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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 Olá! Estamos na reta final. Hoje vamos estudar o regime jurídico dos servidores, isto é o conjunto de regras que regerá nossas vidas no serviço público, conforme o seguinte: Aula 07: Agentes Públicos. Regime Jurídico dos Servidores Civis da União (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e alterações posteriores). 1ª Parte. Vamos ao que interessa. SUMÁRIO 1. Agentes Públicos ........................................................................................ 2 2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) ................................. 7 2.1 Cargo Público ........................................................................................... 9 2.2 Investidura ............................................................................................. 10 2.3 Do Provimento ....................................................................................... 13 2.5 Vacância ................................................................................................. 17 2.6 Estabilidade x Vitaliciedade .................................................................... 18 2.7 Direitos e Vantagens .............................................................................. 19 2.7.1 Indenizações ....................................................................................... 19 2.7.2 Gratificações ....................................................................................... 21 2.7.3 Adicionais ............................................................................................ 22 2.8 Benefícios da Seguridade Social ............................................................. 23 2.9 Férias ...................................................................................................... 23 2.10 Licenças ................................................................................................ 24 2.11 Afastamentos e concessões .................................................................. 30 2.12 Concessões: .......................................................................................... 30 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................. 31 QUESTÕES SELECIONADAS ........................................................................ 144 GABARITO .................................................................................................. 178 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 2 1. Agentes Públicos A noção de agente público se confunde de certo modo com a noção de servidor público, que durante muito tempo foi denominado funcionário público, expressão já ultrapassada. No entanto, atualmente é mais usual e adequado referirmo-nos de maneira geral ao conjunto de pessoas que realizam as diversas atribuições no âmbito da administração pública utilizando a expressão agente público, que, inclusive, goza de previsão legal, conforme expresso no art. 2º da Lei 8.429/92, que assim dispõe: Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. É preciso, no entanto, descortinarmos o alcance da expressão agente público, e, para tanto, utilizamos a divisão clássica de Hely Lopes Meirelles, para quem há as seguintes espécies de agentes públicos: a) Agentes políticos b) Agentes administrativos c) Agentes honoríficos d) Agentes delegados e) Agentes credenciados Agentes políticos são aqueles que ocupam cargos que compõe os órgãos constitucionais independentes, ou seja, dotados de independência funcional, prerrogativas do cargo e sujeitos a regime PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 especial, cujas funções advêm diretamente da Constituição, investidos, normalmente, por meio de eleição, nomeação ou designação. Dentre esses estariam compreendidos os magistrados, os membros do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, além dos representantes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito, e seus auxiliares diretos, Ministros, Secretários etc) e do Poder Legislativo (Deputados, Senadores, Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores). Por outro lado, há forte corrente que defende serem os agentes políticos apenas aqueles que erigidos aos cargos eletivos, tal como o Presidente, Governador, Senador, Deputado, Vereador etc. Nesse sentido, vale salientar, e é preciso ficar atentos a isto, que o STF tem entendido que os agentes políticos são todos aqueles que exercem atribuições decorrentes diretamente da Constituição, não sendo, pois, apenas os detentores de cargos eletivos, de modo que englobam também outros agentes públicos tal como os magistrados, conforme orientação firmada no Informativo n. 263. Vejamos: Informativo 263 (RE-228977) Dano Moral e Atos Judiciais (Transcrições) RE 228.977-SP* (v. Informativo 259) Relator: Min. Néri da Silveira EMENTA: - Recurso extraordinário. Responsabilidade objetiva. Ação reparatória de dano por ato ilícito. Ilegitimidade de parte passiva. 2. Responsabilidade exclusiva do Estado. A autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos atos jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica. (...) PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 4 (...) os magistrados se enquadram na espécie agente político. Estes, são investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica, requisitos, aliás, indispensáveis ao exercício de suas funções decisórias. (...) É o que elucida o saudoso HELY LOPES MEIRELLES, em sua obra "Direito Administrativo Brasileiro" (18ª ed., pág. 72): "Os agentes políticos exercem funções governamentais, judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência. São as autoridades públicas supremas do Governo e da Administração na área de sua atuação, pois não estão hierarquizadas, sujeitando-se apenas aos graus e limites constitucionais e legais de jurisdição. Em doutrina, os agentes políticos têm plena liberdade funcional, equiparável à independência dos juízes nos seus julgamentos, e, para tanto, ficam a salvo de responsabilidade civil por seus eventuais erros de atuação, a menos que tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder. Nesta categoria encontram-se os Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros e Secretários de Estado e de Município); os membros das Corporações Legislativas (Senadores,Deputados e Vereadores); os membros do Poder Judiciário (Magistrados em geral); os membros do Ministério Público (Procuradores da República e da Justiça, Promotores e Curadores Públicos)..." Por outro lado, agentes administrativos são todos aqueles agentes que estão submetidos à hierarquia funcional, não sendo membro de poder, não exercendo funções políticas ou governamentais, estando sujeitos ao regime jurídico da entidade a que servem. