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Aula 07

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 07 – RJU [1ª Parte] 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 
 1 
Olá! 
 
Estamos na reta final. Hoje vamos estudar o regime 
jurídico dos servidores, isto é o conjunto de regras que regerá nossas 
vidas no serviço público, conforme o seguinte: 
 
Aula 07: 
Agentes Públicos. Regime Jurídico dos Servidores Civis 
da União (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e 
alterações posteriores). 1ª Parte. 
 
Vamos ao que interessa. 
 
SUMÁRIO 
 
1. Agentes Públicos ........................................................................................ 2 
2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) ................................. 7 
2.1 Cargo Público ........................................................................................... 9 
2.2 Investidura ............................................................................................. 10 
2.3 Do Provimento ....................................................................................... 13 
2.5 Vacância ................................................................................................. 17 
2.6 Estabilidade x Vitaliciedade .................................................................... 18 
2.7 Direitos e Vantagens .............................................................................. 19 
2.7.1 Indenizações ....................................................................................... 19 
2.7.2 Gratificações ....................................................................................... 21 
2.7.3 Adicionais ............................................................................................ 22 
2.8 Benefícios da Seguridade Social ............................................................. 23 
2.9 Férias ...................................................................................................... 23 
2.10 Licenças ................................................................................................ 24 
2.11 Afastamentos e concessões .................................................................. 30 
2.12 Concessões: .......................................................................................... 30 
QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................. 31 
QUESTÕES SELECIONADAS ........................................................................ 144 
GABARITO .................................................................................................. 178 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 07 – RJU [1ª Parte] 
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 2 
 
1. Agentes Públicos 
 
A noção de agente público se confunde de certo modo 
com a noção de servidor público, que durante muito tempo foi 
denominado funcionário público, expressão já ultrapassada. 
 
No entanto, atualmente é mais usual e adequado 
referirmo-nos de maneira geral ao conjunto de pessoas que realizam 
as diversas atribuições no âmbito da administração pública utilizando 
a expressão agente público, que, inclusive, goza de previsão legal, 
conforme expresso no art. 2º da Lei 8.429/92, que assim dispõe: 
 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta 
lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades 
mencionadas no artigo anterior. 
 
É preciso, no entanto, descortinarmos o alcance da 
expressão agente público, e, para tanto, utilizamos a divisão clássica 
de Hely Lopes Meirelles, para quem há as seguintes espécies de 
agentes públicos: 
 
a) Agentes políticos 
b) Agentes administrativos 
c) Agentes honoríficos 
d) Agentes delegados 
e) Agentes credenciados 
 
Agentes políticos são aqueles que ocupam cargos que 
compõe os órgãos constitucionais independentes, ou seja, dotados de 
independência funcional, prerrogativas do cargo e sujeitos a regime 
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 3 
especial, cujas funções advêm diretamente da Constituição, investidos, 
normalmente, por meio de eleição, nomeação ou designação. 
 
Dentre esses estariam compreendidos os magistrados, 
os membros do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, além dos 
representantes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito, 
e seus auxiliares diretos, Ministros, Secretários etc) e do Poder 
Legislativo (Deputados, Senadores, Deputados Estaduais, Distritais e 
Vereadores). 
 
Por outro lado, há forte corrente que defende serem os 
agentes políticos apenas aqueles que erigidos aos cargos eletivos, tal 
como o Presidente, Governador, Senador, Deputado, Vereador etc. 
 
Nesse sentido, vale salientar, e é preciso ficar atentos a 
isto, que o STF tem entendido que os agentes políticos são todos 
aqueles que exercem atribuições decorrentes diretamente da 
Constituição, não sendo, pois, apenas os detentores de cargos 
eletivos, de modo que englobam também outros agentes públicos tal 
como os magistrados, conforme orientação firmada no Informativo n. 
263. Vejamos: 
 
Informativo 263 (RE-228977) 
Dano Moral e Atos Judiciais (Transcrições) RE 228.977-SP* (v. 
Informativo 259) Relator: Min. Néri da Silveira EMENTA: - 
Recurso extraordinário. Responsabilidade objetiva. Ação 
reparatória de dano por ato ilícito. Ilegitimidade de parte 
passiva. 2. Responsabilidade exclusiva do Estado. A 
autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos atos 
jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se 
na espécie agente político, investidos para o exercício 
de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena 
liberdade funcional no desempenho de suas funções, 
com prerrogativas próprias e legislação específica. 
(...) 
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 4 
(...) os magistrados se enquadram na espécie agente político. 
Estes, são investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no 
desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e 
legislação específica, requisitos, aliás, indispensáveis ao 
exercício de suas funções decisórias. 
 
(...) É o que elucida o saudoso HELY LOPES MEIRELLES, em 
sua obra "Direito Administrativo Brasileiro" (18ª ed., pág. 72): 
"Os agentes políticos exercem funções governamentais, 
judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, 
conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com 
independência nos assuntos de sua competência. São as 
autoridades públicas supremas do Governo e da Administração 
na área de sua atuação, pois não estão hierarquizadas, 
sujeitando-se apenas aos graus e limites constitucionais e 
legais de jurisdição. Em doutrina, os agentes políticos têm 
plena liberdade funcional, equiparável à independência dos 
juízes nos seus julgamentos, e, para tanto, ficam a salvo de 
responsabilidade civil por seus eventuais erros de atuação, a 
menos que tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso 
de poder. Nesta categoria encontram-se os Chefes de 
Executivo (Presidente da República, Governadores e 
Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros e 
Secretários de Estado e de Município); os membros das 
Corporações Legislativas (Senadores,Deputados e 
Vereadores); os membros do Poder Judiciário 
(Magistrados em geral); os membros do Ministério 
Público (Procuradores da República e da Justiça, 
Promotores e Curadores Públicos)..." 
 
Por outro lado, agentes administrativos são todos 
aqueles agentes que estão submetidos à hierarquia funcional, não 
sendo membro de poder, não exercendo funções políticas ou 
governamentais, estando sujeitos ao regime jurídico da entidade a que 
servem. 
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 5 
 
Nesse conceito estão todos os que têm com os entes 
Políticos (Administração Direta) e entidades administrativas 
(Administração Indireta) vínculo funcional ou relação laboral, de 
natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de 
dependência. 
 
Por isso, dividem-se em: servidores públicos, 
empregados públicos e funcionários ou servidores temporários. 
 
Servidores públicos são todas as pessoas físicas que 
ocupam um cargo público, submetidos a regime estatutário, e 
mantendo vínculo de subordinação com o Estado ou com suas 
entidades mediante retribuição pecuniária. 
 
Nesse sentido, vale lembrar que cargo público é o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas em uma 
estrutura organizacional, que devem ser cometidas a um servidor (art. 
3º, Lei nº 8.112/90), que são criados por lei e com denominação 
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, cujo provimento 
poderá ser em caráter efetivo ou em comissão. 
 
