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EMBARGOS INFRINGENTES DE ALÇADA

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EXMº SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ... VARA FEDERAL (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO ...
Processo:
Embargante:
Embargada:
(10 linhas)
Pedro Barretto, executado embargante, ora embargante recorrente, já devidamente qualificado nos autos da presente ação na forma do art.282, CPC, vem, por meio de seu advogado, procuração já anexada nos autos com qualificações e endereço para os fins do art.39, I, CPC, respeitosa e tempestivamente, perante V. Exª, nos termos do art.34 da Lei 6.830/80, interpor o presente recurso de
EMBARGOS INFRINGENTES DE ALÇADA
Em face da honrosa sentença prolatada por V.Exª nas folhas nº ... dos presentes autos, contra a qual, todavia, se insurge por meio do recurso em apreço, almejando que V. Exª, após intimar o recorrido para que se manifeste em prazo de dez dias, reconsidere sua decisão, para fins de, dando provimento ao presente recurso, reformá-la, julgando procedente os Embargos à Execução Fiscal ajuizados pelo recorrente, reconhecendo ser indevida a pretensão executória da recorrida embargada, afirmando pela nulidade do título executivo, extinguindo a execução fiscal e reconhecendo não ser a dívida exequenda oponível ao recorrente, em razão dos fatos e fundamentos recursais a seguir expostos.
DOS FATOS
Fora ajuizada ação de Execução Fiscal pela União, em face do ora recorrente, o qual embargou a citada execução regular e tempestivamente. Foi prolatada sentença julgando improcedentes os Embargos, acolhendo a pretensão executória externada pela demandante. A questão de mérito versa sobre cobrança de ITR por parte da Fazenda Nacional, sendo que o executado ora recorrente entende ser devido o IPTU e não o imposto federal exigido, com base nos fundamentos já expostos na petição da Ação de Embargos à Execução Fiscal e renovados adiante na presente peça recursal.
DA ADEQUAÇÃO DO PRESENTE RECURSO. O VALOR DA ALÇADA, O VALOR DA CAUSA E O NÃO CABIMENTO DO RECURSO DE APELAÇÃO.
No caso presente o recurso unicamente cabível para questionar a sentença prolatada por V.Exª é o recurso previsto no art.34 da Lei 6.830/80, chamado de Embargos Infringentes de Alçada, sendo inadequada a interposição de recurso de Apelação.
É que quando do ajuizamento da ação, verifica-se que o valor da dívida exequenda, apurado ao tempo da propositura da demanda executiva, não extrapolava o limite da alçada, fato que determina o cabimento do recurso ora interposto.
Como sabido, nas execuções pospostas com causas de valor equivalente até o montante de 50 ORTN’s, a sentença não é apelável, sendo a recorribilidade unicamente viável por meio dos Embargos Infringentes do art.34 da Lei de Execuções Fiscais. 
Desde que se extinguiu a UFIR, substitutiva do BTN, que por seu turno substituiu a OTN, unidade de referência que se colocou no lugar da velha ORTN a que se refere a Lei 6.830/80, se fixou a alçada mínima em R$ 328,27 (trezentos e vinte e oito reais e vinte e sete centavos), o que se deu a partir do mês de Dezembro do ano 2000. Dali em diante, o valor da alçada passou a ser atualizado quatro vezes por ano, mediante aplicação do índice corretivo IPCA – E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial), regulado pelo IBGE, já tendo superado, no ano de 2013, montante superior a setecentos reais. Como a ação em tela foi ajuizada no ano de 2009 e o valor constante na CDA é de apenas R$ 300,00, quantia inferior à alçada mínima fixada ao final do ano 2000 (R$ 327,28), inequívoca a conclusão que a ação tramita dentro da alçada, o que é determinante para evidenciar que o recurso cabível realmente é o que se interpõe.
DA TEMPESTIVIDADE DA PRESENTE INTERPOSIÇÃO.
O recorrente registra que o presente recurso se interpôs tempestivamente, com observação ao prazo de dez dias fixado no art.34,§2º da Lei 6.830/80.
DA DESNECESSIDADE DO PREPARO.
Esclarece o recorrente que a ausência de preparo se dá em razão da sua desnecessidade quando da interposição de recursos como o presente, pelo que não se deve cogitar de aplicação de pena de deserção recursal.
DA OBSERVÂNCIA AOS DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
Enfatiza o recorrente que além do cabimento e da tempestividade, todos os demais requisitos de admissibilidade recursal restam devidamente obedecidos, tanto os intrínsecos como os extrínsecos, razão pela qual pede V.Exª conheça do presente recurso, admitindo-o.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO DE REFORMA DA SENTENÇA
A questão de mérito é simples e bastante conhecida, evidenciando a necessidade de reforma da decisão sentenciada. É que em casos como o presente, em que o imóvel do proprietário é situado na área da zona rural que ficou definida por lei municipal específica como área de expansão urbana, bem como, estando o imóvel a integrar loteamento aprovado por órgão competente e destinado ao comércio, o imposto a incidir é o IPTU e não o ITR, por força do disposto no art.32,§2º do CTN.
Na situação em apreço, o imóvel do executado embargante, ora recorrente, se insere exatamente na moldura fática acima descrita. Não obstante situado em zona rural, é localizado em parte dessa zona que fora definida como área de expansão urbana, integrando loteamento regularmente aprovado pela Administração Pública e com destinação ao comércio. Todos os dados ora afirmados ficaram devidamente provados no curso do processo. Por ser dessa forma, não há razão para ignorar a norma emanada do citado art.32,§2º do CTN, e reconhecer que o imposto a incidir é o IPTU, previsto no art.156, I e §1º da CRFB/88 e regulado nos arts.32, 33 e 34 do CTN, inexistindo relação jurídica obrigacional tributária entre o proprietário e a União, não incidindo o ITR.
Face o exposto é que pede possa V.Exª rever sua própria decisão para fins de reformá-la, acolhendo o pleito do ora recorrente.
DO PEDIDO DE REFORMA
Pede o recorrente possa V.Exª, primeiramente, conhecer do presente recurso, e, no julgamento de mérito, dar provimento ao mesmo, para fins de proferir decisão substitutiva da sentença infirmada, reformando-a, declarando ser indevida a incidência do ITR por inexistir relação jurídica obrigacional tributária envolvendo a exequente e o executado, para fins de que seja extinta a ação de Execução Fiscal com o reconhecimento de sua improcedência, restando julgados procedentes os Embargos à Execução, extinguindo-se o crédito tributário cobrado pela União nos termos do art.156, X do Código Tributário Nacional, declarando-se a nulidade do título executivo e ordenando-se o cancelamento do termo de inscrição em dívida ativa.
Termos em que pede deferimento.
Local ... Data ...
Advogado ... OAB ...

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