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 5 Nesse conceito estão todos os que têm com os entes Políticos (Administração Direta) e entidades administrativas (Administração Indireta) vínculo funcional ou relação laboral, de natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência. Por isso, dividem-se em: servidores públicos, empregados públicos e funcionários ou servidores temporários. Servidores públicos são todas as pessoas físicas que ocupam um cargo público, submetidos a regime estatutário, e mantendo vínculo de subordinação com o Estado ou com suas entidades mediante retribuição pecuniária. Nesse sentido, vale lembrar que cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas em uma estrutura organizacional, que devem ser cometidas a um servidor (art. 3º, Lei nº 8.112/90), que são criados por lei e com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, cujo provimento poderá ser em caráter efetivo ou em comissão. Assim, teremos servidores públicos de cargos efetivos (concursados) e servidores públicos de cargos comissionados (cargos de Direção e Assessoramento Superior). Os empregados públicos são pessoas físicas que ocupam emprego público, ou seja, são os contratados sob o regime da legislação trabalhista (celetistas) por prazo indeterminado. Em regra tais agentes estão no âmbito das estatais, submetidos ao regime laboral, na medida em que tais entidades são regidas, preponderantemente, pelo regime de direito privado. Ocorre, no entanto, que com a EC n. 19/98, permitiu-se à Administração direta, autárquica e fundacional também contratar sob PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 6 o regime celetista. Disposição que restou suspensa pela decisão proferida pelo STF na ADI n. 2.135. Servidores ou funcionários temporários, ou simplesmente agentes temporários, são agentes contratados de forma temporária, por excepcional interesse público, para exercer função por prazo determinado, conforme estabelece a Constituição Federal em seu art. 37, inciso IX, ao permitir a contratação de servidor visando atender necessidade temporária em razão de excepcional interesse público (exemplo: recenseador do IBGE). Nesse sentido, a Lei nº 8.745/93 regulamentou na esfera federal a contratação de pessoal para o exercício de atividade temporária, dispondo que as pessoas jurídicas de direito público poderiam contratar pessoal observando as condições e os requisitos legais. Agentes delegados são particulares que, por força de contrato ou ato administrativo em que se delega a realização de uma atividade, obra ou serviço público, a executam sob sua conta e risco, sob fiscalização do Estado, por isso atuando em colaboração a este (descentralização por colaboração). Como exemplo pode-se citar os delegatários de serviço público, tal como os concessionários, permissionários, tabelião, leiloeiros etc. Agentes honoríficos são particulares que, em razão de sua condição cívica, honra, ou de sua notória capacidade profissional, são requisitados ou designados pelo Estado para exercerem, de forma provisória, certa atividade ou função, podendo ser remunerados ou não. (Exemplo: Mesário, Jurado, Membros dos Conselhos Tutelares das crianças e adolescentes etc). Por fim, temos ainda os chamados agentes credenciados, ou seja, aqueles que o Estado dá a incumbência de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 7 representá-lo para certa e específica atividade ou para um ato determinado, mediante remuneração. É possível, ademais, constatarmos a existência de outras classificações, a exemplo daqueles que colocam dentre tais agentes os militares (agentes militares) e os terceirizados (agentes em colaboração). É o que explica a Profa. Di Pietro em relação aos militares, que antes da EC n. 18/98 enquadravam-se na categoria de servidores públicos, porém após a emenda retirou-se a expressão, por isso não são considerados como servidores, figurando-se como mais uma categoria de agente público, denominados simplesmente de militares. Cuidado, pois há pessoas que ainda utilizam a expressão funcionário público de forma indistinta para qualificar todos os agentes públicos. Trata-se de uma expressão, como ressaltado, em desuso, no entanto, ainda prevista no Código Penal Brasileiro no art. 327, que se refere a qualquer agente público para fins penais. 2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 39, estabeleceu a obrigatoriedade da administração pública direta, autárquica e fundacional de adotar regime jurídico único para seus servidores, conforme assim expresso: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Nesse sentido, no âmbito Federal foi editada a Lei nº 8.112/90, que criou o regime jurídico dos servidores públicos civis da PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 8 União, das autarquias e das fundações públicas federais, o denominado Regime Jurídico Único (RJU). Contudo, a Emenda Constitucional nº 19/98 (reforma do Estado) promoveu alteração no art. 39, caput, da CF/88, retirando a obrigatoriedade de se adotar um único regime jurídico para dispor sobre os servidores públicos, de maneira que se abriu possibilidade de a administração pública direta, autárquica e fundacional de adotar outros regimes, tal como o celetista, para provimento de emprego nos seus quadros, por exemplo. Recentemente, no entanto, em controle de constitucionalidade, no julgamento da ADI n. 2135-4 o Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu medida cautelar para suspender a redação do caput do artigo 39, CF/88, dada pela EC n. 19/98, por vício de inconstitucionalidade formal, voltando a vigorar a redação original da Constituição. É de se esclarecer, portanto, que temos novamente a obrigatoriedade de se adotar regime jurídico único. Entretanto, cumpre dizer que o STF conferiu efeito ex-nunc, ou seja, a decisão não tem efeito retroativo. E, com isso, toda a legislação editada durante a vigência do artigo 39, caput, com a redação da EC nº 19/98, continua válida a regular o período de 1998 até a decisão do STF. Ressalta-se, dessa forma, que ficam resguardas as situações consolidadas no período da EC n. 19 até decisão de suspensão, até que o mérito da ADI n. 2135-4 seja julgado em definitivo, ou seja, quem foi contratado pelo regime de emprego regido pela CLT continuará sob tal regime até que o mérito seja julgado pelo STF e decida sobre tais situações.Lembre-se, portanto, que a Lei nº 8.112/90 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais, sendo denominada de RJU (regime jurídico único), por força do art. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 9 39, caput, da CF/88. E, nos termos do RJU, considera-se servidor a pessoa legalmente investida em cargo público, e cargo público, o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Portanto, os servidores públicos, em sentido estrito, são regidos por um conjunto de regras que estabelecem seus direitos, deveres, obrigações e responsabilidades. Trata-se do regime jurídico dos servidores públicos. A Lei nº 8.112/90 delimita os critérios, direitos, deveres e demais regras que estabelecem as obrigações e responsabilidades dos servidores públicos federais. É fato que esse vínculo, do servidor com o Estado, se inicia com nomeação, posse e exercício no cargo. 