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Aula 08

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 08 – RJU 2ª Parte 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 
 1 
Olá! 
 
Esta é a nossa última aula. Enfim, fizemos uma excelente 
caminhada e agora é o momento de revisarmos e sanarmos as dúvidas, 
de modo a fecharmos o ciclo com chave de ouro. Hoje, veremos a parte 
final da Lei n. 8.112/90, o regime dos deveres, responsabilidades e a 
parte disciplinar, conforme o seguinte: 
 
AULA 08: 
Regime Jurídico dos Servidores Civis da União (Lei nº 8.112, 
de 11 de dezembro de 1990 e alterações posteriores). 
 
Vamos ao que interessa. 
 
 
S U M Á R I O 
 
Regime Jurídico Único: Lei n. 8.112/90 ......................................................... 2 
2.13 Deveres e Responsabilidades do Servidor .............................................. 2 
2.14 Proibições ............................................................................................... 3 
2.15 Penalidades ............................................................................................ 4 
2.16 Prescrição ............................................................................................... 5 
2.17 Responsabilidades .................................................................................. 6 
2.18 Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar ........................ 7 
2.19 Da revisão ............................................................................................ 12 
3. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 14 
4. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 82 
5. GABARITO .............................................................................................. 104 
 
 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 08 – RJU 2ª Parte 
Prof. Edson Marques 
 
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 2 
Regime Jurídico Único: Lei n. 8.112/90 
 
2.13 Deveres e Responsabilidades do Servidor 
 
Os deveres estão previstos no art. 116 do RJU, que 
estabelece o seguinte: 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito 
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso 
de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso 
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada 
pela autoridade superior àquela contra a qual é 
formulada, assegurando-se ao representando ampla 
defesa. 
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 3 
 
2.14 Proibições 
 
Além dos deveres, a Lei nº 8.112/90 estabelece um rol 
de proibições, que conforme art. 117, são os seguintes: 
 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento 
e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de 
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo 
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis 
com o exercício do cargo ou função e com o horário de 
trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput 
deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela 
Lei nº 11.784, de 2008 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na 
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre 
conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
 
2.15 Penalidades 
 
Ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes 
penalidades: 
ƒ Advertência; 
ƒ Suspensão; 
ƒ Demissão; 
ƒ Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
ƒ Destituição de cargo em comissão; 
ƒ Destituição de função comissionada. 
 
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A demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou 
seja, de acordo com o art. 132 da Lei nº 8.112/90, nos casos de: 
 
ƒ Crime contra a administração pública, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal, 
ƒ Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, 
inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem 
causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante 
o período de dozemeses; 
ƒ Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de 
retornar ao serviço público federal; 
ƒ Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
ƒ Insubordinação grave em serviço; 
ƒ Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
ƒ Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal; 
ƒ Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
ƒ Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, 
ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público 
federal; 
ƒ Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao 
serviço público federal; 
ƒ Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se 
comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos 
cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo 
administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração 
dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será 
simplesmente exonerado do outro cargo; 
ƒ Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos 
IX ao XVI do art. 117). 
 
2.16 Prescrição 
 
A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data 
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em que o fato se tornou conhecido, em: 
 
a) 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com 
demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
 
Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
 
A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente. 
 
2.17 Responsabilidades 
 
Conforme dispõe o art. 121 do RJU, o servidor responde 
civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. 
Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da 
herança recebida. 
 
A responsabilidade penal abrange os crimes e 
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 
Vige a independência de instâncias, ou seja, as sanções 
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
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independentes entre si. Todavia, a responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria. 
 
2.18 Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar 
 
A autoridade que tiver ciência de qualquer irregularidade 
estará obrigada a promover a imediata apuração mediante sindicância, 
quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por meio de processo 
administrativo disciplinar, ante a gravidade dos fatos, sob pena de 
condescendência criminosa. 
 
Cabe ressaltar que há duas espécies de sindicância, a 
sindicância investigatória que é aquela utilizada para simples 
apuração dos fatos (materialidade e autoria) e a sindicância 
punitiva, sendo aquela utilizada para punições de menor expressão 
(advertência e suspensão até 30 dias). 
 
Essa é a dicção do artigo 145 da Lei nº 8.112/90 ao 
estabelecer que da sindicância poderá resultar em: 
 
a) arquivamento do processo; 
b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de 
até 30 (trinta) dias; 
c) instauração de processo disciplinar. 
 
Significa dizer que não constatada qualquer 
irregularidade (atipicidade da conduta – ausência de materialidade), 
bem como não sendo apurada a autoria, a sindicância deverá ser 
arquivada. 
 
De outro lado, se já se souber da autoria e da 
materialidade do fato, determina-se a abertura de sindicância punitiva, 
desde que a penalidade seja a advertência ou suspensão. 
 
Por fim, tendo em vista a gravidade dos fatos ou a 
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punição em tese a ser aplicada, poderá resultar na abertura de 
processo administrativo disciplinar. 
 
Observe que o processo administrativo disciplinar será 
obrigatório, nos termos do art. 146 do RJU, sempre que o ilícito 
praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de 
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em 
comissão. 
 
Vê-se, portanto, que não seria a sindicância uma fase do 
processo administrativo, ela poderia ensejar sua abertura, tendo como 
prazo para conclusão 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, conforme dispõe o art. 145, parágrafo único, do RJU: 
 
Art. 145. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual 
período, a critério da autoridade superior. 
 
