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Processo Administrativo Federal - Lei nº 9.784/99

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 06 - Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 
Olá! 
 
Hoje veremos o seguinte: 
 
AULA 06 
Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784, de 29 de 
janeiro de 1999). 
 
Então, vamos ao que interessa. 
 
 
S U M Á R I O 
 
1. Processo Administrativo .............................................................................................. 2 
1.1 Princípios ................................................................................................................... 3 
1.2 Direitos e deveres dos Administrados ....................................................................... 5 
1.3 Fases do Processo Administrativo ............................................................................. 6 
1.3.1 Instauração ............................................................................................................. 7 
1.3.2 Competência ........................................................................................................... 8 
1.3.3 Do impedimento e suspeição .................................................................................. 9 
1.3.4 Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo ................................................... 10 
1.3.5 Da comunicação dos atos ..................................................................................... 12 
1.3.6 Instrução ............................................................................................................... 13 
1.3.7 Relatório ............................................................................................................... 16 
1.3.8 Decisão .................................................................................................................. 17 
1.3.9 Motivação .............................................................................................................. 17 
1.4 Extinção do Processo ............................................................................................... 18 
1.5 Recurso Administrativo ............................................................................................ 18 
1.6 Revisão ..................................................................................................................... 20 
1.7 Dos prazos ................................................................................................................ 21 
2. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................... 22 
3. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................................... 115 
4. GABARITO ................................................................................................................ 146 
 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 06 - Processo Administrativo 
Prof. Edson Marques 
 
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1. Processo Administrativo 
 
A Lei nº 9.784/99 é lei federal que institui normas básicas 
sobre processo administrativo, tendo por finalidade a proteção dos 
direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos fins da 
Administração, tendo sido recepcionada integralmente pela Lei Distrital 
nº 2.834/2001. Em seu art. 1º dispõe que: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
 
Trata-se de uma lei que estabelece normas gerais sobre 
processo administrativo. Por isso, não revogou as demais leis específicas, 
aplicando-se apenas supletivamente às demais espécies de processos 
administrativos (Processo Administrativo Disciplinar, Processo 
Administrativo Fiscal, Processos Regulatórios etc). 
 
Destaca-se, ademais, que essa Lei é aplicável 
exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal, mas 
que por força da recepção também será aplicada ao DF, seus 
órgãos e entidades, aplicando-se inclusive no âmbito do Poder Judiciário 
e Legislativo no exercício da função administrativa. 
 
Significa dizer que não se aplicará aos Poderes Legislativo 
e Judiciário quando se tratar de suas funções típicas, ou seja, não se 
aplica ao processo legislativo, tampouco aos processos judiciais. 
 
Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que é 
cabível a aplicação da Lei nº 9.784/99 aos demais entes federativos de 
modo supletivo, ou seja, na ausência de lei própria, pode ser aplicada 
supletivamente a Lei federal. 
 
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A propósito, para parte da doutrina essa Lei é mais do que 
uma norma sobre processo administrativo, é, verdadeiramente, uma lei 
sobre direito administrativo. 
 
Observe que a Lei traz algumas definições importantes, 
conforme seu art. 2º, ao estabelecer que órgão é a unidade de atuação 
integrante da estrutura da Administração (direta ou indireta), que 
entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, e 
autoridade, o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos 
dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no 
desempenho de função administrativa. 
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de 
poder de decisão. 
 
1.1 Princípios 
 
De forma primorosa, a Lei de Processo Administrativo 
cataloga uma série de princípios que orientam a atuação no processo 
administrativo, tais como: Interesse Público, Legalidade, Finalidade, 
Moralidade, Eficiência, Razoabilidade, Proporcionalidade, 
Motivação, Ampla Defesa, Contraditório, Segurança Jurídica. 
 
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Esses princípios, de forma geral, são os constantes da 
própria Constituição Federal, de forma expressa ou implícita. Por isso, a 
doutrina administrativa tem entendido que tais princípios, orientadores 
do processo administrativo, são, em verdade, princípios aplicáveis à 
atividade da Administração Pública. 
 
Em decorrência desses princípios orientadores do processo 
administrativo, a Lei nº 9.784/99 estabeleceu os denominados critérios, 
os quais são, de igual de forma, princípios administrativos, 
compreendendo: 
 
Jurisdicidade/Legalidade: atuação conforme a lei e o Direito; 
 
Finalidade/Interesse público: atendimento a fins de 
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes 
ou competências, salvo autorização em lei; 
 
Impessoalidade: objetividade no atendimento do interesse 
público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; 
 
Moralidade: atuação segundo padrões éticos de probidade, 
decoro e boa-fé; 
 
Publicidade: divulgação oficial dos atos administrativos, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; 
 
Proporcionalidade/razoabilidade:adequação entre meios e 
fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público; 
 
Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão; 
 
Formalismo: observância das formalidades essenciais à 
garantia dos direitos dos administrados; 
 
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Formalismo moderado: adoção de formas simples, suficientes 
para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito 
aos direitos dos administrados; 
 
Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à 
comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos, nos processos de que 
possam resultar sanções e nas situações de litígio; 
 
Vedação de custas ou depósito prévio: proibição de 
cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em 
lei; 
 
Impulsão oficial: impulsão, de ofício, do processo 
administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; 
 
Interpretação teleológica e segurança jurídica: 
interpretação da norma administrativa da forma que melhor 
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação. 
 
Observe, portanto, que alguns princípios então implícitos 
na Constituição se tornaram expressos por força da Lei nº 9.784/99. 
 
1.2 Direitos e deveres dos Administrados 
 
Em sua parte específica a Lei de Processo Administrativo 
dispõe expressamente de alguns direitos dos Administrados. 
 
Nesse sentido, dispõe que é direito do administrado de ser 
tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações. 
 
Assegura também o direito de ter ciência da tramitação 
dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, 
ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e 
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conhecer as decisões proferidas, bem como de formular alegações e 
apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de 
consideração pelo órgão competente. 
 
