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A saúde coletiva no Brasil

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A SAÚDE COLETIVA NO BRASIL
Marcos históricos da saúde pública no Brasil
A revolta da vacina
O início do período republicado da História do Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O Rio de Janeiro não escapou desta situação. No ano de 1904, estourou um movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.
A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves coloca em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O biólogo e 
sanitarista Oswaldo Cruz e designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
Em 1904 é instituída a Reforma Oswaldo Cruz, que criou o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção, com responsabilidade de combate à malária e à peste no Rio de Janeiro. Tornou-se obrigatória em todo o país a vacinação e a revacinação contra a varíola.
A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.
Um pouco da História da política pública no Brasil
No início do século até o final dos anos 70, foi construída uma política social onde...”os direitos sociais eram negociados como privilégios de certos grupos”.... da população. O acesso as ações e aos serviços de saúde só eram garantidos as pessoas ligadas formalmente ao trabalho – empregadores e empregados(e seus dependentes) que contribuíam mensalmente para previdência social. As pessoas que não trabalhavam formalmente não estavam cobertas pelas políticas de saúde e não tinham seus direitos reconhecidos. Para terem atendimento esta parte da população tinha que pagar pelo serviços ou recorrer aos Hospitais Universitários e filantrópicos.
Para a economia crescer e ocorrer o desenvolvimento econômico do país, era necessário que os trabalhadores gozassem das condições mínimas de saúde a fim de exercerem suas atividades de trabalho.
Neste período podemos destacar 03 características básicas do sistema de saúde:
excludente: muitas pessoas ficaram excluídas do atendimento à saúde;
socialmente desigual: as desigualdades de direitos entre empregados e não empregados ficam mantidas;
de escassos recursos: os recursos financeiros eram insuficientes e provinham, principalmente, das contribuições mensais de empregados e empregadores que , juntos, eram responsáveis pela maior parte do total aplicado no setor.
Em 1923 é aprovada a lei Eloi Chaves, onde é instituída as CAP´s( Caixas de Aposentadoria e Pensão): - Três fontes: 3% vencimento trabalhador; 1% renda bruta empresa e consumidores dos serviços. além da aposentadoria e pensão, também dava cobertura médica e funeral.
Em 1930 - CAP´s ( IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões. Os trabalhadores não eram organizados por empresas mas por categoria profissional( marítimos, comerciários, bancários ...). 
Destaca-se o avanço da microbiologia e o surgimento das especialidades médicas que contribuíram para o crescimento das indústrias farmacêuticas e de equipamentos. Com isso, as ações de saúde pública (campanhas de vacinações e educação em saúde) foram deixadas de lado, e aos poucos, sendo adotadas individualmente. Os especialistas atuando em hospitais, incorporaram a sua prática o uso de equipamentos altamente sofisticados e de altos custos. Defendendo a idéia de que o hospital era o local de maior segurança e confiabilidade para os tratamentos médicos. Cresce o setor privado, composto basicamente pelas indústrias de equipamentos e medicamentos, pelo hospital e pela medicina de grupo, exercendo grande influência na organização do modelo de assistência em saúde.
Após de assumido o comando da seguridade social o Estado em 1966 , criou o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), de forma centralizadora. O Estado financiou o crescimento do setor privado, com os recursos arrecadados da seguridade social; criando fundos que propiciaram a construção de inúmeros hospitais, que após convênio começaram a atender a população previdenciária, ganhando força e passou a ocupar importantes espaços políticos no país ( Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores), Garantindo assim um período em que os interesses estavam voltados para o lucro “comercialização da saúde”, do que para as necessidades da população.
O modelo médico – assistencial manteve suas características de excludência e aumentou ainda mais o repasse de recursos públicos para o setor privado.
“Não havia interesse em que o serviço público funcionasse e, para favorecer os serviços privados, os hospitais, ambulatórios e centros de saúde públicos começaram a piorar”.
Em 1974, foi criado o MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social) com extraordinária arrecadação mensal. O MPAS cria em seu interior INAMPS (Instituto 
Nacional de Assistência Médica e Previdência Social) em 1978, dividindo assim as ações estatais no setor da saúde:
Ministério da Saúde (MS) – couberam ações preventivo-coletivas e nada lucrativas.
MPAS – coube a responsabilidade pela assistência médica e toda arrecadação em função dela existente.
Na década de 70, surge uma forte crise no setor saúde, ocorrendo:
O Estado utilizou recursos da previdência para outros fins, contribuindo para aumentar a falência financeira, administrativa e gerencial do sistema nacional de saúde.
Os programas de saúde eram planejados de forma centralizada.
A inadequação e o baixo impacto dos programas de saúde junto à população contribuíram para o aumento do número de doentes.
Reaparecimento de doenças erradicadas.
Insatisfação dos usuários.
Modelo altamente centralizador, não havia participação da sociedade.
O final do chamado “Milagre Brasileiro” demonstrou fragilidade de um sistema que dependia da contribuição (empregadores e empregados).
A crise mostrou um modelo concentrador de rendas, não distribuía benefícios sociais e priorizava interesses particulares.
Queda acelerada na qualidade de vida da população brasileira.
10) Agravamento do quadro sanitário do país.
A construção da Reforma sanitária
Com o golpe de 64 e a implantação da ditadura militar no Brasil, implantou-se um regime de repressão política, censura à imprensa e poucas informações sobre a realidade social do país.
