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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 Olá! Esta é a nossa última aula. Enfim, fizemos uma excelente caminhada e agora é o momento de revisarmos e sanarmos as dúvidas, de modo a fecharmos o ciclo com chave de ouro. Hoje, veremos a parte final da Lei n. 8.112/90, o regime dos deveres, responsabilidades e a parte disciplinar, conforme o seguinte: AULA 08: Regime Jurídico dos Servidores Civis da União (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e alterações posteriores). Vamos ao que interessa. S U M Á R I O Regime Jurídico Único: Lei n. 8.112/90 ......................................................... 2 2.13 Deveres e Responsabilidades do Servidor .............................................. 2 2.14 Proibições ............................................................................................... 3 2.15 Penalidades ............................................................................................ 4 2.16 Prescrição ............................................................................................... 5 2.17 Responsabilidades .................................................................................. 6 2.18 Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar ........................ 7 2.19 Da revisão ............................................................................................ 12 3. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 14 4. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 82 5. GABARITO .............................................................................................. 104 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 2 Regime Jurídico Único: Lei n. 8.112/90 2.13 Deveres e Responsabilidades do Servidor Os deveres estão previstos no art. 116 do RJU, que estabelece o seguinte: Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 2.14 Proibições Além dos deveres, a Lei nº 8.112/90 estabelece um rol de proibições, que conforme art. 117, são os seguintes: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 4 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 2.15 Penalidades Ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes penalidades: Advertência; Suspensão; Demissão; Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; Destituição de cargo em comissão; Destituição de função comissionada. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 5 A demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou seja, de acordo com o art. 132 da Lei nº 8.112/90, nos casos de: Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal, Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de dozemeses; Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; Insubordinação grave em serviço; Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será simplesmente exonerado do outro cargo; Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos IX ao XVI do art. 117). 2.16 Prescrição A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 6 em que o fato se tornou conhecido, em: a) 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão; c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- se às infrações disciplinares capituladas também como crime. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 2.17 Responsabilidades Conforme dispõe o art. 121 do RJU, o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Vige a independência de instâncias, ou seja, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 7 independentes entre si. Todavia, a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 2.18 Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade estará obrigada a promover a imediata apuração mediante sindicância, quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo administrativo disciplinar, ante a gravidade dos fatos, sob pena de condescendência criminosa. Cabe ressaltar que há duas espécies de sindicância, a sindicância investigatória que é aquela utilizada para simples apuração dos fatos (materialidade e autoria) e a sindicância punitiva, sendo aquela utilizada para punições de menor expressão (advertência e suspensão até 30 dias). Essa é a dicção do artigo 145 da Lei nº 8.112/90 ao estabelecer que da sindicância poderá resultar em: a) arquivamento do processo; b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; c) instauração de processo disciplinar. Significa dizer que não constatada qualquer irregularidade (atipicidade da conduta – ausência de materialidade), bem como não sendo apurada a autoria, a sindicância deverá ser arquivada. De outro lado, se já se souber da autoria e da materialidade do fato, determina-se a abertura de sindicância punitiva, desde que a penalidade seja a advertência ou suspensão. Por fim, tendo em vista a gravidade dos fatos ou a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 8 punição em tese a ser aplicada, poderá resultar na abertura de processo administrativo disciplinar. Observe que o processo administrativo disciplinar será obrigatório, nos termos do art. 146 do RJU, sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão. Vê-se, portanto, que não seria a sindicância uma fase do processo administrativo, ela poderia ensejar sua abertura, tendo como prazo para conclusão 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, conforme dispõe o art. 145, parágrafo único, do RJU: Art. 145. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. O processo administrativo, por outro lado, como asseverado, é instrumento utilizado para eventual sanção por faltas mais graves. Nesse sentido, esclarece o artigo 151 do RJU que o processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I – instauração II - inquérito administrativo III - julgamento. Nesse sentido, teremos as fases de instauração, mediante publicação do ato que constituir a comissão, inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório, e, por fim, a fase de julgamento. A instauração por ser promovida de ofício pela Administração ou por força de denúncia, que deverá ser formulada por PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 9 escrito, devendo conter a identificação e o endereço do denunciante, devendo ser confirmada a autenticidade. Se o fato descrito na denúncia não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto. Instauração dá-se pela publicação da portaria de designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de investigação e apresentar um relatório final conclusivo sobre a procedência ou não das acusações levantadas. A comissão disciplinar será composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, que terá o prazo de 60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem, para concluir os trabalhos. No inquérito se procederá à tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Nessa fase, é assegurado ao servidor acusado o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. Serápromovida a oitiva das testemunhas, que serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexado aos autos. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 10 As testemunhas serão inquiridas separadamente e prestarão depoimento oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. Assim, concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado. Após tudo isso, e tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas, para então ser citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. É importante destacar que se houver mais de um indiciado o prazo será comum, de 20 (vinte) dias, contado da data de ciência do último citado. No caso de citação feita por edital, o prazo para a defesa será de 15 (quinze) dias, contados da data da última publicação do edital. O prazo para defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências para a realização do ato. Pode ocorrer, no entanto, do indiciado não apresentar defesa, o que se denomina revelia. Todavia, não surge nenhuma presunção legal contra o servidor, ou seja, não equivale à confissão (verdade material). Assim, conforme art. 164, §2º da Lei nº 8.112/90, o indiciado que citada não promover sua defesa será considerado revel e, diante disso, será nomeado defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Nesse sentido, O Superior Tribunal de Justiça havia PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 11 editado a súmula 343 que determinava a presença de advogado nos processos administrativos disciplinares em que o réu fosse revel, considerando trata-se de curadoria de revel. Por isso, tal incumbência recairia sobre os Defensores Públicos que, nos termos da Lei Complementar nº 80/94, têm a incumbência de realizar a curadoria especial nos termos da lei, tal como a de revel em processo disciplinar, segundo entendimento do STJ. No entanto, a súmula do STJ foi cancelada. É que o Supremo Tribunal Federal em posição contrária ao do STJ entendeu que não é necessária a presença de advogado para patrocinar a defesa de servidor em processo administrativo, consoante Súmula Vinculante nº 05: Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Bem, após apresentada a defesa, a Comissão irá elaborar o relatório, que é o último ato da Comissão. Este deverá sempre ser conclusivo, pela absolvição ou pela punição. Caso o relatório conclua pela responsabilidade do servidor, deverão ser indicados os dispositivos legais ou regulamentares transgredidos, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Concluído o relatório, o processo é remetido para a autoridade competente realizar o julgamento, fase final do processo administrativo disciplinar, sendo a autoridade competente definida conforme a sanção a ser aplicada. Assim, nas hipóteses de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, a penalidade, conforme o Poder, órgão, ou entidade a que se vincula ou servidor, deverá ser aplicada PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 12 pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo, dos Tribunais e pelo Procurador-Geral da República e os respectivos congêneres em cada esfera. Na hipótese de suspensão superior a 30 dias, a penalidade deverá ser aplicada pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior às descritas acima. Por fim, no caso de penalidades de advertência e suspensão de até 30 dias são aplicadas pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos. A destituição de cargo em comissão será aplicada pela autoridade que houver feito a nomeação. A autoridade terá prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, para julgamento. Todavia, o descumprimento não acarreta nulidade. A sua não observância acarreta somente a volta do curso do prazo prescricional. É de se observar que o relatório deverá ser acatado, salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Neste caso, a autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a penalidade proposta ou isentar o servidor de penalidade, devidamente motivado. 