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As Dimensões da Linguagem: Mithos e Logos

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LINGUAGEM
As Dimensões da Linguagem
Histórica e cientificamente, a linguagem se divide em duas dimensões MITHOS e LOGOS
MYTHOS (palavra grega que significa narrativa)
Mitologia
Liturgia
Rituais
Tabus 
Místico religioso 
Independente de acreditarmos em palavras místicas mágica encantatórias ou tabus é importante que elas existam, pois seu poder é atribuído a linguagem. Este poder decorre de que as palavras são núcleos, síntese ou feixes de significação símbolos e valores que determina os modos de como interpretamos as forças divinas, naturais, sócias políticas e suas relações conosco.
LOGOS ( É a palavra racional do conhecimento real)
Fala/ palavra ( discurso argumento e prova)
Pensamento/ ideia ( raciocínio e demonstração )
Realidade/ ser (nexo ligações universais)
Do lado do Logos desenvolve-se a linguagem como poder de conhecimento racional e as palavras agora são conceito e ideias, estando referida ao pensamento á razão e a verdade.
Esta dupla dimensão de linguagem explica porque na sociedade ocidental podemos comunicar-nos e interpretar o mundo sempre em dois registros contrários e opostos o da palavra solene mágica religiosa artística e da palavra leiga científica técnica puramente racional e conceitual.
Não é por acaso muitos filósofos afirmam que uma ciência nasce ou um objeto se torna científico quando uma explicação conceitual causal metódica é demonstrada racionalmente. Através das palavras os humanos organizam a realidade e a interpretam.
A Origem da linguagem
Linguagem Natural, Linguagem convencional.
Linguagem Natural
A linguagem como capacidade de expressão dos humanos é natural
Desenho rupestre
Gestos
Signos
Por natureza os humanos nascem com aparelhagem física anatômica, nervosa e cerebral.
Fala/ palavra
Língua
Linguagem convencional
Compartilhado pelo pensamento Lógico de alguma coisa, a logia que colocamos no final da palavra antologia teologia psicologia filosofia.
 
 “a natureza social do homem se manifesta na linguagem, no dizer ou no logos […] O homem é o único animal que fala, e o falar é função social” (MARÍAS 2004, 91). Assim em sociedade, o homem poderá realizar a sua potencia mais elevada – vida política (politikon)
 A semente da linguagem é humanamente inata, e por conseguinte, não se funda em meras convenções sociais, geográficas. Acreditamos, sim, que esse caráter inato da linguagem depende de um meio específico para “florescer”, entretanto, o meio não cria a linguagem, apenas a desperta. Buscaremos nas filosofias de Platão e Aristóteles, elementos que corroborem essa nossa premissa e, ao mesmo tempo, conclusão.
Platão, Aristóteles e a importância da linguagem
Para investigarmos a natureza da linguagem humana, precisamos acima de tudo, investigar a própria natureza humana.
A possibilidade da linguagem é inata ou não no homem? O início de nossa argumentação também será o nosso fim, pois tentaremos elucidar o leitor de que, indubitavelmente, a linguagem é uma potência inata no homem. Para isso usaremos argumentos de filósofos que se propuseram a tratar, pelo menos alguns aspectos da linguagem humana. Comecemos por Sócrates (ou Platão, que escreveu os diálogos).
Sócrates buscava, no início de suas investigações, respostas a respeito do ser das coisas a partir de elementos naturais, porém abandonou bem cedo o estudo da natureza (physis). No diálogo “Fédon”, Sócrates se decepcionará com os estudos da physis e se voltará para os estudos dos homens nas cidades. Esse abandono se dá pelo fato de que a natureza não exerce o logos, os animais, os campos, as árvores não consentiam em ensinar-lhe alguma coisa. Sócrates demonstrava que o homem se define por ser um animal racional, sua natureza era racional (como posteriormente dirá Aristóteles), e apenas o homem pode exercer o diálogo (dia – através, logos – discurso), “o através do discurso”, pois naturalmente desenvolvia a linguagem.O caráter inato da linguagem em Sócrates (ou Platão) pode ser inteligível através da teoria mítica da reminiscência, que Sócrates desenvolverá no diálogo “Mênon”. Sócrates explica a Mênon que a alma humana é imortal, conforme os ensinamentos de vários poetas, sacerdotisas e sacerdotes, e por ser imortal, as almas muitas vezes teriam viajado entre o reino terrestre e o reino dos mortos. Durante essa infinitude temporal, as almas teriam contemplado todas as coisas e teriam assim, tudo aprendido. Contudo, irremediavelmente através dessas viagens das almas, essa gigantesca sabedoria sempre desaparece e se perde no esquecimento.
