Logo Passei Direto
Buscar

ILICITUDE E CULPABILIDADE - NP2

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

O artigo 19 da Lei de Contravenções Penais permanece válido e é aplicável ao porte de arma branca, cuja potencialidade lesiva deve ser aferida com base nas circunstâncias do caso concreto, tendo em conta, inclusive, o elemento subjetivo do agente.

DIFERENÇA ENTRE CRIME PROGRESSIVO E PROGRESSÃO CRIMINOSA -

O crime omissivo próprio é aquele em que o agente viola o que está escrito no tipo penal por meio de uma conduta omissiva expressamente prevista na norma como proibida, ou seja, existe uma previsão expressa de punição para um NÃO FAZER, como acontece no crime de omissão de socorro, previsto no artigo 135 do Código Penal, que será consumado pela simples ausência de socorro.

Crime omissivo impróprio ocorre quando o dever de agir é para evitar um resultado concreto, ou seja, nos crimes omissivos impróprios o indivíduo que se encontra na posição de garantidor responde como se houvesse praticado o crime.

Conceitos complementares, porém distintos. A análise da imputação somente ocorrerá se for positiva a análise da causalidade. Sem o nexo causal entre a conduta e o resultado, não há necessidade de análise da imputação, pois já não haverá tipicidade.

No entanto, nos crimes de mera conduta a lei não prevê um resultado, bastando, assim, a mera conduta.

O que é causado no âmbito de um risco permitido não pode ser imputado. Portanto, não é fato materialmente típico - exemplo : lesões cirúrgicas, esportivas.

CONDUTA DOLOSA - VOLUNTARIEDADE PARA LESAR OU COLOCAR EM PERIGO UM BEM JURÍDICO.

CONDUTA CULPOSA - ADOÇÃO DE UM COMPORTAMENTO CUJO RESULTADO PODE CAUSAR LESÃO A BEM JURÍDICO.

CASO FORTUITO (EVENTO NÃO IDENTIFICADO) X FORÇA MAIOR (EVENTO CONHECIDO - NATURAL).

COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL - Agente fica impossibilitado de praticar movimentos de acordo com a sua vontade. Se irresistível - exclui a conduta.

Alguns falam em dolo de terceiro grau - consequência da consequência - exemplo - grávida dentro do avião. Não é admitido, pois gera responsabilidade penal objetiva. Se souber da gravidez da passageira e do aborto, houve dolo de segundo grau.

NUCCI - quero matar alguém no domingo. Na segunda, acidentalmente, atropelo esta pessoa e ela morre. Não responderei pelo homicídio doloso, pois meu dolo era antecedente.

HOMICÍDIO TENTADO DOLOSO E CONSUMADO CULPOSO? NÃO. CONSUMADO DOLOSO E QUALIFICADO PELO AFOGAMENTO.

A realização de uma conduta prevista num tipo penal é indício de antijuridicidade. O fato é a princípio antijurídico, exceto se for comprovada alguma excludente de ilicitude.

A TIPICIDADE faz parte da antijuridicidade. Ou seja, há o universo mais amplo de tudo que é antijurídico e os tipos estão dentro deste universo.

Então aqui a tipicidade não é meramente indiciária. É ratio essendi.

A doutrina majoritária é no sentido de que um fato acobertado por uma justificativa continua sendo típico. Ele não é antijurídico.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

O artigo 19 da Lei de Contravenções Penais permanece válido e é aplicável ao porte de arma branca, cuja potencialidade lesiva deve ser aferida com base nas circunstâncias do caso concreto, tendo em conta, inclusive, o elemento subjetivo do agente.

DIFERENÇA ENTRE CRIME PROGRESSIVO E PROGRESSÃO CRIMINOSA -

O crime omissivo próprio é aquele em que o agente viola o que está escrito no tipo penal por meio de uma conduta omissiva expressamente prevista na norma como proibida, ou seja, existe uma previsão expressa de punição para um NÃO FAZER, como acontece no crime de omissão de socorro, previsto no artigo 135 do Código Penal, que será consumado pela simples ausência de socorro.

Crime omissivo impróprio ocorre quando o dever de agir é para evitar um resultado concreto, ou seja, nos crimes omissivos impróprios o indivíduo que se encontra na posição de garantidor responde como se houvesse praticado o crime.

Conceitos complementares, porém distintos. A análise da imputação somente ocorrerá se for positiva a análise da causalidade. Sem o nexo causal entre a conduta e o resultado, não há necessidade de análise da imputação, pois já não haverá tipicidade.

No entanto, nos crimes de mera conduta a lei não prevê um resultado, bastando, assim, a mera conduta.

O que é causado no âmbito de um risco permitido não pode ser imputado. Portanto, não é fato materialmente típico - exemplo : lesões cirúrgicas, esportivas.

CONDUTA DOLOSA - VOLUNTARIEDADE PARA LESAR OU COLOCAR EM PERIGO UM BEM JURÍDICO.

CONDUTA CULPOSA - ADOÇÃO DE UM COMPORTAMENTO CUJO RESULTADO PODE CAUSAR LESÃO A BEM JURÍDICO.

CASO FORTUITO (EVENTO NÃO IDENTIFICADO) X FORÇA MAIOR (EVENTO CONHECIDO - NATURAL).

COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL - Agente fica impossibilitado de praticar movimentos de acordo com a sua vontade. Se irresistível - exclui a conduta.

Alguns falam em dolo de terceiro grau - consequência da consequência - exemplo - grávida dentro do avião. Não é admitido, pois gera responsabilidade penal objetiva. Se souber da gravidez da passageira e do aborto, houve dolo de segundo grau.

NUCCI - quero matar alguém no domingo. Na segunda, acidentalmente, atropelo esta pessoa e ela morre. Não responderei pelo homicídio doloso, pois meu dolo era antecedente.

HOMICÍDIO TENTADO DOLOSO E CONSUMADO CULPOSO? NÃO. CONSUMADO DOLOSO E QUALIFICADO PELO AFOGAMENTO.

A realização de uma conduta prevista num tipo penal é indício de antijuridicidade. O fato é a princípio antijurídico, exceto se for comprovada alguma excludente de ilicitude.

A TIPICIDADE faz parte da antijuridicidade. Ou seja, há o universo mais amplo de tudo que é antijurídico e os tipos estão dentro deste universo.

Então aqui a tipicidade não é meramente indiciária. É ratio essendi.

A doutrina majoritária é no sentido de que um fato acobertado por uma justificativa continua sendo típico. Ele não é antijurídico.

Prévia do material em texto

Aula 01 – 11.02.2025 
 
Matriz de Eisenhower – 
Importante e urgente – faça agora 
Importante, mas não urgente – agende e faça logo 
Urgente, mas não é importante - delegue 
Não é urgente, nem importante – delete 
 
 
 
O princípio de Pareto afirma que, para muitos trabalhos, 80% dos 
resultados resultam de 20% das causas. 
 
Técnica Pomodoro. 
 
PROVAS – QUESTÕES OBJETIVAS – 20 
DATAS CERTAS CONFORME CALENDÁRIO 
SUBSTITUTIVAS – DATA CERTA, CONFORME 
CALENDÁRIO 
EXAME FINAL – IDEM. 
 
 
‘direito penal e suas velocidades 
 
1. Primeira Velocidade do Direito Penal: 
o Essa velocidade está mais ligada aos direitos e garantias 
constitucionais. Aqui, o Estado é mais lento em disciplinar a 
condenação dos crimes, com maior extensão do julgamento 
e aplicação rígida de penas privativas de liberdade. É 
marcada pela aplicação clássica da pena de prisão, ao 
mesmo tempo em que garante os direitos fundamentais do 
indivíduo1. 
2. Segunda Velocidade do Direito Penal: 
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://jus.com.br/artigos/63624/um-resumo-sobre-as-velocidades-do-direito-penal
o Nessa velocidade, ocorre uma flexibilização do sistema 
penal. Não há necessidade de privação de liberdade do 
agente; em vez disso, aplicam-se medidas alternativas que 
cumprem a função sancionadora. Exemplos incluem os 
Juizados Especiais Criminais, onde prevalecem a oralidade, 
simplicidade e celeridade1. 
3. Terceira Velocidade ou Teoria do Direito Penal do Inimigo: 
o Proposta por Günther Jakobs, essa velocidade é considerada 
um direito de exceção. O “inimigo” é aquele que não aceita 
se submeter às regras básicas da convivência social. Aqui, a 
punição é mais intensa e menos garantista1. Atos terroristas 
– Ticking bomb scenario theory. Tortura (mecanismo 
preventivo para evitar males maiores.) CADUCIDADE – 
terrorista perde direitos humanos porque pratica atos 
desumanos. 
o 
o A Quarta Velocidade - Tribunal Penal Internacional 
o Tal velocidade está intimamente ligada ao Direito Penal 
Internacional e à resolução mundial de conflitos. Aqui tem-se a 
figura do Tribunal Penal Internacional (TPI). 
o Criado pelo Estatuto de Roma, em 1998, com sede em Haia, na 
Holanda, é formado por 18 juízes, com 9 anos de mandato, vedada 
a recondução, sendo que são 6 juízes para a investigação, 6 para 
julgar e 6 para o segundo grau, se houver. Julgam os crimes de lesa 
humanidade, como o genocídio, o crime de guerra, entre outros. 
o No Brasil o Tratado de adesão ao TPI iniciou sua vigência em 2002, 
com a assinatura do Decreto 4388/02, sendo posteriormente 
incorporação na Constituição Federal pela Emenda 45/2004 (Art.5º 
[...] §4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão). 
o Nessa velocidade, tem-se um aumento do poderio repressor do 
Estado, inclusive de forma mais arbitrária e abusiva que o 
Direito Penal do Inimigo (MASSON, 2017 ,p.117). Por ser de 
âmbito Penal Internacional, encontra-se muito ligado a política e a 
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://jus.com.br/artigos/63624/um-resumo-sobre-as-velocidades-do-direito-penal
https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebdQuadrilha ou bando atualmente chamado de - 
Associação Criminosa (3 ou mais agentes – artigo 288 
CP). Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, 
para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se 
a associação é armada ou se houver a participação de 
criança ou adolescente. 
 
O artigo 29 é importante para os crimes 
unissubjetivos. 
 
Dele decorrem alguns conceitos importantes: 
 
TIPICIDADE DERIVADA – NORMA DE EXTENSÃO – 
TIPICIDADE MEDIATA 
EX: art. 157, caput, cc art. 29 do Código Penal. 
 
Organização criminosa – não precisa colocar o artigo 
29, pois já é praticado em grupo. 
 
Quem de qualquer modo concorre para o crime incide 
nas penas, na medida de sua culpabilidade 
 
É preciso lembrar que em alguns casos, o simples 
concurso de agentes foi considerado como causa de 
aumento de pena. 
Exemplo: art. 157, § 2º, inciso II: § 2º A pena 
aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: II - se há o 
concurso de duas ou mais pessoas; 
Ou como qualificadora: 
- Furto qualificado 
§ 4º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e 
multa, se o crime é cometido: 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
 
 
TEORIA UNITÁRIA OU MONISTA, MONÍSTICA – 
PLURALIDADE DE AGENTES, DIVERSIDADE DE 
CONDUTAS COM ÚNICO RESULTADO – 5 assaltam o 
roubo – temos 1 roubo com pluralidade de agentes e 
não cinco roubos. 
 
TEORIA PLURALISTA – seriam 5 roubos. 
 
EXCEÇÃO – art. 124 x 126 CP. CHAMADA EXCEÇÃO 
PLURALISTA À TEORIA MONISTA. No Brasil adotou-se 
a teoria monista moderada, ou seja, com algumas 
exceções legais. 
- Aborto provocado pela gestante ou com seu 
consentimento 
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir 
que outrem lho provoque: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da 
gestante: 
Vide ADPF nº 54, que declara inconstitucional a 
interpretação de a interrupção da gravidez de feto 
anencéfalo ser conduta tipificada neste artigo. Pena - 
reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, 
se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é 
alienada ou débil mental, ou se o consentimento é 
obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. 
 
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS: 
 
PLURALIDADE DE AGENTES – É REQUISITO. DUAS 
PESSOAS BASTAM. UNIDADE DE CRIMES – OS 
CRIMES TÊM QUE SER OS MESMOS. 
CONDUTAS RELEVANTES – empregada que deixa 
a porta da frente aberta, mas os agentes usam as 
portas dos fundos. 
UNIDADE DE DESÍGNIOS- VÍNCULO SUBJETIVO – 
LIAME PSICOLÓGICO. ACORDO PRÉVIO É 
NECESSÁRIO? NÃO. GERALMENTE ESTÁ PRESENTE, 
MAS BASTA MERA ADESÃO. LIAME CONCOMITANTE. 
 
 
COAUTORIA X AUTORIA COLATERAL – SÃO 
COISAS DISTINTAS. TÍCIO E MÉVIO QUEREM MATAR 
FULANO, MAS NÃO SE CONHECEM. FAZEM UMA 
EMBOSCADA E EM PONTOS DISTINTOS DISPARAM 
EM FULADO SIMULTANEAMENTE. 
 
