citação for ordenada por juiz incompetente.
DA INTIMAÇÃO
Intimação é, na definição legal, “ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo, para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa”. (art. 234)
A intimação, na nova legislação, serve para:
Dar ciência de um ato ou termo processual, e
O de convocar a parte para fazer ou abster-se de fazer alguma coisa.
Em razão do princípio do impulso oficial (art. 262), as intimações não dependem de provocação das partes e são efetuadas, de ofício, no curso do processo, salvo disposição em contrário. (art. 235)
Forma
As intimações podem ser feitas pelo escrivão ou pelo oficial de justiça, ou, ainda, por publicação na imprensa.
Há, também, a intimação em audiência que decorre do ipso iure da prolação oral, da decisão ou sentença do juiz que o preside. Assim, segundo o art. 242, §2º, a lei dispensa comunicação posterior às partes.
É imprescindível para a validade das intimações é a menção dos nomes das partes e de seus advogados, de maneira suficiente para identificá-los. A preterição desses requisitos causa a nulidade da citação. (art. 236, §1º)
Se vários são os advogados da parte, com poderes solidários e com a faculdade de agir, conjunta ou separadamente, a intimação pela impressa de apenas um é válida e produz todos os efeitos processuais inerentes ao ato.
Os representantes do Ministério Público sempre são intimados pessoalmente dos atos processuais.
A intimação pode ser feita por meio eletrônico, desde que o destinatário achar-se-á cadastrado no Poder Judiciário e o ato for feito em portal próprio.
Art. 238: não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, e aos advogados pelo correio ou se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Art. 239: far-se-á intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio.
Parágrafo Único: a certidão de intimação deve conter:
I – indicação do lugar e da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de carteira de identidade e o órgão que a expediu.
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a opôs no mandado.
No caso de intimação postal, só se entende intimada a parte depois que o aviso de recebimento da carta retorna e é juntada aos autos. Assim, começa fluir o prazo.
Efeitos:
Além de propiciar a ciência oficial do ato do interessado, as intimações determinam o dies a quo dos prazos processuais: pois, dispõe o art. 240, “salvo disposição em contrário os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação.”
Funciona a intimação, destarte, como mecanismo indispensável à marcha do processo e como instrumento para dar efetividade ao sistema da preclusão.
DOS PRAZOS.
DOS PRAZOS
Os prazos são os lapsos outorgados para a realização dos atos processuais. 
Todo prazo é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo) e final (dies ad quem). Pelo primeiro nasce a faculdade da parte promover o ato; pelo segundo, extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a feito o ato.
A maioria dos prazos acha-se descritos no Código, porém se não houver descrição legal cabe ao juiz definir o prazo para realização daquele ato processual.
Prazos Próprios: prazos determinados às partes, atingem as faculdades processuais dessas.
Prazos Impróprios: prazos fixados aos órgãos do judiciário, a inobservância desses não decorre conseqüência ou efeito processual.
Classificação:
		a) legais: são os fixados pela própria lei
	 b) judiciais: fixados pelo juiz
 c) convencionais: são os ajustados, de comum acordo, entre as partes
Natureza:
Dilatórios: é que, embora fixado em lei, admite ampliação pelo juiz ou que, por convenção das partes, pode ser reduzido ou ampliado. (art. 181)
Peremptório: é o que a convenção das partes e, ordinariamente, o juiz não podem alterar. (art. 182) 	
Ao juiz, todavia, o Código permite, em casos excepcionais, a ampliação de todo e qualquer prazo, desde que seja difícil o transporte na comarca (60 dias), ou tenha ocorrido caso de calamidade pública. (não tem limite)
Quanto à ampliação dos prazos dilatórios, a convenção das partes só tem eficácia se atender aos seguintes requisitos:
Deve ser requerida antes do vencimento do prazo
Deve ser fundada em motivo legítimo
Deve ser objeto de aprovação do juiz, a quem compete fixar o dia do vencimento.
O Curso dos Prazos
Todo prazo, em regra, é contínuo, isto é, uma vez iniciado não sofrerá interrupção em seu curso pela superveniência de feriado ou dia não-útil. (art. 178)
Sobrevindo, porém, as férias forenses, terão essas efeitos suspensivos sobre o prazo ainda em marcha, sem distinguir entre prazo dilatório e peremptório. Paralisada a contagem, o restante começa a fluir a partir do primeiro dia útil seguinte ao término das férias. (art. 179)
O efeito suspensivo das férias forenses não se verifica quando se trata de prazo decadencial (propositura de ação rescisória), tão pouco ao prazo do edital, já que não se destina a prática de ato processual.
Outros casos de suspensão previstos no art. 180 são:
O obstáculo criado pela parte contráriaA morte ou perda de capacidade processual pela parte, de seu representante legal ou de seu procurador
A convenção das partes, se o prazo for dilatório
A oposição de exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como a suspeição ou impedimento do juiz, salvo no processo de execução
Termo Inicial
Em regra os prazos são contados, com a exclusão do dia de começo e com a inclusão do dia de vencimento (art. 184). Assim é porque ocorrendo a intimação durante expediente forense, a computação do dia em que ela se der importaria em redução do prazo legal, visto que do primeiro dia a parte só poderia utilizar uma fração. Já com relação ao termo final, isto não se dá, pois a parte poderá utilizá-lo todo.
Como a intimação é o marco inicial dos prazos (art. 240), o começo de fluência só se dá, realmente, a partir do dia seguinte. Mas é preciso que esse dia seja útil, pois nenhum prazo processual começa em dia não-útil (art. 184,§2º).
Com relação à fixação do dies a quo da contagem de prazo processual, o art. 241 fornece as seguintes regras, que devem ser aplicadas tanto nas intimações como nas citações:
Quando a citação ou intimação for pessoal ou com hora certa, o prazo se inicial a partir da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido.
Quando houver vários réus, o prazo começara a fluir com a juntada do último mandado, devidamente cumprido
Se a comunicação for feita por edital, o prazo para a prática do ato processual terá inicio a partir do termo final do prazo estipulado pelo juiz no próprio edital para aperfeiçoamento da diligência
Se o ato da comunicação se der através de carta de ordem, precatória ou rogatória, o termo a quo do prazo será a data de sua juntada aos autos, depois de realizar a diligência
Se a intimação for por via postal, a contagem do prazo será feita a partir da juntada aos autos do aviso de recebimento
Quando a intimação se der por meio da imprensa o dies a quo se dará no dia seguinte a publicação
O prazo para a interposição de recurso começa a contar da data em que os advogados forem intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
A partir da publicação da decisão ou sentença, ainda que ausentes as partes, com exclusão do dia da audiência, principia a fluência do prazo.
Ciência Inequívoca
Entende-se que tomando conhecimento efetivo da decisão ao advogado da parte é dispensada a solenidade da intimação, independente de manifestação expressa nesse sentido.
Termo Final
O termo final de qualquer prazo processual nunca cairá em dia não útil, ou em que não houver expediente normal do juízo. Desta forma, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil (art. 184,§1º) se:
- o vencimento cair em feriado
- em dia em que for determinado o fechamento do fórum
- em que o expediente forense for encerrado
Preclusão 
Todos os prazos processuais, inclusive os dilatórios, são preclusivos. Portanto, “decorrido o prazo, extingue-se, independentemente, de declaração judicial, o direito de praticar o art.” (art. 183)
A preclusão nesse sentido vem a ser a perda do direito ou faculdade processual, que se extinguiu por não exercício em tempo útil.
A preclusão tem a finalidade de que o processo deva caminhar de maneira natural, seguindo ordenadamente. Assim, mediante o fechamento de cada ato processual, impede-se o regresso a este, uma vez já extinto e consumado.
Entretanto, o Código permite que após a extinção do prazo, em caráter excepcional, possa parte provar que o ato não foi praticado em tempo útil em razão de justa causa (art. 183). Nessa situação o juiz, verificando a procedência da alegação da parte, permitirá a prática do ato “no prazo que lhe assinar” (art. 183, §1º), que não será obrigatoriamente igual ao anterior, mas que deverá ser maior.
