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Aula 3 - Saúde mental e transtorno mental

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Saúde mental e transtorno mental
Conceitos de saúde mental e transtorno mental
Indivíduo “mentalmente saudável” é aquele que:
Compreende que não é perfeito
Entende que não pode ser tudo para todos
Vivencia uma vasta gama de emoções
Enfrenta desafios e mudanças da vida cotidiana
Procura ajuda para lidar com traumas e transições importantes (não se considera onipotente)
Transtorno mental: 
Desvio ou conflito social sozinho, sem comprometimento do funcionamento do indivíduo não deve ser incluído em transtorno mental
Conceitos de saúde mental e transtorno mental
Há comprometimento quando:
Funções mentais superiores recebem interferência, dificultando ou afetando a atuação (por exemplo, o indivíduo não consegue se lembrar de compromissos)
Atividades da vida diária, rotineiras, usualmente necessárias, sofrem comprometimento em algum grau
Normalidade e anormalidade existem em um continuum; à primeira vista, pessoas com distúrbios psicológicos são geralmente indistintas daquelas que não os têm
As fronteiras entre saúde e doença mental são, em boa medida, relativas, circunstanciais e mutantes
Comportamento usual: personalidade
Personalidade:
Totalidade relativamente estável e previsível dos traços emocionais e comportamentais que caracterizam a pessoa na vida cotidiana, sob condições normais
Ajustamentos únicos ao ambiente
Só se manifesta quando a pessoa está se comportando em relação a um ou mais indivíduos, presentes ou não, reais ou ilusórios
O comportamento interpessoal é tudo o que podemos observar da personalidade
Os seres humanos atuam a partir de uma determinada história pessoal, bem como de um contexto composto por inúmeras variáveis
Condição estável e duradoura do comportamento da pessoa, embora não permanente
Características de personalidade
Não há personalidade normal ou características normais: nenhuma é absolutamente boa ou má, todas possuem aspectos positivos e negativos
Emoções do momento têm o poder de alterar a predominância de uma ou mais características e podem conduzir a comportamentos imprevisíveis, que não necessariamente indicam transtorno mental
As características de personalidade não se apresentam isoladas, e sim sobrepostas, intercaladas e alternadas
Características de personalidade
Todas as pessoas possuem muitas características de personalidade, em diversos graus e proporções diferenciadas
As características de personalidade dos indivíduos saudáveis se alteram com o tempo, com as etapas da vida, devido a inúmeros fatores orgânicos, psicológicos e sociais
Alterações de características de personalidade
Estresse prolongado e eventos traumáticos afetam as características de personalidade
As alterações de características de personalidade têm o objetivo de neutralizar a situação estressante
As modificações não são necessariamente suficientes para tirar a funcionalidade do indivíduo
Quando a funcionalidade fica comprometida, pode-se desenvolver um quadro de transtorno de personalidade
Transtornos de personalidade
Padrões de comportamento profundamente arraigados e permanentes, manifestando-se como respostas inflexíveis a uma ampla série de situações pessoais e sociais
Paranóide
Desconfiança sistemática e excessiva
Dependente
Incapaz de tomar, sozinho, decisões de alguma importância
Esquizóide
Isola-se, busca atividades solitárias e introspectivas
Não retribui cumprimentos e mínimas manifestações de afeto
Transtornos de personalidade
De evitação
Isola-se, porém sofre por rejeitar o relacionamento afetivo
Medo de críticas, rejeição ou desaprovação
Emocionalmente instável
Oscila entre “o melhor e o pior do mundo”
Podem ocorrer falta de controle dos impulsos e acessos de violência
Histriônica
Uso da sedução, busca de atenção excessiva
Procura satisfação imediata 
Tem acessos de raiva quando não é o centro das atenções
Transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia, sociopatia, transtorno de caráter, transtorno sociopático, transtorno dissocial 
Não se adaptam à sociedade e sentem necessidade de ser diferentes
Padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que se inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta (DSM IV)
Não se enquadra na categoria de portador de doença mental, porém se encontra à margem da normalidade psicoemocional e comportamental
Transtorno de personalidade anti-social
Insensíveis às necessidades dos outros: desde o sujeito ambicioso até o pior dos perversos cruéis
Na área de saúde é definido como transtorno de conduta
Principais características:
Loquacidade, charme superficial
Superestima
Estilo de vida parasitário, necessidade de estimulação, tendência ao tédio
Mentira patológica, vigarice, manipulação 
Transtorno de personalidade anti-social
Ausência de remorso ou culpa
Insensibilidade afetivo-emocional, indiferença, falta de empatia
Impulsividade, descontroles comportamentais
Ausência de metas realistas a longo prazo
Irresponsabilidade, incapacidade para aceitar responsabilidade pelos próprios atos
Promiscuidade sexual
Muitas relações conjugais de curta duração
Transtornos de conduta na infância
Delinquência juvenil
Revogação de liberdade condicional
Versatilidade criminal
Transtorno de personalidade anti-social
Falhas na formação do superego (valores morais, éticos e sociais)
Estatísticas apontam para influências biológicas, ambientais e familiares: conjugação de fatores
Em geral a intervenção terapêutica não alcança os valores éticos e morais comprometidos
Alguns autores acreditam que não são tratáveis; estudos indicam menor reincidência após os 40 anos; medicação busca minimizar excitabilidade
Transtorno de personalidade anti-social
Reduzida tolerância à frustração conduz à violência fácil e gratuita
Mecanismos de defesa: racionalização e projeção
Não aprende com a punição
Nem todo psicopata é criminoso
Incapacidade relativa e plena
Código Civil:
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – Os menores de 16 anos
II – Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos
III – Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
Incapacidade relativa e plena
Nos casos de processos de interdição, o juiz deverá interrogar o interditando
O interrogatório servirá para produzir a certeza do juízo 
É importante dar a devida atenção à pessoa que está sendo interrogada, explicando-lhe o que faz ali e o que irá acontecer
Nos casos relacionados à matéria civil, é comum a atuação do psicólogo jurídico como perito do juízo ou assistente técnico das partes em ações que envolvem guarda de menores, regulação de visitas, separação conjugal...
O laudo psicológico será anexado ao processo
Incapacidade relativa e plena
Código Penal:
Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
A imputabilidade mental implica que a pessoa entenda a ação praticada como algo ilícito
Incapacidade relativa e plena
As leis são elaboradas tendo como padrão o “homem médio”
Nas pessoas portadoras de algum tipo de sofrimento mental, deve-se avaliar a intensidade e a qualidade do transtorno, a fim de aferir a possibilidade ou não de responsabilizá-la
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, ou ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal
Aos portadores de sofrimento psíquico que praticaram ilícitos penais caberá, havendo constatação de distúrbio psíquico impeditivo de discernimento sobre o ato praticado, em função deste entendimento, em lugar da pena, medida de segurança na modalidade internação ou tratamento
Psicopatologias
Ao profissional de Direito não cabe a função de diagnosticar, que é exclusiva dos profissionais de saúde
Entretanto, é útil o conhecimento de sinais porque estes sugerem linhas de ação para aqueles que os observam
Transtornos de ansiedade
Alguns sinais e sintomas:
Expectativa do pior ante qualquer notícia
Sensação de tensão, irritação, impossibilidade de relaxar
Dificuldade para conciliar o sono (insônia inicial)
Dificuldade para se concentrar nas atividades
Alterações de memória
Podem ocorrer, simultaneamente, sintomas de depressão e de transtorno obsessivo-compulsivo, dificultando o diagnóstico
Transtorno obsessivo-compulsivo
