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Tutela Provisória

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Direito Processo Civil I	 2 
AULA 07	 2 
I. DA TUTELA PROVISÓRIA	 2 
I.1. Introdução	 2 
I.2. A tutela provisória	 2 
I.3. A tutela provisória de urgência	 5 
I.4. A tutela provisória de evidência	 8
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "1 9
Direito Processo Civil I 
Karina Martins 
2015_2 
Direito Processo Civil I 
AULA 07 
I. DA TUTELA PROVISÓRIA 
I.1.Introdução 
A lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, instituiu o Novo 
Código de Processo Civil, revogando a lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 
1973, que disciplinava o Código de Processo Civil anterior. 
Com a edição da referida lei 13.105/2015, que entra em vigor 
no prazo de 1 (um) ano a partir da data de sua publicação, inovações 
foram introduzidas no processo civil dentre elas a tutela provisória. 
Cabe analisar a tutela provisória disciplinada nos artigos 294 a 
311 da lei 13.105/2015, novo Código de Processo Civil, que se divide em 
tutela provisória de urgência e tutela provisória de evidência, comparando-
a com a tutela antecipada e a tutela cautelar do Código de Processo Civil 
de 73. 
Analisam-se, também, os requisitos da tutela provisória, o fumus 
boni iuris e o periculum in mora para a tutela provisória de urgência e a 
prova inequívoca, o abuso do direito de defesa, o propósito protelatório do 
réu para a tutela provisória de evidência, o seu procedimento e os 
recursos cabíveis das decisões de deferimento e indeferimento. 
I.2.A tutela provisória 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "2 9
O Novo Código de Processo Civil, lei n° 13.105/2015, trata da 
tutela provisória no seu Livro V, artigos 294 a 311, que é constituído em 
três títulos: título I que trata das disposições gerais aplicáveis à tutela de 
urgência e de evidência; título II que trata da tutela de urgência e é dividido 
em três capítulos: capítulo I - disposições gerais; capítulo II do 
procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente e 
capítulo III do procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente e por fim o título III que trata da tutela de evidência. 
Entende-se por provisório o provimento que não reveste caráter 
definitivo, tendo duração temporal limitada ao período de seu deferimento e 
a superveniência do provimento principal definitivo. 
A tutela provisória pode ser cautelar com caráter instrumental e 
acessório a tutela definitiva, ou pode ser antecipatória do próprio mérito da 
tutela definitiva. 
A lei 5.689/73 dispunha acerca da tutela cautelar no seu livro III, 
artigos 796 a 889, especificando os pressupostos próprios para cada 
provimento cautelar e no artigo 798 dispondo sobre o poder geral de 
cautela, diferentemente do Código de Processo Civil de 1939, Decreto-lei 
1.608, de 18 de setembro de 1939, que apenas estipulava os requisitos 
gerais dos provimentos cautelares no seu artigo 675. 
As cautelares típicas ou nominadas no Código de Processo Civil 
de 73 eram o arresto, artigo 813 a 821, o sequestro, artigo 822 a 825, a 
caução, artigo 826 a 838, a busca e apreensão, artigo 839 a 843, a 
exibição, artigo 844 e 845, a produção antecipada de prova, artigo 846 a 
851, os alimentos provisionais, artigo 852 a 854, o arrolamento de bens, 
artigo 855 a 860, a justificação, artigo 861 a 866, os protestos, notificações 
e interpelações, artigos 867 a 873, a homologação do penhor legal, artigos 
874 a 876, a posse em nome do nascituro, artigo 877 e 878, o atentado, 
artigos 879 a 881, o protesto e a apreensão de títulos, artigos 882 a 887, 
e outras medidas provisionais nos artigos 888 e 889. 
A tutela cautelar caracterizava-se pela sua provisoriedade, 
instrumentalidade e autonomia, sendo o seu objetivo primordial assegurar a 
efetividade do processo principal. Muito embora fosse constante a 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "3 9
existência de cautelares satisfativas, motivo pelo qual posteriormente se 
criou a tutela antecipatória do mérito. 
Os seus requisitos eram a demonstração do fumus boni iuris e 
do periculum in mora, caracterizando-se o primeiro como a ocorrência da 
possibilidade de tornar-se ineficaz o processo principal diante da ameaça 
de um fato, e o segundo é o fundado receio de dano provável e não 
meramente eventual ao direito da parte enquanto aguarda a solução da 
tutela definitiva. 