Assim, teremos servidores públicos de cargos efetivos 
(concursados) e servidores públicos de cargos comissionados (cargos 
de Direção e Assessoramento Superior). 
 
Os empregados públicos são pessoas físicas que 
ocupam emprego público, ou seja, são os contratados sob o regime da 
legislação trabalhista (celetistas) por prazo indeterminado. 
 
Em regra tais agentes estão no âmbito das estatais, 
submetidos ao regime laboral, na medida em que tais entidades são 
regidas, preponderantemente, pelo regime de direito privado. 
 
Ocorre, no entanto, que com a EC n. 19/98, permitiu-se 
à Administração direta, autárquica e fundacional também contratar sob 
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o regime celetista. Disposição que restou suspensa pela decisão 
proferida pelo STF na ADI n. 2.135. 
 
Servidores ou funcionários temporários, ou 
simplesmente agentes temporários, são agentes contratados de forma 
temporária, por excepcional interesse público, para exercer função por 
prazo determinado, conforme estabelece a Constituição Federal em seu 
art. 37, inciso IX, ao permitir a contratação de servidor visando atender 
necessidade temporária em razão de excepcional interesse público 
(exemplo: recenseador do IBGE). 
 
Nesse sentido, a Lei nº 8.745/93 regulamentou na esfera 
federal a contratação de pessoal para o exercício de atividade 
temporária, dispondo que as pessoas jurídicas de direito público 
poderiam contratar pessoal observando as condições e os requisitos 
legais. 
 
Agentes delegados são particulares que, por força de 
contrato ou ato administrativo em que se delega a realização de uma 
atividade, obra ou serviço público, a executam sob sua conta e risco, 
sob fiscalização do Estado, por isso atuando em colaboração a este 
(descentralização por colaboração). 
 
Como exemplo pode-se citar os delegatários de serviço 
público, tal como os concessionários, permissionários, tabelião, 
leiloeiros etc. 
 
Agentes honoríficos são particulares que, em razão de 
sua condição cívica, honra, ou de sua notória capacidade profissional, 
são requisitados ou designados pelo Estado para exercerem, de forma 
provisória, certa atividade ou função, podendo ser remunerados ou 
não. (Exemplo: Mesário, Jurado, Membros dos Conselhos Tutelares das 
crianças e adolescentes etc). 
 
Por fim, temos ainda os chamados agentes 
credenciados, ou seja, aqueles que o Estado dá a incumbência de 
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representá-lo para certa e específica atividade ou para um ato 
determinado, mediante remuneração. 
 
É possível, ademais, constatarmos a existência de outras 
classificações, a exemplo daqueles que colocam dentre tais agentes os 
militares (agentes militares) e os terceirizados (agentes em 
colaboração). 
 
É o que explica a Profa. Di Pietro em relação aos 
militares, que antes da EC n. 18/98 enquadravam-se na categoria de 
servidores públicos, porém após a emenda retirou-se a expressão, por 
isso não são considerados como servidores, figurando-se como mais 
uma categoria de agente público, denominados simplesmente de 
militares. 
 
Cuidado, pois há pessoas que ainda utilizam a expressão 
funcionário público de forma indistinta para qualificar todos os agentes 
públicos. Trata-se de uma expressão, como ressaltado, em desuso, no 
entanto, ainda prevista no Código Penal Brasileiro no art. 327, que se 
refere a qualquer agente público para fins penais. 
 
 
2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) 
 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 39, 
estabeleceu a obrigatoriedade da administração pública direta, 
autárquica e fundacional de adotar regime jurídico único para seus 
servidores, conforme assim expresso: 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único 
e planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 
Nesse sentido, no âmbito Federal foi editada a Lei nº 
8.112/90, que criou o regime jurídico dos servidores públicos civis da 
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União, das autarquias e das fundações públicas federais, o denominado 
Regime Jurídico Único (RJU). 
 
Contudo, a Emenda Constitucional nº 19/98 (reforma do 
Estado) promoveu alteração no art. 39, caput, da CF/88, retirando a 
obrigatoriedade de se adotar um único regime jurídico para dispor 
sobre os servidores públicos, de maneira que se abriu possibilidade de 
a administração pública direta, autárquica e fundacional de adotar 
outros regimes, tal como o celetista, para provimento de emprego nos 
seus quadros, por exemplo. 
 
Recentemente, no entanto, em controle de 
constitucionalidade, no julgamento da ADI n. 2135-4 o Supremo 
Tribunal Federal (STF) deferiu medida cautelar para suspender a 
redação do caput do artigo 39, CF/88, dada pela EC n. 19/98, por vício 
de inconstitucionalidade formal, voltando a vigorar a redação original 
da Constituição. 
 
É de se esclarecer, portanto, que temos novamente a 
obrigatoriedade de se adotar regime jurídico único. Entretanto, cumpre 
dizer que o STF conferiu efeito ex-nunc, ou seja, a decisão não tem 
efeito retroativo. E, com isso, toda a legislação editada durante a 
vigência do artigo 39, caput, com a redação da EC nº 19/98, continua 
válida a regular o período de 1998 até a decisão do STF. 
 
Ressalta-se, dessa forma, que ficam resguardas as 
situações consolidadas no período da EC n. 19 até decisão de 
suspensão, até que o mérito da ADI n. 2135-4 seja julgado em 
definitivo, ou seja, quem foi contratado pelo regime de emprego regido 
pela CLT continuará sob tal regime até que o mérito seja julgado pelo 
STF e decida sobre tais situações.Lembre-se, portanto, que a Lei nº 8.112/90 institui o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais, 
sendo denominada de RJU (regime jurídico único), por força do art. 
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39, caput, da CF/88. 
 
E, nos termos do RJU, considera-se servidor a pessoa 
legalmente investida em cargo público, e cargo público, o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
Portanto, os servidores públicos, em sentido estrito, são 
regidos por um conjunto de regras que estabelecem seus 
direitos, deveres, obrigações e responsabilidades. Trata-se do 
regime jurídico dos servidores públicos. 
 
A Lei nº 8.112/90 delimita os critérios, direitos, deveres 
e demais regras que estabelecem as obrigações e responsabilidades 
dos servidores públicos federais. 
 
É fato que esse vínculo, do servidor com o Estado, se 
inicia com nomeação, posse e exercício no cargo. 
 
2.1 Cargo Público 
 
Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.112/90, cargo público 
é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
De outro lado, conforme a própria Lei nº 8.112/90, art. 
2º, estabelece, servidor é pessoa legalmente investida em cargo 
público. 
 
Assim, somente haverá cargos públicos no âmbito da 
Administração direta, autárquica e fundacional (fundações públicas de 
direito público). 
 
Nas demais entidades administrativas, ou seja, nas 
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fundações públicas de direito privado e nas estatais (empresas públicas 
e sociedades de economia mista) não teremos cargos públicos, 
teremos empregados públicos. 
 