O processo administrativo, por outro lado, como 
asseverado, é instrumento utilizado para eventual sanção por faltas 
mais graves. Nesse sentido, esclarece o artigo 151 do RJU que o 
processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
 
I – instauração 
II - inquérito administrativo 
III - julgamento. 
 
Nesse sentido, teremos as fases de instauração, 
mediante publicação do ato que constituir a comissão, inquérito 
administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório, e, 
por fim, a fase de julgamento. 
 
A instauração por ser promovida de ofício pela 
Administração ou por força de denúncia, que deverá ser formulada por 
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escrito, devendo conter a identificação e o endereço do denunciante, 
devendo ser confirmada a autenticidade. 
 
Se o fato descrito na denúncia não configurar evidente 
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta 
de objeto. 
 
Instauração dá-se pela publicação da portaria de 
designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de 
investigação e apresentar um relatório final conclusivo sobre a 
procedência ou não das acusações levantadas. 
 
A comissão disciplinar será composta de três servidores 
estáveis designados pela autoridade competente, que terá o prazo de 
60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a 
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da 
autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem, para 
concluir os trabalhos. 
 
No inquérito se procederá à tomada de depoimentos, 
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta 
de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo 
a permitir a completa elucidação dos fatos. 
 
Nessa fase, é assegurado ao servidor acusado o direito 
de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de 
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e 
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
 
Serápromovida a oitiva das testemunhas, que serão 
intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da 
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser 
anexado aos autos. 
 
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As testemunhas serão inquiridas separadamente e 
prestarão depoimento oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito 
à testemunha trazê-lo por escrito. 
 
Assim, concluída a inquirição das testemunhas, a 
comissão promoverá o interrogatório do acusado. 
 
Após tudo isso, e tipificada a infração disciplinar, será 
formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele 
imputados e das respectivas provas, para então ser citado por 
mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar 
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do 
processo na repartição. 
 
É importante destacar que se houver mais de um 
indiciado o prazo será comum, de 20 (vinte) dias, contado da data de 
ciência do último citado. No caso de citação feita por edital, o prazo 
para a defesa será de 15 (quinze) dias, contados da data da última 
publicação do edital. 
 
O prazo para defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, 
pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências 
para a realização do ato. 
 
Pode ocorrer, no entanto, do indiciado não apresentar 
defesa, o que se denomina revelia. Todavia, não surge nenhuma 
presunção legal contra o servidor, ou seja, não equivale à confissão 
(verdade material). 
 
Assim, conforme art. 164, §2º da Lei nº 8.112/90, o 
indiciado que citada não promover sua defesa será considerado revel 
e, diante disso, será nomeado defensor dativo, que deverá ser 
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de 
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 
Nesse sentido, O Superior Tribunal de Justiça havia 
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editado a súmula 343 que determinava a presença de advogado nos 
processos administrativos disciplinares em que o réu fosse revel, 
considerando trata-se de curadoria de revel. 
 
Por isso, tal incumbência recairia sobre os Defensores 
Públicos que, nos termos da Lei Complementar nº 80/94, têm a 
incumbência de realizar a curadoria especial nos termos da lei, tal como 
a de revel em processo disciplinar, segundo entendimento do STJ. No 
entanto, a súmula do STJ foi cancelada. 
 
É que o Supremo Tribunal Federal em posição contrária 
ao do STJ entendeu que não é necessária a presença de advogado para 
patrocinar a defesa de servidor em processo administrativo, consoante 
Súmula Vinculante nº 05: 
 
Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição. 
 
Bem, após apresentada a defesa, a Comissão irá 
elaborar o relatório, que é o último ato da Comissão. Este deverá 
sempre ser conclusivo, pela absolvição ou pela punição. 
 
Caso o relatório conclua pela responsabilidade do 
servidor, deverão ser indicados os dispositivos legais ou 
regulamentares transgredidos, bem como as circunstâncias agravantes 
ou atenuantes. 
 
Concluído o relatório, o processo é remetido para a 
autoridade competente realizar o julgamento, fase final do processo 
administrativo disciplinar, sendo a autoridade competente definida 
conforme a sanção a ser aplicada. 
 
Assim, nas hipóteses de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, a penalidade, conforme o Poder, 
órgão, ou entidade a que se vincula ou servidor, deverá ser aplicada 
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pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder 
Legislativo, dos Tribunais e pelo Procurador-Geral da República e os 
respectivos congêneres em cada esfera. 
 
Na hipótese de suspensão superior a 30 dias, a 
penalidade deverá ser aplicada pelas autoridades administrativas de 
hierarquia imediatamente inferior às descritas acima. 
 
Por fim, no caso de penalidades de advertência e 
suspensão de até 30 dias são aplicadas pelo chefe da repartição e 
outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou 
regulamentos. 
 
A destituição de cargo em comissão será aplicada pela 
autoridade que houver feito a nomeação. 
 
A autoridade terá prazo de 20 (vinte) dias, contados do 
recebimento do processo, para julgamento. Todavia, o 
descumprimento não acarreta nulidade. A sua não observância 
acarreta somente a volta do curso do prazo prescricional. 
 
