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ANUAL NOTURNO 
Direito Administrativo 
Celso Spitscovsky 
Data: 11/11/2011 
Aula 18 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
MATERIAL DE APOIO 
 
SUMÁRIO 
1) Pedido de Revisão de Aposentadoria 
2) Sistema de Vantagens dos Servidores 
3) Licenças atribuídas as Servidores 
 
 
Pedido de revisão: art. 174 da Lei 8112 
O pedido de revisão pode ser feito a qualquer tempo. Não há prazo. 
Razões que podem ser invocadas para que esse pedido possa ser atendido: Art. 176 – por simples razões de 
injustiça, o pedido não poderá ser apreciado. Podem ensejar a revisão: 
a) fato novo; 
b) inadequação da pena. 
Fato novo: É aquele que passou a existir depois de proferida a decisão, bem como aquele que já existia antes 
da decisão, mas só veio ao conhecimento público depois (não tendo como ter tido conhecimento – por 
impossibilidade lógica e não por desídia). 
Inadequação da pena: É a pena que se revela incompatível com os fatos que foram apurados, investigados. Ver 
o art. 128 – exige que fossem apontados os fatos e dispositivos de lei em que se baseou o administrador para 
aplicação da referida pena. Além de autorizar o pedido de revisão, o funcionário pode se valer do judiciário. A lei 
9.784, no seu parágrafo único, VI diz que o administrador falta com a razoabilidade quando aplica sanção como 
medida superior àquela necessária para preservação do interesse público. Teremos uma decisão ilegal e 
inconstitucional. 
 
Titularidade: O servidor; família do servidor (quando ele faleceu e alguém da família quer receber o benefício); 
o MP (quando o servidor for incapaz). 
 
Produção prova: art. 175 – a possibilidade é plena. Ver art. 5º, LV da CF. 
 
Efeitos da decisão: art. 172, p. único da Lei 8.112. Seria possível o agravamento da decisão? Não. É proibida a 
reformatio in pejus. Se durante o pedido de revisão nenhum fato novo for produzido nem se configurar a inadequação 
da pena, não há como haver agravamento. Contudo, se um novo fato existiu e se revela mais grave (novas 
irregularidades), a nova decisão pode ser agravada. Do mesmo modo pode ser agravada se a pena imposta foi muito 
branda, ferindo a desproporcionalidade. É o que tem decidido os tribunais. 
 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
Prazos de prescrição em relação às irregularidades: art. 142 da Lei 8112. 
Temos três prazos fixados com base na gravidade da irregularidade. 
Para as irregularidades graves (as que comportam demissão, por exemplo): prazo de 5 anos. 
Para as irregularidades intermediárias (ex.: suspensão): prazo de 2 anos. 
Para as irregularidades menores (ex.: advertência): 180 dias. 
O prazo começa a fluir a partir do conhecimento da irregularidade e se suspende pela abertura de sindicância 
ou do Processo Administrativo disciplinar. 
Se o servidor condenado entende que a condenação se apresenta como ilegal, poderá ir para a esfera judicial. 
Se o funcionário for absolvido no judiciário, em tendo sido demitido, ele teria direito à reintegração no cargo? Não há 
uma única resposta. Se o servidor for absolvido por falta de provas, não terá direito à reintegração – isso porque o 
judiciário não pôde analisar o mérito da questão. Contudo, se ele for absolvido pelo judiciário com análise de mérito 
em que se reconheça a inexistência do ilícito ou a inexistência de autoria pelo servidor, conforme o art. 126, a 
responsabilidade será afasta pela negativa do fato ou pela negativa da autoria. 
 
 
SISTEMA DE VANTAGENS DOD SERVIDORES: 
O servidor só terá direito às vantagens se estiver sendo remunerado pelo sistema de vencimentos (porque este 
sistema de vencimentos é que prevê a possibilidade de percepção de vantagens – subsídio não prevê percepção de 
vantagens). Ver Art. 39, §4º da CF. 
As vantagens poderão ser percebidas em caráter permanente ou transitório, isto é, poderão se incorporar ou 
não à remuneração final do servidor a depender da natureza da vantagem. 
 
Modalidades das vantagens: art. 49 da Lei 8112 
Além do vencimento, poderão ser pagas as seguintes vantagens: 
- Indenizações 
- Ajuda de custo: é a indenização paga ao servidor para compensá-lo pelas despesas com mudança de sede em 
caráter permanente no interesse da administração. 
- Diárias: art. 58 – as diárias serão devidas ao servidor que se afastar temporariamente da sede para indenizá-lo 
em relação às despesas com estadia, alimentação etc. 
- Indenização de transporte: art. 60 – será conferida ao servidor para compensá-lo por despesas realizadas com 
atividades externas dentro da sede com uso de meio próprio de locomoção. 
- Auxílio moradia: art. 60-A – para ressarcimento de despesas com aluguel de moradia e desde que as despesas 
estejam efetivamente comprovadas. 
- Gratificações: Vantagem atribuída ao servidor pela execução de um serviço comum em condições especiais. 
São percebidas em caráter temporário enquanto durarem as condições especiais. São elas: a) serviço exercido em 
condições que implicam risco de vida; b) serviços realizados de forma extraordinária; c) fora do horário normal; d) 
funções de chefia, direção e assessoramento. 
 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
- Adicionais: são vantagens atribuídas ao servidor pela execução de um serviço especial em condições comuns. 
Será percebida em caráter permanente. Irá se incorporar à remuneração final do servidor. Ex.: adicional por tempo de 
serviço. Pode ser percebido pelo exercício de atividade em tempo integral ou dedicação plena ou ainda pela execução 
de atividades que exijam nível universitário. 
 
LICENÇAS ATRIBUÍDAS AOS SERVIDORES: ART. 83 e ss. 
Licença para tratar de doença em família: depende da caracterização da doença em família e que uma vez 
caracterizada a doença em que se constate que o doente necessite do auxílio do servidor e que esse auxílio não possa 
ser prestado sem prejuízo da jornada de trabalho. Poderá ser retirada por 30 dias + 30 dias sem prejuízo da 
remuneração. Temos possibilidade de prorrogação por mais 90 dias, porém sem remuneração. 
 
Licença por Afastamento do cônjuge: deve-se comprovar o afastamento do cônjuge e desde que esse 
afastamento não tenha ocorrido por conta do cônjuge. A lei prevê a possibilidade de licença por prazo indeterminado 
e sem remuneração. Aqui é discricionária a decisão. 
 
Licença para cumprimento do serviço militar: como o serviço é obrigatório, a administração está vinculada à 
concessão. O servidor, terminado o serviço, possui o prazo de 30 dias para retornar ao serviço. Sem remuneração 
(remuneração pelas forças armadas). 
 
Licença para atividade política: Trata-se de licença para que o servidor possa concorrer a mandato eletivo. A 
administração não possui discricionariedade. O primeiro período vai da indicação do nome do servidor na convenção 
do partido até o registro de sua candidatura (a convenção deve ser realizada no período entre 10 e 30 de junho do 
ano das eleições; o registro deve ser feito até 5 de julho do anos das eleições). 
A licença nesse primeiro período não será remunerada. 
Temos um segundo período que vai do registro da candidatura até 10 dias após as eleições. Neste segundo 
período a licença será retirada sem prejuízo da remuneração (será remunerado esse afastamento). 
A lei não exige comprovação de resultado nem onde o servidor esteve.

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