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Resumo contabilidade ap2

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Resumo Contabilidade Ap2:
Aula 7: Lucro ou prejuízo? Confronto entre receitas e custos/despesas.
As entidades são obrigadas por lei a fornecer informações sobre as atividades que executaram durante o exercício social. O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que reflete a posição do patrimônio de uma entidade em um determinado momento, normalmente realizado uma vez ao ano.
Além do BP, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil obrigatória, cuja finalidade é, mostrar o resultado (lucro ou prejuízo) de uma empresa durante o período do exercício. Geralmente a (DRE) é feita uma vez ao ano. 
	Patrimônio é um conceito que envolve todos os bens, direitos e obrigações de uma determinada entidade. O resultado, por sua vez, esta relacionado entre tudo o que a empresa ganha (receita) e tudo aquilo que ela consome (custos e despesas). O resultado pode ser positivo (lucro) ou negativo (prejuízo) e, por causa disso, é capaz de modificar o patrimônio de maneira favorável ou desfavorável.
Gasto anual dedutível→ O gasto anual dedutível não reflete tudo aquilo que você gastou durante um ano, mas sim tudo o que a Receita Federal considera passível de ser abatido para o calculo do Imposto de Renda, como despesas com médicos, educação, pensões alimentícias pagas, doações de incentivo à cultura.
Etapas da DRE:
Receita bruta (originada da venda de mercadorias)
- Deduções
=Receita Líquida
Receita Bruta: É o valor relativo à venda de mercadorias (ou à prestação de serviços, quando se trata de entidades prestadoras de serviços) e pode ser recebida à vista ou a prazo.
Correlacionando DRE e BP:
	Quando uma receita é recebida à vista, no Balanço Patrimonial serão geradas contas do tipo Caixa e Banco conta Movimento para se fazer a contrapartida na Demonstração do Resultado do exercício; se for recebida a prazo, devera haver uma conta representando o direito a receber, como duplicatas a Receber, Contas a Receber, etc.
As Deduções são aqueles impostos relacionados com a venda dos produtos ou a prestação de serviços. Temos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e Imposto Sobre Serviços (ISS).
É também incluído nas deduções as devoluções de mercadorias vendidas e os abatimentos concedido nas vendas.
A Receita Liquida é a Receita Bruta MENOS as deduções. É ela que vai ser confrontada com os custos.
Receita Liquida (origem liquida das mercadorias)
- Custo das Mercadorias Vendidas (O quanto foi gasto para aquisição destas)
= Resultado (Lucro ou prejuízo).
	O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) que está sendo subtraído da Receita Bruta é relativo a empresas que trabalham na área do comércio. Para a indústria, deve-se levar em consideração o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) e, para entidades prestadoras de serviços, o Custo dos Serviços Prestados (CSP)
O Resultado Bruto é o primeiro resultado encontrado pela empresa. Se a Receita Líquida for maior que o custo das mercadorias, o resultado é positivo e é chamado de Lucro Bruto; se o custo for maior do que a Receita Líquida, o resultado é negativo e, portanto, chamado de Prejuízo Bruto.
Lucro Bruto 
– Despesas Operacionais 
= Lucro do Período (Lucro Operacional) 
As Despesas Operacionais são aquelas que se referem aos gastos diretamente relacionados com a atividade principal da empresa. Elas podem ser subdivididas em:
– Despesas Operacionais de Vendas, que estão relacionadas com a venda do produto. Podem ser relativas a propaganda, salários e comissões dos vendedores; 
– Despesas Operacionais Administrativas, que estão relacionadas com a administração, ou seja, seguro da loja (ou fábrica), salário do pessoal da administração, assinatura de revistas, jornais etc.; 
– Despesas Operacionais Financeiras, relacionadas à remuneração do capital de terceiros – por exemplo, juros, despesas bancárias;
 – Outras Despesas Operacionais, que são todas aquelas que não se enquadraram nos itens anteriores.
