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LEUCEMIAS - Instituto Oncoguia

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LEUCEMIAS – Instituto Oncoguia
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Câncer > Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
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Sobre a Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Leucemia é o câncer das células brancas do sangue (leucócitos), que começa na medula óssea e se espalha para outras partes do corpo, de origem, na maioria das vezes, desconhecida. 
As leucemias se dividem nos dois principais grupos de leucócitos:
Leucemia linfoide - Tem comprometimento da linhagem linfoide
Leucemia mieloide - Tem comprometimento da linhagem mieloide
Patologicamente a leucemia é dividida em:
Leucemia aguda - Caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue.
Leucemia crônica - Caracterizada pelo aumento de células maduras, mas anormais.
Isso gera quatro tipos de leucemias:
Leucemia Linfoide Aguda (LLA).
Leucemia Linfoide Crônica (LLC).
Leucemia Mieloide Aguda (LMA).
Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Discutiremos aqui a leucemia linfoide aguda (LLA) ou leucemia linfoblástica aguda que é um câncer dos leucócitos caracterizado pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea.
Na maioria dos casos, a leucemia linfoide aguda invade o sangue com razoável rapidez e pode se disseminar para outras partes do corpo, como os gânglios linfáticos, fígado, baço, sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e testículos nos homens. 
Ao contrário de outros tipos de câncer, a disseminação da LLA para outras partes do corpo não significa que o câncer está em estágio avançado, já que a leucemia aguda, quando diagnosticada, é geralmente encontrada em todo o organismo. 
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Tipos de Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Os tipos principais de leucemia linfoide aguda são T e B, por estarem baseados no tipo de linfócito que se tornou canceroso. As células da leucemia linfoide aguda apresentam características semelhantes as dos linfócitos T ou B normais. Definidas essas características, a leucemia é denominada leucemia linfoide aguda T ou leucemia linfoide aguda B.
Anormalidades Cromossômicas
Alguns pacientes com leucemia linfoide aguda tem uma anormalidade genética conhecida como cromossomo Filadélfia, que é gerada erroneamente durante  o processo de divisão celular.
Isto cria um novo gene, que vai produzir uma nova proteína, que por sua vez provoca a produção da enzima tirosina-quinase, que faz com que a medula óssea produza células anormais do sangue. É importante saber se um paciente é portador do cromossomo Filadélfia, já que isso pode determinar se poderá ser tratado  com medicamentos chamados inibidores da tirosina-quinase.
Podem existir outros tipos de anomalias cromossómicas presentes nas células leucêmicas, mas são raros, e não afetarão a forma do tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/01/2015)
Dados Estatísticos sobre a Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O Instituto Nacional de Câncer estima para 2014 e 2015, que sejam diagnosticados 9.370 novos casos de leucemias (5.050 em homens e 4.320 em mulheres), incluindo adultos e crianças, no Brasil. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,20 casos novos a cada 100 mil homens e 4,24 a cada 100 mil mulheres.
O risco de desenvolver leucemia linfoide aguda é maior em crianças de até 5 anos. Após essa idade, o risco declina lentamente até a faixa dos 20 anos, começando a aumentar lentamente após os 50 anos. Cerca de 40% dos casos de leucemia linfoide aguda acontecem em adultos.
A maioria dos casos de leucemia linfoide aguda ocorre em crianças, mas, a maioria das mortes pela doença (cerca de 80%) ocorre em adultos. Isso acontece devido às diferenças da própria doença nas distintas faixas etárias, assim como do tipo de tratamento, uma vez que o organismo das crianças, muitas vezes, pode lidar melhor do que o dos adultos com um tratamento mais agressivo, ou mesmo devido a alguma combinação terapêutica diferente. 
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Exames para Diagnóstico da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Os exames de laboratórios comumente utilizados para diagnosticar a leucemia linfoide aguda são:
Exames de Sangue
As amostras de sangue para os exames de leucemia linfoide aguda são geralmente coletadas a partir de uma veia do braço.
Hemograma completo e estudo do sangue periférico - O hemograma mede o número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Estes exames avaliam os diferentes tipos de células do sangue, mudanças no seu número e sua aparência. Este exame é, muitas vezes, o primeiro a ser realizado em pacientes com suspeita de doença hematológica.
Para o esfregaço do sangue periférico, uma gota de sangue é colocada numa lâmina e, em seguida, observada no microscópio. As alterações na quantidade de células e aparência das células, muitas vezes, ajudam a diagnosticar a leucemia.
A maioria dos pacientes com leucemia linfoide aguda apresentam glóbulos brancos imaturos no sangue, e uma quantidade insuficiente de células vermelhas ou plaquetas. Muitas das células brancas do sangue são linfoblastos, ou seja, linfócitos imaturos normalmente não encontrados na corrente sanguínea. Linfoblastos não funcionam como glóbulos brancos maduros.
Embora estes resultados possam sugerir leucemia, a doença geralmente não é diagnosticada sem um estudo das células da medula óssea.
Exames de Coagulação e Bioquímica Sanguínea - A análise bioquímica do sangue mede as quantidades de certas substâncias químicas que circulam no sangue, mas não são utilizados para diagnosticar a leucemia. Em pacientes já diagnosticados com leucemia linfoide aguda, estes exames podem ajudar na detecção de problemas de fígado ou rins, causados por células de leucemia ou efeitos colaterais de certos medicamentos quimioterápicos. 
Exames da Medula Óssea
Aspiração da Medula Óssea e Biópsia - Esses exames são geralmente realizados ao mesmo tempo. As amostras são normalmente coletadas da parte posterior do osso da pelve, do esterno ou de  outros ossos. A biópsia da medula óssea é geralmente realizada logo após a aspiração. Estes exames são realizados para ajudar no diagnóstico da leucemia. Também, podem ser realizados para dizer se a leucemia está respondendo ao tratamento.
Exames de Rotina sob um Microscópio - A medula óssea é observada sob um microscópio por um patologista e poderá ser revisada pelo hematologista. Os médicos observam o tamanho, forma e outras características dos glóbulos brancos nas amostras classificando-os em tipos específicos.
Um fator importante é saber se as células parecem maduras (parecidas com células sanguíneas normais) ou imaturas (sem características de células sanguíneas normais). As células mais imaturas são denominadas linfoblastos.
É muito importante determinar a porcentagem de células na medula óssea que são blastos. Um diagnóstico de leucemia linfoide aguda requer, geralmente, que pelo menos, 20% a 30% das células na medula óssea sejam blastos. Em circunstâncias normais, os blastos nunca são mais do que 5% das células da medula óssea. Entretanto, às vezes são necessários outros exames de laboratório para ter um diagnóstico definitivo
Citoquímica - Consiste na aplicação de corantes bioquímicos às células do sangue e medula óssea, de maneira a mostrar sua composição sem modificar apreciavelmente sua morfologia. As colorações citoquímicas auxiliam no diagnóstico de leucemias e de outras doenças hematológicas. 
Citometria de Fluxo e Imunohistoquímico - A citometria de fluxo é feita com um aparelho que consegue fazer medidas individuais de milhares de células, numa contagem exata que é essencial para a eficiência do tratamento da doença.
Essa técnica é muitas vezes usada para examinar as células da medula óssea, gânglios linfáticos e amostras de sangue, para o diagnóstico das leucemias.
No exame imunohistoquímico as células do sangue ou amostras da medula óssea são analisadas por meio de anticorpos monoclonais marcados com substâncias fluorescentes. Diferentes tipos de linfócitos têm diferentes antígenos, que sofrem alterações à medida que cada célula amadurece. As células de cada paciente com leucemia têm os mesmos antígenos, porque são todos derivados a partir da mesma célula. 
Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo fornece informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Nas leucemias agudas, o exame é indicado para determinar a linhagem celular, análise de clonalidade e do estado de maturação das células leucêmicas, expressão de padrões de antígenos aberrantes típicos de determinados grupos de leucemias e acompanhamento do tratamento e detecção de doença residual mínima.
Exames dos Cromossomos
As células humanas normais contêm 23 pares de cromossomos. Em alguns casos de leucemia, as células têm alterações cromossômicas. Às vezes, pode haver perda de parte de um cromossomo, o que é denominado de deleção.
Frequentemente, na leucemia linfoide aguda dois cromossomos trocam seu DNA, de modo que parte de um cromossomo se liga à parte de um cromossomo diferente. Isto é denominado translocação. A translocação mais comum nos adultos é conhecida como cromossomo Filadélfia, que é uma troca de DNA entre os cromossomos 9 e 22, abreviados como t (9; 22), o que resulta num cromossomo 22 encurtado.   Cerca de 1 em cada 4 adultos com LLA tem esta anomalia em suas células. Esta mudança é especialmente importante, pois pode ser alvo de determinadas drogas.