Prazo para as Partes
Quando a lei nem o juiz fixar prazo para o ato, “será de 05 (cinco) dias para a prática de ato processual a cargo da parte” (art. 185)
É possível a renúncia, pela parte, de prazo estabelecido exclusivamente em seu favor (art. 186). Para que essa faculdade seja exercida, é necessário que o prazo não seja comum, que o direito em jogo seja disponível; e que a parte seja capaz de transigir.
Se figurarem litisconsortes na relação processual e forem diversos os seus advogados, os seus prazos, para contestar, para recorrer de modo geral, para falar nos autos, serão contados em dobro (art. 191)
Das intimações somente obrigarão ao comparecimento decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
Prazos para Juízes e Auxiliares
 Juízes
02 (dois) dias para despachos de expedientes.
10 (dez) dias para decisões interlocutórias e sentenças.
Chefes de secretarias e Escrivães
24 (vinte e quatro) horas para remeter os autos conclusos
48 (quarenta e oito) horas para executar os demais atos do processo
Prazos para o Ministério Público e Fazenda Pública
Em quádruplo para contestar e em do para recorrer.
No conceito de Fazenda Pública encontram-se a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como as respectivas autarquias.
Inobservâncias dos Prazos pelas Partes
Compete ao advogado restituir os autos no prazo legal (art. 195). Da inobservância dessa norma decorrem duas consequências:
Uma, de ordem processual: que é preclusão, em decorrência da qual o juiz mandará, de ofício, riscar o que neles estiver escrito o faltoso e desentranhar as alegações e documentos que apresentar.
Outra, de ordem disciplinar: que é a cominação da ocorrência à Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento adequado e imposição de multa.
Essas providências, também, são aplicáveis aos representantes do Ministério Público e aos representantes da Fazenda Pública.
DO JUGALMENTO INITIO LITIS.
Art. 285 – A: quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros caos idênticos, poderá ser dispensada a citação e ser proferida sentença, reduzindo-se o teor da anteriormente prolatada.
Não é o primeiro caso em que a lei admiti a possibilidade de um julgamento em in limine litis, de rejeição do pedido. O art. 295, IV consta que a petição inicial será indeferida quando o juiz verificar, desde logo a prescrição ou decadência.
O art. 285 – A prega a técnica de economia processual às causas seriadas ou repetitivas, um mesmo tema sobre uma só questão de direito.
Esse julgamento liminar no mérito da causa é medida excepcional e se condiciona aos requisitos:
Preexistência no juízo de causas idênticas, com improcedências já pronunciadas em sentença;
A matéria controvertida deve ser unicamente de direito;
Deve ser possível solucionar a causa com a reprodução do teor da sentença prolatada na causa anterior.
Note-se ainda que se pode exigir identidade de causas ou ações, mas apenas de “casos”. Se a causas fossem idênticas, teriam de reproduzir partes, pedidos e causa de pedir. Ter-se-ia litispendência ou coisa julgada, o que provoca a extinção do processo sem julgamento de mérito. A identidade, portanto, que se reclama, para aplicar o art. 285 – A, localiza-se no objeto da causa, isto é, na questão presente nas diversas ações seriadas.
DA PETIÇÃO INICIAL.
A petição inicial tem o condão de cessar a inércia do Estado para que este exerça sua função jurisdicional. A demanda vem a ser o ato pelo qual alguém pede ao Estado a prestação jurisdicional, isto é, exerce o direito subjetivo público de ação, causando a instalação da relação jurídico processual, que há de dar solução ao litígio.
Duas manifestações o autor faz Petição Inicial:
A demanda da tutela jurisdicional do Estado, que causará a instauração do processo, com a convocação do réu;
O pedido de uma providência contra o réu, que será objeto do julgamento final da sentença de mérito;
Requisitos 
Art 282: a Petição Inicial, que só pode ser elaborada por escritoe que, salvo a exceção do art. 36, há de ser firmada por advogado habilitado, deverá conter os seguintes requisitos:
I – o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II – os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu
III – os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – pedido com suas especificações;
V – valor da causa;
VI – as provas que pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – o requerimento para a citação do réu;
Finalmente, segundo disposto no art. 39, I, deve o advogado declarar, na Petição Inicial, o endereço onde receberá as intimações no curso do processo.
Despacho da Petição Inicial
Com a distribuição, ou com a entrega da Petição Inicial ao juiz, instaurada se acha a relação processual (ainda que não trilateral), e proposta se considera a ação.
Chegando a petição inicial às mãos do juiz, caberá a este examinar seus requisitos intrínsecos e extrínsecos antes de despachá-la. Após esse exame proferirá uma decisão que pode assumir três naturezas:
De deferimento da Petição Inicial; estando a petição em conformidade com a lei vigente, logo despachará a citação do réu para responder, estando assim este integrado a relação processual, estando esta completa (trilateral)
A de saneamento da petição; quando a petição apresentar-se com lacunas, imperfeições ou omissões, mas esse vícios forem sanados, o juiz não a indeferirá de plano. “Determinará ao autor que a emende, ou a complete, no prazo de dez dias.”
Entende-se por petição defeituosa e carente de saneamento a que não preenche os requisitos disposto no art. 282, a que não se faz acompanhar de documentos indispensáveis a sua propositura, ou a que apresentar defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito. (art. 284)
De indeferimento da petição inicial; o exame da inicial ou do não cumprimento da diligência de saneamento de suas deficiências pelo autor, pode o juiz ser levado a proferir uma decisão de caráter negativo, indeferimento da petição inicial.Tal julgamento não forma relação processual.
Em todos os casos o indeferimento da Petição Inicial, tanto por deficiências formais como por motivos de mérito, o pronunciamento judicial assume a natureza de sentença.
Indeferimento da Petição Inicial
Dispõe o art. 295 que o indeferimento da Petição Inicial ocorrerá:
I – quando for inepta; entende-se por inepta a petição inicial quando (art. 295, Parágrafo Único):
Lhe faltar pedido ou causa de pedir;
Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
O pedido for juridicamente impossível
Contiver pedidos incompatíveis entre si:
I – quando parte for manifestadamente ilegítima.
III – quando o autor carecer de interesse processual
IV – quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição
V – quando tipo e procedimento escolhido pelo autor não corresponder à natureza da causa ou ao valor da ação
VI – quando não acolhidas as prescrições do art. 39 (parágrafo único, primeira parte e art. 284)
Os casos de indeferimento são de três espécies:
De ordem formal, (art. 295, I, V e VI)
De inadmissibilidade da ação, por faltar-lhe condição necessária ao julgamento
Por motivos excepcional de improcedência do próprio pedido (mérito)
O propósito da reforma do §5º do art. 219 foi permitir que o juiz “decretasse de ofício, sem necessidade de provocação das partes, a prescrição em qualquer caso
Dos Pedidos
O núcleo da petição inicial é o pedido, que exprime aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu.
Sua finalidade é dupla: obter a tutela jurisdicional do Estado e fazer valer um direito subjetivo frente ao réu.
Assim, a manifestação inaugural do autor é chamada pedido imediato, no que se relaciona à pretensão de uma sentença, a uma execução ou a uma medida cautelar; e pedido mediato é o próprio bem jurídico que o autor procura proteger com a sentença.
Destarte, o pedido imediato põe a parte em contato direto com o direito processual e o pedido mediato com direito subtancial.
Requisitos:
Recomenda o art. 286 que “o pedido deve ser certo e determinado”
Entende-se por certo o pedido expresso, pois não se admiti que possa o pedido ficar implícito. Já determinação refere-se aos limites da pretensão. O autor deve ser claro, preciso, naquilo que espera ter da prestação jurisdicional.
Além de ser certo e determinado, o pedido deve ser concludente, isto é, deve estar de acordo com o fato e o direito exposto pelo autor, que são a causa de pedir.
