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Epidemiologia Geral

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Epidemiologia - 03/08
Definição: o estudo dos fatores que determinam a frequência e distribuição das doenças em 
populações humanas. É a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades 
humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde 
e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou 
erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde.
O que influencia diretamente na saúde brasileira?
1. Ministério da Saúde
2. Profissionais da saúde
3. População
4. Instituições Internacionais
5. Perfil epidemiológico regional
6. Empresas que investem em saúde e laboratórios
Quais os setores das empresas que investem em saúde e influenciam nela?
1. Setor farmacêutico
2. Setor alimentício
3. Setor da mídia
4. Indústrias de equipamentos de diagnóstico
5. Indústrias de equipamentos de tratamento
Doenças ⇢ pesquisas ⇢ estatística ⇢ epidemiologia
Método epidemiológico
1- Observação exata e matematizada da ocorrência de doenças ou de agravos à saúde
2- Interpretação correta
3- Explicação racional
4- Formulação da hipótese causal (relação entre as variáveis, sequência, consistência e 
coerência)
5- Verificação da hipótese formulada (epidemiologia analítica e epidemiologia experimental)
6- Interpretação dos resultados, ou conclusões
Característica de prevalência é feita por uma fórmula para determinar seu tipo (faixa endêmica): 
frequência média esperada + 2x as variáveis = frequência máxima permitida
frequência média esperada - 2x as variáveis = frequência mínima permitida
frequência máxima - frequência mínima = frequência esperada normal
1- Incidência → número de casos novos em uma população em determinado tempo. Ex: 
gastroenterite durante o verão.
2- Prevalência → número de casos no momento da pesquisa. Ex: hanseníase (10 anos de 
tratamento), longa duração.
Variáveis qualitativas: excludente. Ser mulher exclui ser homem.
Variáveis quantitativas: matematizado. Tabagismo: fuma 10 vs 20 vs 30 cigarros. Obesidade: 
tipo 1 vs 2 vs 3. Mesma classificação, mas diferentes graus de risco.
Analítica: compara resultados
Experimental: vai para o laboratório. Cuidado com a ética.
Relação entre felicidade e saúde.
Distribuição das doenças
Distribuição cronológicas: 
- Variação sazonal: em que os máximos e os mínimos ocorrem sempre no mesmo período. O 
fenômeno é considerado periódico e repete-se sempre na mesma estação do ano. Condições 
do tempo não dependente do calendário.
- Variação cíclica: um dado padrão de variação é repetido de intervalo a intervalo pelo 
nascimento de novas pessoas não sensibilizadas. Ex: sarampo/epidemia. Depois de 2 anos há 
chance de ter epidemia de sarampo? Não, pois a maioria da população já se imunizou após 
sobreviver à epidemia. E após 5-10 anos? Sim, pois novas crianças não imunizadas estão 
nascendo.
- Variação acidental: vazamento radioativo → câncer. Lavar corpos como tradição → ebola.
- Tendência secular: Com o passar do tempo outras medidas são tomadas para parar a 
incidência de uma doença. Depois de décadas ou séculos pode voltar a ter. Ex: tuberculose → 
por causa dos cortiços (moradias), desemprego, nível de medicina (resistência a remédios)
Distribuição espacial:
- Doenças características de determinados ecossistemas ou espacial: o tipo de ecossistema 
em cada espaço e da população que ali reside (intervenção humana)
- Doenças características de determinadas regiões
Distribuição pelas características pessoais:
- Nacionalidade
- Naturalidade
- Profissão
- Localização social
- Situação econômica
- Estado civil
- Religião
- Tipo de zona e residência
- Renda
- Hábitos
Pesquisa epidemiológica
Pode ser:
- Indutiva: o observador parte das observações e experiências já realizadas para elaborar 
teorias que expliquem os fenômenos observados.
- Dedutiva: parte das teorias já formuladas e aceitas, para testar suas hipóteses, mediante 
observação.
