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Profª Kilcy Costa Ferraz UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL Tema da aula: Introdução ao estudo de topografia Sistemas de Coordenadas Superfícies de Referência Efeito da curvatura O que é Topografia? Para que serve? Quando preciso de topografia? 1.QUESTIONAMENTOS Conceito de Topografia: O significado etimológico da palavra TOPOGRAFIA, quer dizer: 1.1. CONCEITOS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES 1.1. CONCEITOS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES “A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989). “A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre” ESPARTEL (1987). O que é Topografia? Efeito da curvatura da Terra O objetivo principal: efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às operações efetuadas em campo com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se levantamento topográfico. Determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada de superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. (DOMINGUES, 1979). Para que serve? Quando preciso de topografia? Aplicações Sistema de água e esgoto Aeroportos Obras viárias Projetos habitacionais Dentre outrosProjetos de Reflorestamento Projetos Paisagismo Irrigação e drenagem Usinas hidrelétricas Planejamento Urbano A Topografia é a base para diversos trabalhos de engenharia, onde o conhecimento das formas e dimensões do terreno é importante. Alguns exemplos de aplicação: De acordo com BRINKER; WOLF (1977), o trabalho prático da Topografia pode ser dividido em cinco etapas: 1) Tomada de decisão: onde se relacionam os métodos de levantamento, equipamentos, posições ou pontos a serem levantados, etc. 2) Trabalho de campo ou aquisição de dados: efetuam-se as medições e gravação de dados. 3) Cálculos ou processamento: elaboram-se os cálculos baseados nas medidas obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc. 4) Mapeamento ou representação: produz-se o mapa ou carta a partir dos dados medidos e calculados. 5) Locação. De acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1991, p. 3), Norma Brasileira para execução de Levantamento Topográfico, o levantamento topográfico é definido por: “Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados.” A Topologia tem por objetivo o estudo das formas exteriores do terreno e das leis que regem o seu modelado. A Topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias, ângulos e desníveis, cujo objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Pode ser dividida em planimetria e altimetria. 2. CLASSIFICAÇÃO DA TOPOGRAFIA Classicamente a Topografia é dividida em Topometria e Topologia. Tradicionalmente o levantamento topográfico pode ser divido em duas partes: o levantamento planimétrico, onde se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y) e o levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada Z). A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado levantamento planialtimétrico. Planimetria O levantamento é planimétrico, quando se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y) Altimetria O levantamento é altimétrico, quando o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada Z) Delimitação de uma bacia hidrográfica com representação das curvas de nível e seu respectivo Modelo Digital do Terreno Carta topográfica com representação de curvas de nível Desenho representando o resultado de um levantamento planialtimétrico Planialtimetria Operação que congrega a planimetria e a altimetria. O conceito de grandeza é fundamental para se realizar qualquer medição. Em Topografia trabalha-se com quatro espécies de grandezas, a saber: Lineares Angulares Volumétricas Superficiais Metro (m), no SI Metro quadrado (m²), no SI Metro cúbico (m³), no SI Radiano; Grau; Grado 3. UNIDADES DE MEDIDA Sistema Internacional de Unidades (SI) Unidade de comprimento (metro) RADIANO Um radiano é o ângulo central que subentende um arco de circunferência de comprimento igual ao raio da mesma. É uma unidade suplementar do SI para ângulos planos. UNIDADES DE MEDIDA ANGULAR 2πR — 360° arco = R = raio Representação de um arco de ângulo. UNIDADE SEXAGESIMAL 1 grau = 60 minutos (1° = 60’) 1 minuto = 60 segundos (1’ = 60”) 1 grau = 60 minutos = 3.600 segundos UNIDADES DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE Para grandes áreas: Usa-se quilômetro quadrado (km²) - equivale