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Megacariocitopoese - Leitura Complementar

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LEITURA COMPLEMENTAR: MEGACARIOCITOPOESE 
 
SER EDUCACIONAL | PROF. DR. CÉLIO RIBEIRO - HEMATOLOGIA CLÍNICA 1 
 
INTRODUÇÃO 
O termo megacariocitopoese refere-se à proliferação, diferenciação e maturação dos megacaciócitos, levando à produção de plaquetas. Os 
megacariócitos, assim como as células das linhagens eritroblástica, granulocítica-macrofágica e linfoide, derivam da célula tronco hematopoética. 
Inicialmente, se dá a definição de linhagem e, em estágio mais tardio, ocorre a proliferação e a maturação celular, produzindo-se as formas 
maduras 
 
CONTROLE DA PRODUÇÃO DE PLAQUETAS 
A megacariopoese é regulada principalmente pelo hormônio TROMBOPOETINA (TPO) 
A TPO é produzida nos hepatócitos e sinusóides hepáticos (fígado) fígado, e em células do túbulo proximal no rim 
Citocinas, como a IL-3, atuam nos estágios mais precoces e não tem ação nos estágios tardios, já a IL-6 e a IL-11 atuam em todo o processo, mas 
apenas de modo sinérgico com a IL-3 e a TPO 
 
FUNÇÃO DA TPO 
A trombopoetina (TPO) é o principal hormônio envolvido na megacariopoese, responsável pela maturação dos megacariócitos, desempenhando as 
seguintes funções: 
1) Formação de grânulos específicos das plaquetas 
2) Desenvolvimento das membranas de demarcação no megacariócito 
3) Expressão de proteínas específicas da membrana plaquetária 
4) Endomitose e o resultante estado de poliploidia 
 
MEGACARIOCITOPOESE 
É o processo celular de proliferação e diferenciação dos megacariócitos, levando à produção de plaquetas 
 
O tempo de amadurecimento do megacariócito na medula óssea é de 5 dias e em seguida ocorre a fragmentação citoplasmática, dando origem a 
plaquetopoese, num período de horas o resto nuclear é fagocitado pelos macrófagos 
 
ENDOMITOSE 
Uma das característic as mais importantes da maturação do megacariócito é a endomitose, um processo no qual o núcleo se divide sem que 
haja separação do citoplasma. Na medida em que a célula matura o número cromossômico aumenta 4n, 8n, 16n, 32, 64n (poliploidia), ao invés 
do habitual 2n. Ao mesmo tempo em que a ploidia aumenta ocorre o aumento do citoplasma, como consequência há aumento do volume da 
célula e do núcleo, originando células grandes, multinucleadas e poliploides. Após a endomitose, o citoplasma do megacariócito expande-se e 
desenvolve membranas de demarcação e os grânulos específicos. As plaquetas são formadas pela fragmentação do citoplasma do 
megacariócitos 
 
PLAQUETAS 
São estruturas derivadas do citoplasma do megacariócito (fragmentos). O diâmetro varia de 1 – 2 µm, tem formato discoide. É estimado que cada 
megacariócito de origem entre 1.000 e 5.000. Não são consideradas células porque não tem núcleo e são incapazes de realizar divisão celular. 
Após liberação medular permanecem 36 hs no baço (maturação). Principal função: formação do coágulo (hemostasia primária) 
 
DINÂMICA DAS PLAQUETAS 
As plaquetas tem uma T½ (vida média) de 8 a 10 dias na circulação sanguínea. A maioria é removida após esse período e boa parte delas é 
consumida no processo da hemostasia. As plaquetas senescentes são reconhecidas pelo sistema macrofágico, presente no baço e no fígado. As 
alterações associadas ao envelhecimento das plaquetas são: 1) redução no seu conteúdo de ácido siálico, 2) aumento de imunoglobulinas na sua 
superfície, 3) geração de um novo antígeno associado à GP IIb/IIIa. Aproximadamente de 7.000 plaquetas/µL são consumidas diariamente com 
finalidade hemostática. A concentração sérica normal situa-se entre 150.000 a 450.000/mm3 
 - trombocitopenia: plaquetas < 150.000/mm3 
 - trombocitose: plaquetas > 450.000/mm3 
Cerca de 1/3 da produção medular plaquetária permanece no baço como pool de reserva 
GEMM-CFU → meg-CFC → Megacarioblasto → Megacariócito basófilo → Megacariócito acidófilo → plaquetas 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: MEGACARIOCITOPOESE 
 