Pedido Genérico:
O objeto imediato do pedido nunca pode ser genérico e há sempre ser determinado. Mas o pedido mediato, este pode ser genérico, nos seguintes casos:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito
III – quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu;
A indeterminação, contudo, nunca pode ser total ou absoluta
A indeterminação ficará restrita à quantidade ou qualidade das coisas ou importância pleiteadas. Nunca poderá, portanto, haver indeterminação do gênero da prestação pretendida.
Pedido Cominatório:
Há dois expedientes utilizáveis para aplicar a sanção ao devedor que deixa de cumprir a prestação devida, que são os meios de sub-rogação e os meios de coação.
Nas obrigações por quantia certa e nas obrigações de dar, a sub-rogação consiste em o Estado agredir o patrimônio do devedor para extrair dele bem ou patrimônio a quem direito o credor.
Sub-rogação executiva: é aquela em que o devedor deve cumprir pessoalmente o débito (obrigações de fazer e não fazer). A saída é convertê-la em indenização.
Pedido Alternativo:
O pedido é fixo quando visa um só resultado imediato e mediato. Entretanto, permite o Código que possa haver pedido alternativo “quando da natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.” (art. 228)
Pedido alternativo é aquele que reclama prestações disjuntivas: ou uma prestação ou qualquer uma delas. Refere-se, assim, ao pedido mediato, ou seja, ao bem jurídico que o autor pretende extrair da prestação.
Pedidos Sucessivos:
É lícito, ao autor, segundo disposto no art. 289 – “formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.”
Enquanto a alternatividade se refere apenas à prestação que é objeto do pedido mediato, no caso de pedidos sucessivos a substituição pode, também, se referir ao pedido imediato, ou seja, a própria tutela jurisdicional.
D) Pedidos de Prestações Periódicas
Há casos em que a prestação se desdobra em várias prestações periódicas, como os aluguéis, juros e outros encargos, conhecidos como “obrigações de trato sucessivo.”
Quando isso ocorre, mesmo sem a menção do autor, o Código considera incluídas nos pedidos as prestações periódicas.
São pedidos implícitos, e, também, pode o réu ser condenado ao pagamento das parcelas vincendas.
Pedido de Prestação Indivisível:
Quando vários credores são titulares, em conjunto, de uma relação jurídica que representa obrigação indivisível, isto é, insuscetível de cumprimento fracional ou parcial, qualquer deles é parte legítima para pedir a prestação por inteiro.
Pedidos Cumulados:
A cumulação pode ser plena e simultânea, representando a soma de várias pretensões a serem satisfeitas cumulativamente. Na verdade há em tais casos cumulação de diversas ações, pois cada pedido distinto representa uma lide a ser composta pelo órgão jurisdicional.
Não há necessidade de conexão para justificar a cumulação de pedidos na inicial. Os requisitos legais são os do §1º do art. 292, ou seja:
I – os pedidos devem ser compatíveis entre si: na cumulação subsidiária, sucessiva ou eventual os pedidos podem ser até opostos ou contrários.
II – o juízo deve sercompetente para todos os pedidos;
III – o tipo de procedimento deve ser adequado para todos os pedidos;
Em regra, a cumulação de pedidos se dá contra o mesmo réu, art. 292. Mas havendo conexão por objeto ou causa de pedir, é possível reunirem-se réus diferentes em litisconsórcio.
Espécies:
Cumulação simples: o acolhimento ou rejeição de um não afeta o outro pedido;
Cumulação sucessiva: o acolhimento de um pedido pressupõe o do pedido anterior;
Cumulação incidental: quando ocorre após a propositura da ação, por meio do pedido de declaração incidental
Art. 293: os pedidos são interpretados restritivamente. Com efeito que se compreendem nos pedidos os juros legais.
Art. 294: antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta as custas acrescida em razão dessa iniciativa.
Modificação do Pedido:
É certo que a citação do réu produz a estabilização do processo, de sorte a impedir, fora os casos legais, alterações objetivas e subjetivas da relação processual. (art. 264)
Entretanto, o autor, com o consentimento do demando, pode fazer modificações no tocante da matéria.
Após o saneador, todavia, nem mesmo com assentimento do réu é admissível a modificação do objeto da lide. (art. 264, § único)
DA TUTELA ANTECIPADA
A medida cautelar de natureza provisória, que dá ao juiz o poder de antecipar uma solução que se daria somente no final do rito processual, é de cunho preventivo.
Art. 273: a tutela antecipada, que poderá ser total ou parcial em relação aos pedidos feitos na petição inicial, dependerá dos seguintes requisitos:
a) requerimento da parte;
b) produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial;
c) convencimento do juiz em torno da verossimilhança das alegações da parte;
d) fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
e) caracterização do abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu; e
f) possibilidade de reverter a medida antecipada, caso o resultado da ação venha a ser contrário a pretensão da parte que requereu a antecipação da tutela satisfativa.
Fungibilidade das Medidas Cautelares e Antecipatórias:
Ambas se preocupam com a eliminação de perigo de dano enquanto se aguarda a definição do litígio.
Medidas Cautelares: é uma medida preventiva, que visa assegurar o objeto que se pleiteia.
Tutela Antecipada: é uma medida satisfatória, que antecede o objeto pleiteado, antes da sentença, havia risco que dano irreparável que este não possa ser entregue corretamente ao final do procedimento.
Se o autor, a titulo de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental.”
Deve-se lembrar que o pedido de antecipação submete-se a requisitos mais rigorosos que os da medida cautelar, como o da prova inequívoca. Se em vez de postular tutela antecipada a parte requer medida cautelar sujeitando-se aos rigores do art. 273, nada impede que o juiz lhe defira a providência conservativa dentro do procedimento das medidas antecipatórias.
Organização:
Requerida a medida cautelar sob o rótulo de medida antecipatória, e satisfeitos os requisitos de prova pré-constituídas e demais exigências do art. 273, o juiz a deferirá, de imediato, como incidente do processo principal, da mesma maneira como atua frente ao pedido de tutela antecipada.
Se não houver urgência que a torne inadiável ou se faltar algum requisito dos elencados pelo art. 273, o juiz indeferirá o pedido cautelar disfarçado em providência antecipatória, determinará seu processamento apartado, dentro dos padrões procedimentais da ação cautelar.
Será objeto de autuação à parte, também, a medida cautelar que se requerer incidentalmente no processo principal, em estágio que não mais será viável o contraditório próprio das ações cautelares, a não ser fora daquele feito
De maneira alguma, porém, poderá o juiz indeferir medida cautelar sob simples pré-texto de que a parte a pleiteou erroneamente como se fosse antecipação de tutela.
Embora o §7º do art. 273 só cogite a substituição da medida antecipatória por medida cautelar, é evidente que o contrário, também, seja viável. 
Fungibilidade: é o fenômeno comum a que pertencem tanto as medidas cautelares como as medidas antecipatórias. Não pode ser concebido apenas em um sentido.
DAS RESPOSTAS DO RÉU.
O sistema do processo de conhecimento é dominado pelo princípio do contraditório, que consiste a dar às partes do direito de serem ouvidas. Assim, as partes tem o direito de serem informadas e pronunciar-se de todos os atos processuais.
Entretanto, este direito não quer dizer as parte tem a obrigação de responderem a todos os atos processuais, fato é que se o réu não cumprir o seu ônus da defesa ela sofrerá os efeitos da revelia. (arts. 319 a 322)
Mas, se o direito em litígio for indisponível, desaparece para o réu a possibilidade de desviar-se de uma pronuncia, por meio de simples inação ou revelia. Neste caso, o Ministério Público é convocado para atuar como custus legis, e o auto, mesmo diante de silêncio do demandado, não se desobriga do ônus de provar os fatos não contestados (art. 320, II).
O réu tem a oportunidade de adotar três atitudes diferentes após a citação:
A inércia.