O Lucro Operacional é o segundo resultado encontrado pela empresa, proveniente de sua atividade operacional, ou seja, é o Resultado Bruto menos tudo aquilo que a empresa gastou com Despesas Operacionais.
Lucro Operacional
 – Despesas Não Operacionais 
= Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 
As Despesas Não Operacionais são aquelas que não estão relacionadas com a atividade principal da empresa. Pode haver Receitas Não Operacionais também. Existem outros tipos de Despesas Não Operacionais, como gastos efetuados para o bem-estar dos funcionários, entre outros.
VALOR CONTÁBIL É quanto vale o bem para a empresa quando ela faz sua contabilidade. É o valor de aquisição do bem, no qual devemos incluir os custos de instalação e subtrair a depreciação acumulada.
	→Valor Contábil x Valor de Mercado O valor contábil pode ser diferente do valor de mercado, ou seja, do valor que o mercado está disposto a pagar pelo bem. Para você entender melhor, pense em um automóvel, que sofre uma depreciação de 20% ao ano. Ao final de cinco anos, seu valor contábil terá chegado a zero. Se você procurar nos classificados de jornais de grande circulação, verá que há oferta de automóveis com mais de cinco anos de uso e que eles não estão sendo doados! Isso acontece porque, embora o valor contábil deles chegue a zero, o valor de mercado não se comporta da mesma maneira!
O Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social é obtido, como você viu no item 4, calculando-se a diferença entre o Lucro Operacional e o Resultado Não Operacional (que pode ser Receita ou Despesa). É esse o valor que servirá de base para calcular a Provisão para Imposto de Renda e CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .
	CONTRIBUIÇÃO SOCIAL→ É uma porcentagem arrecadada pelo Governo Federal com base no lucro real. Ela é destinada a gerar benefícios para a sociedade e pode ser aplicada para melhorias no sistema educacional, de saúde, entre outros.
	PROVISÃO→ Quando o custo de um evento futuro atinge um valor signifi cativo dos lucros, deve-se reservar uma quantia adequada para pagá-lo, tirando-a dos lucros do exercício atual.
5) Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social
– Provisão IR e Contribuição Social
= Lucro depois dos Impostos
Em geral, o montante de dinheiro envolvido para tributação é muito maior no caso de uma empresa do que de uma pessoa física. A PROVISÃO para o Imposto de Renda e Contribuição Social (PIR e CS) é um valor estimado do que será pago ao governo.
O resultado obtido quando subtraímos as Provisões de Impostos do Lucro Antes dos Impostos é chamado de Lucro Depois do Imposto de Renda e da Contribuição Social.
Além dessas, existem duas outras formas de participação: a contribuição destinada a uma previdência complementar dos empregados e as debêntures.
	A contribuição destinada a fundos de previdência complementar dos funcionários é uma forma de participação que independe dos lucros da empresa.
	As debêntures, são títulos de longo prazo, ou seja, documentos que você compra por um determinado preço e pelos quais, após o tempo combinado com o vendedor da debênture, recebe um valor maior do que aquele pago inicialmente. Este é o atrativo das debêntures: oferecem a possibilidade de rendimentos a longo prazo. Vale a pena ressaltar que esses títulos não estão relacionados com o resultado da empresa, ou seja, não importa se houve lucro ou prejuízo, o valor do título é o mesmo.
Títulos x Ações As ações, Quem tem ações de uma empresa tem responsabilidade sobre ela, tanto sobre seus lucros quanto sobre seus prejuízos. Uma ação confere ao seu portador o controle de uma empresa e a responsabilidade sobre sua rentabilidade. Um título, por sua vez, está associado à empresa, mas não oferece nem controle nem rentabilidade associada ao resultado.
As participações caracterizam mais uma etapa na Demonstração do Resultado do Exercício:
6) Lucro Depois dos Impostos
– Participações
= Lucro Líquido (LL)
O Lucro Líquidoé, de fato, o quanto a empresa obteve de rendimento. É a quantia disponível para distribuição aos acionistas, aplicações futuras e reinvestimentos, por exemplo.
