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DOENÇA DE BOWEN EPIDEMIOLOGIA Paciente típico é o caucasiano; Idade varia entre 40 e 60 anos; Acomete mais mulheres que homens. ETIOLOGIA Exposição crônica à irradiação solar e ao arsênico inorgânico; Predisposição genética. Tem sido ainda incriminados alguns tipos de HPV Carcinoma espinocelular in situ Eritroplasia de Queyrat: denominação dada à lesão aveluldada, em placa, localizada no pênis – equivalência da doença de Bowen em mucosas. CLÍNICA Predomínio em áreas fotoexpostas (face, tronco e membros); Lesão tem crescimento centrífugo lento; Assintomático na fase inicial, com prurido dor e sangramento na fase tardia. Placa de 1 a 8 cm de diâmetro, geralmente única, eritrematoescamosa, bordas bem delimitadas, contornos irregulares, pouco ou nada infiltrada, de superfície úmida. Em 20% dos pacientes as lesões são múltiplas. Ulceração, sangramento e vegetação são sinais de transformação para CEC que ocorrem em 10% das lesões DIAGNÓSTICO Suspeita clínica confirma pela histopatologia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Carcinoma basocelular supercial (ausência de perolação nas bordas); Paulose bowenoide; Doença de Paget. TRATAMENTO Excisão cirúrgica é a melhor conduta Dependendo do aspecto, localização e tamanho, podem ser empregados: crioterapia, curetagem com cauterização, creme com imiquimode a 5% ou terapia fotodinâmica. CERATOSE SEBORREICA EPIDEMIOLOGIA Lesão benigna; Comum na idade adulta; Sem distinção dos sexos. ETIOLOGIA Desconhecida; Apresenta predisposição hereditária – provável herança autossômica dominante. CLÍNICA Surge em qualquer parte do corpo com exceção das mucosas e da região palmoplantar, mais comumente na face, tronco e pescoço; Pápulas de alguns milímetros até três centímetros de diâmetro; Cor varia de castanho a preto; Aparência verrucosa, superfície irregular, e quando sofrem atrito com a unha desprendem escamas grossas; Caráter benigno, porém o aparecimento súbito de múltiplas lesões pode ser uma manifestação paraneoplásica – sinal de Leser-Trélat. DIAGNÓSTICO Clínico confirmado por histopatológico. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Ceratose actínica; Nevo pigmentar; CBC; Melanoma. TRATAMENTO Indicado para fins estéticos; Eletrocoagulação superficial e curetagem; Crioterapia ou aplicação do ácido tricloroacéticoo nas lesões mais planas. ACNE EPIDEMIOLOGIA Doença dermatológica mais comum em adolescentes; Afeta aproximadamente 80% dos jovens entre 12 e 18 anos; Predomínio no sexo feminino; As formas mais graves aparecem preferencialmente em homens. ETIOLOGIA Doença multifatorial que atinge a unidade pilossebácea; Predominantemente na face, região peitoral e dorso; Fisopatogênese: seborréia, hiperceratose do óstio folicular, aumento da população Propionibacterium acnes e reação inflamatória; As glândulas sebáceas são estimuladas pelo aumento dos andrógenos gonodais; O P. acnes que habita o folículo sebáceo, está aumentado em número e produz lipases que hidrolisam triglicerídeos do sebo em ácidos graxos livres, promotores da inflamação; Fatores genéticos também foram identificados; Fatores emocionais como agravantes da acne também foram esclarecidos; A interação de todos esses elementos leva à formação de microcomedão, comedão, pápulas e nódulos; A lesão inicial é o micromomedão. CLÍNICA Classificação quanto a lesão clínica predominaste: Comedoniana: leve, moderada e intensa Papulopustulosa: leve, moderada e intensa Nodulocística: leve, moderada e intensa Dois tipos de acne grave merecem destaque: Acne conglobata: forma grave nodulocística, qm que as lesões se intercomunicam, formando fístulas; Acne fuminans: necrose de áreas extensas, acompanhada de comprometimento sistêmico DIAGNÓSTICO Exame clínico DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Rosácea; Erupcção acneiforme; Foliculite; Efeito adverso pelo uso de antibioticoterapia prolongada. TRATAMENTO Tratamento tópico: Retinóides; Peróxido de benzoíla; Antibióticos; Fototerapia. Tratamento sistêmico: Antibióticos: tetraciclinas ou macrolídeos; Isotretinoina oral: única medicação que atua em todos os fatores etiopatogênicos da acne Corticoides sistêmicos em casos graves. As cicatrizes necessitam de tratamento individualizado de acordo com o seu tipo. DERMATOMIOSITE EPIDEMIOLOGIA Formas