A resposta
O reconhecimento da procedência
O réu tem o prazo de 15 dias para interpor sua resposta, contestação, exceção e reconvenção, a resposta deve ser escrita, subscrita por um advogado, endereçada ao juiz, (art. 297).
O início do prazo só ocorre após a citação do último litisconsorte passivo, e será adotado prazo em dobro (30 dias) se os litisconsortes forem assistidos por advogados diferentes (art. 191). Se o autor desistir da demanda contra algum réu que não foi citado, todos deverão ser informados através de despacho, e a partir da intimação é que o prazo de defesa começará a fluir.
Entre as partes em litígio há duas relações jurídicas distintas:
A relação processual, que é de ordem pública e nasce da propositura da ação e se aperfeiçoa com a citação do demandado, vinculando assim, autor, juiz e réu.
A relação de direito material, que é o objeto da controvérsia existente entre as partes, que figura o mérito da causa.
Assim, quando o réu responde ao autor, pode fazê-lo tanto pela via processual quanto pela via material, o que distingue a defesa material (preliminares) e a defesa de mérito.
Defesa Processual
É aquela que tem conteúdo apenas formal, é indireta (porque visa apenas obstar a outorga da tutela pretendida, mediante a inutilização da via processual).
A defesa processual pode ser peremptória, quando uma vez acolhida leva o processo à extinção sem julgamento do mérito (inépcia da inicial, ilegitimidade da parte, litispendência, coisa julgada, etc.), e dilatória, as defesas processuais que mesmo acolhidas não promovem a extinção do feito, mas apenas causam uma ampliação do curso processual.
Entretanto, uma defesa dilatória torna-se peremptória quando acolhida pelo o juiz, a parte deixar de cumprir a diligência saneadora que lhe for determinada no prazo legal.
A solução da defesa processual varia de natureza, conforme o sentido que o magistrado lhe dê. É decisão interlocutória quando rejeita a exceção de dilatória e julga sanada a falha que a motivou, e sentença o ato que acolhe a defesa processual para extinguir a relação processual. (art. 267, IV)
O procedimento para observar a defesas processuais, indiretas, tem formas variáveis: preliminares (art. 301) e procedimentos apartados (exceção de suspeição, impedimento e incompetência)
Defesa de Mérito
Quando o réu ataca o fato jurídico que construiu o mérito da causa. O ataque do demandado pode atingir o próprio fato arguido pelo autor ou suas consequências jurídicas. Em ambos os casos é uma defesa direta.
É direito porque visa desconstituir a própria pretensão do autor, com fundamentosde fato e de direito.
Mas, a defesa de mérito pode ser indireta, quando, embora se reconheça a existência e eficácia do fato jurídico arrolado pelo autor, o réu invoca um fato novo que seja “impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 326)”.
A defesa direita pode ser tanto dilatória, visam apenas a procrastinação do direito do autor, ou peremptória, quando visa a total exclusão do direito material do autor.
DA CONTESTAÇÃO.
Como autêntico direito de ação, o direito de defender-se não está vinculado ao direito material. É puramente processual, tanto que, mesmo sem qualquer resquício de amparo em direito substancial comprovado, sempre se assegura ao réu direito formal de formular sua contestação ao pedido do autor.
Há, porém, profunda diferença entre a ação do autor e a contestação do réu. “Na ação o autor formula uma pretensão, um pedido, na contestação há uma resistência à pretensão e ao pedido do autor.”
O contestante, na realidade, ao utilizar o direito abstrato de defesa, busca tão-somente libertar-se do processo em que o autor o envolveu. Isto pode ser feito de duas maneiras, ou seja:
Através de ataque à relação processual, apontando vícios que a invalidem ou tornem inadequada ao fim colimado pelo autor; ou
Por meio de ataque ao mérito da pretensão do autor.
Conceito: contestação, portanto, é o instrumento processual utilizado pelo réu para opor-se, formal ou materialmente, à pretensão deduzida em juízo pelo autor.
A forma da contestação é a de petição escrita, endereçada ao juiz da causa. (art. 297)
Nela o réu deve alegar toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o direito do autor, e especificando as provas que pretende produzir.
O ônus de arguir na contestação toda a matéria de defesa é consagrada pelo Código através do princípio da eventualidade, ou concentração, que consiste na preclusão do direito de invocar em fases posteriores do processo matérias de direito não manifestadas na contestação.
A preclusão pertinente ao princípio da eventualidade não é absoluta, uma que vez que existem outras formas de manifestação do réu que são provenientes de um objeto específico. (exceção, reconveção)
Há, porém, três hipóteses em que o Código abre exceção ao princípio da eventualidade ou concentração da defesa, para permitir que o réu possa deduzir novas alegações no curso do processo.
I – sejam relativas a direito supervenientes (como o réu que adquire propriedade da coisa litigiosa, no curso do processo, por herança, ou que obtém quitação do autor relativamente à obrigação disputada em juízo)
II – quando a matéria arguida for daquelas em que o magistrado pode conhecer de ofício (ex: condições da ação ou pressupostos processuais)
III – quando, por expressa, autorização legal, a matéria puder ser formulada em qualquer tempo e juízo. (ex: prescrição)
Além do ônus de defender-se o réu tem, no sistema do novo Código, o ônus de impugnar especificamente todos os fatos arrolados pelo autor. Dispõe o art. 302: “cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na inicial” sob pena de presumirem-se verdadeiros “os fatos não impugnados”.
Assim, os fatos não contestados são conhecidos, pelo código, como verdadeiro, incontroversos, o que dispensa prova a seu respeito. Quando decisivos para a solução do conflito, e não impugnados, o juiz deverá promover o julgamento antecipado da lide, segundo dispõe o art. 330, I.
Entretanto, há ressalvas no art. 302, três casos:
I - Quando não admissível, a respeito deles, a confissão: é o caso de direitos indisponíveis.
II - Quando a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento público que a lei considerar de substância do ato: 
III - Quando os fatos não impugnados estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto.
Outra hipótese em que os fatos não impugnados especificamente não tem a presunção de veracidade, são os casos de advogado dativo, curador especial, ou o órgão do Ministério Público (art. 302, § único). Por autorizar, in casu, a contestação por negativa geral a simples resposta torna controvertidos todos os fatos invocados na petição inicial.
Preliminares de Contestação
As arguições de defesa processual, indireta, são de caráter prejudicial, de modo que a sua exposição deve preceder o mérito (litígio). Por isso, dispõe o art. 301 que compete ao contestante, antes de decidir o mérito, alegar se for o caso, as seguintes preliminares:
I – Inexistência da nulidade da citação. Trata-se de exceção ou defesa dilatória, uma vez que o comparecimento do réu supre a citação.
II – Incompetência absoluta. Juiz absolutamente incompetente é aquele não tem competência para a causa. Defesa dilatória.
A incompetência relativa não deve ser arguida em preliminar de contestação, uma vez que o Código exige que seja objeto de incidente específico, nos termos dos arts. 307 a 311. Se não for suscitada adequadamente a incompetência haverá prorrogação da competência do juiz que tomou conhecimento da inicial.
III – Inépcia da inicial. É defesa processual peremptória, já que da lugar a extinção do processo, sem julgamento do mérito. É acolhida em casos do art. 295, parágrafo único.
IV – Perempção. É, também, defesa peremptória. Ocorre a perempção quando o autor dá ensejo a três extinções do processo, sobre a mesma lide, pro abandono de causa. (art. 268, parágrafo único). Embora não ocorra a extinção do direito subjetivo material, fica o autor impedido de promover o direito processual, assim não pode renovar, mais, a propositura.
V – Litispendência. A existência de uma ação anterior igual a atual impede o conhecimento de uma nova causa.
VI – Coisa Julgada. Com o advento da coisa julgada, o dispositivo da sentença torna-se imutável e indiscutível (art. 467). 
