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Leishmania - Aula 6

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Protozoário Leishmania sp. 
Profa. Joyce Fonteles 
Disciplina de Parasitologia 
Características Gerais:
Leishmanioses ou Leishmaníases: 
Grupo de doenças com caráter zoonótico (acomete o homem e diversas espécies de animais silvestres e domésticos).
Agente etiológico: Leishmania sp. 
Ciclo biológico – realizado em dois hospedeiros:
Vertebrado
Invertebrado 
 
2
 Classificação taxonômica 
Reino: Protista
Sub-reino: Protozoa 
 Filo:Kinetoplastida 
 Ordem: Trypanosomatida
Família: Trypanosomatidae
 Gêneros: Leishmania
3
 Classificação taxonômica 
Complexo Leishmania braziliensis
Leishmania braziliensis
Leishmania panamensis
Leishmania guyanensis
Leishmania peruviana 
Complexo Leishmania mexicana
Leishmania mexicana
Leishmania amazonensis
Leishmania pifanoi
Encontrada nas Américas 
Encontrada nas Américas 
4
 Classificação taxonômica 
Leishmaníases do Velho Mundo
Leishmania tropica
Leishmania major
Leishmania aethiopica
Complexo Leishmania donovani
Leishmania donovani
Leishmania infantum ou Leishmania chagasi
Encontrada nas Europa, Ásia e África 
5
 
Tipos de Leishmaniose
Formas sintomáticas 
Leishmaniose Tegumentar
LeishmanioseVisceral
Cutânea
Muco-cutânea
Cutânea-difusa 
6
 
Leishmaniose Tegumentar
Americana (LTA)
7
 Morfologia 
Apresenta-se sob duas formas principais:
PROMASTIGOTA
AMASTIGOTA
Encontrada no tubo digestivo dos hospedeiros invertebrados 
Encontrada dentro de células do Sistema Fagocitário Mononuclear dos hospedeiros vertebrados 
8
 Morfologia 
Forma Promastigota:
Forma alongada - medindo entre 14 e 20mm 
Região anterior possui um flagelo livre
Núcleo: ovóide ou esférico
Cinetoplasto: ovóide 
9
 Morfologia 
Forma Amastigota:
Forma ovóide ou esférica – medindo entre 2,1 e 3,2mm 
Núcleo: único, ovóide ou esférico
Cinetoplasto: em forma de bastonete 
Possui flagelo interno 
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 Hospedeiros
Hospedeiros invertebrados:
Insetos da subfamília Phlebotominae
Genêro: Lutzomyia (Américas) e Phlebotomus (África, Europa e Ásia) 
Mosquito-palha, birigui, tatuquira 
Hospedeiros vertebrados: Grande variedade de mamíferos: roedores, marsupiais (gambá), edentados (tatu, tamanduá, preguiça), canídeos e primatas, incluindo o homem 
11
 
Ciclo Biológico
12
Ciclo biológico
 Ciclo biológico – hospedeiro invertebrado
1. A infecção no inseto ocorre quando a fêmea pica o vertebrado e ingere macrófagos infectados por formas amastigotas.
2. Os macrófagos se rompem liberando as amastigotas que se transformam em promastigotas e se multiplicam dentro de uma matriz peritrófica (secretada pelas células do estômago do inseto).
3. Após a digestão do sangue, a matriz peritrófica se rompe liberando as promastigotas. 
 Ciclo biológico – hospedeiro invertebrado
4. Promastigotas se fixam ao epitélio intestinal pelo flagelo. 
5. Migram para a parte anterior do tubo digestivo, atingindo o estágio infectivo – promastigotas metacíclicas. 
 Ciclo biológico – hospedeiros vertebrados 
1. Fêmea infectada realiza novo repasto sanguíneo e regurgita formas promastigotas metacíclicas na pele do mamífero.
2. Formas promastigotas são fagocitadas por macrófagos da pele, alojando-se no interior dos vacúolos parasitóforos.
 3. Transformam-se em amastigotas e sofrem divisão binária. 
4. Liberação das formas amastigotas no meio extracelular. 
 
