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____ A ordem ambiental internacional Wagner Costa Ribeiro c i o n S í Ü S ? - ^ f ta ^ rel3ÇÕes intem a- acordos entre países. Eles nasceram da tentativa í £ ° SUrglram os P ^ i r o s que chegavam às terras e destruíam sua base natural™ "'^ 2 ^ de COl° n° S falCanÇaram — A também discutido neste cap ítilo ' t se c o n i “ m ? Tratado A ntártico - servação de uma área da Terra a nartir Hp gUIU p a Pn rneira vez apre- elaborado a partir da iniciativa de urna"da s ^ n '=? ,n tcrnacionaI' Ele foi Guerra F na e vigora até nossos dias O Trat i j',KArpott-'ncias do período da participação da o n u , muito e m L o ' ^ ! ! ! ? ^ ” fo/ cri]ado sem a do a tem atica am biental desde os seus nrim ' h ac,onal tenlia discuti- monstrado. ° S SCUS Pn m ordios, com o tam bém será de _____ Q crescimento da importânria rja tnmr-. • ... ______________________ nacional toi acom panhado pela onu. A tjnirV f ' ental no cenário inter ação, passou a em pregar parte de seus esforenc Um SCUS orSanism os de construir um sistem a de conservacão -imh i 6Ste fim ’ conseguindo des, está sendo implementado. ‘ ‘ m blental que, apesar das difículda- h - * ®editoracontexto 53 OS PR IM E IR O S A C O R D O S INTERNACIO NAIS As p rim eiras ten tativas de se estabelecer tratados in ternacionais que regulassem a ação hum ana sobre o am biente rem ontam a 19001. A caça es portiva, am plam ente praticada na Inglaterra pelos proprietários de terras, foi levada às co lônias africanas. Os safáris são o m aior exem plo de com o esta prática foi difundida. Entretanto, os colonizadores, que não podiam ca çar em seu país de origem por não possuir terras, exageraram em seus no vos dom ínios, prom ovendo um a m atança indiscrim inada de anim ais e pás saros. O utro alvo dos caçadores foram os elefantes, nesse caso devido ao valor econôm ico do marfim . . A C oroa inglesa reagiu realizando, em 1900, em Londres, um a reunião internacional, com o objetivo de discutir a caça indiscrim inada nas colônias africanas. Foram convidados a participar os países que possuíam terras no continente africano: A lem anha, Bélgica, França, Inglaterra, Itália e Portu gal. O resultado desse encontro foi a Convenção para a Preservação de Ani mais, Pássaros e Peixes da África, que visava a conter o ím peto dos caçado res e m anter anim ais vivos para a prática da caça no futuro. Foram signatários daquele docum ento Alem anha. Congo B elga (atual República D crhucráticã do Congo), França, Inglaterra^ Itália e Portugal2._____________ D entre as principais m edidas adotadas pela Convenção estava a elabo ração de um calendário para a prática da caça. Inovador, o docum ento pre via a proteção de animais, pássaros e peixes. O segundo encontro internacional visando ao controle de seres vivos foi a C onvenção para a Proteção dos Pássaros Úteis à Agricultura. O acordo firm ado em 1902 por 12 países europeus protegia das espingardas de caça dores apenas os pássaros que, segundo o conhecim ento da época, eram úteis às práticas agrícolas transportando sementes. Cabe destacar que a Inglaterra se recusou a participar do acordo. Os resultados não foram satisfatórios. Poucos países respeitaram as de term inações contidas nos docum entos formulados e assinados. Isso levou a um a outra iniciativa da Inglaterra, que convocou os países que mantinham colônias na Á frica para um novo encontro internacional, que ocorreu em Londres em 1933. Dessa vez, os resultados foram mais animadores, já que se -conseguiu, pela prim eira vez, elaborar um documento que alm ejava preser var não os anim ais individualmente, mas a fauna e a flora em-seu coniunto. à C onvenção para a Preservação da Fauna e da Flora em seu Estado Natural foi assinada pelas potências européias que mantinham territórios na África e procurou estabelecer m ecanism os de preservação de am bientes naturais na forma de parques, conforme o modelo adotado nos Estados Unidos. O I Congresso Internacional para a Proteção da Natureza, realizado em Paris em 1923, foi outro m omento considerado de destaque3. Na ocasião, a 54 preservação am biental fo i d iscutida. A lém desse encon tro , vários outros ocorreram , gerando um grande núm ero de docum entos, m as sem que se chegasse a bons resultados práticos. A simples decisão de evitar o exterm í nio de seres vivos não era suficiente para conter os seres hum anos. Porém, um alento emergiu por oçasião do Tratado A ntártico. F inalm ente, um am biente natural foi preservado com o resultado de um a reunião internacional. Não se pode negar que esse docum ento inaugurou, por sua im portância, a discussão referente às relações internacionais e ao am biente no período da Guerra Fria. O TRATADO ANTÁRTICO O Tratado A ntártico será analisado a partir da perspectiva da G uerra Fria. Veremos como as superpotências conseguiram entrar no grupo de paí ses que discutem o futuro do continente gelado, m arginalizando a Argentina e o Chile - os principais países que reivindicavam a soberania sobre o terri tório da Antártida. A lém disso, apresentaremos alguns princípios que foram utilizados gara susten tar a reiv infliÕagSo-territorini de vários países por aquela porção do planeta. Os onas, povo indígena que vivia no extrem o sul da A m érica do Sul e na ilha chamada Terra do Fogo4, costum avam fazer incursões na Antártida, conform e indicam vários registros. Como eles viviam em um a área perten cente aos territórios do C hile e da Argentina, esses países re iv ind icaram o controle territorial da A ntártida, utilizando como argum ento o princípio da precedência de ocupação. M as esse argumento, certamente o mais em prega do nas disputas territoriais, de nada valeu para o Chile ou para a A rgentina, que aceitaram a pressão das forças hegemônicas na época da G uerra Fria. Em 1948, o Chile já cedia às pressões dos Estados Unidos e apresenta va a Declaração Escudero, na qual propunha um a pausa de cinco anos nas discussões acerca da soberania sobre a Antártida. Esse docum ento surgiu em meio a uma batalha de argum entos, cada qual baseado em princíp ios distintos, empregados p o r vários países que reivindicavam a posse territo rial de ao menos uma parte da Antártida: Com base no Princípio da Proxim idade Geográfica, reivindicavam so berania sobre a Antártida aqueles Estados-nações que se localizavam próxi mos ao continente antártico. Esse princípio excluía as duas superpotências em ergentes do segundo pós-guerra de sua presença na A ntártida e não lo grou êxito. O Princípio da Defrontação ou dos Setores Polares foi deixado de lado por interferência dos países do Hem isfério Norte. E le definia a soberania a partir da projeção d os m eridianos que tangenciassem os pontos extrem os da costa de países que se encontram defronte da Antártida. A partir daí, se tra çaria uma reta em d ireção ao centro do continente gelado, definindo a faixa territorial de dom ínío de um determ inado país. A proximidade dos países do H em isfério Sul dava a eles um a vantagem em relação aos países do H em is fério Norte, levando à não-aplicação deste princípio. O utros princípios evocados nas discussões que envolveram a sobera nia sobre a A ntártida foram o Princípio da