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Questões de Direito Penal (Crimes contra a Vida)

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Direito Penal III
Prof. Mauricio Fraga 
Bateria de Questões – Crimes contra a Vida
Julgue os itens a seguir, assinalando certo (C) ou errado (E):
1. ( ) O médico Caio, por negligência que consistiu em não perguntar ou pesquisar sobre eventual gravidez de paciente nessa condição, receita-lhe um medicamento que provocou o aborto. Nessa situação, Caio agiu em erro de tipo vencível, em que se exclui o dolo, ficando isento de pena, por não existir aborto culposo. 
2. ( ) Alfa, aproveitando que Gama encontrava-se dormindo, com o intuito e escopo de poupá-lo de intenso sofrimento e acentuada agonia decorrentes de doenças de desate letal, ceifou a sua vida. Nesse caso, Alfa responderia por homicídio privilegiado-qualificado, eis, que, impelido por motivo de relevante valor moral, utilizou recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa do ofendido. 
3. ( ) Considere que, no dia 05/09/94, JR, mediante promessa de recompensa de AX, tenha praticado homicídio contra BR, e que, no dia 07/09/94, entrou em vigor a Lei n. 8.930/94, que deu nova redação ao art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90, tipificando o homicídio qualificado como crime hediondo. Nesse caso, seriam irretroativas as proibições de graça, indulto e anistia e obrigatoriedade do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. 
4. ( ) Após uma desavença, João Paulo, que não possuía autorização para porte de arma, matou José, mediante o uso de arma de fogo não-registrada, da qual há muito detinha a posse em sua residência. Nesse caso, João Paulo responderia pelo homicídio e pela posse ilegal de arma, em concurso. 
5. ( ) Se o sujeito, após ferir culposamente a vítima, sem risco pessoal, não lhe presta assistência, vindo ela a falecer, responde por dois crimes: homicídio culposo e omissão de socorro. 
6. ( ) Antônio, querendo a morte de José, instigou Carlos a matá-lo. Carlos, que já havia cogitado do fato, ficou dominado por ódio mortal por tudo que Antônio disse de José. Carlos, então, dirigiu-se à casa de José e lá resolveu levar a cabo sua intenção criminosa, matando-o. Nessa situação, ambos responderão por homicídio em co-autoria. 
7. ( ) Ocorre a chamada culpa consciente quando o agente, embora tenha agido com dolo, nos casos de erro vencível, nas descriminantes putativas, responde por um crime culposo. 
8. ( ) Caracteriza homicídio privilegiado o fato de o agente cometer o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. 
9. ( ) Os delitos de infanticídio, de aborto e de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio são denominados crimes contra a vida. 
10. ( ) Aldo pretendia atirar em Bruno, que se encontrava conversando com Carlos. Aldo percebeu que, atirando em Bruno, poderia atingir Carlos. Não obstante essa possibilidade, embora não tivesse tal intento, lhe era indiferente que o resultado – morte de Carlos – se produzisse. Assim, disparou a arma e feriu, mortalmente, Bruno e Carlos. Nessa situação, Aldo responderá por dois crimes de homicídio, o primeiro a título de dolo direto e o segundo a título de dolo eventual. 
11. ( ) Lúcio e Mário, mediante violência e grave ameaça, subtraíram de uma residência objetos de arte valiosos. Após o roubo, Lúcio matou Mário, no intuito de apossar-se dos objetos subtraídos que estavam em poder de seu comparsa. Nessa situação, ao causar a morte de Mário, Lúcio praticou o crime de homicídio, na forma qualificada, para assegurar a ocultação da prática de outro delito, no caso o crime de roubo. 
12. ( ) Considera-se homicídio qualificado por motivo torpe aquele praticado para receber herança.
13. ( ) O homicídio simples, na forma tentada, inclui-se entre os crimes hediondos, se praticado em atividade típica de grupo de extermínio. 
14. ( ) O homicídio qualificado-privilegiado não é delito hediondo. 
15. ( ) Pedro desfechou vários golpes de faca contra seu desafeto, que, ferido em estado grave, foi transportado para um hospital público, onde veio a falecer em razão de queimaduras sofridas em incêndio no hospital iniciado logo após o seu atendimento. Nessa situação, Pedro não responderá pela morte de seu desafeto. 
16. ( ) O agente que, agindo com animus necandi, mantém conjunção carnal com a ofendida com a intenção de transmitir-lhe o vírus da AIDS de que é portador, responderá, em tese, pela prática do crime de tentativa de homicídio. 
17. ( ) As circunstâncias privilegiadoras, de natureza subjetiva, e qualificadoras, de natureza objetiva, podem concorrer no mesmo fato-homicídio. Nesse caso, o homicídio qualificado-privilegiado não será considerado crime hediondo. 
18. ( ) Um indivíduo, supondo que seu inimigo estava dormindo, quando na realidade estava morto, desfechou-lhe vários golpes de faca nas costas. Nessa situação, por ineficácia absoluta do meio de execução, a tentativa não será punida. 
19. ( ) Uma mulher foi indiciada em inquérito policial pela prática do crime de aborto provocado pela gestante (art. 124 do CP), que prevê pena de detenção de um a três anos. Nessa situação, por tratar-se de crime doloso contra a vida, não será cabível a suspensão condicional do processo, mesmo preenchidos os requisitos legais. 
20. ( ) Segundo orientação do STJ, no crime de homicídio, a qualificadora de ter sido o delito praticado mediante paga ou promessa de recompensa é circunstância de caráter pessoal e, portanto, incomunicável. 
21. Julio, comerciante residente em Brasília-DF, com o propósito de matar (animus necandi) Carlos, seu desafeto residente em Nova York, enviou-lhe pelo Correio uma carta bomba. Nessa operação, Rubens, que também residia em Brasília-DF, atuou com unidade de desígnios, eis que, juntamente com Júlio, adquiriu o artefato e foi até o Correio para despachá-lo, aderindo intensamente à empreitada criminosa do comparsa. Julgue os itens que se seguem com base na situação hipotética apresentada e na legislação pertinente:
a) ( ) Na hipótese de Carlos receber a carta e, ao abri-la, vir a morrer em decorrência da explosão, Julio, caso tivesse atuado sem o concurso de Rubens, responderia pelo crime de homicídio qualificado consumado, aplicando-se a lei penal brasileira.
b) ( ) Na hipótese em apreço, Júlio e Rubens responderão pelo crime de homicídio qualificado consumado, em concurso de agentes.
c) ( ) Na hipótese de a carta-bomba explodir e não atingir Carlos por circunstâncias alheias às vontades dos remetentes, Júlio e Rubens responderão pelo crime de homicídio qualificado tentado, em concurso de pessoas.
d) ( ) Na hipótese de a carta-bomba não atingir mortalmente apenas Carlos, mas também sua esposa, Júlio e Rubens responderão pelo crime de homicídio qualificado consumado, em concurso de pessoas e em continuidade delitiva.
e) ( ) Na hipótese de, enviada a carta-bomba não explodir em razão de o material explosivo empregado ser inteiramente inadequado, Júlio e Rubens responderão pelo crime de homicídio qualificado tentado, em concurso de pessoas.
GABARITO:
1) C
2) C
3) C
4) C
5) E
6) E
7) E
8) E
9) C
10) C
11) E
12) C
13) C
14) C
15) C
16) C
17) C
18) E
19) E
20) C
21) 
a - C
b – C
c – C
d – E
e - E

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