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Cestoda e Trematoda

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TREMATODA E CESTODA
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CESTODA
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Características Gerais:
Platelmintos com aspecto de fita e corpo achatado dorso-ventralmente
Hermafroditas
Os adultos parasitam tubo digestivo, ductos biliares e pancreáticos de vertebrados 
Necessitam pelo menos um HI para completar seu ciclo.
Sistema digestivo ausente 
Tamanho de corpo varia com o gênero.
Tem corpo segmentado dividido em escólex, colo e estróbilo.
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A) VENTOSAS 
B) BOTRÍDIAS 
C) PSEUDOBOTRÍDIAS 
D) TENTÁCULOS 
Formas de Escólex
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Proglotes
Formas:
Imaturos
Maduros
Grávidos
Estróbilo
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1. Ovo 
2. Útero 
3. Canal deferente 
4. Átrio (poro) genital 
5. Vagina 
6. Ovário 
7. Canal excretor longitudinal 
8. Vitelária 
9. Canal excretor transversal 
10. Testículos 
11. Canal eferente 
12. Receptáculo seminal 
13. Oótipo 
14. Glândulas de Mehlis 
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CYSTICERCUS
ESTROBILOCERCUS
COENURUS
CYSTICERCÓIDE
CISTO HIDÁTICO
Tipos Larvares
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FAMÍLIA Taeniidae
Taenia
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CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Número de proglotes variável, muitos deles grávidos.
Aparelho genital simples.
Proglotes maduras mais largas do que altas.
Proglotes grávidas mais altas do que largas.
Todas as espécies apresentam rostelo com ganchos exceto T. saginata.
Testículos ocupando todo o parênquima interno.
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Suínos.
Localização: 
Adultos: Intestino delgado do homem 
Larvas (cisticercos): Cysticercus celullosae observado no tecido conjuntivo interfascicular dos músculos sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco e no cérebro 
Espécie T. solium
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Adultos medem 2 a 3 metros em média, podendo chegar a 8 metros 
Estróbilo possui 700 a 1.000 proglotes, 
Cada proglote tem cerca de 30.000 a 50.000 ovos 
Morfologia
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Ciclo Biológico
Ciclo biológico da T. solium e T. saginata parasita do intestino delgado de humanos.
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Hospedeiro definitivo: tênias adultas podem causar anorexia ou apetite exagerado, náuseas, vômitos, diarréias alternadas com constipação, dores abdominais, perda de peso, manifestações alérgicas e neurológicas 
Hospedeiro intermediário: 
Suínos infectados com cisticerco os sinais clínicos são inaparentes. 
Cisticercose em humanos: forma larvar - olhos, cérebro e tecido subcutâneo podendo levar a alterações patológicas como cegueira, nódulos no olho, transtornos neurológicos.
Sinais Clínicos 
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Suínos podem se infectar com água, alimentos contaminados com ovos.
Tipos de infecção no homem: 
Teníase – pela ingestão de carne crua ou mal passada contendo cisticercos. 
Cisticercose – pela ingestão de ovos presentes em alimentos contaminados.
Diagnóstico: 
Exame de fezes: pesquisa de proglotes (HD)
Verificação de cisticerco na carcaça (HI) 
Detecção de cisticerco no homem (tomografia, pesquisa de anticorpos) 
Epidemiologia e Diagnóstico 
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Bovinos.
Localização: 
Adulto: intestino delgado do homem 
Larvas (cisticercos): Cysticercus bovis - musculatura esquelética e cardíaca, pulmões e fígado do HI.
Importância na Medicina Veterinária: 
Cisticerco na musculatura do animal – condenação 
parcial ou total da carcaça (prejuízo econômico) 
Espécie T. saginata
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Adultos medem entre 4 a 12 m.
O estróbilo é composto por 1.200 a 2.000 proglotes.
Poros genitais alternados.
Cada proglote grávida contém até 80.000 ovos, que podem resistir por vários meses nas pastagens.
Morfologia 
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Sintomas: 
Semelhantes ao causados pela T. solium 
Diagnóstico: 
Hospedeiro definitivo: Exame visual (presença de proglotes nas fezes, cama, roupas íntimas) 
Exame parasitológico de fezes pelos métodos de Tamisação das fezes (proglotes) ou Sedimentação (ovos) 
Hospedeiro intermediário: não é feito na prática in vivo 
Sinais Clínicos e Diagnóstico 
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão e canídeos silvestres. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÀRIO: Ruminantes e suínos.
Localização: 
Adulto: intestino delgado do cão.
Larva: nas serosas de ógãos (fígado e baço), cavidade peritoneal.
Espécie T. hydatigena
Cysticercus tenuicollis
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Adultos medem entre 0,5 a 5 m de comprimento.