O Lucro Líquido é uma quantia que se refere à empresa como um todo. Quanto o presidente da empresa, por exemplo, receberá em dinheiro a partir do Lucro Líquido obtido vai depender do número de ações que ele possui. Em geral, o presidente é o ACIONISTA MAJORITÁRIO, ou seja, ele tem mais ações do que qualquer outro acionista da empresa.
CONCEITOS INDIRETAMENTE RELACIONADOS COM A DRE: O QUE VOCÊ PRECISA PARA CALCULAR A PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA:
Os impostos, como você já viu, nada mais são do que o Imposto de Renda e o da Contribuição Social. A Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social (PIR e CS) é um valor a ser pago ao governo que leva em consideração o Lucro Real.
 Antes de definir Lucro Real, é preciso que você entenda que as participações que serão pagas no próximo exercício não influenciam na PIR. Isso acontece porque só as participações pagas no exercício para o qual você está calculando o imposto alteram o lucro deste exercício e, portanto, o valor de base para o cálculo do IR. Sendo assim, o valor do Lucro Antes do IR é que deve ser utilizado como base, mas com alguns ajustes solicitados pela Receita, que são chamados de Inclusões (I) e Exclusões (E). Isso é o Lucro Real.
	O Lucro Real (LR) é calculado da seguinte maneira:
 LR = Lucro Antes do Imposto de Renda + Inclusões – Exclusões.
As Inclusões se referem a gastos que não sejam dedutíveis para a Receita, como os encargos de depreciação, despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, contribuições não obrigatórias. 
Elas também incluem resultados, rendimentos e quaisquer valores que, por algum motivo, não foram incluídos no cálculo do Lucro Antes do Imposto de Renda, mas que devem ser tributados também. Um exemplo disso são os lucros obtidos por filiais fora do país. 
As Exclusões subtraem do lucro valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária, como a depreciação acelerada incentivada, os dividendos (parcela devida a acionistas), entre outros.
	A Depreciação Acelerada Incentivada→ é uma maneira legal de se reduzir o lucro utilizado como base para o IR. Por esse mecanismo, uma empresa pode alegar uma depreciação mais rápida de determinados bens, de acordo com suas atividades.
Agora que você já conhece quase tudo que está envolvido com o cálculo da Provisão para o Imposto de Renda, só falta saber que ela representa 15% do Lucro Real, alíquota que é prevista pela legislação.
Agora que você já passou detalhadamente por todas as etapas de uma DRE, poderá perceber que existe uma sequência lógica por trás das reduções: 
– primeiro: reduções referentes aos impostos, abatimentos, descontos comerciais e devoluções de mercadorias; 
– segundo: reduções referentes aos custos das vendas, que podem ser: em uma indústria (custo dos produtos vendidos – CPV), no comércio (custo das mercadorias vendidas – CMV) e na empresa prestadora de serviços (custo dos serviços prestados – CSP);
 – terceiro: reduções referentes às despesas operacionais (aquelas relacionadas às atividades principais da empresa);
 – quarto: todas as despesas e receitas não operacionais, ou seja, geradas por atividades que não sejam o foco principal da empresa; 
– quinto: Imposto de Renda e Contribuição Social; 
– sexto: reduções previstas no estatuto da empresa, como é o caso das participações.
Aula 8: A conversa entre as Demonstrações Contábeis.
Integrar as demonstrações contábeis é fundamental para conhecer os efeitos das receitas e das despesas na estrutura patrimonial. Sem a integração, as demonstrações estariam incompletas, quer dizer, alguns valores não poderiam ser lançados, deixando o Balanço Patrimonial sem conclusão. 
O Balanço Patrimonial mostra os saldos iniciais e finais das contas patrimoniais, ao passo que a DRE apresenta as variações do patrimônio líquido e de outros itens do Balanço Patrimonial.
