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1 A ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO Isabelli Gravatá Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes (RJ), Mestre em Direito Público pela UNESA (RJ), Especialista em Direito Empresarial pela Faculdade Cândido Mendes (RJ), Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), ex-residente jurídica da área Trabalhista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Professora universitária e de cursos preparatórios para concursos públicos – área jurídica e área fiscal, Advogada e autora de livros jurídicos. São órgãos da Justiça do Trabalho, conforme dispõe o artigo 111 da CRFB, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e os Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho). Varas do Trabalho TRT TST Juízes 1 Juiz do trabalho ou Juiz de direito Desembargadores 10 Turmas...........50 SEDI.................18 SEDIC...............14 Tribunal Pleno....54 Órgão Especial...16 Corregedoria.....2 Presidência.......2 Ministros Turmas (julgam os recursos) � Súmulas SDI Seções SDC (julgam ações de competência originária do Tribunal) OJs ... Ministros Súmulas vinculantes (têm força de lei – obrigam o julgador a seguir o entendimento) STF CCP (Comissões de Conciliação Prévia) São formadas dentro dos: � sindicatos / núcleos intersindicais � empresas / grupo de empresas extrajudicial (o processo passa pela comissão, mas ela não faz parte da Justiça do Trabalho) CCPs não são órgãos do poder judiciário, porém, para reclamar um direito do trabalhista, tem que passar 1° pela comissão e tentar fazer um acordo. Se não conseguir é que ajuíza ação no judiciário. STF não é órgão especializado da Justiça do Trabalho. O processo chega até o Supremo, em sede de recurso, quando há uma ofensa à CRFB. TST é o órgão maior especializado na área trabalhista e não o STF. 2 Em síntese, são órgãos da Justiça do Trabalho: TST TRT VARA Vara ou Juiz do Trabalho A Emenda Constitucional nº 24/99 extinguiu o cargo dos Juízes Classistas e modificou a denominação das Juntas de Conciliação e Julgamento para Varas do Trabalho. A Vara do Trabalho representa o órgão jurisdicional, em regra, responsável pelo primeiro grau de jurisdição no que se refere ao julgamento das questões trabalhistas, cabendo ao Juiz do Trabalho a direção da mesma. Conforme previsão legal contida nos artigos 668 da CLT e 112 da CRFB, nas localidades onde não existe jurisdição de Juízes do Trabalho a função jurisdicional é exercida pelo Juízo de Direito. Caso na localidade haja mais de um Juízo de Direito, a competência é determinada entre os juízes do cível, por distribuição ou pela divisão judiciária local (art. 669 da CLT). Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) Atualmente, segundo dispõe o art. 674 da CLT, existem 24 Tribunais Regionais do Trabalho. Aos Tribunais Regionais do Trabalho compete, em princípio, o segundo grau de jurisdição da Justiça do Trabalho. TRT Juízes do Tribunal (pelo Regimento Interno do TRT do Rio = Desembargadores) juízes de carreira entram por concurso público nas Varas e são promovidos a Juízes do TRT por antiguidade e merecimento, de maneira alternada. (art. 115, II da CRFB) quinto constitucional lista sêxtupla, que vem da OAB ou do MP do Trabalho; dos 6 são escolhidos 3 pelo tribunal para que seja escolhido 1 pelo Presidente da República. (arts. 94 e 115, I da CRFB) entram para o TRT por promoção ou pelo quinto constitucional nomeados pelo Presidente da República 3 No presente artigo estaremos nos restringindo ao estudo das peculiaridades apenas do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que tem sede na cidade do Rio de Janeiro. O artigo 6º do Regimento Interno do TRT da 1ª Região apresenta a organização do Tribunal, elencando os órgãos onde os 54 (cinqüenta e quatro) Desembargadores estão atuando. O TRT do Rio de Janeiro possui os seguintes órgãos: – Tribunal Pleno - composto pelos 54 Desembargadores; – Órgão Especial – constituído por 16 Desembargadores, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do Tribunal Pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo Tribunal Pleno com mandato de 2 anos; – Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SEDIC) - constituída pelo Desembargador Presidente, pelo Vice-Presidente e mais 12 Desembargadores. O Presidente do Tribunal presidirá a SEDIC e, na sua falta, o Vice-Presidente o fará, na falta deste o Desembargador mais antigo dentre os componentes do Órgão exercerá a presidência sucessivamente; – Seção Especializada em Dissídios Individuais (SEDI) – constituída por 18 Desembargadores, nela compreendida o seu Presidente. Presidirá o Desembargador eleito pelo Tribunal Pleno, com o período de mandato coincidente com o dos demais membros da direção do Tribunal; – Turmas – são 10 Turmas, sendo que cada Turma é constituída por 5 Desembargadores, sendo necessário o quorum mínimo de 3 presentes para o seu funcionamento; – Presidência – exercida pelo Presidente com a colaboração do Vice-Presidente; – Corregedoria-Regional - composta pelo Corregedor e pelo Vice-corregedor. Tribunal Superior do Trabalho (TST) Está sediado em Brasília. É o órgão jurisdicional de mais elevado nível da Justiça do Trabalho, é a instância suprema trabalhista. Após a EC 45/04 passou a ter 27 Ministros em sua composição, brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. Atualmente são 27 Ministros togados 17 togados 10 classistas não coloca ninguém no lugar acrescenta + 10 togados aos 17 já existentes. 27 Ministros EC 24/99 EC 45/04 4 TST Ministros do Tribunal São órgãos do TST: • Tribunal Pleno • Órgão Especial (criado pela Resolução Administrativa nº 1267/07) – 14 Ministros (inclui o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral) • 8 Turmas (3 Ministros em cada turma) As turmas do TST julgam os recursos, e o julgado de forma repetida de determinada matéria vai sumular um entendimento (firma uma jurisprudência através de uma súmula). • Seção Administrativa (7 Ministros – inclui o Presidente e o Vice-Presidente) • SDC – Seção Especializada em Dissídios Coletivos (9 Ministros – inclui o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral) • Subseção I da SDI – Seção Especializada em Dissídios Individuais (11 Ministros – inclui o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor Geral) • Subseção II da SDI – Seção Especializada em Dissídios Individuais (9 Ministros – inclui o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor Geral) Nem só recurso chega até o TST, existem ações que são de competência originária do Tribunal Superior, e, neste caso, são julgadas por uma das Seções (SDI ou SDC). O julgamento repetido de ações da mesma matéria gera a Orientação Jurisprudencial. • Comissões Permanentes de acordo com a Resolução Administrativa nº 1212/2007 (Ministros designados pelo Tribunal Peno na 1ª sessão após a posse da Direção. A Presidência das Comissões é do Ministro maisantigo que as compuser) o Comissão Permanente de Regimento Interno (4 Ministros, sendo 1 suplente) o Comissão Permanente de Jurisprudência e Precedentes Normativos (4 Ministros, sendo 1 suplente) o Comissão Permanente de Documentação (4 Ministros, sendo 1 suplente) juízes de carreira lista tríplice feita pelo Tribunal Pleno, em voto secreto, encaminhada ao Presidente da República quinto constitucional Membro do MPT e advogado militante – lista sêxtupla enviada pela Procuradoria- Geral do Trabalho ou pelo Conselho Federal da OAB ao Tribunal Pleno que escolherá três nomes e encaminhara ao Presidente da República entram para o TST por promoção ou pelo quinto constitucional nomeados pelo Presidente da República 5 Os cargos de Direção do TST são: Presidência Vice-Presidência Corregedoria-Geral São eleitos pelo Tribunal Pleno, por 2 anos, proibida a reeleição.
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