E, ainda, o direito de se fazer assistir, facultativamente, 
por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de 
lei, conforme art. 3º que assim estabelece: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o 
cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos 
em que tenha a condição de interessado, ter vista dos 
autos, obter cópias de documentos neles contidos e 
conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
É importante dizer que, além de direitos, os administrados 
terão deveres que compreendem: 
 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e 
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
1.3 Fases do Processo Administrativo 
 
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O processo administrativo realiza-se sob as seguintes 
fases: a) instauração; b) competência; c) instrução; d) relatório; 
e) decisão 
 
1.3.1 Instauração 
 
O processo administrativo pode se deflagrado de ofício ou 
a pedido do interessado. Neste caso, a pedido, será formulado por meio 
de requerimento que deverá observar os requisitos legais, conforme art. 
6º, que assim dispõe: 
 
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos 
em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado 
por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de 
comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de 
seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu 
representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa 
imotivada de recebimento de documentos, devendo o 
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de 
eventuais falhas. 
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão 
elaborar modelos ou formulários padronizados para 
assuntos que importem pretensões equivalentes. 
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de 
interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, 
poderão ser formulados em um único requerimento, salvo 
preceito legal em contrário. 
 
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Com efeito, a Lei 9.784/99, em art. 9º, elenca os 
legitimados, ou seja, interessados a requerer a abertura de processo 
administrativo, sendo: 
 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou 
no exercício do direito de representação; 
 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, 
têm direitos ou interesses que possam ser 
afetados pela decisão a ser adotada; 
 
III - as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
 
IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses 
difusos. 
 
1.3.2 Competência 
 
Na condução do processo administrativo, a Lei estabelece 
a competência, ou seja, o poder legal conferido a um órgão ou agente 
público para realização de certos atos. 
 
Nesse sentido, cumpre dizer que a competência tem uma 
característica fundamental, que é ser irrenunciável, embora possa ser 
objeto de delegação ou avocação quando legalmente admitido. 
 
Com efeito, a competência poderá ser delegada a outro 
órgão ou titular, subordinado ou não, por circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial, salvo quando se tratar de: 
 
ƒ Edição de atos de caráter normativo; 
ƒ Decisão de recursos administrativos; 
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ƒ Matérias de competência exclusiva; 
 
Nos termos do art. 14 da Lei, a delegação e sua revogação 
deverá ser publicada no meio oficial, podendo a delegação ser revogável 
a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
 
O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos 
da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício 
da atribuição delegada, e o ato considera-se editado pelo delegado, 
conforme o seguinte: 
 
Art. 14. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas 
pelo delegado. 
 
Permite-se, ainda, em caráterexcepcional e por motivos 
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Ademais, cumpre ressaltar que, inexistindo competência 
legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a 
autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
1.3.3 Do impedimento e suspeição 
 
Conforme art. 18 da Lei 9.784/99 é impedido de atuar em 
processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
 
x Tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
 
x Tenha participado ou venha a participar como perito, 
testemunha ou representante, ou se tais situações 
ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente 
e afins até o terceiro grau; 
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x Esteja litigando judicial ou administrativamente com 
o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. 
 
 Assim, é dever do agente ou autoridade, conforme o art. 
19, de comunicar tal fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, 
na medida em que a omissão do dever de comunicar o impedimento 
constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
 
A suspeição do servidor ou autoridade poderá ser quando 
tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados 
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 
terceiro grau, conforme o seguinte: 
 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de 
autoridade ou servidor que tenha amizade íntima 
ou inimizade notória com algum dos interessados 
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, 
parentes e afins até o terceiro grau. 
 
Observe-se que o indeferimento de alegação de suspeição 
poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo, conforme art. 21 da 
Lei 9.784/99. 
 
1.3.4 Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo 
 
Os atos do processo administrativo não dependem de 
forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Significa 
dizer que a forma não é essencial senão quando a lei a exigir como tal. 
 
Por isso, quando a lei não estabelecer que a forma é 
essencial e se o ato for praticado por outra forma, mas alcançar sua 
finalidade, não haverá nulidade. 
 
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A Lei, em seu artigo 22, estabelece uma série de 
exigências, quanto à forma, tempo e local dos atos do processo 
administrativo. Assim, quanto à forma dispõe: 
 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem 
de forma determinada senão quando a lei expressamente a 
exigir. 
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, 
em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a 
assinatura da autoridade responsável. 
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma 
somente será exigido quando houver dúvida de 
autenticidade. 
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia 
poderá ser feita pelo órgão administrativo. 
§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas 
sequencialmente e rubricadas. 
 
No tocante ao lugar e tempo, determina o art. 23 que “os 
atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário 
normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o 
processo”, e preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o 
interessado se outro for o local de realização (art. 25). 
 
No entanto, serão concluídos depois do horário normal os 
atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do 
procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
 
Em regra, o prazo para a pratica dos atos é de cinco dias, 
salvo motivo de força maior, conforme art. 24: 
 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão 
ou autoridade responsável pelo processo e dos 
administrados que dele participem devem ser praticados no 
prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser 
dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. 
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1.3.5 Da comunicação dos atos 
 
No tocante à comunicação dos atos, determina o art. 26 da 
Lei que o órgão competente perante o qual tramita o processo 
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de 
decisão ou a efetivação de diligências. 
 
Com efeito, estabelece o art. 28 que devem ser objeto de 
intimação os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos 
e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
 
De acordo com o art. 26 da Lei n. 9.784/99, a intimação 
deverá, obrigatoriamente, conter os seguintes requisitos: 
 
§ 1º A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade 
administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou 
fazer-se representar; 
V - informação da continuidade do processo 
independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
 
Além disso, deverá observar a antecedência mínima de 
três dias úteis quanto à data de comparecimento. 
 
A intimação poderá ser efetuada por ciência no 
processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama 
ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. 
 
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No entanto, no caso de interessados indeterminados, 
desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada 
por meio de publicação oficial. 
 
As intimações serão nulas quando feitas sem observância 
das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua 
falta ou irregularidade. 
 