SE NÃO FOR IDENTIFICADO QUAL DISPARO 
MATOU FULANO – TÍCIO E MÉVIO RESPONDEM POR 
TENTATIVA. DÚVIDA FAVORÁVEL AOS RÉUS. 
 
SE FOR IDENTIFICADO QUAL PROJÉTIL MATOU 
FULANO – O AUTOR DO DISPARO FATAL RESPONDE 
PELO HOMICÍDIO E O OUTRO AUTOR COLATERAL 
RESPONDE PELA TENTATIVA. 
 
 
 PEGADINHA – UNIDADE DE AGENTES E 
PLURALIDADE DE CRIMES – ERRADO. 
 
Quis o legislador colocar maior gravidade em quem 
pratica efetivamente os atos abortivos e menor 
gravidade para a gestante. 
 
TERCEIRA TEORIA – PLURALIDADE DE AGENTES, 
DIVERSIDADE DE CONDUTAS E PLURALIDADE DE 
RESULTADOS – NÃO TEMOS EXEMPLOS NO BRASIL 
 
TEORIA QUE DIFERENCIAM OU NÃO COAUTOR, 
PARTÍCIPE. 
 
TEORIA SUBJETIVA (CONCEITO SUBJETIVO) – AUTOR E 
PARTÍCIPE – NÃO HÁ DISTINÇÃO. BASTA O ANIMO DE 
PRATICAR A CONDUTA CRIMINOSA. 
 
TEORIA OBJETIVO FORMAL – objetiva, restritiva ou 
dualista – autor é quem realiza o NÚCLEO do tipo. 
Partícipe concorre, sem realizar o verbo – núcleo. Esta 
é a teoria adotada, complementada por outras 
subteorias. Exemplo – autoria mediata – crime 
cometido por interposta pessoa. Médico que quer 
matar paciente e manda enfermeiro aplicar medicação 
letal sem que o enfermeiro saiba. 
 COAUTOR é o agente principal, 
enquanto o partícipe é o agente acessório, secundário. 
 Abandonada por identificar-se 
injustiças – exemplo dos mandantes que não eram 
considerados coautores e sim meros partícipes, 
quando na verdade eles eram os maiores 
responsáveis. 
 
TEORIA OBJETIVO MATERIAL – autor é quem contribui 
de forma mais relevante. Menos relevante é o 
partícipe. Há quem diga, nesta teoria, que todos são 
coautores. 
 
TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO – OBJETIVO-
SUBJETIVA. AUTOR é quem tem o controle do fato, ou 
seja, se o crime vai ou não ocorrer. FOI ACOLHIDA no 
Brasil no julgamento do mensalão – AP 470 STF. 
 
DOUTRINA MAJORITÁRIA E JURISPRUDÊNCIA – 
DIFERENÇA ENTRE AUTOR E PARTÍCIPE – TEORIA 
OBJETIVA – FORMAL - ADOTADA – PARTÍCIPE TERÁ 
DIMINUIÇÃO DE PENA 
AUTOR É QUEM PRATICA O TIPO PENAL DE ALGUM 
MODO. PARTÍCIPE ESTÁ CORRENDO POR FORA DE 
ALGUM MODO – EXEMPLO: 4 PESSOAS – 2 ENTRAM 
NO BANCO E APONTAM AS ARMAS E TIRAM O 
DINHEIRO – 2 FICAM NA PORTA E 1 FICA NO CARRO 
PARA FUGA. 
SÓ OS QUE PRATICAM OS NÚCLEOS DO TIPO SÃO 
AUTORES – 2 AUTORES E 3 PARTICIPES. 
 
 
NA MEDIDA DE SUA CULPABILIDADE – ESTA 
CULPABILIDADE É NO CENÁRIO DA PENA E NÃO NO 
CENÁRIO DO CRIME. TRATA-SE DO GRAU DE 
REPROVAÇÃO DO QUE O SUJEITO FEZ . 
 EXEMPLO: VÁRIOS INDIVIDUOS 
ENTRAM NUMA CASA. 
 3 AGRIDEM, BATEM E AMEAÇAM. 
 3 DIZEM PARA AS VÍTIMAS FICAREM 
CALMAS, QUE NADA DE PIOR OCORRERIA... 
 
AUTOR X PARTÍCIPE – PARTICIPAÇÃO DE MENOR 
IMPORTÂNCIA. 
 
PARÁGRAFO SEGUNDO DO ART. 29 SÓ APLICA AO 
PARTÍCIPE – PARTICIPAÇÃO MORAL OU MATERIAL. 
MORAL ou INTELECTUAL – INSTIGA (estimula a ideia 
pré-existente ou INDUZ (cria a ideia). 
 Há casos em que a Lei pune diretamente 
aquele que instiga ou induz: 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a 
suicidar-se ou a praticar automutilação ou 
prestar-lhe auxílio material para que o faça: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) 
anos. 
 
 O que induz ou instiga, neste caso, não será 
partícipe ou coautor. Será autor. 
 
MATERIAL – FORNECE AUXILIO MATERIAL - auxilio 
 
VIGIA DE RUA QUE DIZ O HORÁRIO QUE MORADORES 
ENTRAM E SAEM DA CASA – É PARTICIPAÇÃO DE 
MENOR IMPORTÂNCIA. OUTRAS PESSOAS PODERIAM 
OBSERVAR A MOVIMENTAÇÃO DA CASA E TER ACESSO 
A MESMA INFORMAÇÃO QUE NÃO É DETERMINANTE 
 
O partícipe somente responderá se o autor da conduta 
principal praticar a conduta, ao menos na modalidade 
tentada. 
 
NÃO EXISTE PARTICIPAÇÃO CULPOSA EM CRIME 
DOLOSO – exemplo – Pedro empresta arma para Paulo 
caçar. Paulo resolve matar João com a arma, sem que 
Pedro saiba. Pedro não pode ser acusado por 
negligência – culpa in vigilando ou in eligendo - 
 
 
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA OU DESVIO 
SUBJETIVO DA CONDUTA – PARÁGRAFO SEGUNDO DO 
CÓDIGO PENAL – DOLOS DIFERENTES. 
 
 EXEMPLO – ROUBO DE SUPERMERCADO. 
ALGUM ASSALTANTE RESOLVE MATAR ALGUÉM. ESTE 
RESPONDE POR LATROCÍNIO. NÃO NECESSARIAMENTE 
OS DEMAIS ASSALTANTES. 
 
 PREVISIBILIDADE – TODOS ESTÃO COM 
ARMAS NAS MÃOS. 
 AGORA IMAGINEM A IMPREVISIBILIDADE – 
NEM TODOS ESTÃO ARMADOS E EXATAMENTE UM 
DOS DESARMADOS RESOLVE MATAR ALGUÉM 
ENFORCADO. 
 
AUTORIA MEDIATA E IMEDIATA – NÃO SE FALA EM 
COAUTORIA. AQUI ESTAMOS TRATANDO DE AUTORES 
 
 AUTOR MEDIATO – INDUZ A PRATICAR 
O DELITO. AUTORIA INDIRETA. O AUTOR VALE-SE DE 
TERCEIRO PARA A PRÁTICA DE UM DETERMINADO 
CRIME. 
 4 hipóteses: Coação moral irresistível – 
gerente de banco 
 Obediência hierárquica - 
ordem 
 Inimputável – vale-se de um 
menor, por exemplo 
Induz em erro: João pede para Paulo pegar a mochila 
de Márcio, dizendo que a mochila é sua. Paulo pega a 
mochila, sem dolo. Joãonão subtraiu, mas é o autor 
mediato. 
 
 AUTOR IMEDIATO – É O QUE 
EFETIVAMENTE PRATICA O TIPO PENAL. 
 
 EXEMPLO : COAÇÃO DE GERENTE DE 
BANCO – FAMÍLIA REFÉM 
 GERENTE DE BANCO VAI NO BANCO E 
RETIRA O DINHEIRO. ELE É AUTOR IMEDIATO, PORQUE 
ELE É QUEM PEGOU A COISA ALHEIA MÓVEL. 
 CLARO QUE A VONTADE – DOLO – DO 
GERENTE- NÃO EXISTE. PORTANTO, ELE NÃO É 
COAUTOR OU PARTÍCIPE. 
 
 SUPERIOR QUE SE VALE DO 
SUBORDINADO PARA A PRÁTICA DE CRIME. 
 
 INDUÇÃO EM ERRO. 
 
 AQUI INGRESSA A IDEIA DO DOMÍNIO 
DO FATO: CHEFES DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. ELE 
É QUEM DETERMINA, ORDENA, ATOS IMPORTANTES. 
É AUTOR MEDIATO. MAS, DOMINA O FATO. 
 
 
CONIVÊNCIA OU CRIMEN SILENTI: conivência não é 
coatoria. Exemplo: pai que sabe que filho está 
traficando em casa, mas não auxilia em nada, não se 
envolve. 
 
 
Comunicabilidade das circunstâncias elementares – 
artigo 30. 
Sujeito mata ascendente. Se isso não for 
elementar do crime, o coautor não responde por 
este fato. 
 
 
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA 
ISENTA DE PENA? NÃO. É CAUSA GERAL DE 
DIMINUIÇÃO DE PENA. 
 
PARTICIPAÇAO DOLOSAMENTE DISTINTA – 
MESMA PENA? NÃO. 
 
COMUNICABILIDADE DE ELEMENTARES – 
SIM. ARTIGO 30. 
 
PARA PUNIR POR CONCURSO DE PESSOAS 
NÃO É PRECISO IDENTIFICAR OS COAUTORES? 
CORRETO. Basta que a prova evidencie que a 
conduta foi praticada por duas ou mais pessoas. 
 
 
 
Multidão delinquente – 65, III, “e” CP – ATENUANTE 
 
Efeito manada e psicologia das multidões - intelectual e 
escritor francês Gustave Le Bon . Segundo ele, em uma 
aglomeração de pessoas, desaparece a personalidade 
individual e surge uma mente coletiva incontrolável. 
Geralmente, nesses crimes de multidão, ocorre para 
efeitos do processo penal a conexão intersubjetiva por 
simultaneidade (artigo 76, I, CPP), pode incidir o que 
chamamos de autoria colateral, quando ocorrem 
infrações, praticadas ao mesmo tempo, por várias pessoas 
reunidas, sem que as pessoas envolvidas estejam 
previamente acordadas. Ao contrário, haverá conexão 
intersubjetiva concursal, quando essas várias pessoas 
estiverem previamente acordadas embora diversos o 
tempo e o lugar. 
 
Organizador – é agravante - Organizador, como se lê do 
artigo 62, I, do Código Penal, é aquele que promove ou 
organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos 
demais agentes. Temos aqui, uma hipótese de coautoria, 
fundada no domínio funcional do fato, dentro de uma 
divisão de trabalho. 
 
Coautoria e crime próprio – crime próprio é aquele que 
exige uma condição especial do sujeito ativo – exemplo – 
funcionário público. É possível coautoria. Exemplo: dois 
funcionários públicos cometem peculato ou um particular 
auxilia o funcionário púbico na prática do peculato. 
 
Coautoria e crime de mão própria- é aquele que além de 
exigir uma condição especial não pode ser cometido por 
outra pessoa senão o próprio agente. Exemplo – falso 
testemunho. Coautoria em regra não é admitida. Exceção 
– falsa perícia cometida por dois peritos. 
 
Coautoria sucessiva – o crime começa com um único 
agente, mas enquanto está sendo praticado há adesão de 
outro agente. 
 
Executor de reserva – sujeito que permanece à disposição 
para assegurar que o resultado criminoso seja obtido. Se 
não chega a intervir para a prática do núcleo do tipo será 
considerado partícipe. 
 
Concurso entre maior e menor – há vezes em que o 
menor não é mero instrumento do adulto para a prática 
do crime – autoria mediata e imediata. Quando o menor 
efetivamente coopera com o adulto para o crime ocorre 
colaboração, concurso impropriamente dito, 
pseudoconcurso ou concurso aparente. Um é imputável e 
o outro inimputável. 
 
 
 
INSTIGAÇÃO X INDUZIMENTO – INSTIGA REFORÇA A 
IDEIA. INDUZIMENTO – CRIA A IDEIA. 
 
TEORIAS SOBRE A PARTICIPAÇÃO – 
Acessoriedade mínima – basta a prática de fato típico pelo 
autor para que possa ser punido o partícipe. Não é aceita, 
pois se o autor pratica o fato amparado por excludente de 
ilicitude não se pode punir o partícipe. 
Acessoriedade média ou limitada – a punição do partícipe 
pressupõe a prática de ato típico e ilícito pelo autor. O 
autor não precisa ser culpável. É a mais aceita. Exemplo: 
pune-se o partícipe que instiga menor a cometer um 
crime (ato infracional). 
Acessoriedade máxima – só se pune o partícipe se o autor 
praticou fato típico, ilícito e seja culpável. 
Hiperacessoriedade – além de fato típico, ilícito, culpável 
o autor tem que ser efetivamente punível para que o 
partícipe receba alguma sanção. 
 