É de se observar que o relatório deverá ser acatado, 
salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Neste caso, a 
autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a 
penalidade proposta ou isentar o servidor de penalidade, devidamente 
motivado. 
 
2.19 Da revisão 
 
A revisão do processo disciplinar é instrumento 
destinado a realizar uma reapreciação do julgado. 
 
Nesse sentido, estabelece o art. 174 do RJU que o 
processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou 
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis 
de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade 
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aplicada. 
 
Vê-se, portanto, que a revisão poderá ser proposta a 
qualquer momento, inclusive, poderá ser realizado de ofício. 
 
Todavia, em caso de falecimento, ausência ou 
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá 
requerer a revisão do processo. 
 
É preciso enfatizar que o ônus da prova cabe ao 
requerente no pedido de revisão e desse pedido não poderá resultar 
agravamento de penalidade. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
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3. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/SE – FCC/2007) Dentre outros, 
são considerados deveres do servidor público federal 
a) cumprir as ordens superiores e inferiores, de qualquer natureza. 
b) atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda 
Pública. 
c) não tratar com urbanidade as pessoas físicas ou jurídicas. 
d) representar contra atos de natureza legal ou ilegal e sobre uso do 
poder. 
e) guardar sigilo sobre assunto da repartição e ordenado pelo superior 
hierárquico. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 8.112, em seu art. 116, elenca uma série de 
deveres atribuídos aos servidores públicos, os quais devem ser 
observados no seu cotidiano administrativo. Devemos perceber 
primeiro que os deveres são comandos genéricos e segundo que não 
há uma penalidade específica para cada dever. 
 
São, portanto, os seguintes deveres: 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito 
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
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patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de 
poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII 
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela 
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, 
assegurando-se ao representando ampla defesa. 
 
Portanto, a alternativa “a” está errada, porque deverá 
ser cumprida as ordens superiores, e desde que não sejam 
manifestamente ilegais. 
 
A alternativa “b” está correta. É dever funcional atender 
com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
 
A alternativa “c” está errada. Devemos tratar com 
urbanidade as pessoas físicas ou jurídicas. É óbvio que as pessoas 
jurídicas por meio de seus presentantes (ou seja, aqueles por meio do 
qual elas se apresentam). 
 
A alternativa “d” está errada. Representar contra atos de 
natureza ilegal, por omissões ou por uso do poder. 
 
A alternativa “e” está errada. Guardar sigilo sobre 
assunto da repartição, independentemente de ser ordenado ou não 
pelo superior hierárquico. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 24ª REGIÃO – FCC/2006) 
Inclui-se, dentre os deveres do servidor público, 
a) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
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parente até o segundo grau civil. 
b) promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
c) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias. 
d) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
e) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos 
em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade. 
 
Comentário: 
 
Não se deve confundir os deveres funcionais com as 
proibições. Estas têm caráter mais específico, estabelecem imposições 
cogentes. 
 
DEVERES PROIBIÇÕES 
I - exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo; 
I - ausentar-se do serviço durante o 
expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
II - ser leal às instituições a que servir; II - retirar, sem prévia anuência da 
autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
III - observar as normas legais e 
regulamentares; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - cumprir as ordens superiores, 
exceto quando manifestamente 
ilegais; 
 
IV - opor resistência injustificada ao 
andamento de documento e processo 
ou execução de serviço; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as 
informações requeridas, ressalvadas 
as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas 
para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da 
Fazenda Pública. 
V - promover manifestação de apreço 
ou desapreço no recinto da repartição; 
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VI - levar ao conhecimento da 
autoridade superior as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do cargo; 
VI - cometer a pessoa estranha à 
repartição, fora dos casos previstos em 
lei, o desempenho de atribuição que 
seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
VII - zelar pela economia do material e 
a conservação do patrimônio público; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no 
sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido 
político; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da 
repartição; 
 
VIII - manter sob sua chefia imediata, 
em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até 
o segundo grau civil; 
IX - manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
 
IX - valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função 
pública; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 
X - participar de gerência ou 
administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, 
exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; (*) 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
 
XI - atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - representar contra ilegalidade, 
omissão ou abuso de poder. 
XII - receber propina, comissão, 
presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
Parágrafo único. A representação de 
que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior 
àquela contra a qual é formulada, 
XIII - aceitar comissão, emprego ou 
pensão de estado estrangeiro; 
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assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
 XIV - praticar usura sob qualquer de 
suas formas; 
 XV - proceder de forma desidiosa; 
 XVI - utilizar pessoal ou recursos 
materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 XVII - cometer a outro servidor 
atribuições estranhas ao cargo que 
ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias; 
 XVIII - exercer quaisquer atividades 
que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o 
horário de trabalho; 
 XIX - recusar-se a atualizar seus dados 
cadastrais quando solicitado. 
 
Assim, alternativa “a” está errada. Não se refere a um 
dever, é proibido ao servidor manter sob sua chefia imediata, em cargo 
ou função de confiança, parente até o segundo grau civil (art. 117, inc. 
VIII). 
 
A alternativa “b” também está errada. Conforme art. 
117, inc. V, é proibido ao servidor promover manifestação de apreço 
no recinto da repartição. 
 
A alternativa “c” está errada. É proibido ao servidor 
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias (art. 117, inc. XVII). 
 