Com a elaboração da DRE, apuramos o resultado do exercício. Se a empresa obteve lucro líquido, este deve ser transferido para uma outra demonstração contábil, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc). Você viu a definição desta demonstração na Aula 3.
A DLPAc relata o Lucro ou Prejuízo Líquido, disponível para ser distribuído aos proprietários (ou sócios) como dividendos ou reinvestido na empresa (retenção de lucros).
O lucro de uma empresa pode ser dividido entre os sócios, utilizado para aumentar o capital da empresa ou para criar RESERVAS. O lucro que não tiver estes destinos, ou seja, que continuar na empresa como Caixa, permanecerá na conta Lucros Acumulados (no patrimônio líquido). Se, em vez de lucro, a empresa obtiver prejuízo, este será apresentado na conta Prejuízos Acumulados (ou terá seu valor reduzido dos Lucros Acumulados em anos anteriores).
	A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPAc) mostra apenas a variação da conta Lucros e Prejuízos Acumulados. Ela pode ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que mostra a variação de todas as contas do patrimônio líquido. As sociedades por ações de capital aberto são obrigadas a apresentar a DMPL. Os demais tipos de sociedades podem optar por apresentar a DLPAc ou a DMPL.
O Balanço Patrimonial apresenta o ativo, o passivo e o patrimônio líquido de uma entidade e é complementado pelo resultado (lucro ou prejuízo líquido), demonstrado na DRE, após o confronto das receitas com as despesas.
Aula 9: O impacto do dia a dia no patrimônio de uma empresa: efeitos dos fatos administrativos nas demonstrações contábeis (parte 1).
É preciso que o processamento dos fatos administrativos fique evidente na Demonstração do Resultado do Exercício e no Balanço Patrimonial. Isso só acontecerá a partir de registros e agrupamentos de contas bem planejados.
	Fatos administrativos→ São o mesmo que fatos contábeis, são aqueles fatos que provocam alterações nos elementos do patrimônio ou do resultado.
Método das Partidas Dobradas: consiste no registro dos fatos identificando-se dois movimentos de igual valor, um representando a origem e o outro a aplicação. Esses lançamentos são feitos de tal forma que só estarão completos quando os valores de origem e de aplicação estiverem igualados. Esse Método possibilita elaborar demonstrações de informações úteis no momento requerido pelo usuário.
Os balanços sucessivos: Os balanços sucessivos são uma forma de apuração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial a cada fato registrado. Essa metodologia é vantajosa porque fornece ao usuário uma informação mais geral e abrangente sobre a situação da empresa, pois se refere à estrutura patrimonial e do resultado desta. Serve também para aqueles que se valem da Contabilidade como um instrumento rico de informação para tomada de decisão.
Para que você entenda os balanços sucessivos, você deverá discriminar os movimentos da seguinte forma: 
1. Movimentação da origem: o valor deverá ficar entre parênteses, na coluna da conta que representa de onde veio o valor registrado, ou seja, é de onde o dinheiro sai; 
2. Movimentação da aplicação: o valor deverá ser expresso sem parênteses, na coluna da conta que representa onde o valor foi aplicado, ou seja, para onde o dinheiro vai. Lembre-se de que para atender ao Método das Partidas Dobradas os registros devem ser efetuados identificando os movimentos de origem e de aplicação de recursos.
Lembre-se de que para atender ao Método das Partidas Dobradas os registros devem ser efetuados identificando os movimentos de origem e de aplicação de recursos.
Para lançar dados nas demonstrações contábeis, é necessário, em primeiro lugar, identificar de qual delas estamos tratando (BP ou DRE). Em seguida, se a conta for de Balanço Patrimonial, você deve distinguir se ela pertence ao Ativo, ao Passivo ou ao Patrimônio Líquido; se for conta de DRE, verifique se pertence ao quadro das Receitasou das Despesas. Só a partir daí será possível elaborar as demonstrações. 