a 1.000.000 m² ou 10.000 ares ou 100 hectares O uso das unidades de superfícies do sistema métrico decimal na medição de terrenos é oficialmente obrigatório mas, as unidades agrárias antigas, quase todas derivadas da braça de 2,20 m, são usadas no Brasil desde a época da colonização. Propagaram-se, continua e desordenadamente, e adquiriram características da região ou zona em que foram utilizadas, com designação própria e caráter tipicamente regional, por não terem valores definidos, apresentando variações não somente com relação à quantidade das terras, como também a fatores locais e pessoais. A unidade principal é o alqueire que corresponde a uma medida ideal variável de acordo com o número de litros ou pratos de plantio, geralmente de milho, que comporta o terreno, segundo os costumes locais, daí a expressão alqueire de tantos litros ou de tantos pratos. Litro – É a área do terreno em que se faz a semeadura de um litro (capacidade) de sementes de milho debulhado, num compasso de um metro quadrado, para cada cinco ou seis grãos, cobrindo uma área de 605 metros quadrados. Prato – Corresponde à área do terreno com capacidade de plantio de um prato de milho, sendo que as suas dimensões são de 10 x 20 braças e corresponde a 968 metros quadrados. Quarta – É a área de terreno correspondendo sempre a quarta parte (1/4) do alqueire. Dadas as variações da dimensões do alqueire, a quarta varia na mesma proporção. are=100m2 acre= 4.046,86 m2 hectare (ha)= 10.000 m2 alqueire paulista ( menor) = 2,42 ha = 24.200 m2 alqueire mineiro ( geométrico) = 4,84 ha =48.400 m2 alqueire baiano = 9,68 ha Alqueirão= 19,36 ha 1) Determine o valor em alqueires menor, para um terreno de área igual a 1224,567 metros quadrados. 2) Determine o valor em hectares, para um terreno de área igual a 58.675,56 metros quadrados. 1) Determine o valor em alqueires menor, para um terreno de área igual a 1224,567 metros quadrados. 2,42 alqueire paulista (menor) = 2,42 ha = 24.200 m² 2,42 ha-------------------- 24.200 m² xha ------------------ 1224,567 m² x = 0,1224567 ha 2) Determine o valor em hectares, para um terreno de área igual a 58.675,56 metros quadrados. 1 hectare -------------------- 10.000 m² x hectares ------------------ 58.675,56 m² x = 5,867556 hectares 4. SISTEMAS DE COORDENADAS Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação de coordenadas relativas de pontos. Para tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de coordenadas. São utilizados basicamente dois tipos de sistemas para definição unívoca da posição tridimensional de pontos: sistemas de coordenadas cartesianas e sistemas de coordenadas esféricas. Para efeitos de localização precisa de um ponto na superfície terrestre também utilizamos o sistema de coordenadas geográficas. 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS Quando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do que atribuindo coordenadas ao mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a um sistema de coordenadas. Existem diversos sistemas de coordenadas, alguns amplamente empregados em disciplinas como geometria e trigonometria, por exemplo. Estes sistemas normalmente representam um ponto no espaço bidimensional ou tridimensional. 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas retangulares ou cartesiano. É um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de duas retas orientadas X e Y, perpendiculares entre si, conforme a figura abaixo. Sistema de coordenadas cartesianas 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Um dos símbolos P(x,y) ou P=(x,y) são utilizados para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y. A figura a seguir apresenta um sistema de coordenadas, cujas coordenadas da origem são O (0,0). Nele estão representados os pontos A(10,10), B(15,25) e C(20,-15). 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS Representação de pontos no sistema de coordenadas cartesianas Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados, mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto, denominado de origem. A posição de um ponto neste sistema de coordenadas é definida pelas coordenadas cartesianas retangulares (x,y,z) de acordo com a figura a seguir. 