As informações das alterações cromossômicas são úteis para determinar o prognóstico de um paciente e sua resposta ao tratamento.
Citogenética - Neste exame, os cromossomos das células leucêmicas são analisados para detectar qualquer anormalidade. Em alguns casos de leucemia, as células apresentam alterações cromossômicas visíveis sob o microscópio. A maioria das alterações cromossômicas em adultos com leucemia linfoide aguda é do tipo de translocação. As informações sobre o tipo translocação podem ser úteis para prever a resposta terapêutica de um paciente. 
Hibridização Fluorescente In Situ (FISH) - Este é outro tipo de exame que avalia os cromossomos, usando corantes fluorescentes que só se ligam a partes específicas de cromossomos específicos. O teste FISH detecta a maioria das alterações cromossômicas (translocações), visíveis ao microscópio em exames citogenéticos, bem como alterações pequenas não visualizadas em exames de citogenética. FISH pode ser usado para detectar alterações específicas nos cromossomos, podendo ser usado nos exames de sangue ou em amostras da medula óssea.
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) - Este é um exame do DNA bastante sensível, que permite encontrar cromossomos pequenos, não visíveis ao microscópio, mesmo quando poucas células leucêmicas estejam presentes na amostra. Assim como o teste FISH, é usado para diagnosticar alterações genéticas específicas. Na leucemia linfoide aguda, é muitas vezes utilizada para diagnosticar o gene produzido pelo cromossomo Filadélfia. 
Punção Lombar
A leucemia linfoide aguda pode se disseminar para a área ao redor do cérebro e da medula espinhal. Para saber se existe disseminação da doença nessas áreas, é retirada uma pequena amostra do líquido cefalorraquidiano para exames.
A punção lombar também pode ser utilizada para a injeção de medicamentos quimioterápicos diretamente no líquido cefalorraquidiano para evitar ou tratar a disseminação da doença na medula espinhal e no cérebro.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Detecção Precoce da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Para muitos tipos de cânceres, o diagnóstico em estágio inicial torna o tratamento mais eficaz. Dessa maneira, se recomendam exames de rastreamento para detecção precoce de determinados tipos de câncer em pessoas assintomáticas.
Mas, atualmente não existem exames de rastreamento para o diagnóstico precoce de leucemia linfoide aguda. A melhor maneira de diagnosticar a leucemia em estágio inicial é relatar, imediatamente, a um médico quaisquer possíveis sinais ou sintomas.
Algumas pessoas têm um risco aumentado de leucemia linfoide aguda ou outros tipos de leucemia em função de algumas doenças hereditárias, como a síndrome de Down. Recomenda-se que essas pessoas façam exames médicos regulares. O risco de leucemia, embora maior do que na população em geral, é ainda muito pequeno para a maioria destas síndromes.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Estadiamento da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O estadiamento da maioria dos tipos de cânceres atribui estágios numerados para descrever sua extensão, com base no tamanho do tumor e na probabilidade de disseminação.
A leucemia linfocítica aguda por outro lado, normalmente não forma massas tumorais, mas geralmente afeta toda a medula óssea e, em muitos casos, pode se espalhar para outros órgãos, como o fígado, baço e gânglios linfáticos. Por conseguinte, a perspectiva para o paciente com leucemia linfoide aguda depende de outras informações, como subtipo de LLA, idade, e resultados de exames de laboratório.
Diferentes sistemas são utilizados para classificar a leucemia linfoide aguda em subtipos.
Classificação Francesa-Americana-Britânica (FAB)
Na década de 1970, um grupo de franceses, americanos e britânicos (FAB), especialistas em leucemia dividiram a leucemia linfoide aguda em três subtipos (L1, L2 e L3), baseados na maneira como suas células eram vistas ao microscópio após coloração de rotina. Este sistema foi substituído em função dos novos exames de laboratório que permitem uma classificação da leucemia linfoide aguda com mais precisão.
Classificação baseada no Imunofenótipo
Os exames de citogenética, citometria de fluxo, e outros exames de laboratório fornecem informações detalhadas sobre o subtipo de leucemia linfoide aguda e o prognóstico do paciente, o que permite classificar a leucemia linfoide aguda em grupos com base no imunofenótipo da leucemia, levando em conta o tipo de linfócitos (células B ou T) e a maturação das células leucêmicas. Os subtipos da leucemia linfoide aguda são:
Provenientes dos tipos de linfócitos (células B ou células T).
Maturidade das células leucêmicas.
Estes grupos têm substituído em grande parte a classificação FAB. Os subtipos de leucemia linfoide aguda são atualmente denominados como:
Leucemia Linfoide Aguda de Células B
Leucemia linfoide aguda precoce B (10% dos casos).
Leucemia linfoide aguda comum (50% dos casos).
Leucemia linfoide aguda pré B (10% dos casos).
Leucemia linfoide aguda B maduras, subtipo linfoma/leucemia de Burkitt (4% dos casos).
Leucemia Linfoide Aguda de Células T
Leucemia linfoide aguda pré T (5% a 10% dos casos).
Leucemia linfoide aguda T maduras (15% a 20% dos casos).
Os subtipos de cada leucemia linfoide aguda tem um prognóstico ligeiramente diferente, mas outros fatores como alterações genéticas nas células de leucemia também podem ter um impacto no prognóstico.
Leucemia Linfoide Aguda de Linhagem Mista
Nos últimos anos, os exames laboratório mais recentes mostraram que um pequeno número de leucemias agudas, na verdade, têm características linfoides e mieloides. Por exemplo, às vezes, as células leucêmicas têm características tanto mieloides quanto linfoides;  em outros casos, um paciente pode ter algumas células leucêmicas com características mieloides e outras com características linfoides. Estes tipos de leucemias podem ser denominados de leucemias de linhagem mista, leucemia linfoide
aguda com marcadores mieloides,  leucemia mieloide aguda com marcadores linfoides ou leucemia aguda bifenotípica.
A maioria dos estudos sugerem que estas leucemias tendem a ter um pior prognóstico do que os subtipos padrão de leucemia linfoide aguda ou leucemia mieloide aguda. Os médicos estão discutindo sobre a melhor maneira de tratá-los. O tratamento intensivo, como um transplante de células tronco, é muitas vezes realizado quando possível, porque não existe um alto risco de recidiva após o tratamento.
Fatores Prognósticos
As diferenças entre os pacientes que afetam a resposta ao tratamento são denominadas fatores prognósticos:
Idade - Pacientes mais jovens tendem a ter um melhor prognóstico do que pacientes mais velhos.
Contagem inicial dos glóbulos brancos – Pacientes com uma contagem menor no momento do diagnóstico tendem a ter um melhor prognóstico.
Subtipos de leucemia linfoide aguda - Em geral, a leucemia linfoide aguda de células T tem um melhor prognóstico, enquanto a de células B tem um pior prognóstico.
Anormalidades cromossômicas - A presença do cromossomo Filadélfia  evidencia um pior prognóstico, mas não, se medicamentos de última geração de terapia alvo forem utilizados.
Resposta à quimioterapia - Pacientes que atingem uma remissão completa dentro de 4 a 5 semanas do início do tratamento tendem a ter um prognóstico melhor.
Estado da Leucemia Linfoide Aguda após Tratamento
Como o paciente responde ao tratamento determina a chance de recuperação a longo prazo da doença
Remissão - A remissão completa é geralmente definida como não ter nenhuma evidência de leucemia após o tratamento. Isto significa que a medula óssea contém menos do que 5% de células blásticas, e as contagens de células do sangue estão dentro dos limites normais, não existindo sinais ou sintomas da doença. A remissão molecular completa significa que não há nenhuma evidência de células leucêmicas na medula óssea, mesmo quando são realizados exames de laboratórios muito sensíveis. Ainda que a leucemia se encontre em remissão, isto nem sempre significa que ela foi curada.
Doença Residual Mínima – Esse termo é usado após o tratamento, quando células leucêmicas não são encontradas na medula óssea nos exames laboratório, mas podem ainda ser detectadas em exames mais sensíveis, como citometria de fluxo.
Doença Ativa - Doença ativa significa que existem provas de que a leucemia ainda está presente durante o tratamento, ou que a doença tenha voltado após o tratamento.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Exames de Imagem para Diagnóstico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Em pacientes com leucemia linfoide aguda, os exames de imagem são, geralmente, realizados para diagnosticar infecções ou outros problemas, e não a leucemia em si. Em alguns casos, podem ser realizados para determinar a extensão da doença. Os principais exames utilizados são:
Radiografia de Tórax
É realizada quando o médico suspeita de infecção pulmonar, ou para avaliar a presença de gânglios linfáticos na região do tórax.
Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagens que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia. 
Alguns exames de tomografia são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa do contraste é realizada quando se deseja observar mais claramente certos detalhes, tornando o diagnóstico mais preciso.