É importante destacar que no âmbito do processo 
administrativo não se aplica os efeitos da revelia, conforme prescreve o 
art. 27 ao dispor que: 
 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a 
direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será 
garantido direito de ampla defesa ao interessado. 
 
1.3.6 Instrução 
 
A instrução é atividade destinada a averiguar e comprovar 
os dados necessários à tomada de decisão. Assim, tal fase realiza-se de 
ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem 
prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias, 
conforme preconiza o art. 29, que assim expressa: 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar 
e comprovar os dados necessários à tomada de decisão 
realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão 
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos 
interessados de propor atuações probatórias. 
§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos 
autos os dados necessários à decisão do processo. 
§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos 
interessados devem realizar-se do modo menos oneroso 
para estes. 
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Com efeito, são inadmissíveisno processo administrativo 
as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
Quando a matéria do processo envolver assunto de 
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho 
motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de 
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte 
interessada. 
 
Poderá, ainda, ser realizada audiência pública a fim de 
subsidiar a tomada de decisão, conforme o seguinte: 
 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, 
diante da relevância da questão, poderá ser realizada 
audiência pública para debates sobre a matéria do 
processo. 
 
É relevante destacar que a Lei de Processo Administrativo 
é extremamente avançada, já trazendo a previsão da participação de 
entidades representativas, quando houver direitos ou interesses difusos 
ou coletivos sendo objetos do processo. Nesses termos dispõe: 
 
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria 
relevante, poderão estabelecer outros meios de 
participação de administrados, diretamente ou por meio de 
organizações e associações legalmente reconhecidas. 
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de 
outros meios de participação de administrados deverão ser 
apresentados com a indicação do procedimento adotado. 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a 
audiência de outros órgãos ou entidades administrativas 
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a 
participação de titulares ou representantes dos órgãos 
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada 
aos autos. 
 
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Aplica-se aqui a regra de que quem alega deve provar. 
Assim, conforme art. 36, cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha 
alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a 
instrução, podendo juntar os documentos, pareceres, ou requerer o que 
for pertinente, conforme o seguinte: 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes 
da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, 
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações 
referentes à matéria objeto do processo. 
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na 
motivação do relatório e da decisão. 
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão 
fundamentada, as provas propostas pelos interessados 
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou 
protelatórias. 
 
Contudo, prevê o art. 37 que “quando o interessado 
declarar que fatos e dados estão registrados em documentos 
existentes na própria Administração responsável pelo processo 
ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a 
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das 
respectivas cópias”. 
 
Conforme art. 41 da Lei 9.784/99, os interessados serão 
intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. 
 
É importante observar que quando deva ser 
obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá 
ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial 
ou comprovada necessidade de maior prazo. 
 
Nesse sentido, se um parecer obrigatório e vinculante 
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento 
até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao 
atraso. 
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Por outro lado, se for um parecer obrigatório e não 
vinculante, e deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá 
ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da 
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
 
Assim, encerrada a instrução, o interessado terá o direito 
de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo 
for legalmente fixado, conforme o seguinte: 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito 
de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se 
outro prazo for legalmente fixado. 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública 
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras 
sem a prévia manifestação do interessado. 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a 
obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e 
documentos que o integram, ressalvados os dados e 
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo 
direito à privacidade, à honra e à imagem. 
 
1.3.7 Relatório 
 
É a descrição de todos os elementos do processo, ou seja, 
a fase em que se faz a análise dos fatos e provas constantes dos autos a 
fim de subsidiar a apreciação do caso pela autoridade administrativa, 
conforme art. 47 que assim dispõe: 
 
Art. 47. O órgão de instrução que não for 
competente para emitir a decisão final elaborará 
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo 
das fases do procedimento e formulará proposta 
de decisão, objetivamente justificada, 
encaminhando o processo à autoridade 
competente. 
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1.3.8 Decisão 
 
É a fase final do processo. É o julgamento do que se 
requereu, ou seja, é a análise quanto ao que se discute no processo. Com 
efeito, conforme art. 48, a Administração tem o dever de explicitamente 
emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou 
reclamações, em matéria de sua competência. 
 
Desse modo, concluída a instrução de processo 
administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta) dias 
para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente 
motivada (art. 49). 
 
1.3.9 Motivação 
 
Nos termos da Lei nº 9.784/99, art. 50, os atos 
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou 
sanções 
III - decidam processos administrativos de concurso 
ou seleção pública 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de 
processo licitatório 
V - decidam recursos administrativos 
VI - decorram de reexame de ofício 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a 
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas 
e relatórios oficiais 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou 
convalidação de ato administrativo. 
 
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1.4 Extinção do Processo 
 
O interessado poderá, mediante manifestação escrita, 
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a 
direitos disponíveis. 
 
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia 
atinge somente quem a tenha formulado. 
 
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, 
não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração 
considerar que o interesse público assim o exige. 
 
O órgão competente poderá declarar extinto o processo 
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar 
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
1.5 Recurso Administrativo 
 
O recurso administrativo será interposto, por razão de 
legalidade e/ou de mérito, para a autoridade que proferiu a decisão, 
quese não o reconsiderar, no prazo de cinco dias, encaminhará para 
a autoridade competente, conforme estabelece o art. 56: 
 
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face 
de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a 
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco 
dias, o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso 
administrativo independe de caução. 
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa 
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à 
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a 
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à 
autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
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inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela 
Lei nº 11.417, de 2006). 
 
Observe, portanto, que no âmbito do Processo 
Administrativo não teremos uma petição exclusiva contendo o pedido de 
reconsideração, este é inerente ao próprio recurso. 
 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem 
efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta 
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso. 
 
Ademais, cumpre dizer que, salvo exigência legal, a 
interposição de recurso administrativo independe de caução, o que, 
inclusive, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal ao entender que é 
inconstitucional a exigência de caução, depósito prévio ou garantia para 
a interposição de recurso administrativo. 
 
Observe que o recurso administrativo tramitará no máximo 
por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. 
 