A alternativa “d” está correta. De fato, é dever funcional, 
nos termos do art. 116, inc. XII, representar contra ilegalidade, 
omissão ou abuso de poder. 
 
A alternativa “e” está errada. É proibido ao 
servidor cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
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previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade (art. 117, inc. VI). 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 1ª REGIÃO – FCC/2011) Dentre 
outras situações, ao servidor é proibido 
a) cometer a pessoa estranhaà repartição, ainda que em casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado. 
b) retirar, ainda que com prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição. 
c) opor resistência justificada ao andamento de documento e processo. 
d) promover manifestação de apreço ou desapreço fora da repartição. 
e) participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. É proibido cometer a 
pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado. 
 
A alternativa “b” está errada. É proibido ao servidor 
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição. 
 
A alternativa “c” está errada. É proibido opor resistência 
injustificada ao andamento de documento e processo. 
 
A alternativa “d” está errada. É proibido ao servidor 
promover manifestação de apreço ou desapreço dentro da repartição. 
 
A alternativa “e” está correta. Nos termos do art. 117, 
inc. X, é proibido ao servidor participar de gerência ou administração 
de sociedade privada, personificada ou não personificada. Contudo, tal 
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regra, é excepcionada, de acordo com o parágrafo único do art. 117, 
nos casos de: 
 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do 
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
e 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na 
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre 
conflito de interesses. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO – FCC/2011) Dentre 
outras proibições previstas ao servidor público federal, consta 
a de 
a) aceitar pensão, emprego ou comissão da União Federal, seja na 
Administração direta ou indireta. 
b) utilizar recursos materiais da repartição ou pessoal no serviço 
público. 
c) recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais quando solicitado 
por terceiros, que não a Administração. 
d) atuar, como procurador, junto a repartições públicas, salvo quando 
se tratar de benefícios assistenciais de parentes até segundo grau. 
e) manter sob sua chefia imediata, em função de confiança, primos. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. É proibido ao servidor 
aceitar pensão, emprego ou comissão de estado estrangeiro. 
 
A alternativa “b” está errada. É proibido ao servidor 
utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares. 
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A alternativa “c” está errada. Também é proibido 
recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais quando solicitado pela 
Administração. 
 
A alternativa “d” está correta. Ao servidor é proibido 
atuar, como procurador, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de benefícios assistenciais de parentes até segundo grau. 
 
A alternativa “e” está errada. É proibido manter sob sua 
chefia imediata, em função de confiança, primos. É que primo é 
parente de 4º grau. Vejamos aqui. 
 2º 
grau 
 
 1º 
grau 
Avôs 3º 
grau 
 
 Pais Tios 4ºgrau 
 Você Primos 
 
Observe também que não seria nepotismo, pois a relação 
de parentesco é até o 3º grau. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) Nos termos da 
Lei nº 8.112/90, ao servidor é proibido 
a) opor resistência justificada ao andamento de processo. 
b) ausentar-se do serviço durante o expediente, mesmo que tenha 
autorização do chefe imediato. 
c) manter sob sua chefia imediata parente de quarto grau civil. 
d) retirar documento da repartição, ainda que tenha autorização de 
autoridade competente. 
e) promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Não é proibido opor 
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resistência justificada ao andamento de processo. 
 
A alternativa “b” está errada. É permitido ausentar-se do 
serviço durante o expediente, com a autorização do chefe imediato. 
 
A alternativa “c” está errada. Não é proibido manter sob 
sua chefia imediata parente de quarto grau civil. A proibição somente 
alcança a relação de parentesco até o segundo grau. 
 
A alternativa “d” está errada. Não há proibição de retirar 
documento da repartição, com autorização de autoridade competente. 
 
A alternativa “e” está correta. De fato, é proibido ao 
servidor promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO – FCC/2011) Nos 
termos da Lei nº 8.112/90, ao servidor público é permitido 
a) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro. 
b) recusar fé a documentos públicos. 
c) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição. 
d) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
parente até o segundo grau civil. 
e) cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
em situações de emergência e transitórias. 
 
Comentário: 
 
O permitido é o que não é proibido. Assim, conforme 
consta do art. 117 do RJU, ao servidor é proibido, dentre outras 
situações, o seguinte: 
 
x Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro. 
x Recusar fé a documentos públicos. 
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x Promover manifestação de apreço ou desapreço no 
recinto da repartição. 
x Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função 
de confiança, parente até o segundo grau civil. 
 
Portanto, não consta das proibições do art. 117, a 
alternativa “e”, isto é, cometer a outro servidor atribuições estranhas 
ao cargo que ocupa, em situações de emergência e transitórias”. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) Ao servidor é 
permitido, dentre outras hipóteses, 
a) participar de gerência de sociedade privada, exceto na qualidade de 
acionista. 
b) ausentar-se do serviço, durante o expediente, com ou sem prévia 
autorização do chefe imediato. 
c) praticar usura sob qualquer de suas formas. 
d) dar fé a documentos públicos. 
e) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Ao servidor é proibido 
participar de gerência de sociedade privada, exceto na qualidade de 
acionista. 
 
X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; 
 
A alternativa “b” está errada. Não é permitido ausentar-
se do serviço, durante o expediente, sem prévia autorização do chefe 
imediato. 
 