2.2 Investidura 
 
A Lei nº 8.112/90 estabeleceu os requisitos para 
investidura em cargo público, conforme art. 5º, que assim dispõe: 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental 
 
Deve-se observar que tais requisitos devem ser 
demonstrados no ato da posse, não se estabelecendo qualquer limite 
de idade para efeito de inscrição em concurso. 
 
Importante dizer que o Supremo Tribunal Federal tem 
firme entendimento no sentido de que estabelecer limite de idade para 
inscrição em concurso público depende de expressa previsão legal, 
conforme a súmula 14, que assim dispõe: 
 
Súmula 14: Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público. 
 
Esse entendimento foi aplicado, inclusive, recentemente, 
conforme Informativo nº 580, que assim veiculou: 
 
INFORMATIVO Nº 580 
TÍTULO: Forças Armadas: Limite de Idade para Concurso de 
Ingresso e Art. 142, § 3º, X, da CF - 2 
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 11 
PROCESSO: RE - 600225 
ARTIGO 
A Min. Cármen Lúcia, relatora, negou provimento ao recurso 
por entender que, tendo a Constituição Federal determinado, 
em seu art. 142, § 3º, X, que os requisitos para o ingresso nas 
Forças Armadas são os previstos em lei, com referência 
expressa ao critério de idade, não caberia regulamentação por 
meio de outra espécie normativa. Considerou, por 
conseguinte, não recepcionada pela Carta Magna a expressão 
“e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica”, contida no art. 10 da Lei 6.880/80, que dispõe 
sobre o Estatuto dos Militares (“Art. 10 O ingresso nas Forças 
Armadas é facultado mediante incorporação, matrícula ou 
nomeação, a todos os brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei e nos regulamentos da marinha, do 
exército e da aeronáutica.”.). Afirmou ser inquestionável a 
prerrogativa das Forças Armadas de instituir por regulamento 
de cada Força, e até mesmo nos editais de concursos, os 
procedimentos relativos a todo o certame. Aduziu que o 
conteúdo definido constitucionalmente como sendo objeto de 
cuidado a ser levado a efeito por lei haveria de ser desdobrado, 
de forma detalhada, nos atos administrativos, tais como os 
regulamentos e editais. Observou, contudo, que esses atos 
não poderiam inovar nos pontos em que a legislação não 
tivesse estatuído. Registrou, ainda, que, no item específico 
relativo à definição dos limites de idade, a fixação do 
requisito por regulamento ou edital, categoria de atos 
administrativos, esbarraria, inclusive, na Súmula 14 do 
STF (“Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público.”). RE 572499/SC, rel. Min. Cármen 
Lúcia, 25.3.2010. (RE-572499) 
 
Vale destacar que a Constituição Federal estabeleceu a 
necessidade de reserva de vagas aos portadores de necessidades 
especiais, tendo, nesse aspecto, remetido à lei para regulamentar tal 
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 12 
disposição. 
 
Desse modo, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º, 
estabeleceu que até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas 
nos concursos públicos serão reservadas aos portadores de 
necessidades especiais. 
 
Deve-se atentar para o fato de que se ocorrer fração, na 
fixação do percentual, deverá ser arredondado o número de vagas para 
o próximo inteiro. Por exemplo, um concurso estabelece 19 vagas e 
10% são destinadas aos portadores de necessidades especiais. Assim, 
teríamos 1,9 (um inteiro e nove décimos), ou seja, apenas uma vaga? 
Não. Teríamos duas vagas destinadas a PNE, eis que se arredonda 
sempre para o próximo número inteiro. 
 
Ademais, vale lembrar que no plano federal, o Decreto 
3.298/99, em seu artigo 37, trouxe previsão de que no mínimo 5% 
(cinco por cento) das vagas serão destinadas aos candidatos 
portadores de necessidades especais, conforme o seguinte: 
 
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o 
direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de 
condições com os demais candidatos, para provimento de 
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência 
de que é portador. 
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da 
necessária igualdade de condições, concorrerá a todas 
as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de 
cinco por cento em face da classificação obtida. 
§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo 
anterior resulte em número fracionado, este deverá ser 
elevado até o primeiro número inteiro subsequente. 
 
É de se observar, ademais, que, de acordo com a 
Constituição, os cargos públicos também podem ser acessíveis aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
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 13 
 
Para tanto, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º, §3º, 
estabelece que “as universidades e instituições de pesquisas 
científica e tecnológica federais poderãoprover seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo 
com as normas e procedimentos desta Lei”. 
 
2.3 Do Provimento 
 
Provimento é o ato de preencher cargo público. Com 
efeito, há duas formas de provimento, o denominado originário, ou 
seja, quando o agente não tem vínculo anterior com o cargo a ser 
ocupado, e o provimento derivado, quando há um vínculo anterior. 
 
O derivado poderá ser vertical (elevação funcional) ou 
horizontal (mudança de cargo do mesmo nível). 
 
Assim, conforme disposto no art. 8º da Lei nº 
8.112/90, são formas de provimento: a) nomeação; b) 
promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f) 
reintegração; e, g) recondução. Vejamos: 
 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
A nomeação é a única forma de provimento originário, 
todas as demais são provimentos derivados. 
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Nomeação é a indicação de uma pessoa para ocupar um 
cargo público, podendo ser de provimento efetivo, que se dará em 
virtude de aprovação em concurso público de provas ou provas e 
títulos, ou, comissionado, que é de livre nomeação e exoneração. 
 
A nomeação é sempre ato administrativo unilateral 
que não gera, por si só, qualquer obrigação para o servidor, mas sim 
o direito subjetivo para que esse formalize seu vínculo com a 
Administração, por meio da posse. 
 
Posse é ato jurídico bilateral de investidura do servidor 
no cargo. Importante salientar que somente haverá posse no 
provimento originário, ou seja, por nomeação. 
 
O prazo para o nomeado tomar posse é de trinta dias, 
improrrogáveis, contados da nomeação, ressalvando-se as seguintes 
hipóteses de licenças e afastamento, quando o prazo será contado a 
partir do término do impedimento. 
 
Art. 81, inc. I Licença em virtude de doença em pessoa da família 
Art. 81, inc. III Licença para prestar serviço militar obrigatório 
Art. 81, inc. V Licença capacitação 
Art. 102, inc. I Férias, 
Art. 102, inc. IV Treinamento regularmente instituído ou pós-graduação 
stricto sensu 
Art. 102, inc. VI Júri e outros serviços obrigatórios por lei 
Art. 102, inc. VIII, “a” Licença gestante, adotante e paternidade 
Art. 102, inc. VIII, “b” Licença para tratamento de saúde 
Art. 102, inc. VIII, “d” Licença em virtude de acidente em serviço ou doença 
profissional 
Art. 102, inc. VIII, “e” Licença capacitação 
Art. 102, inc. VIII, “f” Convocação para serviço militar 
Art. 102, inc. IX Deslocamento por remoção 
Art. 102, inc. X Participação em competição representando o país 
 
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A lei permite que a posse se dê mediante procuração 
específica, ou seja, que seja exclusiva no sentido de outorgar poderes 
ao terceiro para proceder à investidura no cargo em nome do nomeado, 
nos termos do art. 13, §3º, que assim dispõe: 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, 
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, 
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer 
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração 
específica. 
 