Coautoria em crime culposo? É possível. Exemplo: dois 
pedreiros que seguram uma trave de madeira e 
arremessam na rua sem olhar se há pessoas, ferindo ou 
matando um transeunte. 
 
Coautoria em crime omissivo – próprio – setor da 
doutrina admite (majoritário). Exemplo: dois indivíduos 
deixam de prestar socorro a uma pessoa ferida, mediante 
consenso. 
 Outro setor reputa que haveria omissão autônoma. 
 
Participação em crime omissivo – possível. Exemplo: 
alguém induz um médico a deixar de efetuar notificação 
compulsória de doença. 
 
Coautoria em crime omissivo impróprio – possível. Basta 
imaginar vários garantes que juntos decidem descumprir 
o dever jurídico de evitar um resultado. Ex: 3 bombeiros 
salva-vidas que resolvem deixar um banhista afogar-se. 
 
Participação em crime omissivo impróprio – cabível. 
Exemplo: João instiga Pedro a deixar de alimentar o filho 
José até que ele morra. Pedro cometerá homicídio por 
omissão imprópria (dever legal de sustentar, alimentar) e 
João será o partícipe por instigação. 
 
Lembrem-se que participação de menor importância não 
se confunde com participação inócua ou irrelevante. Esta 
é impunível; aquela é causa geral de diminuição de pena. 
 
Artigo 30 – circunstâncias, condições e elementares. 
 Circunstancias – estão no entorno dos fatos. 
Agregam dados que podem gerar aumento ou diminuição 
de pena. Objetivas – dizem respeito ao fato – exemplo – 
furto mediante rompimento de obstáculo. Subjetivas – 
dizem respeito ao animo ou qualidade do sujeito – 
exemplo – motivo fútil ou a qualidade de servidor público. 
O motivo fútil existente para um dos agentes não se 
comunica aos demais, exceto se todos agem pelo mesmo 
motivo fútil. 
 Mediante paga ou promessa de recompensa – 
um agente pode receber e outro não. O que não recebe e 
não sabe do pagamento não pode responder pela 
qualificadora. 
 
 § 1º do art. 168 – não se comunica aos demais. 
Apenas àquele que recebeu a coisa em razão do emprego, 
ofício. 
 
 Concurso de pessoas no infanticídio – polêmica. 
Majoritário – há coautoria, pois o estado puerperal é 
elementar. 
 
 Condições existem independentemente do fato. 
Menoridade relativa, reincidência, relações de 
parentesco. 
 
 Elementares – representam a própria figura 
criminosa. 
 Como diferenciar uma elementar de uma 
circunstância? Se tirar a elementar a conduta torna-se 
atípica ou amolda-se a outro tipo. 
 
 Exemplo: furto de coisa própria – 
atípico. 
 Furto praticado por 
funcionário público sem se valer da facilidade que lhe 
proporciona o cargo público. Não será peculato, mas será 
furto comum. 
 
 Agora no crime de 
falsificação de selo ou sinal público se o agente é 
funcionário público há uma circunstância majorante. Se 
não é pratica o mesmo crime. Portanto, é uma 
circunstancia e não uma elementar. 
 
 Entendendo o artigo 30 – se 
o agente é reincidente, tem uma circunstância subjetiva, 
pessoal. Mesmo que os coautores saibam eles não têm a 
pena agravada pela reincidência do comparsa. 
 
 As condições de caráter 
objetivo SEMPRE se comunicam, desde que os demais 
coautores saibam. Tício, Mévio e Caio combinam um 
roubo. Apenas Tício está armado, mas todos sabem. 
Todos responderão pela majorantedo uso de arma de 
fogo. 
 
 As ELEMENTARES SEMPRE se 
comunicam, quer sejam de caráter objetivo ou subjetivo, 
desde que os coautores saibam. Exemplo: 1 servidor 
público decide cometer um crime de subtração de bens 
de uma repartição publica e é auxiliado por 3 particulares. 
Todos responderão por crime de peculato, porque o 
exercício da função pública é elementar do crime de 
peculato e é conhecida dos demais. 
 
PARTICIPAÇÃO IMPUNÍVEL – ART. 3 1 – João combina com 
Tício e Mévio um furto no local onde trabalha como 
vigilante. Ele se compromete a não acionar o alarme e 
deixar a única entrada aberta. Tício e Mévio planejam o 
crime, mas não iniciam atos executórios. João não será 
punido.https://www.bing.com/aclick?ld=e82T0sKXjfasbsS26TesJVRDVUCUwrh5aGaIBt7rJFdT84NBLpl-5lpUDVqyEl4uM-uJxC1YRSZ0D00J0X-H-Tk7NZe6DlaVxUVymojZidiJorNk_k2hcL9zMxguc8rXPY_yehNHDsIp1hocS_FqKXCkrFxm35IYm8Fp7yHkmVCMxAzCHo&u=aHR0cHMlM2ElMmYlMmZ3d3cuanVzYnJhc2lsLmNvbS5iciUyZmp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTJmYnVzY2ElM2ZxJTNkRGlyZWl0byUyYlBlbmFsJTJiZGFzJTJidmVsb2NpZGFkZXMlMjZ1dG1fc291cmNlJTNkYmluZyUyNnV0bV9tZWRpdW0lM2RjcGMlMjZ1dG1fY2FtcGFpZ24lM2Rscl9kc2FfanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fdGVybSUzZCUyNTJGanVyaXNwcnVkZW5jaWElMjZ1dG1fY29udGVudCUzZGp1cmlzcHJ1ZGVuY2lhJTI2Y2FtcGFpZ24lM2R0cnVlJTI2bXNjbGtpZCUzZDAwZThkZTQyYmRlZjFiNTQ5Y2QxYjhmYTUwMmUzZWJk&rlid=00e8de42bdef1b549cd1b8fa502e3ebd
https://jus.com.br/artigos/63624/um-resumo-sobre-as-velocidades-do-direito-penal
movimentos de seletividade, desrespeitando certas regras, deixando 
de lado, inclusive, garantias materiais e processuais dos acusados. 
o GENOCÍDIO – LEI 2886/1956 – humanidade, um grupo nacional, 
étnico, racial ou religioso. 
• Holocausto: 
• Estimativa de mortes: 5,7 a 6 milhões de pessoas. 
• Período: 1941 a 1945. 
Genocídio Armênio: 
• Estimativa de mortes: Cerca de 1,5 milhão de armênios. 
• Período: Iniciou-se em 1915. 
• O Império Otomano (atual Turquia) cometeu atrocidades contra a 
população armênia durante a Primeira Guerra Mundial, resultando 
em deportações forçadas, fome e massacres. Trinta e dois países, 
incluindo o Brasil e os Estados Unidos, reconhecem formalmente 
esse genocídio 
Genocídio em Ruanda: 
• Estimativa de mortes: Cerca de 800 mil pessoas. 
• Período: 1994. 
• Durante o conflito entre hutus e tutsis, ocorreu um genocídio brutal 
em Ruanda 
 
Direito Penal de quinta velocidade, o qual trata de uma sociedade com maior 
assiduidade do controle policial, no cenário onde o Direito Penal tem o escopo de 
responsabilizar os autores, diante da agressividade presente em nossa sociedade 
de relações complexas e, muitas vezes, (in) compreensíveis. 
 
NOÇOES SOBRE NORMAS = PRINCÍPIOS E REGRAS 
PRINCÍPIOS NA DEFINIÇÃO DE DWORKIN – STANDARDS 
JURIDICAMENTE RELEVANTES RADICADOS NOS IDEAIS DE JUSTIÇA. 
DIMENSÃO VALORATIVA OU AXIOLÓGICA. NÃO SE SUBMETEM À 
LÓGICA DO TUDO OU NADA. 
 
REGRAS – MENOR GRAU DE ABSTRAÇÃO. SUBMETEM-SE À LÓGICA 
DO TUDO OU NADA. 
 
CRIME – TEORIA BIBARTIDA – TÍPICO E 
ANTIJURÍDICO – CULPABILIDADE FICA DE FORA 
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2021/05/conheca-os-5-maiores-genocidios-da-historia-da-humanidade.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2021/05/conheca-os-5-maiores-genocidios-da-historia-da-humanidade.html
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2021/05/conheca-os-5-maiores-genocidios-da-historia-da-humanidade.html
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/crime-de-genocidio-entenda-o-que-e-e-como-funciona/2187160244
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/crime-de-genocidio-entenda-o-que-e-e-como-funciona/2187160244
 
TEORIA TRIPARTIDA - adotada 
 TÍPICO – ANTIJURÍDICO E CULPÁVEL 
 
TIPO PENAL – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PENAL E 
CRIMINAL – RESERVA DE LEI 
 
Legalidade é gênero – art. 5º II - II - ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
 
A legalidade penal é, na verdade, princípio da RESERVA 
LEGAL : 
 Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 
ART. 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
Feurbach – escola clássica – nulla poena sine lege, nulla 
poena sine crimine, nullum crimen sine poena legali. 
 
LEX SCRIPTA. Positivada. Costume não é fonte de norma 
penal incriminadora. 
 
LEX POPULI – PARLAMENTO. RESERVA DE LEI. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo 
Presidente da República, que deverá solicitar a delegação 
ao Congresso Nacional. 
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de 
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, 
nem a legislação sobre: II - nacionalidade, cidadania, 
direitos individuais, políticos e eleitorais; 
 
 MEDIDA PROVISÓRIA NÃO PODE 
INCRIMINAR, mas pode favorecer. 
 
 Crime provisório? Crime sob condição 
resolutiva? 
 
 
Mas, é o DL 3.688/1941? Foi RECEPCIONADO com status 
de lei ordinária – quando publicado o ordenamento 
jurídico admitia. 
 
LEX CERTA – PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE – 
EVITAR EXPRESSÕES VAGAS. 
 
LEX CLARA – compreensível 
 
LEX STRICTA – a interpretação deve ser restritiva. 
Vedada analogia in malam partem. 
 
LEX DETERMINATA – fatos comprováveis. 
 
NULLA LEX SINE INIURIA – PRINCÍPIO DA 
OFENSIVIDADE . 
 
LEX PRAEVIA – ANTERIORIDADE PENAL. 
 
 
 
 
PARTE GERAL /X PARTE ESPECIAL 
 
LEI PENAL INCRIMINADORA – PARTE ESPECIAL – 
TIPOS BÁSICOS, QUALIFICADOS E MAJORADOS. 
TIPOS PRIVILEGIADOS E MINORADOS 
 
LEI PENAL NÃO INCRIMINADORA – PERMISSIVA – 
 
EXCLUDENTES ou JUSTIFICATIVAS; 
EXCULPANTES OU DIRIMENTES – 
EXPLICATIVAS. EX. O PRÓPRIO ART. 1º 
 
 
LEI PENAL X NORMA PENAL – lei penal é a fonte da 
norma penal. A norma penal é o que se extrai da lei penal. 
 
 Matar alguém é a lei penal. A norma penal 
é “não matar alguém”. 
 
 A lei é descritiva. A norma é que impõe um 
comportamento 
 
 NORMA DE CONDUTA – PRIMÁRIA – 
pode ser proibitiva (não matar) ou mandamental (omissão 
de socorro – (preste socorro). 
 
 ITEM 12 da exposição de motivos do 
Código penal. 
INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA. 
Quanto ao sujeito: 
Autêntica ou legislativa: é aquela feita pelo próprio 
legislador, como no caso do art. 327 do CP, que conceitua o 
termo "funcionário público". Pode ser contextual, isto é, 
feita na própria lei, ou posterior, quando feita 
ulteriormente, por meio de outra norma. 
Doutrinária ou científica: é aquela interpretação 
realizada pelos estudiosos do direito. 
Judicial ou jurisprudencial: é aquela realizada pelos 
membros do Poder Judiciário, no exercício da atividade 
jurisdicional; em regra, não tem força obrigatória, salvo 
quando realizada no caso concreto (coisa julgada material) 
ou na constituição de súmula vinculante. 
Quanto aos métodos: 
Gramatical, literal ou sintática: é aquela que se limita 
à interpretação literal das palavras da lei. 
Lógica ou teleológica: é aquela realizada com a vontade 
de desvendar o espírito da lei. 
Histórica: busca interpretar a lei com base no momento 
histórico de sua criação ou interpretação. 
Comparativa: interpreta-se a lei com base no tratamento 
dado à matéria em legislações de outros países. 
Sistemática: análise da lei em compasso com o sistema 
jurídico em geral. 
Quanto ao resultado: 
Declaratória: há sintonia entre o texto da lei e o 
resultado que dela se espera. 
Extensiva: a lei diz menos do que deveria, é preciso 
estendê-la. 
Restritiva: a lei diz mais do que deveria, é preciso 
restringi-la. 
Analógica: a lei dá uma fórmula casuística seguida de 
uma fórmula genérica, como ocorre no art. 121, § 2.º, III, 
do CP; nesse caso, é importante observar que interpretação 
analógica é diferente de analogia: esta é espécie 
de integração da norma, aquela é espécie de interpretação. 
 