Os valores registrados num dado Balanço Patrimonial servem de base para o Balanço subsequente, pois as contas patrimoniais são acumulativas. Já as contas de resultado se encerram no confronto de seus saldos para apuração do lucro ou prejuízo do exercício, que é transferido para o Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial, representando uma conta dos sócios. Como você sabe, a conta Caixa representa um bem e, por isso, deve ser agrupada no Ativo, enquanto a conta Capital Social representa o valor integralizado pelos sócios na empresa e deve ser agrupada no Patrimônio Líquido.
Para uma empresa, qualquer fato administrativo é capaz de causar impacto no seu patrimônio. Lançar operações na escrituração e nas demonstrações contábeis requer do contador o conhecimento de movimentos de origem e de aplicação. É apenas desta forma que o resultado das operações poderá mostrar a situação real em que se encontra uma empresa.
Aula 10: O impacto do dia a dia no patrimônio de uma empresa: efeitos dos fatos administrativos nas demonstrações contábeis (parte 2)
	Novamente chamamos sua atenção para o fato de que o saldo final do Balanço Patrimonial de um ano representa o saldo inicial do BP no ano seguinte. A Demonstração do Resultado do Exercício, por sua vez, não é acumulativa, ou seja, seu saldo final é transferido para o Balanço Patrimonial no grupo do Patrimônio Líquido. No ano seguinte, portanto, não há saldo inicial para a DRE.
RELEMBRANDO OS RAZONETES... 
O registro dos fatos administrativos é fundamental para os lançamentos posteriores destes nas demonstrações contábeis. Na aula passada, vimos uma maneira de fazer lançamentos em uma grande tabela, onde os valores entre parênteses se remetiam aos débitos e, os sem parênteses, aos créditos. Essa forma de escriturar os fatos, originada na Veneza dos mercadores dos séculos XIV e XV e relatada por Luca Paccioli no século XVI, foi denominada Método das Partidas Dobradas, como você já aprendeu na Aula 3. Os débitos e créditos lançados nos razonetes podem também ser chamados de aplicação e origem, respectivamente.
	Débito = Aplicação (para onde o dinheiro vai; a conta que recebe o dinheiro fica com um débito com a conta de onde vieram os recursos para a dita aplicação). Crédito = Origem (de onde o dinheiro sai; conta que fica com um crédito por ter fornecido fundos para ! outra conta).
Você lembra com clareza como são estruturados os razonetes? O razonete é uma representação em forma de “T” que resume os movimentos de origem e de aplicação de cada conta. Ele é muito utilizado pelos profissionais de Contabilidade até hoje e surgiu devido à necessidade de simplificação do Livro Razão, que mantém em cada folha os valores movimentados de uma conta, bem como o seu saldo final; o razonete é um retrato da folha do Livro Razão, ele é de fácil entendimento e serve como instrumento de apuração do saldo de cada conta.
Outra questão à qual você deve estar atento é a seguinte: todo dinheiro tem uma origem e uma aplicação. Não é possível haver mais dinheiro na origem e menos na aplicação ou vice-versa. Sendo assim, recebimento de juros por atraso ou pagamentos com descontos por antecipação devem ter seus valores de diferença lançados em um razonete que se dedique a este tipo de registro. Podemos anotar sob o título de conta de Receita de Juros, por exemplo.
A Receita de Venda, como você viu na aula anterior, é a anotação de tudo o que será utilizado para calcular o lucro através da DRE.
A anotação das informações contábeis, prática que foi executada do começo ao fim desta aula, não apresenta mais novidades para o estudante de Contabilidade que está chegando ao final da disciplina Contabilidade Geral I. No entanto, é importante perceber o quanto razonetes feitos com atenção e responsabilidade influenciam na elaboração das demonstrações. Os razonetes são um reflexo de decisões administrativas. Note bem que cada decisão tomada exerce um reflexo sobre o patrimônio da empresa. Como um bom administrador, portanto, fique sempre atento ao quadro financeiro e econômico da empresa antes de executar uma ou outra medida: a Contabilidade pode e deve ser utilizada como auxílio nessas situações!