Acaso o nomeado não tome posse no prazo fixado, 
torna-se sem efeito o ato de nomeação. 
 
Com a posse abre-se o prazo quinzenal (15 dias) 
para o empossado entrar em exercício. 
 
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público, de modo que não poderá ser conferido a terceiro (é 
personalíssimo). Não entrando o empossado em exercício no prazo 
legal será exonerado. No caso de função de confiança o exercício, em 
regra, coincide com a data da designação e acaso não se entre em 
exercício torna-se sem efeito a designação. 
 
Os servidores têm jornada de trabalho com duração 
máxima semanal de quarenta horas, devendo observar o limite mínimo 
e máximo de seis horas e oito horas diárias. 
 
As demais formas de provimento são derivadas. A 
vertical é a promoção, a horizontal é a readaptação, as outras são por 
reingresso. 
 
Readaptação é a investidura de servidor, ocupante de 
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cargo efetivo, em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental. 
 
Aqui se aplica ao servidor estável ou não, e sempre é 
precedida de inspeção médica, pois se o servidor for julgado incapaz 
será aposentado. 
 
A readaptação deverá observar o seguinte: atribuições 
condizentes com sua limitação; habilitação exigida para o cargo; 
mesmo nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. 
 
Reintegração é o retorno, ou investidura, do servidor 
estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de ter sido 
invalidada, por decisão administrativa ou judicial, sua demissão. 
 
O servidor reintegrado terá direito ao ressarcimento de 
todas as vantagens durante o período de seu afastamento. 
 
Se o cargo que ocupava tiver sido transformado em 
outro, voltará para o cargo objeto da transformação. Se extinto, ficará 
em disponibilidade. 
 
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio 
probatório ou por reintegração do anterior ocupante. 
 
Aproveitamento é o retorno do servidor posto em 
disponibilidade e, por isso, estável, a cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 
Reversão é o retorno à atividade do servidor 
aposentado. Ocorre nos casos de aposentadoria por invalidez quando 
Junta Médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, ou 
por aposentadoria voluntária, no interesse da administrativa, e desde 
que não tenha ocorrido há mais de cinco anos, sendo o servidor estável 
quando em estava na ativa, havendo cargo vago, e ter ocorrido a 
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solicitação de retorno. 
 
Promoção é a elevação funcional do servidor dentro de 
uma carreira, ou seja, é a passagem de um servidor de uma 
categoria/classe para outra. 
 
Assim, por exemplo, Delegado de Polícia de terceira 
categoria, sendo promovido, por antiguidade ou merecimento, para 
Delegado de Polícia de segunda categoria, depois, primeira e, por fim, 
para a categoria especial. 
 
É importante destacar que a Lei nº 8.112/90 trazia a 
previsão da ascensão e da transferência, duas formas que eram tidas 
por inconstitucionais, já que violavam o princípio da acessibilidade por 
meio de concurso público. 
 
A ascensão era a modalidade de provimento por 
transposição ou verticalidade, de modo que o indivíduo tinha acesso a 
outro cargo, de nível superior ao que ocupava, sem concurso público. 
Referida modalidade foi revogada pela Lei nº 9.527/97, pois estava 
suspensa pelo STF que certamente a declararia inconstitucional. 
 
Na transferênciao servidor passava de um cargo para 
outro em órgãos ou entidades distintas. Por também ser 
inconstitucional, foi objeto de revogação pela Lei nº 9.527/97. 
 
2.5 Vacância 
 
A vacância é o ato administrativo pelo qual o cargo 
público fica vago, em razão de exoneração, demissão, aposentadoria, 
promoção, falecimento, posse em outro cargo inacumulável, conforme 
estabelece o art. 33, que assim dispõe: 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
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III - promoção; 
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
 
 
2.6 Estabilidade x Vitaliciedade 
 
A Lei nº 8.112/90 não estabelece qualquer garantia de 
vitaliciedade ou inamovibilidade para servidores públicos. Tais 
garantias estão previstas constitucionalmente para algumas carreiras, 
consideradas típicas de Estado, tal como a magistratura, membros do 
Ministério Público (promotores de justiça, procuradores da República) 
e a inamovibilidade também para Defensores Públicos. 
 
Para os servidores públicos, ocupantes de cargos 
efetivos, a Lei nº 8.112/90, nos moldes preconizados pela Constituição 
Federal (art. 41), possibilita a estabilidade no serviço público, após três 
anos de efetivo exercício. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício 
os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público 
 
São requisitos para a estabilidade que o servidor tenha 
sido aprovado em concurso público, nomeação para cargo público 
efetivo, ter três anos de efetivo exercício do cargo (conforme 
entendimento do STF e STJ), bem como ter realizado e ter sido 
aprovado na avaliação especial de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade. 
 
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2.7 Direitos e Vantagens 
 
Conforme estabelece o art. 40 do RJU, vencimento é a 
retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado 
em lei. E, a remuneração, de acordo com o art. 41, é o vencimento do 
cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei. 
 
O servidor público além do vencimento poderá perceber 
indenizações, gratificações e adicionais, conforme art. 49 que assim 
estabelece: 
 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor 
as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
 
No entanto, as indenizações não se incorporam ao 
vencimento ou provento para qualquer efeito, incorporando-se apenas 
as gratificações e adicionais, conforme art. 49, §§1º e 2º do RJU. 
 
2.7.1 Indenizações 
 
a) Ajuda de custo (arts. 53 a 57) 
 
É destina-se a compensar as despesas de instalação do 
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova 
sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. 
 
A Administração assume, ainda, as despesas de 
transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, 
bagagem e bens pessoais. 
 
Valor máximo: 3 meses de remuneração. 
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O servidor é obrigado a restituir a ajuda de custo 
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo 
de 30 dias. 
 
b) Diárias (arts. 58 e 59) 
 
A Lei nº 8.112/90, conforme art. 58, dispõe que o 
servidor que se afastar, em caráter eventual e transitório, para outro 
ponto do território nacional ou do exterior, a serviço fará jus a 
passagens e diárias, nestes termos: 
 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter 
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
É importante salientar que as diárias serão concedidas, 
com base em regulamento, por dia de afastamento, sendo devida pela 
metade no caso de não haver pernoite fora da sede. 
 
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo 
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite 
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as 
despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
 
Assim, quando não houver o afastamento da sede não 
serão devidas as diárias, ficando o servidor obrigado a devolvê-las, no 
prazo de cinco dias, conforme o art. 59, do RJU, que assim estabelece: 
 
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Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, 
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, 
no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
De igual forma, quando se tratar de região 
metropolitana, aglomerados urbanos ou microrregiões, ou seja, 
municípios limítrofes também não serão devidas as diárias, conforme 
o art. 58, §3º, que assim dispõe: 
 
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar 
dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou 
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e 
regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado 
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência 
dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se 
estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em 
que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os 
afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
 
c) Indenização de transporte (art. 60) 
 
É devida ao servidor que realiza serviços externos 
utilizando meio de transporte próprio. 
 