Este exame geralmente é realizado para diagnosticar se os gânglios linfáticos ou outros órgãos estão aumentados, ou ainda se células leucêmicas estão em crescimento em outros órgãos.
Muitas vezes a tomografia é utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena.
Ressonância Magnética
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Este exame, além de permitir uma avaliação dos órgãos internos, sem a utilização de raios X, também proporciona uma visão mais abrangente da região examinada.  
A ressonância magnética é um procedimento utilizado para diagnosticar se a doença disseminou para a medula ou cérebro.
Ultrassom
Ao contrário da maioria dos exames de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia é uma técnica que não emprega radiação ionizante para a formação da imagem. Ela utiliza ondas sonoras de frequência acima do limite audível para o ser humano, que produzem imagens em tempo real de órgãos, tecidos e fluxo sanguíneo do corpo. 
O ultrassom pode ajudar a avaliar os linfonodos próximos à superfície do corpo, os gânglios linfáticos aumentados no abdome, ou órgãos como o fígado, rins e baço.
O ultrassom pode ser utilizado para guiar o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena. 
Cintilografia Óssea e Cintilografia com Gálio
Estes exames não são realizadas para a leucemia linfoide aguda, mas podem ser úteis se o paciente estiver com dor óssea que possa ser provocada por uma infecção ou câncer nos ossos.
Nestes exames, injeta-se uma pequena quantidade de material radioativo na corrente sanguínea do paciente. As áreas de captação do material radioativo são registradas numa câmera especial, que detecta a radioatividade e cria uma imagem do esqueleto. As áreas de danos aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto, sugerindo a presença de doença metastática.
No entanto, outras doenças, como por exemplo, a artrite apresenta o mesmo padrão de imagem. Para diferenciar o resultado de outras doenças são solicitados exames adicionais de imagem, como radiografias simples, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Se a leucemia é uma possibilidade, pode ser necessária a realização de uma biópsia da área para confirmação diagnóstica.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Biópsia para Diagnóstico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Se o médico suspeitar que você possa ter leucemia, ele solicitará uma biópsia para ter certeza do diagnóstico.
Biópsia dos Gânglios Linfáticos
A remoção de um gânglio linfático ou parte de um linfonodo é um procedimento importante no diagnóstico de linfomas, mas raramente é necessário com leucemias.
Neste procedimento, o cirurgião faz uma incisão na pele e retira todo o linfonodo (biópsia excisional) ou apenas uma pequena parte (biópsia incisional). Se o linfonodo está localizado na superfície da pele, o procedimento é simples, e pode ser realizado sob anestesia local, mas se estiver em planos mais profundos será necessária anestesia geral.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Sinais e Sintomas da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
A leucemia linfoide aguda pode causar diferentes sinais e sintomas. A maioria ocorre em todos os tipos de leucemia linfoide aguda, mas, alguns são mais comuns em determinados subtipos da doença.
Problemas causados ​​pela Diminuição das Células Sanguíneas
A maioria dos sinais e sintomas da leucemia linfoide aguda resulta da falta de células sanguíneas normais, que ocorrem quando as células de leucemia assumem o lugar das células normais na medula óssea. Esta escassez é detectada nos exames de sangue, e pode causar sintomas, como:
Sensação de cansaço.
Sensação de fraqueza.
Sensação de tonturas ou vertigens.
Falta de ar.
Febre.
Infecções graves ou frequentes.
Hematomas
ou hemorragias.
Sinais e Sintomas Gerais
Os pacientes com leucemia linfoide aguda também podem apresentar vários sintomas não específicos, como:
Perda de peso.
Febre.
Sudorese noturna.
Fadiga.
Perda de apetite.
Naturalmente, estes não são apenas sintomas da leucemia linfoide aguda, e são mais frequentemente causados por outras doenças.
Inchaço no Abdome
As células leucêmicas podem se acumular no fígado e no baço provocando um aumento desses órgãos. Isso pode provocar uma sensação de saciedade após uma pequena refeição.
Aumento dos Gânglios Linfáticos
A disseminação da leucemia linfoide aguda para os gânglios linfáticos próximos da superfície do corpo, como, por exemplo, na região do pescoço, virilha ou axilas, pode ser notada como nódulos sob a pele. Os gânglios linfáticos do tórax ou abdome também podem aumentar de tamanho, mas, estes só podem ser detectados por exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Dores Ósseas ou Articulares
Às vezes, as células leucêmicas crescem perto da superfície do osso ou no interior dos ossos das articulações provocando dores articulares.
Disseminação para outros Órgãos
Menos frequentemente, a leucemia linfoide aguda se espalha para outros órgãos, onde pode formar tumores:
Se a leucemia linfoide aguda se espalhar para a medula espinhal e cérebro pode causar dores de cabeça, convulsões, vômitos, problemas de equilíbrio, dormência facial, ou visão turva.
A leucemia linfoide aguda pode se espalhar para a cavidade torácica, causando acúmulo de líquido na cavidade pleural e dificuldade respiratória. 
Raramente, a leucemia linfoide aguda se espalha para a pele, olhos, testículos ou rins.
Sintomas do Aumento do Timo
A leucemia linfoide aguda T pode atingir o timo, um pequeno órgão localizado na parte anterior do tórax, pressionando a traqueia, causando tosse ou dificuldade respiratória.
O aumento do timo pode também pressionar a veia cava superior (veia que leva o sangue da cabeça e braços de volta ao coração) provocando o retorno do sangue para as veias, alteração que é conhecida como síndrome da veia cava superior. Isto pode causar inchaço na face, pescoço, braços e parte superior do tórax, dores de cabeça, tontura, e perda de consciência se afeta o fluxo ao cérebro.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Tratamento Quimioterápico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.
Dependendo do tipo e do estadiamento da leucemia, a quimioterapia pode ser utilizada sozinha ou combinada com radioterapia.
A maioria dos tratamentos quimioterápicos não atinge as áreas do cérebro e medula, por isso pode ser necessário injetá-la diretamente no líquido cefalorraquidiano para matar células cancerosas nessa área.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.
A quimioterapia para a leucemia linfocítica aguda utiliza uma combinação de drogas antineoplásicas, administradas em três fases, geralmente por dois anos.
Os medicamentos quimioterápicos mais comumente utilizados no tratamento da leucemia linfocítica aguda incluem:
Vincristina.
Daunorubicina.
Citarabina.
L-asparaginase ou PEG-L-asparaginase.
Etoposídeo.
Teniposideo. 
6-mercaptopurina. 
Metotrexato.
Ciclofosfamida. 
Prednisona.
Dexametasona.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistémico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento. Os efeitos colaterais comuns à maioria das drogas quimioterápicas podem incluir:
Perda de cabelo.
Inflamações na boca.
Perda de apetite.
Náuseas e vômitos.
Diarreia.
Infecções.
Hematomas ou hemorragias.
Fadiga.
Neuropatia.
Secura nos olhos.
Problemas de equilíbrio e coordenação.
Leucemia mieloide aguda.
Síndrome de lise tumoral.
Estes efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
As infecções podem ser muito graves em pacientes em quimioterapia, muitas vezes precisam ser administrados medicamentos conhecidos como fatores de crescimento para ajudar na recuperação dos glóbulos brancos e reduzir a possibilidade de infecção.
Se os glóbulos brancos estão muito baixos durante o tratamento, você pode ajudar a reduzir o risco de infecção limitando sua exposição a germes:
Lave as mãos com frequência.
Evite frutas frescas, cruas e vegetais e outros alimentos que possam conter germes.
Evite contato com flores e plantas.
Certifique-se de que outras pessoas lavaram suas mãos antes de tocar em você.
Evite multidões e contato com pessoas doentes.
No caso em que a contagem de plaquetas se mostre muito baixa pode ser necessária a realização de transfusões de plaquetas para ajudar a proteger contra sangramentos. A fadiga causada pela anemia pode ser tratada com medicamentos ou com transfusões de sangue.
Se ocorrerem efeitos colaterais graves, a quimioterapia pode ter que ser reduzida ou suspensa por um curto período de tempo.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Se a Leucemia Linfoide Aguda não responder ou recidivar após o Tratamento
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Se a leucemia não responder ao primeiro tratamento, o que acontece em cerca de 10 - 20% dos pacientes podem ser tentados doses maiores ou novos medicamentos, embora sejam menos susceptíveis de responderem. O blinatumomab pode ser uma opção para pacientes com leucemia linfoide aguda de células B. O transplante de células tronco pode ser considerado se a leucemia pelo menos entrou em remissão parcial. Os estudos clínicos com novas abordagens terapêuticas, também, podem ser considerados.