2.19 Da revisão A revisão do processo disciplinar é instrumento destinado a realizar uma reapreciação do julgado. Nesse sentido, estabelece o art. 174 do RJU que o processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 13 aplicada. Vê-se, portanto, que a revisão poderá ser proposta a qualquer momento, inclusive, poderá ser realizado de ofício. Todavia, em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. É preciso enfatizar que o ônus da prova cabe ao requerente no pedido de revisão e desse pedido não poderá resultar agravamento de penalidade. Dito isso, vamos às questões. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 14 3. QUESTÕES COMENTADAS 1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/SE – FCC/2007) Dentre outros, são considerados deveres do servidor público federal a) cumprir as ordens superiores e inferiores, de qualquer natureza. b) atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública. c) não tratar com urbanidade as pessoas físicas ou jurídicas. d) representar contra atos de natureza legal ou ilegal e sobre uso do poder. e) guardar sigilo sobre assunto da repartição e ordenado pelo superior hierárquico. Comentário: A Lei nº 8.112, em seu art. 116, elenca uma série de deveres atribuídos aos servidores públicos, os quais devem ser observados no seu cotidiano administrativo. Devemos perceber primeiro que os deveres são comandos genéricos e segundo que não há uma penalidade específica para cada dever. São, portanto, os seguintes deveres: Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservação do PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 15 patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. Portanto, a alternativa “a” está errada, porque deverá ser cumprida as ordens superiores, e desde que não sejam manifestamente ilegais. A alternativa “b” está correta. É dever funcional atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública. A alternativa “c” está errada. Devemos tratar com urbanidade as pessoas físicas ou jurídicas. É óbvio que as pessoas jurídicas por meio de seus presentantes (ou seja, aqueles por meio do qual elas se apresentam). A alternativa “d” está errada. Representar contra atos de natureza ilegal, por omissões ou por uso do poder. A alternativa “e” está errada. Guardar sigilo sobre assunto da repartição, independentemente de ser ordenado ou não pelo superior hierárquico. Gabarito: “B”. 2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 24ª REGIÃO – FCC/2006) Inclui-se, dentre os deveres do servidor público, a) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 16 parente até o segundo grau civil. b) promover manifestação de apreço no recinto da repartição. c) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias. d) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. e) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade. Comentário: Não se deve confundir os deveres funcionais com as proibições. Estas têm caráter mais específico, estabelecem imposições cogentes. DEVERES PROIBIÇÕES I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - ser leal às instituições a que servir; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - observar as normas legais e regulamentares; III - recusar fé a documentos públicos; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 17 VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - ser assíduo e pontual ao serviço; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (*) XI - tratar com urbanidade as pessoas; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 18 assegurando-se ao representando ampla defesa. XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Assim, alternativa “a” está errada. Não se refere a um dever, é proibido ao servidor manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, parente até o segundo grau civil (art. 117, inc. VIII). A alternativa “b” também está errada. Conforme art. 117, inc. V, é proibido ao servidor promover manifestação de apreço no recinto da repartição. A alternativa “c” está errada. É proibido ao servidor cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias (art. 117, inc. XVII). A alternativa “d” está correta. De fato, é dever funcional, nos termos do art. 116, inc. XII, representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. A alternativa “e” está errada. É proibido ao servidor cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 19 previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade (art. 117, inc. VI). Gabarito: “D”. 3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 1ª REGIÃO – FCC/2011) Dentre outras situações, ao servidor é proibido a) cometer a pessoa estranhaà repartição, ainda que em casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado. b) retirar, ainda que com prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição. c) opor resistência justificada ao andamento de documento e processo. d) promover manifestação de apreço ou desapreço fora da repartição. e) participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada. Comentário: A alternativa “a” está errada. É proibido cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado. A alternativa “b” está errada. É proibido ao servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição. A alternativa “c” está errada. É proibido opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo. A alternativa “d” está errada. É proibido ao servidor promover manifestação de apreço ou desapreço dentro da repartição. A alternativa “e” está correta. Nos termos do art. 117, inc. X, é proibido ao servidor participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada. Contudo, tal PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 20 regra, é excepcionada, de acordo com o parágrafo único do art. 117, nos casos de: Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. Gabarito: “E”. 