2.7.2 Gratificações 
 
a) Pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento. 
 
É o acréscimo à remuneração que ocorre pelo exercício 
de cargo comissionado (DAS). 
 
b) gratificação natalina 
 
Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a 
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que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no 
respectivo ano, sendo fração igual ou superior a 15 (quinze) dias 
considerada como mês integral para efeito de cálculo (art. 63). 
 
2.7.3 Adicionais 
 
a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas 
ou penosas 
 
Insalubridade: devido ao servidor que, em razão de 
suas funções, está em constante contato com substâncias ou 
elementos que podem, em longo prazo, provocar deterioração de sua 
saúde. 
 
Periculosidade: é pago ao servidor que coloca em risco 
sua integridade física em razão do exercício de suas funções. 
 
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não 
podem ser recebidos cumulativamente. 
 
Penosidade: pago aos servidoresem exercício em 
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida (penosas) 
o justifiquem. 
 
d) adicional pela prestação de serviço extraordinário 
 
O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo de 
50% em relação à hora normal de trabalho (art. 73). O limite máximo 
de horas-extras permitido é de 2 horas por jornada (art. 74). 
 
e) adicional noturno (art. 75) 
 
É devido pela prestação de serviço no horário 
compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia 
seguinte. 
 
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O adicional compreende o acréscimo de 25% sobre o 
valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno, 
considerando-se hora noturna de 52min e 30s. 
 
O adicional de serviço noturno é calculado 
cumulativamente com o adicional de serviço extraordinário (se for o 
caso de o serviço noturno ser extraordinário). 
 
f) adicional de férias 
 
Corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração do 
período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva 
vantagem será considerada no cálculo do adicional. 
 
2.8 Benefícios da Seguridade Social 
 
a) Auxílio-natalidade (art. 196): O auxílio-natalidade é devido à 
servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente 
ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de 
natimorto, e caso de parto múltiplo será acrescido de 50% por cada 
nascituro. 
 
b) Salário-família: O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao 
inativo, por dependente econômico, devendo o valor ser estabelecido 
em lei. 
 
2.9 Férias 
 
O servidor faz jus a 30 dias de férias anuais, após 
completar 12 meses de efetivo exercício. Podem ser parceladas em até 
três etapas, a requerimento do servidor, no entanto, a concessão do 
parcelamento é discricionária. 
 
Podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, 
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no caso de necessidade do serviço. 
 
Para o primeiro período aquisitivo de férias serão 
exigidos 12 meses de exercício (art. 77, § 1º). 
 
O pagamento da remuneração das férias será efetuado 
até 2 dias antes do início do respectivo período (art. 78). 
 
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo 
de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço 
militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela 
autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 80). 
 
2.10 Licenças 
 
a) Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
 
Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, 
do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas 
expensas e conste do seu assentamento funcional. 
 
Somente será concedida se o servidor comprovar 
indispensável sua assistência direta e essa não puder ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação 
de horário. 
 
É vedado ao servidor o exercício de atividade 
remunerada durante o período da licença. 
 
O período máximo de licença será de 150 dias, sendo 
que os primeiros trinta dias a licença será remunerada. Os trinta dias 
seguintes poderão ser de licença remunerada, dependendo essa 
prorrogação de parecer de junta médica oficial. O restante (90 dias) 
não serão remunerados. 
 
O período de licença remunerada é contado como tempo 
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de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 
103, II). 
 
b) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
 
Para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi 
deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou 
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e 
Legislativo. 
 
A licença será por prazo indeterminado e sem 
remuneração e o período de fruição não é computado como tempo de 
serviço para qualquer efeito. 
 
c) Licença para o Serviço Militar 
 
Ao servidor convocado para o serviço militar será 
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação 
específica. 
 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias, 
sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo. 
 
O período de licença é considerado como de efetivo 
exercício (art. 102, VIII, “f”). 
 
d) Licença para Atividade Política 
 
O servidor poderá obter licença durante o período que 
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato 
a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a 
Justiça Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de 
serviço, será sem remuneração. 
 
Também poderá obter a licença a partir do registro da 
candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, com a 
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remuneração do cargo efetivo. 
 
Nessa hipótese, a remuneração somente será paga pelo 
período de três meses. Caso o período entre o registro da candidatura 
e o décimo dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor 
poderá permanecer de licença, mas sem direito à remuneração. Esse 
período de licença será computado como tempo de serviço apenas para 
efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III). 
 
 
e) Licença para Capacitação 
 
Após cada cinco anos de efetivo exercício, não 
acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração, 
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até três meses, para participar de curso de 
capacitação profissional. 
 
Trata-se de ato discricionário, não gerando direito 
adquirido. Não devendo ser confundido com a licença prêmio, pois esta 
foi extinta. 
 
O período de licença para capacitação é considerado 
como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de serviço. 
 
f) Licença para Tratar de Interesses Particulares 
 
O servidor poderá requerer licença para tratar de 
interesses particulares, sem remuneração, que poderá durar até três 
anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor 
ou no interesse do serviço. 
 
É vedada, no entanto, para servidor em estágio 
probatório. Sendo, ademais, ato discricionário da Administração. 
 
O período de licença, evidentemente, não é computado 
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como tempo de serviço para qualquer efeito. 
 
g) Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
 
O servidor poderá obter licença para desempenho de 
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito 
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade 
fiscalizadora da profissão. 
 
Será de forma não remunerada, sendo, no entanto, ato 
vinculado, ou seja, obrigatória a concessão. 
 
A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser 
prorrogada, no caso de reeleição, por uma única vez. 
 
O tempo de fruição da licença é computado como de 
efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeito de promoção 
por merecimento (art. 102, VIII, “c”). 
 
h) Licença para Tratamento de Saúde 
 
O servidor poderá obter licença para tratamento de sua 
própria saúde. Trata-sede licença remunerada. 
 
O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de 
saúde é de 24 meses. 
 
O período de licença é computado como tempo de efetivo 
exercício até o limite de vinte e quatro meses, cumulativos ao longo do 
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
efetivo. 
 
A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de todo o 
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço 
apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
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i) Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade 
 
Gestante: 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem 
prejuízo da remuneração. Podendo ser prorrogado por mais 60 dias. 
 
O direito à licença pode ser exercido pela servidora a 
partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por 
prescrição médica. No caso de nascimento prematuro, a licença terá 
início a partir do parto. 
 
Adotante: (a) 90 dias se a criança tiver até 1 ano de 
idade; ou (b) 30 dias se a criança tiver mais de 1 ano de idade, que 
também poderá ser prorrogado, conforme o seguinte: 
 
Art. 1o Fica instituído, no âmbito da Administração Pública 
federal direta, autárquica e fundacional, o Programa de 
Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante. 
 
