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Aula 6 - Um olhar sobre o delinquente

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Um olhar sobre o delinquente
Delinquência e prazer
O prazer na dor do outro
Percepção: satisfação de “sobreviver”
Habitualidade
Situações em que o indivíduo agride para fazer sofrer; sofrimento do outro constitui:
Expiação de uma culpa
Um deslocamento
O prazer na dor do outro pode refletir característica de personalidade anti-social
O agredido não passa de uma coisa
O prazer de agredir contrabalança a frustração de não poder destruir a sociedade
Delinquência e prazer
Condicionamento
Exposição a situações similares desde a infância, que ensinaram o indivíduo a obter vantagens a partir de comportamentos de agressão
Também ocorre quando o sistema familiar se relaciona de modo a privilegiar a dinâmica da repressão
Observação de modelos
Pai, mãe ou alguma pessoa significativa causava dor em outras pessoas e conseguia benefícios com essa estratégia
Criança observa e replica o comportamento; mais tarde, condiciona-se a praticá-lo
Delinquência e prazer
O gozo na violência
Distingue-se da situação anterior porque o indivíduo experimenta prazer com a violência em si, independentemente de resultar em dor de outras pessoas
A violência é o objetivo
Observado com facilidade nos transtornos de personalidade, como a psicopatia
Forma socialmente aceita: esporte radical (sublimação)
Delinquência e prazer
Condicionamento
O cérebro desenvolve padrões de respostas para estímulos violentos 
Indivíduo comporta-se não só de maneira a responder a estes estímulos, mas também a provoca-los
A violência conforta e proporciona sensação de segurança
Integra uma linguagem que proporciona ao indivíduo identidade sentido de pertencer a um grupo distinto
Observação de modelos
No meio em que vive, esta constitui a linguagem de comunicação dos formadores de opinião
Delinquência e prazer
Condicionamento e observação de modelos reforçam-se mutuamente 
Indivíduo não distingue comportamento violento dos demais
Não percebe quando e quanto pratica
Não percebe que se sente satisfeito, aliviado, ao praticá-lo
Habitualidade reduz a satisfação presente em cada ato
Solução: intensificar os atos de violência em quantidade e qualidade
Funciona como a droga
Nas famílias em que existe violência física, desenvolve-se um processo de objetivação dos relacionamentos que se propaga
O gozo não se limita à violência física; estende-se à psicológica
Delinquência e prazer
O gozo na violência psicológica
A violência física é mais perceptível porque a psicológica pode surgir de forma sutil e assumir diversas formas de expressão, como humilhação e autoritarismo
Requintes se aperfeiçoam ao longo do tempo
Descrença, por outras pessoas, de que os relatos são reais
Descrença reiterada pode levar a vítima a duvidar da própria dor e desenvolver sentimentos de culpa
O prazer de fazer sofrer aumenta quando o agressor percebe o agredido sem referências
Torna-se ainda mais prazerosa quando o agressor sabe que a dor provocada apresenta permanência
As resistências da vítima se enfraquecem 
Delinquência e prazer
A gênese da delinquência
Predisposição genética
Não há comprovação efetiva nesse sentido
A proporção de delinquentes condenados por delitos graves é maior entre aqueles cujos pais também foram delinquentes: efeito-aprendizagem?