Cada proglote grávida contém até 30.000 ovos.
Morfologia 
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Típico de cestóides
Ciclo Biológico
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Clínico 
Sintomatologia, presença de proglotes nas fezes, às vezes se observa um emaranhado de tênias pendentes no ânus.
Laboratorial 
Pesquisa de ovos nas fezes pelo Método de Sedimentação.
ELISA e Imunofluorescência Indireta podem ser usados.
Controle 
Não alimentar cães com vísceras cruas 
Vermifugação periódica dos cães 
Diagnóstico e Controle
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Echinococcus
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Hospedeiro definitivo: cão e canídeos silvestres. 
Hospedeiro intermediário: mamíferos domésticos e silvestres, homem.
Localização
Larva: 80% no fígado, 20% nos pulmões e 0,5% nos demais órgãos (rins, baço, cérebro, coração e medula óssea).
Adulto: no intestino de cães.
FORMA LARVAL: Cisto hidático.
Espécie E. granulosus
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Adulto: tem entre 3 a 6 mm de comprimento.
Estróbilo constituído por 3 ou 4 segmentos, sendo que o último é grávido, cada segmento possui uma única abertura genital.
Características Morfológicas
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Ciclo Biológico 
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Hospedeiro definitivo: geralmente é assintomático.
Hospedeiro intermediário: sintomas relacionados ao local e ao tamanho da hidátide, podendo ocorrer compressões de outros órgãos.
Hidatidose hepática – perda de apetite, ruminação alterada, diarréia, emagrecimento progressivo e hepatomegalia.
Hidatidose pulmonar – tosse sibilante, podendo ocorrer taquipnéia e dispnéia 
Se um cisto hidático se romper pode ocorrer choque anafilático e desenvolvimento de cistos secundários em outras regiões do corpo. 
Patogenia 
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Clínico: pouco elucidativo, sintomatologia pouco evidente 
Laboratorial: pesquisa de proglotes nas fezes dos cães (difícil, proglotes pequenas e escassas) 
ELISA – coproantígenos em fezes de canídeos 
Outros testes sorológicos – reatividade cruzada com outras tênias 
Necropsia: encontro dos pequenos cestódeos no intestino delgado (HD), presença do cisto hidático (HI) 
Humanos - diagnóstico por imagem (cisto hidático), ELISA 
Diagnóstico 
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Família Dilepididae
Dipylidium
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cão, eventualmente crianças.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Pulgas (Pulex irritans, Ctenocephalides felis e C. canis ) e piolho (Trichodectes canis).
Localização:
Adulto: no intestino delgado
Larva: pulgas e piolhos 
Forma larval: Cisticercoide.
Espécie D. caninum
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Adulto mede entre 20 a 60 cm de comprimento 
Proglote em formato de grão de arroz com aparelho genital duplo e movimento próprio.
Ovos: cápsula ovígera contendo grupos de cerca de 20 oncosferas 
Morfologia 
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Ciclo Biológico 
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Pequeno número de cestódeos não causa alteração nos HD. 
Infecções por muitos dipilídeos causa inflamação da mucosa intestinal, diarreia, cólica, alteração do apetite e emagrecimento exagerado.
Podem ocorrer manifestações nervosas, com ataques epileptiformes e rábicos.
Coceira no ânus.
Patogenia e Sinais Clínicos 
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Clínico 
Pelos sinais e pela constatação dos proglotes (semelhantes a grãos de arroz que podem ter movimento) ao redor do ânus e das fezes 
Laboratorial 
Pesquisa de cápsulas ovígeras em exames de fezes pelo Método de Sedimentação 
Diagnóstico 
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Família Anoplocephalidae
Anoplocephala
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Equinos
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ácaros oribatídeos.
Localização:
Adulto: válvula ileocecal e, raramente o cólon dos equinos.
Forma Larvar: Cisticercoide.
Espécie A. perfoliata
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Possuem de 3 – 6 cm de comprimento
Estróbilo não se destaca.
Ventosas olham para as laterais.
Proglotes empilhadas.
Morfologia
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Equinos.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO:
Ácaros oribatídeos.
Localização:
Adulto: jejuno e raramente no estômago de equinos.
Forma Larvar: cisticercoide.
Espécie A. magna
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Possui até 30 cm.
Estróbilo se destaca.
Ventosas que “olham” para cima.
Proglotes empilhadas.
Não se vê estruturas internas.
Maior tênia de equinos.
Morfologia
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Ciclo Biológico 
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Anoplocephala perfoliata 
Geralmente as infecções são assintomáticas.
Casos de infecção maciça - enterite e cólica.
Anemia, emagrecimento e óbito. 