 
 
 A norma de conduta contém um aspecto 
VALORATIVO – BEM JURÍDICO TUTELADO 
 
BENS JURÍDICOS COMO SUBSTRATO DA NORMA 
PENAL e DANO EFETIVO. CRIMES DE PERIGO 
ABTRATO – (IN) CONSTITUCIONALIDADE? 
 
STF – CONSTITUCIONALIDADE 
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E PRECAUÇÃO – MEIO 
AMBIENTE – ART. 225 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO PRECOCE – ECA – ART. 
100, VI 
EMBRIAGUEZ AO VOLANTE 
 
 
 E um aspecto imperativo – de preservação 
do mesmo bem jurídico. Este aspecto imperativo é que 
fundamenta um dos elementos da CULPABILIDADE – 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA 
 
 
 NORMA DE SANÇÃO – SECUNDÁRIA 
 
 
LEI PENAL ou TIPO LEGAL X TIPO PENAL – a lei penal é 
a parte descritiva do tipo. 
 
Tipo legalé a descrição de uma forma de ofensa a um bem 
jurídico penal. O tipo é um plus. Exige o elemento 
subjetivo, a imputação objetiva do resultado e resultado 
juridicamente relevante – ofensa a bem jurídico PENAL. É 
um TIPO DE INJUSTO PENAL. 
 
MATAR ALGUÉM é o TIPO LEGAL. Não está escrito 
MATAR ALGUÉM DOLOSAMENTE (SERIA O TIPO 
PENAL). 
 
TIPICIDADE – BELING – 1906 - É SUBSUNÇÃO AO TIPO 
PENAL e não meramente ao TIPO LEGAL. 
 
 Adequação à descrição fática + dimensão 
axiológica. 
 
 A subsunção ao tipo legal é a TIPICIDADE 
FORMAL. 
 
 A subsunção ao tipo penal é a TIPICIDADE 
MATERIAL. 
 
TIPICIDADE CONGLOBANTE – FORMAL + MATERIAL + 
ANTINORMATIVIDADE 
 Ex: penhora por oficial de justiça não é furto. 
 Lesões em luta de boxe. 
 Lesão em jogo de futebol – risco tolerado. 
 
JULGADOR FAZ UM JUÍZO DE TIPICIDADE PARA 
VERIFICAR SE ESTÁ PRESENTE O PRIMEIRO 
REQUISITO DOGMÁTICO PARA A CONFIGURAÇÃO DO 
CRIME. 
 
TIPICIDADE IMEDIATA OU DIRETA – é necessário 
apenas um dispositivo para colmatar a adequação típica do 
fato à norma. 
 
ELEMENTOS OBJETIVOS DESCRITIVOS 
(SEM JUÍZO DE VALOR) – 
ELEMENTOS OBJETIVOS NORMATIVOS 
(COM JUÍZO DE VALOR) 
ELEMENTOS OBJETIVOS CIENTÍFICOS 
(EX – EMBRIÃO). 
 
ELEMENTOS SUB JETIVOS : POSITIVOS 
– FINALIDADE QUE ORIENTA O AGENTE 
 
 NEGATIVOS – FINALIDADE QUE NÃO 
ORIENTA – EX. § 3º DO ART. 33 DA LEI DE 
DROGAS – SEM OBJETIVO DE LUCRO 
 
ELEMENTOS MODAIS – LOGO DEPOIS, 
LOGO APÓS, ESTADO PUERPUERAL. 
 
TIPICIDADE MEDIATA OU INDIRETA – 
NORMAS DE EXTENSAO – NECESSITAMOS 
DE DOIS OU MAIS DISPOSITIVOS PARA 
ENQUADRAMENTO TÍPICO DO FATO. 
 
EX. ART. 29, ART. 14, II, ART. 13, § 2º - 
 
 
 
TIPO CONGRUENTE X TIPO 
INCONGRUENTE 
 
INCONGRUENTE – ELEMENTO 
SUBJETIVO E OBJETIVO DIVERGENTE – 
 
INCONGRUÊNCIA FORMAL – 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO – O 
AGENTE QUER O RESGASTE, MAS A 
TIPICIDADE APERFEIÇOA-SE COM A 
VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. 
 
CRIME TENTADO É INCONGRUENTE– 
SUBJETIVAMENTE COMPLETO, 
OBJETIVAMENTE INCOMPLETO. 
 
CRIME PRETERDOLOSO É 
INCONGRUENTE– DOLO NO ANTECEDENTE, 
CULPA NO CONSEQUENTE – lesão corporal 
seguida de morte. 
 
TIPO NORMAL – SÓ ELEMENTOS 
OBJETIVOS. DECORRE DA TEORIA 
CAUSALISTA DA CONDUTA – BELING, LISTZ 
E RADBRUCH – FINAL DO SECULO XIX – 
CONDUTA COMO PROCESSO CAUSAL 
PERCEPTÍVEL PELOS SENTIDOS – LEIS DA 
FÍSICA. EXPLICAÇÕES FÍSICO-CIENTÍFICAS 
 
DOLO E CULPA SÃO ANALISADOS NA 
CULPABILIDADE E NÃO NA CONDUTA, OU 
SEJA, NÃO NA TIPICIDADE. 
 
DOLO É PURAMENTE PSICOLÓGICO – 
BASTANDO CONSCIÊNCIA E VONTADE. A 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA A ILICITUDE 
FICARÁ PARA A CULPABILIDADE E NÃO 
PARA A CONDUTA. 
 
TIPO ANORMAL – ELEMENTOS 
OBJETIVOS + SUBJETIVOS – TODOS OS 
TIPOS NA TEORIA FINALISTA. BRASIL 
 
 
TIPO SIMPLES – 1 NÚCLEO 
 
TIPO MISTO (mais de um 
núcleo) – ALTERNATIVO – 
tráfico. Não gera concurso 
material – art.33 da lei de 
drogas. 
 
CUMULATIVO – art. 198 – gera 
concurso material. 
Art. 329, § 2º 
 
TIPO FECHADO – ART. 121 
 
TIPO ABERTO – ART. 121, § 3º. DEPENDE 
DE ANÁLISE – CULPA. NÃO É NORMA PENAL 
EM BRANCO. A ANÁLISE É 
INTERPRETATIVA. NA NORMA PENAL EM 
BRANCO É NORMATIVA. 
 
NORMA PENAL EM BRANCO - CORPOS 
ERRANTES À PROCURA DE ALMA – pelo 
menos dois textos normativos (não é preciso 
duas leis). Uma lei e outro texto normativo. 
 
NORMA PENAL EM BRANCO 
HOMOGÊNEA ou IMPRÓPRIA– o 
complemento vem do próprio legislador penal. 
EX . ART. 327 cp 
 
NORMA PENAL EM BRANCO 
HETEROGÊNEA ou PRÓPRIA – o complemento 
vem de outro órgão – exemplo – portaria da lei 
de drogas. 
 
 
Se a norma penal em branco não tiver 
complemento – ATIPICO. Ex: art. 7º, III, da Lei 
7.492/86: Art. 7º Emitir, oferecer ou negociar, 
de qualquer modo, títulos ou valores mobiliários: 
III - sem lastro ou garantia suficientes, nos 
termos da legislação; 
Não houve tal regulamentação. 
 
 
PORTE DE ARMA BRANCA – TEMA 857 
STF – julgado em 04.10.2024 
O artigo 19 da Lei de Contravenções Penais 
permanece válido e é aplicável ao porte de arma 
branca, cuja potencialidade lesiva deve ser 
aferida com base nas circunstâncias do caso 
concreto, tendo em conta, inclusive, o elemento 
subjetivo do agente.” 
 
 
 
FORMAS DE CONDUTA – QUANTO À 
VOLUNTARIEDADE (DOLOSA OU CULPOSA) 
 
 DOLO – TEORIA DA VONTADE – 
vontade consciente de cometer o crime. 
 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO – previsão do 
resultado como possível e decide prosseguir com a 
conduta. 
 
 TEORIA DO CONSENTIMENTO 
OU ASSENTIMENTO – previsão do resultado como 
possível, decide prosseguir e assume o risco de 
produzir. 
 
 Adotamos a teoria da vontade no 
dolo direito e a do assentimento para o dolo 
eventual. 
 
TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA – WILLFULL 
BLINDNESS OR DELIBERATE IGNORANCE – 
imputabilidade do resultado ao agente que 
provocou o desconhecimento por ação ou omissão. 
Pode se confundir com responsabilidade penal 
objetiva. Caso do assalto ao banco central – 
compraram todas as caminhonetes – 980.000 em 
notas de 50. Gerente da concessionária foi 
denunciado por lavagem de dinheiro. Condenado 
em primeiro grau e absolvido em segundo grau. 
 
DOLEIROS na operação lava jato – o doleiro remete 
dinheiro para contas bancárias no exterior por 
canais alternativos. Parlamentar que pede para o 
doleiro mandar dinheiro oriundo de recursos 
públicos para o exterior e o doleiro faz isso. 
Ignora de propósito a origem... 
 
 
DOLO NATURAL OU NEUTRO – CONSCIÊNCIA E 
VONTADE. CORRENTE FINALISTA. DOLO ESTÁ 
NO FATO TÍPICO. 
 
NORMATIVO OU HÍBRIDO, COLORIDO, DOLUS 
MALUS – CONSCIÊNCIA, VONTADE E 
CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE – integra a 
culpabilidade. TEORIA NEOKANTISTA. 
 
Teoria Finalista, onde o dolo é um elemento 
subjetivo do tipo penal, diretamente ligado à 
conduta do agente, sendo composto por vontade e 
consciência. 
Nas palavras de Rogério Greco, “o dolo é formado 
por um elemento intelectual e um elemento 
volitivo”, ou seja, a vontade e a consciência 
dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal 
incriminador. 
Para a teoria finalista este é o chamado DOLO 
NATURAL, sendo desnecessária a análise da 
“consciência de ilicitude do agente”, pois esta faria 
parte da culpabilidade e o dolo faz parte da 
tipicidade do delito. 
 
Já o DOLO COLORIDO, por sua vez, faz parte da 
Teoria Neokantista, sendo também chamado de 
dolo hibrido ou normativo, onde entende-se que o 
dolo é formado pela consciência, vontade e o 
discernimento da ilicitude do ato (elemento 
normativo), considerando que o agente possui a 
consciência e o objetivo de alcançar um resultado 
que sabe ser ilícito. Nessa teoria o dolo não integra 
elemento da tipicidade do fato e sim da 
culpabilidade do agente, ou seja, o crime doloso nao 
é um tipo de delito, pois o dolo será considerado tão 
somente para analise da culpabilidade do agente. 
O dolo colorido não se trata de espécie de delito ou 
um pressuposto de aplicação da pena, é apenas um 
mero elemento de valoração da culpa do agente. 
 
Atualmente a potencial consciência da ilicitude 
integra a culpabilidade e não a tipicidade. 
 
DIRETO, DETERMINADO OU INTENCIONAL, 
IMEDIATO OU INCONDICIONADO – prevê o 
resultado e dirige sua conduta para este resultado. 
 
INDIRETO OU INDETERMINADO – NÃO BUSCA 
RESULTADO CERTO E DETERMINADO. 
 
PODE SER ALTERNATIVO – PREVÊ 
PLURALIDADE DE RESULTADOS E AGE 
PARA CAUSAR QUALQUER UM DELES. 
QUER FERIR OU MATAR, TANTO FAZ. 
RESPONDERÁ PELO MAIS GRAVE. 
 
 PODE SER EVENTUAL – prevê 
pluralidade de resultados, quer um deles, mas 
assume risco de produzir outro. 
Fórmula de “REINHART – seja como for, dê no que 
der, em qualquer caso não deixo de agir.” 
 
 Exemplo – receptação. 
 
CASO LEDERRIEMENFALL – ALEMANHA 1955 – 
CASO DA CINTA DE COURO. LADRÕES QUE 
COLOCAM CINTA DE COURO NO PESCOÇO DA 
VÍTIMA.ASSUMIRAM O RISCO DE MATÁ-LA. 
 
 
 HOMICÍDIO EM RACHA AUTOMOBILÍSTICO? 
 
 ATUALMENTE é crime preterdoloso. 
Art. 308 CTB 
 
Art. 308. Participar, na direção de veículo 
automotor, em via pública, de corrida, disputa ou 
competição automobilística ou ainda de exibição ou 
demonstração de perícia em manobra de veículo 
automotor, não autorizada pela autoridade 
competente, gerando situação de risco à 
incolumidade pública ou privada: 
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, 
multa e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor. 
§ 1º Se da prática do crime previsto no caput 
resultar lesão corporal de natureza grave, e as 
circunstâncias demonstrarem que o agente não quis 
o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a 
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) 
a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas 
previstas neste artigo. 
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput 
resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem 
que o agente não quis o resultado nem assumiu o 
risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é 
de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem 
prejuízo das outras penas previstas neste artigo. 
 
