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Um olhar sobre o delinquente Delinquência e prazer O prazer na dor do outro Percepção: satisfação de “sobreviver” Habitualidade Situações em que o indivíduo agride para fazer sofrer; sofrimento do outro constitui: Expiação de uma culpa Um deslocamento O prazer na dor do outro pode refletir característica de personalidade anti-social O agredido não passa de uma coisa O prazer de agredir contrabalança a frustração de não poder destruir a sociedade Delinquência e prazer Condicionamento Exposição a situações similares desde a infância, que ensinaram o indivíduo a obter vantagens a partir de comportamentos de agressão Também ocorre quando o sistema familiar se relaciona de modo a privilegiar a dinâmica da repressão Observação de modelos Pai, mãe ou alguma pessoa significativa causava dor em outras pessoas e conseguia benefícios com essa estratégia Criança observa e replica o comportamento; mais tarde, condiciona-se a praticá-lo Delinquência e prazer O gozo na violência Distingue-se da situação anterior porque o indivíduo experimenta prazer com a violência em si, independentemente de resultar em dor de outras pessoas A violência é o objetivo Observado com facilidade nos transtornos de personalidade, como a psicopatia Forma socialmente aceita: esporte radical (sublimação) Delinquência e prazer Condicionamento O cérebro desenvolve padrões de respostas para estímulos violentos Indivíduo comporta-se não só de maneira a responder a estes estímulos, mas também a provoca-los A violência conforta e proporciona sensação de segurança Integra uma linguagem que proporciona ao indivíduo identidade sentido de pertencer a um grupo distinto Observação de modelos No meio em que vive, esta constitui a linguagem de comunicação dos formadores de opinião Delinquência e prazer Condicionamento e observação de modelos reforçam-se mutuamente Indivíduo não distingue comportamento violento dos demais Não percebe quando e quanto pratica Não percebe que se sente satisfeito, aliviado, ao praticá-lo Habitualidade reduz a satisfação presente em cada ato Solução: intensificar os atos de violência em quantidade e qualidade Funciona como a droga Nas famílias em que existe violência física, desenvolve-se um processo de objetivação dos relacionamentos que se propaga O gozo não se limita à violência física; estende-se à psicológica Delinquência e prazer O gozo na violência psicológica A violência física é mais perceptível porque a psicológica pode surgir de forma sutil e assumir diversas formas de expressão, como humilhação e autoritarismo Requintes se aperfeiçoam ao longo do tempo Descrença, por outras pessoas, de que os relatos são reais Descrença reiterada pode levar a vítima a duvidar da própria dor e desenvolver sentimentos de culpa O prazer de fazer sofrer aumenta quando o agressor percebe o agredido sem referências Torna-se ainda mais prazerosa quando o agressor sabe que a dor provocada apresenta permanência As resistências da vítima se enfraquecem Delinquência e prazer A gênese da delinquência Predisposição genética Não há comprovação efetiva nesse sentido A proporção de delinquentes condenados por delitos graves é maior entre aqueles cujos pais também foram delinquentes: efeito-aprendizagem? “A maior parte dos infratores da lei é surpreendentemente normal” Prevalência de psicopatas na população carcerária; a conexão entre enfermidade mental e crime é muito débil Algumas objeções: É possível que pessoas com determinadas condições mentais sejam suscetíveis a escolher modelos de conduta inadequados com maior facilidade Essas pessoas podem escolher comportamentos e situações mais favoráveis ao delito As pessoas que convivem com eles os tratam de maneira diferenciada Admite-se a herança da predisposição A gênese da delinquência O “efeito rodoviária” ou a geografia do crime Expectativa do transitório Anonimato confortável da multidão que se desloca Potencial vítima encontra-se fragilizada Não sabe bem onde está Precisar ir para algum lugar Não tem amigos no local Quer cuidar dos pertences Tem fome e sede Muitos veem como chance de uma aventura ocasional e, por isso, se expõem “Bailões”, raves, clubes de luta, bares, boates, outras festas A gênese da delinquência Processo, do ponto de vista neurológico: Indivíduo recebe estímulos que ultrapassam os