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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
PROF. Jaqueline sena
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
 
TEORIA DO ESTADO/SOCIOLÓGICA
ESTADO : POVO + ORDEM JURÍDICA + TERRITÓRIO
	Estado moderno como uma "entidade política, com uma “constituição” racionalmente redigida, um Direito racionalmente ordenado, e uma administração orientada por regras racionais, as leis, e administrado por funcionários especializados
DOGMÁTICA CONSTITUCIONAL: NORMAS QUE TRATAM DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
ENTES FEDERATIVOS + COMPETÊNCIA + ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
FEDERAÇÃO
CONCEPÇÃO FILOSÓFIC A /JURÍDICA
 Segundo Hans Kelsen o Estado só pode ser entendido, tendo em vista uma teoria monista: “Não existe Estado sem Direito, nem Direito sem Estado”. 
 A necessidade do Estado ser regulado pela lei máxima de um sistema. (formalismo jurídico)
FEDERAÇÃO
 Estado Federal expressa um modo de ser do Estado em que se divisa um organização descentralizada, tanto administrativa quanto politicamente, erigida sobre um repartição de competência entre o governo central e os locais, consagrada na Constituição Federal.
FEDERAÇÃO
 O poder é exercido segundo uma repartição democrática presente no Estado federal.
	Repartição horizontal de funções: executiva, legislativa e judiciária
	Repartição vertical: entre a União e os Estados-membros (benefício das liberdades públicas)
FEDERAÇÃO
Conforme o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (art. 1º da CF).
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de estado (art. 60, §4º, I da CF).
FEDERAÇÃO
Conceito:
 Federação é uma forma de estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens jurídicas que incidem simultaneamente sobre o mesmo território sem que se possa falar em hierarquia entre elas, mas em campos diferentes de atuação. 
FEDERAÇÃO
Componentes da República Federativa do Brasil:
A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. – art. 41 CC 2002
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de Direito... (art. 1º da CF). 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição. (art. 18 da CF).
FEDERAÇÃO
Fundamentos da República Federativa do Brasil:
-         Soberania (art. 1º, I da CF).
-         Cidadania (art. 1º, II da CF).
-         Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF).
-         Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, IV da CF).
-         Pluralismo político (art. 1º, V da CF).
federação
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Criação de novos estados
Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS
Hipótese de alterabilidade divisional interna do território brasileiro:
Incorporação: Dois ou mais Estados se unem formando outro.
Subdivisão: Um Estado divide-se em outros.
Desmembramento-anexação: Parte de um Estado separa-se para anexar-se em outro, sem que o originário perca a sua personalidade.
 Desmembramento-formação: Parte de um Estado separa-se para constituir outro, sem que o originário perca a sua personalidade
Criação de novos estados
-         Requisitos: 
Aprovação por plebiscito da população diretamente interessada: esta é condição essencial, de tal forma que se não houver aprovação por plebiscito nem se passa à próxima fase.
Aprovação do Congresso Nacional por meio de lei complementar: Superada a aprovação por plebiscito, é necessário que haja propositura de projeto de lei complementar a qualquer uma das casas. A aprovação ocorrerá por maioria absoluta. 
Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República dispor sobre a incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de territórios ou Estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas (art. 48, VI da CF). O parecer das Assembleias Legislativas não é vinculativo. 
Criação de novos municípios
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT
Criação de novos municípios
-         Requisitos:
Divulgação de estudo de viabilidade municipal
Aprovação por plebiscito da população municipal: O plebiscito será convocado pela Assembleia legislativa.
Lei complementar federal: Determinará o período para criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.
Lei estadual.
FEDERAÇÃO
Vedações constitucionais aos entes da Federação:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão:
-         Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, I da CF). Este inciso demonstra que o Brasil é um Estado Laico, isto é, que não pode estar ligado a nenhuma religião.
-         Recusar fé aos documentos públicos (art.19, II da CF).
-         Criar distinções entre brasileiros (art. 19, III da CF): Traz o princípio da isonomia.
-         Criar preferências entre si (art. 19, III da CF): “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir imposto sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros” (art. 150, VI, “a” da CF).
UNIÃO
Características:
-         Internamente: A União é uma pessoa jurídica de direito público interno. É autônoma, uma vez que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação, configurando a autonomia financeira, administrativa e política.
-         Internacionalmente: Embora a União não se confunda com o Estado Federal (República Federativa do Brasil), poderá representá-lo internacionalmente. 
UNIÃO
Bens da União: (art. 98 CC 2002)
Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos (art. 20, I da CF).
As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei (art. 20, II da CF):
As terras devolutas (terras vazias) situadas na faixa de fronteira (faixa de 150 Km largura ao longo das fronteiras terrestres voltadas para defesa do território nacional) são bens públicos dominicais pertencentes à União. As demais, desde que não tenham sido trespassadas aos Municípios, são de propriedade dos Estados.
Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais (art. 20, III da CF).
UNIÃO
-         As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países;
as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II (art. 20, IV da CF).
-         Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva (art. 20, V da CF).
Zona econômica exclusiva: Compreende uma faixa que se estende das 12 as 200 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial (art. 6º da Lei 8617/93).
Plataforma continental: Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância (art. 11 da lei 8617/93).
UNIÃO
-         O mar territorial (art. 20, VI da CF): Compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de largura, medida a partir da linha baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (art. 1º da lei 8617/93).
“A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das 12 às 24 milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial” (art.4º da lei 8617/93).
UNIÃO
-         Os terrenos de marinha e seus acrescidos (art. 20, VII da CF).
-         Os potenciais de energia hidráulica (art. 20, VIII da CF).
-         Os recursos minerais, inclusive os do subsolo (art. 20, IX da CF).
-         As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos (art. 20, X da CF).
-         As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios (art. 20, XI da CF).
UNIÃO
Regiões administrativas:
A União, para efeitos administrativos, poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais (art. 43 da CF).
Lei complementar disporá sobre: Condições para integração de regiões em desenvolvimento (art. 43, §1º, I da CF) e composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes (art. 43, §1º, II da CF).
ESTADO MEMBRO
Características:
Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação.
-         Auto-organização (art. 25 da CF): Os Estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.
Segundo Alexandre de Morais, devem observar os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII da CF), extensíveis (aquelas normas comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e estabelecidos (aquelas normas que organizam a federação, estabelecem preceitos centrais de observância obrigatória aos estados-membros em sua auto-organização).
ESTADO MEMBRO
-         Autogoverno: Os Estados estruturam os poderes Legislativo (art. 27 da CF), Executivo (art. 28 da CF) e Judiciário (art. 125 da CF).
 