juvenil e adulto; Predileção pelo sexo feminino na forma adulta, não há predileção na forma infantil. ETIOLOGIA Doença auto imune; Lesões cutâneas Miopatia inflamatória proximal e simétrica. CLÍNICA Lesões clássicas localizadas nas pálpebras e sobre as superfícies extensoras das articulações; Inicialmente há edema e enduração da pele, que evolui com afinamento da epiderme e atrofia dos anexos cutâneos, perda de pelos, telangiectasias e alterações pigmentares; Heliotropo – edema periorbital eritrematovioláceo – presente em 75% dos casos; Rash malar; Fotossensibilidade; Pápulas de GOTTRON: pápulas eritrematosas, levemente descamativas, brilhantes, podendo evoluir para atrofia na superfície dorsal das articulações interfalangianas ou metacarpofalangianas. Lesões podem aparecer ainda em cotovelos, joelhos, maléolos e coluna cervical. No curso da doença as lesões se tornam hipopigmentadas e apresentam telangiectasias; Fenômenos de raynaud ocorre em 20% dos casos A calcinose - formação de depósitos de cálcio em qualquer tecido mole – ocorre nas formas juvenis e nas fases tardias da doença; Telangiectasias periungueais; Sintomas musculares: mialgia intensa, fraqueza da musculatura proximal coxofemorais e escapaloumerais; DIAGNÓSTICO Clínico Pesquisa de anticorpos antinucleares e anti-sintetases. Biopsia muscular; Eletromiografia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL LES; Psoríase; Esclerodermia; Linfoma. TRATAMENTO Protetor solar; Corticoide sistêmico com desmame; Imunossupressor. LUPUS ERITREMATOSO Doença de etiologia desconhecida, multissistêmica. Afeta a pele, as articulações, os rins, o SNC e principalmente, caracteriza-se pela presença de anticorpos anti-nucleares.. As manifestações cutâneas podem ser específicas ou inespecíficas. Entre as primeiras temos: LE cutâneo agudo, subagudo e crônico. LUPUS ERITREMATOSO CUTÂNEO CRÔNICO CONCEITO Lesões eritrematoatróficas, com hiperceratose característica dos infundíbulos pilosos, também chamado de lúpus discoide; Em geral estas lesões estão presentes em quadros de evolução benigna restritos à pele, em 5 a 10% dos casos estão associados à LES. EPIDEMIOLOGIA Mais frequente na mulher adulta jovem; Não tem pereferencia regional ou racial; Parece ter conotação genética. ETIOLOGIA Causa desconhecida com fatores, com fatores genéticos e predisponentes já relatados Presença de anticorpos antinucleares (ANA) em 1/3 dos casos; CLÍNICA Lesões eritrematoedematosasno início, com evolução para atrofia central e crescimento centrífugo Discreta ceratose folicular – sensação de aspereza; Frequentemente há telangiectasias Acromia ou hipercromia como achados secundários; Aspecto discoide ou arredondado medindo de alguns milímetros a alguns centímetros de diâmetro. Pode atingir áreas maiores desfigurando a pessoa; Os sítios preferenciais são as áreas fotoexpostas. DIAGNÓSTICO Baseado no aspecto morfológico da lesão; Histopatologia e fluorescência selam o diagnóstico. EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO Basicamente crônica; Aparececimento de lesões em períodos diferentes, com morfologias diferentes; Pode surgir CEC em lesões discoides de longa duração; O aparecimento de febre, artralgias, alopecia difusa e outros sintomas indica provável transformação para a forma sistêmica. TRATAMENTO Em caso de poucas lesões corticoides locais; Nos casos de múltiplas lesões antimaláricos são indicados; A talidomida dá bons resultados, devendo ser evitada em mulheres em idade fértil. LUPUS ERITREMATOSO CUTÂNEO SUBAGUDO CONCEITO Fotosensibilidade marcante e lesões principalmente em áreas foto expostas; EPIDEMIOLOGIA 5 a 10% dos pacientes com lupus; Quase a metade dos pacientes com LECSA apresenta a doença sistêmica; As mulheres são mais afetadas que os homens. ETIOLOGIA Pode ser desencadeada por drogas; É característica a presença de anticorpos anti-Ro/SS-A e anti-La/SS-B CLÍNICA Lesões cutâneas policíclicas, anulares ou psoriasiformes, generalizadas ou não; Fotossensibilidade característica; Manifestações sistêmicas discretas; É típico o aspecto vitiligoide com descamação, o que permite a diferenciação com o vitiligo. DIAGNÓSTICO ANA presente na metade dos pacientes; Anti-Ro/SS-A é observado em 65% dos casos; Anti-La/SS-B também é frequente. Histopatologia e imonofluorescência direta completam o