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS Sistema de coordenadas cartesianas tridimensionais 4.1. SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS 4.2. SISTEMAS DE COORDENADAS ESFÉRICAS Um ponto do espaço tridimensional pode ser determinado de forma parecida, conforme a figura a seguir, pelo afastamento r entre a origem do sistema e o ponto R considerado, pelo ângulo β formado entre o segmento OR e a projeção ortogonal deste sobre o plano xy e pelo ângulo α que a projeção do segmento OR sobre o plano xy forma com o semi-eixo OX. As coordenadas esféricas de um ponto R são dadas por (r, α, β). A figura abaixo ilustra este sistema de coordenadas. Supõe-se o sistema de coordenadas esféricas sobreposto a um sistema de coordenadas cartesianas (TORGE, 1980, p.16). Assim, o ponto R, determinado pelo terno cartesiano (x, y, z) pode ser expresso pelas coordenadas esféricas (r, α, β), sendo o relacionamento entre os dois sistemas obtido pelo vetor posicional: 4.2. SISTEMAS DE COORDENADAS ESFÉRICAS Exercício: Um topográfo a partir de um ponto topográfico O visa o ponto B coletando uma distância inclinada de 100m; um ângulo vertical de 05° e um angulo horizontal em relação à um poste de 50°. Calcule as coordenadas cartesianas do ponto B. Considere o ponto O como origem do sistema de coordenadas. (X, Y, Z) = ? 4.3. SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS A forma mais utilizada para a representação de coordenadas em um mapa se dá pela aplicação de um sistema sexagesimal denominado Sistema de Coordenadas Geográficas. Os valores dos pontos localizados na superfície terrestre são expressos por suas coordenadas geográficas, latitude e longitude, contendo unidades de medida angular, ou seja, graus (°), minutos (‘), segundos (“). Os meridianos são as linhas que passam através dos pólos e ao redor da Terra, ou seja, são círculos máximos da esfera cujos planos contêm o eixo de rotação ou eixo dos pólos. À leste do Meridiano de Greenwich os meridianos são medidos por valores crescentes até 180o e, a oeste, suas medidas são decrescentes até o limite de -180o. 4.3. SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS Os paralelos são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao eixo dos pólos. O equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisférios. O 0 o corresponde ao equador, o 90 o ao pólo norte e o - 90 o ao pólo sul. 4.3. SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS 4.3. SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS A interseção de um meridiano com um paralelo da origem as coordenadas geográficas, ou seja, Latitude (φ) e Longitude (λ). 4.3. SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS Devido às irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelos para a sua representação, mais simples, regulares e geométricos e que mais se aproximam da forma real para efetuar os cálculos. Cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais complexa a figura empregada para a representação da Terra, mais complexos serão os cálculos sobre esta superfície. Basicamente temos quatro superfícies para representar a Terra: Esfera Elipsóide Geóide Plano 5. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA 5.1. MODELO ESFÉRICO Em diversas aplicações a Terra pode ser considerada uma esfera, como no caso da Astronomia. Um ponto pode ser localizado sobre esta esfera através de sua latitude e longitude. Tratando-se de Astronomia, estas coordenadas são denominadas de latitude e longitude astronômicas. Como ilustrado na figura a seguir. - Latitude Astronômica (Φ): é o arco de meridiano contado desde o equador até o ponto considerado, sendo, por convenção, positiva no hemisfério Norte e negativa no hemisfério Sul. - Longitude Astronômica (Λ): é o arco de equador contado desde o meridiano de origem (Greenwich) até o meridiano do ponto considerado. Por convenção a longitude varia de 0° a +180° no sentido leste de Greenwich e de 0° a -180° por oeste de Greenwich. Terra esférica - coordenadas astronômicas O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. Não é uma superfície regular e é de difícil tratamento matemático. O geóide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou superfície de nível, utilizado como referência para as altitudes ortométricas (distância contada sobre a vertical, do geóide até a superfície física) no ponto considerado. 5.3. MODELO GEOIDAL 5.2. MODELO GEOIDAL As linhas de força ou linhas verticais são perpendiculares a essas superfícies equipotenciais e materializadas, por exemplo, pelo fio de prumo de um teodolito nivelado, no ponto considerado. A reta tangente à linha de força em um ponto simboliza a direção do vetor gravidade neste ponto, e também é chamada de vertical. 