Quem poderá interpor o recurso? Nesse sentido, a Lei de 
Processo estabelece os seguintes legitimados: 
 
x Titulares de direitos e interesses que forem parte no 
processo; 
 
x Aqueles cujos direitos ou interesses forem 
indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
 
x Organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
x Cidadãos ou associações, quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
 
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A lei estabelece que, salvo disposição legal específica, é de 
10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso administrativo, 
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. 
 
E, nesse aspecto, conforme §1º do art. 59, o recurso 
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente, salvo outra 
previsão legal. 
 
Referido prazo poderá ser prorrogado por igual período, 
ante justificativa explícita. 
 
O recurso não será conhecido quando for intempestivo 
(interposto fora do prazo), interposto perante órgão incompetente, faltar 
interesse recursal (interposto por quem não seja legitimado) ou ainda 
quando interposto após exaurida a esfera administrativa (preclusão 
administrativa). 
 
De todo modo, o não conhecimento do recurso não impede 
a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida 
preclusão administrativa, de modo que poderá agravar ou atenuar a 
punição aplicada. Contudo, em caso de agravamento, deverá ser 
cientificado o administrado para que formule suas alegações antes da 
decisão, conforme o seguinte: 
 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá 
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou 
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua 
competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo 
puder decorrer gravame à situação do recorrente, este 
deverá ser cientificado para que formule suas alegações 
antes da decisão. 
 
1.6 Revisão 
 
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Conforme art. 65 da Lei 9.784/99, os processos 
administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, desde que surjam fatos novos ou 
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da 
sanção aplicada. 
 
Contudo, da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da sanção, ou seja, a revisão é sempre em benefício do réu. 
 
1.7 Dos prazos 
 
Os prazos processuais começam a correr a partir da data 
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e 
incluindo-se o do vencimento, de modo que, salvo motivo de força maior 
devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. 
 
Com efeito, os prazos expressos em dias contam-se de 
modo contínuo, e os fixados em meses ou anos contam-se de data a data. 
Assim, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do 
início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
 
De todo modo, considera-se prorrogado o prazo até o 
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver 
expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC/2012 – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – 
ADMINISTRATIVA) Nos termos da Lei nº 9.784/99, que cuida de 
processo administrativo no âmbito da Administração Federal 
direta e indireta, seus preceitos também se aplicam aos órgãos 
a) dos Poderes Legislativo e Judiciário de todos os entes da Federação, 
quando no desempenho de suas funções legislativa e jurisdicional. 
b) dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho 
de suas funções legislativa e jurisdicional. 
c) dos Poderes Legislativo e Judiciário de todos os entes da Federação, 
quando no desempenho de função administrativa. 
d) dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho 
de função administrativa. 
e) do Poder Legislativo de todos os entes da Federação, quando no 
desempenho de todas suas funções, mas não aos órgãos do Poder 
Judiciário. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Os preceitos da Lei nº 
9.784/99 não se aplica aos Poderes Legislativo e Judiciário no 
desempenho de suas funções legislativa e jurisdicional, conforme o 
seguinte: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à 
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
 
Quanto à aplicação aos demais entes federativos, a regra 
é sua inaplicabilidade ante a disposição expressa do art. 1º, caput. 
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Contudo, o STJ tem entendimento no sentido de que, na falta de lei 
própria, deve ser aplicada subsidiariamente a Lei federal. 
 
Significa dizer que, em não havendo no Estado lei própria 
que regule o processo administrativo, seráaplicada a Lei 9784/99 de 
forma subsidiária. Precedente: 
 
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDORES 
PÚBLICOS ESTADUAIS. ATO ANULATÓRIO DA 
INVESTIDURA. ART. 54 DA LEI Nº 9.784/1999. ESTADOS-
MEMBROS. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA. PRAZO 
DECADENCIAL. SUSPENSÃO. INTERRUPÇÃO. NÃO 
OCORRÊNCIA. TERMO INICIAL. VIGÊNCIA DA LEI. 
DECADÊNCIA CONFIGURADA. 
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é 
assente no sentido de que a Lei nº 9.784/1999 pode 
ser aplicada de forma subsidiária no âmbito dos 
Estados-Membros, se ausente lei própria regulando o 
processo administrativo no âmbito local, o que se 
verifica no caso do Estado do Rio de Janeiro. 
2. O prazo quinquenal, estabelecido no art. 54 da Lei n.º 
9.784/1999, para que a administração possa anular os atos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, 
tem natureza decadencial, o que afasta a incidência dos 
arts. 190 do Código Civil e 219 do Código de Processo Civil. 
Aplica-se, em vez disso, o art. 207 do CC, segundo o qual, 
salvo previsão legal expressa - inexistente na Lei nº 
9.784/1999 -, não se aplicam à decadência as normas que 
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. 
3. "A Lei 9.784/1999, ao disciplinar o processo 
administrativo, estabeleceu o prazo de cinco anos para que 
pudesse a Administração revogar os seus atos (art. 54). A 
vigência do dispositivo, dentro da lógica interpretativa, tem 
início a partir da publicação da lei, não sendo possível 
retroagir a norma para limitar a Administração em relação 
ao passado." (MS 9.112/DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 
CORTE ESPECIAL, julgado em 16/2/2005, DJ 14/11/2005). 
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4. Na hipótese, tendo em vista que as investiduras tidas por 
ilegais ocorreram antes da vigência da Lei nº 9.784/1999, 
a administração estadual poderia rever esses atos até cinco 
anos depois de 1º/2/1999, contudo, somente o fez em 
2007, quando já operada a decadência. 
5. Recurso especial a que se nega provimento. 
(REsp 1103105/RJ, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA 
TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe 16/05/2012) 
 
A alternativa “b” está errada. Aplica-se aos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União no exercício da função administrativa. 
 
A alternativa “c” está errada. Nos termos da Lei nº 
9.784/99, por se tratar de lei federal somente se aplica no âmbito da 
União, ou seja, não se aplicaria aos Poderes Legislativo e Judiciário dos 
demais entes federativos. 
 