Posteriormente foi introduzida a tutela antecipada com a 
modificação da redação do artigo 273 do Código de Processo Civil de 73 
pela lei n° 8.952/94, podendo ser aplicada a diversos procedimentos e 
diferenciando-se do rito das cautelares. A partir deste momento passa o 
código a prever uma providência de mérito provisória e urgente mais 
ampla que a tutela cautelar. 
Nos termos do artigo 273 do Código de Processo Civil de 73 
pode-se antecipar total ou parcialmente uma decisão de mérito diante da 
comprovação dos pressupostos da prova inequívoca, da verossimilhança 
da alegação, do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação 
ou abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
 Exige-se mais do que a aparência do direito, fumus boni iuris, 
requisito das cautelares. Exige que os fundamentos sejam relevantes e 
amparados em prova idônea que permita chegar a uma alta probabilidade 
de veracidade dos fatos narrados pela parte. 
O receio fundado que é a grande probabilidade da ocorrência de 
prejuízo grave e o abuso do direito de defesa quando o réu apresenta 
resistência totalmente infundada ao direito do autor, empregando meios 
ilícitos na sua defesa. 
O Novo Código de Processo Civil não possui um título ou 
capítulo próprio para a tutela cautelar e para a tutela antecipada, mas 
institui um livro próprio destinado a tutela provisória que engloba a tutela 
provisória de urgência, antecipada e cautelar, e de evidência. 
No artigo 301 apenas especifica que a tutela de urgência de 
natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "4 9
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e 
qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
Nesta parte se assemelha ao Código de Processo Civil de 39 ao 
fixar apenas os requisitos gerais da tutela de urgência cautelar, sem criar 
cautelares típicas com requisitos próprios. 
Por sua vez dispõe no inciso I do parágrafo único do artigo 9º 
que a tutela provisória não prescinde da ouvida da parte contrária e que a 
tutela de evidência pode ser deferida inaudita altera pars apenas nos casos 
dos incisos II e III do artigo 311. 
O recurso cabível da decisão liminar que concede ou denega a 
tutela provisória é o agravo de instrumento nos termos do artigo 1.015 do 
novo Código de Processo Civil. Da sentença que confirma ou revoga a 
tutela é cabível a apelação, artigo 1009 do Código. 
I.3.A tutela provisória de urgência 
A tutela provisória de urgência é regulada nos artigos 300 a 310 
do novo Código de Processo Civil, nos artigos 300 a 302 estão contidas 
as disposições gerais, nos artigos 303 e 304 trata do procedimento da 
tutela antecipada requerida em caráter antecedente e nos artigos 305 a 
310 trata do procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente. 
Nos termos do artigo 300 a tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo e para a 
concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir 
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra 
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte 
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
Os requisitos gerais para o seu deferimento são a probabilidade 
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, 
que se entende pela provável existência de um direito a ser tutelado e um 
provável perigo em face do dano ao possível direitopedido. Os referidos 
requisitos são o fumus boni iuris e o periculum in mora dos provimentos 
cautelares. 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "5 9
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após 
justificação prévia e a tutela de urgência de natureza antecipada não será 
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da 
decisão. Por sua vez a tutela de urgência de natureza cautelar pode ser 
efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de 
protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para 
asseguração do direito. 
Nota-se que além da tutela cautelar destinada a assegurar o 
resultado final do provimento definitivo, existe a tutela antecipada do 
próprio mérito do processo principal. De modo que se pode falar em 
medidas provisórias de natureza cautelar e medidas provisórias de natureza 
antecipatória, estas de cunho satisfativo e aquelas de cunho preventivo. 
Tanto a medida cautelar como a medida antecipatória 
representam provimentos de cunho emergencial adotadas em caráter 
provisório, distinguindo-se na sua substância, enquanto a primeiro 
assegura a pretensão a segunda a realiza de pronto. Aproxima-se do 
direito europeu a regulamentação da tutela provisória no novo Código de 
Processo Civil. 
Os artigos 303 e 304 tratam do procedimento da tutela 
antecipada requerida em caráter antecedente, dispondo que nos casos em 
que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial 
pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do 
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca 
realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
Deferida a tutela antecipada deve o autor aditar a petição inicial 
no prazo de 15 dias, e caso seja indeferida o juiz determinará que o autor 
emende a petição inicial no prazo de 5 (cinco) dias sob pena de extinção 
do processo sem resolução do mérito. 