Continuando a explicação, Sócrates afirma que a natureza inteira seria homogênea, tendo uma gênese comum, e sendo assim, nada impediria que os homens tivessem as vezes, alguma recordação mais fundamental. Uma recordação desse tipo é o que os homens chamam de “saber” (mathesis). Ora, a linguagem é um saber (e sendo um saber, está na alma, independentemente do corpo no qual está inserida) que possibilita a alma racional humana relembrar toda a sabedoria esquecida, pois apenas através do discurso (diálogo), das logoi (palavras humanas), esse conhecimento completo pode ser adquirido. Diferente dos outros animais, que não possuem a essência intrinsecamente humana, o logos.
através da fala, da comunicação entre os homens, e se, para Aristóteles a vida política é a finalidade do homem, a linguagem foi dada naturalmente aos homens para atingir sua excelência (areté).
Para referir-se à palavra e à linguagem, os gregos possuíam duas palavras: mythos e logos. Diferentemente do mythos, logos é uma síntese de três palavras ou idéias: fala/palavra, pensamento/idéia e realidade/ser. Logos é a palavra racional do conhecimento do real. É discurso (ou seja, argumento e prova), pensamento (ou seja, raciocínio e demonstração) e realidade (ou seja, os nexos e ligações universais e necessários entre os seres).
É a palavra-pensamento compartilhada: diálogo; é a palavra-pensamento verdadeira: lógica; é a palavra-pensamento de alguma coisa: o “logia” que colocamos no final de palavras como cosmologia, mitologia, teologia, ontologia, biologia, psicologia, sociologia, antropologia, tecnologia, filologia, farmacologia, etc.
Do lado do logos desenvolve-se a linguagem como poder de conhecimento racional e as palavras, agora, são conceitos ou idéias, estando referidas ao pensamento, à razão e à verdade.
Essa dupla dimensão da linguagem (como mythos e logos) explica por que, na sociedade ocidental, podemos comunicar-nos e interpretar o mundo sempre em dois registros contrários e opostos: o da palavra solene, mágica, religiosa, artística, e o da palavra leiga, científica, técnica, puramente racional e conceitual.
Não por acaso, muitos filósofos das ciências afirmam que uma ciência nasce ou um objeto se torna científico quando uma explicação que era religiosa, mágica, artística, mítica cede lugar a uma explicação conceitual, causal, metódica, demonstrativa, racional.
O que é Linguagem:
Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, daescrita ou de outros signos convencionais. Linguística é o nome da ciência que se dedica ao estudo da linguagem.
Na linguagem do cotidiano, o homem faz uso da linguagem verbal e não-verbal para se comunicar. A linguagem verbal integra a fala e a escrita (diálogo, informações no rádio, televisão ou imprensa, etc.). Todos os outros recursos de comunicação como imagens, desenhos, símbolos, músicas, gestos, tom de voz, etc., fazem parte da linguagem não-verbal.
A linguagem corporal é um tipo de linguagem não-verbal, pois determinados movimentos corporais podem transmitir mensagens e intenções. Dentro dessa categoria existe a linguagem gestual, um sistema de gestos e movimentos cujo significado se fixa por convenção, e é usada na comunicação de pessoas com deficiências na fala e/ou audição.
Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal ao mesmo tempo. Por exemplo, uma história em quadrinhos integra, simultaneamente, imagens, símbolos e diálogos.
Dependendodo contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar a linguagem formal (produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão, por exemplo, salas de aula ou reuniões de trabalho) ou informal (usada quando existe intimidade entre os falantes, recorrendo a expressões coloquiais).
As linguagens artificiais (que são criadas para servirem a um fim específico, por exemplo, a lógica matemática ou a informática) também são designadas por linguagens formais. A linguagem de programação de computadores é uma linguagem formal que consiste na criação de códigos e regras específicas que processam instruções para computadores.
O homem e a linguagem rupestre
O homem, ser inquieto por natureza, sempre buscara retratar através da linguagem seus rastros aqui na Terra. Claro, que no período paleolítico, como as palavras ainda não existiam precisaram utilizar a pintura para realizar seus registros.