Aula 11: Balancete de Verificação e apuração do resultado
Nas duas últimas aulas, você viu como os fatos administrativos, por meio de razonetes bem anotados, são sucessivamente incorporados ao Balanço Patrimonial e à DRE. No entanto, mesmo o mais cuidadoso dos contadores pode errar no lançamento de algum fato. Isso compromete o acompanhamento e a avaliação da situação da empresa e pode levar a consequências graves, como aplicações não recomendáveis, compras indesejáveis etc. É possível corrigir a existência de erros nos lançamentos dos fatos administrativos. Essa correção é feita por meio dos Balancetes de Verificação, que são o tema desta aula.
E O QUE É O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO? 
O Balancete de Verificação é um instrumento utilizado para verificar, periodicamente, se os lançamentos contábeis estão sendo feitos corretamente. O Balancete de Verificação serve, basicamente, para detectar erros, mas não apenas para isso. Além do “controle de qualidade”, ele funciona também para a preparação do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
Por meio do Balancete de Verificação, é possível corrigir erros de lançamentos de natureza de inversão. Isso significa que, se houve um débito numa conta que deveria receber um crédito, esse instrumento funciona.
No entanto, o Balancete de Verificação não é capaz de “pescar” qualquer erro cometido. Por exemplo: se você, ao fazer um lançamento contábil, quisesse debitar a conta Veículos e, por engano, tivesse feito o débito na conta Equipamentos, esse erro não seria detectado pelo Balancete de Verificação, já que os valores considerados estariam corretos. Os saldos credores deverão ser sempre iguais aos saldos devedores, tanto no balancete quanto no Balanço Patrimonial, o que você já viu diversas vezes nas aulas anteriores. Os erros facilmente detectáveis pelo balancete são aqueles que “desbalanceiam” as demonstrações: – lançamentos de valores errados (um valor no débito e outro no crédito); – lançamento de um débito sem a respectiva contrapartida no crédito.
TIPOS DE BALANCETES DE VERIFICAÇÃO Os Balancetes de Verificação podem ser de dois tipos: analítico e simplificado.
	Dé b i t o Coluna da esquerda.
	Cr é d i t o Coluna da direita.
O tipo de Balancete de Verificação que apresenta todos os lançamentos de débitos e créditos é chamado BALANCETE ANALÍTICO. Ele discrimina todos os lançamentos que foram efetuados nas contas da empresa.
Outra maneira de elaborar o Balancete de Verificação é chamada BALANCETE SIMPLIFICADO, pois só mostra os saldos (devedor/credor) finais de cada conta, sem revelar todos os lançamentos.
Primeira etapa: Escrituração:
Lance nos razonetes os saldos iniciais (que vem discriminados no BP) e as operações correspondentes a cada conta. Num razonete, os traços duplos representam a separação entre os saldos iniciais/movimentos e o saldo final de uma conta.
Segunda Etapa: Fazer o primeiro Balancete de Verificação:
Nessa etapa você devera preparar um balancete de verificação para checar se os lançamentos contábeis feitos estão corretos.
Terceira Etapa: Ajustes:
Um gasto somente se torna despesa no momento do seu consumo. Além da atenção para a diferença entre gasto e despesa, outro ajuste importante deve ser feito: a depreciação.
A depreciação é a diminuição do valor do ativo imobilizado, que decorre normalmente do uso. A depreciação é registrada numa conta subtrativa do bem, com o titulo de depreciação acumulada. Ela pode ser feita mensal, trimestral ou anualmente.
Todo débito em uma ou mais contas deve corresponder sempre a um crédito em uma ou mais contas, sendo o valor total debitado igual ao valor total creditado.
A contrapartida da Depreciação acumulada é a criação de uma conta intitulada Despesa de Depreciação,lançada na Demonstração do Resultado do Exercício, que corrige o lucro da empresa. Todas as contas que representam bens que sofrem perda de valor, de acordo com o tempo de uso, devem ser corrigidas dessa maneira.