	Na Segunda metade da década de 70 iniciou-se a reorganização de sindicatos, partidos políticos e associações de moradores e na saúde surgiu um movimento chamado à época de Movimento Sanitário que fez várias denúncias contra a ditadura e apresentou um projeto de transformação do sistema de saúde vigente.
	O movimento sanitário ampliou-se com a adesão de parlamentares, lideranças políticas, sindicais e populares. Estavam voltando ao país antigas forças de liderança após 
a concessão de anistia aos exilados. Profissionais universitários e do CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde), principalmente, discutiram e elaboraram as bases teóricas do projeto de transformação, a partir de experiências positivas de outros países.
Propuseram:
Sistema público descentralizado;
Universalização do direito à saúde;
Integração de ações preventivas e curativas;
Democrática participação da população.
Em Brasília (1979), no 1º Simpósio Nacional de Política de Saúde, com promoção do Congresso Nacional, CEBES apresentou pela 1ª vez, um projeto chamado “SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE”.Neste período, mesmo não sendo possível mudanças, foi o inicio da divulgação de novas idéias. Surgiram sob influência deste projeto os programas:
PIASS (Programa de Interiorização das ações de Saúde e Saneamento) – pelo Ministério da Saúde.
PREV-Saúde – propunha ações dos cuidados básicos de saúde e a integração entre os Ministérios da Saúde e da Previdência.
Em 1982, vários integrantes do movimento sanitário passaram a ocupar cargos políticos com a eleição direta para governadores. Estes integrantes ocuparam postos de decisão nas Secretarias Estaduais de Saúde e assim, iniciaram projetos contemplando vários princípios da reforma sanitária.
O projeto Ações Integradas de Saúde (AIS) de 1983 deu início formal à participação popular, fortaleceu a idéia da municipalização e propôs a ação conjunta de quatro Ministérios ( Interior, Saúde, Previdência e Educação).
Em 1985, na vigência da AIS, o fim do regime militar e a implantação da chamada “Nova República” trouxeram para o país a perspectiva de reforma da Constituição.
VIII Conferência Nacional de Saúde - 1986
Um marco da década de 80 é a realização da VIII CNS, que contou com mais de 4000 participantes de vários segmentos da sociedade, entre dirigentes institucionais, técnicos, estudiosos, políticos, lideranças sindicais e representantes da sociedade civil, dentre as quais 1000 eram delegados. Foram discutidos os temas: Saúde como Direito, Reformulação do Sistema Nacional de Saúde e Financiamento Setorial.
	O processo da construção do projeto altamente participativo, democrático e representativo que permeou todo o debate na 8ª CNS permitiu um alto grau de consenso, caracterizando uma unidade quanto ao encaminhamento das grandes questões, apesar da diversidade de proposta quanto às formas de implantação.
	A saúde como direito, em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida. A saúde não é um conceito abstrato. Defini-se no contexto histórico de determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas. 
Seu relatório final descreve todas as recomendações que passaram a constituir o projeto da Reforma Sanitária Brasileira. 
Este projeto foi levado à Assembléia Nacional Constituinte em 1987, para disputar, com outras propostas, o que seria inscrito na Constituição sobre a saúde.
Em 1987 surge o SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde).
Em 1988 a nova Constituição Brasileira aprovou os mais importantes princípios da Reforma Sanitária e finalmente criou o Sistema Único de Saúde (SUS). 
Art. 196: “a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
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O SUS e seus princípios: 
Sistema Único de Saúde
“É o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por Órgãos e Instituições Públicas Federais, Estaduais e Municipais, da Administração Direta e Indireta e das Fundações mantidas pelo Poder Público, e de forma complementar pela iniciativa privada.”(Art. 4° Lei 8.080).
	
O que é o Sistema Único de Saúde?
É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações da saúde estabelecida pela Constituição de 1988. O SUS não é o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. 
Por que Sistema e Único? 
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional. Por ser um conjunto de unidades, de serviços e de ações que interagem com um mesmo propósito, organizando-se nas três esferas governamentais: Federal, Estadual e Municipal.
O SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários do SUS:
Universalidade ( o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais, independentemente de pagamento; Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal.
Equidade ( é um princípio de justiça social, diferente de igualdade, que garante a assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta às necessidades reais da população a ser atendida e às suas desigualdades; deve observar que as pessoas são diferentes, vivem em condições desiguais e com necessidades diversas. Haverá igualdade na assistência, porém será observada a priorização 
das ações e serviços, em função de situações de risco, das condições de vida e da saúde de determinados indivíduos e grupos de população.
Integralidade ( conjunto articulado e contínuo de ações e serviços, preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema; significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de saúde procurar atender a todas as suas necessidades. 
É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser comportimentalizadas;
as unidades prestadoras de serviço com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral;
o homem é um ser integral. bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.
O SUS e seus princípios organizativos
Regionalização e Hierarquização ( Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida. 
O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais devem ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica.
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
Resolutividade ( É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade.
Descentralização (Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo.
Controle Social ( É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas, participará na formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis de governo.
Complementaridade do setor privado ( A Constituição definiu que quando por insuficiência do setor público, poderá ser realizada contratação de serviços privados.