Art. 2o Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogação da 
Licença à Gestante e à Adotante as servidoras públicas 
federais lotadas ou em exercício nos órgãos e entidades 
integrantes da Administração Pública federal direta, autárquica 
e fundacional. 
 
§ 1o A prorrogação será garantida à servidora pública que 
requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto 
e terá duração de sessenta dias. 
 
§ 2o A prorrogação a que se refere o § 1o iniciar-se-á no dia 
subsequente ao término da vigência da licença prevista no art. 
207 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou do 
benefício de que trata o art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de julho 
de 1991. 
 
§ 3o O benefício a que fazem jus as servidoras públicas 
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mencionadas no caput será igualmente garantido a quem 
adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança, na seguinte proporção: 
 
I - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que 
trata o art. 71-A da Lei nº 8.213, de 1991: 
a) sessenta dias, no caso de criança de até um ano de idade; 
b) trinta dias, no caso de criança de mais de um e menos de 
quatro anos de idade; e 
c) quinze dias, no caso de criança de quatro a oito anos de 
idade. 
II - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que 
trata o art. 210 da Lei nº 8.112, de 1990: 
a) quarenta e cinco dias, no caso de criança de até um ano de 
idade; e 
b) quinze dias, no caso de criança com mais de um ano de 
idade. 
§ 4o Para os fins do disposto no § 3o, inciso II, alínea “b”, 
considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade 
incompletos, nos termos do art. 2o da Lei no 8.069, de 13 de 
julho de 1990. 
 
Paternidade: Pelo nascimento ou adoção de filhos, o 
servidor terá direito à licença-paternidade, remunerada, de 5 dias 
consecutivos. 
 
Os períodos de gozo das licenças descritas nesse tópico 
consideram-se como de efetivo exercício para efeito de contagem do 
tempo de serviço (art. 102, VIII, “a”). 
 
j) Licença por Acidente em Serviço 
 
Se do acidente em serviço resultar invalidez permanente 
do servidor, será ele aposentado com proventos integrais, não importa 
quanto tempo tenha de serviço. 
 
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Se, ao término de 24 meses, o servidor for considerado 
inapto para o serviço, será aposentado por invalidez permanente com 
proventos integrais. 
 
A prova do acidente deve ser feita no prazo de 10 dias, 
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. 
 
2.11 Afastamentos e concessões 
 
Afastamentos: (1) Afastamento para Servir a Outro 
Órgão ou Entidade (art. 93); (2) Afastamento para Exercício de 
Mandato Eletivo (art. 94); Afastamento para Estudo ou Missão no 
Exterior (art. 95) 
 
2.12 Concessões: 
 
Conforme o art. 97 da Lei nº 8.112/90, sem qualquer 
prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço, por 1 (um) dia, 
para doação de sangue; por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; 
por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: 
 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e 
irmãos. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) 
Considere as assertivas abaixo sobre o Provimento, Vacância, 
Remoção, Redistribuição e Substituição, nos termos da Lei 
nº 8112/1990. 
I. As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos 
estabelecidos em lei. 
II. O concurso público terá validade de até três anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período. 
III. A promoção consiste em forma de provimento de cargo público. 
IV. É possível a abertura de novo concurso, ainda que houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) I, III e IV. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está correta. De fato, de acordo com o art. 
5º, §3º, da Lei nº 8.112/90, as universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos estabelecidos em lei. 
 
A assertiva II está errada. O concurso público terá 
validade de até DOIS anos, podendo ser prorrogado uma única vez, 
por igual período. 
 
A assertiva III está correta. A promoção consiste em 
forma de provimento de cargo público, nos termos do art. 8º, inc. II, 
Lei nº 8.112/90. 
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Art. 8º São formas de provimento de cargo público: 
II - promoção; 
 
A assertiva IV está errada. De acordo com a Lei nº 
8.112/90, em seu artigo 12, §2º, é vedada a abertura de novo 
concurso, em que houver candidato aprovado em concurso anterior 
com prazo de validade não expirado. 
 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. 
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua 
realização serão fixados em edital, que será publicado no 
Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver 
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de 
validade não expirado. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
2. (TÉCNICO – MPE/SE – FCC/2009) Em relação aos cargos, 
empregos e funçõespúblicas, estabelece a Constituição que 
a) são acessíveis aos estrangeiros na forma da lei. 
b) a investidura em emprego público não depende de aprovação prévia 
em concurso público. 
c) o prazo de validade dos concursos públicos é de dois anos, vedada, 
em qualquer hipótese, sua prorrogação. 
d) a remuneração dos servidores públicos federais é fixada ou alterada 
por Decreto do Presidente da República. 
e) o servidor público civil não tem direito à livre associação sindical. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está correta. Conforme a Constituição, 
art. 37, inciso I, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos legais, bem como aos 
estrangeiros, na forma da lei, como expresso a seguir: 
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Art. 37. 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, 
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Nesse sentido, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º, 
estabelece que “as universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo 
com as normas e os procedimentos desta Lei”. 
 
A alternativa “b” está errada, porque a investidura em 
cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso 
público de provas ou provas e títulos, nos termos do art. 37, inc. II, da 
CF: 
 
Art. 37. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
 
A alternativa “c” está errada, eis que o prazo de validade 
é de ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual 
período, conforme art. 37, inc. III, da CF/88 e art. 12 da Lei nº 
8.112/90. 
 
Art. 37 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois 
anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
... 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, 
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. 
 
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A alternativa “d” está errada, pois nos termos do que 
dispõe o art. 37, inc. X, a remuneração e os subsídios são fixados por 
lei específica. 
 
E, a alternativa “e” está errada, porque é permitido ao 
servidor público civil à livre associação sindical, nos termos do art. 37, 
inc. VI, que assim dispõe: 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre 
associação sindical; 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) No que diz 
respeito ao tema cargo, emprego e função pública, é correto 
afirmar: 
a) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de 
cargos efetivos ou não, destinam-se apenas às atribuições de direção, 
chefia e assessoramento. 
b) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e 
distingue-se do cargo público pelo tipo de vínculo que liga o servidor 
ao Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo 
estatutário. 
c) A função exercida por servidores contratados temporariamente para 
atendimento de situações de excepcional interesse público exige, 
necessariamente, concurso público. 
d) As várias competências previstas na Constituição para os entes 
federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais 
dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes 
confere denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou 
remuneração. 
e) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou 
emprego, como em todos os casos de função, ou seja, as exercidas 
temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse 
público e as ocupadas para o exercício de funções de confiança. 
 
Comentário: 
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Como destacado inicialmente, servidor é a pessoa 
legalmente investida em cargo público, e cargo público, o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
Assim, a alternativa “a” está errada. Nos termos do art. 
37, inc. V, CF/88, as funções de confiança, exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os 
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. 
 
