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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro GABARITO Avaliação Presencial – AP3 Período - 2015/2 o Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações Coordenador: Luís Henrique Abegão 1. a) (Valor 2,0) De que forma a perspectiva de Hegel sobre a filosofia, como apresentado acima, traça um paralelo com o conceito de ética? Resposta: Certamente o aspecto da consideração de Hegel sobre a filosofia que, de imediato, nos remete ao conceito de ética é a sua perspectiva universal. A ética, por assumir o papel de questionadora da moral – esta vinculada à cultura de um dado grupo social –, busca estabelecer diretrizes universais para a conduta humana. Mas, a ética também pode ser definida como um conhecimento objetivo e neutro, além de universal. Afinal, a ética é um ramo da filosofia, também conhecido como filosofia moral. b) (Valor 2,0) Os trechos acima tratam de filosofia e ciência como conhecimentos objetivos, neutros e universais. Tomando o que foi discutido nas Aulas 3 e 4, o que distingue filosofia de ciência? Resposta: Mesmo considerando que ambas, ciência e filosofia, são expressões de um conhecimento objetivo, neutro e universal, há distinções quanto aos seus objetos e métodos de investigação. Para a filosofia os objetos são os conceitos, as idéias, que podem ser perscrutados pela razão sem limites. Já a ciência, define seus objetos de antemão, traça hipóteses sobre eles e os submete a relações de causa e efeito, com o propósito de compreendê-los. Quase sempre os objetos da ciência são escolhidos em razão de interesses pragmáticos. Quanto aos métodos, a ciência, ao contrário da filosofia, utiliza-se de métodos científicos capazes de gerar comprovação empírica a respeito dos fatos investigados. Mas, remetendo a questão à discussão das aulas 3 e 4, podemos dizer que apesar de muitas vezes a ciência reivindicar um tipo de neutralidade quanto à sua susceptibilidade a influências externas nas pesquisas, ela é construída socialmente e está sujeita aos valores pessoais dos pesquisadores, influências políticas, interesses financeiros e comerciais, entre outros. Portanto, é muito difícil defender, de modo incondicional, a neutralidade da ciência ou pretender que se conquiste essa condição. Mesmo porque, sempre haverá a influência das convicções pessoais do cientista na avaliação de ações alternativas na condução de suas pesquisas. A influência dos interesses na condução da ciência é manifesta quando tratamos de tecnociência, que consiste exatamente nessa conversão dos conhecimentos científicos em aparatos tecnológicos segundo interesses que podem ser comerciais, políticos ou institucionais. 2. a) (Valor 2,0) Friedman, no trecho acima, fala da Responsabilidade Social do Capital, do Trabalho e da Sociedade como um todo. Comparando sua visão quanto à Responsabilidade Social dos cidadãos e a discussão da Aula 7, em especial a perspectiva de Hans Jonas sobre a Economia, quais são os pontos divergentes entre a visão de Friedman e a de Jonas? Resposta: Na visão de Friedman, a responsabilidade dos cidadãos consiste em “...estabelecer uma estrutura legal com características tais que um indivíduo, ao promover seus próprios interesses, seja, como diz Adam Smith, „levado por mão invisível a promover um fim que não fazia parte de suas intenções...‟”. Isto é, para Friedman, defender os interesses privados é a melhor forma de defender os interesses coletivos. Jonas tem uma visão divergente, quiçá oposta a de Friedman, pois para ele a economia está assentada sobre a meta-compromisso da garantia das condições de vida para todos os implicados, dependendo, para tal, de uma intrincada rede de cooperação. Sendo assim, na perspectiva de Jonas, todos os cidadãos devem assumir a responsabilidade pelo bem-estar de todos. Esse deveria ser o propósito da economia e todos deveriam contribuir para a sua consecução. b) (Valor 2,0) A visão de Friedman sobre a Responsabilidade Social das empresas é considerada como a visão clássica da RSC. Considerando a visão mais recente, em que ela difere da de Milton Friedman? Resposta: Enquanto para Friedman a Responsabilidade Social do Capital consiste em gerar o maior lucro possível para seus acionistas, observando os princípios da legalidade, a visão mais recente da RSC incorpora a perspectiva da sustentabilidade e considera que o capital também deve assumir a responsabilidade por garantir as condições para que as gerações futuras possam satisfazer suas necessidades como nós hoje o fazemos. Neste sentido, o capital deve incorporar a perspectiva da ética nos negócios e considerar a sua contribuição para a manutenção ou melhoria das condições ambientais, sociais, político-insticionais e econômicas. 3.: a) (Valor 1,0) Qual a função o código moral de uma organização? Resposta: A função do código moral de uma organização é o de estabelecer regras de conduta que possam orientar todas as relações empresarias, sejam internas ou externas. A moral de uma empresa é a manifestação de seus valores, que uma vez postos em prática dão consistência à cultura organizacional. O código moral espelha essa cultura e define, em termos práticos, a vivência dos valores organizacionais. b) (Valor 1,0) Aponte três aspectos que devem ser observados no processo de construção ou revisão do código moral de uma organização para que ele seja efetivo em sua função. Resposta: O aspecto mais importante diz respeito à forma como o processo de construção ou revisão do código é conduzido, pois deve-se garantir a participação, sobretudo, dos colaboradores, numa perspectiva dialógica de construção o código. Outro aspecto relevante refere-se ao fato de que o código não deve ser visto como uma coletânea de normas com suas respectivas punições em caso da não observância das mesmas. O código deve ser antes um guia para a ação. Outro fato que contribui para o sucesso do código diz respeito à sua observância pelos dirigentes da organização, os quais devem se envolver inclusive no processo de confecção e revisão do código.
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