Se a leucemia entra em remissão com o tratamento inicial, mas depois recidiva, na maioria das vezes, acontece na medula óssea e no sangue. Ocasionalmente, o cérebro ou o líquido cefalorraquiano serão o primeiro lugar da recidiva.
Nesses casos, às vezes é possível fazer que a leucemia entre  em remissão novamente com mais quimioterapia, embora essa redução não deve durar muito tempo. A abordagem pode depender do intervalo de tempo que a doença demorou em retornar após o tratamento inicial. Se ocorrer depois de um intervalo de tempo, o mesmo tratamento ou similar pode ser realizado para tentar uma segunda remissão. Se o intervalo de tempo é curto, pode ser necessária a administração de uma químio mais agressiva com outros medicamentos. O blinatumomab pode ser uma opção para pacientes com leucemia linfoide aguda de células B.
Os pacientes com leucemia linfoide aguda que têm o cromossomo Filadélfia que estavam recebendo a terapia alvo imatinib são, muitas vezes, medicados com outra droga alvo.
Para os pacientes com leucemia de células T, a químio com nelarabina pode ser útil.
Se uma segunda remissão for alcançada, a maioria dos médicos indicarão se possível, algum tipo de transplante de células estaminais.
Se a leucemia não desaparecer ou continua a recidivar, eventualmente, o tratamento quimioterápico não será muito útil. Se um transplante de células tronco não for uma opção, o paciente deve considerar a participação em um estudo clínico, com tratamentos mais recentes.
Tratamento Paliativo
Em algum ponto, pode tornar-se claro que a continuação do tratamento, mesmo em estudos clínicos, é extremamente improvável de curar a leucemia. Nesse momento, o foco do tratamento pode ser alterado para o controle dos sintomas provocados pela doença, em vez de tentar curar a leucemia. Isto é denominado de tratamento paliativo ou de suporte. Por exemplo, o médico pode recomendar uma químio menos intensa para retardar o desenvolvimento da doença em vez de tentar curá-la.
À medida que a leucemia invade e se desenvolve na medula, pode provocar dor. É importante que o paciente esteja o mais confortável possível. Neste momento, os tratamentos que podem ser úteis incluem a radioterapia e medicamentos para aliviar a dor. Se os medicamentos, como ácido acetilsalicílico e ibuprofeno não aliviam a dor, medicamentos opioides potentes,  como morfina, podem ser úteis.
Outros sintomas comuns da leucemia são a diminuição das taxas sanguíneas e a fadiga. Podem ser necessários medicamentos ou transfusões de sangue para corrigir esses problemas. Náuseas e perda de apetite podem ser tratadas com medicamentos e com suplementos alimentares de alto teor calórico. Se ocorrerem Infecções, podem ser tratadas com antibióticos.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Taxa de Resposta do Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Em geral, cerca de 80 - 90% dos adultos terá remissão completa, em algum momento durante o tratamento. Isto significa que as células cancerígenas já não podem ser vistas na medula óssea. Infelizmente, cerca da metade destes pacientes apresentam recidiva, por isso, a taxa global de cura é de cerca de 40%. 
Mais uma vez, estas taxas variam dependendo do subtipo da leucemia linfoide aguda e de outros fatores prognóstico. Por exemplo, as taxas de cura tendem a ser maiores em pacientes mais jovens e mais baixa em pacientes mais velhos.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Principal Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O principal tratamento para a leucemia linfoide aguda em adultos envolve o uso de quimioterápicos. Nos últimos anos, passou-se a utilizar esquemas de quimioterapia mais intensivos, o que levou a mais respostas ao tratamento. Mas, estes esquemas são, também, mais propensos a provocar efeitos colaterais. Com isso, os pacientes podem precisar de outros medicamentos para prevenir ou tratar esses efeitos colaterais.
O tratamento geralmente ocorre em três etapas:
Indução (ou indução da remissão).
Consolidação (intensificação).
Manutenção.
O tempo total do tratamento é de cerca de 2 anos, sendo a fase de manutenção a de maior duração. O tratamento pode ser mais ou menos intenso, dependendo do subtipo de leucemia linfoide aguda e de outros fatores prognóstico.
A leucemia linfoide aguda pode se disseminar para a área ao redor do cérebro e da medula. Às vezes, isso já ocorreu no momento do diagnóstico da doença. Essa disseminação é diagnosticada quando células leucêmicas são vistas no líquido cefalorraquidiano. 
Mesmo que células leucêmicas não sejam encontradas no líquido cefalorraquidiano, é possível que existam muito poucas células leucêmicas para esse exame reconhecer ou que poderiam começar a crescer, mais tarde, sobre a superfície do cérebro e da medula espinhal. Dessa maneira, uma parte importante do tratamento da leucemia linfoide aguda é a profilaxia do sistema nervoso central, que tem o objetivo de garantir que a doença não se espalhe para as áreas ao redor do cérebro ou da medula espinhal.
Indução
O objetivo da quimioterapia de indução é a remissão. Isto significa que células leucêmicas não foram encontradas nas amostras da medula óssea, as células normais estão de volta e as taxas sanguíneas normalizam. Mas, a remissão não é necessariamente uma cura, uma vez que células cancerígenas ainda podem estar escondidas em outras partes do corpo.
Esta é uma etapa de quimioterapia intensiva, que geralmente dura um mês. Diferentes combinações de medicamentos quimioterápicos podem ser utilizadas, mas tipicamente incluem:
Vincristina.
Dexametasona ou prednisona.
Doxorrubicina, Daunorubicina ou uma antraciclinas similar.
Baseado em fatores prognóstico do paciente, alguns esquemas, também, podem incluir ciclofosfamida, L-asparaginase, etoposídeo e/ou altas doses de metotrexato ou citarabina como parte da fase de indução.
Para os pacientes com leucemia linfoide aguda cujas células têm o cromossomo Filadélfia, a terapia alvo com imatinib é frequentemente incluída.
O primeiro mês do tratamento é bastante intenso e requer visitas frequentes ao médico. Podem ocorrer períodos de internação hospitalar devido a infecções ou outras complicações. É muito importante tomar todos os medicamentos prescritos pelo médico.
Na maioria das vezes, a leucemia entra em remissão com a quimioterapia de indução. Mas, como as células cancerígenas ainda podem estar escondidas em algum lugar do corpo, é necessária a continuação do tratamento.
Profilaxia do Sistema Nervoso Central - O tratamento para impedir que células cancerígenas se espalhem para o sistema nervoso central (profilaxia) é similar ao utilizado para tratar a disseminação da doença para o sistema nervoso central. É muitas vezes iniciado durante a indução e continuado durante as outras etapas do tratamento, podendo incluir:
Químio intratecal (injetada diretamente no líquido cefalorraquidiano). O medicamento mais frequentemente utilizado é o metotrexato, mas, às vezes, a citarabina ou um esteroide, como a prednisona, pode, também, ser administrado. A químio intratecal pode ser administrada durante uma punção lombar ou de um reservatório Ommaya.
Alta dose de metotrexato ou citarabina via intravenosa.
Radioterapia do cérebro e medula espinhal.
Consolidação
Se a leucemia entra em remissão, a etapa seguinte consiste de outro ciclo curto de quimioterapia, utilizando muitos dos mesmos medicamentos já usados na terapia de indução. Isso dura alguns meses. Normalmente, os medicamentos são administrados em doses altas, de modo que o tratamento é, ainda, bastante intenso. Neste momento, a profilaxia do sistema nervoso central provavelmente continua. A terapia alvo com imatinib também continua para os pacientes cujas células leucêmicas têm o cromossomo Filadélfia.
Alguns pacientes em remissão, como aqueles com determinados subtipos de leucemia linfoide aguda ou fatores prognósticos ruins, ainda têm um alto risco de recidiva. Para esses pacientes pode ser sugerido um transplante alogênico, especialmente para aqueles que têm um doador compatível. Um transplante autólogo pode ser outra opção. Os possíveis riscos e benefícios de um transplante devem ser cuidadosamente ponderados para cada paciente com base em seu próprio caso. 
Manutenção
Geralmente, após a consolidação o paciente é incluído num programa de manutenção da quimioterapia com metotrexato e 6-mercaptopurina. Em alguns casos, isto pode ser combinado com outros medicamentos, como vincristina e prednisona.
Para os pacientes com leucemia linfoide aguda que têm o cromossomo Filadélfia, é incluída, com frequência, a terapia alvo com imatinib.
A manutenção geralmente dura cerca de 2 anos. Podendo continuar a profilaxia do sistema nervoso central.
Alguns médicos consideram que a terapia de manutenção não seja necessária para alguns tipos de leucemias, como leucemia linfoide aguda de células T e leucemia linfoide aguda de células B madura (leucemia Burkitt).