A conta Depreciação acumulada soma os valores de depreciação até que o total seja igual ao valor do bem depreciado. Nesse momento se configura o termino de sua vida útil.
A depreciação acumulada é apresentada do lado direito (crédito) do razonete. No Balanço Patrimonial, ela é apresentada do lado esquerdo (ativo), só que com sinal negativo, subtraindo o valor do bem.
Após os ajustes é necessário que se faça outro balancete de verificação. Agora separando as contas de resultado, esse é o quarto passo que veremos a seguir.
Quarta Etapa: Segundo Balancete de Verificação após os ajustes:
Feitos os ajustes necessários, você deve preparar um novo balancete de verificação separando contas patrimoniais de resultado, visando a futura estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício e do novo Balanço Patrimonial.
Aula 12: Balancete de verificação e apuração do resultado:
Quinta Etapa: Encerramento das Contas de Resultado:
Esta etapa consiste na abertura de uma conta transitória chamada Apuração do Resultado do Exercício (ARE). Essa conta serve para eliminar todas as outras contas de resultado do balancete. Nela serão confrontadas receitas, custos e despesas do período.
O saldo de todas as contas de receitas, custos e de despesas será transferido para esta conta transitória e aquelas serão encerradas. As contas de resultados são encerradas por débito ou crédito de seus respectivos valores na conta transitória Apuração do Resultado do Exercício (ARE).
As contas de despesas tem sempre saldo devedor, e portanto, podem ser creditadas no mesmo valor para encerra-las, sendo a contrapartida dessa operação o Débito na conta ARE. As contas de receitas sempre terão saldo credor, devendo sofrer um débito igual ao seu saldo para encerra-las; a contrapartida desta operação será um credito na conta ARE.
	As contas de receitas sempre apresentarão saldo credor, pois aumentam o Patrimônio Líquido. Já as contas de despesas sempre apresentarão saldo devedor, pois diminuem o Patrimônio Líquido.
As contas que possuem saldo credor (receitas) são debitadas; e aquelas que possuem saldo devedor (despesas) são creditadas. Assim encerram-se essas contas que tiveram seus saldos transferidos para a conta transitória Apuração do Resultado do Exercício.
Sexta Etapa: Contabilização do Resultado:
Pelo Método das Partidas Dobradas aprendemos que, ao debitarmos uma conta num determinado valor, devemos fazer créditos em uma ou mais contas até que o valor seja alcançado.
	Debitar→ Significa lançar na coluna de débitos (esquerda). Significa que uma conta debitada é aquela que sofreu aplicação de recursos.
A contrapartida deste lançamento é um débito na conta Apuração do Resultado do Exercício, encerrando-a. Lembra que esta é uma conta transitória ou temporária? Então, chegou o fim dela. Há duas maneiras de efetuar movimentações sem desequilibrar a “balança” do patrimônio:
	Lançar um determinado valor no ativo e lança-lo também no passivo.
Movimentar valores dentro de uma categoria (ativo ou passivo) apenas. 
Sétima Etapa: Estruturação da DRE:
A Demonstração do Resultado do Exercício tem por objetivo mostrar aos usuários da contabilidade, em detalhes, como a empresa chegou a um determinado resultado. É uma demonstração contábil obrigatória.
Na sétima etapa vamos estruturar a DRE com base nos lançamentos registrados na ARE, a conta que encerramos na etapa anterior.
Oitava Etapa: Estruturação do novo Balanço Patrimonial:
Todas as demais contas (aquelas que não foram encerradas) são patrimoniais, ou seja, construirão o Balanço Patrimonial.
Se a conta possuir saldo credor, ela fará parte do Passivo; se possuir saldo devedor, será uma conta no Ativo.
Estando pronto o Balanço Patrimonial, segundo a lei das sociedades por ações, ele deve ser apresentado comparando dois períodos.

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