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Chester Barnard: Gestão e Comunicação

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Barnard 
Nascido em 1886, faleceu em 1961. Chester Barnard foi gestor na companhia de telefones Bell durante 40 anos, tornando-se mais tarde presidente. Foi dos primeiros a estudar os processos de tomada de decisão, o tipo de relações entre as organizações formais e informais e o papel e as funções do executivo. Contrariamente a sociólogos como Max Weber, ele considerava as empresas como instrumentos mais eficazes para o progresso social do que o Estado ou as igrejas. Enquanto estas são baseadas na autoridade formal as empresas regem-se pela cooperação entre indivíduos ligados por uma causa comum, mas que têm uma vida curta. Segundo Barnard, as organizações nao sobrevivem por não estarem de acordo com 2 critérios essencias para sua sobrevivência: efetividade e eficiência. Enquanto sua definição de efetividade era a usual, a de eficiência em uma organização referia-se ao grau em que uma organização se encontra quanto à capacidade de satisfazer as necessidades dos indivíduos; se uma organização atende às necessidades individuais enquanto atinge seus objetivos explícitos, a cooperação entre os membros deve perdurar. Ele analisou questões como a liderança, a cultura e os valores 30 anos antes de o mundo empresarial se aperceber da sua existência. Discutiu em seu livro "As funções do executivo" o que o título sugere, mas não de um ponto de vista intuitivo, mas sim derivadamente de sua concepção de sistemas cooperativos. As suas obras mantêm uma atualidade surpreendente.
Barnard formulou duas interessantes teorias: uma sobre autoridade, e outra sobre incentivos. As duas são vistas no contexto do sistema comunicativo e são regidas por sete regras essencias:
Os canais de comunicação devem ser definidos;
Todos devem conhecer os canais de comunicação;
Todos devem ter acesso aos canais formais de comunicação;
Linhas de comunicação devem ser mais curtas e diretas possível;
A competência de pessoas que servem como centros de comunicação deve ser adequada;
A linha de comunicação não deve ser interrompida enquanto a organização estiver funcionando;
Toda comunicação deve ser autenticada.
Dessa forma, o que torna a comunicação autoritativa depende do subordinado, e não do superior. A perspectiva de Barnard tinha afinidades com a de Mary Parker Follett, o que era incomum em seu tempo. Ele dizia que os gestores devem obter autoridade tratando seus subordinados com respeito e competência.
Quanto aos incentivos, ele propôs duas formas de convencer subordinados a cooperarem: incentivos tangíveis e persuasão. Muita importância é dada à persuasão, mais além do que incentivos econômicos. Ele descreveu quatro incentivos gerais, e quatro específicos. Os específicos eram:
Dinheiro e outras formas de indução material;
Oportunidades pessoais não-materias de distinção;
Condições físicas ideais para o trabalho;
Benfeitorias ideias, como o orgulho de ser trabalhador, etc.
 
 
Bibliografia: 
 
Some problems in the future development of New Jersey: An address of Chester I. Barnard. State Chamber of Commerce (1928).
The interest of business in social progress: An address by Chester I. Barnard ... at the annual dinner of the Manufacturers' Association of New Jersey. Atlantic City, May 3, 1930.
The Functions of the Executive. Harvard University Press; 30th Anniv edition (June, 1968).

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