As primeiras pinturas rupestres surgem no período Paleolítico (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
As imagens encontradas nas rochas demonstram a preocupação do homem com a religião, sentimentos, celebrações e a arte. Retratavam nestas pinturas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, descobertas, plantas, rituais etc. Era comum desenhar o animal que se queria capturar numa caçada e também o fazê-lo na volta. Também, em algumas gravuras percebemos o lado espiritual e místico do homem pré-histórico, figuras de minotauro (cabeça de touro e corpo de homem) assim como outras formas que se diversificam a depender da época.
As Pinturas Rupestres mais conhecidas do mundo por sua beleza incontestável estão nas grutas de Lascaux (França). Elas foram descobertas em 1940 e contêm um dos melhores exemplares de arte pré-histórica do mundo. Consistem numa caverna principal e várias galerias magnificamente decoradas com gravações de desenhos e pinturas de animais. Entre as pinturas mais significativas encontram-se as que representam três grandes auroques a atravessar um rio. Devido ao estilo das pinturas e aos animais representados, e depois de concluídos o teste de datação chegou-se à conclusão de que teriam sido pintadas entre 15 000 e 13 000 a. C.
Existem outros locais onde podemos encontrar Pinturas Rupestres na Europa como: Caverna de Les Trois-Frères - França (pinturas rupestres do Paleolítico Superior); - Caverna de Altamira - cidade de Santander na Espanha (arte rupestre do período Paleolítico Superior); Arte Rupestre do Val Camonica - Itália (pinturas feitas na Idade do Ferro).
No Brasil, as mais conhecidas estão assim localizadas: Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (Piauí); - Parque Nacional Sete Cidades (Piauí); Cariris Velhos (Paraíba); Lagoa Santa (Minas Gerais); Rondonópolis (Mato Grosso); Peruaçu (Minas Gerais).
Na Bahia, as pinturas rupestres estão espalhadas ao longo da Bacia do Rio São Francisco, pela Chapada Diamantina, no cerrado e na caatinga - só no litoral elas não foram avistadas ainda. São marcas deixadas por índios pré-históricos, grupos nômades de caçador-coletores que perambulavam pela região num passado remoto atrás de comida como frutas e peixe.
Hoje em dia algumas estão dentro de propriedades particulares, cujos donos com frequência não têm noção de sua importância histórica. Outras estão localizadas em áreas com pedreiras, que extraem granito, quartzito e arenito para revestir casas pelo País afora.
No Oeste Baiano, na Região de São Desiderio, estão localizadas grutas onde podemos conhecer alguns exemplares destas Pinturas. Dos sítios arqueológicos descobertos no município, três foram nomeados e os outros são identificados por pontos de GPS. Nesses locais foram encontrados artefatos como peças de cerâmica, instrumentos de caça, urnas funerárias, ossadas e pinturas rupestres. Esses materiais são datados de dois mil anos. Os sítios mais conhecidos são: Lapa dos Tapuias no distrito de Sítio do Rio Grande;
Misticismo (do grego μυστικός, transliterado mystikos, "um iniciado em uma religião de mistérios") é a busca da comunhão com uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual ou Deusatravés da experiência direta ou intuitiva.[1]
No livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos"[2] , o misticismo se define como um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus, ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" é chamado um "místico". Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.
 
 
O que é Tabu: 
O significado de tabu geralmente se refere a uma proibição da prática de qualquer atividade social que seja moral, religiosa ou culturalmente reprovável. Dizer que algo é um tabu pode significar que é sagrado e por isso interdito qualquer contato. Ou pode também significar algo perigoso, imundo ou impuro.Cada sociedade possui os seus próprios padrões morais. Tabus existentes em uma cultura podem não existir em outras.
Os tabus são criados por convenções sociais, religiosas e culturais. São meios de preservar os bons costumes da sociedade limitando a prática de determinados atos ou evitando falar de assuntos polêmicos.
Os tabus estão relacionados à linguagem, em que há proibição de pronunciar palavrões e outros nomes imundos (por exemplo, diabo); os comuns tabus ao sexo, considerados pecados religiosos; ou mesmo às restrições alimentares (comer carne humana ou de determinados animais, sangue etc.). O eufemismo é uma linguagem à qual se recorre com frequência para evitar o tabu. Quebrar um tabu pode acarretar castigo divino, além de culpa, constrangimento, vergonha, etc.
"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo etc. (Lewis, Ralph M)"[3]
Ritual é o conjunto de práticas consagradas por tradições, costumes ou normas, que devem ser observadas de forma invariável em determinadas cerimônias.

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