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[DERMATOLOGIA] Acadêmico(a): Tania Greicy Quirino Alves dos Santos. Professor(a): Ana Carolina Cortes Ferreira Tema: DERMATITE ATÓPICA Slide + Livro + Áudio [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • O eczema tópico pode ser dividido em: • Agudo: é caracterizado por lesão exsudativa, com eritema, vesículas e exsudato. • Subagudo: as lesões já evoluem um pouco para descamação (lesões eritemo-descamativas) • Crônico há liquenificação associada, lesão seca, com acentuação dos sucos da pele. • Exemplos de doenças eczematosas: dermatite atópica, dermatite seborreica, dermatite de contato, eczema luminar. Todos os comentários desta aula estão em vermelho [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] A dermatite atópica é uma doença crônica que ocorre mais comumente na infância e adolescência. Caracteriza-se por manifestação eczematosa, com períodos de crise e acalmia. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ASPECTOS HISTÓRICOS • 1808 – Robert Willan relatou esta desordem pela primeira vez, como uma condição “prurido-like” (pruriginosas). • 1891 – Brocq e Jacquet propuseram o termo “neurodermatite disseminada” enfatizando que a desordem era influenciada por fatores emocionais. • 1892 – Besnier descreveu a associação de rinite e asma com dermatite atópica, e sugeriu sua relação com predisposição familiar (muito importante na dermatite atópica). [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • 1923 - Coca introduziu o termo “atopia” para descrever algumas manifestações clínicas de hipersensibilidade humana, como a asma (rinite alérgica, dermatite de contato). • 1930 – Sulzberger sugeriu o termo “dermatite atópica - DA” para substituir a chamada neurodermatite disseminada. O termo DA tem a vantagem de relacionar manifestações cutâneas como asma, rinite, em pacientes atópicos. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] EPIDEMIOLOGIA • A prevalência da DA, em países industrializados, é de 10 a 20% em crianças e 1 a 3% em adultos. A relação homem : mulher é 3:1. • Trinta por cento dos pacientes com dermatite atópica têm asma ou rinite (ou as duas), e 15% têm surtos de urticária. Setenta por cento referem antecedentes familiares de atopia. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior •A DA é bem mais comum em crianças, portanto é uma doença que tende a melhorar com o passar da idade. •A presença de atopia no familiares próximos, como irmãos, é muito importante. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ETIOPATOGENIA •O paciente atópico possui um limiar de reatividade anômalo, reagindo anormalmente a inúmeros estímulos: contatantes (de contato), ingestantes, inalantes e injetantes. •Os mecanismos responsáveis por esta reatividade alterada não são completamente conhecidos, podendo estar relacionados fatores genéticos, imunológicos , ambientais , entre outros. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Limiar de reatividade anômalo: um estímulo que para uma pessoa normal é pequeno, não vai levar a um quadro alérgico, em um paciente com atopia já é suficiente para desencadear o quadro. O limiar deste é muito menor do que em outros indivíduos. Ex.: poluição para um alérgico é suficiente para desencadear um quadro de rinite, dermatite atópica, etc. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] FATORES GENÉTICOS • Herança autossômica dominante ? • Presença de 3 genes recessivos: para asma, para rinite, para dermatite atópica ? • Genes autossômicos dominantes influenciam na resposta de IgE ? • Relação com HLA (HLA-3 e HLA-9) (Neste caso há uma relação já definida) [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior •Questiona-se se há herança genética autossômica dominante, porque é muito importante a presença de atopia nos pais, 70% dos pacientes chegam a ter história familiar. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Sabe-se que a DA é transmitida com uma forte influência materna. Quando ambos os pais são atópicos, 79% das crianças desenvolvem manifestações atópicas (asma, rinite ou dermatite atópica). Quando apenas um dos pais é atópico, esta incidência cai para 58%. • A associação da dermatite atópica (DA) com condições geneticamente determinadas, como ictiose vulgar, argumenta à favor da influência genética na patogênese da DA. • Relação com cromossomo 5q31-33. • Relação com IL-4. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Ictiose vulgar: pele extremamente ressecada com formação de escamas. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] FATORES IMUNOLÓGICOS Imunidade Humoral A maioria dos pacientes com DA tem níveis séricos de IgE elevados (mas isso não é diagnóstico). Quando a única manifestação de atopia é a dermatite, os níveis de IgE geralmente são normais; quando há associação com manifestações alérgicas respiratórias, os níveis de IgE tendem a ser elevados, e correlacionam-se com a gravidade da dermatite. Remissões longas tendem à normalização dos níveis de IgE. Participação da IgA na patogênese da DA ? [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • IgE: serve para saber a gravidade da doença, e será alto quando houver outras manifestações de atopia. Não faz diagnóstico de dermatite atópica. O diagnóstico da DA é clínico. • A IgE está elevada em casos muitos graves; quando há associação de outras atopias; pricipalmente asma e rinite, e naqueles pacientes que estão no período de doença e não na fase de remissão, pois na fase de remissão os níveis tendem até a se normalizar. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Imunidade Celular Presença de infiltrado cutâneo de linfócitos T- CD4. Estes produzem interferon, que ativa macrófagos (que são as células apresentadoras de antígeno), provoca expressão de moléculas de adesão e ativa os eosinófilos e induz a produção de leucotrieno 4, que é eritemogênico (leva ao eritema na pele). Aumento de células apresentadoras de antígenos (cél. de Langerhans e reticuladas interdigitantes). Estas células relacionam- se com linfócitos T, sugerindo a ativação destes em reação tipo sensibilidade tardia. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • O antígeno chega na pele e ativa os macrófagos (células apresentadoras de antígeno), as quais expressam moléculas de adesão, que ativam eosinófilos, e produzirá eritema. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] FATORES AMBIENTAIS • Alimentos - estudos mostram que alérgenos alimentares causam rashes (vermelho difuso) em peles de crianças com DA . • Aeroalérgenos (alérgenos que estão em suspensão no ar) - muitos pacientes têm exacerbação da DA após contato com poeira, grama, pólen, bolores,etc. • Microorganismos - pacientes com DA têm tendência aumentada de desenvolver infecções cutâneas por bactérias, fungos e vírus. A resposta imune ao contato com S.aureus têm promovido inflamação cutânea na DA. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Os fatores ambientais são muito importantes, porque é onde conseguiremos agir principalmente. Se não conseguirmos mudar esses fatores dificilmente conseguiremos controlar a atopia. • Ex.: uma criança atópica em um ambiente em que os pais fumam dificilmente fica bem, oupacientes que vivem em ambiente com muita poeira, em casa de piso de chão batido. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A DA tipicamente ocorre durante a infância. Cerca de 50% dos pacientes desenvolvem esta doença no primeiro ano de vida e 30% entre 1 e 5 anos. Aproximadamente 80% dos pacientes com DA desenvolvem rinite ou asma na infância. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] QUADRO CLÍNICO CRITÉRIOS MAIORES 1) Cronicidade 2) Morfotopografia (morfo=forma, topografia=localização) 3) Prurido e reatividade cutânea 4) História pessoal ou familiar de doença atópica [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Existem critérios maiores e menores que ajudam na obtenção de uma conclusão diagnóstica sobre DA. • Não há associação em número de critérios maiores e/ou menores para conclusão de um diagnóstico. Para isso deve-se avaliar todos e juntamente com as manifestações cutâneas. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Cronicidade A DA é uma afecção com tendência à cronicidade e/ou recidivas freqüentes Morfotopografia A distribuição das lesões na pele variam com a idade e atividade da doença. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • A DA é uma doença de período prolongado e com períodos de crise e períodos de acalmia. Essas crises são muito associadas ao ambiente. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] PRURIDO E REATIVIDADE CUTÂNEA Prurido intenso e reatividade cutânea são características cardinais da DA. O prurido pode ser intermitente durante o dia e intensificar-se à noite (segundo a prof o paciente presta mais atenção aos sintomas por ficar mais quieto à noite e pela pele estar mais seca), causando arranhaduras, prurigo (presença de lesões nodulares na pele por coçagem), e eczematização da pele. A patogênese do prurido não é bem conhecida, mas pode ser devida a vários produtos da inflamação instalada. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • O paciente com DA tem prurido na pele e quando ele se coça, se arranha e sofre as consequências disso, por isso as infecções secundárias são importantes. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] História familiar de Atopia (asma, rinite alérgica ou dermatite atópica) (pais ou irmãos) História Pessoal de Atopia [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] QUADRO CLÍNICO CRITÉRIOS MENORES Positividade dos testes cutâneos imediatos (PRICK test – aplicação intradérmica de antígenos na região anterior do antebraço), dermografismo (pressão linear na pele com o surgimento de uma infiltração com eritema no local), xerose (pele seca), sudorese (diminuída), ictiose associada (ictiose vulgar), exagero das linhas palmares, pitiríase alba (máculas hipocrômicas na pele, principalmente na pele seca) , queratose pilar (hiperqueratose nos folículos pilosos, principalmente nas regiões posteriores de braços e pernas), palidez centro-facial, prega de Dennie- Morgan (dupla prega na pálpebra inferior), sinal de Hertogue (rarefação de pêlos no terço distal da sombrancelha pela coçagem), tendência a dermatoses crônicas recidivantes das mãos (desidrose, dermatite de contato), tendência à infecções cutâneas, etc. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ECZEMA ATÓPICO INFANTIL • Geralmente surge a partir do 3º mês, manifestando-se como lesões vésico- secretantes, crostosas nas regiões malares, poupando o maciço centro-facial. • O eczema infantil pode se manifestar com eritema, edema, lesões vésico-secretantes, exulcerações e crostas nas regiões malares e fronte. • O eczema pode estender-se para toda a face, couro cabeludo, nuca, dobras antecubitais e poplíteas, e até mesmo generalizar-se. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • A DA varia de acordo com a idade dos pacientes. Pode aparecer de 3 formas: Eczema atópico infantil, pré- puberal e do adulto. • De 1 a 3 meses não costumamos ver dermatite atópica, em geral só a partir do 3º mês, porque essas crianças ainda não desenvolveram anticorpos, o sistema imune ainda é muito imaturo. • As lesões do eczema atópico infantil são de eritema agudo, vesico secretantes, pode haver crostas, exulcerações, poupando a região centro-facial, aparecendo em região malar, fronte, áreas de dobra. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] A evolução do eczema infantil é por surtos, predominando em geral nos primeiros anos de vida, quando tende a melhorar, podendo desaparecer completamente ou persistir de forma discreta. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ECZEMA ATÓPICO PRÉ-PUBERAL • Pode manifestar-se como uma continuação do eczema infantil ou alguns anos após o surgimento deste. • Geralmente acomete as regiões de dobras como poplítea, pré-cubital, e regiões como face, punhos e dorso de mãos e pés. • Manifesta-se como dermatite crônica ( áreas de liquenificação com escoriação ), mas há fases de agudização com eritema, vesículas e secreção. • O prurido pode ser intenso ou não (mas está sempre presente); o ato de coçar, quando há prurido, raramente causa infecção secundária. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Obseva-se lesões principalmente liquenificadas, com acentuação dos sulcos. E pode haver agudização com presença de vesículas, crostas e exsudato. • Os quadros podem ser leves ou mais graves. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ECZEMA ATÓPICO DO ADULTO • Ocorre principalmente em áreas de flexão, como pescoço, poplítea, antecubital; na face, atinge a região periorbital. • Caracteriza-se por liquenificação e escoriações. A pele é seca e descamativa, apresentando o dermografismo branco. • A evolução é por surtos, com períodos de exacerbação e remissão. Eventualmente pode haver generalização, chegando à síndrome eritrodérmica (eritema difuso com descamação acomentendo a maior parte da derme – também chamada de eritodermia esfoliativa – pode ser causada por dermatite atópica, dermatite de contato, farmacodermias, etc). [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • No eczema atópico do adulto há lesões descamativas, liquenificadas, associadas à pele seca – xerodermia – e pode haver manchas brancas – ptiríase alba. • Faz diagnóstico diferencial com dermatomicose, dermatite de contato por perfume, p. ex. Para diferenciar deve-se associar com outros fatores, visto que o laudo histopatológico de biópsia é somente de eczema, ele não dá o tipo de eczema, porém consegue informar se é uma psoríase invertida ou micose. É somente através da clínica, da anamnese, que se diferenciam os tipos de eczema. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] COMPLICAÇÕES Oculares: dermatite ocular, blefarite , ceratoconjuntivite,etc Infecções: virais, como herpes simples, fúngicas, bacterianas Dermatite das mãos Dermatite exfoliativa [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Nas infecções bacterianas há a presença de crostasmelisséricas, por dessecamento de pus, são amareladas. Já os vírus causam vesículas, sugerindo herpes. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] DIAGNÓSTICO • O diagnóstico é clínico, feito através da anamnese, morfotopografia das lesões, presença de prurido, cronicidade das lesões, presença de manifestações atópicas respiratórias , aumento de IgE (que pode ou não estar presente). [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] ACHADOS LABORATORIAIS • Hemograma (eosinofilia); • Níveis séricos aumentados de IgE (quando há outras manifestações de atopia como asma e rinite alérgica, ou nos casos muito graves. Serão baixos nas remissões, nos casos leves ou quando não há associação de outras atopias); • Aumento da liberação de histamina pelos mastócitos; [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] PATOLOGIA Eczema agudo é caracterizado por espongiose na epiderme, presença de macrófagos, poucos eosinófilos, basófilos e neutrófilos. Eczema crônico é caracterizado por hiperplasia da epiderme (aumento da camada de Maplpighi) e importante hiperceratose (aumento da camada córnea). Há número aumentado de eosinófilos. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Espongiose na epiderme: há áreas de descolamento da epiderme, que clinicamente vemos como vesículas, por isso no eczema agudo há o quadro de vesículas. • Segundo a prof. não vai ser cobrada patologia na prova. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Prick-test • Testes cutâneos de sensibilidade imediata (ajuda a localizar os principais alérgenos) Rast ( Radio Allergo Sorvent Test) • É feito no soro, pesquisando a sensibilidade imediata, IgE, para grupo de alérgenos. • Pode ser indicado quando houver suspeita clínica. A positividade do teste é relativa, sendo atualmente substituído pelo teste imunoenzimático. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Diagnóstico diferencial: devemos nos basear na clínica, no comportamento da doença frete ao tratamento para chegar à uma conclusão. – Exemplo: na dúvida entre dermatite de contato e dermatite atópica pede-se para o paciente não usar mais desodorante, mas as lesões continuam, então, fica muito mais sugestivo dermatite atópica do que de contato. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Desordens congênitas : síndrome de Netherton, queratose pilar. • Dermatoses crônicas : dermatite seborréica, dermatite de contato, eczema numular, líquen simples crônico, psoríase, ictiose. • Infecções : escabiose (causa prurido noturno importante), dermatofitose, dermatite associada ao HIV. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Doenças malignas (podem ter manifestações na pele): linfomas de células T, síndrome de Letterer-Siwe. • Desordens imunológicas : dermatite herpetiforme, pênfigo foliáceo, doença enxerto x hospedeiro, dermatomiosite. • Distúrbios metabólicos : deficiência de zinco, fenilcetonúria. • Imunodeficiências : síndrome de Wiskott- Aldrich, síndrome hiper-IgE [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] TRATAMENTO • Deve ser orientado para diminuir os sintomas e a reação inflamatória, através de hidratação adequada da pele, terapia farmacológica, e reconhecendo, afastando ou excluindo fatores que agravam o quadro evolutivo da afecção. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • Tratamento: não existe cura. O que deve se fazer é descobrir a causa da alergia e se afastar. – Ex.: dona de casa que tem alergia de sabão não pode lavar louça ou roupa, ou deve usar luva, mas não pode entrar em contato com o sabão. • Orientar: não se pode varrer, passar pano seco ou espanador, deve-se passar pano úmido nos móveis e chão, tirar tapetes, cortinas de tecido, bichos de pelúcia, cães e gatos manter afastados da casa. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Cuidados Gerais: Pacientes com DA são mais susceptíveis a irritantes que indivíduos normais; assim, é importante identificar e eliminar fatores agravantes, como sabões e detergentes, cigarro, substâncias químicas, roupas justas, exposição a extremos de temperatura e umidade. As unhas devem permanecer curtas para evitar escoriações. Certos alimentos e aeroalérgenos, além de agentes infecciosos como S.aureus, contribuem para exacerbação e atividade da doença. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior • É essencial hidratar a pele dos pacientes com DA, porque preserva a camada córnea, evita infecções secundárias e penetração de alérgenos e melhora a penetração de outras substâncias utilizadas para tratar a lesões, por isso sempre se pede para passar as pomadas depois de hidratar a pele. • Para hidratar a pele se usa hidratantes manipulados ou de farmácia de boa qualidade, sem cheiro, sem cor, quanto menos irritantes tiver melhor. Deve-se hidratar imediatamente ao término do banho, dentro de 3 min, porque a pele úmida absorve mais o hidratante. • Quanto menos banho melhor (2-3 banhos por dia). [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Hidratação da Pele: Pacientes com DA têm diminuição da barreira de proteção da pele, o que contribui para o desenvolvimento de morbidades, como microfissuras na pele, que são portas de entrada para patógenos, irritantes e alérgenos. O uso de uma terapia hidratante efetiva preserva o estrato córneo, e promove a melhor penetração de corticóides tópicos. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Antihistamínicos: São indicados no controle do prurido, embora seu tratamento deva ser direcionado para a causa primária. • Psicoterapia: Há aspectos psicológicos nos atópicos, que podem ser conduzidos por grupos educativos com médicos, psicólogos e enfermeiras, para melhor orientação dos pacientes. • Corticóides Tópicos: São anti-inflamatórios ideais para o tratamento do eczema cutâneo. Devido a seus efeitos adversos, muitos dermatologistas os usam para controle das exacerbações. Eles tem muitos efeitos colaterais, por isso não devem ser usados cronicamente (a pele fica muito fina, pode surgir telangectasias e estrias). • Imunomoduladores Tópicos: tacrolimus, pimecrolimus – têm sido usados com sucesso no tratamento da DA. Estes são menos eficazes que os corticóides, mas são bem empregados nas fases menos graves da doença. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Alcatrões: O coaltar 5% ou Liquor carbonis detergens 5% em creme ou loção são boas opções para alternar com corticóide tópico, em lesões localizadas. São boas alternativas, mas mancham a roupa, por isso caíram em desuso. • Antibióticos tópicos: Mupirocina 2% , ácido fusídico 2% , gentamicina 0,1% , quando houver infecção secundária. São usados quando há infecção secundária em áreas restritas, porque se for difuso deve ser utilizado antibiótico sistêmico. • Antissépticos: Compressas com permanganato de potássio, solução de Burrow, água boricada. São antissépticos secativos, devem-se usados em lesões esxudativas – com pus, secreção – quando secar suspende o uso. Nunca usar nas lesões secas, por isso se usa no eczema agudo e às vezes no subagudo (o que está molhado se seca, o que está seco se hidrata). [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Corticóides Sistêmicos: São raramente indicados no tratamento da DA crônica, pois a dramática melhora clínicaque pode ocorrer com o uso de corticóides sistêmicos é frequentemente associada com severo rebote quando é retirado. Cursos curtos de corticóides podem ser apropriados em exacerbações da DA enquanto outro tratamento não é instituído. A droga de escolha é a prednisona 1-2mg/kg, reduzida gradualmente. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Antibióticos Sistêmicos: São utilizados em áreas extensas de infecção, de preferência, após antibiograma. Pode-se usar macrolídeos, cefalosporinas e oxacilina, entre outros. Sabe-se que a pele do atópico é colonizada por S. aureus , cujo desenvolvimento é favorecido por xerose, prurido e liquenificação. • Imunomoduladores: Interferon-gama suprime IgE e a proliferação e função de linfócitos T helper. Estudos têm mostrado que seu uso diminuem a severidade da DA. Talidomida é o imunomodulador mais eficiente para o tratamento da DA. Interferon-alfa ? O interferon - gama é extremamente difícil de ser liberado, principalmente para mulheres e idade fértil, porque é teratogênico. O interferon – alfa tem a sua indicação questionada. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Imunosupressores: Ciclosporina é indicada em formas graves e resistentes de DA. A dose é de 3-5mg/kg/dia, e deve ser diminuída gradualmente, após a melhora do paciente, que ocorre nos primeiros 15 dias de tratamento. Metrotrexate também pode ser indicado em formas graves, na dose de 15 mg/semana. Azatioprina: Há relatos de seu uso em formas graves, na dose de 100 a 200 mg/dia por 6 semanas. Micofenolato tem sido usado em desordens inflamatórias refratárias da pele, e há estudos que mostram melhora das lesões quando administrado em monoterapia no tratamento da DA. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] Comentários do slide anterior •No Tocantins os casos de DA são menos graves e em menor número que em São Paulo, a prof. acredita que pode ser devido ao clima ser menos propenso e a ter menos poluição. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] • Fototerapia: PUVA (droga psolarênica + exposição a raios UVA)- melhora clínica em lesões de pele, associada com redução dos níveis de IgE, tem sido demonstrada em pacientes com DA que são tratados com fototerapia extracorpórea e corticóides tópicos. A exposição aos raios UVA pode ser feita em cabines próprias ou pela exposição ao sol. A droga psolarênica deixa a pele mais responsiva ao sol. • Novos Medicamentos: Ervas chinesas, tracolimus, pimecrolimus, timopentina. • Hospitalização: Indicada em casos graves e resistentes e quando se quer retirar o paciente do ambiente. Possibilita afastar o paciente de seu ambiente, excluindo fatores agravantes e permitindo o tratamento adequado. Permite também afastar alérgenos suspeitos. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] PROGNÓSTICO • A doença é mais severa e persistente em pacientes mais jovens; • Períodos maiores de remissão aparecem com mais freqüência em pacientes de grupos etários mais altos; • Remissão espontânea ocorre depois de 5 anos em 40 a 60% dos pacientes afetados na infância. [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período] [ESQUEMAS – Turma XXII de Medicina (MedPegada) 6º Período]
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