“A maior parte dos infratores da lei é surpreendentemente normal”
Prevalência de psicopatas na população carcerária; a conexão entre enfermidade mental e crime é muito débil
Algumas objeções:
É possível que pessoas com determinadas condições mentais sejam suscetíveis a escolher modelos de conduta inadequados com maior facilidade
Essas pessoas podem escolher comportamentos e situações mais favoráveis ao delito
As pessoas que convivem com eles os tratam de maneira diferenciada
Admite-se a herança da predisposição
A gênese da delinquência
O “efeito rodoviária” ou a geografia do crime
Expectativa do transitório
Anonimato confortável da multidão que se desloca
Potencial vítima encontra-se fragilizada
Não sabe bem onde está
Precisar ir para algum lugar
Não tem amigos no local
Quer cuidar dos pertences
Tem fome e sede
Muitos veem como chance de uma aventura ocasional e, por isso, se expõem 
“Bailões”, raves, clubes de luta, bares, boates, outras festas
A gênese da delinquência
Processo, do ponto de vista neurológico:
Indivíduo recebe estímulos que ultrapassam os limiares superiores ; cérebro “desliga” alguns mecanismos mentais
Pensamento organizado é dificultado, porque o cérebro se concentra nos estímulos violentos (figura e fundo)
Movimentos tornam-se estereotipados: indivíduo obedece comandos de quem conduz e reduz sua condição de refletir
Estabelece-se isolamento virtual; deserto afetivo; interação cada vez mais difícil
Droga psicoativa surge como possibilidade de conforto emocional
A gênese da delinquência
O lar: condicionamentos e modelos
Bases de crenças, valores e fundamentos dos comportamentos
A influência da família se manifesta:
Pela aprendizagem de valores inadequados ao convívio social saudável
Pelo condicionamento em inúmeros comportamentos
Pela observação de modelos cujos comportamentos não condizem com os paradigmas da ética
Presença escassa dos pais
A gênese da delinquência
A escola e a infância
Tem suficiente influência para criar valores ou modificar aqueles que a criança traz do ambiente familiar, especialmente se os pais são omissos ou ausentes
O social se impõe ao estritamente biológico
Influências iniciais sofrem relativo enfraquecimento no início da idade escolar
Em famílias muito coesas, prevalecerão os valores familiares
Em famílias mais abertas, a influência da escola e dos amigos ganhará importância
A violência da criança pode ser um pedido de socorro 
A gênese da delinquência
A adolescência: o crítico momento da transição
Vulnerabilidade do adolescente às mensagens que induzem à transgressão
Percepção de falta de espaço no mundo adulto
Poder do grupo
O grupo na instituição de exclusão
Quando o indivíduo é recolhido a essas instituições, incorpora-se a grupos já existentes
Troca de identidade individual pela grupal
No grupo, em troca do conforto psíquico, precisa-se preencher as expectativas do próprio grupo, cujas regras precisa-se aceitar e defender
A gênese da delinquência
A liderança: o efeito do modelo
O estilo da equipe é determinado pelo líder e os integrantes tendem a replicar seus comportamentos
Quanto mais forte a liderança, maior a coesão do grupo
Os objetivos do líder e da equipe tendem a se confundir e, quanto maior a integração, mais eles se tornarão o objetivo de cada integrante
A gênese da delinquência
Os microfatores externos
Abandono escolar precoce
Exposição a ambientes em que se consomem drogas
Instabilidade profissional dos pais
Desemprego
Más condições socioeconômicas
Migração excessiva com pouca vinculação à vizinhança
Falta de limites durante a infância
Expectativa de impunidade
Heroização do malfeitor
A gênese da delinquência
Teorias:
Anomia: crise, perda da efetividade e desmoronamento de regras e valores vigentes como consequência de um acelerado desenvolvimento econômico
Conflito: na sociedade existe uma pluralidade de grupos e subgrupos, cada um com seu código de valores, que não necessariamente coincide com o dominante
Aprendizagem social: o comportamento individual acha-se permanentemente modelado pelas experiências da vida cotidiana
Etiquetamento: considera a reação social em função da conduta desviada
A gênese da delinquência
Papeis
Fomentador
Lidera o grupo ou atua só
Mantém as mãos limpas
Não se incomoda com o anonimato
Personalidade anti-social
Agente
Dependência: depende do primeiro, cuja liderança aceita e reconhece
Conivente
Assume atitudes que vão de ignorar a dar cobertura
A gênese da delinquência
Crime e consequência
Crime da fraude
Mecanismos de defesa: “quem não faz quebra”; punições mais rigorosas para crimes de sangue
Crimes da violência
Incesto
Agressão física ou moral
Negligência
Rejeição
Crimes de sangue
“Miopia sociodemográfica”
Desequilíbrio de penalidade para os diferentes tipos de ilegalidade
A gênese da delinquência
Profecia auto-realizadora
A eficácia da pena depende de diversos fatores:
Severidade
Rapidez com que é aplicada
Probabilidade de que ocorra
Intimidação como prevenção funcionaria em crimes em que cabe reflexão, mas não em crimes espontâneos
Efeito da pena está relacionado com as condições de vida do sujeito
A gênese da delinquência
A banalização do crime
Efeito-divulgação
Divulgação contém mensagens de grande efeito psicológico e impacto sociológico
Situações especiais
Delinquência ao volante
Delinquência praticada pelo atleta
Delinquência do torcedor
Tortura 
Agressão sexual

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