2.1 Cargo Público Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.112/90, cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. De outro lado, conforme a própria Lei nº 8.112/90, art. 2º, estabelece, servidor é pessoa legalmente investida em cargo público. Assim, somente haverá cargos públicos no âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional (fundações públicas de direito público). Nas demais entidades administrativas, ou seja, nas PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 10 fundações públicas de direito privado e nas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) não teremos cargos públicos, teremos empregados públicos. 2.2 Investidura A Lei nº 8.112/90 estabeleceu os requisitos para investidura em cargo público, conforme art. 5º, que assim dispõe: Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental Deve-se observar que tais requisitos devem ser demonstrados no ato da posse, não se estabelecendo qualquer limite de idade para efeito de inscrição em concurso. Importante dizer que o Supremo Tribunal Federal tem firme entendimento no sentido de que estabelecer limite de idade para inscrição em concurso público depende de expressa previsão legal, conforme a súmula 14, que assim dispõe: Súmula 14: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. Esse entendimento foi aplicado, inclusive, recentemente, conforme Informativo nº 580, que assim veiculou: INFORMATIVO Nº 580 TÍTULO: Forças Armadas: Limite de Idade para Concurso de Ingresso e Art. 142, § 3º, X, da CF - 2 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 11 PROCESSO: RE - 600225 ARTIGO A Min. Cármen Lúcia, relatora, negou provimento ao recurso por entender que, tendo a Constituição Federal determinado, em seu art. 142, § 3º, X, que os requisitos para o ingresso nas Forças Armadas são os previstos em lei, com referência expressa ao critério de idade, não caberia regulamentação por meio de outra espécie normativa. Considerou, por conseguinte, não recepcionada pela Carta Magna a expressão “e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica”, contida no art. 10 da Lei 6.880/80, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares (“Art. 10 O ingresso nas Forças Armadas é facultado mediante incorporação, matrícula ou nomeação, a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e nos regulamentos da marinha, do exército e da aeronáutica.”.). Afirmou ser inquestionável a prerrogativa das Forças Armadas de instituir por regulamento de cada Força, e até mesmo nos editais de concursos, os procedimentos relativos a todo o certame. Aduziu que o conteúdo definido constitucionalmente como sendo objeto de cuidado a ser levado a efeito por lei haveria de ser desdobrado, de forma detalhada, nos atos administrativos, tais como os regulamentos e editais. Observou, contudo, que esses atos não poderiam inovar nos pontos em que a legislação não tivesse estatuído. Registrou, ainda, que, no item específico relativo à definição dos limites de idade, a fixação do requisito por regulamento ou edital, categoria de atos administrativos, esbarraria, inclusive, na Súmula 14 do STF (“Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.”). RE 572499/SC, rel. Min. Cármen Lúcia, 25.3.2010. (RE-572499) Vale destacar que a Constituição Federal estabeleceu a necessidade de reserva de vagas aos portadores de necessidades especiais, tendo, nesse aspecto, remetido à lei para regulamentar tal PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 12 disposição. Desse modo, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º, estabeleceu que até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos serão reservadas aos portadores de necessidades especiais. Deve-se atentar para o fato de que se ocorrer fração, na fixação do percentual, deverá ser arredondado o número de vagas para o próximo inteiro. Por exemplo, um concurso estabelece 19 vagas e 10% são destinadas aos portadores de necessidades especiais. Assim, teríamos 1,9 (um inteiro e nove décimos), ou seja, apenas uma vaga? Não. Teríamos duas vagas destinadas a PNE, eis que se arredonda sempre para o próximo número inteiro. Ademais, vale lembrar que no plano federal, o Decreto 3.298/99, em seu artigo 37, trouxe previsão de que no mínimo 5% (cinco por cento) das vagas serão destinadas aos candidatos portadores de necessidades especais, conforme o seguinte: Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador. § 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida. § 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente. É de se observar, ademais, que, de acordo com a Constituição, os cargos públicos também podem ser acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 13 Para tanto, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º, §3º, estabelece que “as universidades e instituições de pesquisas científica e tecnológica federais poderãoprover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e procedimentos desta Lei”. 2.3 Do Provimento Provimento é o ato de preencher cargo público. Com efeito, há duas formas de provimento, o denominado originário, ou seja, quando o agente não tem vínculo anterior com o cargo a ser ocupado, e o provimento derivado, quando há um vínculo anterior. O derivado poderá ser vertical (elevação funcional) ou horizontal (mudança de cargo do mesmo nível). Assim, conforme disposto no art. 8º da Lei nº 8.112/90, são formas de provimento: a) nomeação; b) promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f) reintegração; e, g) recondução. Vejamos: Art. 8o São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução. A nomeação é a única forma de provimento originário, todas as demais são provimentos derivados. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 14 Nomeação é a indicação de uma pessoa para ocupar um cargo público, podendo ser de provimento efetivo, que se dará em virtude de aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos, ou, comissionado, que é de livre nomeação e exoneração. A nomeação é sempre ato administrativo unilateral que não gera, por si só, qualquer obrigação para o servidor, mas sim o direito subjetivo para que esse formalize seu vínculo com a Administração, por meio da posse. Posse é ato jurídico bilateral de investidura do servidor no cargo. Importante salientar que somente haverá posse no provimento originário, ou seja, por nomeação. O prazo para o nomeado tomar posse é de trinta dias, improrrogáveis, contados da nomeação, ressalvando-se as seguintes hipóteses de licenças e afastamento, quando o prazo será contado a partir do término do impedimento. Art. 81, inc. I Licença em virtude de doença em pessoa da família Art. 81, inc. III Licença para prestar serviço militar obrigatório Art. 81, inc. V Licença capacitação Art. 102, inc. I Férias, Art. 102, inc. IV Treinamento regularmente instituído ou pós-graduação stricto sensu Art. 102, inc. VI Júri e outros serviços obrigatórios por lei Art. 102, inc. VIII, “a” Licença gestante, adotante e paternidade Art. 102, inc. VIII, “b” Licença para tratamento de saúde Art. 102, inc. VIII, “d” Licença em virtude de acidente em serviço ou doença profissional Art. 102, inc. VIII, “e” Licença capacitação Art. 102, inc. VIII, “f” Convocação para serviço militar Art. 102, inc. IX Deslocamento por remoção Art. 102, inc. X Participação em competição representando o país PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 15 A lei permite que a posse se dê mediante procuração específica, ou seja, que seja exclusiva no sentido de outorgar poderes ao terceiro para proceder à investidura no cargo em nome do nomeado, nos termos do art. 13, §3º, que assim dispõe: Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Acaso o nomeado não tome posse no prazo fixado, torna-se sem efeito o ato de nomeação. Com a posse abre-se o prazo quinzenal (15 dias) para o empossado entrar em exercício. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público, de modo que não poderá ser conferido a terceiro (é personalíssimo). Não entrando o empossado em exercício no prazo legal será exonerado. No caso de função de confiança o exercício, em regra, coincide com a data da designação e acaso não se entre em exercício torna-se sem efeito a designação. Os servidores têm jornada de trabalho com duração máxima semanal de quarenta horas, devendo observar o limite mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias. As demais formas de provimento são derivadas. A vertical é a promoção, a horizontal é a readaptação, as outras são por reingresso. Readaptação é a investidura de servidor, ocupante de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 16 cargo efetivo, em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental. Aqui se aplica ao servidor estável ou não, e sempre é precedida de inspeção médica, pois se o servidor for julgado incapaz será aposentado. A readaptação deverá observar o seguinte: atribuições condizentes com sua limitação; habilitação exigida para o cargo; mesmo nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. Reintegração é o retorno, ou investidura, do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de ter sido invalidada, por decisão administrativa ou judicial, sua demissão. O servidor reintegrado terá direito ao ressarcimento de todas as vantagens durante o período de seu afastamento. Se o cargo que ocupava tiver sido transformado em outro, voltará para o cargo objeto da transformação. Se extinto, ficará em disponibilidade. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório ou por reintegração do anterior ocupante. Aproveitamento é o retorno do servidor posto em disponibilidade e, por isso, estável, a cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado. Ocorre nos casos de aposentadoria por invalidez quando Junta Médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, ou por aposentadoria voluntária, no interesse da administrativa, e desde que não tenha ocorrido há mais de cinco anos, sendo o servidor estável quando em estava na ativa, havendo cargo vago, e ter ocorrido a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 17 solicitação de retorno. Promoção é a elevação funcional do servidor dentro de uma carreira, ou seja, é a passagem de um servidor de uma categoria/classe para outra. Assim, por exemplo, Delegado de Polícia de terceira categoria, sendo promovido, por antiguidade ou merecimento, para Delegado de Polícia de segunda categoria, depois, primeira e, por fim, para a categoria especial. É importante destacar que a Lei nº 8.112/90 trazia a previsão da ascensão e da transferência, duas formas que eram tidas por inconstitucionais, já que violavam o princípio da acessibilidade por meio de concurso público. A ascensão era a modalidade de provimento por transposição ou verticalidade, de modo que o indivíduo tinha acesso a outro cargo, de nível superior ao que ocupava, sem concurso público. Referida modalidade foi revogada pela Lei nº 9.527/97, pois estava suspensa pelo STF que certamente a declararia inconstitucional. Na transferênciao servidor passava de um cargo para outro em órgãos ou entidades distintas. Por também ser inconstitucional, foi objeto de revogação pela Lei nº 9.527/97. 2.5 Vacância A vacância é o ato administrativo pelo qual o cargo público fica vago, em razão de exoneração, demissão, aposentadoria, promoção, falecimento, posse em outro cargo inacumulável, conforme estabelece o art. 33, que assim dispõe: Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 18 III - promoção; IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulável; IX - falecimento. 2.6 Estabilidade x Vitaliciedade A Lei nº 8.112/90 não estabelece qualquer garantia de vitaliciedade ou inamovibilidade para servidores públicos. Tais garantias estão previstas constitucionalmente para algumas carreiras, consideradas típicas de Estado, tal como a magistratura, membros do Ministério Público (promotores de justiça, procuradores da República) e a inamovibilidade também para Defensores Públicos. Para os servidores públicos, ocupantes de cargos efetivos, a Lei nº 8.112/90, nos moldes preconizados pela Constituição Federal (art. 41), possibilita a estabilidade no serviço público, após três anos de efetivo exercício. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público São requisitos para a estabilidade que o servidor tenha sido aprovado em concurso público, nomeação para cargo público efetivo, ter três anos de efetivo exercício do cargo (conforme entendimento do STF e STJ), bem como ter realizado e ter sido aprovado na avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 19 2.7 Direitos e Vantagens Conforme estabelece o art. 40 do RJU, vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. E, a remuneração, de acordo com o art. 41, é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. O servidor público além do vencimento poderá perceber indenizações, gratificações e adicionais, conforme art. 49 que assim estabelece: Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais. No entanto, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito, incorporando-se apenas as gratificações e adicionais, conforme art. 49, §§1º e 2º do RJU. 2.7.1 Indenizações a) Ajuda de custo (arts. 53 a 57) É destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. A Administração assume, ainda, as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. Valor máximo: 3 meses de remuneração. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 20 O servidor é obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 dias. b) Diárias (arts. 58 e 59) A Lei nº 8.112/90, conforme art. 58, dispõe que o servidor que se afastar, em caráter eventual e transitório, para outro ponto do território nacional ou do exterior, a serviço fará jus a passagens e diárias, nestes termos: Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) É importante salientar que as diárias serão concedidas, com base em regulamento, por dia de afastamento, sendo devida pela metade no caso de não haver pernoite fora da sede. § 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. Assim, quando não houver o afastamento da sede não serão devidas as diárias, ficando o servidor obrigado a devolvê-las, no prazo de cinco dias, conforme o art. 59, do RJU, que assim estabelece: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 21 Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. De igual forma, quando se tratar de região metropolitana, aglomerados urbanos ou microrregiões, ou seja, municípios limítrofes também não serão devidas as diárias, conforme o art. 58, §3º, que assim dispõe: § 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) c) Indenização de transporte (art. 60) É devida ao servidor que realiza serviços externos utilizando meio de transporte próprio. 