Da decisão que defere ou indefere a tutela antecipada cabe 
agravo de instrumento conforme dispõe o artigo 1015. Se a decisão for de 
deferimento e a parte não recorrer, a decisão torna-se estável e o 
processo será extinto, se a decisão for de indeferimento o autor terá que 
emendar a inicial no prazo de 5 (cinco) dias podendo interpor agravo de 
instrumento. 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "6 9
Interessante que a decisão que concede a tutela não fará coisa 
julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por 
decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por 
uma das partes no prazo de 2 (dois) anos, conforme preceitua o § 6º do 
artigo 304. Desta segunda decisão é cabível a apelação nos termos do 
artigo 1009 do Código. 
Deste modo, mesmo que a parte não recorra da decisão que 
defere a tutela antecipada ainda poderá demandar a outra com o intuito de 
rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada, desde que 
dentro do prazo de 2 (dois) anos. 
O procedimento da tutela cautelar requerida em caráter 
antecedente está regulado nos artigos 305 a 310, consignando que a 
petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter 
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do 
direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo e que caso o juiz entenda que o pedido a que 
se refere o caput tem natureza antecipada aplica-se o disposto no artigo 
303. 
Deste modo fica resolvida a questão da fungibilidade da tutela de 
urgência antecipada e da tutela de urgência cautelar, podendo-se adequar 
o procedimento conforme a presença dos requisitos exigidos para a tutela 
cautelar e para a tutela antecipada, nos mesmos moldes do que previa o § 
7º do artigo 273 do Código de Processo Civil de 73. 
Efetivada a tutela cautelar o pedido principal terá de ser formulado 
pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias e será apresentado nos mesmos 
autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar. Entretanto o pedido 
principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido cautelar. 
Deste modo a cautelar não é mais uma ação autônoma 
dependente da ação principal, mas sim uma tutela preventiva formulada 
antecipadamente ou incidentalmente dentro do próprio processo principal, 
a exemplo da tutela antecipada do Código de 73. 
Nos termos do artigo 310 o indeferimento da tutela cautelar não 
obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "7 9
deste, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de 
decadência ou de prescrição que são questões de mérito. 
Do deferimento ou indeferimento liminar da tutela de urgência 
cautelar caberá agravo de instrumento, artigo 1015 do novo Código, e da 
decisão definitiva de deferimento ou indeferimento caberá o recurso de 
apelação, artigo 1009 do novo Código. 
I.4.A tutela provisória de evidência 
Dispõe o artigo 311 do novo Código de Processo Civil que a 
tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - 
ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito 
protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas 
apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório 
fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso 
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob 
pena de aplicação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova 
documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o 
réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Nas hipóteses dos 
incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
O inciso I do artigo 311 do novo Código de Processo Civil 
corresponde ao antigo inciso II do artigo 273 do Código de Processo Civil 
de 73, que trata da tutela antecipada nos casos de abuso do direito de 
defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. 
O inciso II do artigo 311 do novo Código de Processo Civil se 
assemelha ao § 6º do artigo 273 do Código de Processo Civil de 73, 
hipótese em que os pedidos se mostrem incontroversos. Essa 
incontrovérsia refere-se ao objeto do processo e pode se dar no plano do 
direito ou dos fatos. 
O inciso IV do artigo 311 do novo Código de Processo Civil se 
assemelha ao direito líquido e certo, que diz respeito à desnecessidade de 
dilação probatória para o deslinde dos fatos em que se fundamenta o 
DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "8 9
pedido, podendo ser demonstrado mediante prova pré-constituída 
fundamentalmente documental. 
O inciso III do artigo 311 do novo Código de Processo Civil trata 
da ação reipersecutória cujo objetivo é possibilitar que o autor retome ao 
seu patrimônio o que lhe pertence, mas se encontra em poder de terceiro 
ou na esfera patrimonial do réu que não cumpriu uma obrigação 
contratual, no caso o depósito. Entretanto deve o pedido de tutela de 
evidência estar embasado em prova documental. 
Percebe-se que a tutela de evidência não exige a demonstração 
do fumus boni iuris e do periculum in mora, mas exige os requisitos de 
verossimilhança das alegações e da existência de prova inequívoca 
semelhante a tutela antecipada tratada no artigo 273 do Código de 
Processo Civil de 73, além dos pressupostos do abuso do direito de 
defesa e do propósito protelatório do réu. 
Nas hipóteses dos inciso II e III o juiz pode decidir liminarmente 
sem ouvir a parte contrária, nos demais casos a tutela pode ser deferida 
antecipadamente após ser ouvida a parte contrária, cabendo agravo de 
instrumento da decisão interlocutória de deferimento ou indeferimento da 
tutela de evidência e apelação quando deferida ou indeferida na sentença.DPC_AULA 07 01/11/15 " DE "9 9

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