Exploração Econôm ica e o Prin cípio da Segurança. O prim eiro foi definido a partir da tradição dos países na exp lo ração eco n ô m ica da A ntártida. A ssim , por exem plo, a ativ idade pesqueira do Japão — que pesca krill e baleias na região - seria considerada qa- dsfiniçãe das fron teiras, fá o Principio da Segurança aplica o argum ento de que se deve ev itar a qualquer custo um novo conflito em escala mundial, em especial na A ntártida, onde as conseqüências afetariam a dinâm ica natu ral da Terra e teria, portanto, conseqüênciascatastróficas (Conti, 1984). A presença das superpotências A prim eira reunião tsUffinãeional q u t fcv r como pauta a A ntártida Foi ã C onferência de Paris, realizada em 1955. N aquela ocasião, Á frica do Sul, A rgentina, A ustrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Inglaterra, Ja pão, N oruega, N ova Zelândia e u r ss reuniram -se para discutir a edificação de uma base científica na Antártida. Essa possibilidade já havia sido aventa da em 1945, mas não lograra êxito. C om o resultado da reunião de Paris, decidiu-se pela construção da ba se A m undsen-S co tt pelos Estados U nidos. À outra potência da época, a u r s s , coube a construção da base Vostok no Pólo da Inacessibilidade. A s sim , quase sem pedir licença, as superpotências instalaram-se no continente branco. A G uerra Fria chegava à Antártida. Com o ocorria em outras situações, a disputa entre os Estados Unidos e a u r s s pela soberan ia A ntártida foi d issim ulada. N esse caso, ela ganhou um a roupagem científica. Pouco tem po depois da reunião de Paris, o in te resse por novas descobertas sobre a últim a região sem fronteiras da Terra fo i utilizado com o argum ento para novos em preendim entos no continente antártico. C om o objetivo de observar as explosoes solares que ocorreram na se gunda m etade da década de 1950, os estudiosos do assunto optaram por ins talar pontos de observação em alguns lugares da Terra, entre eles a A ntárti da, que foi apontada com o o m elhor local para a observação do fenôm eno. Para registrar seu intento, os cientistas nomearam os trabalhos com o o Ano G eofísico Internacional ( a g i). Os trabalhos aconteceram durante 18 meses, en tre 1957 e 1958. 56 Por ocasião do a g i, o governo dos Estados Unidos propôs — em abril de 1958 - um tratado para reg u la rizar as ações antrópicas no continen te branco. Com o justificativa, apresentou a necessidade de realizar m ais pes quisas para entender melhor a dinâm ica natural naquela porção do mundo. As negociações promovidas pelos Estados Unidos resultaram no Trata do Antártico, que foi firmado em 1- de dezem bro de 1959. Após ser ratifica do pela África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Inglaterra, Japão, N oruega, N ova Z elândia e u r s s , denom inados membros consultivos, passou a ser aplicado5, em 23 de junho de 1961. Além dos países fundadores, foram incorporados ao T ratado Antártico a Alem anha Ocidental. a A lem anha Oi icirrai tna epora q pais ainda se en contrava dividido), o Brasil, a China, a índia, a Itália, a Polônia e o Uruguai. Todos esses países participaram com o m em bros consultivos. A nos mais tar de, outros países foram aceitos, porém sem o status de m em bros consulti vos. São eles: Áustria, Bulgária, C oréia do Norte, Coréia do Sul, Cuba, D i nam arca, Equador, Espanha, F in lând ia , G récia, Holanda, H ungria , Nova Guiné, Papua, Peru, Romênia, Tchecoslováquia (antes de seu desdobram en to em Eslováquia e República Tcheca) e Suécia. C om o Tratado Antártico, estabeleceu-se im ^rtâm hin científico entre asU ases instaladas na A ntártida. D eixada de lado a polêm ica da definição de fronteiras nacionais no continente gelado, a ocupação foi direcionada pa ra a produção de conhecim ento, instalando-se a infra-estru tura necessária para tal intento. A troca de inform ações científicas procurava garantir um a “diplom acia Antártica”, ao m esm o tem po que não se discutiam questões de ordem territorial ou de aproveitam ento dos “recursos” a serem identificados e estudados cooperativamente. A Antártida representa um dos casos que justificam a discussão da ques tão da soberania envolvendo a tem ática am biental durante a G uerra Fria. Ao abrir mão, mesmo que temporariamente, da reivindicação da soberania terri torial sobre a Antártida, o Chile iniciava um a ação que agradava sobremanei ra os Estados Unidos. A Declaração Escudero representou uma abertura para que se iniciassem conversações sobre a ocupação daquela parte do mundo por países que não tinham argumentos para reivindicar soberania territorial sobre qualquer porção daquele ambiente natural. A capacidade de produzir conheci mento a partir de bases científicas instaladas na Antártida passou^a ser a medi da para integrar-se aas países que tiveram od ire ito de ocupa 1^ Esse precedente pode com plicar a questão da soberania sobre a A ntár tida. Tanto a A rgentina quanto o Chile, que tinham razões h istó ricas para reivindicar a posse da Antártida, recuaram diante das superpotências e abri ram uma possibilidade de os países que se encontram lá reiv indicarem d i reitos territoriais. O último prazo para se iniciar a exploração científica aca bou em 1991, quando, em um a reunião dos países envolvidos no Tratado Antártico que aconteceu em M adri, decidiu-se pela m anutenção das regras 57 vigentes, sem perm itir, porém, o ingresso de novos países até mesmo para a realização de pesquisas. Na verdade, adiou-se a discussão referente à sobe rania do continente branco. A segurança am biental, tem a recorrente quando se trata de preservação am biental e que será discutida mais adiante, tem na A ntártida sua expressão máxima. Conform e relata o cientista político Villa (1994), as conseqüências de um a exploração econôm ica sem conhecim ento da dinâm ica natural são im previsíveis, po d en d o afetar todo o planeta. Esse é outro im portante as pecto a ser considerado quando se analisa a Antártida. A EM ER G ÊN C IA DA TEM ÁTICA AM BIENTAL NA ONU A presentarem os aqui a ONU, destacando alguns de seus m ecanism os internos de decisão e de ação. A lém disso, discorrerem os sobre o surgim en to da preocupação em seus organism os com a temática ambiental. A s im agens dos horrores praticados durante a Segunda G uerra M up dial ( 1939 iâáSJ: difflndidas jjof fotografias dns-campos de concentração e de cidades destruídas - abalaram a opinião pública internacional. Era pre c iso estabelecer m ecanism os que ev itassem a repetição daquelas cenas. A lém disso, um a nova ordem internacional que contem plasse as aspirações das duas superpo tências em ergentes do conflito — os E stados U nidos e a u r s s — tinha de ser construída. N esse contexto, foi criada a o n u , organismo que tem por objetivo cen tral a m anutenção da paz mundial. Sua história, porém, com eça antes de 24 de outubro de 1945, data da assinatura do protocolo que a estabeleceu. Esse organism o in ternacional passou a coordenar a m aior parte das in iciativas que resultaram na ordem ambiental internacional. A pesar do descrédito inicial — resultado principalm ente da experiência da L iga das N ações (1919-1939), que não conseguiu im pedir a eclosão da Segunda G