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I - ausentar-sedo serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
 
A alternativa “c” está errada. Ao servidor é proibido 
praticar usura sob qualquer de suas formas. 
 
A alternativa “d” está correta. É permitido dar fé a 
documentos públicos, sendo a proibição negar fé a documento público. 
 
A alternativa “e” está errada. Não é permitido promover 
manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 19ª REGIÃO – FCC/2011) 
Analise as seguintes assertivas concernentes às 
responsabilidades dos servidores públicos: 
I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente 
afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência 
de prova suficiente para a condenação. 
II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor 
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, 
do qual resulte em prejuízo. 
Está correto o que consta em 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) II, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e III, apenas. 
 
Comentário: 
 
A assertiva “I” está errada. A responsabilidade 
administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de 
absolvição criminal que entenda pela inexistência do ilícito (fato) ou de 
autoria, conforme o seguinte: 
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Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou sua autoria. 
 
A assertiva “II” está correta. Tratando-se de dano 
causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, 
em ação regressiva, nos termos do art. 122. 
 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou 
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário 
somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta 
de outros bens que assegurem a execução do débito pela via 
judicial. 
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, 
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em 
ação regressiva. 
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores 
e contra eles será executada, até o limite do valor da herança 
recebida. 
 
A assertiva “III” está errada. A responsabilidade civil 
decorre de ato comissivo ou omissivo, conforme o seguinte: 
 
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou 
função. 
 
Vale ressaltar que, de acordo com o art. 123, a 
responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas 
ao servidor, nessa qualidade. 
 
Considerando, ademais, que, em regra, as sanções civis, 
penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si. 
 
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Gabarito: “C”. 
 
 
9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – TRF 
5ª REGIÃO – FCC/2012) De acordo com a Lei no 8.112/1990, o 
servidor público responde pelo exercício irregular de suas 
atribuições, podendo, pela prática de um determinado ato, ser 
responsabilizado 
a) civil, penal e administrativamente, afastando-se a responsabilidade 
administrativa no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou sua autoria. 
b) civil, penal e administrativamente, não cabendo cumulação das 
sanções. 
c) civil, penal e administrativamente, sendo as sanções independentes 
entre si, salvo no caso de condenação criminal, que absorve as demais 
penalidades. 
d) civil e administrativamente, aplicando-se a responsabilidade civil 
como decorrência da constatação da falta administrativa. 
e) penal e administrativamente, afastando-se a responsabilidade 
administrativa no caso de absolvição criminal por insuficiência de 
provas. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 121 da Lei nº 8.112/90 o servidor 
responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de 
suas atribuições. Porém, a responsabilidade administrativa será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato 
ou sua autoria, conforme dispõe o art. 126, assim expresso: 
 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou sua autoria. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
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 27 
10. (ADVOGADO – METRÔ/SP – FCC/2010) Em tema de 
responsabilidade dos servidores públicos, considere: 
I. Praticando conduta que configure infração administrativa, que 
acarrete dano à Administração e seja tipificada como crime, o servidor 
público estará sujeito às consequências civis, administrativas e penais, 
pois têm elas fundamento e natureza diversos. 
II. Não incide responsabilidade civil, salvo a penal e administrativa, 
para aquele que exerce, mesmo transitoriamente ou sem 
remuneração, mandato, cargo ou função em órgão estatal, pela prática 
de improbidade administrativa. 
III. A pena de suspensão significa o não exercício das atribuições 
funcionais por certo tempo, com percepção dos vencimentos 
correspondentes ao cargo. 
IV. O curso do prazo prescricional para a atuação disciplinar da 
Administração, interrompe-se na data do conhecimento da autoria da 
infração e suspende-se com a instauração do processo disciplinar. 
V. Toda sanção disciplinar há de estar associada a uma infração, a uma 
conduta que traduz descumprimento de dever ou inobservância de 
proibição, de natureza funcional. 
É correto o que consta APENAS em 
a) III e V. 
b) II e IV. 
c) I e V. 
d) I, II e III. 
e) III, IV e V. 
 
Comentário: 
 
Estabelece o art. 121 da Lei nº 8.112/90 que o servidor 
responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de 
suas atribuições. 
 
Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
 
Nessa hipótese, os servidores arcarão com os prejuízos, 
podendo parcelá-lo. Todavia, se o prejuízo foi causado dolosamente 
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somente será liquidada de forma parcelada na falta de outros bens que 
assegurem a execução do débito pela via judicial. 
 
Se a Administração reparar o dano causado a terceiros, 
responderá o servidor, em ação regressiva. 
 
Devemos lembrar, ademais, que a obrigação de reparar 
o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o 
limite do valor da herança recebida. 
 
A responsabilidade penal, conforme art. 123 do RJU, 
abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa 
qualidade. 
 
De outro lado, nos termos do art. 124 do RJU, a 
responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
 
Assim, as sanções civis, penais e administrativas 
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Trata-se da 
cumulatividade ou independência de instâncias. 
 
Contudo, conforme art. 126 do RJU, a responsabilidade 
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria.Por isso, a assertiva I está correta. Lembre-se que as 
instâncias são independentes e podem cumular-se. Assim, praticando 
conduta que configure infração administrativa, que acarrete dano à 
Administração e seja tipificada como crime, o servidor público estará 
sujeito às consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas 
fundamento e natureza diversos. 
 