 HOMICÍDIO COM EMBRIAGUEZ AO 
VOLANTE. 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de 
veículo automotor: 
Penas - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e 
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou 
a habilitação para dirigir veículo automotor. 
§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a 
influência de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: Penas - 
reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou 
proibição do direito de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo 3º acrescido pela Lei nº 13.546, de 
19.12.2017, DOU de 20.12.2017, e 
 
DOLO CUMULATIVO – PROGRESSÃO CRIMINOSA 
– PRIMEIRO QUER LESIONAR, NA SEQUÊNCIA 
RESOLVE MATAR. 
DIFERENÇA ENTRE CRIME PROGRESSIVO E 
PROGRESSÃO CRIMINOSA – 
CRIME PROGRESSIVO – CONSUNÇÃO. ÚNICO 
DOLO – QUER MATAR. PARA MATAR, PRIMEIRO 
TEM QUE LESIONAR. 
 
PROGRESSÃO CRIMINOSA – SUCESSÃO DE DOLO 
– QUER LESIONAR E DEPOIS RESOLVE MATAR – 
TAMBÉM APLICA-SE A CONSUNÇÃO. 
 
 
Artigo 13 do CÓDIGO PENAL - Art. 13. O resultado, de que 
depende a existência do crime, somente é imputável a quem 
lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual 
o resultado não teria ocorrido. 
 
§ 2º omissivos 
 
O crime omissivo próprio é aquele em que o agente viola o que 
está escrito no tipo penal por meio de uma conduta omissiva 
expressamente prevista na norma como proibida, ou seja, existe 
uma previsão expressa de punição para um NÃO FAZER, como 
acontece no crime de omissão de socorro, previsto no 
artigo 135 do Código Penal, que será consumado pela simples 
ausência de socorro. 
 
Crime Omissivo Impróprio 
Crime omissivo impróprio ocorre quando o dever de agir é para 
evitar um resultado concreto, ou seja, nos crimes omissivos 
impróprios o indivíduo que se encontra na posição de 
garantidor responde como se houvesse praticado o crime. 
Paulo Queiroz diz em sua obra: 
"Na omissão imprópria, portanto, a omissão equivale jurídico-
penalmente à ação, desde que o agente/garante não aja de 
modo a evitar um resultado concretamente evitável. Note-se 
que, para a caracterização de um crime omisso impróprio, é 
necessário que, além de um dever de agir, o agente tenha o 
dever de evitar o resultado, nos termos do art. 13 § 2º do 
Código, por garantidor". (Queiroz, Paulo, Curso de Direito 
Penal parte Geral 11ºedição, revista, ampliada e atualizada, 
Editora JusPODIVM, pág.410.) 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623219/artigo-135-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
 
CAUSA está no mundo fático. 
IMPUTAÇÃO está no mundo axiológico ou 
VALORATIVO. 
 
Conceitos complementares, porém distintos. A análise 
da imputação somente ocorrerá se for positiva a análise 
da causalidade. Sem o nexo causal entre a conduta e o 
resultado, não há necessidade de análise da imputação, 
pois já não haverá tipicidade. 
 
Resultado pode ser naturalístico ou jurídico. 
 
Crimes Formais 
Crimes formais são aqueles em que o resultado 
naturalístico até pode ocorrer, mas não é necessário 
para que o crime se consuma. 
EX.: Extorsão 
 
A obtenção da vantagem ilícita é apenas uma 
consequência da conduta do agente, bastando o 
constrangimento da vítima, mediante violência ou 
grave ameaça, para que o crime esteja consumado. 
 
No entanto, nos crimes de mera conduta a lei não prevê 
um resultado, bastando, assim, a mera conduta. 
EX.: Porte ilegal de arma 
Se um indivíduo está portando ilegalmente uma arma 
de fogo, não é preciso que ele atire ou aponte para 
alguém para o crime se consumar, pois o simples fato 
de portar a arma já enquadra o agente na conduta 
criminosa. 
 
 
 
Teoria da equivalência dos antecedentes ou das 
condições – conditio sine qua non – Julius Glaser 
 
Processo de eliminação hipotética de Thyrén - sueco 
 
Limites – concausas 
 Imputação objetiva – risco relevante 
 Imputação subjetiva – dolo e culpa 
 
 
Rompimento do nexo causal – caso do atropelamento 
do amigo no trevo. 
 
O que é causado no âmbito de um risco permitido não 
pode ser imputado. Portanto, não é fato materialmente 
típico – exemplo : lesões cirúrgicas, esportivas. 
 
 
 
ELEMENTOS DA CONDUTA – 
 
VOLUNTARIEDADE 
 EXTERIORIZAÇÃO DA VONTADE 
 
CONDUTA DOLOSA – VOLUNTARIEDADE PARA 
LESAR OU COLOCAR EM PERIGO UM BEM JURÍDICO. 
 
CONDUTA CULPOSA – ADOÇÃO DE UM 
COMPORTAMENTO CUJO RESULTADO PODE 
CAUSAR LESÃO A BEM JURÍDICO. 
 
EXCLUSÃO DA CONDUTA – 
 
CASO FORTUITO (EVENTO NÃO IDENTIFICADO) X 
 
FORÇA MAIOR (EVENTO CONHECIDO – NATURAL). 
 
No crime de dano, por exemplo. Queda de muro por 
excesso de chuvas. Não há conduta. 
 
INVOLUNTARIEDADE – 
Estado de inconsciência completa - SONAMBULISMO, 
HIPNOSE 
 
 Movimentos reflexos – 
reação automática do organismo a um estímulo 
externo. Exemplo : toma um susto e levanta os braços 
atingindo o rosto de alguém. 
 
 Cuidado! Ações em curto-
circuito não excluem a conduta: movimento relâmpago, 
mas acompanhado de vontade. Multidão que invade 
partida de futebol e começa a agir violentamente. 
Gera o chamado - crime explosivo, de ímpeto ou de 
vontade instantânea, uma vez que não ocorre qualquer 
planejamento. Ex.: excitação em torcida organizada. 
• Um revide imediato em caso de injúria 
 
Exatamente pelo fato de o agente poder evitar a prática da 
ação a partir do autocontrole, mantendo, assim, a sua 
vontade — em uma espécie de actio libera in causa (ação 
livre na origem) —, a doutrina majoritária entende que 
ele pode responder criminalmente pelos atos que 
praticar, a depender da ilicitude das condutas perpetradas. 
 
Ou seja, se a mulher em estado puerperal percebe um fio exposto 
e resolve voluntariamente levar um choque para derrubar e 
causar a morte de seu bebe. Ela responderá pelo infanticídio 
consumado na modalidade dolosa, pois sua ação foi em curto-
circuito (houve um movimento reflexo, precedido de dolo e 
vontade em que o resultado fosse produzido - "vou tomar um 
choque, para derrubar meu bebe e levá-lo a morte). A vontade 
está presente, logo ela responde pelo resultado. 
 
 
 COAÇÃO FÍSICA 
IRRESISTÍVEL – Agente fica impossibilitado de 
praticar movimentos de acordo com a sua vontade. Se 
irresistível – exclui a conduta. 
Exemplo: bombeiro que é amarrado e impedido de 
salvar um afogamento. 
 
 COAÇÃO MORAL – é outra 
coisa. Não exclui a conduta. Exclui a culpabilidade, se 
irresistível. 
 
CRIME CULPOSO: CULPA é elemento normativo do 
tipo. Não se tratade punir pela periculosidade e sim 
pela proteção a bens jurídicos contra condutas 
descuidadas. 
 
Há conduta e ela se direciona a um fim lícito, diverso 
daquele que efetivamente produz. 
 
Violação de dever objetivo de cuidado – previsibilidade 
objetiva. 
 Homem médio. 
 Exemplo – atropelamento noturno na 
Washington Luís – caso de Ribeirão Bonito. 
 Lancha em alto mar que atropela 
náufrago. 
 
 Previsibilidade subjetiva – não é a partir 
do homem médio, mas sim a partir do sujeito ativo. 
 
Imprudência – violação ativa. Forma positiva da culpa. 
Ex: imprimir velocidade excessiva 
 
Negligência – ausência de precaução. Dirigir com pneus 
gastos. Freios em mau funcionamento. 
 
Imperícia – falta de aptidão técnica. 
 
Podem coexistir modalidades de culpa em um mesmo 
crime? Sim. Pneus gastos + excesso de velocidade. 
 
 
Em regra, a conduta culposa gera um resultado 
involuntário. Excepcionalmente, pune-se a conduta 
culposa independentemente do resultado – art. 38 da 
Lei de Drogas. (Não importa se o paciente fez ou não uso 
do medicamento). 
 
EXCEPCIONALIDADE DO CRIME CULPOSO – DANO. 
 
TIPO PENAL ABERTO – depende de complementação 
pelo juiz. 
 Viola o princípio da legalidade? Não. Embora 
não seja a forma ideal de tipificar condutas há a 
previsão da conduta culposa, o que basta. 
 
 Art. 180, § 3º - Situação em que o próprio 
legislador definiu a forma de culpa 
 
Culpa consciente ou ex lascívia – PREVÊ O 
RESULTADO, MAS ESPERA QUE ELE NÃO OCORRA. 
 
Culpa inconsciente ou ex ignorantia – o agente não 
prevê o resultado que era previsível. 
 
Culpa própria – não quer o resultado, mas acaba lhe 
dando causa. 
 
Culpa imprópria, por equiparação ou assimilação ou 
extensão – o agente, por erro evitável, imagina certa 
situação que se real tornaria legítima a conduta. 
DESCRIMINANTE PUTATIVA. ART. 20, § 1º PARTE 
Final 
 
§ 1º É isento de pena quem, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há 
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é 
punível como crime culposo. 
 
Exemplo - Desafeto no beco... 
 
 
NÃO HÁ COMPENSAÇÃO DE CULPAS NO DIREITO 
PENAL. O comportamento da vítima todavia pode 
atenuar a pena pela análise do art. 59 
 
 
DOLO DE DANO – QUER LESÃO O BEM JURÍDICO 
 
DOLO DE PERIGO – QUER RISCO AO BEM 
JURÍDICO. 
Artigo 130 CP – perigo de contágio venéreo 
Artigo 132 CP – condutas imprudentes que são 
punidas antes da ocorrência do resultado que seria 
imputado a título de culpa. 
Artigo 251 – crime de explosão 
 
DOLO ESPECÍFICO – A FINALIDADE ESPECÍFICA 
É ELEMENTAR DO TIPO PENAL. Exemplo – artigo 
159 . “com o fim de obter”. 
 
LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE: 13.869/2019 
 Art. 1º Esta Lei define os crimes de 
abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor 
ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de 
exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. 
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem 
crime de abuso de autoridade quando praticadas 
pelo agente com a finalidade específica de 
prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a 
terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação 
pessoal. 
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de 
fatos e provas não configura abuso de autoridade. 
 
DOLO DE PRIMEIRO GRAU – é o dolo direto. 
 
DOLO DE SEGUNDO GRAU ou de CONSEQUÊNCIA 
NECESSÁRIAS – o agente almeja um resultado e admite 
causar os efeitos colaterais mesmo não desejados para 
alcançar o resultado. 
 Exemplo – Pablo Escobar – 
avião. 
Pablo Escobar foi declarado culpado pela explosão de um 
avião e a morte de 107 pessoas na Colômbia. O avião, um 
Boeing 727, fazia um voo doméstico do Aeroporto 
Internacional El Dorado, na capital da Colômbia, até o 
Aeroporto Internacional Alfonso Bonilla Aragón, para a 
cidade de Cali1 em 27 de novembro de 1989, o principal 
objetivo era matar o candidato à presidência da Colômbia, 
César Gaviria, 
 
CASO THOMAS – ALEMANHA – 1875 – ALEXSANDER 
TIFF – Navio da Alemanha – explosivos – acidente em alto 
mar. DOLO DE PRIMEIRO GRAU – ESTELIONATO 
Ao transportar o barril com os explosivos que seriam 
embarcados, ele caiu, explodiu e matou muitas pessoas. 
FRAUDE A SEGURO QUE CAUSA MORTE DE PESSOAS - 
RESPONDEU POR DOLO DE SEGUNDO GRAU porque de 
qualquer forma ele também previu e consentiu com as 
mortes em alto mar, sendo indiferente que tenham ocorrido 
em terra. 
 
Alguns falam em dolo de terceiro grau – consequência da 
consequência – exemplo – grávida dentro do avião. Não é 
admitido, pois gera responsabilidade penal objetiva. Se 
souber da gravidez da passageira e do aborto, houve dolo de 
segundo grau. 
 
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/pablo-escobar-derrubou-um-aviao-para-matar-um-inimigo-que-nao-embarcou.phtml
DOLO ANTECEDENTE, CONCOMITANTE E 
SUBSEQUENTE: 
ANTECEDENTE é anterior à conduta. Cogitação. 
Indiferente ao direito penal. 
SUBSEQUENTE – é posterior à conduta. Também é 
indiferente 
CONCOMITANTE – presente no momento da 
conduta. 
 
 NUCCI – quero matar alguém no 
domingo. Na segunda, acidentalmente, atropelo 
esta pessoa e ela morre. Não responderei pelo 
homicídio doloso, pois meu dolo era antecedente. 
 