diagnóstico; EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO Curso clínico é relativamente benigno; Progridem basicamente com lesões cutâneas e articulares eu respondem bem ao tratamento. TERAPÊUTICA Fotoproteção absoluta e retirada do medicamento implicado; Corticoesteróides tópicos em lesões pequenas; Uso de antimaláricos é obrigatório Pode-se usar corticoide sistêmico. LUPUS ERITREMATOSO AGUDO CONCEITO Apresenta as lesões cutâneas do LES, apesar de inicialmente não estar instalado; O LES é uma doença de etiologia desconhecida, com períodos de exacerbação e alcamia, caracterizada por comprometimento multissistêmico, com exuberância de anticorpos e em muitos casos letal. EPIDEMIOLOGIA Doença universal; Mais frequente em negros; Maior prevalência em mulheres; Entre a segunda e quarta década; Parece haver predisposição genética. CLÍINICA Início polissintomático – fadiga, febre, lesões cutâneas, dores articulares, emagrecimento, oligo ou monossintomático; Pode existir apenas febre de origem desconhecida; Embora possam ser encontradas eventualmente lesões típicas do lúpus discoide, outras manifestações cutâneas de LE presentes; Tamanho das lesões varia, a localização preferencial é na face, sobretudo com a morfologia em asa de borboleta; Alopecia difusa e as vezes intensa; Fenômeno de Raynaud pode ser a primeira manifestação da doença ou surgir durante a evolução desta; Comprometimento articular é a mais frequente manifestação do LES; Pericardite em 35% dos casos; Comprometimento pleuropulmonar, aparelho gastrointestinal, sistema nervoso, ocular e hematológicas também são presentes. DIAGNÓSTICO O diagnóstico é confirmado frente à presença de 4 ou mais dos critérios: 1. Lesão em asa de borboleta; 2. Lesões discoides; 3. Fotossensibilidade; 4. Ulcerações orais e nasofaríngeas; 5. Artrite não erosiva comprometendo duas ou mais articulações periféricas; 6. Serosite, pleurite ou pericardite; 7. Alterações renais persistentes: proteinúria>0,5 g/dia persistente, cilindrúria; 8. Alterações neurológicas: convulsões ou psicose; 9. Alterações hematológicas: anemia hemolítica ou leucopenia<4000/mm3 ou linfopenia<1500/mm3 ou trombocitopenia <100000/mm3; 10. Alterações imunológicas: presença de anti-DNA de cadeia dupla ou anti- Sm ou de anticorpos antifosfolipídios; 11. Títulos elevados de anticorpos antinucleares em qualquer época da investigação EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO Dependem dos órgão afetados. TERAPÊUTICA Fotoproteção Antimaláricos - cloroquina Corticoesteróides nas formas agudas e iniciais da doença; Rituximabe- anticorpo monoclonal anti-CD20; Aines para manifestações articulares. VITILIGO EPIDEMIOLOGIA Todas as raças e ambos os sexos são acometidos igualmente; Transmissão poligênica com penetração variável. ETIOLOGIA Três hipóteses aceitas: Teoria auto-imune: presença de anticorpos contra antígenos dos melanócitos; Teoria da autocitotoxidade: moléculas precursoras da formação de melanina levariam à morte do melanócito; Teoria neurogênica: fundamenta-se na ligação entre o s melanócitos e terminações nervosas frequentemente encontrada nos pacientes; CLÍNICA Manchas inicialmente hipocrômicas que evoluem para acromia, com bordas côncavas. Iniciam-se geralmente nas áreas fotoexpostas como face, pescoço e mãos As lesões podem ter três cores, configurando o denominado vitiligo tricrômico (centro acrômico, margens hipercrômicas, e pele normal ao redor); Pode ser: Generalizado: acomete face, pescoço, tronco, mãos, genitália, joelhos e cotovelos, com distribuição simétrica, sendo responsável por 70% dos casos; Universal: acomete todo ou quase todo o corpo; Acrofacial/acral: limitado à face e/ou extremidades; Lip-tip: lábio e pontas dos dedos, podendo acometer genitália, mamilo e ânus; Focal: limitado a um ou dois locais do corpo; Segmentar: localizado em único local; Fenômeno de Kebner - Um trauma em região de pele sã desencadeia, nesta, o surgimento de lesões do mesmo tipo das encontradas em outro local do corpo - ocorre especialmente nos períodos de atividade da doença; Vitiligo estável: não há lesão nova durnate um ano. DIAGNÓSTICO Clínico. TRATAMENTO Medicamentos tópicos: corticoesteróides, imunomoduladores, psoralenos; Fototerapia; Corticoide sistêmico para os casos em franca atividade.
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