- Combinada: o pesquisador alterna as duas modalidades de pesquisa.
Fatores sociais:
- Socioeconômico
- Sociopolítico
- Sociocultural
- Psicossocial
Doenças
Epidemia: 
• Uma alteração espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma 
população, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e 
descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e 
reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.
• O numero de casos novos de uma doença em uma determinada população num determinado 
período de tempo é a incidência desta doença. Se nós pesquisarmos a incidência daquela 
doença em um determinado mês nos últimos dez anos e calcularmos sua média aritmética, 
teremos então a incidência mensal media daquela doença naquele mês determinado.
• A incidência mensal media é então a media aritmética das incidências encontradas nos mesmos 
meses.
• Para que possamos afirmar que estatisticamente uma incidência encontrada esteja 
sobrepujando a incidência mensal media a níveis provavelmente epidêmicos, é preciso que 
calculemos a incidência mensal media, o desvio-padrão, e a Freqüência Máxima Esperada 
daquele mês, daquela semana ou daquele dia.
• A Freqüência Máxima Esperada é conceitualmente a maior freqüência admitida como 
esperada para aquele período em foco. 
• A Freqüência Mínima Esperada é conceitualmente a menor freqüência admitida como normal 
para aquele período em foco. É a media das freqüências encontradas naquele mês nos últimos 
anos menos a quantidade de desvios-padrão que se queira trabalhar como margem de certeza 
estatística.
• Intervalo de Freqüência Esperado é o intervalo delimitado pela Freqüência Máxima Esperada 
e pela Freqüência Mínima Esperada dentro do qual estejam contidos os coeficientes de 
incidência com os percentuais de probabilidade que se queira trabalhar. É o espaço 
compreendido ao redor da média das frequências encontradas naquele mês nos últimos anos 
mais a quantidade de desvios-padrão, pra cima e/ou para baixo.
• Incidência Normal: é a incidência observada em igual período de tempo nos anos anteriores 
dentro dos limites das variações aceitas estatisticamente.
• Limite Superior da Incidência Normal
• Limite Inferior da Incidência Normal
• Faixa de Incidência Normal: faixa limitada superiormente pelo Limite Superior de Incidência 
Normal e por baixo pelo Limite Inferior de Incidência Normal.
Mecanismos de surgimento de uma epidemia:
- Importação e incorporação de casos alóctones à populações formadas por grande número de 
suscetíveis.
- Ingresso de casos alóctones em área cujas condições ambientais são favoráveis à 
propagação da doença.
- Contato acidental com agentes patógenos
- Modificações ocorridas na estrutura epidemiológica
Casos autóctones: casos de doenças que tiveram origem dentro dos limites do lugar em 
referência ou sob investigação.
Casos alóctones: são casos importados. O doente, atualmente presente na área sob 
consideração, adquiriu sua doença em outra região, de onde emigrou.
Fatores inerentes ao lugar: são os agentes etiológicos e as condições propiciatórias.
Fatores agregados: fatores que, até então inexistentes na área, foram trazidos de outros lugares 
ou foram gerados na própria área por modificação da estrutura epidemiológica.
Curva epidêmica:
- Incremento inicial de casos: o processo de saúde-doença passa de uma situação endêmica 
preexistente para uma situação epidêmica. Com a situação ainda em nível endêmico, observa-
se o incremento do número de casos, com o coeficiente de incidência tendendo para o limite 
superior endêmico.
- Egressão: quando, por algum descontrole ocorrido no equilíbrio endêmico anterior, os 
coeficientes de incidência ultrapassem o limite superior endêmico estabelecido, permanecendo 
acima deste limiar.- Progressão: ramo ascendente da curva epidêmica. Termina a fase quando o processo 
epidêmico chega ao seu clímax. Nela a incidência é progressivamente crescente acima do 
limiar epidêmico; sugere a ocorrência de um desequilíbrio acidental na estrutura 
epidemiológica; é um evento inesperado e descontrolado.
- Incidência máxima: quando o processo epidêmico diminui as suas chances de progressão, até 
que então se exaure. Neste ponto, ocorre o máximo da progressão epidêmica. A exaustão se 
deve a diminuição do número de suscetíveis, à diminuição progressiva do número dos que 
foram expostos a uma ocorrência acidental, da ação intencional de vigilância e controle e dos 
processos naturais de controle.
- Regressão: última fase na evolução da epidemia que tende a retornar aos valores iniciais de 
incidência, estabilizar-se em um patamar endêmico e regredir até incidência nula, incluída aí a 
erradicação.
 taxa de ataque. n* de doentes que tiveram contato com a causa provável x 100
 n* de pessoas que tiveram contato com a causa provável 
Tipos de epidemia:
- Epidemia explosiva ou maciça: ocorre com rápida progressão até atingir sua incidência 
máxima num curto espaço de tempo. Atingidos vários membros da comunidade num curto 
intervalo de tempo. Existem muitas fontes de contágio atuantes ao mesmo tempo ou uma única 
fonte de contágio que é capaz de atingir simultaneamente muitos membros de uma 
comunidade.
- Epidemia lenta: ocorrência é gradativa, de longa duração no tempo, com uma curva de 
progressão suavemente ascendente. Ocorre frequentemente com doenças cujo número de 
suscetíveis seja pequeno na comunidade ou quando os fatores de transmissão estejam pouco 
difundidos no ambiente.
- Epidemia progressiva ou propagada ou de contágio: difusão se dá “pessoa a pessoa” por 
via do contato direto ou por vetores. Embora não tenha a força inicial da epidemia explosiva, a 
epidemia progressiva ou propagada apresenta um crescimento geométrico.
- Epidemia por fonte comum: transmissão se dá através do contato direto do agente 
patogênico com os membros suscetíveis da comunidade. Nas epidemias por fonte comum não 
existe transmissão interpessoal da doença.
• Epidemia por fonte pontual: na qual o contato entre a fonte patogênica e a comunidade se 
dá durante um curto intervalo de tempo e não se repete. 
• Epidemia por fonte persistente: na qual o contato entre a fonte patogênica e a 
comunidade se dá por um longo período de tempo.
Surto epidêmico 
Surto epidêmico é a ocorrência de uma elevação brusca e inesperada de casos novos de uma 
doença, restrita a um espaço delimitado como uma escola, uma creche, um bairro ou um 
povoado. etc. A Epidemia pode durar dias, semanas, meses, anos ou décadas. O Surto sempre 
tem uma duração curta no tempo. A Endemia é ilimitada no tempo e a Pandemia se estende no 
espaço.
São controlados e são restritos à população exposta ao fator determinante da doença.
Endemia 
Qualquer doença espacialmente localizada, temporalmente ilimitada, habitualmente presente 
entre os membros de uma população e cujo nível de incidência se situe sistematicamente nos 
limites de uma faixa endêmica que foi previamente convencionada para uma população e épocas 
determinadas.
Ocorrência coletiva de uma determinada doença que acometem grupos humanos em espaços 
delimitados e caracterizados; é a presença constante de uma doença ou de um agente infeccioso 
em uma determinada área geográfica.
Localizada, existe há muito tempo e existe habitualmente em uma população.
- Diagrama de controle: dispositivo gráfico destinado ao acompanhamento no tempo da 
evolução dos coeficientes de incidência de uma determinada endemia, com o objetivo de 
vigilância epidemiológica e controle da doença.
- Endemicidade: medida da intensidade do caráter endêmico de determinada doença. Pode ser 
hipoendêmica, mesoendêmica e hiperendêmica. Ou comparativamente, de menor 
endemicidade, de igual endemicidade ou de maior endemicidade. 