Contudo, cuidado com a ressalva do entendimento do STJ. 
Assim, no concurso, se a questão vier seca, isto é, como foi colocada 
aqui, marque o expresso na Lei. Mas, se falar em aplicação subsidiária 
conforme entendimento jurisprudencial, tenha certeza que o examinador 
está cobrando o conhecimento do entendimento do STJ. 
 
A alternativa “d” está correta. É isso aí. Conforme art. 1º, 
parágrafo único, da Lei nº 9.784/99, suas disposições são aplicadas aos 
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de 
função administrativa. 
 
A alternativa “e” está errada. Não se aplica aos Poderes 
Legislativo e Judiciário no exercício de suas funções típicas e, em regra, 
também não se aplica a todos os entes da Federação. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
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2. (FCC/2013 – TRT 9ª REGIÃO (PR) – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
As normas sobre processo administrativo postas na Lei 
no 9.784/99 aplicam-se aos 
a) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, na realização de suas 
funções típicas, excluído o Poder Judiciário em razão de sua competência 
judicante. 
b) órgãos do Poder Executivo integrantes da Administração direta ou 
indireta, excluídos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário 
quando se tratar de realização de função administrativa. 
c) órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, no que se 
referir ao desempenho de funções administrativas atípicas. 
d) órgãos do Poder Executivo e aos servidores integrantes do quadro da 
Administração direta, excluídos os afastados e os órgãos dos demais 
Poderes. 
e) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no exercício de 
suas funções típicas. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 
9.784/99, além de ser aplicado ao Poder Executivo, as normas sobre 
processo administrativo são aplicadas aos Poderes Legislativo e Judiciário 
da União, quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRT 20ª 
REGIÃO – FCC/2011) Nos termos da Lei no 9.784/1999, que 
regula o processo administrativo no âmbito da Administração 
Pública Federal, é correto afirmar: 
a) Considera-se entidade a unidade de atuação desprovida de 
personalidade jurídica. 
b) É dever dos administrados formular alegações e apresentar 
documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo 
órgão competente. 
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c) Os preceitos desta lei se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União, somente no desempenho de função administrativa. 
d) Um dos critérios assegurados é a possibilidade de aplicação retroativa 
de nova interpretação. 
e) Os preceitos da lei constituem normas básicas sobre o processo 
administrativo, destinadas apenas à Administração Federal direta. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Considera-se entidade a 
unidade de atuação provida de personalidade jurídica. 
 
A alternativa “b” está errada. É direito dos administrados 
formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
A alternativa “c” está correta. Os preceitos da Lei n. 
9.784/99 aplicam-se aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da 
União, somente no desempenho de função administrativa. É importante 
ressaltar que essa lei não se aplica a atividade-fim do Judiciário e 
Legislativo, ou seja, não alcança os processos judiciais e legislativos. 
 
A alternativa “d” está errada. Um dos critérios assegurados 
é a vedação de aplicação retroativa de nova interpretação. 
 
A alternativa “e” está errada. Os preceitos da lei constituem 
normas básicas sobre o processo administrativo, destinadas à 
Administração Federal direta e indireta. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
4. (TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – TJ/AP – 
FCC/2011) Constituem princípios do processo administrativo, 
explícitos ou implícitos no Direito positivo: 
a) oficialidade, publicidade e motivação. 
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b) sigilo, economia processual e unilateralidade. 
c) onerosidade, publicidade e tipicidade. 
d) formalismo, gratuidade e inércia dos órgãos administrativos 
e) oficialidade, devido processo legal e inércia dos órgãos 
administrativos. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º da Lei nº 9.784/99, em seu artigo 
2º, a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
Ademais, além desses, há os critérios que são, em geral, 
representaçãodesses princípios ou a apresentação de outros, tal como 
os princípios da oficialidade, da gratuidade, do impulso oficial, dentre 
outros. 
 
Dessa forma, a alternativa “a” apresenta princípios 
contidos na Lei nº 9.784/99, portanto, está correta. 
 
A alternativa “b” está errada, pois não há os princípios da 
economia processual e da unilateralidade, bem como do sigilo, que é 
aplicado excepcionalmente. 
 
A alternativa “c” está errada, pois não há o princípio 
da onerosidade e da tipicidade. 
 
A alternativa “d” está errada, porque não há o princípio da 
inércia dos órgãos administrativos, e o formalismo é moderado, mitigado 
(ou informalismo, como preferem alguns). 
 
E, finalmente, a alternativa “e” também está errada, pois 
não há o princípio da inércia dos órgãos administrativos. 
 
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Gabarito: “A”. 
 
 
5. (FCC/2012 – TRE/CE – ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA) 
Considere as assertivas abaixo atinentes aos princípios do 
processo administrativo: 
I. O princípio da oficialidade está presente no poder de iniciativa da 
Administração Pública para instaurar o processo, na instrução do 
processo e também na revisão de suas decisões. 
II. No processo administrativo, prevalece o princípio da atipicidade, no 
sentido de que muitas infrações administrativas não são descritas com 
precisão na lei. 
III. No processo administrativo, embora vigore o princípio da pluralidade 
de instâncias, não é permitido alegar em instância superior o que não foi 
arguido de início. 
IV. É consequência do princípio da pluralidade de instâncias reexaminar 
a matéria de fato e produzir novas provas. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) I e IV. 
e) II, III e IV. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está correta. De fato, a Administração pode 
de ofício instaurar o processo, bem como exercer o poder de autotutela. 
Assim, verifica-se que o princípio da oficialidade está presente no poder 
de iniciativa da Administração Pública para instaurar o processo, na 
instrução do processo e também na revisão de suas decisões. 
 
A assertiva II está correta. Não há a incidência do princípio 
da tipicidade. Por isso, pode-se dizer que prevalece o princípio da 
atipicidade, no sentido de que muitas infrações administrativas não são 
descritas com precisão na lei. 
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A assertiva III está errada. Embora vigore o princípio da 
pluralidade de instâncias, também se aplica do princípio da verdade real, 
de modo que se pode alegar em instância superior o que não foi arguido 
de início. 
 