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Terapias Complementares e Alternativas para Leucemia linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Quando você é diagnosticado com leucemia linfoide aguda provavelmente ficará sabendo de outras formas para tratar a doença ou mesmo
aliviar os sintomas que o seu médico não mencionou. Esses métodos podem incluir vitaminas, ervas e dietas especiais ou outros métodos, como, por exemplo, acupuntura ou massagem.
O que exatamente são as terapias complementares e alternativas?
Nem todo mundo utiliza esses termos da mesma maneira, e ao mesmo tempo eles são usados ​​para se referir a diversos métodos, o que torna o entendimento um pouco confuso. O termo complementar é usado para se referir a tratamentos realizados ​​junto com os tratamentos convencionais. E as terapias alternativas são usadas ​​em vez de um tratamento médico padrão.
Métodos Complementares - A maioria dos métodos de tratamento complementares não são oferecidos como cura para o câncer. Principalmente, se usados ​​para ajudar o paciente a se sentir melhor. Alguns métodos podem ser usados ​​junto com o tratamento regular, como meditação para reduzir o estresse, acupuntura para ajudar a aliviar a dor, ou chá de hortelã para aliviar as náuseas. Alguns métodos complementares são conhecidos e podem ajudar, enquanto outros nunca foram testados cientificamente. É importante mencionar que alguns comprovadamente não são úteis e outros foram considerados prejudiciais.
Tratamentos Alternativos - Os tratamentos alternativos podem ser oferecidos como cura do câncer. Entretanto, essas terapias alternativas não foram comprovadas em ensaios clínicos como seguros e eficazes. Alguns destes métodos podem constituir perigo ou tem efeitos colaterais potencialmente fatais. Mas, o maior perigo na maioria dos casos é que você pode perder a chance de ter um tratamento médico padrão. Atrasos ou interrupções nos tratamentos médicos podem dar à doença mais tempo para evoluir, tornando menos provável a eficácia do tratamento padrão.
O por que dessa escolha
É fácil entender por que os pacientes com leucemia linfoide aguda logo pensam em métodos alternativos. Eles querem fazer tudo para lutar contra o câncer, e a ideia de um tratamento sem efeitos colaterais parece ótima. Muitas vezes, os tratamentos médicos como a quimioterapia podem ser difíceis de realizar ou podem já não estar dando o resultado esperado. Mas, a verdade é que a maioria das terapias alternativas e complementares não são cientificamente comprovadas para uso no tratamento do leucemia linfoide aguda.
A escolha é sua
A decisão sobre como tratar ou gerenciar o leucemia linfoide aguda é sempre sua. Se você quiser usar um tratamento não padronizado, converse com seu médico sobre o assunto. Com boas informações e com o apoio e supervisão de seu médico, você pode usar com segurança outros métodos que poderão lhe ajudar, evitando aqueles que poderiam ser prejudiciais.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Anticorpos Monoclonais no Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico do organismo para combater as infecções. Os anticorpos monoclonais produzidos em laboratório são concebidos para atacar um alvo específico, como uma substância sobre a superfície dos linfócitos.
Blinatumomab é um tipo especial de anticorpo monoclonal porque pode se anexado a duas proteínas diferentes ao mesmo tempo. Uma parte de blinatumomab é ligada à proteína CD19, que é encontrado nas células-B, incluindo algumas células de leucemia e linfoma. Outra parte é ligada à CD3, uma proteína encontrada nas células do sistema imunológico (células T). Ao se ligar a ambas as proteínas, este medicamento induz o sistema imunológico a atacar às células cancerígenas. 
Este medicamento é utilizado para tratar a leucemia linfoide aguda de células B. É administrado via intravenosa, como uma infusão contínua ao longo de 28 dias. Ele pode ser repetido por mais ciclos com 2 semanas de descanso entre os ciclos. Devido a determinados efeitos colaterais graves que ocorrem com mais frequência no início do tratamento, o paciente normalmente é internado em hospital ou clínica, pelo menos, para os dois primeiros ciclos.
Os efeitos colaterais mais comuns são febre, dor de cabeça, inchaço dos pés e das mãos, náuseas, tremor, erupção cutânea, constipação e diminuição dos níveis de potássio. Também pode provocar diminuição dos glóbulos brancos, o que aumenta o risco de infecção.
Este medicamento também pode provocar problemas neurológicos, como convulsões, dificuldade em falar ou fala arrastada, desmaios, confusão e perda de equilíbrio.
Alguns pacientes têm reações graves durante a infusão do medicamento. Os sintomas podem incluir tontura, dor de cabeça, náuseas, febre ou calafrios e falta de ar. Se tiver qualquer um desses sintomas comunique, imediatamente, seu médico, para  interromper o tratamento, para que a reação seja tratada.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Terapia Alvo para Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Terapia alvo é um novo tipo de tratamento do câncer que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar as células cancerígenas com pouco dano às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células. Alguns desses medicamentos podem ser úteis em determinados casos de leucemia linfoide aguda.
Cerca de 1 em cada 4 pacientes adultos com leucemia linfoide aguda tem o cromossomo Filadélfia. Este é um cromossomo anormal formado pela troca de material entre os cromossomos 9 e 22. Isto forma um novo gene denominado BCR-ABL. O cromossoma Filadélfia e o gene BCR-ABL são encontrados também em células da leucemia mieloide crônica. As células com o gene BCR-ABL produzem uma proteína anormal que ajuda as células a crescerem. Os inibidores da tirosina quinase (TKI) foram desenvolvidos para atacar esta proteína, e incluem o imatinib, dasatinib, nilotinibe, bosutinibe e ponatinibe. Embora esses medicamentos foram originalmente destinados ao tratamento da leucemia mieloide crônica, alguns deles são promissores no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda que têm o cromossomo Filadélfia.
Estudos recentes, com pacientes cujas células da leucemia linfoide aguda contêm o cromossomo Filadélfia, nos quais se associa um desses medicamentos à quimioterapia ajuda na remissão da doença após o tratamento. O uso desses medicamentos pode impedir a recidiva da doença.
Estes medicamentos são administrados diariamente via oral. Os efeitos colaterais comuns incluem diarreia, náuseas, dores musculares, fadiga e erupções cutâneas. Um efeito colateral comum é o inchaço ao redor dos olhos ou nas mãos ou pés. Outros efeitos possíveis incluem diminuição das taxas sanguíneas no início do tratamento. Todos estes efeitos pioram em doses superiores às habituais dos medicamentos. Também podem ocorrer outros efeitos colaterais importantes, que diferem dependendo do medicamentos utilizado.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Transplante de Células Tronco para Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O transplante de medula óssea ou transplante de células estaminais, envolve a coleta de células estaminais saudáveis para reabastecer a medula óssea do paciente. As novas células assumem a produção das células sanguíneas.
Em algumas circunstâncias, pode ser possível transplantar a medula óssea de outra parte do corpo do próprio paciente, isto é conhecido como transplante autólogo. Nestes casos, a medula óssea é tratada, de modo a ficar isenta de quaisquer células doentes antes de serem devolvidas ao paciente.
Um transplante de células estaminais possibilita a administração de doses mais elevadas de quimioterapia, às vezes junto com a radioterapia, para destruir as células cancerígenas. Após esses tratamentos, o paciente recebe o transplante
de células estaminais para restaurar a medula óssea.
Tipos de Transplantes
Os dois tipos principais de transplantes de células tronco são:
Transplante Alogênico - Se as células tronco do próprio paciente não são adequadas para o transplante, será necessário ter um doador saudável, o que é conhecido como transplante alogênico. Este é o tipo preferido de transplante para LLA.
Transplante Autólogo - No transplante autólogo são utilizadas as próprias células tronco do paciente.
No transplante alogênico, o tipo de tecido do dador deve corresponder ao do paciente para prevenir o risco de problemas com o transplante. Normalmente, o doador é um irmão ou irmã, se tiverem o mesmo tipo de tecido do paciente. Se não houver irmãos compatíveis, as células podem vir de um doador que seja compatível. A realização do transplante alogênico é limitado pelos seus efeitos colaterais, que são mais importantes em pessoas mais velhas ou que tenham outros problemas de saúde.
Uma opção para os pacientes que, por alguma razão, não podem realizar um transplante alogênico é o transplante de células estaminais, que utiliza baixas doses de químio e radioterapia, não destruindo completamente as células da medula óssea. Isto é conhecido como transplante de intensidade não mieloablativa. Este tipo de transplante se baseia nas células do doador para destruir as células leucêmicas, em vez de químio e radioterapia. Este não é um tratamento padrão para a leucemia linfoide aguda, e ainda está em estudo.
O transplante autólogo pode ser uma opção para os pacientes que não podem realizar o transplante alogênico, por não terem um doador compatível. Neste procedimento, as células tronco do paciente são tratadas com altas doses de radiação ou quimioterapia para garantir que não existam células cancerígenas.