4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO – FCC/2011) Dentre outras proibições previstas ao servidor público federal, consta a de a) aceitar pensão, emprego ou comissão da União Federal, seja na Administração direta ou indireta. b) utilizar recursos materiais da repartição ou pessoal no serviço público. c) recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais quando solicitado por terceiros, que não a Administração. d) atuar, como procurador, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios assistenciais de parentes até segundo grau. e) manter sob sua chefia imediata, em função de confiança, primos. Comentário: A alternativa “a” está errada. É proibido ao servidor aceitar pensão, emprego ou comissão de estado estrangeiro. A alternativa “b” está errada. É proibido ao servidor utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 21 A alternativa “c” está errada. Também é proibido recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais quando solicitado pela Administração. A alternativa “d” está correta. Ao servidor é proibido atuar, como procurador, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios assistenciais de parentes até segundo grau. A alternativa “e” está errada. É proibido manter sob sua chefia imediata, em função de confiança, primos. É que primo é parente de 4º grau. Vejamos aqui. 2º grau 1º grau Avôs 3º grau Pais Tios 4ºgrau Você Primos Observe também que não seria nepotismo, pois a relação de parentesco é até o 3º grau. Gabarito: “D”. 5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) Nos termos da Lei nº 8.112/90, ao servidor é proibido a) opor resistência justificada ao andamento de processo. b) ausentar-se do serviço durante o expediente, mesmo que tenha autorização do chefe imediato. c) manter sob sua chefia imediata parente de quarto grau civil. d) retirar documento da repartição, ainda que tenha autorização de autoridade competente. e) promover manifestação de apreço no recinto da repartição. Comentário: A alternativa “a” está errada. Não é proibido opor PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 22 resistência justificada ao andamento de processo. A alternativa “b” está errada. É permitido ausentar-se do serviço durante o expediente, com a autorização do chefe imediato. A alternativa “c” está errada. Não é proibido manter sob sua chefia imediata parente de quarto grau civil. A proibição somente alcança a relação de parentesco até o segundo grau. A alternativa “d” está errada. Não há proibição de retirar documento da repartição, com autorização de autoridade competente. A alternativa “e” está correta. De fato, é proibido ao servidor promover manifestação de apreço no recinto da repartição. Gabarito: “E”. 6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO – FCC/2011) Nos termos da Lei nº 8.112/90, ao servidor público é permitido a) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro. b) recusar fé a documentos públicos. c) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. d) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, parente até o segundo grau civil. e) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, em situações de emergência e transitórias. Comentário: O permitido é o que não é proibido. Assim, conforme consta do art. 117 do RJU, ao servidor é proibido, dentre outras situações, o seguinte: x Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro. x Recusar fé a documentos públicos. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 23 x Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. x Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, parente até o segundo grau civil. Portanto, não consta das proibições do art. 117, a alternativa “e”, isto é, cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, em situações de emergência e transitórias”. Gabarito: “E”. 7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) Ao servidor é permitido, dentre outras hipóteses, a) participar de gerência de sociedade privada, exceto na qualidade de acionista. b) ausentar-se do serviço, durante o expediente, com ou sem prévia autorização do chefe imediato. c) praticar usura sob qualquer de suas formas. d) dar fé a documentos públicos. e) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. Comentário: A alternativa “a” está errada. Ao servidor é proibido participar de gerência de sociedade privada, exceto na qualidade de acionista. X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; A alternativa “b” está errada. Não é permitido ausentar- se do serviço, durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 24 I - ausentar-sedo serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; A alternativa “c” está errada. Ao servidor é proibido praticar usura sob qualquer de suas formas. A alternativa “d” está correta. É permitido dar fé a documentos públicos, sendo a proibição negar fé a documento público. A alternativa “e” está errada. Não é permitido promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. Gabarito: “D”. 