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Centro de Ciências Jurídicas
Teorias da Culpabilidade
Acadêmicas: Amanda Abreu Ricardo
 Diéli Zulian Terres
Disciplina: Direito Penal II
Professor: Michelangelo Cervi Corsetti
Caxias do Sul, 11 de Novembro de 2012.
Introdução
O presente trabalho trata das teorias de culpabilidade no âmbito do direito penal, e as modificações que nela foram feitas a partir da teoria da psicológica da culpabilidade.
Teoria psicológica da culpabilidade
A teoria psicológica da culpabilidade foi predominante no final do século XIX e parte do século XX juntamente com naturalismo - causalista, onde o principal protagonista foi, Franz Von Liszt. Segundo Franz Von Liszt, culpabilidade era “Responsabilidade” onde o agente causador era responsável pelo ato ilícito que praticou. Em outras palavras culpabilidade é a ligação psíquica que une o agente ao resultado produzido por sua ação.
De acordo com essa idéia psicológica a culpabilidade tinha apenas dois elementos: dolo e culpa, e tolerava apenas como seu pressuposto a impunidade. Entendida como capacidade de ser culpável. A teoria admitia somente o afastamento da culpabilidade se houvesse erro, assim eliminando o vinculo psicológico (elemento intelectual e elemento volitivo do dolo).
Ocorreu que com o passar do tempo as criticas da teoria psicológica foram se alastrando e a primeira critica se baseava na seguinte hipótese: O elemento intelectivo (dolo) tem que estar acompanhado com o elemento volitivo (vontade). A partir disso os questionamentos começaram a surgir, pois não era cabível reunir dois elementos completamente diferentes. A culpa não tinha caráter psíquico e sim em algo normativo.
A segunda critica eram as ocorrências das causas que excluíam ou diminuíam a responsabilidade penal. Pois existem certas circunstâncias em que o dolo é evidente, por exemplo, na embriaguez, em estado de necessidade exculpante e etc. Na exculpação, mesmo existindo o nexo psicológico entre o autor e o resultado, representado pelo dolo, não há nenhuma culpabilidade. Esse aspecto só poderia ser explicados e renunciasse a identificação da culpabilidade com o vinculo psicológico entre o autor e o seu ato.Com todas essas criticas e insuficiência foi inevitável o surgimento de um conceito mais concreto de culpabilidade. Foi a partir disso que surgiu a teoria psicológico-normativa da culpabilidade.
Teoria psicológico-normativa da culpabilidade
Foi em 1907 que Reinhart Frank propôs a teoria psicológica- normativa da culpabilidade, ele outorgou culpabilidade como reproabilidade sem afastar o dolo e a culpa. A culpabilidade expressa no momento psíquico como dolo e culpa, também precisava ser censurável. Para ele culpabilidade era igual a relação psicológica juntamente com juízo de reprovação.Com o passar do tempo Frank afirma as causas de exclusão da culpabilidade.
Em 1930 Frank ganhou um novo aliado para sua teoria, James Goldschimidt. Para ele deveria ser buscado a diferença entre norma jurídica e norma de dever. A norma Jurídica se relaciona com o injusto, de caráter objetivo e geral. Já na norma de dever se relaciona com a culpabilidade, e sendo de caráter subjetivo e individual. Culpabilidade = juízo de contrariedade ao dever. A norma de dever tem existência independente, ao lado da norma de ação.
Berthold Freudenthal em 1922, afirmou que culpabilidade é a desaprovação do comportamento do autor, quando podia e devia comportar-se de forma diferente.
Mezger foi difusor da teoria nos países latinos, para ele culpabilidade é o conjunto daqueles pressupostos da pena quem fundamentam, frente ao sujeito, a reprovabilidade pessoal da conduta antijurídica. A ação aparece, por isso, como expressão juridicamente desaprovada da personalidade do agente.
São elementos da culpabilidade psicológico-normativa: a imputabilidade o elemento psicológico normativo (dolo ou culpa) e a exigibilidade de conduta conforme ao Direito. 
A teoria psicológico-normativa surge em uma época histórica em que se abandona o positivismo-naturalista. O dolo e a culpa já não são as únicas espécies da culpabilidade, e a conduta dolosa pode não ser culposa.
Teoria Normativa Pura da Culpabilidade
A partir dos erros da Teoria Psicológico-Normativa e da expulsão dos elementos psíquicos erroneamente inseridos no conceito de culpabilidade, formulou-se a Teoria Normativa, aceita por nossa legislação penal de 1984. Diz-se Teoria Normativa porque a culpabilidade passou a ser informada unicamente por elementos ensejadores de um juízo de valoração por parte do julgador. A culpabilidade passou a ser puramente axiológica. Tais elementos passaram a ser a medida, o critério para o nível de reprovação. Daí falar-se em graus de culpabilidade.