A assertiva IV está correta. De fato, é consequência do 
princípio da pluralidade de instâncias reexaminar a matéria de fato e 
produzir novas provas. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
6. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCM/PA – FCC/2010) 
Sobre os princípios do processo administrativo, considere: 
I. Princípio que assegura a possibilidade de instauração do processo por 
iniciativa da Administração, independentemente de provocação do 
administrado. 
II. Princípio que garante ao administrado que se sentir lesado com a 
decisão administrativa propor recursos hierárquicos até chegar à 
autoridade máxima da organização administrativa. 
III. Princípio segundo o qual muitas das infrações administrativas não são 
descritas com precisão na lei. 
Esses conceitos referem-se, respectivamente, aos princípios da 
a) oficialidade, da economia processual e da ampla defesa. 
b) oficialidade, da pluralidade de instâncias e da atipicidade. 
c) economia processual, da pluralidade das instâncias e da oficialidade. 
d) publicidade, da ampla defesa e da oficialidade. 
e) ampla defesa, da oficialidade e da pluralidade das instâncias. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I trata do princípio da oficialidade. É esse 
princípio que assegura a possibilidade de instauração do processo por 
iniciativa da Administração, independentemente de provocação do 
administrado. 
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XII – impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem 
prejuízo da atuação dos interessados; 
 
A assertiva II refere-se ao princípio do duplo grau ou da 
pluralidade de instâncias, o qual garante ao administrado que se sentir 
lesado com a decisão administrativa possa propor recursos hierárquicos 
até chegar à autoridade máxima da organização administrativa, 
assegurando-lhe a possibilidade de reexamine da matéria de fato e de 
produzir novas provas. 
 
X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição de 
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas 
situações de litígio; 
 
Enfim, o item “III” diz respeito ao princípio da atipicidade, 
segundo o qual muitas das infrações administrativas não são descritas 
com precisão na lei. É que nas leis administrativas não se descreve o tipo 
administrativo como nas leis penais. Por vezes os ilícitos administrativos 
são mais genéricos, abertos. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/PI – 
FCC/2009) Considere: 
I. Dentre os princípios que informam o Processo Administrativo, destaca-
se a legalidade subjetiva, o do formalismo regrado, o da verdade sabida 
e o do único grau de decisão. 
II. A instauração do Processo Administrativo pela autoridade competente, 
se dá, além de outras formas, por portaria e auto de infração. 
III. Processo Administrativo disciplinar é o meio de apuração e punição 
de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao 
regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração. 
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IV. A decisão da autoridade competente no Processo Administrativo e na 
Sindicância não precisa ser fundamentada, bastando a indicação do 
dispositivo de lei regulador da ação. 
V. Cabe ao Poder Judiciário examinar o processo administrativo 
disciplinar para a verificação da legitimidade da sanção imposta e se foi 
atendido o devido processo legal. 
É correto o que consta APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) II, III e V. 
d) I e V. 
e) IV e V. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está errada. Observe que, dentre os princípios 
que orientam o processo administrativo, temos a legalidade ou 
jurisdicidade (observância das leis e do direito), o formalismo moderado 
ou regrado (informalismo, para alguns), e não temos a aplicação da 
verdade sabida (este instituto que dispensava o processo administrativo) 
de modo que se busca a verdade material, além do que é prevista a 
pluralidade de instâncias. 
 
A assertiva II está correta. É que de fato a instauração do 
Processo Administrativo pela autoridade competente, se dá, além de 
outras formas, por portaria e auto de infração. 
 
A assertiva III também está correta. Processo 
Administrativo disciplinar é o meio de apuração e punição de faltas graves 
dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de 
determinados estabelecimentos da Administração. 
 
A assertiva IV está errada. É que a decisão em processo 
administrativo, e em especial em disciplinar, inquérito ou sindicância 
deve ser motivada, indicando os pressupostos de fatoe de direito, sob 
pena de nulidade. 
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E, finalmente, a assertiva V está correta. Cabe ao Poder 
Judiciário examinar o processo administrativo disciplinar para a 
verificação da legitimidade da sanção imposta e se foi atendido o devido 
processo legal. Significa realizar exame de razoabilidade e 
proporcionalidade, assim como da previsão legal e próprio procedimento, 
tudo por força do princípio da legalidade. 
 
Gabarito: “C” 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRT 24ª REGIÃO 
– FCC/2011) De acordo com Lei no 9.784/1999, no processo 
administrativo será observado, dentre outros, o critério de 
a) garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações 
finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos 
de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. 
b) impulsão do processo administrativo mediante atuação dos 
interessados, vedada a impulsão, de ofício, pela Administração Pública. 
c) cobrança de despesas processuais, não havendo tal cobrança apenas 
em hipóteses excepcionais previstas em lei. 
d) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta 
o atendimento do fim público a que se dirige, permitida a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
e) atendimento a fins de interesse geral, permitida, em regra, a renúncia 
total ou parcial de poderes ou competências. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De fato, no processo 
administrativo deve-se observar a garantia dos direitos à comunicação, 
à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição 
de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas 
situações de litígio. 
 
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A alternativa “b” está errada, porque há previsão de 
impulsão oficial, ou seja, mesmo que o interessado não se manifeste a 
Administração dará andamento ao processo. 
 
A alternativa “c” está errada, pois é vedada a cobrança de 
despesas processuais. 
 