Obs: a diferença entre coisa julgada e litispendência é que esta é uma propositura de uma ação igual a uma já existente, que ainda está em curso, aquele é a proposição de uma ação igual aquela já existente, mas que já foi transitada em julgado.
VII – Conexão. Ocorre a conexão entre várias ações nos casos previstos no art. 103 (comunhão de objeto ou de causa de pedir). A defesa que invoca a conexão é apenas dilatória, já que não visa a extinção do processo, apenas a reunião das causas conexas. A continência está compreendida, no sentido latu, em conexão, uma vez que tem a mesma consequência jurídica.
VIII – Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização. São requisitos processuais para que a relação processual se estabeleça eficazmente. É uma preliminar dilatória, vez que o juiz ao acolhê-la não extingue o processo, mas, sim, enseja oportunidade à parte de sanar o vício.
IX – Convenção de arbitragem. O juízo arbitral, nos casos em que a lei permite, é modo de excluir a aptidão da jurisdição para solucionar o litígio. Se as partes ajustaram compromisso para o julgamento por um árbitro, ilegítima será a atitude de propor ação judicial.
X – Carência de Ação. Ocorre a carência de ação quando não ocorrem as condições necessárias para que o juiz possa examinar o mérito da causa que são a legitimidade das partes, o interesse processual do autor e a possibilidade jurídica do pedido.
XI – Falta de caução ou de prestação, que a lei exige como preliminar. Defesa processual dilatória, pois o juiz ao acolhê-la, deve ensejar oportunidade ao autor de sanar a falha. Se não houver suprimento no prazo marcado a preliminar passará ter força peremptória.
Conhecimento ex officio de Preliminares
O juiz arbitral mesmo quando previamente compromissado, pode ser renunciado, até mesmo de forma tácita. Basta, por exemplo, ao réu não alegá-lo para presumir a renuncia, art. 301, IX. Assim, não pode ser conhecido ex officio pelo julgador.
Não obstante, todas as demais preliminares do referido artigo podem ser conhecidas ex officio pelo julgador, ou seja, independem dearguição das pelo contestante.
Esse poder do magistrado decorre, na espécie, do fato de que qualquer uma das referidas preliminares afeta os requisitos de constituição ou desenvolvimento válido e regular do processo.
Impugnação do Autor
Para manter a observância do princípio do contraditório, sempre que a contestação contiver defesa indireta de mérito, o juiz mandará ouvir o autor sobre a resposta. 10 dias.
Destarte, também, será permitido ao autor produzir provas documentais.
DAS EXCEÇÕES.
Entre as respostas do réu o Código inclui as exceções, art. 297. 
Conceito: Em sentido amplo, exceção abrange que tenda a excluir da apreciação judicial o pedido do autor, seja no aspecto forma, seja no material
Indireta é a exceção que a contradição do réu à ação do autor, por meio da qual se perime a mesma ação ou se dilata o seu exercício.
No sentido estrito, a exceção (art. 297) é o incidente processual destinado à arguição de incompetência relativa do juízo, e de suspeição ou impedimento.
A incompetência e a imparcialidade são pressupostos processuais relacionados com a pessoa do juiz, que se apresentam como requisitos essenciais para o desenvolvimento válido da relação processual.
A exceção é matéria de defesa dilatória, que não se volta contra o outro litigante, mas sim contra o órgão jurisdicional ou seu titular, pondo em crise sua capacidade para exercer a jurisdição frente ao caso sub judice.
Forma: A exceção é feita por petição de uma das partes e dão lugar a uma procedimento apartado, que ocorre em apenso ao autos principais (art. 299) 
Prazo: o direito de propor exceção pode ser dar em qualquer tempo, ou grau de jurisdição, cabendo a parte suscitar o incidente. Mas será feito após quinze dias após a ciência do fato que ocasionou a exceção, se o fato ocorrer antes do ajuizamento da causa, o prazo começará a correr, para o réu, a partir da citação, e para o autor, a partir do momento em que tomou conhecimento da distribuição.
Efeito
A arguição de qualquer das hipóteses de exceção doa art. 304, promoverá a suspensão do processo, até que o incidente seja definitivamente julgado, o que não quer dizer que se deva aguardar o julgamento final. 
No caso de incompetência, entende-se definitivamente julgado o incidente decidido em primeiro grau de jurisdição, pois o agravo de instrumento interponível nesse caso não tem efeito suspensivo. Se há recurso da decisão que repele a exceção, o processo não mais ficará parado.
No caso de impedimento ou suspeição, o julgamento se dá em única instância, pelo Tribunal Superior a que esteja vinculado o juiz. Enquanto não obtido o julgamento ficará suspenso o processo.
Mas não haverá condenação a verba de honorário advocatícios, pois esta, na sistemática do código só será cabível em sentença, ou seja, julgamento que põe término ao processo.
O recurso cabível ao término do julgamento da exceção é o agravo de instrumento, e não apelação, pois trata-se de uma decisão interlocutória.
Exceção de Incompetência Cabimento
A incompetência absoluta não arguida sob forma de exceção, mas de simples preliminar de contestação, e mesmo quando não alegado pelo contestante pode ser conhecida de ofício pelo julgador, em qualquer grau de jurisdição.
A incompetência relativa, em princípio, não poderá ser conhecida de ofício, porque a lei reconhece às partes a faculdade de prorrogar a competência, o que é possível não só através de cláusula processual expressa.
O Parágrafo Único do art. 112, prevê que o juiz pode declarar de ofício a nulidade da cláusula, no contrato de adesão, que prevê eleição de foro, para que em consequência declinar a competência para o foro do réu. A reforma também prevê a prorrogação de competência mesmo que o juiz não decline na forma do referido dispositivo legal.
Procedimento
A exceção é provocada por petição escrita, distinta da inicial ou contestação, e uma vez despachada pelo juiz será autuada em apenso.
A petição deve ser fundamentada e corretamente instruída, o excipiente deve arrolar os fatos em que apóia a recusa do juízo, juntando os elementos de prova de que dispõe ou indicando as fontes onde possam ser obtidas.
Além disso, é requisito essencial para a parte que propõe a exceção de incompetência a indicação do juízo para o qual a parte declina. Sem isso a petição será inepta.
Autuada e registrada a exceção, se não houver indeferimento liminar, que é possível, o juiz mandará ouvir o exceto em 10 dias e proferirá sua decisão em igual prazo.
Se houver necessidade de prova testemunhal o juiz designará audiência de instrução e julgamento em 10 dias.
Se a exceção for julgada improcedente, o processo, que estava suspenso, retomará o curso normal, mesmo que o excipiente interponha agravo de instrumento. Se decisão for procedente os autos serão remetido ao juiz competente.
O parágrafo único do art. 305 aduz que o réu pode manejar a exceção de incompetência em seu domicílio, se este for diferente do réu, tal alteração procura facilitar para o exercício do demandado, uma vez que somente será cabível quando rei residir em domicílio diferente se for citado por carta precatório. Tal alteração processual ocorre mediante o princípio da celeridade processual.
Exceções de Impedimento e de Suspeição
A incompetência refere-se ao juízo como órgão jurisdicional; o impedimento e a suspeição, ao juiz, como pessoa física, encarregada da prestação jurisdicional.
Assim, quando o juiz é afastado do processo por impedimento ou suspeição, o processo não se desloca do juízo, apenas o julgador.
Embora o Código preveja prazo para essas exceções, no caso de impedimento, pelo menos, é de admitir-se que não ocorre a preclusão da faculdade de arguir a incapacidade do juiz. Isto porque até da res iudicata, o Código permite a invocação desse vício para rescindir a sentença.
O juiz torna-se réu durante a tramitação do procedimento incidental, vez que se o incidente for julgado procedente, o juiz sofrerá a condenação das custas.
A apreciação e julgamento do incidente tocam ao Tribunal ao qual o juiz é subordinado, quando porém ocorrer objetivamente o descabimento da exceção, poderá o próprio juiz exceto denegá-la liminarmente.