LEI 8080 de 19 de setembro de 1990: “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”. Essa lei define os papéis institucionais de cada esfera governamental no plano da gestão, a estrutura de funcionamento e as regras de transferência de recursos entre os diferentes níveis de governo, por meio dos Fundos de Saúde. 
LEI 8142 de 28 de dezembro de 1990: “dispõe sobre a participação da comunidadena gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e das outras providências”. Esta lei institui os Conselhos de Saúde e confere status público aos organismos de representação de governos estaduais e municipais, como o CONASS e o CONASEMS.
Pela abrangência dos objetivos propostos e pela existência de desequilíbrios sócio-econômicos regionais, a implantação do SUS não tem sido uniforme em todos os estados e municípios brasileiros, pois para que isto ocorra é necessário uma grande disponibilidade 
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de recursos financeiros, de pessoal qualificado e de uma efetiva política a nível federal, estadual e municipal para viabilizar o sistema.
Apesar das dificuldades enfrentadas pode-se afirmar que ao nível da atenção primária o SUS apresentou progressos significativos no setor público, mas enfrenta problemas graves com o setor privado, que detém a maioria dos serviços de complexidade e referência a nível secundário e terciário. “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país”.
12ª CNS – 2004 – seu tema foi “A Saúde que temos, o SUS que queremos”. Comportou 10 Eixos Temáticos: “Direito à Saúde”, “A Seguridade Social e a Saúde”, “A Intersetorialidade das Ações de Saúde”, “As Três Esferas de Governo e a Construção do SUS”, “A Organização da Atenção à Saúde”, “Gestão Participativa”, “Trabalho na Saúde”, “Ciência e Tecnologia e a Saúde”, “Financiamento do SUS” e “Informação e Comunicação”.
AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS - "NOB"
Instrumento jurídico institucional, editado periodicamente pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com demais gestores e outros segmentos da sociedade, negociado e pactuado na Tripartite e aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para : 
aprofundar e reorientar a implementação do SUS; 
definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais, 
regular as relações entre seus gestores; 
normatizar o SUS. 
A NOB - 93
desencadeia processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipiente, parcial e semiplena); 
cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena; 
habilita municípios como gestores, criando a terceira instância gestora do SUS; 
frágil definição do papel dos estados, que entretanto também passam a assumir seu papel de gestor do sistema estadual de saúde; 
são constituídas as Comissões Intergestores Bipartites ( de âmbito estadual) e Tripartite (nacional), como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração, entre gestores.
 
OBJETIVOS GERAIS DA NOB-96
Promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal, da função de gestor da atenção à saúde de seus habitantes com a respectiva redefinição das responsabilidades dos estados, Distrito Federal e da União"; 
Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor (diretamente ou garantindo a referência) => explicitando um novo pacto federativo para a saúde 
Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde ; 
Aumentar a participação % da transferência regular e automática (fundo a fndo) dos recursos federais a estados e municípios, reduzindo a transferência por remuneração por serviços produzidos (ou "pagamento por produção"); 
Fortalecer a gestão do SUS, compartilhada entre os governos municipais, estaduais e federal, através das Comissões Intergestores Tipartite e Bipartites, como espaços permanentes de negociação e pactuação entre gestores. 
Estabelecer vínculo entre o cidadão e o SUS, conferindo visibilidade quanto a autoridade responsável pela sua saúde, promovendo o cadastramento e adscrição da clientela e criando o CARTÃO SUS-MUNICIPAL. 
CARACTERÍSTICAS DA NOB-96
Estabelecer a "direção única em cada nível de governo", garantindo ao gestor todos os instrumentos necessários para exercício das funções sob sua responsabilidade.
Regulamentar as relações entre os sistemas municipais e destes com as instâncias estadual e federal, destacando: 
As unidades produtoras de serviço (prestadores) podem ser estatais (municipais, estaduais ou federais) ou privados (contratados e conveniados)
A referência de paciente a serviço em outro município se dá exclusivamente através da relação gestor-gestor; 
As relações entre municípios (como na referência, definida na programação) são mediadas pelo estado, que coordena o sistema estadual de saúde 
As relações entre estados são mediadas pelo Ministério da Saúde, que coordena o sistema nacional de saúde; 
Os fóruns de articulação, negociação e pactuação entre gestores são as Comissões Intergestores Bipartites e Tripartite (CIB e CIT); 
Os poderes públicos estadual e federal são sempre co-responsáveis com o municipal na respectiva competência e o substitui na sua ausência. 
Os níveis estaduais e federal devem exercer o papel redistributivo, garantindo a eqüidade (com discriminação positiva); 
O principal instrumento formalizador das relações é a Programação Pactuada e Integrada - PPI 
Foralecer a função gestora das Secretarias Estaduais, com (re)definição de responsabilidades para a coordenação do SUS em âmbito estadual;
Redefinir as funções do Ministério da Saúde, como gestor nacional do SUS, com maior integração entre seus órgãos e instituições e descentralização das responsabilidades definidas nesta NOB, como de estados e municípios.
Transferir aos municípios habilitados como gestores da atenção básica, os recursos financeiros relativos a esta responsabilidade (PAB: piso ambulatorial básico) de forma regular, direta e automática, fundo a fundo e com base em um valor nacional per capita para a população coberta (inicialmente o PAB per capita = R$1,00/ mês)
Incorporar as ações de Vigilância Sanitária, criando: 
"Piso Básico de Vigilância Sanitária" (PBVS) 
"Ações de Média e Alta Complexidade em Vigilância Sanitária" e 
"Programa Desconcentrado de Ações de Vigilância Sanitária" (PDAVS); 
Emenda Constitucional n.º 29, de 13 de setembro de 2000
Altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.