5.3. MODELO ELIPSOIDAL A Geodésia adota como modelo o elipsóide de revolução (figura abaixo) elipsóide de revolução é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi- elipse (geratriz) em torno de um de seus eixos (eixo de revolução). Um elipsóide de revolução fica definido por meio de dois parâmetros, os semi-eixos a (maior) e b (menor). Em Geodésia é tradicional considerarcomo parâmetros o semi-eixo maior a e o achatamento f, expresso pela equação a seguir: a: semi-eixo maior da elipse b: semi-eixo menor da elipse Mais de 70 diferentes elipsóides de revolução são utilizados em trabalhos de Geodésia no mundo. 5.3. MODELO ELIPSOIDAL As coordenadas geodésicas elipsóidicas de um ponto sobre o elipsóide ficam assim definidas: Latitude Geodésica ( φ ): ângulo que a normal forma com sua projeção no plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul. Longitude Geodésica ( λ ): ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para Oeste. A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P na superfície física. Coordenadas Elipsóidicas No Brasil, o atual Sistema Geodésico Brasileiro (SIRGAS2000 - Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas) adota o elipsóide de revolução GRS80 (Global Reference System 1980), cujos semi-eixo maior e achatamento são: a = 6.378.137,000 m f = 1/298,257222101 5.3. MODELO ELIPSOIDAL 5.4. MODELO PLANO Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada pela Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos topográficos. Face aos erros decorrentes destas simplificações, este plano tem suas dimensões limitadas. Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de 20 a 30 km. A NRB 13133 (Execução de Levantamento Topográfico) admite um plano com até aproximadamente 80 km. Segundo a NBR 13133, vale destacar algumas as características do sistema de projeção utilizado em Topografia : As deformações máximas inerentes à desconsideração da curvatura terrestre e a refração atmosférica têm as seguintes aproximações: Δl (mm) = - 0,001 l³ (km) Δh (mm) = +78,1 l² (km) Δh´(mm) = +67 l² (km) onde: Δl = deformação planimétrica devida a curvatura da Terra, em mm. Δh = deformação altimétrica devida a curvatura da Terra, em mm. Δh´ = deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvatura da Terra e da refração atmosférica, em mm. l = distância considerada no terreno, em km. 5.4. MODELO PLANO Uma vez que a Topografia busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário estabelecer um sistema de coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este sistema pode ser caracterizado da seguinte forma: Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo); Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira); Eixo X: sistema dextrógiro (formando 90° na direção leste). 5.4. MODELO PLANO 5.4. MODELO PLANO Plano em Topografia 6. EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA R: raio aproximado da Terra (6370 km) Ao substituir a real forma da terra, pelo plano topográfico, comete‐se um erro denominado “erro de esfericidade”. Geodésia a superfície terrestre é curva Topografia a superfície é plana • O erro de esfericidade na distância (ΔS) corresponde à diferença entre os comprimentos do segmento S' e do arco S. 3. EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA ΔS = R. tgΘ ‐ (π.R.Θ) / 180° ΔS = R. tgΘ ‐ R.Θ ΔS = R(tgΘ – Θ) Desenvolvendo tg θ em série tg Θ = Θ + (Θ³/3) + (2.Θ5/15) + … e utilizando somente o primeiro termo, para ângulos pequenos: ΔS = R.[ Θ + (Θ³/3) – Θ] ΔS = R. (Θ³/3) sabe‐se que Θ=S/R, logo... 5. EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA A tabela abaixo apresenta valores de erros absolutos e relativos para um conjunto de distâncias. 5. EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA EFEITO DA CURVATURA NA ALTIMETRIA R: raio aproximado da Terra (6370 km) ∆h: diferença de nível entre os pontos B e B’, este último projeção de B no plano topográfico. 5. EFEITO DA CURVATURA NA DISTÂNCIA O efeito da curvatura é maior na Altimetria do que na Planimetria (Distâncias) Pode‐se sem erro apreciável considerar plenamente satisfatório a representação planimétrica em planos tangentes com projeções paralelas e os cálculos feitos com fórmulas da trigonometria plana.
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