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DIREITO PENAL I - CCJ0007 – Plano de Aula 04 Aplicação Prática Teórica 1) Marcos, policial militar, no período entre março de 2010 e abril de 2012 integrou um grupo de extermínio que executava moradores de rua na Zona Sul da cidade. Sendo descoberto, foi indiciado pelos homicídios. Uma vez condenado, o juiz aumentou sua pena com base no § 6º do art. 121 do CP em razão dos crimes terem sido praticados em atividade de grupo de extermínio. Considerando que a lei que acrescentou o referido parágrafo entrou em vigor no dia 29 de setembro de 2012, a decisão está correta. Justifique sua resposta segundo os estudos sobre lei penal no tempo. Resposta: No caso supracitado, o fato ocasionador da infração penal aconteceu no período entre marco de 2010 e abril de 2012, constatando no discurso que o réu já teria sido indiciado e condenado pelo fato anteriormente citado antes do novo parágrafo ser acrescentado no Código Penal (no dia 29 de setembro de 2012), logo, Marcos teria a sua pena aumentada em virtude da nova lei, ou seja, em “novatio legis in prejus”, contrariando a Constituição Federal em seu artigo 5º, XL, que estabelece que “a lei penal não retroagirá salvo para beneficiar o réu”, e também o artigo 5º, XXXVI “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. A decisão do juiz de aumentar a pena de Marcos não está correta porque de acordo com a regra de aplicação da lei penal no tempo, a lei só apresenta eficácia a partir do momento em que ela entra em vigor, podendo assim dizer que, em regra ela não retroage, salvo no caso em que a nova lei possa beneficiar o réu, ou seja, em “novatio legis in mellium”. 2) Um Italiano que mata um francês a bordo de um navio de guerra brasileiro que se encontra ancorado num porto Português responderá, via de regra e pelo princípio da ubiquidade, pela lei de que país? a) Brasil (Toda embarcação pública representa território brasileiro) b) França c) Itália d) Portugal Resposta: A 3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante sequestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo/ Vunesp 2006) a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei; (a irretroatividade da lei penal não se aplica pois enquanto a lei nova entrou em vigor o crime ainda estava acontecendo). b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade; (se a atividade ainda continua, logo se aplica a mais severa). c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência; d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. Resposta: C
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