NOAS 2001
Instituiu o Plano Diretor de Regionalização e o Plano Diretor de Investimentos.
Tem o Objetivo de Colocar em prática os princípios da Integralidade, Regionalização e Hierarquização
Institui o PAB - Ampliado (PABA)
Propõe uma política para ações de Média e Alta Complexidade
Propõe o agrupamento dos municípios em municípios sede de módulo assistencial e municípios satélite.
Mecanismo de Referência e Contra - Referência.
Não fica Clara a forma de financiamento dos módulos assistenciais.
Amplia as ações da Atenção Básica. (Programa de Saúde da Criança, da Mulher, adulto/idoso - Hanseniase/Tuberculose; Hipertensão/Diabetes, etc)
Programas e Projetos de Saúde 
•HumanizaSUS
Proposta de uma nova relação entre 	usuários, profissionais que atendem e a Comunidade.
•QualiSUS		
Visa melhorar o atendimento ao usuário, proporcionando uma melhor atenção, atendimento de acordo com o grau de risco e menor tempo de permanência no aguardo do atendimento.
•REFORSUS		
Investimento na rede física de saúde do País. Um reforço a reorganização do SUS.
•SAMU 			
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Atendimento pré-hospitalar do SUS definido como os de primeiro nível de atenção, aos portadores de intercorrências clínicas, traumáticas ou psiquiátricasocorridas fora do ambiente 	hospitalar.
•Bancos de Leite Humano
Promovera expansão quali-quantitativa dos Bancos de Leite no Brasil.
•Banco de Preços em Saúde-Aids
•Bolsa Alimentação
•Brasil Sorridente
•Doe Vida. Doe Órgãos
O Pacto pela Saúde
PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006
Divulga o Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.  
O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais.  
Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados.  
As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos são: 
SAÚDE DO IDOSO:   Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. 
Para efeitos desse Pacto será considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais. 
1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes diretrizes:  
Promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; 
Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; 
A implantação de serviços de atenção domiciliar; 
O acolhimento preferencial em unidades de saúde, respeitado o critério de risco; 
Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; 
Fortalecimento da participação social; 
Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;
Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;  
Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; 
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:  Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. 
1 - Objetivos e metas para o Controle do Câncer de Colo de Útero: 
Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo de útero, conforme protocolo, em 2006. 
Incentivo da realização da cirurgia de alta freqüência técnica que utiliza um instrumental especial para a retirada de lesões ou parte do colo uterino comprometidas (com lesões intra-epiteliais de alto grau) com menor dano possível, que pode ser realizada em ambulatório, com pagamento diferenciado, em 2006. 
2 - Metas para o Controle do Câncer de mama: 
	Ampliar para 60% a cobertura de mamografia, conforme protocolo.  
	Realizar a punção em 100% dos casos necessários, conforme protocolo.  
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:  Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias. 
1 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade infantil 
Reduzir a mortalidade neonatal em 5%, em 2006. 
Reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e 20% por pneumonia, em 2006. 
Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para a qualificação da atenção as doenças prevalentes. 
Criação de comitês de vigilância do óbito em 80% dos municípios com população acima de 80.000 habitantes, em 2006. 
2 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade materna 
Reduzir em 5% a razão de mortalidade materna, em 2006.  
Garantir insumos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto. 
Qualificar os pontos de distribuição de sangue para que atendam as necessidades das maternidades e outros locais de parto. 
DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUENZA : Fortalecer a capacidade de resposta d sistema de saúde às doenças emergentes e endemias. 
1. Objetivos e metas para o Controle da Dengue 
Plano de Contingência para atenção aos pacientes, elaborado e implantado nos municípios prioritários, em 2006; 
Reduzir a menos de 1% a infestação predial por Aedes aegypti em 30% dos municípios prioritários ate 2006; 
Atingir o patamar de eliminação enquanto problema de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos os municípios prioritários, em 2006.
Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano; 
Reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na região da Amazônia Legal, em 2006;  
Implantar plano de contingência, unidades sentinelas e o sistema de informação - SIVEP-GRIPE, em 2006. 
PROMOÇÃO DA SAÚDE:  Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regula,r alimentação saudável e combate ao tabagismo.  
1 - Objetivos: 
Elaborar e implementar uma Política de Promoção da Saúde, de responsabilidade dos três gestores; 
Enfatizar a mudança de comportamento da população brasileira de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação adequada e saudável e combate ao tabagismo; 
Articular e promover os diversos programas de promoção de atividade física já existentes e apoiar a criação de outros; 
Promover medidas concretas pelo hábito da alimentação saudável; 
Elaborar e pactuar a Política Nacional de Promoção da Saúde que contemple as especificidades próprias dos estados e municípios devendo iniciar sua implementação em 2006;  
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.  
1 - Objetivos  
Assumir a estratégia de saúde da família como estratégia prioritária para o fortalecimento da atenção básica, devendo seu desenvolvimento considerar as diferenças loco-regionais.  
Desenvolver ações de qualificação dos profissionais da atenção básica por meio de estratégias de educação permanente e de oferta de cursos de especialização e residência multiprofissional e em medicina da família. 