Aspectos Práticos
Um transplante de células estaminais é um tratamento complexo que pode causar efeitos colaterais com risco à vida. Se os médicos acham que um paciente pode se beneficiar de um transplante, o melhor lugar para ser feito é em um centro oncológico, onde a equipe tem experiência com o procedimento e com o manejo de pacientes no período de recuperação.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Tratamento Radioterápico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).
A radioterapia não é normalmente utilizada como uma das componentes terapêuticos principais em pacientes com leucemia linfoide aguda, mas é usada em determinadas situações:
Para tratar a disseminação para o cérebro, fluído espinhal ou para os testículos.
Para irradiar o corpo todo antes de um transplante de células tronco.
Raramente é usada para reduzir o tumor que pressiona a traqueia, causando problemas respiratórios.
Pode ser usada para diminuir dores ósseas.
A radioterapia externa é o tipo de tratamento utilizado com mais frequência para a leucemia linfoide aguda. O procedimento é indolor. Cada tratamento dura apenas alguns minutos, embora o tempo de posicionamento do paciente na mesa de tratamento, normalmente leva mais tempo.
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem do local irradiado e da dose de radiação, podendo incluir:
Fadiga.
Reações cutâneas.
Perda de cabelo.
Náuseas e vômitos.
Diarreia.
Diminuição das taxas sanguíneas.
Infecções.
Estes efeitos tendem há desaparecer pouco tempo após o término do tratamento.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Tratamento Quimioterápico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.
Dependendo do tipo e do estadiamento da leucemia, a quimioterapia pode ser utilizada sozinha ou combinada com radioterapia.
A maioria dos tratamentos quimioterápicos não atinge as áreas do cérebro e medula, por isso pode ser necessário injetá-la diretamente no líquido cefalorraquidiano para matar células cancerosas nessa área.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.
A quimioterapia para a leucemia linfocítica aguda utiliza uma combinação de drogas antineoplásicas, administradas em três fases, geralmente por dois anos.
Os medicamentos quimioterápicos mais comumente utilizados no tratamento da leucemia linfocítica aguda incluem:
Vincristina.
Daunorubicina.
Citarabina.
L-asparaginase ou PEG-L-asparaginase.
Etoposídeo.
Teniposideo. 
6-mercaptopurina. 
Metotrexato.
Ciclofosfamida. 
Prednisona.
Dexametasona.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistémico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento. Os efeitos colaterais comuns à maioria das drogas quimioterápicas podem incluir:
Perda de cabelo.
Inflamações na boca.
Perda de apetite.
Náuseas e vômitos.
Diarreia.
Infecções.
Hematomas ou hemorragias.
Fadiga.
Neuropatia.
Secura nos olhos.
Problemas de equilíbrio e coordenação.
Leucemia mieloide aguda.
Síndrome de lise tumoral.
Estes efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
As infecções podem ser muito graves em pacientes em quimioterapia, muitas vezes precisam ser administrados medicamentos conhecidos como fatores de crescimento para ajudar na recuperação dos glóbulos brancos e reduzir a possibilidade de infecção.
Se os glóbulos brancos estão muito baixos durante o tratamento, você pode ajudar a reduzir o risco de infecção limitando sua exposição a germes:
Lave as mãos com frequência.
Evite frutas frescas, cruas e vegetais e outros alimentos que possam conter germes.
Evite contato com flores e plantas.
Certifique-se de que outras pessoas lavaram suas mãos antes de tocar em você.
Evite multidões e contato com pessoas doentes.
No caso em que a contagem de plaquetas se mostre muito baixa pode ser necessária a realização de transfusões de plaquetas para ajudar a proteger contra sangramentos. A fadiga causada pela anemia pode ser tratada com medicamentos ou com transfusões de sangue.
Se ocorrerem efeitos colaterais graves, a quimioterapia pode ter que ser reduzida ou suspensa por um curto período de tempo.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Tratamento Cirúrgico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
A cirurgia raramente é utilizada como forma de tratamento da leucemia linfoide aguda, uma vez que as células leucêmicas se espalham pela medula óssea e para muitos outros órgãos através do sangue. 
O único procedimento cirúrgico realizado é a inserção de um cateter para ajudar na administração de medicamentos quimioterápicos. 
Reservatório Ommaya 
A administração da quimioterapia diretamente no líquido cefalorraquidiano é muitas vezes uma parte do tratamento da leucemia linfoide aguda. Neste tratamento, denominado quimioterapia intratecal,
os medicamentos podem ser administrados através de uma punção lombar ou de um reservatório Ommaya. Esse reservatório é um dispositivo ligado direto a uma das cavidades do cérebro (ventrículo). A químio intratecal pode ser administrada através da inserção de uma agulha direto nesse reservatório. A quimioterapia chega até o líquido cefalorraquidiano ​​no ventrículo. O líquido circula através dos ventrículos e na área ao redor do cérebro e da medula espinhal. Esse reservatório permite a administração da quimioterapia intratecal sem a necessidade de várias punções lombar. O líquido cefalorraquidiano também pode ser retirado do reservatório Ommaya para coletar células leucêmicas e sinais de infecção.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Vivendo com a Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Para alguns pacientes com leucemia linfoide aguda, o tratamento pode remover ou destruir o câncer, mas chegar ao fim do tratamento pode ser estressante. Ao mesmo tempo em que o paciente se sente aliviado com o término do tratamento, fica a preocupação de uma recidiva ou metástase. Este é um sentimento muito comum para a maioria dos pacientes que tiveram leucemia linfoide aguda.
Em outros pacientes, o câncer pode não desaparecer completamente. Esses pacientes continuarão realizando tratamentos regulares com quimioterapia, radioterapia ou outras terapias para tentar manter a doença sob controle.
Cuidados no Acompanhamento
Quando o tratamento termina, os médicos irão acompanhá-la de perto por alguns anos. Por isso é muito importante comparecer a todas as consultas de acompanhamento. Nestas consultas o médico sempre o examinará, conversará com você sobre qualquer sintoma que tenha apresentado, poderá pedir alguns exames de laboratório ou de imagem para acompanhamento e reestadiamento da doença.
Consultando Outro Médico
Eventualmente em algum momento após o diagnóstico e tratamento da LLA, você pode consultar outro médico, que desconheça totalmente seu histórico clínico. É importante que você seja capaz de informar ao novo médico os detalhes do diagnóstico e do tratamento. Verifique se você tem a seu alcance, informações como:
Cópia do laudo de patologia e de qualquer biópsia ou cirurgia.
Cópia do relatório de alta hospitalar.
Cópia do relatório do tratamento radioterápico.
Cópia do relatório quimioterápico, incluindo medicamentos utilizados, doses, e tempo do tratamento.
Exames de imagem.
O médico pode querer manter cópias dessas informações, não se esqueça de sempre manter cópias de tudo com você!
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Mudanças no Estilo de Vida após a Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/09/2015 - Data de atualização: 27/09/2015
Você não pode mudar o fato de você ter tido leucemia linfoide aguda, mas pode mudar o seu modo de vida. Faça escolhas saudáveis, sinta-se bem, reveja seus objetivos, encare a vida de uma nova forma.
Faça Escolhas Saudáveis
O diagnóstico da leucemia linfoide aguda faz com que a maioria dos pacientes passe a ver a vida sob outra perspectiva. Muitos começam a se preocupar com a saúde, tentam alimentar-se melhor, levar uma vida menos sedentária, tentam maneirar no álcool ou param de fumar. 
Não se estresse com pequenas coisas. É o momento de reavaliar a vida e fazer mudanças. Se preocupe com sua saúde. 
Alimente-se Bem
Tente não se preocupar com a mudança no paladar ou o possível ganho de peso devido ao tratamento. Se você tem dificuldades para se alimentar, procure mudar seus hábitos alimentares. Coma menos e mais vezes por dia. As coisas tendem a melhorar com o tempo. Se você sentir necessidade procure um nutricionista. 
Uma das melhores coisas a se fazer agora é reorganizar seus hábitos alimentares. Opte por alimentos mais saudáveis e tente manter um peso adequado. Você se surpreenderá com os benefícios que isso irá lhe trazer.
Exercícios, Cansaço e Repouso
A sensação de estar sempre cansado pode ser comum após o tratamento da leucemia linfoide aguda. Porém é um tipo de cansaço diferente, que não melhora após um período de descanso. É uma espécie de fadiga e uma das maneiras de reduzir essa sensação é justamente buscar se exercitar, mesmo sendo difícil. Comece aos poucos, no seu ritmo, e vá aumentando os exercícios conforme vá se sentindo com mais disposição. Converse com seu médico sobre o melhor momento para iniciar a prática de exercícios.
Benefícios da atividade física:
Melhora o condicionamento cardiovascular.
