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CONCURSO DE PESSOAS ARTS. 29 A 31, CP I – Conceito: É a colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal. II – Requisitos: pluralidade de agentes culpáveis (nos crimes unissubjetivos) e de ao menos duas condutas penalmente relevantes. *Obs.: Nos casos de crimes plurissubjetivos (art. 155, §4º, CP) e de concurso necessário (arts. 137 e 288, CP), é prescindível a culpabilidade de todos. Basta que um seja culpável. CONCURSO DE PESSOAS Relevância causal das condutas para produção do resultado: – a conduta individual deve influir efetivamente no resultado (atitude meramente negativa/conivente não caracteriza. Mas, atenção a quem tem obrigação de evitar o resultado, a exemplo do PM // inócua, empresta uma faca, mas o autor não a utiliza). - a contribuição deve ser ajustada anteriormente à consumação, caso contrário, poderá constituir crime autônomo (receptação, favorecimento real ou pessoal). Vínculo subjetivo – vontade homogênea, visando ao mesmo resultado (princípio da convergência). Não depende, contudo, de prévio ajuste entre os envolvidos, muito menos de estabilidade da união voltada para práticas delitivas (art. 288, CP). CONCURSO DE PESSOAS Unidade de Infração Penal – teoria monista - regra *Obs.: Excepcionalmente poderá haver separação das condutas – teoria pluralista – se separam as condutas (arts. 126/124; 235, caput/235, §1º) Existência de fato punível – requer o início de execução. III – Quem é autor: Autor – quem realiza o núcleo (verbo) do tipo penal – Teoria restritiva. CONCURSO DE PESSOAS *Obs: -Autoria intelectual (partícipe) e autoria mediata (não prevista) -Teoria do domínio do fato – controle final (para crimes dolosos, pois nos culposos o fato não é desejado) – Conceito de autor é mais amplo (autor intelectual e mediato Não aplicada (exceção, caso do mensalão AP n. 470 e Lei n.12.850/2013, art. 2º, §3º - Crime Organizado) IV – Punibilidade no Concurso de Pessoas: Todos que concorrem para o crime, por ele respondem. Há, reforçando, pluralidade de agentes e unidade de crime, como regra. CONCURSO DE PESSOAS A unidade de crime, no entanto, não importa em identidade de pena. Deve ser analisada no caso concreto – Individualização da pena – Não necessariamente o autor sempre terá uma reprimenda maior (autor intelectual é partícipe – art. 62, I, CP) V – Cooperação dolosamente distinta: art. 29, §2º - Explicação fracionada em duas partes (imprevisibilidade e previsibilidade). VI – Modalidades de concurso de pessoas: Coautoria – o núcleo do tipo é executado por duas ou mais pessoas. Pode ser parcial (atos de execução diversos), ou direta (igual conduta criminosa). CONCURSO DE PESSOAS *Obs.: Executor de reserva (fica na tocaia para eventual atuação – coautor ou partícipe) Participação – não realiza diretamente o núcleo do tipo penal, mas de qualquer modo concorre para o crime – Propósito de colaborar e colaboração efetiva – Natureza acessória (limitada) Espécies: -Moral (induzir ou instigar); -Material (auxiliar). Só é punido se o crime acontece, em caso contrário, não será punido (encomenda a morte, mas o possível executor não atua – quase crime), salvo disposição expressa em contrário (arts. 286 e 288, CP) CONCURSO DE PESSOAS VII – Circunstâncias incomunicáveis: que não se estendem aos coautores ou partícipes. Circunstâncias: exteriores ao tipo fundamental, funcionando como qualificadora, ou causas de aumento ou de diminuição de pena. Sua exclusão não altera a denominação jurídica. Elementares: compõem a definição da conduta, sem elas o fato se torna atípico ou então se opera a desclassificação para outro crime (arts. 331/140, CP). Se as circunstâncias ou condições forem de caráter pessoal, não se comunicam. As elementares se comunicam, mas apenas se for do conhecimento prévio. CONCURSO DE PESSOAS VIII - Questões diversas: Autoria colateral Autoria incerta Autoria desconhecida Concurso de pessoas em crimes culposos
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