A petição deverá especificar o motivo da recusa, que deve ser uma dos previstos nos arts. 134 e 135, pois a enunciação legal é taxativa.
– DA RECONVENÇÃO.
Conceito: é a ação do réu contra o autor, proposta no mesmo feito em que está sendo demandado. (contra-ataque)
da reconvenção resulta um acúmulo de lides, ambas as partes passam a atuar simultaneamente como autores e réus.
O fundamento da reconvenção está no princípio da economia processual, como que se evita a abertura de múltiplos processos, entre as mesmas partes versando sobre questões conexas, que podem ser decididas juntas.
A reconvenção, todavia, é mera faculdade, não um ônus como contestação. Não decorre nenhum prejuízo ao réu da sua omissão. O réu, mesmo que não tenha ajuizado resposta reconvencional pode ainda interpor ação paralela, perante o mesmo juiz, mesmo depois de vencido o prazo para reconvir.
Pressupostos
Como se trata de uma verdadeira ação a Reconvenção está obrigada a cumprir os requisitos como se ação autônoma o fosse, aos pressupostos processuais e condições da ação. 
Entretanto, dado a sua natureza especial a Reconvenção requer o cumprimento de alguns requisitos específicos, estabelece o art. 315 que “o réu pode reconvir com o autor no mesmo processo, toda vez que a Reconvenção seja conexa com ação principal ou com o fundamento da defesa”. Seu parágrafo único restringe, lado outro, a admissibilidade desse cúmulo processual, dispondo que “não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem”.
Pressupostos específicos:
Legitimidade da parte – só o réu é legitimado ativo para reconvir, e o autor, legítimo, para ser reconvindo. Não se admite que o autorconfigure litisconsorte com terceiro para reconvir ao autor.
Conexão – só é admitida a Reconvenção quando houver conexão entre esta e a ação principal, ou entre esta e o fundamento de defesa.
A conexão pode ocorrer entre a defesa do réu e o pedido reconvencional, quando o fato jurídico invocado na contestação para impedir o pleito do autor sirva para fundamentar, também, um pedido próprio do réu contra aquele.
Competência – por força do art. 109, o juiz da causa principal também é competente para julgar a Reconvenção. Essa prorrogação não alcança as hipóteses de incompetência absoluta, mas apenas a relativa, segundo dipõe o art. 102. 
Portanto, só poderá ocorrer a Reconvenção quando o juiz da ação principal for competente para esta.
Rito – o procedimento da ação principal deve ser o mesmo da ação reconvencional. 
A ação de reconvenção não cabe em ações de procedimento sumário, pelo fato de lei proferir-lhe natureza de ação dúplice.
Procedimento
A Reconvenção, embora seja oferecida simultaneamente com a contestação, deve ser proposta em ação autônoma.
Não se procede a citação do autor, reconvindo. É feita apenas a intimação (a citação é o chamamento ao processo, o autor já tem o conhecimento da demanda, deve ser feita a sua cientificação do procedimento).
O prazo é de 15, para a resposta do reconvindo, autor. A resposta deve observar todas as regras pertinentes 
à contestação.
Após a contestação, a Reconvenção integrará a marcha normal do processo e, afinal, será julgada de forma explícita, juntamente com a ação, em uma só sentença.
A inobservância da norma que dispõe sobre a simultaneidade do julgamento da ação principal e da reconvenção gera a sua nulidade.
A petição reconvencional pode ser indeferida liminarmente nos mesmo caso em que se permite a rejeição da petição inicial (art. 295). Há, também, o indeferimento por inobservância dos requisitos específicos de admissibilidade da reconvenção (art. 303)
Caso o réu interponha somente a Reconvenção, e não a contestação, sofrerá os efeitos da revelia na ação principal. Mas, o pedido da ação incidental também será apreciado.
A desistência da ação principal, ou a extinção da mesma por qualquer motivo, não obsta ao prosseguimento do feito incidental. E virse versa.
– DA REVELIA.
Ocorre revelia, quando o réu, regularmente citado, deixa de oferecer resposta à ação, no prazo legal.
O réu não tem o dever contestar o pedido, mas tem o ônus de fazê-lo o que acarretará em sua ausência no processo, ou seja, todos os atos processuais, em consequência dessa atitude, passaram a ocorrer sem a intimação ou ciência do réu.
Entretanto, o fato de ocorrer a revelia não impossibilita o réu e comparecer nos autos ou de constituir advogado. O código lhe assegura o direito e intervir no processo em qualquer fase. Daí em diante, respeitados os atos preclusos, o revel participará da marcha processual em par de igualdade com o autor, restabelecendo o império do contraditório, tornando obrigações as intimações a seu advogado.
Efeitos 
Se o réu não apresenta contestação considerasse verdadeiros todos os fatos apresentados pelo autor. (art. 319)
Desta forma, torna-se desnecessária a apresentação de provas que iriam desconstituir os fatos em que se baseou o pedido do autor, o que permite o julgamento antecipado da lide. (art. 330, II)
Isto não significa que o pleito do autor será julgado procedente.
Entretanto, há restrições no Código, art. 320, onde os efeitos da revelia não aplicados, vejamos:
“I – havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação.
II – o litígio versar sobre direito indisponíveis
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento público, que a lei considere indispensável à prova do ato.
Ainda que ocorra a revelia, o autor não poderá mudar o pedido, ou a causa de pedir, nem demandar declaração incidente, sem a ciência do demandado. Se o pretender, deverá promover nova citação do réu, a quem assegurado novo prazo de 15 dias para responder. (art. 321)
O reconhecimento da procedência do pedido. Art. 269, leva o julgamento antecipado da lide sem resolução do mérito. Não pode ser confundido com a confissão, vez que tem por objeto o próprio pedido do autor, enseja a autocomposição do litígio e dispensa ao juiz dar sua própria solução do mérito.
7 – FASE DO SANEAMENTO.
Conceito: a fase do saneamento é feita por medidas que o julgador deve tomar logo após a resposta do réu, encerram a fase postulatória, é resultado do contraditório, uma vez que o autor deve tomar ciência das incompatibilidades processuais existentes na demanda.
Findo o prazo de resposta do réu os autos são conclusos ao juiz, que poderá, no prazo de 10 dias, tomar uma das seguintes providências:
I – determinar a especificação de provas a serem produzidas (art. 324)
II – admitir pedido de declaração incidental de questão prejudicial. (art. 324) 
III – determinar a ouvida do autor, em 10 dias, sobre fatos extintivos, modificativos ou impeditivos de seu direito, invocados pelo réu na contestação. (art. 326)
IV – determinar a ouvida do autor, em 10 dias, sobre as preliminares do art. 301, quando arguidas pelo réu, ou mandar suprir, prazo nunca superior a 30 dias, as nulidade ou irregularidades sanáveis que encontrar (art. 327).
Se as nulidades encontradas pelo juiz forem de natureza insanáveis não haverá a determinação de providências preliminares. O juiz, de plano, proferirá a extinção do processo. (art. 329)
É na ocasião das providências preliminares, fase do saneamento, que o juiz realiza o complexo exame dos pressupostos processuais e das condições da ação, para penetrar no saneamento do feito.
Réplica do Autor
Em dois casos há providência preliminar que consiste em facultar ao autor o direito de réplica à resposta do réu:
I – quando o demandado, reconhecendo o fato que se fundou a ação, outro lhe propuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. (art. 326)
II – quando, em preliminar de contestação, for alegada qualquer das matérias enumeradas no art. 301. (art. 327)
Em ambos os casos, para manter a observância do princípio do contraditório, será facultado ao autor replicar a resposta do réu, bem como produzir prova documental, tudo no prazo de 10 dias.
Revelia e Provas
Ocorrendo a revelia não há necessidade de produção de provas, e o juiz fica autorizada a promover o julgamento antecipado da lide.
Entretanto, há casos em que o autor não ser desobriga de demonstrar fatos que constituem o seu direito, sem incorrendo réu em revelia.