Obsessão é a persistência patológica de um pensamento (pensamento ruminativo) ou sentimento irresistível, sempre associado à ansiedade, que não pode ser eliminado da consciência pelo esforço da lógica
Compulsão é o comportamento ritualístico de repetir procedimento estereotipado, com o objetivo de prevenir um evento improvável 
Contaminação, ordem e simetria (organização excessiva), dúvida constituem ideias obsessivas comuns que precedem as compulsões
Transtorno do estresse pós-traumático
Várias de suas consequências nem sempre são atribuídas ao trauma porque muitas vezes as pessoas o ocultam e, também, porque surgem como uma resposta tardia ao evento:
Súbita paralisação das atividades, com períodos de afastamento mais ou menos longos, em decorrência do estado físico ou emocional
Alterações comportamentais que afetam o relacionamento com as pessoas que convivem com a vítima
Comprometimento financeiro
Permanência de sinais físicos
Dificuldade de reiniciar a prática de suas tarefas
Incapacidade de realizar determinadas tarefas
Transtorno do estresse pós-traumático
O trauma ocasiona:
Perda ou redução do sentimento de auto-eficácia
Modificação da auto-percepção (sentimentos de mutilação, de ódio do próprio corpo, de contaminação)
Transformação da percepção do mundo, com redução drástica das perspectivas e necessidades básicas
Adoção de comportamentos de fuga, de evitação, de agressividade
Alteração profunda de características de personalidade, em geral reduzindo a interação social
Desenvolvimento de diversos transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão
Transtornos dissociativos
Perda total ou completa da integração normal entre memórias do passado, consciência de identidade e sensações imediatas e controle dos movimentos corporais
Acredita-se que sua origem deva-se a eventos traumáticos, problemas insolúveis e intoleráveis ou a relacionamento perturbados
O início e o término do estado dissociativo são relatados como súbitos
Transtornos dissociativos
O transtorno dissociativo inclui:
Amnésia dissociativa, extensa demais para ser justificada pela fadiga ou esquecimento normal
Fuga dissociativa, em que o indivíduo parte para longe de casa ou do local de trabalho e apresenta ainda os aspectos da amnésia dissociativa
Transtornos de transe ou possessão, em que o indivíduo age como se espírito ou divindade o possuísse e atua dirigido por ele. Devem ser percebidos como involuntários e indesejados
Transtorno de personalidade múltipla: duas ou mais personalidades distintas
Cuidado no diagnóstico devido à possibilidade de simulação
Psicose puerperal ou pós-parto
Assemelha-se à psicose de curta duração, estado mental em que o indivíduo perde o contato com a realidade
Síndrome clínica caracterizada por delírios e depressão graves, pensamentos sobre a vontade de ferir o bebê
Possibilidade de ocorrerem alucinações auditivas, com vozes ordenando à paciente que mate o bebê
Aumento do percentual de suicídio e de infanticídio
Episódios e transtornos depressivos (depressão)
Comprometimento profundo da antecipação
Encara os acontecimentos como ruins, percebe ou antecipa o fracasso, de tal forma que os pensamentos negativos influenciam os eventos bioquímicos, que num círculo vicioso ampliam os pensamentos depressivos
Profunda desesperança, incapacidade de começar qualquer tarefa, até pensar é difícil; o desespero é enorme
Necessidade de suporte medicamentoso
Episódios e transtornos depressivos (depressão)
Sinais e sintomas:
A pessoa não sente prazer pelas atividades
A visão de mundo é distorcida: o mundo é péssimo, horrível
A pessoa aparenta, sem motivo perceptível, contínua tristeza e infelicidade
Queixa-se de acordar cedo demais (insônia terminal)
Inicia o dia com humor péssimo, que melhora gradativamente
Os movimentos tornam-se lentos
O discurso torna-se limitado
Episódios e transtornos depressivos (depressão)
A medicação é essencial quando há suspeita de possível tentativa de suicídio, que ocorre em cerca de 15% das depressões graves
Ciclotimia: instabilidade persistente do humor (períodos de depressão e elação leves alternados)
Distimia: depressão crônica do humor, que não compromete o funcionamento do indivíduo
Drogadição