uerra M undial - , os países aliados reuniram-se, em plena guerra, para discutir a necessidade de instituir um organismo internacional que pu desse regular as tensões mundiais. Em 12 de junho de 1941, assinaram um a declaração na qual se com prom etiam a trabalhar em conjunto tanto em p e río d o s d e paz q u an to de guerra. Pouco m ais de um mês depois, em 14 de agosto, surgia a Carta do Atlântico, por meio da qual o presidente dos Esta dos Unidos, Franklin Roosevelt, e W inston Churchill, então prim eiro m inis tro da Inglaterra, estabeleceram o princípio da cooperação internacional pe la paz e pela segurança no planeta. Em 1 - de jan e iro de 1942, 26 países aliados assinaram a D eclaração das N ações U nidas, em Washington, Estados Unidos. Nesse documento, foi 58 em pregada pela prim eira vez a expressão N ações U nidas, que v iria a ser usada anos mais tarde para designar a ONU. Por meio dele, os países reforça vam a intenção de estabelecer um organism o que instituísse procedim entos que viabilizassema paz. Em 30 de outubro de 1943, dando prosseguim ento à idéia de articular países para garantir a paz e a segurança m undiais, a C hi na, os Estados U nidos, o R eino U nido e a União Soviética assinaram em M oscou, u r ss , outro com prom isso que reforçava aquela intenção. Menos de dois anos depois, durante a Conferência de Yalta - realizada na Crim éia — antiga URSS — em fevereiro de 1945, Roosevelt, Churchill e Jo- seph Stalin, então secretário geral do Partido Com unista da u r s s . anuncia ram ao m undo sua_decisã»-dc c riai1 umxrorganfzaçãõ 3e países voltada para a busca da paz. Entre 25 de abril e 25 de junho daquele ano, cinqüenta paí ses reuniram -se na Conferência de São Francisco, em São Francisco, Esta dos Unidos, e estabeleceram a criação da o n u . Inicialmente, a ONU operou por interm édio de comissões econôm icas e program as especiais desenvolvidos por suas agências. As prim eiras agên cias tinham caráter regional, com o a C om issão Econôm ica para a A m érica L atina e o Caribe (Cepal). E las desenvolviam estudos que visavam a m e lhorar as condições de " ida da pcpu lação da fegtão-em que atuavam , mas foram muito criticadas devido ao fato de suas propostas não conseguirem m udar o cenário de desigualdade social presente em muitos países. Os program as patrocinados pela o n u são variados e podem ser vo lta dos para a educação de crianças, para a conservação do am biente, para os d ireitos das m inorias, para a m elhor d istribu ição de alim entos no m undo com o objetivo de elim inar a fom e, entre outros. Para cada um desses pro gram as é definida um a sede, na qual trabalham técnicos e são realizadas as reuniões de especialistas de todas as partes do mundo. A lém de com issões econôm icas regionais, a ONU conta com agências que estão voltadas para temas específicos, com o a saúde e o trabalho, o que resultou em uma grande estrutura, acusada de ineficiente e de servir apenas com o provedora de empregos para técnicos de vários países, em especial os países periféricos. O Conselho de Segurança é o principal órgão da ONU. Ao contrário dos dem ais órgãos, que apenas recom endam aos governos que sigam suas orientações, as decisões aprovadas pelos m em bros do Conselho têm de ser im plem entadas pelos países signatários da Carta das Nações Unidas., q u e é assinada por eles quando ingressam na ONU. Dos mais de 180 países que fa zem parte desse organismo internacional, som ente 15 participam do C onse lho de Segurança, sendo que dez são escolhidos pela A ssem bléia G eral a cada dois anos. Os demais países são a China, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a Rússia ( u r ss na época de sua criação), que são os m em bros permanentes. Apenas esses cinco países têm o poder de vetar qualquer decisão do Conselho. Esse instrum ento foi usado tanto pelos Estados U ni- 59 dos quanto pela então u r s s durante a G uerra Fria, o que acabou po r enfra quecer as decisões do Conselho de Segurança. Para um a medida ser aprova da, são necessários no m ínim o nove votos. O grande papel do C onselho de Segurança é d iscu tir e posicionar-se sobre conflitos entre países. Entre as decisões que podem ser tom adas en contram -se a intervenção das Tropas de Paz da o n u em áreas beligerantes e o em bargo econôm ico, no qual os países-m em bro são proibidos de m anter relações com erciais com o país que sofre a sanção. Além disso, são atribui ções do Conselho de Segurança, o estabelecim ento de acordos de paz e de cretação de zonas livres de conflito m ilitar entre países em guerra, além da aprovação do ingresso de novos países. C om o este é o órgão m ais im por tan te da-ONtf,--muitos países desejam participar dele. Para tal, rn iclãíam um m ovim ento que tem com o objetivo alterar a sua com posição, aum entando- se o total fixo de participantes, além de retirar o poder de veto dos m em bros perm anentes. O Brasil integra esse grupo de países. O utra esfera de decisão da o n u é a A ssem bléia Geral, que ocorre anualm ente e conta com a participação de representantes de todos os países- m em bro. Nela, um novo país é reconhecido e aceito como membro a partir da indicação do C onselho e são tom adas decisões com o a escolha da sede de-c o n ^ ê n^ias-tem Étlcã^ põf exem plo, A pesar de contar com m aie i parti c ipação de países que o C onselho, as decisões tom adas pela A ssem bléia acabam tendo m enor impacto do que as da outra instância de decisão. A ONU realiza C onferências internacionais para diversos assuntos, se gundo deliberação de sua Assembléia Geral e/ou sugestão de um organismo ou program a m ultilateral. Nelas são estabelecidas declarações, nas quais as partes declaram princípios sobre os tem as em bora não estejam obrigadas a cum pri-los, e tam bém Convenções Internacionais que passam a regular as ações entre as partes. As Partes Signatárias são aquelas que ingressaram no período em que o docum ento estava disponível para assinatura antes de en trar em vigor. Para que um a convenção possa ser aplicada, é necessário que um determ inado núm ero de partes a ratifiquem . Este número é definido pa ra cada docum ento. D epois que um docum ento passa a valer, novas partes podem aderir a ele. Q uando ocorre o ingresso, um a parte concorda com os term os definidos anteriorm ente, desde que a legislação nacional não obri gue o país a subm eter o documento ao Congresso. Nesse caso, além de ade- n r, a parte deve ratifícá-lo, pois ele não terá valor tanto in tern a m ente, qu an tn peran te às dem ais integrantes da C onvenção Inlernacionaèr 3-m esm o pode— ocorrer com um a Parte Signatária. Q uando a ONU foi criada, estavam entre as suas primeiras ações as que v isavam a m in im izar os aspectos capazes de desencadear conflitos entre países, com o a falta de alimento ou o acesso a recursos naturais. Para o pri m eiro caso, foi instituída, em 1945, a fa o — (Food and Agriculture Organi- zation) - O rganização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultu- Ó‘nU I g i ™ a m a' 0 e " lb“ “ daS diStUSSfcS - « « l » *> s i S S * ve a indicação da pesquisa dc solos e florestas tropicais com o auxílio para o desenvolvim ento do pequeno p rodutor rins - ----------— ----- - J?