8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 19ª REGIÃO – FCC/2011) Analise as seguintes assertivas concernentes às responsabilidades dos servidores públicos: I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de prova suficiente para a condenação. II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuízo. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas. e) I e III, apenas. Comentário: A assertiva “I” está errada. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência do ilícito (fato) ou de autoria, conforme o seguinte: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 25 Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. A assertiva “II” está correta. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, nos termos do art. 122. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. A assertiva “III” está errada. A responsabilidade civil decorre de ato comissivo ou omissivo, conforme o seguinte: Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Vale ressaltar que, de acordo com o art. 123, a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Considerando, ademais, que, em regra, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 26 Gabarito: “C”. 9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2012) De acordo com a Lei no 8.112/1990, o servidor público responde pelo exercício irregular de suas atribuições, podendo, pela prática de um determinado ato, ser responsabilizado a) civil, penal e administrativamente, afastando-se a responsabilidade administrativa no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. b) civil, penal e administrativamente, não cabendo cumulação das sanções. c) civil, penal e administrativamente, sendo as sanções independentes entre si, salvo no caso de condenação criminal, que absorve as demais penalidades. d) civil e administrativamente, aplicando-se a responsabilidade civil como decorrência da constatação da falta administrativa. e) penal e administrativamente, afastando-se a responsabilidade administrativa no caso de absolvição criminal por insuficiência de provas. Comentário: De acordo com o art. 121 da Lei nº 8.112/90 o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Porém, a responsabilidade administrativa será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, conforme dispõe o art. 126, assim expresso: Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Gabarito: “A”. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 27 10. (ADVOGADO – METRÔ/SP – FCC/2010) Em tema de responsabilidade dos servidores públicos, considere: I. Praticando conduta que configure infração administrativa, que acarrete dano à Administração e seja tipificada como crime, o servidor público estará sujeito às consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas fundamento e natureza diversos. II. Não incide responsabilidade civil, salvo a penal e administrativa, para aquele que exerce, mesmo transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo ou função em órgão estatal, pela prática de improbidade administrativa. III. A pena de suspensão significa o não exercício das atribuições funcionais por certo tempo, com percepção dos vencimentos correspondentes ao cargo. IV. O curso do prazo prescricional para a atuação disciplinar da Administração, interrompe-se na data do conhecimento da autoria da infração e suspende-se com a instauração do processo disciplinar. V. Toda sanção disciplinar há de estar associada a uma infração, a uma conduta que traduz descumprimento de dever ou inobservância de proibição, de natureza funcional. É correto o que consta APENAS em a) III e V. b) II e IV. c) I e V. d) I, II e III. e) III, IV e V. Comentário: Estabelece o art. 121 da Lei nº 8.112/90 que o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Nessa hipótese, os servidores arcarão com os prejuízos, podendo parcelá-lo. Todavia, se o prejuízo foi causado dolosamente PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 28 somente será liquidada de forma parcelada na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. Se a Administração reparar o dano causado a terceiros, responderá o servidor, em ação regressiva. Devemos lembrar, ademais, que a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. A responsabilidade penal, conforme art. 123 do RJU, abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. De outro lado, nos termos do art. 124 do RJU, a responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Assim, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Trata-se da cumulatividade ou independência de instâncias. Contudo, conforme art. 126 do RJU, a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.Por isso, a assertiva I está correta. Lembre-se que as instâncias são independentes e podem cumular-se. Assim, praticando conduta que configure infração administrativa, que acarrete dano à Administração e seja tipificada como crime, o servidor público estará sujeito às consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas fundamento e natureza diversos. A assertiva II está errada. Incidem as responsabilidades civil, penal e administrativa para qualquer agente público, mesmo que exerça ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo ou função em órgão estatal, pela prática de improbidade administrativa. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 29 A assertiva III está errada. A pena de suspensão significa o não exercício das atribuições funcionais por certo tempo, sem a percepção dos vencimentos correspondentes ao cargo. A assertiva IV está errada. Nos termos do art. 142 do RJU, o curso do prazo prescricional, para a atuação disciplinar da Administração, começa a correr da data do conhecimento do fato e interrompe-se com a instauração do processo disciplinar. Art. 142. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- se às infrações disciplinares capituladas também como crime. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. A assertiva V está correta. Toda sanção disciplinar há de estar associada a uma infração, a uma conduta que traduz descumprimento de dever ou inobservância de proibição, de natureza funcional. Não há sanção sem a correspondente falta funcional. Gabarito: “C”. 11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) A responsabilidade do servidor público civil a) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou função. b) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato. c) de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público. d) decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 30 e) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis in idem. Comentário: A alternativa “a” está errada. A responsabilidade resulta tanto de ato comissivo quanto omissivo, praticado no desempenho de cargo ou função. A alternativa “b” está errada. Será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou que nega a autoria. A alternativa “c” está errada. A responsabilidade de reparar o dano se estende aos sucessores do servidor público até o limite da herança. A alternativa “d” está correta. A responsabilidade civil do servidor decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. A alternativa “e” está errada. A sanção administrativa pode cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil. Gabarito: “D”. 12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AP – FCC/2011) De acordo com a Lei nº 8.112/90, em regra, João, servidor público civil efetivo, que nunca praticou qualquer infração administrativa, terá a penalidade de advertência escrita aplicada se a) praticar usura sob qualquer de suas formas. b) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. c) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 31 d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições. e) proceder de forma desidiosa. Comentário: Nos termos do art. 129 do RJU, a advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; [...] XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Gabarito: “C”. 13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 1ª REGIÃO – FCC/2011) João, servidor público federal, aliciou seus subordinados no PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 32 sentido de se filiarem a determinado partido político. Cumpre salientar que tal conduta foi praticada uma única vez. O fato narrado a) está previsto como proibição ao servidor público federal, e, uma vez praticada, sujeita-o à penalidade de demissão. b) não está previsto em lei como uma das proibições dirigidas aos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. c) ensejará a aplicação da penalidade de advertência. d) ensejará penalidade disciplinar, a qual terá seu registro cancelado, após o decurso de dois anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. e) ensejará a aplicação da penalidade de suspensão, que poderá ser convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Comentário: Nos termos do art. 129 c/c com o art. 117, inc. VII, da Lei nº 8.112/90, é aplicável a advertência por violação à proibição de coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político. Gabarito: “C”. 14. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) A advertência será aplicada na hipótese de a) inassiduidade habitual. b) recusar fé a documentos públicos. c) aceitar comissão de estado estrangeiro. d) praticar usura sob qualquer de suas formas. e) proceder de forma desidiosa. Comentário: Nos termos do art. 129 c/c com o art. 117, inc. III, da PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 33 Lei nº 8.112/90, é aplicável a advertência por violaçãoà proibição de recusar fé a documento público. As outras alternativas trazem casos de demissão. Gabarito: “B”. 15. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRF 1ª REGIÃO – FCC/2011) José, servidor público federal, responde a processo administrativo por ter faltado ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Conforme preceitua a Lei nº 8.112/1990, estará sujeito à pena de a) demissão. b) suspensão pelo prazo máximo de noventa dias. c) advertência. d) disponibilidade. e) multa. Comentário: Conforme preceitua a Lei nº 8.112/90, ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes penalidades: Advertência; Suspensão; Demissão; Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; Destituição de cargo em comissão; Destituição de função comissionada. Nos termos do art. 132, a demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou seja, em caso de: x Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal, x Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 34 x Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; x Insubordinação grave em serviço; x Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; x Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; x Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será simplesmente exonerado do outro cargo; x Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos IX ao XVI do art. 117). Assim, nos termos do art. 132, inc. III, da Lei nº 8.112/90 será demitido o servidor por inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Gabarito: “A”. 16. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2012) Nos termos da Lei no 8.112/1990, entende-se por inassiduidade habitual: a) falta contínua ao serviço, sem causa justificada, por mais de dez dias consecutivos. b) falta ao serviço, por sessenta ou mais dias, interpoladamente, durante um exercício fiscal. c) ausência temporária ao serviço, que ocorra em período contínuo e PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 35 por trinta dias. d) falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. e) falta ou ausência contínuas ao serviço, que configuram desídia no exercício das funções públicas, ao longo de sessenta dias de um exercício fiscal. Comentário: De acordo com o art. 139 do RJU, entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Gabarito: “D”. 17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO – FCC/2011) Alcebíades, servidor do Tribunal Regional do Trabalho, 4ª REGIÃO, vem acumulando, ilegalmente, seu cargo de analista judiciário com emprego em sociedade de economia mista federal, enquanto Ana Maria, também analista judiciário, vem exercendo atividades incompatíveis com o exercício do cargo e com o respectivo horário de trabalho. Nesses casos, esses servidores públicos estarão sujeitos, respectivamente, às penas de a) destituição do cargo e de disponibilidade. b) demissão e de suspensão, podendo esta ser convertida em multa. c) exoneração de ofício do cargo ou emprego e de demissão. d) disponibilidade não remunerada e de advertência conversível em multa. e) suspensão não conversível em multa e de destituição do cargo. Comentário: Conforme preceitua o art. 127 da Lei nº 8.112/90, ao servidor público poderá ser aplicada as penalidades de advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 36 disponibilidade; destituição de cargo em comissão ou destituição de função comissionada. Nos termos do art. 132, a demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou seja, em caso de: x Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal, x Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses; x Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; x Insubordinação grave em serviço; x Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; x Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; x Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; x Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será simplesmente exonerado do outro cargo; x Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos IX ao XVI do art. 117). Com efeito, no caso de acumulação ilícita de cargos, empregos ou funções, o servidor será demitido, conforme art. 132, inc. XII, da Lei nº 8.112/90, que assim dispõe: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 37 Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; De outro lado, verifica-se, consoante art. 117 da Lei nº 8.112/90, que ao servidor são proibidas as seguintes condutas: Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ouobjeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 38 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses Assim, de acordo com o art. 129 do RJU, a advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 39 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; [...] XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Já, de acordo com o art. 130, Lei nº 8.112/90, a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. Portanto, como as transgressões ao art. 117, inc. IX a XVI, levam à pena de demissão, vamos observar que a infração às proibições contidas nos incisos XVII e XVIII é que levariam à pena de suspensão. XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; Assim, no caso de exercício de atividades incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário, a pena a ser aplicada será a suspensão. Observe a síntese: Advertência Art. 117, incs. I a VIII e XIX Suspensão Art. 117, incs. XVII e XVIII Demissão Art. 117, incs. IX a XVI Gabarito: “B”. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 40 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RS – FCC/2010) Sobre a suspensão prevista como penalidade na Lei nº 8.112/90, é correta a afirmação: a) A penalidade de suspensão terá seus registros cancelados, após o decurso de três anos de efetivo exercício se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. b) Será punido com suspensão de até trinta dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. c) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de vinte e cinco por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. d) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de noventa dias. e) O cancelamento dos registros da penalidade, quando cabível, surtirá efeitos retroativos à data da sua aplicação, fazendo jus o servidor ao pagamento da remuneração respectiva, bem como à contagem do tempo de serviço para todos os efeitos. Comentário: A alternativa “a” está errada. Conforme art. 131, RJU, a penalidade de suspensão terá seus registros cancelados, após o decurso de CINCO anos de efetivo exercício se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 41 efeitos retroativos. A alternativa “b” está errada. Será punido com suspensão de até QUINZE dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação, conforme §1º do art. 130, RJU: Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demaisproibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. A alternativa “c” está errada. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de CINQUENTA por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. A alternativa “d” está correta. De fato, a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de noventa dias, conforme art. 130 do RJU. A alternativa “e” está errada. O cancelamento dos registros da penalidade, quando cabível, NÃO surtirá efeitos retroativos à data da sua aplicação. Gabarito: “D”. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 42 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE – TST – FCC/2012) Pelo regime da Lei no 8.112/90, NÃO é caso de aplicação de penalidade de demissão a) o abandono de cargo. b) a reincidência das faltas punidas com advertência. c) a inassiduidade habitual. d) a incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição. e) a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas. Comentário: Prescreve o art. 130 da Lei nº 8.112/90 que a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. O abandono de cargo, a inassiduidade habitual, a incontinência pública e conduta escandalosa na repartição, bem como a acumulação ilegal de cargos levam à demissão. Gabarito: “B”. 20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 14ª REGIÃO – FCC/2011) De acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o Regimento Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das Fundações Públicas Federais, a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos acarretará a penalidade de a) suspensão de até 30 dias. b) demissão. c) advertência. d) censura. e) repreensão. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 43 Nos termos do art. 138 do RJU, configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Assim, de acordo com o art. 132, inc. II, do RJU, o abandono de cargo acarretará a penalidade de demissão. Gabarito: “B”. 21. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AP – FCC/2011) De acordo com a Lei nº 8.112/90, para as condutas de abandono de cargo, acumulação ilegal de funções públicas e proceder de forma desidiosa será aplicada a pena de a) demissão, demissão e advertência escrita, respectivamente. b) advertência escrita. c) suspensão de, no máximo, 30 dias. d) demissão, advertência escrita e demissão, respectivamente. e) demissão. Comentário: A pena de demissão será aplicada nas hipóteses do art. 132 do RJU, e, dentre tais, temos: A demissão será aplicada nos seguintes casos: II - abandono de cargo; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. Assim, no art. 117, inc. XV, temos a proibição de o servidor proceder de forma desidiosa. Gabarito: “E”. 22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 1ª REGIÃO – FCC/2011) José, ex-técnico judiciário do TRT, foi demitido do serviço público por ter praticado corrupção. Já Maria, também ex- técnica judiciária do TRT, foi demitida por ter atuado, como intermediária, junto a repartições públicas, fora das hipóteses permitidas em lei. De acordo com a Lei no 8.112/1990, a) José não poderá retornar ao serviço público federal e Maria fica incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 44 prazo de cinco anos. b) José e Maria jamais poderão retornar ao serviço público federal. c) José e Maria ficam incompatibilizados para nova investidura em cargos públicos federais pelos prazos, respectivamente, de dez e cinco anos. d) as demissões, pelos motivos narrados, não incompatibilizam José e Maria para nova investidura em cargos públicos federais, podendo retornar ao serviço público imediatamente. e) Maria não poderá retornar ao serviço público federal e José fica incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de dois anos. Comentário: De acordo com o art. 137 do RJU, a demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX (valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública) e XI (atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro), incompatibiliza o ex- servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Contudo, não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I (crime contra a Administração Pública), IV (improbidade administrativa), VIII (aplicação irregular de dinheiros públicos), X (lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional) e XI (corrupção). Assim, José não poderá mais retornar ao serviço público federal e Maria está incompatibilizada por cinco anos. Gabarito: “A”. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP AULA 08 – RJU 2ª Parte Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 45 23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) Considere as assertivas abaixo sobre o Regime Disciplinar dos servidores públicos civis federais, nos termos da Lei n° 8.112/1990. I. Ao servidor público é permitido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, para tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de cônjuge ou companheiro. II. O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, ainda que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles. III. A penalidade administrativa de suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder sessenta dias. Está correto o que se afirma APENAS em: a) III. b) I e III. c) II e III. d) I. e) I e II. Comentário: A assertiva I está correta. Ao servidor público é permitido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, para tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de cônjuge ou companheiro. A proibição é para atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais
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