A assertiva II está errada. Incidem as responsabilidades 
civil, penal e administrativa para qualquer agente público, mesmo que 
exerça ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, 
cargo ou função em órgão estatal, pela prática de improbidade 
administrativa. 
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 29 
 
A assertiva III está errada. A pena de suspensão significa 
o não exercício das atribuições funcionais por certo tempo, sem a 
percepção dos vencimentos correspondentes ao cargo. 
 
A assertiva IV está errada. Nos termos do art. 142 do 
RJU, o curso do prazo prescricional, para a atuação disciplinar da 
Administração, começa a correr da data do conhecimento do fato e 
interrompe-se com a instauração do processo disciplinar. 
 
Art. 142. 
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em 
que o fato se tornou conhecido. 
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de 
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a 
decisão final proferida por autoridade competente. 
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a 
correr a partir do dia em que cessar a interrupção. 
 
A assertiva V está correta. Toda sanção disciplinar há de 
estar associada a uma infração, a uma conduta que traduz 
descumprimento de dever ou inobservância de proibição, de natureza 
funcional. Não há sanção sem a correspondente falta funcional. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) A 
responsabilidade do servidor público civil 
a) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo 
ou função. 
b) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato. 
c) de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público. 
d) decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte 
em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
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 30 
e) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá 
cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena 
de caracterizar bis in idem. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. A responsabilidade resulta 
tanto de ato comissivo quanto omissivo, praticado no desempenho 
de cargo ou função. 
 
A alternativa “b” está errada. Será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou que nega a 
autoria. 
 
A alternativa “c” está errada. A responsabilidade de 
reparar o dano se estende aos sucessores do servidor público até o 
limite da herança. 
 
A alternativa “d” está correta. A responsabilidade civil do 
servidor decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 
A alternativa “e” está errada. A sanção administrativa 
pode cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AP – 
FCC/2011) De acordo com a Lei nº 8.112/90, em regra, João, 
servidor público civil efetivo, que nunca praticou qualquer 
infração administrativa, terá a penalidade de advertência 
escrita aplicada se 
a) praticar usura sob qualquer de suas formas. 
b) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares. 
c) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. 
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d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições. 
e) proceder de forma desidiosa. 
 
Comentário: 
 
Nos termos do art. 129 do RJU, a advertência será 
aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do 
art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever 
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não 
justifique imposição de penalidade mais grave. 
 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento 
e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou 
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente 
até o segundo grau civil; 
[...] 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 1ª REGIÃO – FCC/2011) 
João, servidor público federal, aliciou seus subordinados no 
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sentido de se filiarem a determinado partido político. Cumpre 
salientar que tal conduta foi praticada uma única vez. O fato 
narrado 
a) está previsto como proibição ao servidor público federal, e, uma vez 
praticada, sujeita-o à penalidade de demissão. 
b) não está previsto em lei como uma das proibições dirigidas aos 
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais. 
c) ensejará a aplicação da penalidade de advertência. 
d) ensejará penalidade disciplinar, a qual terá seu registro cancelado, 
após o decurso de dois anos de efetivo exercício, se João não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
e) ensejará a aplicação da penalidade de suspensão, que poderá ser 
convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de 
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer 
em serviço. 
 
Comentário: 
 
Nos termos do art. 129 c/c com o art. 117, inc. VII, da 
Lei nº 8.112/90, é aplicável a advertência por violação à proibição de 
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
14. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RN – FCC/2011) A 
advertência será aplicada na hipótese de 
a) inassiduidade habitual. 
b) recusar fé a documentos públicos. 
c) aceitar comissão de estado estrangeiro. 
d) praticar usura sob qualquer de suas formas. 
e) proceder de forma desidiosa. 
 
Comentário: 
 
Nos termos do art. 129 c/c com o art. 117, inc. III, da 
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Lei nº 8.112/90, é aplicável a advertência por violaçãoà proibição de 
recusar fé a documento público. As outras alternativas trazem 
casos de demissão. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
15. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRF 1ª REGIÃO 
– FCC/2011) José, servidor público federal, responde a 
processo administrativo por ter faltado ao serviço, sem causa 
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o 
período de doze meses. Conforme preceitua a Lei nº 
8.112/1990, estará sujeito à pena de 
a) demissão. 
b) suspensão pelo prazo máximo de noventa dias. 
c) advertência. 
d) disponibilidade. 
e) multa. 
 
Comentário: 
 
Conforme preceitua a Lei nº 8.112/90, ao servidor 
público poderá ser aplicada as seguintes penalidades: Advertência; 
Suspensão; Demissão; Cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; Destituição de cargo em comissão; Destituição 
de função comissionada. 
 
Nos termos do art. 132, a demissão será aplicada no 
caso de faltas graves, ou seja, em caso de: 
 
x Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido 
de retornar ao serviço público federal, 
x Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, 
inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa 
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período 
de doze meses; 
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x Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de 
retornar ao serviço público federal; 
x Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
x Insubordinação grave em serviço; 
x Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
x Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal; 
x Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
x Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, 
ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; 
x Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço 
público federal; 
x Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se 
comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos 
cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo 
administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa 
irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será 
simplesmente exonerado do outro cargo; 
x Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos 
IX ao XVI do art. 117). 
 