----- - exploração dos recursos vegetais sem a degradação do solo e a am eaca à re B d u c a t a u l . S c tew M c and C : / , ' r Sal" “ 'Ça" das Na'.f c . Unidas p a r . a Educação fn a m b ie „ « ' ações relacionada A U N ESC O ^ Un“ C° ’ apresentando um histórico de sua atn Çã° voltados para os temas ambientais e com entar as visões de ciência e de teem ea que predom inaram na im plem entação de suas propostas Além dic S t “ “ sR‘r u T T r in ,e™acio "aisaçao. a ín sc c u r (United Nations Scientific Conference on the Conserva Uon and U tih .ation o f Resources) - Conferência das Nações Unidas para a £ 3 3 * 2 ? ' dos R“ ursos; * Conferencia * <• a Fundada em 1946 e tendo como sede Paris Franca ,, r r, - , - decada de 1970 , (, principal organismo da o n u a abordar a questão a ib ie n - t r V o s T a Í e r r n ^ r o aePr0T Ver ° Íntercâm bl° «en tífico e tecnológlco entre os países-membro e implementar program as de educação a Unesco nas -ou a encam inhar as dem andas de organism os m istos - com postos no r estados, grupos pnvados e o n g s - apoiando financeiram ente as in tóativas 60 d a iu p n 6 (International Union for the Protection o f Nature) - União Interna cional para Proteção da Natureza - um a das mais antigas organizações con- servacionistas do m undo, criada em 1948 em Fontainebleau, França. O conservacionism o é um a das vertentes do am bientalism o. Seus se guidores atuam na busca do uso racional dos elem entos dos ambientes natu rais da Terra. Em basadosno conhecim ento científico e tecnológico dos sis tem as naturais, e les defendem um a apropriação hum ana cautelosa dos recursos naturais, que respeite a capacidade de reprodução e/ou reposição natural das fontes dos recursos. Os preservacionistas, por seu turno, radicalizam , propondo a intocabi- lidade dos sistem as naturais. Essa vertente do am bientalism o tem consegui do, pui exem plo, im plan tar reservas ecológicas, defendendo Í r e ü r ã 3 a 3 ã população que nelas vive, com o ribeirinhos e indígenas e a m oratória da pesca da baleia. O argum ento preservacionista sustenta-se com m aior facili dade quando existe a am eaça de extinção de um a espécie. A ação preserva cionista em relação a um a espécie am eaçada de extinção representa a possi b ilidade de m an tê-la no conjunto de seres vivos do planeta. As prim eiras entidades preservacionistas surgiram nos Estados Unidos. Elas foram orga nizadas com o objetivo de instalar parques nacionais que abrigassem fauna, flora-ou-aTe m esm o Tõeafc-áè^ A Conferência das Nações Unidas para a Conservação e Utilização dos Recursos A prim eira açao voltada para o tem ário am biental de destaque da Estados u Z Z Cm C° m 3 rCaIlZaÇã° da u n sc c u r , em Lake Success, stados Unidos, que contou com a participação de 49 países. C om o se po d ia esperar, a grande ausente foi a u r s s . Naqueles tempos, um encontro en- im Dress^HSUPerP° tenClaS ” ° tem tório de Qualquer um a delas poderia dar a im pressão de que o pais visitante capitulava ante o outro. A U nesco em conjunto com a f a o , a w h u (W orld H ealth O rganiza- t i i íü k q u_qms_ .(.O rganização M undi^l-do-Saúde j 'ho.,r rv,r,, ■ „ 1 . ------------------- /,-e-a-eiT (JuiernaTíonaTLa- O rgam zation ou Organização Internacional do Trabalho), financiou a reunião que, segundo M ccorm ick (1992), teve um papel inovador quanto ao encam inham ento das discussões am bientais em escala internacional. j dentre os resultados da u n s c c u r , podem os citar um diagnóstico da si- tuaçao am biental que tratava dos seguintes aspectos: [...] a crescente pressão sobre os recursos; a interdependência de recursos- uma análi- - daS carencias ^ ti£aj j e._alHI?ggt '^JlQIêgtas,_anúnai^^xombustfveKj--e-deseftVot- tone, em W yom ing, Estados Unidos, foi o prim eiro a ser criado segundo es sa orientação. Esta vertente tem sustentado, entretanto, ações mais radicais, com o o cham ado terro rism o ecológico, que passou a a tuar a partir da década de 1990. Os ativistas passaram à ação direta, destruindo plantações de organis m os geneticam ente m odificados (o g m ) e explodindo bombas em ícones da sociedade de consum o, como as redes internacionais de alim entos. M uitos preservacionistas afastaram -se da sociedade de consumo, fugindo do m un do urbano e constitu indo com unidades alternativas, im pulsionados pelo m ovim ento da contra-cultura. Porém , à m edida que os estudos indicavam que os problem as am bientais - com o as m udanças clim áticas ou o buraco na cam ada de ozônio — têm escala internacional, eles perceberam que não estavam abrigados em seus refúgios e que tam bém poderiam sofrer as con seqüências daqueles problem as, m esm o habitando locais distantes dos grandes centros urbanos. Os terroristas verdes - tam bém chamados pela li- tej5tura.de ecologistas radicais ou profundos - passaram a agir contra aque les que consideram os maiores responsáveis pela degradação ambiertUTl do— planeta. E evidente que a Unesco não apóia as iniciativas dos ecologistas pro fundos. Suas ações, com o veremos a seguir, em basam -se no conservacio nismo. 62 . . " — : recurses-poi-mero J c Icuuulogia aplicada; técnicas de recursos edu cacionais para paifees subdesenvolvidos; e o desenvolvim ento integrado de bacias hidrograficas (Mccormick, 1992:52-53). oacias cõ .s N^ ) Se tm ha a exPectatlva de elaborar durante a u n sc c u r recom enda- te de fs S T paises-membro da ONU- Buscava-se criar um am bien te de discussão acadêm ica que pudesse indicar a direção a ser seguida pelos atores internacionais, dotando-os de um racionalism o conservacionista em- basado no conhecim ento científico disponível até aquele m om ento A pre- a COm° norteadora das diretrizes e políticas ambientais é uma sobre ” ™ bie„,eaSSar“ ‘ w A Conferência da Biosfera Foram necessanas quase duas décadas para que outra reunião in terna c.O [,ar,mpoj , a a !e M 5 1 E 3 E respe,,» » , t ó S a r t i e n t, l o c o ^ “ a teve lagar em Pa™ . em 1968, reunindo 64 palses. 14 organizações intenre- vem am entais e 13 o n g s . A ssim com o na reunião anterior, um conjunto de E S t * ' ? 7 UneSC° ’ ONU’ FAO’ OMS’ IUCN e o International B iolog cal Piogram m e7 - d 1Spom bilizou recursos para financiar a Confe- rencia Intergovernam ental de Especialistas sobre as Bases Científicas para Uso e Conservaçao Racionais dos R ecursos da B iosfera, conhecida dialmente como Conferência da Biosfera. mun- 63 ín aquele encontro , ioram discutidos os im pactos am bientais causados na b iosfera pela ação hum ana. O discurso cientificista dom inou a reunião, na qual os tem as sociais e políticos ficaram em segundo plano. Seu produto m ais im portante foi o program a in terdiscip linar O H om em e a B iosfera8 - c riado em 1970 - que procurou reunir estudiosos dos sistem as naturais, a fim de estudarem as conseqüências das dem andas econôm icas em tais am bientes. O s m em bros da Unesco deveriam criar com itês nacionais que coorde nariam os trabalhos em cada país e propor temas de pesquisa. E m seguida, foi criado um C om itê de Coordenação9, que definiu os objetivos do progra ma, listados abaixo: a) Identificar e valorizar as mudanças na biosfera que resultem da atividade humana, e