Aliado a uma boa dieta, ajuda na perda de peso.
Melhora a musculatura.
Reduz a fadiga.
Pode diminuir a ansiedade e depressão.
Pode fazer com que você se sinta mais feliz e melhor consigo mesmo.
Reduz as chances do aparecimento de um novo câncer.
Diminuindo o Risco da Recidiva
A maioria das pessoas querem saber se mudanças específicas no estilo de vida podem reduzir o risco da leucemia linfoide aguda continuar progredindo ou recidivar. Para muitos tipos de câncer existem evidências comprovadas para outros não, isso não significa que nada vai ajudar é só que para a maior parte pesquisadores esta é uma área que ainda não foi bem estudada. A maioria dos estudos analisaram as mudanças de estilo de vida, primeiramente, como forma de prevenção do câncer, e não para diminuir a velocidade da progressão da doença ou de uma recidiva.
Adotar comportamentos saudáveis, como comer bem, praticar atividade física regular e manter um peso saudável também podem ajudar, mas não existe certeza. No entanto, sabe-se que esses tipos de ações podem ter efeitos positivos sobre a saúde que podem se estender além do seu risco de leucemia linfoide aguda.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Se o Tratamento para Leucemia Linfoide Aguda não Responder
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
Se a doença não responder ou recidiva após um tratamento, é possível que outro tipo de terapia ainda possa levar à cura ou pelo menos ao controle da doença, permitindo ao paciente viver mais com qualidade de vida. Mas, quando vários tipos de tratamentos já foram realizados e mesmo assim a doença continua em progressão, o câncer tende a se tornar resistente a todos os tratamentos. Se isso acontecer, é importante pesar os possíveis benefícios de um novo tratamento contra suas possíveis desvantagens.
Esta é provavelmente a parte mais difícil de sua batalha contra a leucemia linfoide aguda, quando você já passou por muitos tratamentos médicos e a doença não está respondendo como desejado. Seu médico pode lhe oferecer novas opções, mas em algum momento você deverá considerar que o tratamento não é mais susceptível de melhorar a sua saúde ou mudar sua sobrevida.
Se você quiser continuar recebendo tratamento, você precisa pensar sobre as chances da terapia trazer benefício e assim comparar com os possíveis riscos e efeitos colaterais do tratamento. Em muitos casos, o médico pode estimar qual a probabilidade da doença responder ao tratamento que você está considerando. Por exemplo, o médico pode dizer que mais sessões de químio ou radioterapia podem ter cerca de 1% de chance de responder. Alguns pacientes sentem que devem tentar esse 1%. Mas é importante compreender as suas razões ao optar pelo tratamento.
Não importa o que você decida fazer, você precisa se sentir bem. Certifique-se de que você está pedindo e recebendo tratamento para quaisquer sintomas que você possa apresentar, como náuseas ou dor. Este tipo de tratamento é chamado de cuidado paliativo.
Os cuidados paliativos ajudam a aliviar os sintomas, mas não se espera a cura da leucemia linfoide aguda. Podem ser administrados junto com o tratamento do câncer, ou pode até mesmo ser o tratamento da leucemia linfoide aguda. A diferença é o seu propósito, o principal objetivo dos cuidados paliativos é o de melhorar a qualidade de sua vida, ou ajudá-lo
a sentir-se tão bem quanto possível durante o tempo que for possível. Às vezes isso significa utilizar medicamentos para tratar sintomas como dor ou náuseas.
Em algum momento, você pode se beneficiar dos cuidados paliativos. Este é um cuidado especial que trata a pessoa e não a doença, que se concentra na qualidade e não na duração da vida. A maior parte do tempo é administrado em casa. No entanto, a leucemia linfoide aguda pode estar causando problemas que precisam ser gerenciados e um hospice se concentra em seu conforto. Você deve saber que ao obter cuidados paliativos, muitas vezes significa o fim de tratamentos como químio e radioterapia, isso não quer dizer que você não pode ter o tratamento para os sintomas causados pela doença ou outras condições de saúde. No hospice o foco está em viver a vida, tanto quanto possível de forma que você esteja bem neste momento tão difícil.
Ficar esperançoso também é importante. Sua esperança para a cura pode não ser tão brilhante, mas ainda há esperança para bons momentos com a família e amigos, tempos cheios de felicidade e significado. Neste momento, fazer uma pausa no seu tratamento contra a leucemia linfoide aguda lhe dará a oportunidade de focar nas coisas mais importantes da sua vida. Agora é a hora de fazer algumas coisas que você sempre quis fazer e parar de fazer as coisas que você não deseja realizar. Embora a leucemia linfoide aguda possa estar além do seu controle, ainda há escolhas que você pode fazer.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Como a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) pode afetar a Saúde Emocional
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 03/07/2015 - Data de atualização: 03/07/2015
O tratamento da leucemia linfoide aguda é, na maioria das vezes, extremamente estressante. O paciente passa por tanta coisa, que cada etapa concluída é uma nova conquista. Com o término do tratamento o paciente percebe a doença como um todo e alguns medos ou incertezas podem tomar conta dele.
O paciente pode muitas vezes se pegar pensando na morte, ou no impacto da doença em sua família, amigos e vida profissional. O paciente acaba revendo seus relacionamentos e coisas aparentemente sem importância começam a ter valor.
Uma das coisas que ajuda muito o paciente com leucemia linfoide aguda a enfrentar a doença é o apoio e a força que ele recebe. Independente de como, o importante é que você encontre em algo ou alguém essa ajuda, seja nos familiares, nos amigos, em ex-pacientes, em sites sobre a doença, ou até em sua própria fé. 
Você não precisa passar por tudo isso sozinho, seus familiares e amigos podem e querem ajudar você. Não se feche na doença, esteja disposto a ouvir o que os outros têm a lhe dizer.
Fonte: American Cancer Society (12/01/2015)
Sobre a Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
Leucemia é o câncer das células brancas do sangue (leucócitos), que começa na medula óssea e se espalha para outras partes do corpo, de origem, na maioria das vezes, desconhecida. 
As leucemias se dividem nos dois principais grupos de leucócitos:
Leucemia linfoide - Tem comprometimento da linhagem linfoide
Leucemia mieloide - Tem comprometimento da linhagem mieloide
Patologicamente a leucemia é dividida em:
Leucemia aguda - Caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue.
Leucemia crônica - Caracterizada pelo aumento de células maduras, mas anormais.
Isso gera quatro tipos de leucemias:
Leucemia Linfoide Aguda (LLA).
Leucemia Linfoide Crônica (LLC).
Leucemia Mieloide Aguda (LMA).
Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Discutiremos aqui a leucemia linfoide crônica (LLC) ou leucemia linfoblástica crônica que é um câncer dos linfócitos e o tipo mais comum de leucemia em adultos com idade superior a 50 anos, raramente ocorre antes dos 40 anos.
A leucemia linfoide crônica aguda afeta o linfócito B, que se origina na medula óssea e está presente nos linfonodos. Os linfócitos B são células envolvidas no combate às infecções. 
A leucemia linfoide crônica resulta de uma lesão adquirida no DNA de uma única célula, que danificada, prejudica a sua função e leva a um aumento desordenado na sua produção. A doença não está presente ao nascimento.
Ao contrário de outros tipos de câncer, a disseminação da LLC para outras partes do corpo não significa que o câncer está em estágio avançado, já que a leucemia, quando diagnosticada, é geralmente encontrada em todo o organismo. 
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Tipos de Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
A forma mais comum de leucemia linfoide crônica se inicia nos linfócitos B, mas, existem alguns tipos raros de leucemia que compartilham algumas características da LLC:
Leucemia prolinfocítica - Este é um tipo de leucemia na qual as células cancerosas são semelhantes às células normais denominadas prolinfócitos, formas imaturas de linfócitos B (BLLC) ou linfócitos T (TLLC). Tanto um como outro tendem a ser mais agressivos do que a leucemia linfoide crônica usual. A maioria dos casos responderão a alguma forma de tratamento, mas com o tempo tendem a recidivar.
Leucemia linfocítica granular - Esta é outra forma rara de leucemia linfoide crônica. As células cancerosas são granulares e grandes e têm características dos linfócitos T ou das células denominadas Natural Killer (outro tipo de linfócitos). Este tipo de leucemia é de crescimento lento, mas um pequeno número pode ser mais  agressivo e difícil de tratar.
Tricoleucemia – É outro tipo de câncer dos linfócitos, que tende a progredir lentamente. Não é uma doença comum e representa cerca de 2% de todas as leucemias. Este tipo de leucemia tem como  característica  projeções citoplasmáticas, chamadas células pilosas o que da o nome de tricolecemia.