limiares superiores ; cérebro “desliga” alguns mecanismos mentais Pensamento organizado é dificultado, porque o cérebro se concentra nos estímulos violentos (figura e fundo) Movimentos tornam-se estereotipados: indivíduo obedece comandos de quem conduz e reduz sua condição de refletir Estabelece-se isolamento virtual; deserto afetivo; interação cada vez mais difícil Droga psicoativa surge como possibilidade de conforto emocional A gênese da delinquência O lar: condicionamentos e modelos Bases de crenças, valores e fundamentos dos comportamentos A influência da família se manifesta: Pela aprendizagem de valores inadequados ao convívio social saudável Pelo condicionamento em inúmeros comportamentos Pela observação de modelos cujos comportamentos não condizem com os paradigmas da ética Presença escassa dos pais A gênese da delinquência A escola e a infância Tem suficiente influência para criar valores ou modificar aqueles que a criança traz do ambiente familiar, especialmente se os pais são omissos ou ausentes O social se impõe ao estritamente biológico Influências iniciais sofrem relativo enfraquecimento no início da idade escolar Em famílias muito coesas, prevalecerão os valores familiares Em famílias mais abertas, a influência da escola e dos amigos ganhará importância A violência da criança pode ser um pedido de socorro A gênese da delinquência A adolescência: o crítico momento da transição Vulnerabilidade do adolescente às mensagens que induzem à transgressão Percepção de falta de espaço no mundo adulto Poder do grupo O grupo na instituição de exclusão Quando o indivíduo é recolhido a essas instituições, incorpora-se a grupos já existentes Troca de identidade individual pela grupal No grupo, em troca do conforto psíquico, precisa-se preencher as expectativas do próprio grupo, cujas regras precisa-se aceitar e defender A gênese da delinquência A liderança: o efeito do modelo O estilo da equipe é determinado pelo líder e os integrantes tendem a replicar seus comportamentos Quanto mais forte a liderança, maior a coesão do grupo Os objetivos do líder e da equipe tendem a se confundir e, quanto maior a integração, mais eles se tornarão o objetivo de cada integrante A gênese da delinquência Os microfatores externos Abandono escolar precoce Exposição a ambientes em que se consomem drogas Instabilidade profissional dos pais Desemprego Más condições socioeconômicas Migração excessiva com pouca vinculação à vizinhança Falta de limites durante a infância Expectativa de impunidade Heroização do malfeitor A gênese da delinquência Teorias: Anomia: crise, perda da efetividade e desmoronamento de regras e valores vigentes como consequência de um acelerado desenvolvimento econômico Conflito: na sociedade existe uma pluralidade de grupos e subgrupos, cada um com seu código de valores, que não necessariamente coincide com o dominante Aprendizagem social: o comportamento individual acha-se permanentemente modelado pelas experiências da vida cotidiana Etiquetamento: considera a reação social em função da conduta desviada A gênese da delinquência Papeis Fomentador Lidera o grupo ou atua só Mantém as mãos limpas Não se incomoda com o anonimato Personalidade anti-social Agente Dependência: depende do primeiro, cuja liderança aceita e reconhece Conivente Assume atitudes que vão de ignorar a dar cobertura A gênese da delinquência Crime e consequência Crime da fraude Mecanismos de defesa: “quem não faz quebra”; punições mais rigorosas para crimes de sangue Crimes da violência Incesto Agressão física ou moral Negligência Rejeição Crimes de sangue “Miopia sociodemográfica” Desequilíbrio de penalidade para os diferentes tipos de ilegalidade A gênese da delinquência Profecia auto-realizadora A eficácia da pena depende de diversos fatores: Severidade Rapidez com que é aplicada Probabilidade de que ocorra Intimidação como prevenção funcionaria em crimes em que cabe reflexão, mas não em crimes espontâneos Efeito da pena está relacionado com as condições de vida do sujeito A gênese da delinquência A banalização do crime Efeito-divulgação Divulgação contém mensagens de grande efeito psicológico e impacto sociológico Situações especiais Delinquência ao volante Delinquência praticada pelo atleta Delinquência do torcedor Tortura Agressão sexual
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