OMS: uma pessoa é dependente de uma droga quando seu uso torna-se mais importante do que qualquer outro comportamento considerado prioritário
Álcool:
Álcool e tabaco constituem-se as drogas mais consumidas
Principal responsável pelos acidentes de trânsito
Associa-se a diversas formas de violência
De acordo com o Código Penal, a embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior isenta o agente de ilícito de sanção penal 
O álcool influencia todas as funções, orgânicas e mentais
Drogadição
Alterações cognitivas:
Focalização da atenção na situação imediata
Deterioração do processamento de experiências recentes
Redução da autopercepção
Comprometimento da concentração, distúrbios do pensamento e/ou da percepção
Transtornos psiquiátricos consequentes ao alcoolismo:
Distúrbios na conduta
Depressão
Transtornos ansiosos e alimentares
Hábitos patológicos de jogar
Personalidade anti-social e outros
Drogadição
Alguns sinais de alcoolismo:
A pessoa exala odor de álcool pela manhã ou após o almoço
O indivíduo bebe sem seletividade (bebe qualquer coisa)
Há persistente necessidade de beber
Surge a “saliência do comportamento de busca do álcool”; a pessoa modifica o comportamento para beber
A pessoa mente para sair em busca da bebida
Aumento da tolerância ao álcool: são necessárias mais doses para obter o mesmo efeito; mais tarde, surge efeito inverso
Drogadição
Outras substâncias psicoativas
Alteram o estado de consciência e modificam o comportamento
Necessidade de cuidado, porque:
Aumento da variedade de opções
Mídia e formadores de opinião
Pensamento imediatista
Medicalização (médico e paciente)
Comercialização por criminosos
Drogadição
Indícios de uso de drogas:
Mudanças bruscas de comportamento
Troca de amigos e/ou de companhias
Queda repentina nos estudos ou trabalho; ausências incomuns
Falta ou excesso de apetite
Desorganização dos horários e do sono
Desordem
Alteração dos hábitos de higiene
Aparecimento de utensílios estranhos
Olhos vermelhos, miúdos ou ejetados sem justificativa
Drogadição
A retirada da substância deve ser feita com cuidado, devido à síndrome de abstinência (mal estar físico e mental, tremores, sudorese, náusea e vômito...)
Reflexos sobre a personalidade do dependente:
Aumento da agressividade e redução da tolerância à frustração
Autoestima diminuída gera aumento da dependência em relação a terceiros
Dificuldade para assumir responsabilidades
Regressão e imaturidade; imediatismo, indisciplina e desorganização
Sedução, dissimulação, mentira, compulsividade
Tendência à fantasia e superestimação fantasiosa de si
Insensibilidade e ausência de sentimentos, humor oscilante, negação e pessimismo
Transtornos de pensamento
e de percepção
Esquizofrenia: ocorrem delírios, porém o indivíduo possui a consciência clara e a capacidade intelectual encontra-se preservada
Delírios: pensamentos inapropriados, incorretos, impossíveis, juízos falsos que tomam conta do pensamento do indivíduo e o dominam; não se corrigem racionalmente	
Alucinações: falsas impressões de qualquer um dos sentidos (visuais, táteis, auditivas, gustativas, olfativas); ocorrem sem a presença do objeto que possa originá-las
Transtorno factício 
Comportamento de inventar sintomas, repetida e consistentemente	
Objetivo aparente é assumir o papel de doente
Sinais ou sintomas podem ser físicos, psicológicos ou ambos
Resulta de um processo evolutivo que tem início na infância ou na adolescência, em uma simulação leve, porém consciente, para obter pequenos ganhos; o indivíduo aprende com o sucesso e aperfeiçoa o procedimento
Mentira patológica: feita conscientemente, tem o objetivo claro de obter benefícios
Transtornos de preferência sexual (parafilias)
Fantasias, anseios sexuais ou comportamentos recorrentes, intensos e sexualmente excitantes envolvendo objetos não humanos ou situações incomuns
Em geral, constituem regressões aos estágios primitivos do desenvolvimento psicológico
O que caracteriza a patologia ou comportamento doentio é a exclusividade, a dependência de determinadas práticas
Transtornos de preferência sexual (parafilias)
Incesto
Ocorrência de relações sexuais entre parentes sanguíneos próximos 