A alternativa “d” está errada, na medida em que a 
interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, NÃO permite a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
 
E a alternativa “e” também está errada, eis que se deve 
observar o atendimento a fins de interesse geral, porém não é permitida 
a renúncia total ou parcial de poderes ou competências. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
9. (FCC/2012 – TRT 11ª REGIÃO (AM) – ANALISTA JUDICIÁRIO -
ADMINISTRATIVA) A Administração Pública Federal, ao conduzir 
determinado processo administrativo, aplica retroativamente 
nova interpretação acerca de norma administrativa, sob o 
fundamento de ser mais vantajosa ao interesse público. Nos 
termos da Lei nº 9.784/1999, 
a) a postura da Administração Pública é ilegal, por violar um dos critérios 
que devem ser observados nos processos administrativos. 
b) é possível, em qualquer hipótese, a aplicação retroativa de nova 
interpretação de norma administrativa. 
c) é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação da norma 
administrativa, salvo para o melhor atendimento do fim público a que se 
dirige. 
d) o fundamento da Administração Pública para justificar sua postura não 
está previsto em lei, sendo necessário o preenchimento de outro requisito 
legal para que possa aplicar retroativamente nova interpretação de 
norma administrativa. 
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e) independentemente da retroatividade de nova interpretação, é vedada 
a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º, parágrafo único, inc. XIII, da Lei 
nº 9.784/99, é vedada aplicação retroativa de nova interpretação da 
norma administrativa. Portanto, a postura da Administração Pública é 
ilegal, por violar um dos critérios que devem ser observados nos 
processos administrativos. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
10. (FCC/2013 – TRT 12ª REGIÃO (SC) – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
A Lei no 9.784/99, que trata dos processos administrativos no 
âmbito da Administração Pública Federal, traz princípios a serem 
obedecidos pela Administração Pública. A mesma lei também 
prevê os critérios que serão observados nos processos 
administrativos, entre eles, a adequação entre meios e fins, 
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. Referido critério refere-se ao 
princípio da: 
a) Ampla defesa 
b) Eficiência 
c) Segurança Jurídica. 
d) Proporcionalidade. 
e) Motivação. 
 
Comentário: 
 
Conforme art. 2º, p. único, inc. VI, da Lei n. 9.784/99, o 
princípio da proporcionalidade estabelece a adequação entre meios e fins, 
vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
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superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
11. (FCC/2013 – TRT 9ª REGIÃO (PR) – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, 
a) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada a indicação dos 
pressupostos de fato da decisão. 
b) é vedada a impulsão de ofício, cabendo ao interessado indicar os 
fundamentos de direito da decisão. 
c) os atos administrativos são sigilosos no decorrer da fase probatória. 
d) é vedada a cobrança de despesas processuais, salvo as previstas em 
lei. 
e) os interessados deverão ser representados por advogado, salvo se 
hipossuficientes. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Aplica-se o princípio do 
formalismo, exigindo-se a indicação dos pressupostos de fato da decisão 
(art. 2º, p. único, inc. VII). 
 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão; 
 
A alternativa “b” está errada. Incide o critério da impulsão 
de ofício (inc. XII), cabendo à Administração indicar os fundamentos de 
fato e de direito da decisão (inc. VII). 
 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem 
prejuízo da atuação dos interessados; 
 
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A alternativa “c” está errada. Os atos são públicos, 
resguardadas as hipóteses de sigilo previstas na CF (inc. V). 
 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas 
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; 
 
A alternativa “d” está correta. Conforme art. 2º, p. único, 
inc. XI, da Lei n. 9.784/99, é vedada a cobrança de despesas processuais, 
salvo as previstas em lei. 
 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei; 
 
A alternativa “e” está errada. Os interessados poderão, 
conforme suas conveniências, ser representados por advogado. 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e ocumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos 
em que tenha a condição de interessado, ter vista dos 
autos, obter cópias de documentos neles contidos e 
conhecer as decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por 
advogado, salvo quando obrigatória a representação, 
por força de lei. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
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12. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) Nos 
processos administrativos, na forma preconizada pela Lei n° 
9.784/1999, serão observados, entre outros, os critérios de 
a) atendimento a fins de interesse geral, com possibilidade de renúncia 
parcial de poderes ou competências, ainda que sem autorização legal. 
b) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta 
o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa 
de nova interpretação. 
c) objetividade no atendimento do interesse público, sendo possível a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades. 
d) adequação entre meios e fins, com possibilidade de imposição de 
obrigações em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. 
e) proibição de cobrança, em qualquer hipótese, de despesas 
processuais. 
 
Comentário: 
 
Alternativa “a” está errada, pois não poderá haver renúncia 
parcial de poderes ou competências. 
 
Alternativa “c” está errada porque não é permitida a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades. 
 
A alternativa “d” está errada, porque não há possibilidade 
de imposição de obrigações em medida superior àquelas estritamente 
necessárias ao atendimento do interesse público. 
 
E a alternativa “e” está errada porque poderá haver 
cobrança de despesas processuais quando prevista em lei, conforme inc. 
XI, parágrafo único, art. 2º da Lei nº 9.784/99. 
 
Assim, a alternativa “b” está correta. De fato, interpretação 
da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do 
fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
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Gabarito: “B”. 
 
 
13. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 14ª REGIÃO – FCC/2011) Nos 
termos da Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo 
no âmbito da Administração Pública Federal, NÃO consiste em 
dever do administrado: 
a) proceder com lealdade. 
b) proceder com urbanidade. 
c) colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
d) expor os fatos conforme a verdade. 
e) fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, salvo hipóteses 
excepcionais em que não se exige tal obrigação. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 9.784/99 dispõe expressamente que é direito do 
administrado ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações. 
 
Também lhe é garantido o direito de ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular 
alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão 
objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
Ademais, a lei lhe confere o direito de se fazer assistir, 
facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a 
representação, por força de lei. 
 
É importante dizer que além dos direitos, também os 
administrados terão deveres (art. 4º), os quais compreendem: I 
– expor os fatos conforme a verdade; II – proceder com lealdade, 
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urbanidade e boa-fé; III – não agir de modo temerário; IV – prestar 
as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
 
Assim, dentre as alternativas, não se insere entre os 
deveres, fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, salvo 
hipóteses excepcionais em que não se exige tal obrigação, na medida em 
que se trata de faculdade (direito) do administrado, conforme art. 3º, 
inc. IV, assim expresso: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de 
suas obrigações; 
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que 
tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias 
de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, 
os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Gabarito: “E” 
 
 
14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 20ª REGIÃO – 
FCC/2011) Considere: 
I. Cobrança de despesas processuais. 
II. Divulgação oficial dos atos administrativos. 
III. Fazer-se assistir obrigatoriamente por advogado. 
No processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal 
(Lei nº 9.784/1999), vigora como regra, o que consta APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
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d) I e II. 
e) II e III. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está errada. É que, dentre os critérios 
previstos no art. 2º, par. único, Lei nº 9.784/99, consta: “XI – proibição 
de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei 
(gratuidade)”. 
 