os efeitos dessas mudanças sobre o homem. b) Estudar e comparar a estrutura, o funcionamento e a dinâmica dos ecossistemas na turais, modificados e protegidos. c) Estudar e com parar a estrutura, o funcionamento e a dinâm ica dos ecossistem as “ naturais” e os processos socioeconômicos, especialmente o impacto das mudanças nas populações humanas e modelos de colonização desses sistemas. d) Desenvolver sistemas e meios para medir as mudanças qualitativas e quantitativas no ambiente para estabelecer critérios científicos que sirvam de base Dara uma_2estãa rsnrirmal HnsJrgHTiü-nr ni in r i i i in rlHinrffi a proteção aa natnreza e para o estabeleci mento de fatores de qualidade ambiental. e) Ajudar a obter uma maior coerência global na investigação ambiental mediante: 1 . O estabelecim ento de métodos comparáveis, compatíveis e normatizados, para a aquisição e o processamento de dados ambientais; 2. A promoção de intercâmbio e transferência de conhecimentos sobre problemas am bientais. f) Promover o desenvolvimento e aplicação da simulação e outras técnicas para a ela boração de ferramentas de gestão ambiental. g) Promover a educação ambiental em seu mais amplo sentido por meio de: 1. Desenvolvimento de material de base, incluindo livros e complementos de ensino, para os program as educativos em todos os níveis; 2. Promoção do treinamento de especialistas das disciplinas apropriadas; 3. Acentuação da natureza interdisciplinar dos problemas ambientais; 4. Estímulo ao conhecim ento global dos problemas ambientais através de meios pú blicos e outros meios de informação; 5. Promoção da idéia da realização pessoal do homem e sua associação com a nature za e de sua responsabilidade para com a mesma (Batisse, 1973). D estacam os os itens d, e , f e g acim a citados. No prim eiro, a ciência em erge com o_provedora da solução para os problemas ambientais. A racio nalidade seria o elem ento central na busca de alternativas de desenvo lv i m ento que perm itissem a proteção do ambiente natural. Acreditando que o conhecim ento científico poderia resolver os problemas da espécie humana, os c ien tistas envo lv eram -se na investigação da natureza, buscando criar um a nova m edida para a ação antrópica na Terra. Essa medida passaria pelo conhecim ento da dinâm ica de um sistem a natural, gerando teorias e tecno- 64 I logias que em basariam a instrum entalização dos recursos naturais. T o rna das tam bém um recurso para a reprodução am pliada do cap ita l (S an tos, 1996), a ciência e a tecnologia serviram com o legitimadoras da exploração dos ambientes naturais, isto é, foram transform adas em um a ideologia (Ha- berm as, 1989) que em basaria outro tipo de am bientalism o, o ecocapitalis- m o, expressão cunhada por Bosquet e G orz (1978) e reafirm ada pelo fran cês D upuy (1980). Para os seguidores de tal vertente do am bientalism o, a ciência e a técnica podem trazer a redenção para os problemas hum anos, as sim com o podem m over a reprodução do capital - se transform adas em seu bem mais valioso, o saber-fazer, que é com ercializado, inclusive o saber-fa- _zeLambiental ou eeelogieam eate eerreto, co im rele teriTsldò chamado! Com o decorrência dessas visões sobre a ciência, a técnica e o am bienta lism o, surge o capitalism o verde, que, em vez de preconizar alterações nos m odos de produção que geram impactos, devastação ambiental e problem as de saúde, atua na direção de propor soluções técnicas para os problem as de correntes da produção industrial em larga escala, abrindo, na verdade, novas oportunidades para a reprodução do capital. D entre os novos negócios e oportunidades estão a venda de filtros de ar, de equipamentos para retenção e de tratam ento de dejetos industriais e dom iciliares, sofisticados s istem as der tratam ento de esgotos entre inúmeros outros, com o os que ficaram expostos em São Paulo na Feira de Produtos T ecnológicos para o M eio A m biente - que ocorreu em paralelo à realização da c n u m a d no Rio de Janeiro, em 1992. O grande número de expositores dessa feira internacional já apontava que esse ramo do capitalismo estava em franco desenvolvimento. O espírito científico — que m arcou a c iência moderna desde seu início — tem na concepção de progresso um a de suas referências fundam entais. E la é adm itida com o constituinte do m odo de ser da espécie humana. C om b inada com um a visão teleológica que baliza as ações hum anas, gera um falso fatalismo: o de que o ser hum ano contem porâneo sem pre d isporá de novos conhecimentos para encam inhar as questões que se lhes apresentam na vida. Ontem o m otor à explosão, hoje a b io tecnologia e a e le trôn ica e am anhã será um novo dia [...] Suprir as necessidades por meio do conhecim ento científico e tecnoló gico passa a ser palavra de ordem, um a das m áxim as da civilização ociden tal. Assim, conhecer o ambiente natural significa nutrir ainda mais a espécie hum ana de informações, possibilitando o acúm ulo de conhecimeníõTTO es toque de informação necessário para a resolução dos problemas, que são re criados constantem ente, apresentando outra roupagem . A teleologia da e s pécie hum ana im buída do espírito m oderno estaria contida neste ato: c riar problem as, reproduzindo as soluções de m odo a problematizá-las. Assim, a “natureza” ou, como preferim os, o ambiente natural (Ribeiro, 1991) foi delim itado pela espécie hum ana, na cosm ologia m oderna, com o exterior aos seres humanos, criando a idéia de um recurso disponível. M as 65 essa delm ição teve, para citar apenas um exem plo, uma outra concepção na G récia A ntiga. N aquele período da civ ilização ocidental, a “natureza” era apreendida com o um todo que continha e articulava tudo, inclusive a espé cie humana, com o já discutiram vários autores (Casini, 1979; Collinpw ood 1986; Leff, 1986; Gonçalves, 1989; Vesentini, 1989; e Ponting, 1994). Ao longo da tra je tó ria da espécie hum ana pertencente à c iv ilização ocidental, o entendim ento do am biente modificou-se. Em nossos dias, ele é m arcado pelo dom ínio científico-tecnológico alcançado e, principalm ente por um sistem a de valores que com põem a sociedade de consumo de massa.’ Esse modo de o lhar o am biente foi em pregado em todas as reuniões interna cionais organizadas pela o n u . _ A concepção-de natureza hegemOmca a dêfm e peTaTogTca de acum ula ção do capital. N esse sentido, a natureza não existe com o coisa prim eira, essência das coisas e dos seres que com põem a Terra; ela é reproduzida nà form a de am biente natural, exterior à vida hum ana e dotada de atributos de o rdem geom orfo lógica, vegetal, m ineral, dependendo do enfoque que se deseje dar. Porém , a essas características são atribuídos valores de troca e de uso, com o indicam Altvater (1995) e M oraes e Costa (1987) - os últimos discutindo o espaço geográfico. "JT tenrezeA1" -seTTõbjeii vo de norm alizar a colcia e-a disponibili dade de dados am bientais com o vital para a com paração das distintas situa ções encontradas nos países-m em bro. É evidente que as premissas científi cas adotadas vieram dos países centrais, mais avançados no conhecim ento dos ambientes naturais e que acabaram tendo sua visão de ciência e de natu reza predom inando em relação à dos demais integrantes do sistema interna cional. O ite m /d e s ta c a a possibilidade de se aplicar m odelos explicativos à gestão am biental. Tal iniciativa passou a ser m uito em pregada tanto na re cuperação de áreas degradadas, com o objetivo de reconstituir a vegetação nativa, por exem plo, quanto na projeção de cenários para as m udanças c li m áticas globais. E m que pesem as inúm eras críticas feitas à aplicação de m odelos m atem áticos à form ulação de po líticas públicas, com o as que apontam para um enquadram ento da realidade em um sistema pré-concebi- do, eles continuam sendo am plam ente utilizados. N o último item destacado, a educação am biental é entendida com o ba se para o desenvolvimento de um a com preensão dos problemas am bientais a_pattir de um a abordagem m teFdisciphnar. E ste é um dos aáfcrntõs m ais destacados pela Unesco, que realizou três reuniões internacionais sobre ele. Tais reuniões serão abordadas mais adiante. O utro item a ser com entado refere-se ao que previa o treinam ento de especialistas das disciplinas que trabalham com a tem ática am biental C o mo decorrência, surgiram vários program as de capacitação de pessoal que foram inicialm ente financiados pelo Banco M undial e depois pelo p n u m a , 66 Tratava-se d e ín ! 'h / m i 'T de c' x ta isas :lreas lk‘ amhieníc natural. çâo ° ° de desenv° i ,e r na ta do am hifn/p P - ~ Preservaci°nista e/ou conservacionis- trata da ^ o se consumismo. praticam um modo de vida pautado pelo produção d em a is doprogram a ° Homem e a Biosfera era prom over a ca ,” cniinecim ento sobre a biosfera, catalisando a contribui- o PCl° S PafSeS~m cnibro da ONU- É interessante do m undocom o criicriõ p S a " g ^ tOU 08 grandes don,í,,i<,s f e t a i s mnrppn “ — *F-as-pes quis asrrovl.nrv o I ük iãs à cias A ssim f o r a m f H t? ° S daHaÇá° hum ana no am biente e suas decorrên- trooicais e s u btroni! * ^ abordava™ as form ações f lo re s ta i, se la n e ! m ontanhosas e em ilhas, ou seia. t r a t a v a , d a*; * %£ - a m b S ^ n S S r ^ T ^ - '° T ° bjetivos do P^grama a conservação de dos d* : r r de - ^ c a i,a a •estradas e renresas) miii - engenharia no ambiente (principalm ente o estudo I S ’ - Utll,ZaÇa° da CnerS,a elétrica nos ambientes urbanos tes produzidos. ^ aS’ ° S eMudos cstavam dm gidos para os am bien- cham adas Reservas d ^ B i n t f ^ p f° gran?a ° Horne™ e a B iosfera foram as das pelos países m em h H PreservaÇao am biental distribuí-apontar áreas que fossem C° “ e s I T qUe fOSSC e HUdada a dÍntoÜC» natin-a l n^clas presente. P° “ comitê d e ^ telewILltfoS 6 Z queape?as detêm reservas naturais, ao m enos as várias d ° — ■ « servas da Rincf^ro Pr°gram as de cooperaçao. Estim a-se que as Re- vegetais da Terra. ^ 90%h *** » » » parte delas « I a “" í " » * * P" * * * mantê-las por falta de recureos P en fen co s , que nao conseguem 67 Vp-e a C o pferência da Biosfera, um a scrir. rir—?-------- —......... ,-,T.................... " l u ‘ » a n . u n iu s c n r . n r im m i/ w m ^ m a n T i in ': .^ 2“SSnse d is c n , : ;- n teg rar a ordem am biental internacional. A seguir abordarem os d e h p o Í S í n t e r f 8, “ f *1* 10 “ “ 3 C onvenÇão sobre Zonas Úmidas Brasil i;5 n Internacional, que m erece destaque pelo envolvim ento do Brasil já que nosso pais está sob a in fluência do clim a tropical ú m id o 7 portanto, sujeito as determ inações desta convenção. A Conferência de Ram sar c n I VCnÇa^- u° br eI"°naS t-fmidas de Importância Internacional - espe Ram sar (V.; Kí lS^ rT K^ ld a c om o Convenção de em Ramsar r f r ^ Ç destaque da Unesco. Ela ocorreu em 1971 em Ramsar, Ira, edchmu, em seu Artigo I, zonas úmidas como sendo as S £ S S 3=S S =S S = que consiste t r a S T ’ ° ^ tCm° S assistido> e teresses de cada parte, ora obtendo v a n t rabaIho’ e a Predominância de in d o internacional ora o b t e n S í S ^ S H ^ “ ais * < * * ao cená- A lem do realism o po lítico elem entos h ^ P° tencias hegemônicas. global podem ser identificados nó objetivo centra?T * ^ lnterdePendência reconhecimento da im portância das áreas úmH conven?ão, qual seja o aquaticas e o fato de que estas não r c s p e ^ Í ^ 3 reProduÇã° das aves gram e em estratégias de cooperação ? ^ qUand° m i' intem ,”S asPectos scrvem para ilnsh-,. „ entIe a& partes . c |(>„a .nao P °de ser enq.,aHra43_em: ; l ‘at_° uC <*uc a ordem ambiental Jo e s internacionais contem porâneas a coninT'."''^' teorias das feJa- dos pela controvérsia científica amparam intp C temas, entremea- sas, indicando que as análises devem s n e ^ Z f ^ ^ allanÇas as mais diver- M ais um aspecto a ser comentado- ^ dlngldas a cada caso. cou a cargo da uicn, conform e foi defin iH ’C positárla da convenção fi- be a uma ONO a função * ^ d e „ í os í a b ^ h o ? ^ * » u - reumOes ordinárias da C onferência ~ « ' nao m aiores que três anos” (São P aulo ^ +qq- ' ‘" ^ tanles em intervalos Internacional p f ™ G u ^ p n í ^ de ImPortância participantes foi m antido, com o ressaltam os ° PnnC 1P10 da soberania dos final do período da bipolaridade assistíam os e tan to ’ antes m esm o do integrante da ordem am biental internacional " 6S ha de um a ONG com o 1 l l ' ' H Pássaros ,r. , ÓÕfetlV0 Cf ntral P ^ te g e ro s ãnffiientes em que vivem os pássaros eco log icam ente dependentes das zonas úm idas” . Para que isISSO Hí*™ ' T ~ , cuniratante indicou áreas d e seu território aue afen dtam as cond.çoes descrita , „o Artigo L da convenção. « 2 3 f r b‘e,,KS e a « P lo rá -lo s dentro de lim ites que „T a f e t a s s e ^ a reprodução das aves aquáticas (Artigo 3). e m ~ - “- - g d<.StaC arq“ ° « * « ” »' c o n h e c e u ,u e “as a .e s aouáticas. graçoes penodicas, podem atravessar fronteiras e nort into Hp f r c^nsiderada.s com o um recurso internacional”, P ’•^c o “ i - • internacional , mas permitia às nar raCIOnaldaP°P“M «m igranted caves aoS,i™ s"em sc,i tem,ono. desde que ela não afetasse a reprodução das espécies d , aP“ I ° . í eVa,,B ^ " n i n a d o pela convenção fo i , ' A s Conferências sobre [ a manutenção forme indica H Z T ^ defmÍdaS para a c°nservacão, con-rorme indica o Artigo 2. Esse artigo possibilita a alegação de soberania rnn * P° SS,yCIS m vestidas das partes no território nacional de um a das n a r te s com o ob jetivo de m anter as áreas úmidas nerm ile “nn m / ’ resse nacional n, enfe a n „ . ,r .... ‘:n i 6 perm ite Por motIV° de lnte- (S ãoP qu l. IT) rmlar - ^ t n n s , r ',3 Inim es das zonas unudas” Educação Am biental prim eira delas ocorreu em B e lg r a d f a u ,„ ,‘rt ' cduca( ^ am biental. A m e de Encontro de B elgrado “S ê f b ? S " " “í " 1 ' ' “ * e n „ qual destacamos os seguintes term os: 3 C arta de BeISrado, da R a m s t r ^ n c ^ n T a T ^ ° tCXt° flnal da Convenção deR am sar encontra-se em basado na tradição do realism o político. Apesar de reconhecer um objetivo comum as partes, a convenção mantém a soberania As desigualdades cntrc pobres e r c.a?dePq ?eT o rd em ^ ^ ° S aCOrdantes‘ Esta é ™ das evidências de que a ordem ambiental internacional é com plexa e permeada de inte- 68 M ^ e n u ,d ete^ ^ d-^ ^ { | ^ ^ ^ _ cre^ Hde^ gvit^ embora causadas por um número r e M v a ^ t " n ^ Essas “ "^çõ es manidade. t! amente pequeno de países, afetam toda a hu ’ [ - ] Nos necessitamos de uma nova ética Plnhsi . • comportamentos para indivíduos e sociedades n„ ■ c C“ Ca QUe Prom ova atitudes e humanidade dentro da biosfera; que reconher* ‘ ^ consonantes com o lugar da plexas e dinâmicas relações entre a hum anidade'r“ P° nda COm sensibilidade às com- danças stgmficattvas devem ocorrer em t,-dav a s . n j |u re /a - e en're os povos. Mu- po de desenvolvimento racional n„~ Ç?es do mundo Para assegurar o ti-1 racionat que será orientado por essa nova idéia global 69 dos recursos da-p ' ; ~ -------*«« u.oinuui^dO cquuauva l rra, e atender mais as necessidades dos povos (IN: Dias, 1992: 65) ra v , S : : fren,e’ a edu,caçã0 am biental é apontada com o a alternativa para viabilizar o preconizado acima: [~ J Governantes e planejadores podem ordenar mudanças, e novas abordagens de de senvo vimento podem melhorar as condições do mundo, mas tudo isso se c o n s ^ . i r í r “ emrUJ d eS,de CT tPraZ° Sf a juventude nâ0 recet>er um novo tipo de educacão r 1 h Ph C° n X‘° qUC d6Vem Ser lanÇadas as fundações para um programa m un' 1 de educaçao Ambiental que possa tornar possível o desenvolvim ento de novos C Val° reS G aÜtUdeS’ ^ d° * melhoria “ alidade ambiental e, efetivamente, a elevação da qualidade de vida para í -I W>- « i F N O TA S futuras (IN- Dias i as gerações presentes e o domínio territoria/que o pápado^ossuía de alSunias espécies. Dado nhando alguma relevância, o que c o n t r i b u i u Z L e v i t a r a T - T ° ** ^ aCabou ^ vo de caçadas. Nos escritos sagrados encontram 1 1 extinção de especies que eram al- pecie hum ana na Terra quanto para a proteção d as ripJUSU 1í?aÜVas tanto Para ° domínio da es- cabena ao homem reinar no planeta, já que é o único " ™ aS de VÍda' No Primeiro caso. teger animais decorreu do reconhecimento de n X se'nd i**'<e a D eus- A decisão de pro- rm n^no w*n----------■ . . c im en to de que eles tambem têm direito à vida Do contrá ParaDuma — - i*6" 3.criado’ «gum entavam os~q' da ^£rej a em* relação ao p u n h a m a sobrevivência dos ambientalismo animais. Etn 1977 em Tbilisi (Geórgia), ocorreu a Prim eira C onferência Inter- governam ental em Educação Am biental. Dessa reunião surgiram os pnncí- (n te dScn5 l 0-T THblental aSerem aplicados den treos quais identificam os re a a ,a ' - Peda8óê ica envolvendo o estudante em sua re .iidace, e um a atençao particular deverá ser dada à com preensão das re m eto a m b iL te aS e 'Ul o desenvolvhllento socioeconômico e a melhoria do rt* ^ r Cam v-lst^-^P^S'bllkar-dOS-ednr,1nrlnc r , ...... d ia n te a o s im passes am bientais. T a m b é m se propunha uma prática ampla a escolar’ vo,tada “a — - * > * “ * - Passados dez anos da Conferência de Tbilise, realizou-se, em um a ini- S uc^ T Í UnC~C A d °KPNUMA 6 ^ ^ ° C ° ^ eSSO ^H ternaciom d S r e ventn™aÇ' ° A m bientais’ em M oscou ( ^ s s ia ) , em agosto de p T A ’u Sairam 25 estrategias internacionais para ações no cam po da Educaçao Am biental para a década de 1990” (IN: Dias, 1992: 89) te rn ad o n a lCT tUl° ’ “ tudam o! as.Primeiras etapas da ordem am biental in- Antártir- 1 pesar a lnoperancia dos prim eiros docum entos, o Tratado A ntártico alcançou seus objetivos. O problem a surge quando analisam os a o n u . Das prim eiras decisões - com o os program as de conservação de solos - a t é as reuniões õ r g S z a d a s pela Unesco, pouco se avançou. Na verdade, a tem ática am biental nhará escopo institucional na o n u o m en te após a reunião de Estocolm o Ram ^ r; ^ . a° ^ f K w . ^ c ° nfCTê"c ia d ‘ Bi<” f^ ^ c ° ^ n ç ã i r a ^ 4 A ü h a T c ar t T etaÇã0 d6Ste Perí0d° ’ VCr Hobsbawn (1995) locahzada no extremo sul da América dr> <5„i „ . gueiras avistadas pelos navegadores que chegavam De l t f 6 n° me deVld° às inúmeras (o- Canr»7-nii ^ 10 0 1%^ .____ . . gavam pelo <xeano a noite.’ Capozoli (1991) apresenta uma d e t a l h a d a d e s c r i r ã n ' “ " U' ‘C' Antártico. Expoe também as trajetórias ^ p r i ^ S 0- - ^ - - ” **880 ^ CulmÍnou no ^ a d oprecisa. 6 A A MtPN foi criada com o objetivo de contribuir de órgãos governamentais viajantes, em uma narrativa agradável < ' e nao-goveniamentais A m .n i cor r r a_çí° da rida na ^ a p** da rucN e atua em vários países do ; fm ptm ernando 1^ ° “ ^ a ) projetos conservacionis ram n ' organizadas para tratar da educaçao ambiental, envolvê: s X ~ S h ní? ^ T gUr am daf à P°PulaÇão m undial visibilidade sobre a questão ambiental. Alem disso se pautaram em temas que, apesar de afetar diretam ente a vida humana, não indicavam riscos na escala que os estu dos ambientais vao tom ar publica nas décadas de 1980 e 1990 Pode-se afir mar, entretanto, que elas foram a base que permitiu a realização da Conferên- ia sobre o M eio Ambiente Humano que ocorreu em Estocolmo em 1972 --- ...... ..■iviiifliiHM.ii n n ifin í Y_ ■ . 1-T.T . . -------- ’ 1 n-jfi hoje uma das maisirifluentes e Ituantes oreanízacõp s a" dNf uml ReTources (TUCN), até dos e os divulga por intermédio de revistas e allj-, v li i ' mundo, que realiza estu- ° Utr° ° rgâ° mÍsto destinado a gerar fundos nai-a Pm “ ° gFande Púb,ico- A lém da Wíldlife Found (wwf), criado em 1960. Embora concebido |’r0bletnas amb*entais foi o World passou a concorrer com ela, desenvolvendo prou-ios nr.mri r Jtr‘" r recursos Pani a íucn, ele dores doadores ricos espalhados pelo mundo. a t w h “ nha ^ SeUS mantene- s países do mundo, fi * ■»“ P«— Oo . « - - r ■sobre os sistemas naturais e registrar as t L s f o r m n c ^ ! ^ pr° düZlr inf°nnação açao humana, em especial devido aos grandes acidente ^ ? ° S Sofnam em decorrência da erramamento de petróleo nos oceanos, a deposição dp e '-°I'',Slc°s, como a chuva ácida, o Um dos aspectos positivos da atuação do mp oue se mant F“ ados em cursos d ’água etc. pesquisadores de vários países do mundo Além disso 0^™ ' ^ ° , 4’ fol 0 intercàmt>io entre bre ambientes até então pouco e s t u d a d o s í o q u e c ^ t r S f dlVCrSaS PUblica?ões so- cientifico de processos naturais pouco conhecidos Durant K ' ° aVanço do c°nhecim ento contou com o apoio da Unesco, que o intesrou »„ n ' ^ Paite SUa existência, o ibp 8 Não sena possível imaginar em nL sôs dfas ° Ê * BÍOS^ ou qualquer organismo vinculado a ela com este iitufo^r*3, lnternacional Promovido pela ONU programa induz a pensar. 