Consolidar e qualificar a estratégia de saúde da família nos pequenos e médios municípios. 
Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família nos grandes centros urbanos. 
Garantir a infra-estrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas para esses serviços. 
Garantir o financiamento da Atenção Básica como responsabilidade das três esferas de gestão do SUS. 
Aprimorar a inserção dos profissionais da Atenção Básica nas redes locais de saúde, por meio de vínculos de trabalho que favoreçam o provimento e fixação dos profissionais.  
Implantar o processo de monitoramento e avaliação da Atenção Básica nas três esferas de governo, com vistas à qualificação da gestão descentralizada.  
Apoiar diferentes modos de organização e fortalecimento da Atenção Básica que considere os princípios da estratégia de Saúde da Família, respeitando as especificidades loco-regionais.  
O Programa Saúde da Família
Segundo a PORTARIA Nº 648, DE 28 DE MARÇO DE 2006
 Das Especificidades da Estratégia de Saúde da Família
 Princípios gerais
A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a estratégia Saúde da Família deve:
I - ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam;
II - atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura pró-ativa frente aos problemas de saúde-doença da população;
III - desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados combase no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade
IV - buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias; e
V - ser um espaço de construção de cidadania.
Da infra-estrutura e dos recursos necessários
São itens necessários à implantação das Equipes de Saúde da Família:
I - existência de equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem; Agentes Comunitários de Saúde; odontólogo e técnico de higiene bucal.
II - número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família;
III - existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, dentro da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente:�
a) consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família, de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência;
b) área/sala de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários,
por unidade;
c) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde;
IV - garantia dos fluxos de referência e contra-referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e
V - existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS. IV - buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias; e
V - ser um espaço de construção de cidadania.
Princípios e características – saúde da família
adscrição de clientela: definição precisa do território de atuação
territorialização: mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado.
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diagnóstico da situação de saúde da população: cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território
planejamento baseado na realidade local: programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas características do processo de trabalho da saúde da família
interdisciplinaridade: trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações
vinculação: participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade
competência cultural : valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito
integralidade: assistência integral, continua e organizada, à população adscrita, com garantia de acesso a recursos complementares
participação social: participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações 
intersetorialidade: trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde
 
fortalecimento da gestão local : apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local. 
composição básica: médico; enfermeiro; auxiliares de enfermagem; agentes comunitários de saúde; cirurgião-dentista; auxiliar de consultório dentário e/ou técnico de higiene dental.
Políticas e Práticas de Promoção da Saúde
A Política Nacional de Promoção da Saúde
A promoção da saúde, como uma das estratégias de produção de saúde, ou seja, como um modo de pensar e de operar articulado às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde. Podemos destacar:
Alimentação Saudável
Promover ações relativas à Alimentação Saudável visando à promoção da saúde e a segurança alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, a inclusão social e o cumprimento do Direito Humano à Alimentação Adequada.
Promover articulação intra e intersetorial visando à implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde por meio do reforço à implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e da Estratégia Global. 
Contribuir com a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas que garantam o acesso à alimentação saudável, considerando as especificidades culturais, regionais e locais.
Mobilização de instituições públicas, privadas e de setores da sociedade civil organizada visando a RATIFICAR a implementação de ações de combate à fome e de aumento do acesso ao alimento saudável pelas comunidades e grupos populacionais mais pobres.
 Articulação intersetorial no âmbito dos conselhos de segurança alimentar, para que o crédito e o financiamento da agricultura familiar incorpore ações de fomento à produção de frutas, legumes e verduras visando o aumento da oferta e o conseqüente aumento do consumo destes alimentos no país, de forma segura e sustentável, associado às ações de geração de renda.
Firmar uma agenda/pacto/compromisso social com diferentes setores (poder legislativo, setor produtivo, órgãos governamentais e não governamentais, organismos internacionais, setor de comunicação e outros), definindo os compromissos e responsabilidades sociais de cada setor, com o objetivo de favorecer/garantir hábitos alimentares mais saudáveis na população, possibilitando a redução e o controle das taxas das DCNT no Brasil.
 Articulação e mobilização dos setores público e privado para a adoção de ambientes que favoreçam a alimentação saudável, o que inclui: espaços propícios à amamentação pelas nutrizes trabalhadoras, oferta de refeições saudáveis nos locais de trabalho, nas escolas e para as populações institucionalizadas.
 Articulação e mobilização intersetorial para a proposição e elaboração de medidas regulatórias que visem promover a alimentação saudável e reduzir o risco do DCNT, com especial ênfase para a regulamentação da propaganda e publicidade de alimentos.
Disseminar a cultura da alimentação saudável em consonância com os atributos e princípios do Guia Alimentar da População Brasileira.
Divulgação ampla do “Guia Alimentar da População Brasileira” para todos os setores da sociedade.
Produção e distribuição de material educativo (guia alimentar da população brasileira, 10 passos para uma alimentação saudável para diabéticos e hipertensos, cadernos de atenção básica sobre prevenção e tratamento da obesidade e orientações para a alimentação saudável dos idosos).
Desenvolvimento de campanhas na grande mídia para orientar e sensibilizar a população sobre os benefícios de uma alimentação saudável.
Estimular ações que promovam escolhas alimentares saudáveis por parte dos beneficiários dos programas de transferência de renda.