Patogenia e Imunidade 
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Fatores de virulência 
 Formas Promastigotas: 
Lipofosfoglicano (LPG)
Evitar o ataque das proteínas do sistema complemento
LPG se une a receptores presentes nos macrófagos
Proteína gp63
Evita a lise celular, inativando a subunidade C3b do complemento. 
18
 
Fatores de virulência 
Formas Amastigotas: 
Produzem as enzimas catalase e superóxido dismutase que degradam metabólitos oxidativos tóxicos do macrófago.
Acidofílicas e resistentes às hidrolases lisossomais = conseguem sobreviver no pH ácido do fagolisossomo. 
proteína gp63: degrada enzimas lisossômicas. 
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Epidemiologia 
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Leishmaniose tegumentar americana (LTA)
A Organização Mundial da Saúde considera a leishmaniose como uma das seis doenças mais importantes do mundo, por sua alta prevalência e pelas deformidades que ela provoca (Ministério da Saúde, 2007).
Estima-se que ocorram 2 milhões de novos casos da doença, anualmente, sendo de 1-1,5 milhões de casos de leishmaniose cutânea e 500 mil de leishmaniose visceral. 
Gota espessa – mais utilizado. 
21
 
Leishmaniose tegumentar americana (LTA)
Doença tropical
Endêmica na América Latina, África e Ásia
Brasil: todos os estados com maior incidência na região Norte
Estado do Ceará (2013) = 514 casos e 4 óbitos 
Gota espessa – mais utilizado. 
22
 
Formas clínicas 
23
 
Resposta Th1
IL-2, INF-γ, IL-12 e TNF-α 
Resposta Th0
(resposta exagerada)
Resposta Th2
IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10
24
 
Leishmaniose cutânea localizada
Lesões ulcerosas, indolores, únicas
25
 
Leishmaniose cutânea disseminada 
Leishmaniose cutânea disseminada: variação da forma cutânea e está associada a pacientes imunossuprimidos. 
Gota espessa – mais utilizado. 
26
 
Leishmaniose cutânea-mucosa
Lesões mucosas agressivas que afetam as regiões nasofaríngeas 
Gota espessa – mais utilizado. 
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Leishmaniose cutâneo-mucosa
Gota espessa – mais utilizado. 
28
 
Leishmaniose cutânea difusa 
Apresenta múltiplas lesões difusas não ulceradas, também chamada de forma lepromatosa 
Gota espessa – mais utilizado. 
29
 
Gota espessa – mais utilizado. 
30
 
Diagnóstico Laboratorial
31
 
Diagnóstico Laboratorial
Visualização microscópica do parasito:
Exame direto da borda da lesão em esfregaços corados com Leishman ou Giemsa. 
Exame histopatológico 
Cultura : meio NNN (Nicolle-Novy-MacNeal) e LIT (Liver Infusion Triptose) associado à antibióticos (24-26˚C). 
Gota espessa – mais utilizado. 
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Diagnóstico Laboratorial
Visualização microscópica do parasito:
AMASTIGOTA
PROMASTIGOTA
Gota espessa – mais utilizado. 
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Diagnóstico Imunológico
Teste intradérmico ou Intradermorreação de Montenegro:
 Baseada na visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada 
 Utilização de antígeno promastigota de leishmânias 
 Injeta-se 0,1 a 0,2mL do antígeno e faz-se a leitura no 3º dia
 Positividade indicada pelo aparecimento de pápula eritematosa igual ou maior que 5 milímetros.
Gota espessa – mais utilizado. 
34
 
Diagnóstico Sorológico e Molecular 
Imunofluorescência indireta (IFI) 
Teste imunoenzimático (ELISA) 
PCR
Gota espessa – mais utilizado. 
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Profilaxia e tratamento
36
 
Controle 
 Uso de inseticidas e dedetização 
 
Construção de casas a uma distância mínima de 500 m da mata 
Utilização de repelentes e mosquiteiros 
 Controle dos animais reservatórios
Gota espessa – mais utilizado. 
37
 
Tratamento 
 Antimonial pentavalente: 
Glucantime: diariamente durante 20 dias (intramuscular) 
Anfotericina B 
Endovenosa 
Tratamento diário ou três vezes por semana durante 3 a 12 semanas
Gota espessa – mais utilizado. 
38
Obrigada!!! 
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