Destarte, após vencido o prazo para a contestação o juiz da um a despacho intimando o autor para que especifique as provas que pretende produzir em audiência. (art. 324)
Ação Declaratória Incidental
Se no curso do processo, se tornar litigiosa a relação jurídica de cuja existência ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que o juiz a declare de ofício (art. 5º)
A questão prejudicial se transforma em mérito da causa, e a sentença, ao julgá-la dar-lhe-á solução com força de coisa julgada.
7.1 – JULGAMENTO CONFORME ESTADO DO PROCESSO.
Cumprida as providências preliminares, ou não havendo necessidade dessas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo.
Não há necessidade de preliminares quando não houver resposta do réu ou não incidir as hipóteses do art. 320, quando réu não produzir defesa indireta, não houver nulidades processuais a serem sanadas, e, ainda, quando não houver documentos com a contestação.
O julgamento conforme o estado processo pode consistir em uma das seguintes decisões:
I – extinção do processo (art. 329)
II – julgamento antecipado da lide. (art. 330)
III – saneamento do processo.
Extinção do Processo
No julgamento conforme estado do processo o juiz declarará a extinção do processo, sem apreciar o mérito,nas hipóteses previstas no art. 267:
I – nos casos de indeferimento da petição inicial
II – quando a causa for abandonado por ambas as partes, por mais de um ano
III – quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias.
IV – quando não ocorrem os pressupostos processuais, ou seja, os requisitos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo.
V – nos casos de perempção, litispendência ou coisa julgada
VI – quando não ocorrer qualquer das condições da ação
VII – no caso de preexistência de compromisso arbitral
VIII – quando houver desistência da ação
IX – quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal
X – quando houver confusão entre autor e réu
XI – nos demais casos prescritos no Código.
Em todos os casos do art. 267 a sentença do juiz é terminativa, pois os aspectos analisados são de natureza formal, ou seja, não tocam o mérito da demanda.
O juiz pode, também, julgar o processo, antecipadamente, com resolução do mérito nos casos do art. 269:
II – quando réu reconhecer a procedência do pedido
IV – quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição
Em ambos os casos, embora o juiz não dê solução própria ao litígio, profere sentença definitiva, com a composição de mérito da causa.
Julgamento Antecipado da Lide
No momento do julgamento conforme estado do processo, o juiz examinará o pedido e proferirá sentença contendo a sua própria solução para a lide, sem passar pela audiência de instrução e julgamento, quando (art. 330):
A 	questão de mérito for unicamente de direito
Mesmo sendo de direito e de fato, a questão de mérito, não houver a necessidade de produzir provas em audiência
Ocorrer a revelia
A sentença, nesses casos, é definitiva e tem a mesma natureza e requisitos daquele que se profere normalmente, após a instrução em audiência.
Após o encerramento da fase postulatória o juiz já encontra-se em condições de decidir sobre o mérito da causa.
Audiência Preliminar
É o momento que se tenta a conciliação das partes, antes de se dar início à fase específica de instrução processual.
Essa audiência é designada no prazo máximo de 30 dias, sempre que não for possível o julgamento antecipado da lide, deverão estar presentes os litigantes e seus advogados.
Não haverá a audiência de conciliação, e sim, prolação de sentença, desde logo, quando: a) qualquer das hipóteses do art. 267 e b) algumas das hipóteses dos incisos II a V do art. 269.
Promovida a audiência e as partes chegarem a uma acordo o juiz reduzira esse a termo e homologará sentença.
Não alcançada a conciliação, o juiz extrairá dados importantes das partes para simplificar o prosseguimento do feito e completar seu total saneamento antes de passar a coleta dos elementos de prova:
Fixação dos pontos controvertidos entres as partes
Julgamento das questões processuais pendentes
Determinação das provas a produzir
Designação da audiência de instrução e julgamento, se necessária
7.2 – SANEAMENTO DO PROCESSO.
O despacho saneador não tem um momento específico para iniciar-se, mas termina dentro da audiência de conciliação.
O despacho saneador é tão-somente uma eventual declaração de regularidade do processo. É eventual porque nem sempre ocorre, mesmo quando o processo está em ordem.
É aquela decisão que o juiz profere, ao final da providências preliminares, para reconhecer que o processo está em ordem e que a fase probatória pode ser iniciada.
Tal despacho é a terceira e última modalidade de julgamento conforme estado do processo, é uma decisão interlocutória, que dá solução à questão do cabimento de uma tutela jurisdicional e da admissibilidade dos meios de provas utilizados na fase de instrução do processo.
Cabimento
Na ordem lógica do processo só caberá despacho saneador quando não houver extinção do processo, nos termos do art. 329, nem for possível o julgamento antecipado da lide.
Pressupõe, destarte, a inexistência de vícios na relação processual ou a eliminação daqueles que acaso tivessem existido, bem como a necessidade de outras provas além dos elementos de convicção produzidos, na fase postulacional.
Conteúdo
Se as questões preliminares ofertadas pelo réu não forem capazes de provocar a extinção do processo, o juiz terá de apreciá-las e rejeitá-las no saneador, pois só assim terá condições de declarar saneado o feito.
Após isso, ou quando houver questões preliminares, o juiz, ao declarar saneado o processo, deverá segundo art. 331, designar audiência preliminar, para tentar a conciliação entre as partes, e não sendo possível tomar as seguintes deliberações:
Fixar os pontos controvertidos
Decidir as questões processuais dependentes
Determinar as provas a serem produzidas
Designar audiência de instrução e julgamento
Se for o caso de exame pericial, o momento de deferi-lo, com a nomeação do perito é o saneador.
Não há um momento específico para concentrar a atividade saneadora, este momento iniciasse com a exaustão do prazo de resposta do réu e termina na audiência preliminar.
O despacho saneador é uma decisão interlocutória que contém, uma tríplice declaração positiva:
Admissibilidade do direito de ação, por concorrerem as condições da ação, sem as quais não se legitima o julgamento do mérito
Validade do processo, por concorrerem todos os pressupostos e requisitos necessários à formação e desenvolvimento válido do processo
Deferimento da prova oral ou pericial
Formas 
Se não houve controvérsia na fase postulatória, a respeito da admissibilidade da ação ou dos pressuposto processuais, ao juiz basta proferir despacho saneador de forma sucinta em que afirme estar o processo em ordem.
Quando, porém, o juiz tiver que repelir alguma preliminar de contestação deve o fazer de forma fundamentada.
8 – FASE PROBATÓRIA.
O processo de conhecimento tem por objeto as provas dos fatos alegados dos litigantes, através da apreciação destas o juiz, juntamente com o direito exposto, formará seu convencimento para solucionar a lide.
Há dois sentidos em que se pode conceituar a prova no processo:
Um objetivo: como instrumento ou meio hábil, para demonstrar a existência de um fato (os documentos, as testemunhas, a perícia)
E outro subjetivo: que é certeza gerada quanto ao fato, em virtude do instrumento probatório. É a formação da convicção do magistrado.
Chama-se instrução do processo a fase em que as partes devem produzir as provas de suas alegações.
Esta fase inicia-se após o despacho saneador e finda na audiência, momento em que o juiz declara encerrada a instrução.
Características das Provas
Toda provas há de ter um objeto lógico, uma finalidade, um destinatária e deve ser obtida mediante meios e métodos determinados. A prova tem por objeto os fatos alegados pelas partes, e como finalidade a formação da convicção do magistrado. O destinatário é o juiz, os meios legais são os previstos nos arts. 332 e 443, mas além deste o Código permite outros meios probatórios não especificados, desde de moralmente legítimos.
Só o que consta regularmente nos autos pode servir de prova para o julgamento da lide.
Objeto da Prova
O objeto da prova são os fatos alegados pelas partes, vez que o conjunto probatório visa a sua elucidação.
Direta: é a prova que demonstra a existência do próprio fato narrado nos autos.