SER EDUCACIONAL | PROF. DR. CÉLIO RIBEIRO - HEMATOLOGIA CLÍNICA 2 
 
ESTRUTURA PLAQUETÁRIA 
1) Membrana citoplasmática 
2) Citoesqueleto 
3) Organelas plaquetárias 
4) Sistema de membranas 
 
ESTRUTURA PLAQUETÁRIA – Membrana citoplasmática 
A membrana plaquetária apresenta glicoproteínas com uma ou mais cadeias ramificadas de polissacarídeos que formam uma camada externa 
chamada glicocálix, carregada negativamente. Logo abaixo da camada externa está a membrana citoplasmática, constituída de uma dupla 
camada fosfolipídica, enriquecida com colesterol, glicolipídeos e outras glicoproteínas. Os fosfolipídeos são ricos em ácido araquidônico e 
estão relacionados com o mecanismo de ativação plaquetária. As proteínas de membrana funcionam como receptores citoplasmáticos que fazem 
a interação da plaqueta com o meio externo. 
A nomenclatura mais utilizada para nomear os receptores plaquetários está baseada na mobilidade eletroforética das proteínas. As glicoproteínas 
(GP) foram denominadas como GPI (massa molar mais alta), GPII, GPIII e assim por diante. O receptor de fibrinogênio na superfície plaquetária é 
GPIIb/IIIa. O receptor para o colágeno é GPIa/IIa. O receptor GPIb está relacionado com a adesão e agregação plaquetária, interagindo com o 
colágeno, via fator de von Willebrand 
 
ESTRUTURA PLAQUETÁRIA – Citoesqueleto 
Está localizado abaixo da membrana citoplasmática e representa uma rede fina e alongada de tetrâmeros de espectrina que se ligam a filamentos 
de actina. Além de manter a forma discóide da plaqueta, auxilia na distribuição linear dos receptores de membrana. É importante para a mudança 
de forma da plaqueta após a adesão plaquetária, dando origem a uma forma amebóide com projeção de múltiplos pseudópodos. 
 
ESTRUTURA PLAQUETÁRIA – Organelas plaquetárias 
Os peroxissomos participam do metabolismo dos lipídeos e da síntese do fator ativador de plaquetas (PAF). As mitocôndrias tem a finalidade 
de gerar energia pelo metabolismo oxidativo. Os lisossomos plaquetários secretam várias enzimas que apresentam atividade de elastases e 
colagenases. As principais organelas que estão relacionadas com a atividade plaquetária são os corpos densos e os grânulos alfa. 
As plaquetas contém em torno de 3 a 8 corpos densos que apresentam uma alta concentração de cálcio, serotonina, ADP e ATP. Varias 
substâncias estão presentes nos grânulos alfa; as mais importantes são: PAF 4, fator de von Willebrand, fator V, fibrinogênio, victronectina, 
inibidor dos ativadores de plasminogênio, colágeno, heparina. Os grânulos alfa são as organelas mais abundantes das plaquetas 
 
ESTRUTURA PLAQUETÁRIA – Sistema de membranas 
O sistema canicular aberto (SCA) inicia na membrana citoplasmática e vai para o interior da plaqueta, constituindo uma rede de vesículas e canais 
que se comunicam com o meio externo. Pelo SCA, substâncias externas à plaqueta podem migrar para o seu interior, bem como a secreção do 
conteúdo dos grânulos ganhar o meio externo. O sistema tubular denso (STD) é um sistema fechado caracterizado como sendo um retículo 
endoplasmático residual e esta situado muito próximo ao SCA. O STD está relacionado com a liberação de cálcio e é o maior sítio de produção de 
prostaglandinas e tromboxano porque suas membranas são ricas em fosfolipídeos (ácido araquidônico). 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 SILVA, P.; H.; HASIMOTO, Y.; ALVES, H. B. Hematologia Laboratorial. Rio de Janeiro: Revinter, 2009. 466 p. 
 ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Hematologia: Fundamentos e Prática. 2ªed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. 899 p. 
 LORENZI, T. F. et al. Manual de Hematologia: Propedêutica e Clínica. 4ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 710 p.

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