2.7.2 Gratificações a) Pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento. É o acréscimo à remuneração que ocorre pelo exercício de cargo comissionado (DAS). b) gratificação natalina Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 22 que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano, sendo fração igual ou superior a 15 (quinze) dias considerada como mês integral para efeito de cálculo (art. 63). 2.7.3 Adicionais a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas Insalubridade: devido ao servidor que, em razão de suas funções, está em constante contato com substâncias ou elementos que podem, em longo prazo, provocar deterioração de sua saúde. Periculosidade: é pago ao servidor que coloca em risco sua integridade física em razão do exercício de suas funções. Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não podem ser recebidos cumulativamente. Penosidade: pago aos servidoresem exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida (penosas) o justifiquem. d) adicional pela prestação de serviço extraordinário O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho (art. 73). O limite máximo de horas-extras permitido é de 2 horas por jornada (art. 74). e) adicional noturno (art. 75) É devido pela prestação de serviço no horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia seguinte. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 23 O adicional compreende o acréscimo de 25% sobre o valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno, considerando-se hora noturna de 52min e 30s. O adicional de serviço noturno é calculado cumulativamente com o adicional de serviço extraordinário (se for o caso de o serviço noturno ser extraordinário). f) adicional de férias Corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional. 2.8 Benefícios da Seguridade Social a) Auxílio-natalidade (art. 196): O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto, e caso de parto múltiplo será acrescido de 50% por cada nascituro. b) Salário-família: O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico, devendo o valor ser estabelecido em lei. 2.9 Férias O servidor faz jus a 30 dias de férias anuais, após completar 12 meses de efetivo exercício. Podem ser parceladas em até três etapas, a requerimento do servidor, no entanto, a concessão do parcelamento é discricionária. Podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 24 no caso de necessidade do serviço. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício (art. 77, § 1º). O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período (art. 78). As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 80). 2.10 Licenças a) Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional. Somente será concedida se o servidor comprovar indispensável sua assistência direta e essa não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. É vedado ao servidor o exercício de atividade remunerada durante o período da licença. O período máximo de licença será de 150 dias, sendo que os primeiros trinta dias a licença será remunerada. Os trinta dias seguintes poderão ser de licença remunerada, dependendo essa prorrogação de parecer de junta médica oficial. O restante (90 dias) não serão remunerados. O período de licença remunerada é contado como tempo PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 25 de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, II). b) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge Para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração e o período de fruição não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito. c) Licença para o Serviço Militar Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo. O período de licença é considerado como de efetivo exercício (art. 102, VIII, “f”). d) Licença para Atividade Política O servidor poderá obter licença durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de serviço, será sem remuneração. Também poderá obter a licença a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, com a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 26 remuneração do cargo efetivo. Nessa hipótese, a remuneração somente será paga pelo período de três meses. Caso o período entre o registro da candidatura e o décimo dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor poderá permanecer de licença, mas sem direito à remuneração. Esse período de licença será computado como tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III). e) Licença para Capacitação Após cada cinco anos de efetivo exercício, não acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. Trata-se de ato discricionário, não gerando direito adquirido. Não devendo ser confundido com a licença prêmio, pois esta foi extinta. O período de licença para capacitação é considerado como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de serviço. f) Licença para Tratar de Interesses Particulares O servidor poderá requerer licença para tratar de interesses particulares, sem remuneração, que poderá durar até três anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. É vedada, no entanto, para servidor em estágio probatório. Sendo, ademais, ato discricionário da Administração. O período de licença, evidentemente, não é computado PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 27 como tempo de serviço para qualquer efeito. g) Licença para o Desempenho de Mandato Classista O servidor poderá obter licença para desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão. Será de forma não remunerada, sendo, no entanto, ato vinculado, ou seja, obrigatória a concessão. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, por uma única vez. O tempo de fruição da licença é computado como de efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeito de promoção por merecimento (art. 102, VIII, “c”). h) Licença para Tratamento de Saúde O servidor poderá obter licença para tratamento de sua própria saúde. Trata-sede licença remunerada. O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 meses. O período de licença é computado como tempo de efetivo exercício até o limite de vinte e quatro meses, cumulativos ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo. A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de todo o tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 28 i) Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade Gestante: 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. Podendo ser prorrogado por mais 60 dias. O direito à licença pode ser exercido pela servidora a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. Adotante: (a) 90 dias se a criança tiver até 1 ano de idade; ou (b) 30 dias se a criança tiver mais de 1 ano de idade, que também poderá ser prorrogado, conforme o