DOLO DE PROPÓSITO – premeditação. Há 
intervalo entre a fase de cogitação e de execução. 
 
DOLO DE IMPETO – repentino. Sem intervalo entre 
a fase de cogitação e de execução do crime. 
 
DOLO ABANDONADO – DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ. 
 
DOLO GLOBAL OU UNITÁRIO – plano alcança toda 
a cadeia de crimes. É o que ocorre no crime 
continuado. 
 
Crime Continuado e estupro de vulnerável - 
 
 
Súmula 711 STF - 
 
A Súmula 711 do Supremo Tribunal Federal 
(STF) estabelece que a lei penal mais grave aplica-se 
ao crime continuado ou ao crime permanente, se a 
sua vigência é anterior à cessação da continuidade 
ou da permanência 
 
Tema repetitivo 1202 STJ: No crime de estupro de 
vulnerável, é possível a aplicação da fração máxima 
de majoração prevista no art. 71, caput, do Código 
Penal, ainda que não haja a delimitação precisa do 
número de atos sexuais praticados, desde que o 
longo período de tempo e a recorrência das 
condutas permita concluir que houve 7 (sete) ou 
mais repetições. 
 
Súmula 659 STJ - A Súmula 659 do STJ estabelece 
que a fração de aumento da pena em razão da 
prática de crime continuado deve ser fixada de 
acordo com o número de delitos cometidos. Por 
exemplo, 1/6 pela prática de duas infrações, 1/5 para 
três, 1/4 para quatro, 1/3 para cinco, 1/2 para seis e 
2/3 para sete ou mais infrações 
 
 
DOLO GERAL – DOLUS GENERALIS OU ERRO 
SUCESSIVO – age para produzir o resultado e 
depois age para encobrir o resultado que, no 
entanto, só é produzido nesta segunda conduta. 
 
FACADA E JOGA DA PONTE. NÃO MORREU PELA 
FACADA, MAS PELO AFOGAMENTO. 
 
HOMICÍDIO TENTADO DOLOSO E CONSUMADO 
CULPOSO? NÃO. CONSUMADO DOLOSO E 
QUALIFICADO PELO AFOGAMENTO. 
 
 
TIPICIDADEE ILICITUDE – 
TIPICIDADE E 
ANTIJURIDICIDADE – 
 
1ª FASE – BELING – 1906 – TEORIA DO TIPO 
AVALORADO OU ACROMÁTICO. Tipicidade e 
antijuridicidade são coisas distintas. O tipo é 
formal. A antijuridicidade não tem relação com o 
fato típico, ou seja, mesmo que uma conduta esteja 
prevista num tipo penal não significa que ela é 
antijurídica. 
RESUMO - AUTONOMIA – BELING – 
TIPO E ILICITUDE SÃO DIFERENTES 
 
2ª fase – teoria do tipo valorado – cromático - 
tipicidade não é neutra é ratio cognoscendi – teoria 
do tipo indiciário – MAYER 
A realização de uma conduta prevista num tipo 
penal é indício de antijuridicidade. O fato é a 
princípio antijurídico, exceto se for comprovada 
alguma excludente de ilicitude. 
RESUMO: TIPO INDICIÁRIO OU RATIO 
COGNOSCENDI – MAYER – TIPO É INDÍCIO 
DE ILICITUDE 
 
 
3ª fase – NEOKATISMO – MEZGER 
A TIPICIDADE faz parte da antijuridicidade. Ou 
seja, há o universo mais amplo de tudo que é 
antijurídico e os tipos estão dentro deste universo. 
O tipo não é neutro. É um espelho de um injusto. E 
para se saber se algo é injusto é porque ele foi 
VALORADO pelo legislador. 
Então aqui a tipicidade não é meramente indiciária. 
É ratio essendi. 
RATIO ESSENDI – MEZGER - ADOTADA 
NO BRASIL – TIPO DEPENDE DA ILICITUDE 
– TEORIA DO TIPO TOTAL – ELEMENTOS 
POSITIVOS E NEGATIVOS – EX. MATAR 
ALGUÉM, DESDE QUE NÃO SEJA EM 
LEGÍTIMA DEFESA OU OUTRA EXCLUDENTE 
 
 
4ª fase – TEORIA dos elementos negativos do tipo – 
ANTIJURIDICIDADE é que faz parte da tipicidade. 
O tipo somente será crime se não houve um 
elemento negativo. 
 
A doutrina majoritária é no sentido de que um fato 
acobertado por uma justificativa continua sendo 
típico. Ele não é antijurídico. 
 
Na teoria dos elementos negativos é a tipicidade que 
contém a antijuridicidade. O contrário do 
neokantismo. 
 
Daqui deriva a teoria do TIPO TOTAL DE INJUSTO. 
Assim a tipicidade deve ser entendida por exemplo, 
‘matar alguém, salvo em legítima defesa”. 
 
5ª fase – Finalismo de WELZEL – a tipicidade volta 
a ser indício de antijuridicidade, mas reconhece-se 
que há elementos subjetivos no tipo (dolo, dolo 
específico)... 
 
6ª fase – teoria constitucionalista – a tipicidade é 
mais do que indício de antijuridicidade. Revela um 
juízo de antijuridicidade provisória até que se 
comprove uma justificativa. 
Mas, há situações em que a antijuridicidade já vem 
expressa na própria descrição típica – exemplo: 
indevidamente, sem justa causa, sem autorização 
legal. Nestes casos será RATIO ESSENDI da 
antijuridicidade. 
 
TEORIA SOCIAL DA AÇÃO – A CONDUTA É 
COMPORTAMENTO HUMANO DIRIGIDO A UM 
FIM SOCIALMENTE RELEVANTE. 
CRÍTICA – VAGUEZA. NOÇÃO AMPLA EM 
DEMASIA. 
 MIMETIZAÇÃO DE DIREITO E MORAL – 
A AVALIAÇÃO MORAL JÁ FOI FEITA PELO 
LEGISLADOR. 
 
TEORIAS CAUSALISTAS E FINALISTAS a ideia 
fundante do direito penal é a CONDUTA. São identificadas 
condutas capazes de violar bens jurídicos. 
 
FUNCIONALISMO – define a conduta a partir de dados 
normativos. A ideia fundamental é a FUNÇÃO do direito 
penal. Os crimes são definidos a partir das perspectivas das 
funções do direito penal como mecanismo de controle social. 
 
FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO, DUALISTA, 
MODERADO OU DE POLÍTICA CRIMINAL 
 Claus Roxin. 
 As interpretações possíveis da realidade 
dependem de considerações axiológicas que digam respeito 
à eficácia e a legitimidade da atuação do direito penal. 
 Função do direito penal é a proteção 
subsidiária de bens jurídicos. 
 Conduta criminal tem que causar 
relevante e intolerável lesão a bem jurídico tutelado 
por norma penal. 
 Admite aplicação do princípio da 
insignificância 
 FATO TÍPICO – ANTIJURÍDICO – 
REPROVABILIDADE 
 A CULPABILIDADE É FUNCIONAL, ou seja, 
entendida como limite à aplicação de pena. 
 
FUNCIONALISMO RADICAL, SISTÊMICO OU 
MONISTA 
 Gunter Jakobs 
 A missão do direito penal é assegurar a vigência 
do sistema de normas. 
 Norma estabiliza condutas. Pena estabiliza as 
normas 
 Não admite a insignificância, mas sim a 
adequação social. 
 
 
 Direito penal do inimigo – criminoso rompe as 
expectativas sociais de observância das normas e é tratado 
como inimigo a ser neutralizado. 
 
 Tipificação de atos preparatórios 
 Tipos de mera conduta e perigo abstrato 
 Restrição de garantias penais e processuais – 
direito penal de terceira velocidade. 
 Conduta criminal é comportamento humano 
voluntário violador do sistema. 
 
 
TEORIA DA AÇÃO SIGNIFICATIVA 
 
 Vives Antón – A ação é o que SIGNIFICA o 
que as pessoas fazem. A ação só existe em razão da 
norma. 
 
 Sem uma norma pré-estabelecida não 
haveria significado para a ação. 
 Exemplo – xeque-mate; impedimento. 
 
 
TEORIA ADOTADA PELO CP – FINALISTA 
CÓDIGO PENAL MILITAR – CAUSALISTA (dolo e 
culpa estão na culpabilidade). 
DOUTRINA MODERNA – funcionalismo de Roxin. 
 
 
 
EVOLUÇÃO DA TIPICIDADE 
 
1ª FASE – CAUSALISMO – BELING E Von Liszt – 
tipo penal era apenas objetivo ou formal. 
Dolo e culpa estavam na culpabilidade. 
Conduta 
 
Resultado 
Nexo de causalidade também chamado de nexo etiológico 
(Teoria da equivalência dos antecedentes- regressum ad 
infinitium 
Processo de eliminação hipotética de Thyrén 
Imputação objetiva 
Adequação típica 
 
 
 
2ª FASE – NEOKANTISMO – tipicidade objetiva e 
valorativa. Frank, Mayer, Radbruch, Sauer, 
Mezger. 
Dolo e culpa também estavam na culpabilidade. 
 
SURGE O DOLO NORMATIVO. NA TEORIA CAUSALISTA 
O DOLO ERA PSICOLÓGICO. 
 
3ª FASE – FINALISMO – Welzel – Dolo e culpa vêm para o 
tipo. Analisa-se o desvalor da conduta e a conduta é 
analisada a partir do elemento subjetivo – VONTADE do 
agente ou INOBSERVÂNCIA DE DEVER DE CUIDADO. 
 
Art. 20 do código penal – por isso diz-se que foi a teoria 
adotada no Brasil. 
 
Crítica – a culpa é normativa. Não é psicológica. 
 
PERCEBEU-SE QUE TODA CONDUTA É FRUTO DE UMA 
VONTADE E SÃO ARTIFICIAIS AS TEORIAS QUE 
TENTAM AFASTAR A VONTADE DA CONDUTA COMO 
CAUSA DE DELITO. 
 
ARISTÓTELES – TUDO SE DIRIGE A UM 
DETERMINADO FIM 
 
WELZEL -- AÇÃO É EXERCÍCIO DA ATIVIDADE 
FINALISTA. 
 
O CAUSALISMO, ABANDONADO, POIS CONSIDERADO 
“CEGO”. A CONDUTA CAUSALISTA NÃO SE DESTINA A 
UM FIM, PORTANTO, NÃO ENXERGA NADA. 
 
Tipo com duas dimensões – objetiva (conduta, resultado, 
nexo e adequação típica) e subjetiva (dolo ou culpa). 
 
Dolo é natural. Não é normativo. A potencial consciência da 
ilicitude fica na culpabilidade. 
 
Teoria cibernética de Welzel para explicar a culpa. A 
conduta culposa ela é lícita, mas acaba gerando um 
resultado ilícito pelos meios empregados pelo agente – 
negligente, imprudente ou imperito. 
 
4ª fase – FUNCIONALISMO – Jakobs – Roxin – 
imputação objetiva. A causa tem que ser relevante para 
criar ou incrementar risco ao bem jurídico. 
TIPICIDADE NORMATIVA. 
 
Quem cria risco permitido não é alcançado pela tipicidade 
– exemplo – comerciante que vende a faca e que depois é 
usada para homicídio. A conduta do comerciante está 
dentro de um risco socialmente admitido. 
 
CDs piratas – São Carlos. Adequação social? 
Súmula 502 do E. STJ. Presentes a materialidade e a 
autoria, afigura-se típica, em relação ao crime 
previsto no art. 184, §2º, do CP, a conduta de expor 
à venda CDs e DVDs piratas. 
 
5ª fase – TIPICIDADE CONSTITUCIONALISTA – ofensa 
relevante a bem jurídico. 
TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE MATERIAL + 
TIPICIDADE SUBJETIVA. 
 
Princípio da ofensividade e princípio da lesividade 
Imputação objetiva da conduta + imputação objetiva do 
resultado. O resultado passa a ser importante na análise da 
tipicidade. 
 
Tipicidade formal-objetiva é a primeira análise. Superada 
esta faz-se a análise da tipicidade-material – que é 
normativa, ou seja, depende de interpretação e valoração 
pelo julgador.CONCAUSAS – 
Absolutamente independentes – Não guardam 
relação direta com a conduta criminosa. 
 Preexistentes – Maria serve veneno para 
João, seu marido, no jantar – 20 horas. Por volta de 
00:00, ainda sem efeito do veneno, João sofre disparo 
de arma de fogo praticado por Pedro e é socorrido. 
 Morre no hospital, na madrugada, por conta 
do veneno. 
 
 MARIA responde pelo homicídio consumado 
e PEDRO por homicídio tentado. 
 Eliminando o disparo, João morreria do 
mesmo jeito. 
 
 Concomitantes - Maria serve veneno para 
João, seu marido, no jantar – 20 horas. Na mesma hora, 
ainda sem efeito do veneno, João sofre disparo de arma 
de fogo praticado por Pedro e morre por causa do 
disparo. 
 MARIA responde por tentativa e PEDRO por 
homicídio consumado. 
 