Estimular ações de empoderamento do consumidor para o entendimento e uso prático da rotulagem geral e nutricional dos alimentos.
Produção e distribuição de material educativo e desenvolvimento de campanhas na grande mídia para orientar e sensibilizar a população sobre os benefícios da amamentação.
Sensibilização dos trabalhadores em saúde quanto à importância e benefícios da amamentação.
Incentivo para a implantação de bancos de leite humano nos serviços de saúde.
Sensibilização e educação permanente dos trabalhadores em saúde no sentido de orientar as gestantes HIV-positivo quanto às especificidades da amamentação (utilização de banco de leite humano e de fórmula infantil).
Desenvolver ações para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar
Fortalecimento das parcerias com a SGTES, Anvisa, Ministério da Educação e FNDE/MEC para promover a alimentação saudável nas escolas.
Divulgação de iniciativasque favoreçam o acesso à alimentação saudável nas escolas públicas e privadas.
 Implementação de ações de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar.
Produção e distribuição do material sobre alimentação saudável para inserção de forma transversal no conteúdo programático das escolas em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Educação. Lançamento dos “10 Passos da ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA ESCOLA”.
Sensibilização e mobilização dos gestores estaduais e municipais de saúde e de educação e as respectivas instâncias de controle social para a implementação das ações de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar. Com a adoção dos dez passos.
Produção e distribuição de vídeos e materiais instrucionais sobre a promoção da alimentação saudável nas escolas.
Implementar as ações de vigilância alimentar e nutricional para a prevenção e controle dos agravos e doenças decorrentes da má alimentação.
Implementação do SISVAN como sistema nacional obrigatório vinculado às transferências de recursos do PAB.
 Envio de informações referentes ao SISVAN para o Relatório de Análise de Doenças Não Transmissíveis e Violências.
 Realização de inquéritos populacionais para o monitoramento do consumo alimentar, e do estado nutricional da população brasileira, a cada cinco anos de acordo com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
Prevenção das carências nutricionais por deficiência de micronutrientes (suplementação universal de ferro medicamentoso para gestantes e crianças e administração de megadoses de vitamina A para puérperas e crianças em áreas endêmicas).
Realização de inquéritos de fatores de risco para as DCNT da população em geral a cada cinco anos e para escolares a cada dois anos, conforme previsto na Agenda Nacional de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Monitoramento do teor de sódio dos produtos processados, em parceria com a ANVISA e os órgãos da vigilância sanitária em Estados e Municípios.
Fortalecimento dos mecanismos de regulamentação, controle e redução do uso de substâncias agrotóxicas e de outros modos de contaminação dos alimentos.
Reorientação dos serviços de saúde com ênfase na Atenção Básica
Mobilização e capacitação dos profissionais de saúde da atenção básica para a promoção da alimentação saudável nas visitas domiciliares, atividades de grupo e nos atendimentos individuais.
Incorporação do componente alimentar no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional de forma a permitir o diagnóstico e o desenvolvimento de ações para a promoção da alimentação saudável.
Reforço da implantação do SISVAN como instrumento de avaliação e de subsídio para o planejamento de ações que promovam a segurança alimentar e nutricional em nível local.
Prática Corporal/Atividade Física
Ações na rede básica de saúde e na comunidade
Mapear e apoiar as ações de práticas corporais / atividade física existentes nos serviços de Atenção Básica e estratégia de Saúde da Família, e inserir naqueles onde não há ações.
Ofertar práticas corporais / atividade física como caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de lazer, na rede básica de saúde, voltadas tanto para a comunidade como um todo quanto para grupos vulneráveis.
Capacitar os trabalhadores de saúde em conteúdos de promoção à saúde e práticas corporais / atividade física na lógica da educação permanente, incluindo a avaliação como parte do processo.
Estimular a inclusão de pessoas com deficiências em projetos de práticas corporais / atividades físicas.
Pactuar com os gestores do SUS e outros setores nos três níveis de gestão a importância de ações voltadas para melhorias ambientais com o objetivo de aumentar os níveis populacionais de atividade física.
Constituir mecanismos de sustentabilidade e continuidade das ações do Pratique Saúde no SUS (área física adequada e equipamentos, equipe capacitada, articulação com a rede de atenção).
Incentivar articulações intersetoriais para a melhoria das condições dos espaços públicos para a realização de práticas corporais / atividades físicas (urbanização do sespaços públicos; criação de ciclovias e pistas de caminhadas; segurança, outros).
Ações de aconselhamento/divulgação
Organizar os serviços de saúde de forma a desenvolver ações de aconselhamento junto à população, sobre os benefícios de estilos de vida saudáveis.
Desenvolver campanhas de divulgação estimulando modos de viver saudáveis e objetivando reduzir fatores de risco para doenças não transmissíveis.
Ações de intersetorialidade e mobilização de parceiros
Pactuar com os gestores do SUS e outros setores nos três níveis de gestão a importância de desenvolver ações voltadas para estilos de vida saudáveis, mobilizando recursos existentes.
Estimular a formação de redes horizontais de troca de experiências entre municípios.
Estimular a inserção e fortalecimento de ações já existentes no campo das práticas corporais em saúde na comunidade.
Resgatar as práticas corporais / atividades físicas de forma regular nas escolas, universidades e demais espaços públicos.