seguinte: Art. 1o Fica instituído, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, o Programa de Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante. Art. 2o Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante as servidoras públicas federais lotadas ou em exercício nos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. § 1o A prorrogação será garantida à servidora pública que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto e terá duração de sessenta dias. § 2o A prorrogação a que se refere o § 1o iniciar-se-á no dia subsequente ao término da vigência da licença prevista no art. 207 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou do benefício de que trata o art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991. § 3o O benefício a que fazem jus as servidoras públicas PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 29 mencionadas no caput será igualmente garantido a quem adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, na seguinte proporção: I - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que trata o art. 71-A da Lei nº 8.213, de 1991: a) sessenta dias, no caso de criança de até um ano de idade; b) trinta dias, no caso de criança de mais de um e menos de quatro anos de idade; e c) quinze dias, no caso de criança de quatro a oito anos de idade. II - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que trata o art. 210 da Lei nº 8.112, de 1990: a) quarenta e cinco dias, no caso de criança de até um ano de idade; e b) quinze dias, no caso de criança com mais de um ano de idade. § 4o Para os fins do disposto no § 3o, inciso II, alínea “b”, considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade incompletos, nos termos do art. 2o da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Paternidade: Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade, remunerada, de 5 dias consecutivos. Os períodos de gozo das licenças descritas nesse tópico consideram-se como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de serviço (art. 102, VIII, “a”). j) Licença por Acidente em Serviço Se do acidente em serviço resultar invalidez permanente do servidor, será ele aposentado com proventos integrais, não importa quanto tempo tenha de serviço. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 30 Se, ao término de 24 meses, o servidor for considerado inapto para o serviço, será aposentado por invalidez permanente com proventos integrais. A prova do acidente deve ser feita no prazo de 10 dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. 2.11 Afastamentos e concessões Afastamentos: (1) Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade (art. 93); (2) Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo (art. 94); Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior (art. 95) 2.12 Concessões: Conforme o art. 97 da Lei nº 8.112/90, sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço, por 1 (um) dia, para doação de sangue; por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. Dito isso, vamos às questões. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 31 QUESTÕES COMENTADAS 1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) Considere as assertivas abaixo sobre o Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição, nos termos da Lei nº 8112/1990. I. As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos estabelecidos em lei. II. O concurso público terá validade de até três anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. III. A promoção consiste em forma de provimento de cargo público. IV. É possível a abertura de novo concurso, ainda que houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e III. b) I e II. c) I, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. Comentário: A assertiva I está correta. De fato, de acordo com o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90, as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos estabelecidos em lei. A assertiva II está errada. O concurso público terá validade de até DOIS anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. A assertiva III está correta. A promoção consiste em forma de provimento de cargo público, nos termos do art. 8º, inc. II, Lei nº 8.112/90. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 32 Art. 8º São formas de provimento de cargo público: II - promoção; A assertiva IV está errada. De acordo com a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 12, §2º, é vedada a abertura de novo concurso, em que houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. § 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. § 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Gabarito: “A”. 2. (TÉCNICO – MPE/SE – FCC/2009) Em relação aos cargos, empregos e funçõespúblicas, estabelece a Constituição que a) são acessíveis aos estrangeiros na forma da lei. b) a investidura em emprego público não depende de aprovação prévia em concurso público. c) o prazo de validade dos concursos públicos é de dois anos, vedada, em qualquer hipótese, sua prorrogação. d) a remuneração dos servidores públicos federais é fixada ou alterada por Decreto do Presidente da República. e) o servidor público civil não tem direito à livre associação sindical. Comentário: A alternativa “a” está correta. Conforme a Constituição, art. 37, inciso I, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos legais, bem como aos estrangeiros, na forma da lei, como expresso a seguir: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 33 Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Nesse sentido, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º, estabelece que “as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei”. A alternativa “b” está errada, porque a investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos, nos termos do art. 37, inc. II, da CF: Art. 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; A alternativa “c” está errada, eis que o prazo de validade é de ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período, conforme art. 37, inc. III, da CF/88 e art. 12 da Lei nº 8.112/90. Art. 37 III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; ... Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 34 A alternativa “d” está errada, pois nos termos do que dispõe o art. 37, inc. X, a remuneração e os subsídios são fixados por lei específica. E, a alternativa “e” está errada, porque é permitido ao servidor público civil à livre associação sindical, nos termos do art. 37, inc. VI, que assim dispõe: VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; Gabarito: “A”. 3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e função pública, é correto afirmar: a) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou não, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. b) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e distingue-se do cargo público pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário. c) A função exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situações de excepcional interesse público exige, necessariamente, concurso público. d) As várias competências previstas na Constituição para os entes federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou remuneração. e) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de função, ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse público e as ocupadas para o exercício de funções de confiança. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 35 Como destacado inicialmente, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público, e cargo público, o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Assim, a alternativa “a” está errada. Nos termos do art. 37, inc. V, CF/88, as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. A alternativa “b” está errada. Emprego público decorre de um vínculo trabalhista. A alternativa “c” está errada. A contratação de temporário pode ocorrer mediante seleção pública, por análise curricular e até mesmo pela análise e aprovação de projeto, conforme prevê a Lei nº 8.745/93. A alternativa “d” está correta. De fato, as várias competências previstas na Constituição para os entes federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou remuneração. A alternativa “e” está errada. Exige-se concurso público para a investidura em cargo ou emprego. Porém, nem todos os casos de função serão exigidos, tal como nos casos de temporários e cargos comissionados. Gabarito: “D”. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 36 4. (PROMOTOR – MPE/PE – FCC/2008) No que diz respeito aos servidores públicos é INCORRETO afirmar, tecnicamente, que os a) empregados públicos da Administração direta e indireta, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, titulares de emprego público, recebem salário como remuneração. b) detentores de mandato eletivo e os chefes do Executivo recebem subsídio, constituído de parcela única, a título de remuneração. c) servidores, pelo exercício de cargo público, recebem vencimentos, como espécie de remuneração, e correspondem à soma do vencimento e das vantagens pecuniárias. d) agentes políticos, a exemplo dos membros do Ministério Público e dos Juízes de Direito, recebem vencimentos a título de retribuição pecuniária. e) os Conselheiros dos Tribunais de Contas recebem subsídio, visto como uma modalidade do sistema remuneratório constitucional. Comentário: Alternativa “a” está correta. Você poderia entender que por força da decisão do STF (inconstitucionalidade da EC 19/98 – art. 39, CF/88) essa alternativa estaria errada. Cuidado! Não pense isso! Nós ainda temos empregados públicos na Administração direta. Como? É isso mesmo. Lembre-se que a EC 19 é de 98 e a decisão do STF foi em 2008, ou seja, quase 10 anos depois. Nesse período, diversos cargos foram transformados em empregos e outros foram surgindo por Lei. Significa dizer então que existem situações ainda a serem definidas pelo STF no julgamento do mérito da ADI, de qualquer sorte, empregado público recebe salário como remuneração e são regidos pela CLT. Alternativa “b” está correta.A Constituição estabeleceu a remuneração por subsídio, ou seja, o pagamento por parcela única, no qual se veda acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou qualquer outra espécie de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 37 remuneração, sendo obrigatório para os membros de Poder (magistrados, chefes do executivo, parlamentares), os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais, conforme art. 39, §4º, CF/88: Art. 39. [...] § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Também será obrigatório para: x Membros do Ministério Público (art. 128, §5º, inc. I, alínea “c”, CF/88), x Membros da Advocacia-Geral da União (Advogados da União, Procuradores da Fazenda Nacional e Procuradores Federais), x Defensores Públicos (art. 135, CF/88), x Servidores da carreira policial (Delegados, Agentes de polícia etc), conforme art. 144, §9º, CF/88. De outro lado, a instituição de subsídio será facultativa aos demais servidores públicos organizados em carreira, conforme dispõe o art. 39, §8º da CF/88, que assim expressa: § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) A alternativa “c” é correta. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício das atribuições do cargo. Vencimentos é a soma do vencimento mais as vantagens, ou seja, é a remuneração do agente. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 38 Alternativa “d” está errada. Observamos que agentes políticos, tal como membros do MP e magistrados, recebem a remuneração por meio de subsídio. Alternativa “e” é correta. Os Conselheiros dos Tribunais de Contas recebem subsídio, visto como uma modalidade do sistema remuneratório constitucional, sendo, inclusive, obrigatória sua instituição. Gabarito: “D”. 5. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MT – FCC/2009) NÃO é característica do regime jurídico estabelecido pela Constituição Federal para o subsídio, como espécie remuneratória, a) somente poder o subsídio ser fixado ou alterado por lei específica. b) o subsídio não ter assegurada revisão geral anual. c) o subsídio ser aplicável a membro de Poder, detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. d) o subsídio ser fixado em parcela única. e) ao subsídio ser vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Comentário: O subsídio é parcela única, sendo obrigatório para os Agentes Políticos (magistratura, membros do MP, ocupantes de cargos políticos etc), Defensores Públicos, membros da Advocacia Pública, Procuradorias dos Estados, para carreira Policial, Polícia e Bombeiro militar, e de forma facultativa para servidores organizados em carreira. Vale destacar que o subsídio, assim como a remuneração dos servidores, somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, assegurando-se a revisão geral anual, na mesma data, conforme estabelece o art. 37, inc. X, da CF: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 39 X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) Assim, a alternativa “b” está errada na medida em que o subsídio tem assegurada revisão geral anual. A alternativa “a” está correta, eis que somente pode o subsídio ser fixado ou alterado por lei específica. A alternativa “c” está correta, pois o subsídio é obrigatório para membro de Poder, detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. As alternativas “d” e “e” estão corretas, visto que o subsídio ser fixado em parcela única, de modo que é vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Gabarito: “B”. 6. (TÉCNICO – MPE/SE – FCC/2009) A remuneração por meio de subsídio em parcela única é obrigatória para a) o chefe do Poder Executivo e respectivos auxiliares, bem como os dirigentes superiores das entidades da administração indireta. b) os detentores de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. c) o membro de Poder, os detentores de mandato eletivo e os ocupantes de cargo de chefia ou comissão. d) o Presidente da República, os Governadores de Estado e os Prefeitos Municipais, apenas. e) os Ministros dos Tribunais Superiores, os Desembargadores do Tribunal de Justiça e os juízes equivalentes em nível Municipal. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 40 Comentário: O subsídio é obrigatório para os detentores de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais. Além disso, é obrigatório para os membros da magistratura, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Advocacia Pública, da carreira Policial Federal, entre outras, e facultativo para servidores organizados em carreira. Então, observe os erros das alternativas: Alternativa “a” o erro está em dirigentes superiores das entidades da administração indireta. Vimos que, como regra, as estatais não estão submetidas ao teto remuneratório. Na alternativa “c” o erro consiste em colocar os ocupantes de cargo de chefia ou comissão. Estes não recebem por subsídio, é remuneração. Na alternativa “d” o erro está no apenas grafado no final da assertiva. E na alternativa “e” o erro está em tal Juízes equivalentes em nível Municipal. Não existe poder judiciário municipal, tampouco cargo equivalente a juízes. Gabarito: “B”. 7. (PROCURADOR DO ESTADO – PGE/AL – FCC/2008) Em relação às limitações constitucionais à remuneração dos servidores, tem-se que o estabelecimento de teto remuneratório (A) é analisado conjuntamente entre cargos acumulados por um mesmo servidor em diferentes esferas da federação. (B) só alcançou os ocupantes de cargos que ingressaram nos quadros públicos após a edição da norma instituidora da limitação. (C) é analisado isoladamente entre cargos acumulados por um mesmo PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 41 servidor na mesma esfera, desde que esta acumulação seja constitucionalmente permitida. (D) atingiu os servidores que já ocupavam cargos à época da edição da norma instituidora da limitação. (E) não alcança vantagens pessoais, somente verbas indenizatórias.Comentário: O art. 37, inc. XI, da Constituição Federal, com redação dada pela EC 41/03, estabeleceu que: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Tal dispositivo, ao fixar o limite remuneratório no âmbito do serviço público, ou seja, fixar o denominado teto constitucional, não exigiu qualquer complemento para sua aplicabilidade, sendo, portanto, norma de aplicabilidade imediata, estabelecendo como teto geral o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. No entanto, há limites específicos, de modo que se aplica PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 42 como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário. Assim, é possível verificar um teto geral (subsídio dos Ministros do STF) e tetos específicos no âmbito municipal, estadual e distrital para cada poder, inclusive. Todavia, a Emenda Constitucional 47/05, facultou aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Por isso: A alternativa “a” é errada. Porém, fica uma ressalva aqui. Isso é o que deveria ser feito. Ou seja, o teto deve ser observando não só na mesma esfera, mas em qualquer caso de acumulação. Todavia, a situação é motivo de diversas coberturas, o que praticamente tem tornado o instituto letra morta, salvo para os simples servidores. Bem, de todo modo, na atualidade não se tem feito a análise conjunta entre cargos acumulados por um mesmo servidor em diferentes esferas da federação. Alternativa “b” também é errada. A norma alcança a todos, agentes públicos que já ocupavam cargos públicos e aqueles que venham ocupar. É importante lembrar que o STF tem entendimento firme PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 43 de que não há direito adquirido a regime jurídico e que a incidência do teto remuneratório não fere o princípio da irredutibilidade de vencimento. Alternativa “c” é errada. Se for da mesma esfera, não se analisa isoladamente, ou seja, se faz a soma dos cargos acumulados para efeito de teto remuneratório. Alternativa “d” é correta. Pois, como vimos, a fixação do teto atingiu os servidores que já ocupavam cargos à época da edição da norma instituidora da limitação. A alternativa “e” é errada. O teto alcança toda a remuneração, inclusive vantagens pessoais. Gabarito: “D”. 8. (PROCURADOR DO ESTADO – PGE/SP – FCC/2009) Os limites remuneratórios previstos na Constituição Federal aplicam-se a: a) todas as autarquias e a todas as empresas públicas. b) todas as autarquias e a todas as empresas públicas sem autonomia de custeio. c) toda a Administração direta e a todas as empresas públicas. d) todas as autarquias e a todas as sociedades de economia mista. e) toda a Administração direta e a todas as sociedades de economia mista. Comentário: Vê-se que o limite remuneratório, conforme o disposto no art. 37, inc. XI, da CF/88 se aplica a toda Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Significa dizer que, em regra, as estatais não estariam submetidas ao teto remuneratório. INFORMATIVO Nº 348 TÍTULO: Sustação de Decreto Regulamentar e ADI - 2 PROCESSO: ADI - 1553 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 44 ARTIGO No mérito, o Tribunal julgou procedente, em parte, o pedido para declarar a inconstitucionalidade do Decreto Legislativo 111/96, no que veio a sustar a eficácia do art. 1º, caput, §§1º e 2º, incisos I e II, e §3º, nele inseridos, e dos arts. 6º e 7º, do Decreto 17.128/96. Manteve-se a sustação dos arts. 2º e 4º, bem como do inciso III, do §2º, do art. 1º, do Decreto regulamentar. Entendeu-se que, em relação a esses dispositivos, teria havido extravasamento do poder regulamentar do Executivo, consistente na redução do rol das vantagens de caráter pessoal, em desconformidade com a lei regulamentada (Lei distrital 237/92) e a CF; na estipulação da base de cálculo dos adicionais e vantagens, tema não tratado pela lei regulamentada e, ainda, na extensão da aplicabilidade do teto aos empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista, o que, de acordo com o art. 1º, caput, da lei regulamentada, teria ficado restrito à Administração Direta, Autárquica e Fundacional. Precedente citado: ADI 748 MC/RJ (DJU de 3.8.92). ADI 1553/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 13.5.2004.(ADI-1553) Todavia, recentemente o STF modificou referindo entendimento no sentido de aplicar o teto remuneratório aos empregados de sociedade de economia mista, conforme assim expresso: “Teto salarial. Empregado de sociedade de economia mista. Submissão aos limites estabelecidos pelo art. 37, XI, da Constituição da República. Precedentes do Plenário. Os empregados das sociedades de economia mista estão submetidos ao teto salarial determinado pelo art. 37, XI, da Constituição, ainda antes da entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19/98.” (AI 581.311-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-10-08, DJE de 21-11-08). No mesmo sentido: AI 534.744-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-12-09, 1ª Turma, DJE de 5-2-10; RE 590.252-AgR, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 07 – RJU [1ª Parte] Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 45 Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-3-09, 2ª Turma, DJE de 17-4-09. Então, conforme esse entendimento, as sociedades de economia mista e as empresas públicas também se submetem ao teto remuneratório.
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