Perfuração da parede intestinal - peritonite séptica e fatal. 
Anoplocephala magna 
Semelhante a de A. perfoliata, porém é mais patogênica. 
Pode também causar enterites graves.
Sinais Clínicos 
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A. perfoliata 
A. magna 
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Clínico 
Sinais clínicos 
Presença de proglotes nas fezes 
Laboratorial 
Exame parasitológico (presença de proglotes e ovos) – Métodos de Flutuação 
Diagnóstico 
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Monieza
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Escólex com ventosas bem visíveis.
Pescoço fino e longo.
Aparelho genital duplo.
Atinge 4,5 a 6 metros.
Características Gerais
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovinos, caprinos.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ácaros Oribatídeos
Localização: 
Adulto: Intestino delgado do HD.
Larva: hemocele dos ácaros.
Forma Larvar: cisticercoide.
Espécie M. expansa
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Adultos: medem de 1 a 5 metros .
Estróbilo possui proglotes mais largas do que longas.
Glândulas interproglotidianas espalhadas nas bordas das proglotes.
Morfologia
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: bovinos.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Ácaros Oribatídeos.
Localização: 
Adulto: no intestino delgado.
Larva: hemocele dos ácaros 
FORMA LARVAR: Cisticercóide.
Espécie M. benedeni
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 Possui entre 0,5 a 2,5 cm de comprimento.
Glândulas interproglotidianas comprimidas no terço mediano das bordas das proglotes.
Ovos: Formato quadrangular.
Morfologia
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Ciclo Biológico 
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Infecções maciças: 
Inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, diarreia e esteatose hepática.
Animais apresentam constipação alternada com diarreia, proglotes nas fezes, pode ocorrer obstrução intestinal.
Ovinos: a lã torna-se falha e até escassa 
Quadro final: caquexia, diarreia persistente, dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito.
Patogenia e Sinais Clínicos 
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Clínico: sintomas e verificação de proglotes nas fezes.
Laboratorial: pesquisa de proglotes e ovos por métodos de flutuação. 
Diagnóstico 
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TREMATODA
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Características Gerais:
Formato semelhante a uma folha.
Não são segmentados.
Sistema digestório incompleto.
Presença de glândulas vitelínicas 
Possui ventosas oral, ventral e genital.
Revestimento externo (tegumento) resistente.
Hermafroditas.
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Sistema excretor com cecos intestinais.
O órgão peniano que é chamado de cirro e um poro genital.
Heteroxenos podendo apresentar até três hospedeiros intermediários. 
O primeiro HI é normalmente ‘um molusco.
BIOLOGIA
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Família Fasciolidae
Fasciola
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos e ovinos (humanos).
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Molusco aquático Lymnaea viatrix (região Sul) e Lymnaea columela (região Sudeste).
Também chamada “Baratinha do Fígado” ou Saguaipé 
Localização: Ductos biliares.
Espécie F. hepatica
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Aspecto foliáceo.
Não existe cavidade corpórea, os órgãos abrigam-se num parênquima.
Medem até 30mm
Tegumento com espinhos.
Características Morfológicas 
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Os ovos são grandes, ovais, de casca fina, operculados.
São postos nos canais biliares, arrastados pela bile e eliminados juntamente com as fezes. 
Em água sob temperatura adequada, os ovos passam por desenvolvimento embrionário, gerando um miracídeo.
Ciclo Biológico
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Miracídeo
Esporocisto
Cercária
Metacercária
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Fase aguda: Destruição do parênquima hepático e espoliação dos ductos biliares.
Fase crônica: Calcificação dos ductos biliares.
Provoca fibrose hepática e hiperplasia dos canais biliares.
Perdas econômicas: além das mortes e redução da produtividade, há a condenação dos fígados nos abatedouros.
Sinais Clínicos
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Clínico: Sintomas observados 
Epidemiológico: Ocorrência sazonal, ocorrência dos habitats dos caramujos.
Necropsia 
Lesões no parênquima hepático e nos dutos biliares.
Encontro dos parasitas.
Laboratorial: 
Exame de fezes: presença de ovos de coloração amarelada nas fezes.
Avaliação dos níveis plasmáticos de enzimas hepáticas (bovinos) 
ELISA 
Diagnóstico 
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http://mimvet.blogspot.com.br/2015/01/mcepe-i-suinos.html
https://lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=taenia&lang=1
http://resumaodeveterinaria.blogspot.com.br/2014/09/helmintologia-filo-platelmintes-classe.html
(SILVA),Gonzalez Monteiro,Doutora em Parasitologia Veterinária. Professora Adjunta de Parasitologia Veterinária do Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de ciências de Saúde da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Editora Rocca /gen :Grupo Editorial Nacional.
Referências Bibliográficas
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