Indireta: é a que evidencia uma outro fato, através do qual, por raciocínio lógico, se chega a uma conclusão a respeito dos fatos constantes nos autos (prova por presunção).
Compete ao juiz fixar, em audiência, os fatos a serem provados. (art. 331, §2º, e 451)
Há certos fatos que, embora alegados pelas partes, não dependem de prova, art. 334:
“I – notórios 
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária.
III- admitidos, no processo, como incontroversos
IV – em cujo favor militar presunção legal de existênciaou veracidade.”
Finalidade e Destinatário da Prova
A finalidade do conjunto probatório é a busca da verdade real, entretanto tal verdade não pode ser alcançada por quaisquer meios, mas, sim, apenas por aqueles que o Código estipula como próprios.
O juiz é o destinatário das provas, e deve forma seu convencimento através do conjunto probatório constante nos autos.
Valoração da Prova
O juiz não pode agir de modo arbitrário para valorar as provas, deve seguir um método ou sistema. Três são os sistemas conhecidos na história do direito processual:
O critério legal
O da livre convicção 
O da persuasão racional
O critério legal está totalmente superado, nele o juiz é quase autônomo, apenas afere as provas seguindo uma hierarquia legal, e o resultado surge automaticamente. Representa uma supremacia do formalismo sobre o ideal da verdadeira justiça. Deste modo, o processo formava apenas uma verdade formal, que poderia não ter nada com a verdade real.
O sistema da livre convicção é o oposto da prova legal, o que deve prevalecer é a íntima convicção do juiz, que é soberano para investigar a verdade e apreciar as provas.
O sistema da persuasão racional, é fruto da mais atualizada compreensão da atividade jurisdicional, neste o julgamento deve ser fruto de uma operação lógica armada com base nos elementos da convicção existentes no processo.
Embora seja livre o convencimento do juiz, não há arbitrariedades, porque a conclusão deve ligar-se logicamente à apreciação jurídica daquilo que restou demonstrado nos autos.
A convicção dos magistrado não pode fugir às regras da lógica e da experiência:
Aos fatos nos quais se funda a relação jurídica controvertida;
Às provas desses fatos, colhidas no processo
Às regras legais e máximas da experiência 
E o julgamento deverá ser sempre motivado.
O código adotou o sistema de persuasão ou livre convencimento motivado:
Embora livre o convencimento, não pode ser arbitrário, pois fica condicionado às alegações das partes e às provas dos autos
A observância de certos critérios legais sobre provas e sua validade não pode ser desprezada pelo juiz.
O juiz fica adstrito às regras de experiência, quando faltam normas legais sobre provas, isto é, os dados científicos e culturais ao alcance do magistrado são úteis e não podem ser desprezados na decisão da lide
As sentenças devem ser fundamentadas, o que impede julgamentos arbitrários ou divorciado da prova dos autos.
Dispõe o art. 335 que as máximas da experiência não se confundem a experiência pessoal do juiz, sobre algum fato concreto. Esse testemunha particular o juiz não pode usar para decidir a lide, porque é obtido sem o crivo do contraditório e porque quebra a imparcialidade resguarda.
Representam, na verdade, percepções em abstrato do que ordinariamente acontece. Integram a cultura média da sociedade.
A máxima da experiência deve ser formada a partir do conhecimento comum, e deve cair no domínio público, isto é, no reconhecimento geral.
Poder de Instrução do Juiz
Dispõe o art. 130 que “caberá ao juiz, de ofício, ou a requerimento das partes, determinar as provas necessárias à instrução do processo. Indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.”
Embora a parte tenha o poder de dar início a uma prestação jurisdicional, após tal iniciativa passa a existir um interesse estatal cuja finalidade se firma em ter uma lide composta de forma justa e segundo as regras do direito.
Assim o juiz deixa de ser simples arbitro, aplicador de normas, e passa a ter uma iniciativa na busca da verdade real e instruir a causa.
Entretanto, tal poder não é ilimitado, pois, segundo regras que tratam dos ônus processuais e presunções legais, na maioria das vezes a conduta da parte influi decisivamente sobre a prova e afasta a iniciativa do juiz.
Ônus da Prova
O ônus consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos arrolados por ela seja admitida pelo juiz.
Não há um dever de provar, nem à parte contraria assiste o direito de exigir a prova do adversário. Há um simples ônus, de modo que o litigante assume o risco de perder a causa de não provar os fatos alegados dos quais depende a existência do direito subjetivo que pretende resguarda através da tutela jurisdicional.
Inexistindo o dever ou obrigação de provar, o ônus da prova se torna, em última análise, um critério de julgamento para o juiz que; sempre ao tempo da sentença, se deparar com falta ou insuficiência de prova, para retratar a verdade dos fatos, o juiz decidirá a causa contra aquele que o sistema legal atribuir ônus da prova.
Sistema Legal do Ônus da Prova
O art. 333 reparte o ônus da prova entre os litigantes da seguinte maneira:
“I – ao autor incumbe, o ônus de provar fato constitutivo de seu direito
II – ao réu, o de provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.”
Cada parte, portanto, tem i ônus de provar os pressupostos fáticos do direito que pretende que seja aplicado pelo juiz na solução do litígio.
Quando o réu contesta apenas negando o fato em que se baseia a pretensão do autor, todo o ônus probatório recai sobre este. Mesmo sem nenhuma iniciativa de prova, o réu ganhará a causa, se o autor não demonstrar a veracidade do fato constitutivo de sua pretensão.
Entretanto, quando o réu se defende por defesa indireta, a regra inverte-se. É que ao se basear em fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito do autor, o réu implicitamente admitiu como verídico o fato básico da petição inicial.
Convenção do Ônus da Prova
É perfeitamente lícito, às partes, em cláusula contratual, que estipulem critérios próprios a respeito do ônus probatório. 
Isto, porém, só é permitido quando a cláusula versar sobre direito disponíveis, ou quando não tornar impraticável o próprio direito do autor.
Meios de Prova
A convicção do juiz deve ser formada através do meios ou instrumentos conhecidos como idôneos pelo direito, os especificados pelo estatuto processual foram os seguintes:
“I – depoimento pessoal
II – confissão
III – exibição de documento ou coisa
IV - prova documental
V – prova testemunhal
VI – prova pericial
VII – inspeção judicial”
Prova por Presunção
A presunção corresponde mais a um tipo de raciocínio do que propriamente a um meio de prova. Com elas pode-se chegar a uma noção acerca do determinado fato sem que esteja diretamente demonstrado. (prova indireta)
A presunção, nessa ordem de ideias, é a consequência ou a ilação que se tira de um fato provado (conhecido) para deduzir a existência de outro, não conhecido, mas que se quer provar.
Procedimento
Para que as provas, para que penetrem no processo, com eficácia que delas se espera, devem seguir certas formalidades, como todo ato jurídico.
A não ser as provas determinadas pelo juiz, todas as outras devem respeitar o princípio do contraditório. Devem ser requeridas por uma parte, deferidas pelo juiz e fiscalizadas pela outra parte.
O procedimento probatório compreende três estágios:
A proposição
O deferimento
A produção
A propor uma prova incumbe a parte identificar o fato que pretende provar e o meio de prova a ser utilizado.
O deferimento dos meios de prova se dá, geralmente, na fase do saneamento.
A produção da prova é uma diligência do juiz, e seus auxiliares, e também das partes, realizada para que prova se incorpore materialmente aos autos.
8.1 – DO DEPOIMENTO PESSOAL.
O depoimento pessoal é o meio de prova pelo qual se faz o interrogatório da parte, no curso do processo.
Aplica-se tanto ao autor quanto ao réu, pois ambos tem o ônus de comparecer em juízo e responder o que lhe for interrogado pelo juiz. (art. 340, I)
A iniciativa dessa diligência processual pode ser da parte contrária e, também, do próprio juiz. (art. 342)
A finalidade deste meio de prova é dupla:

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