- Estudo caso-controle: aborda associações etiológicas com doenças de baixa incidência. Este 
estudo inicia-se pelos doentes identificados, estabelecendo controles para eles e procura saber 
os níveis de exposição ao suposto fator de risco. Neste utiliza-se uma série de atividades com o 
objetivo de controlar as doenças, porém não consegue determinar o coeficiente de incidência.
- Estudo de coorte: capaz de abordar hipóteses etiológicas, produzindo medidas de incidência. 
A maioria dos estudos de coorte parte de observação de grupos expostos a fatores de riscos 
supostos como a causa da doença a ser detectada no futuro. Utiliza pessoas sadias como 
objeto de estudo.
- Letalidade: entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a 
morte das pessoas. Obtêm-se a letalidade calculando-se a relação entre o número de óbitos 
resultantes de determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas 
pela doença.
- Recidiva: reaparecimento da doença
Pandemia 
Fenômeno internacional que se caracteriza pela difusão através de várias regiões até abranger 
diversos países e/ou continentes de uma epidemia de maneira simultânea ou sucessiva.
Identificação de fatores etiológicos
- Sazonalidade: fenômenos periódicos e que se ou até dias esperados da semana e horas do 
dia.
- Incidência: termo em que a epidemiologia traduz a morbidade de uma população
- Prevalência: somatório das incidências em um determinado tempo. Refere-se ao número de 
casos novos e antigos.
- Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes 
populacionais e que se caracterizam por elevadas taxas de incidência, prevalência, mortalidade 
e anos de vida potencialmente perdidos.
- Transcendência: expressa-se por características que dão importância especial a doença ou 
agravo como severidade da doença, relevância social e econômica.
Notificação compulsória
É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feitas em autor idade sanitária 
por profissionais da saúde ou quaisquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção 
pertinente.
- Período pré-patogênese: é a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que envolvem, de 
um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, 
até que se chegue a uma configuração favorável à instalação da doença. Nesse período podem 
ocorrer situações que vão desde um mínimo de risco até risco máximo.
• Estrutura epidemiológica: o conjunto formado de fatores vinculados ao suscetível e 
ao ambiente, incluindo aí o agente etiológico, conjunto este dotado de uma organização interna 
que define as suas interações e também é responsável pela produção de doenças.
- Período de patogênese: se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos 
exercem sobre o ser afetado. Seguem-se pela perturbação bioquímica em nível celular e 
continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, 
cronicidade, morte ou cura.
• interação estímulo-suscetível (doença ainda sem desenvoltura, mas com todos os 
fatores necessários presentes)→ alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas (a 
doença já está implantada, mas sem manifestações clínicas, é o período de incubação) → 
sinais e sintomas (sinais da doença se tornam nítidos, estágio clínico) → defeitos 
permanentes, cronicidade (incapacidade física, lesões e abertura para novas doenças, morte, 
invalidez ou cura)
- Prevenção primária: se faz com a intercepção de fatores pré-patogênicos. Inclui: (a) Promoção 
da saúde e (b) Proteção específica.
• a) moradia adequada, escolas, áreas de lazer, alimentação adequada, educação 
em todos os níveis
• b) imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal e do lar, proteçãocontra 
acidentes, aconselhamento genético, controle dos vetores
- Prevenção secundária: realizada nos indivíduos, já sob a ação do agente patogênico, ao nível 
do estado da doença, e inclui: (a) Diagnóstico precoce; (b) Tratamento precoce; (c) limitação da 
invalidez. Prevenção recidivas das complicações 
• a) e b) inquéritos para descoberta de casos na comunidade, exames periódicos 
individuais, isolamento para evitar a propagação de doenças, tratamento para evitar a 
progressão da doença.
• c) evitar futuras complicações, evitar sequelas
- Prevenção terciária: consiste da prevenção da incapacidade através da reabilitação. 
Prevenção do óbito, das recidivas
• a) reabilitação, fisioterapia, terapia ocupacional, emprego para o reabilitado

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