Assim, nos termos do art. 132, inc. III, da Lei nº 
8.112/90 será demitido o servidor por inassiduidade habitual, 
definida como a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta 
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
16. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TRF 5ª 
REGIÃO – FCC/2012) Nos termos da Lei no 8.112/1990, 
entende-se por inassiduidade habitual: 
a) falta contínua ao serviço, sem causa justificada, por mais de dez 
dias consecutivos. 
b) falta ao serviço, por sessenta ou mais dias, interpoladamente, 
durante um exercício fiscal. 
c) ausência temporária ao serviço, que ocorra em período contínuo e 
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por trinta dias. 
d) falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, 
interpoladamente, durante o período de doze meses. 
e) falta ou ausência contínuas ao serviço, que configuram desídia no 
exercício das funções públicas, ao longo de sessenta dias de um 
exercício fiscal. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 139 do RJU, entende-se por 
inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 
sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIO – TRT 4ª REGIÃO 
– FCC/2011) Alcebíades, servidor do Tribunal Regional do 
Trabalho, 4ª REGIÃO, vem acumulando, ilegalmente, seu cargo 
de analista judiciário com emprego em sociedade de economia 
mista federal, enquanto Ana Maria, também analista judiciário, 
vem exercendo atividades incompatíveis com o exercício do 
cargo e com o respectivo horário de trabalho. Nesses casos, 
esses servidores públicos estarão sujeitos, respectivamente, às 
penas de 
a) destituição do cargo e de disponibilidade. 
b) demissão e de suspensão, podendo esta ser convertida em multa. 
c) exoneração de ofício do cargo ou emprego e de demissão. 
d) disponibilidade não remunerada e de advertência conversível em 
multa. 
e) suspensão não conversível em multa e de destituição do cargo. 
 
Comentário: 
 
Conforme preceitua o art. 127 da Lei nº 8.112/90, ao 
servidor público poderá ser aplicada as penalidades de advertência, 
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou 
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disponibilidade; destituição de cargo em comissão ou 
destituição de função comissionada. 
 
Nos termos do art. 132, a demissão será aplicada no 
caso de faltas graves, ou seja, em caso de: 
 
x Crime contra a administração pública, ficando o servidor impedido 
de retornar ao serviço público federal, 
x Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos, 
inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem causa 
justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período 
de doze meses; 
x Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de 
retornar ao serviço público federal; 
x Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
x Insubordinação grave em serviço; 
x Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
x Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor 
impedido de retornar ao serviço público federal; 
x Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
x Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional, 
ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal; 
x Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao serviço 
público federal; 
x Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se 
comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos 
cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo 
administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração dessa 
irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será 
simplesmente exonerado do outro cargo; 
x Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos 
IX ao XVI do art. 117). 
 
Com efeito, no caso de acumulação ilícita de cargos, 
empregos ou funções, o servidor será demitido, conforme art. 132, inc. 
XII, da Lei nº 8.112/90, que assim dispõe: 
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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas; 
 
De outro lado, verifica-se, consoante art. 117 da Lei nº 
8.112/90, que ao servidor são proibidas as seguintes condutas: 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ouobjeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento 
e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade 
privada, personificada ou não personificada, exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de 
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
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XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo 
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis 
com o exercício do cargo ou função e com o horário de 
trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do 
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na 
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre 
conflito de interesses 
 
Assim, de acordo com o art. 129 do RJU, a advertência 
será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante 
do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever 
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não 
justifique imposição de penalidade mais grave. 
 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento 
e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição; 
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VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo 
grau civil; 
[...] 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. 
 
Já, de acordo com o art. 130, Lei nº 8.112/90, a 
suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas 
com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não 
podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
 
Portanto, como as transgressões ao art. 117, inc. IX a 
XVI, levam à pena de demissão, vamos observar que a infração às 
proibições contidas nos incisos XVII e XVIII é que levariam à pena de 
suspensão. 
 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo 
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis 
com o exercício do cargo ou função e com o horário de 
trabalho; 
 
Assim, no caso de exercício de atividades incompatíveis 
com o exercício do cargo e com o horário, a pena a ser aplicada será a 
suspensão. Observe a síntese: 
 
Advertência Art. 117, incs. I a VIII e XIX 
Suspensão Art. 117, incs. XVII e XVIII 
Demissão Art. 117, incs. IX a XVI 
 
Gabarito: “B”. 
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18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RS – 
FCC/2010) Sobre a suspensão prevista como penalidade na Lei 
nº 8.112/90, é correta a afirmação: 
a) A penalidade de suspensão terá seus registros cancelados, após o 
decurso de três anos de efetivo exercício se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
b) Será punido com suspensão de até trinta dias o servidor que, 
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica 
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da 
penalidade uma vez cumprida a determinação. 
c) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de 
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de vinte e cinco 
por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor 
obrigado a permanecer em serviço. 
d) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas 
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo 
exceder de noventa dias. 
e) O cancelamento dos registros da penalidade, quando cabível, surtirá 
efeitos retroativos à data da sua aplicação, fazendo jus o servidor ao 
pagamento da remuneração respectiva, bem como à contagem do 
tempo de serviço para todos os efeitos. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Conforme art. 131, RJU, a 
penalidade de suspensão terá seus registros cancelados, após o 
decurso de CINCO anos de efetivo exercício se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão 
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o 
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração 
disciplinar. 
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá 
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efeitos retroativos. 
 