-         Auto-administração e autolegislação: Os Estados têm competências legislativas e não-legislativas próprias (art. 25 §1º da CF).
ESTADO MEMBRO
Bens dos Estados-membros (art. 26 da CF):
-         As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
-         As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
-         As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
-         As terras devolutas não compreendidas entre as da União.
ESTADO MEMBRO
Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões:
“Os Estado poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções políticas de interesse público” (art. 25, §3º da CF).
ESTADO MEMBRO
-         Regiões metropolitanas: Conjunto de municípios limítrofes, ligados por certa continuidade urbana, que se reúnem em volta de um município-pólo.
-         Aglomerações urbanas: Conjunto de municípios limítrofes que possuem as mesmas características e problemas comuns, mas não estão ligados por uma continuidade urbana. Haverá um município-sede.
-         Microrregiões: Áreas urbanas de municípios limítrofes, caracterizados pela grande densidade demográfica e continuidade urbana. Não há um município-sede.
MUNICÍPIOS
Características:
Os Municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. São autônomos, uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação.
-         Auto-organização: Os Municípios organizam-se através da lei orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição estadual e os preceitos estabelecidos no art. 29 da CF (art. 29 da CF). Antes de 1988, os Municípios de determinado Estado eram regidos por uma única Lei orgânica estadual.
MUNICÍPIOS
-         Autogoverno: Os Municípios estruturam o Poder Executivo e Legislativo. Não têm Poder Judiciário próprio.
-         Auto-administração e autolegislação (art. 30 da CF): Os Municípios têm competências legislativas e não-legislativas próprias. 
DISTRITO FEDERAL
Características:
O Distrito Federal é autônomo, uma vez que possui capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação.
-         Auto-organização (art. 32 da CF): O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em 2 turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
-         Autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º): O Distrito Federal estrutura o Poder Executivo e Legislativo.  Quanto ao Poder Judiciário, competirá privativamente à União organizar e mantê-lo, afetando parcialmente a autonomia do Distrito Federal.
DISTRITO FEDERAL
Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal. (art. 21, XIII da CF); organizar e manter a polícia civil, polícia militar e o corpo de bombeiros militar, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio (art. 21, XIV da CF).
 
“Lei, federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das policias civil, militar e do corpo de bombeiros militar” (art. 32, §4º da CF).
Compete à União legislar sobre organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal, bem como sua organização administrativa (art. 22, XVII da CF).
-         Auto-administração e autolegislação: O Distrito Federal tem competências legislativas e não-legislativas próprias.

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