Articular parcerias estimulando práticas corporais / atividade física no ambiente de trabalho.
Ações de monitoramento e avaliação
Desenvolver estudos e formular metodologias capazes de produzir evidências e comprovar a efetividade de estratégias de práticas corporais / atividades físicas no controle e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis.
Estimular a articulação com instituições de ensino e pesquisa para monitoramento e avaliação das ações no campo das práticas corporais / atividade física.
Consolidar a Pesquisa de Saúde dos Escolares (SVS/MS) como forma de monitoramento de práticas corporais / atividade física de adolescentes.
Prevenção e controle do tabagismo
Sistematizar ações educativas e mobilizar ações legislativas e econômicas, de forma a criar um contexto que:
reduza a aceitação social do tabagismo,
reduza os estímulos para que os jovens comecem a fumar e os que dificultam os fumantes a deixarem de fumar,
 proteja a população dos riscos da exposição à poluição tabagística ambiental,
reduza o acesso aos derivados do tabaco,
aumente o acesso dos fumantes ao apoio para cessação de fumar,
controle e monitore todos os aspectos relacionados aos produtos de tabaco comercializados, desde seus conteúdos e emissões até as estratégias de comercialização e de divulgação de suas características para o consumidor.
Realizar ações educativas de sensibilização da população para a promoção de “comunidades livres de tabaco”, divulgando ações relacionadas ao tabagismo e seus diferentes aspectos.
Dia a Mundial sem Tabaco (31 de maio)
Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto)
Fazer articulações com a mídia para divulgação de ações e de fatos que contribuam para o controle do tabagismo em todo o território nacional.
Mobilizar e incentivar as ações contínuas através de canais comunitários (Unidades de Saúde, Escolas e Ambientes de Trabalho) capazes de manter um fluxo contínuo de informações sobre o tabagismo, seus riscos para quem fuma e os riscos da poluição tabagística ambiental para todos que convivem com ela.
Investir na promoção de ambientes de trabalho livres de tabaco:
realizando ações educativas, normativas e organizacionais que visem estimular mudanças na cultura organizacional que levem à redução do tabagismo entre trabalhadores;
atuando junto a profissionais da área de saúde ocupacional e outros atores-chave das organizações/instituições para a disseminação contínua de informações sobre os riscos do
tabagismo e do tabagismo passivo, a implementação de normas para restringir o fumo nas dependências dos ambientes de trabalho, a sinalização relativa às restrições ao consumo nas mesmas e a capacitação de profissionais de saúde ocupacional para apoiar a cessação de fumar de funcionários.
Articular com MEC/Secretarias Estaduais e Municipais de Educação o estímulo à iniciativa de Promoção da Saúde no ambiente escolar
Aumentar o acesso do fumante aos métodos eficazespara cessação de fumar, e assim atender a uma crescente demanda de fumantes que buscam algum tipo de apoio para esse fim.
Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
Investimento em ações educativas e sensibilizadoras para crianças e adolescentes quanto ao uso abusivo de álcool e suas conseqüências.
Produzir e distribuir material educativo para orientar e sensibilizar a população sobre os malefícios do uso abusivo do álcool.
Promover campanhas municipais em interação com as agências de trânsito no alerta quanto às conseqüências da “direção alcoolizada”.
Desenvolvimento de iniciativas de redução de danos pelo consumo de álcool e outras drogas que envolvam a co-responsabilização e autonomia da população.
Investimento no aumento de informações veiculadas pela mídia quanto aos riscos e danos envolvidos na associação entre o uso abusivo de álcool e outras drogas e acidentes/violências.
Apoio à restrição de acesso a bebidas alcoólicas de acordo com o perfil epidemiológico de dado território, protegendo segmentos vulneráveis e priorizando situações de violência e danos sociais.
Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito
Promoção de discussões intersetoriais que incorporem ações educativas à grade curricular de todos os níveis de formação
Articulação de agendas e instrumentos de planejamento, programação e avaliação, dos setores diretamente relacionados ao problema.
Apoio às campanhas de divulgação em massa dos dados referentes às mortes e seqüelas provocadas por acidentes de trânsito.
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz
Ampliação e fortalecimento da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde.
Investimento na sensibilização e capacitação dos gestores e profissionais de saúde na identificação e encaminhamento adequado de situações de violência intra-familiar e sexual.
Estímulo à articulação intersetorial que envolva a redução e o controle de situações de abuso, exploração e turismo sexual.
Implementação da ficha de notificação de violência interpessoal.
Incentivo ao desenvolvimento de Planos Estaduais e Municipais de Prevenção da Violência.
Monitoramento e avaliação do desenvolvimento dos Planos Estaduais e Municipais de Prevenção da Violência mediante a realização de coleta, sistematização, análise e disseminação de informações.
Implantação de Serviços Sentinela, que serão responsáveis pela notificação dos casos de violências.
Promoção do Desenvolvimento Sustentável
Apoio aos diversos centros colaboradores existentes no país que desenvolvem iniciativas promotoras do desenvolvimento sustentável.
Apoio à elaboração de planos de ação estaduais e locais, incorporados aos Planos Diretores das Cidades.
Fortalecimento de instâncias decisórias intersetoriais com o objetivo de formular políticas públicas integradas voltadas ao desenvolvimento sustentável.