A alternativa “b” está errada. Emprego público 
decorre de um vínculo trabalhista. 
 
A alternativa “c” está errada. A contratação de 
temporário pode ocorrer mediante seleção pública, por análise 
curricular e até mesmo pela análise e aprovação de projeto, conforme 
prevê a Lei nº 8.745/93. 
 
A alternativa “d” está correta. De fato, as várias 
competências previstas na Constituição para os entes federativos são 
distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais dispõem de 
determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere 
denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou 
remuneração. 
 
A alternativa “e” está errada. Exige-se concurso público 
para a investidura em cargo ou emprego. Porém, nem todos os casos 
de função serão exigidos, tal como nos casos de temporários e cargos 
comissionados. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
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4. (PROMOTOR – MPE/PE – FCC/2008) No que diz respeito aos 
servidores públicos é INCORRETO afirmar, tecnicamente, que 
os 
a) empregados públicos da Administração direta e indireta, regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho, titulares de emprego público, 
recebem salário como remuneração. 
b) detentores de mandato eletivo e os chefes do Executivo recebem 
subsídio, constituído de parcela única, a título de remuneração. 
c) servidores, pelo exercício de cargo público, recebem vencimentos, 
como espécie de remuneração, e correspondem à soma do vencimento 
e das vantagens pecuniárias. 
d) agentes políticos, a exemplo dos membros do Ministério Público e 
dos Juízes de Direito, recebem vencimentos a título de retribuição 
pecuniária. 
e) os Conselheiros dos Tribunais de Contas recebem subsídio, visto 
como uma modalidade do sistema remuneratório constitucional. 
 
Comentário: 
 
Alternativa “a” está correta. Você poderia entender que 
por força da decisão do STF (inconstitucionalidade da EC 19/98 – art. 
39, CF/88) essa alternativa estaria errada. 
 
Cuidado! Não pense isso! Nós ainda temos empregados 
públicos na Administração direta. Como? É isso mesmo. Lembre-se que 
a EC 19 é de 98 e a decisão do STF foi em 2008, ou seja, quase 10 
anos depois. Nesse período, diversos cargos foram transformados em 
empregos e outros foram surgindo por Lei. 
 
Significa dizer então que existem situações ainda a 
serem definidas pelo STF no julgamento do mérito da ADI, de qualquer 
sorte, empregado público recebe salário como remuneração e são 
regidos pela CLT. 
 
Alternativa “b” está correta.A Constituição estabeleceu 
a remuneração por subsídio, ou seja, o pagamento por parcela única, 
no qual se veda acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, 
prêmio, verba de representação ou qualquer outra espécie de 
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remuneração, sendo obrigatório para os membros de Poder 
(magistrados, chefes do executivo, parlamentares), os Ministros de 
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais, conforme art. 39, §4º, 
CF/88: 
 
Art. 39. 
[...] 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os 
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão 
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela 
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, 
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 
37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Também será obrigatório para: 
 
x Membros do Ministério Público (art. 128, §5º, inc. 
I, alínea “c”, CF/88), 
x Membros da Advocacia-Geral da União (Advogados 
da União, Procuradores da Fazenda Nacional e 
Procuradores Federais), 
x Defensores Públicos (art. 135, CF/88), 
x Servidores da carreira policial (Delegados, Agentes 
de polícia etc), conforme art. 144, §9º, CF/88. 
 
De outro lado, a instituição de subsídio será facultativa 
aos demais servidores públicos organizados em carreira, conforme 
dispõe o art. 39, §8º da CF/88, que assim expressa: 
 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em 
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
A alternativa “c” é correta. Vencimento é a retribuição 
pecuniária pelo exercício das atribuições do cargo. Vencimentos é a 
soma do vencimento mais as vantagens, ou seja, é a remuneração do 
agente. 
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Alternativa “d” está errada. Observamos que agentes 
políticos, tal como membros do MP e magistrados, recebem a 
remuneração por meio de subsídio. 
 
Alternativa “e” é correta. Os Conselheiros dos Tribunais 
de Contas recebem subsídio, visto como uma modalidade do sistema 
remuneratório constitucional, sendo, inclusive, obrigatória sua 
instituição. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
5. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MT – FCC/2009) NÃO é 
característica do regime jurídico estabelecido pela Constituição 
Federal para o subsídio, como espécie remuneratória, 
a) somente poder o subsídio ser fixado ou alterado por lei específica. 
b) o subsídio não ter assegurada revisão geral anual. 
c) o subsídio ser aplicável a membro de Poder, detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. 
d) o subsídio ser fixado em parcela única. 
e) ao subsídio ser vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória. 
 
Comentário: 
 
O subsídio é parcela única, sendo obrigatório para os 
Agentes Políticos (magistratura, membros do MP, ocupantes de cargos 
políticos etc), Defensores Públicos, membros da Advocacia Pública, 
Procuradorias dos Estados, para carreira Policial, Polícia e Bombeiro 
militar, e de forma facultativa para servidores organizados em carreira. 
 
Vale destacar que o subsídio, assim como a remuneração 
dos servidores, somente poderá ser fixada ou alterada por lei 
específica, assegurando-se a revisão geral anual, na mesma data, 
conforme estabelece o art. 37, inc. X, da CF: 
 
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X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que 
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, 
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (Regulamento) 
 
Assim, a alternativa “b” está errada na medida em que o 
subsídio tem assegurada revisão geral anual. 
 
A alternativa “a” está correta, eis que somente pode o 
subsídio ser fixado ou alterado por lei específica. 
 
A alternativa “c” está correta, pois o subsídio é 
obrigatório para membro de Poder, detentor de mandato eletivo, os 
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. 
 
As alternativas “d” e “e” estão corretas, visto que o 
subsídio ser fixado em parcela única, de modo que é vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
6. (TÉCNICO – MPE/SE – FCC/2009) A remuneração por meio 
de subsídio em parcela única é obrigatória para 
a) o chefe do Poder Executivo e respectivos auxiliares, bem como os 
dirigentes superiores das entidades da administração indireta. 
b) os detentores de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os 
Secretários Estaduais e Municipais. 
c) o membro de Poder, os detentores de mandato eletivo e os 
ocupantes de cargo de chefia ou comissão. 
d) o Presidente da República, os Governadores de Estado e os Prefeitos 
Municipais, apenas. 
e) os Ministros dos Tribunais Superiores, os Desembargadores do 
Tribunal de Justiça e os juízes equivalentes em nível Municipal. 
 
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Comentário: 
 
O subsídio é obrigatório para os detentores de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. 
Além disso, é obrigatório para os membros da magistratura, do 
Ministério Público, da Defensoria Pública, da Advocacia Pública, da 
carreira Policial Federal, entre outras, e facultativo para servidores 
organizados em carreira. 
 
Então, observe os erros das alternativas: 
 
Alternativa “a” o erro está em dirigentes superiores das 
entidades da administração indireta. Vimos que, como regra, as 
estatais não estão submetidas ao teto remuneratório. 
 