A alternativa “b” está errada. Será punido com 
suspensão de até QUINZE dias o servidor que, injustificadamente, 
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela 
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez 
cumprida a determinação, conforme §1º do art. 130, RJU: 
 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência 
das faltas punidas com advertência e de violação das demaisproibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o 
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido 
a inspeção médica determinada pela autoridade competente, 
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a 
determinação. 
 
A alternativa “c” está errada. Quando houver 
conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser 
convertida em multa, na base de CINQUENTA por cento por dia de 
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer 
em serviço. 
 
A alternativa “d” está correta. De fato, a suspensão será 
aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e 
de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita 
a penalidade de demissão, não podendo exceder de noventa dias, 
conforme art. 130 do RJU. 
 
A alternativa “e” está errada. O cancelamento dos 
registros da penalidade, quando cabível, NÃO surtirá efeitos 
retroativos à data da sua aplicação. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
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19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE – TST – 
FCC/2012) Pelo regime da Lei no 8.112/90, NÃO é caso de 
aplicação de penalidade de demissão 
a) o abandono de cargo. 
b) a reincidência das faltas punidas com advertência. 
c) a inassiduidade habitual. 
d) a incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição. 
e) a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas. 
 
Comentário: 
 
Prescreve o art. 130 da Lei nº 8.112/90 que a 
suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas 
com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo 
exceder de 90 (noventa) dias. 
 
O abandono de cargo, a inassiduidade habitual, a 
incontinência pública e conduta escandalosa na repartição, bem como 
a acumulação ilegal de cargos levam à demissão. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 14ª REGIÃO – FCC/2011) De 
acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o Regimento 
Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das Fundações Públicas Federais, a ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos 
acarretará a penalidade de 
a) suspensão de até 30 dias. 
b) demissão. 
c) advertência. 
d) censura. 
e) repreensão. 
 
Comentário: 
 
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Nos termos do art. 138 do RJU, configura abandono de 
cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta 
dias consecutivos. Assim, de acordo com o art. 132, inc. II, do RJU, o 
abandono de cargo acarretará a penalidade de demissão. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
21. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AP – FCC/2011) De acordo 
com a Lei nº 8.112/90, para as condutas de abandono de cargo, 
acumulação ilegal de funções públicas e proceder de forma 
desidiosa será aplicada a pena de 
a) demissão, demissão e advertência escrita, respectivamente. 
b) advertência escrita. 
c) suspensão de, no máximo, 30 dias. 
d) demissão, advertência escrita e demissão, respectivamente. 
e) demissão. 
 
Comentário: 
 
A pena de demissão será aplicada nas hipóteses do 
art. 132 do RJU, e, dentre tais, temos: A demissão será aplicada nos 
seguintes casos: II - abandono de cargo; XII - acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos 
IX a XVI do art. 117. Assim, no art. 117, inc. XV, temos a proibição de 
o servidor proceder de forma desidiosa. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 1ª REGIÃO – FCC/2011) 
José, ex-técnico judiciário do TRT, foi demitido do serviço 
público por ter praticado corrupção. Já Maria, também ex- 
técnica judiciária do TRT, foi demitida por ter atuado, como 
intermediária, junto a repartições públicas, fora das hipóteses 
permitidas em lei. De acordo com a Lei no 8.112/1990, 
a) José não poderá retornar ao serviço público federal e Maria fica 
incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo 
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prazo de cinco anos. 
b) José e Maria jamais poderão retornar ao serviço público federal. 
c) José e Maria ficam incompatibilizados para nova investidura em 
cargos públicos federais pelos prazos, respectivamente, de dez e cinco 
anos. 
d) as demissões, pelos motivos narrados, não incompatibilizam José e 
Maria para nova investidura em cargos públicos federais, podendo 
retornar ao serviço público imediatamente. 
e) Maria não poderá retornar ao serviço público federal e José fica 
incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, pelo 
prazo de dois anos. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 137 do RJU, a demissão ou a 
destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos 
IX (valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública) e XI (atuar, como 
procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando 
se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até 
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro), incompatibiliza o ex-
servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 
5 (cinco) anos. 
 
Contudo, não poderá retornar ao serviço público federal 
o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por 
infringência do art. 132, incisos I (crime contra a Administração 
Pública), IV (improbidade administrativa), VIII (aplicação irregular de 
dinheiros públicos), X (lesão aos cofres públicos e dilapidação do 
patrimônio nacional) e XI (corrupção). 
 
Assim, José não poderá mais retornar ao serviço público 
federal e Maria está incompatibilizada por cinco anos. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
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23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO – FCC/2011) 
Considere as assertivas abaixo sobre o Regime Disciplinar dos 
servidores públicos civis federais, nos termos da Lei n° 
8.112/1990. 
I. Ao servidor público é permitido atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições públicas, para tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de cônjuge ou companheiro. 
II. O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando 
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de 
ambos os cargos efetivos, ainda que houver compatibilidade de horário 
e local com o exercício de um deles. 
III. A penalidade administrativa de suspensão será aplicada em caso 
de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das 
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder sessenta dias. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) III. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I. 
e) I e II. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está correta. Ao servidor público é 
permitido atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, para tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de cônjuge ou companheiro. 
 
A proibição é para atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais

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