Apoio ao envolvimento da esfera não governamental (empresas, escolas, igrejas e associações várias) no desenvolvimento de políticas públicas de Promoção da Saúde, em especial no que se refere ao movimento por ambientes saudáveis.
Reorientação das práticas de saúde de modo a permitir a interação saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Estímulo à produção de conhecimento e desenvolvimento de capacidades em desenvolvimento sustentável.
Promoção do uso de metodologias de reconhecimento do território, em todas as suas dimensões – demográfica, epidemiológica, administrativa, política, tecnológica, social e cultural, como instrumento de organização dos serviços de saúde.
Políticas e Práticas de Saúde para populações específicas
Políticas Específicas
Saúde da Mulher
Para garantir a qualidade da assistência às mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal, com estímulo à humanização do parto.
Saúde na Infância e Adolescência
Prioridade da melhoria da atenção à saúde de crianças e adolescentes. Ex: Hospital Amigo da Criança; Unidade Básica Amiga da Amamentação.
Saúde do Trabalhador
As ações de saúde do trabalhador devem ser incorporadas no SUS segundo as diretrizes da norma operacional de saúde do trabalhador – NOST/98.
Saúde Mental
Reordenamento da atenção em saúde mental, no contexto do SUS, que se convencionou denominar Reforma Psiquiátrica brasileira. Entendem que usuários, trabalhadores e familiares têm provado na prática a possibilidade de se fazer Psiquiatria sem necessidade da violência, da exclusão e da negação. 
Preconizam a reabilitação psicossocial das pessoas que apresentam transtornos mentais, mediante princípios como respeito e recontextualização das suas diferenças, preservação de 
sua identidade e cidadania, envolvimento e participação ativa no tratamento por parte dos familiares e responsáveis, horizontalidade nas relações, multiprofissionalidade com interdisciplinaridade, transforma o hospitalismo e a dependência em desinstitucionalização e autonomia.
Saúde Bucal
a) Implementar no SUS um programa de saúde bucal;
b) Garantir o atendimento médico/odontológico para pacientes especiais;
c) Promover e fiscalizar a fluoretação da água de todos os sistemas de abastecimento e das pastas de dente comercializadas no país;
d) Criar incentivos para a implementação de serviço de saúde bucal (prevenção e tratamento integral) para os municípios, garantindo a referência e contra-referência no atendimento odontológico
Outras Políticas
Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas
O propósito desta política é garantir aos povos indígenas o acesso à atenção integral à
saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a
diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação
dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura.
A intersetorialidade
Aspecto que considera a co-responsabilidade de dois ou mais de dois setores do governo em relação às causas ou às soluções dos problemas, inclusive relacionados à alimentação e nutrição.
A intersetorialidade é uma estratégia política complexa, cujo resultado na gestão de uma cidade é a superação da fragmentação das políticas nas várias áreas onde são executadas. Tem como desafio articular diferentes setores na resolução de problemas no cotidiano da gestão e torna-se estratégia para a garantia do direito à saúde, já que saúde é produção resultante de múltiplas políticas sociais de promoção de qualidade de vida. 
A intersetorialidade como prática de gestão na Saúde, permite o estabelecimento de espaços compartilhados de decisões entre instituições e diferentes setores do governo que atuam na produção da Saúde na formulação, implementação e acompanhamento de políticas públicas que possam ter impacto positivo sobre a saúde da população. Permite considerar o cidadão na sua totalidade, nas suas necessidades individuais e coletivas, demonstrando que ações resolutivas em Saúde requerem necessariamente PARCERIAS com outros setores como Educação, Trabalho e Emprego, Habitação, Cultura, Segurança Alimentar e outros. 
Intersetorialidade remete também ao conceito/idéia de Rede, cuja prática requer articulação, vinculações, ações complementares, relações horizontais entre parceiros e interdependência de serviços para garantir a integralidade das ações. Finalmente, o contexto da intersetorialidade estimula e requer mecanismos de envolvimento da sociedade. Demanda a participação dos movimentos sociais nos processos decisórios sobre qualidade de vida e saúde de que dispõem.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
CORDEIRO, Hésio. SUS: Sistema Único de Saúde. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Rio, 2005.
CZERESNIA, Dina; FREITAS, Carlos Machado de (Org.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALVES, Paulo Cesar; MINAYO, Maria Cecilia de Souza (Org.). Saúde e doença: um olhar antropológico.Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2004.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza (Org.). Muitos Brasis: saúde e população na década de 80. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
ROUQUAYROL, Maria Zelia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003.
SCLIAR, Moacyr. Do mágico ao social: trajetória da saúde pública. São Paulo: SENAC, 2002.
ANEXO
As principais fontes disponíveis para obtenção desses dados são:
Os censos demográficos (realizados a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): http://www.ibge.gov.br 
Os Sistemas de Informação Nacional: http://www.datasus.gov.br. 
Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SIPACS), 
Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), 
Sistema de Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), 
Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS), 
Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), 
Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), 
Sistema Nacional de Imunizações (SI-PNI):
Os relatórios de estudos realizados por instituições de: http://www.seade.gov.br
pesquisa e ensino, das secretarias de governo (bem-estar social, agricultura, trabalho, etc.),
organizações não-governamentais e religiosas,
conselhos profissionais (COREN, COFEN, CRM, etc.),
IBGE (Pesquisa Brasileira por Amostragem de Domicílios - PNAD) e
da própria equipe de saúde da família: 
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