A assertiva III está errada, pois o administrado tem o 
direito de “IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei”. 
 
Assim, a assertiva II está correta. De acordo com o art. 2º, 
parágrafo único, inc. V, da Lei 9.784/99 é critério adotado no processo 
administrativo a “divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas 
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição”. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
15. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 20ª REGIÃO – FCC/2011) 
Segundo a Lei no 9.784/1999, que regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é 
direito dos administrados: 
a) não agir de modo temerário. 
b) prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
c) expor os fatos conforme a verdade. 
d) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé. 
e) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Comentário: 
 
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Conforme observamos, são direitos dos administrados, 
sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, conforme estabelece 
o art. 3º da Lei nº 9.784/99, os seguintes: 
 
Art. 3º 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de 
suas obrigações;II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em 
que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter 
cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas; 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
16. (FCC/2012 – TST – ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA) A 
Lei no 9.784/99 traz um rol de direitos do administrado, perante 
a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados. Sobre esse assunto, considere as seguintes 
afirmações: 
I. Contar com a inércia da Administração, que só pode agir, na condução 
do processo, mediante provocação dos interessados. 
II. Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha 
a condição de interessado, ter vista dos autos e retirá-los para consulta 
fora da repartição. 
III. Fazer-se assistir, por advogado, salvo quando expressamente 
renunciar a esse direito. 
NÃO consta daquele rol o que se afirma em 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
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c) I e III, apenas. 
d) I, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Comentário: 
 
Dentre os direitos dos administrados, conforme art. 3º da 
Lei nº 9.784/99, consta: 
 
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que 
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de 
suas obrigações; 
II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em 
que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter 
cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas; 
III – formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
Portanto, a assertiva I está errada. A Administração pode 
agir de ofício na condução do processo. 
 
A assertiva II está errada. O administrado tem direito de 
ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a 
condição de interessado, ter vista dos autos. No entanto, não tem o 
direito de retirá-los para consulta fora da repartição. 
 
A assertiva III está errada. A assistência por advogado é 
facultativa. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
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17. (FCC/2012 – TJ/RJ – COMISSÁRIO DA INFÂNCIA E DA 
JUVENTUDE) Em regular processo administrativo instaurado por 
provocação do interessado para o reconhecimento e deferimento 
de determinado direito, cabe ao interessado 
a) a prova dos fatos que alegar, ainda que possa exigir da Administração 
que junte aos autos documentos que estejam em órgãos públicos de sua 
esfera e que comprovem as informações feitas por aquele. 
b) apenas a alegação dos fatos, cabendo à Administração a 
desconstituição dos mesmos, em razão da inversão do ônus da prova. 
c) escusar-se de apresentar outros documentos além dos juntados ao 
requerimento oficial, sem que isso possa fundamentar decisão contrária 
da Administração. 
d) apresentar as provas que possuir para demonstração de seu direito, 
ainda que tenham sido obtidas por meios ilícitos, dado que o processo 
administrativo não se submete à mesma formalidade do processo 
judicial. 
e) exigir a realização de audiência pública para debater o objeto do 
processo, ainda que a autoridade não tenha declarado a relevância 
necessária para tanto. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. De acordo com o art. 36 da 
Lei nº 9.784/99, cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha 
alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a 
instrução. 
 
Ademais, quando o interessado declarar que fatos e dados 
estão registrados em documentos existentes na própria Administração 
responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão 
competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos 
documentos ou das respectivas cópias, conforme art. 37 da Lei nº 
9.784/99. 
 
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A alternativa “b” está errada. A inversão do ônus da prova 
é em favor da Administração. Isto é, o administrado é quem deve provar 
suas alegações. 
 
A alternativa “c” está errada. Se houver recusa de juntar 
documento necessário a provar seu requerimento, pode a Administração 
fundamentar a negativa justamente pela ausência de prova. 
 
A alternativa “d” está errada. No processo administrativo 
também não se admite prova ilícita. 
 
A alternativa “e” está errada. Não cabe ao administrado 
exigir a realização de audiência pública para debater o objeto do 
processo, na medida em que tal medida somente pode ser determinada 
pela autoridade quando entender relevante para o caso, conforme o 
seguinte: 
 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, 
diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência 
pública para debates sobre a matéria do processo. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 14ª REGIÃO – 
FCC/2011) Nos termos da Lei nº 9.784/99, que regula o Processo 
Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é 
correto afirmar: 
a) Não é dever do administrado prestar informações solicitadas pela 
Administração, pois caracterizaria afronta a princípios constitucionais, 
como a liberdade e a democracia. 
b) É possível, como regra, a renúncia de competências. 
c) Considera-se entidade a unidade de atuação sem personalidade 
jurídica. 
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d) É possível a impulsão, de ofício, do processo pela Administração e, 
assim ocorrendo, dar-se-á com prejuízo da atuação de interessados, por 
prevalecer o interesse público. 
e) Autoridades e servidores deverão facilitar o exercício dos direitos dos 
administrados. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. É que, de acordo com o art. 
4º, inc. IV, da Lei 9.784/99, é dever do administrado o de prestar 
informações solicitadas pela Administração, conforme o seguinte: 
 
Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, 
sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: 
[...] 
IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar 
para o esclarecimento dos fatos. 
 
A alternativa “b” está errada, pois a competência é 
irrenunciável, conforme estabelece o art. 11. Vejamos: 
 
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos 
de delegação e avocação legalmente admitidos. 
 
A alternativa “c” está errada. Isso porque se considera 
entidade a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
 
A alternativa “d” também está errada. De fato, é possível 
a impulsão, de ofício, do processo pela Administração e, assim ocorrendo, 
dar-se-á sem prejuízo da atuação de interessados, por prevalecer o 
interesse público. 
 
Art. 1º [...] 
Parágrafo único. [...] 
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