Na alternativa “c” o erro consiste em colocar os 
ocupantes de cargo de chefia ou comissão. Estes não recebem por 
subsídio, é remuneração. 
 
Na alternativa “d” o erro está no apenas grafado no final 
da assertiva. 
 
E na alternativa “e” o erro está em tal Juízes equivalentes 
em nível Municipal. Não existe poder judiciário municipal, tampouco 
cargo equivalente a juízes. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
7. (PROCURADOR DO ESTADO – PGE/AL – FCC/2008) Em 
relação às limitações constitucionais à remuneração dos 
servidores, tem-se que o estabelecimento de teto 
remuneratório 
(A) é analisado conjuntamente entre cargos acumulados por um 
mesmo servidor em diferentes esferas da federação. 
(B) só alcançou os ocupantes de cargos que ingressaram nos quadros 
públicos após a edição da norma instituidora da limitação. 
(C) é analisado isoladamente entre cargos acumulados por um mesmo 
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servidor na mesma esfera, desde que esta acumulação seja 
constitucionalmente permitida. 
(D) atingiu os servidores que já ocupavam cargos à época da edição 
da norma instituidora da limitação. 
(E) não alcança vantagens pessoais, somente verbas indenizatórias.Comentário: 
 
O art. 37, inc. XI, da Constituição Federal, com redação 
dada pela EC 41/03, estabeleceu que: 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas 
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos 
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no 
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. 
 
Tal dispositivo, ao fixar o limite remuneratório no âmbito 
do serviço público, ou seja, fixar o denominado teto constitucional, não 
exigiu qualquer complemento para sua aplicabilidade, sendo, portanto, 
norma de aplicabilidade imediata, estabelecendo como teto geral o 
subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
 
No entanto, há limites específicos, de modo que se aplica 
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como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no 
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito 
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento 
do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário. 
 
Assim, é possível verificar um teto geral (subsídio dos 
Ministros do STF) e tetos específicos no âmbito municipal, estadual e 
distrital para cada poder, inclusive. 
 
Todavia, a Emenda Constitucional 47/05, facultou aos 
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda 
às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o 
subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento 
do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se 
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
 
Por isso: 
 
A alternativa “a” é errada. Porém, fica uma ressalva aqui. 
Isso é o que deveria ser feito. Ou seja, o teto deve ser observando não 
só na mesma esfera, mas em qualquer caso de acumulação. Todavia, 
a situação é motivo de diversas coberturas, o que praticamente tem 
tornado o instituto letra morta, salvo para os simples servidores. 
 
Bem, de todo modo, na atualidade não se tem feito a 
análise conjunta entre cargos acumulados por um mesmo servidor em 
diferentes esferas da federação. 
 
Alternativa “b” também é errada. A norma alcança a 
todos, agentes públicos que já ocupavam cargos públicos e aqueles 
que venham ocupar. 
 
É importante lembrar que o STF tem entendimento firme 
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de que não há direito adquirido a regime jurídico e que a incidência do 
teto remuneratório não fere o princípio da irredutibilidade de 
vencimento. 
 
Alternativa “c” é errada. Se for da mesma esfera, não se 
analisa isoladamente, ou seja, se faz a soma dos cargos acumulados 
para efeito de teto remuneratório. 
 
Alternativa “d” é correta. Pois, como vimos, a fixação do 
teto atingiu os servidores que já ocupavam cargos à época da edição 
da norma instituidora da limitação. 
 
A alternativa “e” é errada. O teto alcança toda a 
remuneração, inclusive vantagens pessoais. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
8. (PROCURADOR DO ESTADO – PGE/SP – FCC/2009) Os limites 
remuneratórios previstos na Constituição Federal aplicam-se a: 
a) todas as autarquias e a todas as empresas públicas. 
b) todas as autarquias e a todas as empresas públicas sem autonomia 
de custeio. 
c) toda a Administração direta e a todas as empresas públicas. 
d) todas as autarquias e a todas as sociedades de economia mista. 
e) toda a Administração direta e a todas as sociedades de economia 
mista. 
 
Comentário: 
 
Vê-se que o limite remuneratório, conforme o disposto 
no art. 37, inc. XI, da CF/88 se aplica a toda Administração Pública 
direta, autárquica e fundacional. Significa dizer que, em regra, as 
estatais não estariam submetidas ao teto remuneratório. 
 
INFORMATIVO Nº 348 
TÍTULO: Sustação de Decreto Regulamentar e ADI - 2 
PROCESSO: ADI - 1553 
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ARTIGO 
No mérito, o Tribunal julgou procedente, em parte, o pedido 
para declarar a inconstitucionalidade do Decreto Legislativo 
111/96, no que veio a sustar a eficácia do art. 1º, caput, §§1º 
e 2º, incisos I e II, e §3º, nele inseridos, e dos arts. 6º e 7º, 
do Decreto 17.128/96. Manteve-se a sustação dos arts. 2º e 
4º, bem como do inciso III, do §2º, do art. 1º, do Decreto 
regulamentar. Entendeu-se que, em relação a esses 
dispositivos, teria havido extravasamento do poder 
regulamentar do Executivo, consistente na redução do rol das 
vantagens de caráter pessoal, em desconformidade com a lei 
regulamentada (Lei distrital 237/92) e a CF; na estipulação da 
base de cálculo dos adicionais e vantagens, tema não tratado 
pela lei regulamentada e, ainda, na extensão da 
aplicabilidade do teto aos empregados de empresas 
públicas e sociedades de economia mista, o que, de 
acordo com o art. 1º, caput, da lei regulamentada, teria 
ficado restrito à Administração Direta, Autárquica e 
Fundacional. Precedente citado: ADI 748 MC/RJ (DJU de 
3.8.92). ADI 1553/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 
13.5.2004.(ADI-1553) 
 
Todavia, recentemente o STF modificou referindo 
entendimento no sentido de aplicar o teto remuneratório aos 
empregados de sociedade de economia mista, conforme assim 
expresso: 
 
“Teto salarial. Empregado de sociedade de economia 
mista. Submissão aos limites estabelecidos pelo art. 37, 
XI, da Constituição da República. Precedentes do 
Plenário. Os empregados das sociedades de economia 
mista estão submetidos ao teto salarial determinado 
pelo art. 37, XI, da Constituição, ainda antes da entrada 
em vigor da Emenda Constitucional n. 19/98.” (AI 
581.311-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 
14-10-08, DJE de 21-11-08). No mesmo sentido: AI 
534.744-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 
15-12-09, 1ª Turma, DJE de 5-2-10; RE 590.252-AgR, 
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TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 07 – RJU [1ª Parte] 
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Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-3-09, 2ª Turma, 
DJE de 17-4-09. 
 
Então, conforme esse entendimento, as sociedades de 
economia mista e as empresas públicas também se submetem ao teto 
remuneratório.

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