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Dados Estatísticos sobre a Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
O Instituto Nacional de Câncer estima para 2014 e 2015, que sejam diagnosticados 9.370 novos casos de leucemias (5.050 em homens e 4.320 em mulheres), incluindo adultos e crianças, no Brasil. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,20 casos novos a cada 100 mil homens e 4,24 a cada 100 mil mulheres.
A leucemia linfoide crônica é responsável por cerca de um quarto dos novos casos de leucemia. O risco de desenvolver leucemia linfoide crônica é um pouco maior em homens do que em mulheres.
A leucemia linfoide crônica afeta principalmente adultos mais velhos. A idade média no momento do diagnóstico é de 71 anos. Raramente é diagnosticada em pessoas com menos de 40 anos e é extremamente rara em crianças.
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Diagnóstico da Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
Se os sinais e sintomas apresentados sugerirem que o paciente possa ter leucemia linfoide crônica, serão solicitados alguns exames para confirmação e estadiamento da doença.
Histórico Clínico e Exame Físico
Será perguntado durante a consulta seu histórico clínico completo, incluindo informações sobre os sintomas apresentados, possíveis fatores de risco, histórico familiar, e outras condições clínicas.
Em seguida, o médico examinará o paciente, com especial atenção para qualquer possível sinal de leucemia e outros problemas de saúde. O médico examinará ainda, cuidadosamente, regiões onde se encontram os linfonodos e outras áreas que possam estar afetadas pela doença.
Se o médico suspeitar que a leucemia linfoide crônica possa estar causando os sintomas, será solicitada uma biópsia para elucidação diagnóstica.
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Detecção Precoce da Leucemia Linfoide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
Para muitos tipos de câncer, o diagnóstico em estágio inicial faz que o tratamento seja mais eficaz. Dessa maneira, se recomendam exames de rastreamento para detecção precoce de determinados tipos de câncer em pessoas assintomáticas.

Mas, atualmente não existem exames de rastreamento para o diagnóstico precoce de leucemia linfoide crônica. A melhor maneira de diagnosticar a leucemia em estágio inicial é relatar, imediatamente, a um médico quaisquer possíveis sinais ou sintomas, para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.

Às vezes, a leucemia linfoide crônica é diagnosticada em função de exames realizados por outras razões clínicas. Por exemplo, a contagem  de glóbulos brancos de uma pessoa pode estar elevada mesmo que ela não apresente quaisquer sintomas.
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Estadiamento da Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
O estadiamento da maioria dos tipos de cânceres atribui estágios numerados para descrever sua extensão, com base no tamanho do tumor e na probabilidade de disseminação.
A leucemia linfocítica crônica por outro lado, normalmente não forma massas tumorais, mas geralmente afeta toda a medula óssea e, em muitos casos, pode se espalhar para outros órgãos, como o fígado, baço e gânglios linfáticos. Por conseguinte, a perspectiva para o paciente com leucemia linfoide crônica depende de outras informações, como subtipo da leucemia linfoide crônica, idade, e resultados de exames de laboratório.
Estadiamento da Leucemia Linfoide Crônica
Um sistema de estadiamento é a maneira padronizada para que todos os membros de uma equipe multidisciplinar entendam de imediato a extensão da doença.  Existem 2 sistemas utilizados na LLC: o sistema Rai e o sistema Binet.
Sistema de Estadiamento Rai
O sistema RAI divide a leucemia linfoide crônica em 5 estágios:
Estágio Rai 0 – Linfocitose (contagem de linfócitos no sangue muito elevada).
Estágio Rai I - Linfocitose mais linfonodos aumentados. O baço e o fígado não estão aumentados e glóbulos vermelhos e plaquetas normais.
Estágio Rai II - Linfocitose e aumento do baço (e, possivelmente, aumento do fígado), com ou sem aumento dos gânglios linfáticos. Glóbulos vermelhos e plaquetas normais.
Estágio Rai III - Linfocitose mais anemia, com ou sem aumento dos gânglios linfáticos, baço ou fígado. Plaquetas normais.
Estágio Rai IV - Linfocitose mais trombocitopenia, com ou sem anemia, aumento dos gânglios linfáticos, baço ou fígado.
Para fins práticos, os médicos separam os estágios Rai em 3 grupos:
Estágio 0 - Risco baixo.
Estágio I e II - Risco intermediário.
Fases III e IV - Risco alto.
Sistema de Estadiamento Binet
No sistema de estadiamento Binet, a leucemia linfoide crônica é classificada pelo número de grupos de tecido linfoide afetados (linfonodos cervicais, linfonodos inguinais, linfonodos axilares, baço e fígado) e pelo fato do paciente apresentar anemia ou trombocitopenia:
Estágio Binet A - Menos do que 3 áreas de tecido linfoide aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia.
Estágio Binet B - 3 ou mais áreas de tecido linfoide aumentadas, sem anemia ou trombocitopenia.
Estágio Binet C - Anemia ou trombocitopenia presente.
Ambos os sistemas de estadiamento são úteis e são utilizados há muitos anos.
Recentemente, os médicos entenderam que outros fatores também podem ajudar a prever o prognóstico de um paciente. Os fatores descritos a seguir não fazem parte de nenhum sistema de estadiamento formal atualmente, mas eles também podem fornecer informações úteis.
Fatores Prognóstico em Leucemia Linfoide Crônica
Existem outros fatores que ajudam a definir o prognóstico:
Fatores Prognóstico Adversos - Padrão difuso de envolvimento da medula óssea; idade avançada; sexo masculino; exclusões de partes de cromossomos 17 ou 11; altos níveis sanguíneos de substâncias, como beta-2-microglobulina; tempo de duplicação dos linfócitos menor que 12 meses; aumento da proporção dos linfócitos grandes ou atípicos no sangue; elevada percentagem de células que contêm ZAP-70 ou CD38; e, células com gene inalterado para imunoglobulina de cadeia pesada na região variável (IGHV).
Fatores Prognóstico Favoráveis - Padrão não difuso (nodular intersticial) do envolvimento da medula óssea; supressão de parte do cromossomo 13 (sem outras anormalidades cromossômicas); baixa proporção de células que contêm ZAP-70 ou CD38; e, e, células com gene inalterado para imunoglobulina de cadeia pesada na região variável (IGHV).
Os fatores prognóstico com base em testes de laboratório mais recentes, como a presença ou ausência de ZAP-70 e CD38, provavelmente se tornarão mais importantes ao longo do tempo, e podem, eventualmente, serem mais assertivos, particularmente, para pacientes em estágios iniciais da leucemia linfoide crônica.
Estadiamento da Leucemia de Células Pilosas (Tricoleucemia)
Não existe um sistema de estadiamento aceito para a leucemia de células pilosas.
Linfocitose Monoclonal B - Alguns pacientes têm linfócitos monoclonais no sangue, mas não o suficiente para ter o diagnóstico de leucemia linfoide crônica. Se alguém tem menos de 5.000 linfócitos monoclonais/mm3, valores normais de glóbulos vermelhos e plaquetas, sem aumento dos gânglios linfáticos (ou baço dilatado), ele tem uma condição denominada linfocitose monoclonal B. Essa condição não precisa ser tratada, mas cerca de 1 em cada 100 pacientes nessa condição precisará de tratamento para leucemia linfoide crônica.
Linfoma Linfocítico de Pequenas Células - As células do linfoma linfocítico de pequena células e da leucemia linfoide crônica têm a mesma aparência sob o microscópio e as mesmas proteínas marcadoras na superfície das células. Para ser diagnosticado como leucemia linfoide crônica, deve haver pelo menos 5.000 linfócitos monoclonais/por mm3 no sangue. Para que seja linfoma linfocítico de pequenas células, o paciente deve ter, ainda, aumento dos gânglios linfáticos ou um aumento do baço com menos de 5.000 linfócitos/mm3 no sangue.
Fonte: American Cancer Society (26/02/2015)
Exames de Imagem para Diagnóstico da Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 27/07/2015
Em pacientes com leucemia linfoide crônica, os exames de imagem são geralmente realizados para detectar infecções ou outros problemas, e não para a própria doença. Em alguns casos, podem ser realizados para determinar a extensão da enfermidade. Os principais exames utilizados são:
Tomografia Computadorizada
A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagens que utiliza a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de Raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia. 
Alguns exames de tomografia são realizados em duas etapas: sem e com contraste. A administração intravenosa do contraste é realizada quando se deseja observar mais claramente certos detalhes, tornando o diagnóstico mais preciso.
Este teste geralmente é realizado para diagnosticar se os gânglios linfáticos ou outros órgãos estão aumentados, ou ainda se células de leucemia estão em crescimento em outros órgãos.
Muitas vezes a tomografia é utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena.
Ressonância Magnética
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Este exame, além de permitir uma avaliação dos órgãos internos, sem a utilização de raios X, também

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