A relação sexual genital não é exclusiva
Pedofilia
Preferência sexual por crianças, usualmente de idade pré-puberal ou no início da puberdade
A maioria dos abusadores são familiares ou pessoas conhecidas
A natureza do abuso não é necessariamente a penetração vaginal
Várias hipóteses em relação aos abusadores
Transtornos de preferência sexual (parafilias)
Pedofilia e incesto são tipos penais, conforme a conduta praticada, previstos nos arts. 213 e 214 do Código Penal, com presunção de violência quando a vítima é menor de 14 anos
Exibicionismo 
Tendência recorrente ou persistente a expor a genitália a estranhos (usualmente do sexo oposto) ou a pessoas em lugares públicos, sem convite ou pretensão de contato mais íntimo
Configura crime, descrito no art. 233 do Código Penal – Ato Obsceno
Procuram quase sempre os mesmos lugares, em horas certas
Diversas possibilidades de origem
O início é mais comum antes de 18 anos
Estresse e crises emocionais contribuem para acentuá-lo
Transtornos de preferência sexual (parafilias)
No voyeurismo, o indivíduo manifesta satisfação ao observar comportamentos sexuais ou íntimos (tais como despir-se); isso o excita e o leva à masturbação, sem que o observado tome conhecimento
No frotteurismo, o agente, vestido, esfrega seus órgãos genitais contra o corpo da vítima, obtendo prazer
Sadomasoquismo 
O indivíduo procura atividades sexuais que envolvem servidão, ou provocam dor ou humilhação
No masoquismo, ele é o objetivo da estimulação
No sadismo, ele executa
O objetivo é causar sofrimento físico ou emocional
Transtornos mentais orgânicos
Demência
Decorre de doença cerebral, usualmente crônica ou progressiva, destacando-se suas consequências para as funções mentais superiores
São significativos os efeitos sobre o funcionamento intelectual e a interferência nas atividades do cotidiano
Alucinose e transtorno delirante orgânico
Esquizofrenia e transtornos delirantes
Esquizofrenia
Distorção fundamental e característica do pensamento e da percepção, acompanhada de afeto inadequado ou embotado
São comuns:
Delírios de controle, influência ou passividade e de outros tipos, não adequados culturalmente; e
Alucinações auditivas e de outras modalidades
Esquizofrenia paranoide é a mais comum
Transtornos delirantes
Presença de delírios persistentes que podem estar associados a ciúme, por exemplo
Exame do Estado Mental
Integra a avaliação clínica e contém todas as observações do examinador e suas impressões sobre o indivíduo examinado no momento da entrevista
O estado mental pode se alterar rapidamente, portanto o resultado somente se aplica a um momento específico e está sujeito a diversos fatores, como:
Habilidade do entrevistador de estabelecer diálogo e exploração das informações trazidas pelo entrevistado
Conhecimento do entrevistador em relação aos assuntos tratados na entrevista
Autoconhecimento do entrevistador
Comportamentos e atitudes do entrevistado em relação ao entrevistador
Sintonia emocional entre entrevistador e entrevistado
Exame do Estado Mental
Algumas psicopatologias são relevantes para o Exame, tais como:
Psicopatologias da percepção 
Psicopatologias da memória
Psicopatologias do pensamento
Psicopatologias da motricidade
Psicopatologias da orientação
O Exame deve proporcionar uma compreensão geral do comportamento do entrevistado e incluir descrições por meio das quais fique demonstrada a influência que ele recebe dos transtornos psíquicos
Exame do Estado Mental
Fornece a base para importantes decisões sobre o réu, tais como:
Existência de dependência de substância psicoativa, deficiência mental ou desenvolvimento mental incompleto que prive o indivíduo do discernimento necessário para a prática de atos da vida civil, tais como contrair matrimônio e administrar bens
Sua capacidade de entender o caráter ilícito de comportamento emitido ou omitido por ele (imputabilidade penal)
Sua integridade mental
Pode representar a diferença entre ser encaminhado para a prisão comum ou um manicômio judiciário; entre permanecer no cumprimento de uma pena ou ter a reintegração à sociedade autorizada

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