 Supervenientes - Maria serve veneno para 
João, seu marido, no jantar – 20 horas. Ainda sem efeito 
do veneno, João cai da escada e morre pelo traumatismo 
craniano, mas a perícia demonstra o envenenamento. 
 Maria responde por tentativa de homicídio, 
pois eliminando seu comportamento a morte ocorreria 
de qualquer forma. 
 
MACETE: em se tratando de causa absolutamente 
independente, o comportamento paralelo sempre será 
punido na forma tentada. 
 
Relativamente independentes – Guardam relação 
com a conduta praticada. 
 Preexistentes - João, hemofílico, é 
vítima de um golpe de faca desferido por Pedro 
que queria matar João. A facada, no entanto, não 
atingiu parte letal e foi superficial. No entanto, em 
virtude do sangramento, João morre. 
 
 Pedro responderá por homicídio 
consumado. 
 
 A doença de João era pré-existente, mas 
não fosse a facada não haveria a hemorragia. 
 
 Concomitante – Antônio, com intenção de 
matar João, dispara arma de fogo contra ele. João 
não é atingido, mas pelo susto sofre ataque 
cardíaco e morre. 
 Antônio responderá pelo homicídio 
consumado, pois eliminando seu comportamento, 
João não morreria. 
 
 Superveniente – art. 13, § 1º CP: 
Causalidade adequada. 
 
 Superveniente que “não por si só” 
PRODUZ o resultado – João sofre disparo de arma 
de fogo efetuado por Antônio que age com intenção 
de matar. Levado ao hospital, João morre por erro 
médico durante a cirurgia. 
 
 Antônio responde por homicídio 
consumado. O médico por homicídio culposo. 
 
 A cirurgia está na mesma linha de 
desdobramento causal NORMAL do disparo. Foi o 
disparo que gerou a necessidade da cirurgia. 
 
 Superveniente que “por si só” PRODUZ – 
Antônio quer matar João e dispara contra ele. João 
vai para o hospital e fica internado. Uma semana 
depois, prestes a ter alta, o hospital pega fogo e 
João morre queimado. 
 
 O incêndio no hospital é fato que está fora 
da linha de desdobramento NORMAL do disparo. 
 
MACETE: Analisar se está na mesma linha de 
desdobramento...se seria previsível, normal como 
decorrência da conduta principal. 
 
IMPUTAÇÃO OBJETIVA – CRIAÇAO OU 
INCREMENTO DE UM RISCO PROIBIDO. 
Correção da conditio sine qua non que poderia gerar 
soluções injustas diante do regressum ad infinitum. 
 Juízo de PROGNOSE PÓSTUMA 
OBJETIVA. 
 
***** 
CRIME PRETERDOLOSO – dolo no antecedente; 
culpa no consequente. Crime qualificado pelo 
resultado. 
O resultado mais grave que advém de caso fortuito ou 
força maior não pode ser imputado ao agente. 
Exemplos de exclusão da culpa no consequente – 
Taquaritinga – réu tuberculoso – homicídio. 
Briga na praia – um cai e debaixo da areia havia uma 
pedra. Só lesão corporal. 
 
Questão sobre a reincidência – sursis – art. 77. 
Deve ser considerado reincidente em crime doloso 
 
ERRO DE TIPO – art. 20 CP: 
O erro recai sobre elementares, circunstâncias ou 
quaisquer dados da figura típica. 
Exemplos – furto de bolsa de colega, parecida com a 
sua. 
Companheiros de caça – camuflagem de urso. 
 
ERRO DE TIPO X ERRO DE PROIBIÇÃO – erro de 
tipo o agente não sabe o que faz; no erro de proibição 
o agente sabe o que faz, mas não sabe que é crime. 
Erro de tipo – agente pega o guarda-chuva de outra 
pessoa pensando que é seu. 
Erro de proibição – agente pega um guarda-chuva na 
rua deixado por alguém e não devolve porque pensa 
que “achado não é roubado”. 
 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL E ERRO DE TIPO 
ACIDENTAL 
 
ESSENCIAL – EVITÁVEL E INEVITÁVEL 
INEVITÁVEL – EXCLUI DOLO E CULPA 
EVITÁVEL – EXCLUI APENAS O DOLO 
 
INEVITÁVEL – CAÇADOR EM FLORESTA 
DENSA QUE FOI CAÇAR SOZINHO, LONGE DE 
QUALQUER OCUPAÇÃO HUMANA. 
EVITÁVEL – CAÇADOR EM MATA, CAÇANDO 
EM GRUPO DE PESSOAS, PERTO DE 
VILAREJOS. 
PODE OCORRER DE ERRO DE TIPO NÃO 
GERAR ATIPICIDADE, MAS SIM 
DESCLASSIFICAÇÃO – EXEMPLO: XINGAR 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO, SEM SABER QUE É 
SERVIDOR PÚBLICO. RESPONDERÁ POR 
CRIME CONTRA A HONRA E NÃO POR 
DESACATO. 
 
ACIDENTAL – SOBRE O OBJETO, A PESSOA, NA 
EXECUÇÃO, RESULTADO DIVERSO DO 
PRETENDIDO E SOBRE O NEXO CAUSAL. 
 Recai sobre dados secundários. 
 
 ERRO SOBRE O OBJETO (error in 
objecto)– Não tem previsão legal. Apenas na doutrina. 
Quer furtar um relógio de ouro, mas furta 
um relógio dourado. Responderá por furto da 
mesma forma. 
 Mas, pode gerar diminuição de pena ou até 
desclassificação para forma privilegiada, por exemplo. 
Relógio de ouro cusaria mais de um salário-mínimo; 
relógio dourado – menos de um salário mínimo. 
 Furto privilegiado do relógio apenas 
dourado. 
 
 ERRO SOBRE A PESSOA – ERROR IN 
PERSONA – art. 20, § 3º CP. 
 
 Quer matar o pai (parricídio) e mata o tio 
que entra na casa. 
 TEORIA DA EQUIVALÊNCIA 
(ADOTADA) – responde de acordo com o alvo 
visado. 
 TEORIA DA CONCRETIZAÇÃO 
(DESCARTADA NO BRASIL). Responde de acordo 
com o alvo atingido. 
 
 ERRO DE TIPO ACIDENTAL NA 
EXECUÇÃO – ABERRATIO ICTUS – artigo 73 
CP. 
 
ERRO SOBRE A 
PESSOA 
ERRO DE 
EXECUÇÃO 
Há equívoco sobre a 
identidade da vítima 
Não há equívoco sobre a 
identidade da vítima 
que é claramente 
representada 
A execução é correta – 
não há falha 
operacional 
A execução é incorreta 
– falha operacional 
A pessoa visada não 
corre perigo – foi 
confundida 
A pessoa visada corre 
perigo, não foi 
confundida 
 
“Chico” quer atingir sua esposa, mas por erro de 
pontaria atinge um vizinho que passava do outro 
lado da rua. 
Vai responder como se tivesse atingido sua esposa. 
Feminicídio ou tentativa de feminicídio. 
 
Em ambos os casos leva-se em conta a vítima virtual. 
 
Aberractio ictus de resultado único – responde 
considerando as qualidades da vítima desejada. 
Aberractio ictus de resultado duplo ou unidade 
complexa – será punido pelos dois crimes em 
concurso formal. 
 QUER MATAR O PAI E ATINGE UM 
VIZINHO: 
 A - Mata o pai e o vizinho – 1 homicídio 
doloso contra ascendente – 1 homicídio culposo. 
Concurso formal próprio 
 B - Lesiona o pai e o vizinho – 1 lesão 
dolosa contra ascendente – 1 lesão culposa. 
Concurso formal próprio 
 C - Mata o pai e lesiona o vizinho – 1 
homicídio doloso contra o pai – 1 lesão culposa 
vizinho. Concurso formal próprio 
 
 D - Lesiona o pai e mata o vizinho – 
DIVERGÊNCIA. 
 1ª homicídio doloso do vizinho e lesões no 
pai – concurso formal. 
 2ª tentativa de homicídio do pai e 
homicídio culposo do vizinho – concurso formal 
 3ª homicídio doloso do vizinho e tentativa 
de homicídio doloso do pai. 
 
 
Aberractio criminis – ATINGE BEM JURÍDICO 
DIVERSO DO PRETENDIDO – artigo 74 CP. 
Aqui a relação é pessoa – coisa. 
 
“A” quer danificar o carro de “B”, mas por erro na 
execução atinge e mata “B”. Responderá por 
homicídio culposo, ficando absorvido o crime de 
dano. 
 
O artigo 74 será aplicado se o resultado produzido 
for um crime mais grave do que o resultado 
almejado. 
 
“A” atira em “B” para mata-lo e por erro acerta 
uma planta. 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por 
qualquermodo ou meio, plantas de ornamentação 
de logradouros públicos ou em propriedade 
privada alheia: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou 
multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de 1 
(um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
Claro que a tentativa de homicídio não poderá ser 
absorvida pela destruição culposa da planta. 
 
 
 
DELITO PUTATIVO POR ERRO DE TIPO – 
aqui o agente quer cometer um crime, mas não 
consegue por erro. Exemplo: Querendo matar 
alguém atira em uma estátua de cera em um 
museu. Pratica um crime imaginário. Deixa de 
cometer o crime, sem querer. CONSEQUÊNCIA – 
CRIME IMPOSSÍVEL – ARTIGO 17 CP. 
 
ERRO PROVOCADO POR TERCEIRO – art. 20, 
§ 2º CP. 
Erro induzido. 2 personagens – agente provocador 
e o agente provocado. 
Ex: médico quer matar o paciente e induz a 
enfermeira a ministrar dose letal de medicação. 
Médico responde por homicídio doloso. 
Enfermeira, em regra, isenta de pena. Mas, se 
atuou com culpa (imperícia – deveria saber que a 
dose era letal), pode responder por homicídio 
culposo. 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo 23 – NÃO HÁ CRIME 
 
ILICITUDE – segundo substrato do conceito analítico 
de crime, conforme a teoria tripartida. 
 
ILICITUDE OU ANTIJURIDICADE SÃO 
SINÔNIMOS. 
SÃO CHAMADAS DE EXCLUDENTES DE 
ILICITUDE OU JUSTIFICATIVAS. 
Não confundir com excludentes de culpabilidade ou 
dirimentes, matéria das próximas aulas. 
 
Presentes as excludentes de ilicitude, bastando uma 
delas, não haverá crime. 
 
É preciso, no entanto, ter em mente que o 
MONOPÓLIO da força é do ESTADO. O uso das 
excludentes é excepcional e somente é legitimado se 
inviável o auxílio do Estado. 
Por exemplo: ladrão no quintal da minha casa. O certo 
é chamar a polícia e não sair atirando no ladrão. 
 
PRIMEIRO vamos analisar as técnicas legislativas 
entre tipos penais incriminadores e os tipos penais 
permissivos. 
Exercício em classe. 
 
Excludentes GERAIS: 
 
1. ESTADO DE NECESSIDADE 
2. LEGÍTIMA DEFESA 
3. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
4. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER 
LEGAL 
 
Exagero no exercício das excludentes – CONFIGURA 
EXCESSO DOLOSO OU CULPOSO que será 
PUNIDO. 
 
 
Teoria da autonomia – excludentes e tipicidade não 
têm qualquer correlação. 
 
Teoria da indiciariedade ou ratio cognoscendi – essa é 
a mais aceita. O fato típico é presumidamente ilícito, 
mas são analisados de forma distinta. 
 
Teoria da dependência ou ratio essendi – tipicidade e 
antijuridicidade são analisados juntos. Tem relação 
com a teoria dos elementos negativos do tipo. 
 
A segunda é a mais aceita, pois na prática, se o juiz 
verifica que nem há tipicidade, não há necessidade de 
analisar se há ou não ilicitude. Portanto, a análise da 
ilicitude realmente ocorre em momento distinto. 
 
 
Há excludentes de ilicitude especiais - HOTELEIRO 
QUE VENDE BAGAGEM DE HÓSPEDE – ART. 168 
cp X 1470 cc/2002. 
Artigo 128 CP. 
 
Mas, essas serão estudadas quando vocês estudarem a 
parte especial. 
 
 
ESTADO DE NECESSIDADE – PERIGO ATUAL – 
(LEGITIMA DEFESA É INJUSTA AGRESSÃO). 
 
Se o perigo não está acontecendo, não cabe. Se o agente 
provocou o perigo, não cabe. 
 
O sacrifício não era necessário exigir. TEORIA 
UNITÁRIA (adotada pelo CP). 
 
Há um bem protegido e um bem prejudicado. O bem 
protegido tem que ser de valor igual ou maior ao bem 
prejudicado. 
 
Exemplo: Jack e Rosie no Titanic – vida por vida. 
Estado de necessidade. 
 
 
Se o bem protegido for de menor valor não se aplica o 
estado de necessidade. 
Se para proteger o patrimônio eu atinjo a vida, não 
está legitimado o estado de necessidade. 
Mas, pode acontecer a diminuição de pena prevista no 
§ 2º do art. 24 (LER). 
 
Pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever 
de enfrentar o perigo? NÃO - § 1º do art. 24 do CP. 
 
LEGÍTIMA DEFESA – elementos diferentes do estado 
de necessidade – 
 Requisitos referentes à conduta: 
INJUSTA AGRESSÃO (NÃO 
PERIGO ATUAL). 
LEIA-SE INJUSTO COMO 
ILÍCITO. O conceito de justo ou injusto 
é impreciso. Cada um tem seu senso de 
justiça e, no Brasil, ele não é apurado... 
 
Exemplo: não é possível agir em 
legítima defesa porque alguém quer 
furtar, roubar, sua cocaína. 
 
FACA X REVÓLVER – ninguém é 
obrigado a ser esfaqueado. Meio 
necessário é o meio útil, disponível. 
 
 
 
 ATUAL OU IMINENTE – está 
acontecendo ou prestes a ocorrer. 
 A vítima precisa agir. Não dá para 
chamar a polícia. 
 
 Direito próprio ou de terceiro. 
 
 
REQUISITOS REFERENTES À REPULSA: 
Uso moderado dos meios necessários e excesso – 
ATENÇÃO. PRECISA ANALISAR O CASO 
CONCRETO SEMPRE. 
Modo atenuado. 
 
Não se trata de legitimar agressões. Trata-se de 
legitimar defesas. 
PROPORCIONALIDADE – RAZOABILIDADE 
 Adequação 
 Necessidade 
 Proporcionalidade em sentido estrito 
(valores) 
 
 É proporcional atirar nas costas de um 
ladrão que furtou seu celular e correu? 
 
 É proporcional atirar num assaltante que 
entra armado na sua casa e coloca a arma na cabeça da 
sua mãe? 
 
 É proporcional derrubar o ladrão no 
chão, retomar o celular e chutar o ladrão até ele 
desmaiar? Excesso doloso claro. 
 
 Excesso exculpante e excesso acidental – 
excesso exculpante – o agente imbuído por medo, 
pavor, acaba se excedendo na reação e provocando um 
dano desproporcional. Pode ser absolvido pelo 
contexto. Seria uma análise da inelegibilidade de 
conduta diversa, passando ao universo da 
culpabilidade. 
 
 Excesso acidental é fortuito, sem 
querer. Também pode gerar absolvição. Agente passa 
da conta, sem querer. 
 
 Não houve dolo no excesso. Aí 
precisa analisar a culpa e se há previsão para punição 
culposa do que aconteceu. 
 
Ânimo do agente – SABER QUE ESTÁ SE 
DEFENDENDO. Mas, é controvertido. 
 
 PAI que mata indivíduo 
que estaria iniciando abuso contra sua filha. 
 
 Neste contexto, a ação é tão 
reprovável (punida como crime hediondo) que a reação 
paterna, pode ser considerada moderada. É claro que 
nesta situação se o pai espanca até a morte o 
estuprador pode ser enquadrado como legítima defesa 
pura, sem excesso. 
 
 Caso de Poço Fundo – 3 
homicídios x 1 policial civil. 
 
 PARAGRAFO ÚNICO DO 
ART. 25 – INTRODUZIDO PELO PACOTE 
ANTICRIME – LEI 13.964/2019 – INÚTIL 
 
 “A lei não contém palavras 
inúteis”, exceto no Brasil. 
 
 
 
OFENDÍCULOS – controvérsia doutrinária – 
exercício regular de direito ou legítima defesa pré-
ordenada 
 Exemplos : Cacos de vidro 
no muro, cerca elétrica, cachorro no quintal. 
 Entendem que é exercício 
regular de direito porque todos podem defender seu 
patrimônio (propriedade é direito fundamental – está 
no art. 5º CRFB/88 e inciso II do art. 170 CF/88). E no 
momento da instalação não há agressão atual ou 
iminente. 
 
 Entendem que é legítima 
defesa porque o ofendículo só age quando há a 
agressão atual. Iminente não porque o ofendículo é 
inanimado. 
 
 Os ofendículos têm que 
estar explícitos. Se atingirem de surpresa, pode ser 
configurado excesso. 
 
 
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA – nasce do excesso. 
Pedro agride João. João vai se defender. Pedro para, 
mas João prossegue e passa a agir em excesso. Surge 
para Pedro o direito de se defender, pois a agressão 
João passou a ser injusta. 
 
LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA – não existe. Não 
há possibilidade duas pessoas reagirem a agressões 
injustas. Uma agressão injusta gera reação justa. 
 
 
LEGÍTIMA DEFESA CONTRA MENOR DE IDADE 
– possível. MENOR fisicamente maior, mais forte, 
altamente violento etc... 
 
ATAQUE DE ANIMAL – depende. Se o animal é 
utilizado como arma, instrumento – legitima defesa. 
 
 Animal que avança sem 
instigação do dono – estado denecessidade. Perigo 
atual e não injusta agressão. 
 
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA – possível. Só existe 
na mente do agente. Acha que está em legítima defesa. 
Exemplo : encontra o desafeto que vem com uma arma 
de brinquedo na mão. Atiro nele, sem saber que a 
arma é de brinquedo. 
 
LEGÍTIMA DEFESA REAL CONTRA LEGÍTIMA 
DEFESA REAL – NÃO CABE. Precisa que a agressão 
seja injusta. 
 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO e ESTRITO 
CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL. 
 
EXRD – CIDADÃO, em geral. PARTICULAR. O 
CIDADÃO PODE AGIR, DESDE QUE NÃO SEJA 
PROIBIDO. 
 
 Pai que usa de meios de correção para 
educar filho. Faz parte do dever de guarda e educação, 
decorrentes do poder familiar. Poder-dever. 
 
Não pode exceder, obviamente e o 
excesso, como vimos, é sempre punível. 
 
Lutas – é exercício regular de 
direito. Pratica desportiva, desde que 
observadas as regras daquele esporte. 
 
 
ECDL – Geralmente, o destinatário da excludente é O 
AGENTE PÚBLICO QUE SOMENTE VAI AGIR SE 
A LEI DETERMINA SUA CONDUTA 
ESPECIFICAMENTE. 
 
Exemplo – oficial de justiça cumprindo mandado de 
busca e apreensão. Estrito cumprimento do dever 
legal. 
 
 E se o oficial de justiça entrar no 
domingo à noite? Houve excesso. Não está amparado 
pela excludente. 
 
 Pastor da igreja que manda adentrar na 
casa de infiel com a finalidade de convertê-lo : pastor 
não é autoridade competente para determinar ingresso 
domiciliar. Ainda que a intenção seja boa... 
 
 A ordem tem que vir de autoridade 
competente. 
 
 CRIMES CULPOSOS e estrito 
cumprimento de dever legal – incompatíveis. Precisa 
sempre do dolo. 
 
 CONCURSO DE PESSOAS e extensão 
das excludentes – a regra é a comunicabilidade da 
excludente de ilicitude aos demais agentes. 
 
 
Consentimento do ofendido causa supralegal e limitada 
de exclusão de ilicitude. 
 
 Há polêmicas. 
 
 A teoria advém dos princípios da 
mínima intervenção, subsidiariedade e 
fragmentariedade do direito penal. 
 
 Exemplo: furto. Por que é de ação 
penal pública? 
 Patrimônio é disponível. Tão 
disponível que basta a vítima não fazer um BO e 
ninguém saberá do furto. 
 
 Honra – é disponível? Suponhamos 
que a vítima, na presença de várias pessoas, é injuriada 
e diz que não está nem aí. Depois é lícito que ela 
ofereça queixa-crime no prazo decadencial? 
 
 Tatuagem ou piercing – lesão 
corporal? Integridade corporal é disponível? Vide 
artigo 11 do Código Civil. 
 
 Caso de médico que respondeu por 
lesão corporal na década de 70 por cirurgia de 
transgenitalização. 
 
 Consentimento do ofendido em 
homicídio? Posso consentir em morrer? Polêmico no 
mundo afora. Eutanásia, ortotanálisa, suicídio assistido 
(admitido na suíça). 
 
 Suicídio é ilícito porque é punível o 
induzimento ao suicídio. 
 
 Eutanasia – pessoa não está 
desenganada, embora o sofrimento esteja presente. 
Abreviação da vida 
 
 Ortotanásia – morte no tempo certo. 
Cuidados paliativos. Vitima desenganada. Resoluçao 
1805/06 – suspender procedimentos médicos 
meramente paliativos 
 
 Alívio de sintomas x adiantamento 
da morte – essa é a grande discussão acerca do limite 
de qual é a disponibilidade da vida. 
 
 Dignidade humana x vida (vida útil). 
 
 Dificuldades sobre certificar o 
consentimento livre da vítima. É preciso ter 
capacidade. Uma criança não pode consentir. 
 
 Stj – súmula 593 do STJ. O crime de 
estupro de vulnerável se configura com a conjunção 
carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 
anos, sendo irrelevante eventual consentimento da 
vítima para a prática do ato, sua experiência sexual 
anterior ou existência de relacionamento amoroso com 
o agente 
 
Não é admitido consentimento 
presumido (Fulano não ligaria se eu 
furtasse alguns objetos de sua casa...ele 
tem seguro). 
 
 
Arquivamento do IP com base em excludente de 
ilicitude – pode reabrir? Art. 18 CPP e súmula 524 
STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do 
juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode 
a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
 
Ônus da prova das excludentes – art. 156 do CPP. 
 
In dubio pro societa. Controvérsias atuais. 
 
 
Questões: 
 
Quem exerce função de guarda ou segurança privada 
não pode alegar legítima defesa. ERRADO 
 
Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode 
alegar estado de necessidade. CORRETO – LETRA 
DA LEI 
 
Excesso culposo não é punível. ERRADO. Qualquer 
excesso é punível. 
 
Não é possível alegar legítima defesa se houver 
alternativa mais cômoda. ERRADO. 
 
O vigilante que repele injusta agressão atual ou 
iminente age no estrito cumprimento do dever legal – 
ERRADO. Isso é legítima defesa. 
 
No CP o estado de necessidade afeta apenas a ilicitude 
e não a culpabilidade. ERRADO. Ora, se não é ilícito a 
análise da culpabilidade fica prejudicada. 
 
Agirá em estado de necessidade o motorista que foge 
do local do acidente para evitar agressão de outras 
pessoas, com perigo a sua vida. CORRETO. 
 
Márcio é atacado por tiros de arma de fogo de Mévio. 
Mévio erra os dois primeiros tiros e Márcio saca a 
própria arma e mata Mévio. 
 
A hipótese é de estado de necessidade, porque havia 
mero perigo. ERRADO. 
 
A hipótese é de exercício regular de direito. ERRADO. 
 
A hipótese é de arrependimento eficaz. ERRADO. 
 
A hipótese é de legítima defesa. CERTO. 
 
 
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude, mas 
não é aceita se há a possibilidade de fugir da conduta. 
ERRADO. O direito não exige a COVARDIA. 
 
Mévio vê Tício, seu inimigo capital, aproximando-se 
com uma arma nas mãos e atira primeiro em Tício. 
Constata-se que a arma de Tício era de brinquedo. 
Mévio responde por homicídio CULPOSO. ERRADO. 
 
HOUVE LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA – CERTO. 
 
O agente não responde se agiu no estrito cumprimento 
do dever legal ou exercício regular de direito. 
 
Policial, ao cumprir mandado de condução coercitiva 
expedido pelo Juiz, deixou o réu aguardando em 
cárcere por tempo excessivo. Mesmo assim, agiu em 
estrito cumprimento do dever legal? NÃO. Houve 
excesso. 
 
Policial que submete a pessoa a identificação 
datiloscópica e ao reconhecimento pessoal age no 
exercício regular de direito. NÃO. AGE NO ECDL. 
CONCURSO DE PESSOAS – ARTIGOS 29, 30 E 31 
COAUTORIA 
PARTICIPAÇÃO 
CONCURSO DE AGENTES 
CUMPLICIDADE 
 
São usados como termos sinônimos, mas não são, 
tecnicamente. 
 
PLURALIDADE DE CRIMINOSOS – DUAS OU MAIS 
PESSOAS SE ENVOLVEM NA PRÁTICA DO CRIME. 
 
Como saber quem é autor e quem é partícipe? 
 
O que é a participação dolosamente distinta? 
 
Como analisar a participação de menor importância? 
 
Concurso de pessoas : o crime pode ser cometido por 
uma só pessoa ou várias pessoas. 
 
CRIME UNISSUBJETIVO OU DE CONCURSO EVENTUAL– 
uma só pessoa ou várias pessoas. Furto pode ser 
praticado por uma pessoa ou por várias. Homicídio 
também. 
 
CRIME PLURISSUBJETIVO – exige concurso de pessoas 
necessários. Exemplo: 
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. LEI 12.850/2013 - § 
1º Considera-se organização criminosa a associação 
de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente 
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda 
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, 
mediante a prática de infrações penais cujas penas 
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que 
sejam de caráter transnacional. 
 
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (2 ou mais 
pessoas). Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas 
para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 
1º, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e 
pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e 
duzentos) dias-multa.

Mais conteúdos dessa disciplina