Dolo e culpa foram colocados no tipo penal, já que esses são elementos integrantes da conduta do agente, isto é, da sua ação ou omissão (daí o surgimento dos conceitos de tipo doloso e tipo culposo). Por seu turno, a consciência da ilicitude foi destacada do dolo, uma vez que um independe do outro: pode haver conduta dolosa sem que o sujeito saiba que a mesma é contrária ao direito. O primeiro problema resolve-se no âmbito do tipo penal, ao passo que o segundo encontra solução na culpabilidade. Deixou-se de falar em dolo normativo, ou Dolus Malus, para se falar em dolo natural. Deixou-se de se falar em consciência da ilicitude como excludente da culpabilidade, para se passar a falar em potencial consciência da ilicitude.
Os elementos da culpabilidade, pois, condicionam a maior ou menor censurabilidade da conduta. Tais elementos consistem na imputabilidade, na potencial consciência da ilicitude a na inexigibilidade de conduta diversa. Uma vez estabelecido que a culpabilidade é vista no Direito Penal moderno, pelo menos majoritariamente, numa concepção normativa pura, vejamos agora quais são os conceitos fundamentais a serem considerados na formulação de um juízo de culpabilidade. Estes são os conceitos fundamentais que se deve considerar: reprovabilidade, disposição interna contrária à norma, possibilidade de realizar outra conduta, possibilidade de motivação na norma, exigibilidade e âmbito de determinação. Após passam a constituir elementos da culpabilidade a imputabilidade, a potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade da conduta diversa. A culpabilidade assume então a representação de um juízo de valor que existe sobre um ato psicológico que existe ou falta.
Teoria Finalista
Na década de 30, sob os influxos ideológicos nazistas, no contexto da influência do naturalismo sobre a Ciência Penal, desenvolveram-se as bases da teoria finalista da ação. Welzel estabeleceu os contornos definitivos e o embasamento sólido da teoria finalista, abandonando o clássico conceito de ação que a via meramente como impulso mecanicista, deslocando o dolo e a culpa de sua localização até então, a culpabilidade, para integrarem o tipo.
 Welzel partia da afirmação de que a vontade não pode ser separada de seu conteúdo e de sua finalidade, posto que toda conduta humana deva ser voluntária e toda vontade tem um fim. De modo que o legislador não pode modificar nem ignorar a estrutura finalista da ação humana nem o papel que nela desempenha a vontade.
Quanto para Hartmann na sua concepção finalista de ação possui incrível conexão com o processo teleológico estruturado pelo filósofo. Contudo, as consequências que esta teoria trouxe para a culpabilidade foram inúmeras, como a separação da consciência da ilicitude do dolo; o dolo e a culpa deixam de serem elementos da culpabilidade e igualmente “a culpabilidade” (como sustentava a teoria psicológica). Só então se pôde falar de uma verdadeira teoria “normativa” da culpabilidade, puro juízo de reprovação do injusto ao autor, excluídos quaisquer dados psicológicos. Pois como o dolo é concebido como “dolo natural”, ou seja, sem a consciência da ilicitude, esta permanece na culpabilidade como um dado normativo.
Em síntese, a culpabilidade, segundo a acepção normativa pura, apresenta como elementos: a imputabilidade,a possibilidade de compreender o caráter ilícito do fato e a exigibilidade de agir conforme o Direito. Esta teoria sofreu inúmeras críticas e rechaços pelos penalistas e estudiosos da época, podendo-se mencionar os nomes de Nagler, P. Bockelmann, Hafter, Sauer, Mezger, J. Goldschmidt, Maihofer, etc. Porém a questão, até então, não residia em que a ação humana encerra-se em um fim, mas que o dolo e a culpa fossem retirados da culpabilidade. Sendo que a crítica principal consistia em indagar “qual seria o conteúdo da culpabilidade”, a ponto de Mezger mencionar que ela provocaria o “esvaziamento” da culpabilidade. Contudo, a teoria conservou-se incólume, tanto que, atualmente, na Alemanha, na Espanha e no Brasil, quase não há quem não tenha aderido ao esquema finalista (e à culpabilidade normativa pura), não obstante nem todos adotem por completo a teoria de Welzel. 
Conclusão
Tendo em vista a evolução das teorias da culpabilidade e o ápice a que se chegou com a Teoria Normativa, deve-se entender que não há culpabilidade quando está ausente qualquer dos seus três elementos constitutivos.
É evidente que também a culpabilidade não se apresenta na ciência jurídico-penal de maneira perfeita e acabada. Como se trata de característica para muitos, elemento - mais complexa da teoria do delito, ela continua a reclamar novos estudos, e, certamente novas e profundas reflexões da doutrina.
Bibliografia
 PIERANGELI, José Henrique. O consentimento do ofendido na teoria do delito, Ed RI, São Paulo, 1995.
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2002.
http://pt.scribd.com/doc/6631227/Da-Culpabilidade-Direito-Penal-II

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