9 l is te ----- - e e nâo de gênero, como o nome dado ao’ Ch, l e; A u s t r á H a , Brasil, Nova Zelândia, Países Baixos, Reino Unido ReDÚhÍ,> ^ k r ‘a’ pã° ’ M alásia, Nigéria, Alemanha, Romênia, Suécia, Tthecoslováquú. Uganda e ürss ' " ’ RePÚbllca Federal da A C O N F E R Ê N C I A D E E S T O C O L M O ' em que ela fo i> ,rganizadaT ™ T O 0 c °n tex to crescim ento zero, proposto n o rH „ f,V i() 2 U®n c ia r a m ’ C° m ° ° d o abordaremos os principais aspectos d í ^ n S ' m a (CR)‘ T a®bém poluição do ar e do crescim entoV o Z lr , C O nferência: o controle da féricos. to populacional, em especial nos países peri- ração de E stoco lnw ™ P lS o d ^ A ç ã ^ è T p C° ncluSÕ?s’ A ta c a n d o a Decla- o M eio Am biente ou United Nations F n ' r ° g ra m a as N ações Unidas para qual fazem os uu, b<Ua„” „ ! apom ândo 1 3 “ " ' 'a m n “ (PNUMA> d » das ale a década de 1980. Depois desi» ,r . , ;i a ^ i n T c S i ' “ desenvoIvi- do pnum a confundem -se com as rP„ n ^ “ iniciativas m ais relevantes nos próximos capítulos. &S m ternacionais que serão vistas A CONFERÊNCIA D È ^ S T Õ c Õ r i u õ ----------- — ------ ---------------- u J z : * * * * " ^ de .968 que surgiu a idéia d e " i ^ u m formas de controlar a poluição do ' u~ encontro de países para criar bientais que mais i S Í * * ’ " ' * « • * ~ Assembléia Geral da ONU. a indicaçfc * ano. Na mesma reunião, definiu-se o a n o i w o dezem bro daquele 6 ° 3110 de 1972 P a« sua realização. Estava 73 nasctíiiiiu & Conferencia que m arcou o am bientalism o in ternacional e que inaugurava um novo ciclo nos estudos das relações internacionais. A prim eira grande conferência da o n u convocada especialm ente para a discussão de problem as ambientais ocorreu em Estocolmo, Suécia, e foi de nominada C onferência sobre M eio Am biente Humano. Para organizá-la, foi constituída um a Com issão Preparatória da qual o Brasil participou por indi cação da A ssem bléia G eral1. Esse grupo, com posto por 27 países, [...] realizou quatro sessões. A primeira ocupou-se com a parte operativa e com a deft- nição de com o os estados-membro deveriam atuar; na segunda, foi adotada a agenda provisória e decidida a natureza do documento a ser assinado em 1972; coube à terceira sessão exam inar o progresso verificado na apreciação dos temas substantivos e apresenta? <» est*>v<> da 1 >erlamç;u > »> Meio”Ambieate; a quarta sessão, realiza da em m arço de 1972, ocupou-se da parte funcional da conferência, inclusive dos as pectos financeiros” (Nascimento e Silva, 1995:26). A pesar da m obilização alcançada pela C om issão Preparatória, outros eventos exerceram m aior influência sobre a C onferência de Estocolm o. A divulgação do relatório do Clube de Rom a foi um deles, como veremos. O utro even to fo i a M esa R edonda de E specialistas em D esenvolv i m ento e M eio A m biente2, realizada em Foune^, Suíça, e n te 4 e 12 de ju n h o d e t9 7 T Surgiu nãqueTa reunião um a das teses discutidas em Estocolmo: o estabelecim ento de m edidas diferentes para países centrais e países periféri cos que continua sendo empregado, com o m ostram as negociações relacio nadas às m udanças clim áticas globais. Além disso, como verem os no capí tulo “A C onferência das N ações U nidas para o M eio A m biente e o D esenvolvim ento” , em Founex foram lançadas as bases do conceito de de senvolvim ento sustentável. A decisão da Assembléia Geral da o n u em realizar a Conferência de Es tocolm o decorreu da necessidade de discutir temas ambientais que poderiam gerar conflitos internacionais. Esse assunto reuniu em Estocolm o “ 113 paí ses, 19 órgãos intergovem am entais e 400 outras organizações intragovema- m entais e não-govem am entais” (M ccorm ick, 1992:105). Os núm eros indi cam a inclusão da temática ambiental na pauta dos países. Porém, apenas dois chefes de Estado com pareceram à reunião: O laf Palm e e Indira Gandhi, re presentando respectivamente a Suécia e a índia. A temática ambiental só en traria na agenda de políticos vinte anos mais tarde, quando da realização da cnum ab . na qual registrou se uma presença marcante de chefes de listado. Alem dã poluição atm osférica, foram tratadas a poluição da água e a do solo provenientes da industrialização, que avançava nos paísesaté então fo ra do circuito da econom ia internacional. N este aspecto, o objetivo foi elaborar estratégias para conter a poluição em suas várias manifestações. Outro tem a abordado pelos participantes da Conferência de Estocolm o foi a pressão que o crescimento dem ográfico exerce sobre os recursos natu- 74 rais da Terra. O fim das reservas de petróleo, ponto central quando se abor da esse problem a, era um fato já conhecido que só foi m assificado com a crise, em 1973. Nesse contexto, propostas de se lim itar o contro le popula cional e o crescim ento econôm ico de países periféricos fo ram apreciadas, resultando em um intenso debate entre os zeristas e os desenvolvimentistas. Vejamos com mais vagar o tratam ento dado a estes tem as na Conferên cia de Estocolm o. A poluição atmosférica Ao longo do processo de industrialização, principalm ente na Europa, c ientistas com eçaram a observar a p resença de elem entos quím icos em plantas. Isso despertava a curiosidade e levava ao questionam ento das de corrências deste fato. Entretanto, a associação da poluição atm osférica3 ao surgim ento e/ou agravam ento de problem as respiratórios na população só foi confirm ada em 1930, quando por cinco dias consecutivos um a imensa e espessa nuvem de poluentes cobriu o vale do Rio M euse na Bélgica, então -umar área industria lizada.- Qs hospitais Fogistiaiam úaquétff período um grande aum ento de casos de internação e consultas de pessoas com proble mas relacionados ao aparelho respiratório. Suspeitando de que havia algu ma relação entre a fumaça que recobria a área e o quadro de saúde da popu lação, as autoridades resolveram suspender a produção industrial até que a nuvem poluidora se dispersasse. A m elhoria das condições do ar foi paulati na e refletiu na redução das consultas aos serviços de saúde. A partir de en tão, passou-se a associar a em issão de resíduos industriais a problem as de saúde pública, em especial ao agravam ento de doenças do aparelho respira tório na população afetada pelos resíduos. O alerta ocorrido na Bélgica não foi suficiente para que m edidas mais austeras fossem adotadas no sentido de controlar a poluição atmosférica. O drama vivido naquele país repetiu-se em cidades de outros países industriali zados como, por exemplo, em Londres, em 1952. N aquela ocasião, o lança mento de material particulado e de gases tom ou o ar da cidade extremamen te poluído. Durante quatro dias, os hospitais foram ocupados pela população que reclam ava de problemas no aparelho respiratório. Na sem ana seguinte, entretanto, viria o pior. Cerca de quatro mil mortes aclmã da médiaToram re gistradas, todas relacionadas a doenças no aparelho respiratório. Esse quadro levou à adoção de m edidas que buscavam conter a polui ção e evitar que ela atingisse outros países, com o ocorreu em 1979, ano em que foi assinada a Convenção sobre Poluição Transfronteiriça; em 1985, ano da Convenção de Viena para a Proteção da Cam ada de O zônio; e em 1987, ano em que foi firm ado o Protocolo de M ontreal sobre as Substâncias que Esgotam a Cam ada de Ozônio. Tais encontros serão abordados mais adiante. D e c l a r l r ^ Z T ^ * pm^ ' eiJ lã da PoluiÇão foi abordado em dois itens da clarai:ao d a s N açoes U nidas sobre o M eio A m biente: proclam ações e nH n ?'*’ dOCUmento fínal que continha 26 princípios e que fo ^ u b sc rito pelos países participantes. Os dois itens são: 6 Deve-se pôr fim à descarga de substâncias tóxicas çao de calor e-m quantidades ou concentrações tais que possam ser neutralizadas pelo tueio ambiente, de modo a evitarem-s-“ ^ ~ -------- • - - ^ ou de outras matérias e a libera- " eCeSSá" a à ^ - ' — a para ,„ d a a p „p u ,açil„ do va sozinho nessa em preitada Ídéias’ mas não esta" M assachusets Institu te o f Technology P ° t0maC e o rt „„ , --------" _se danos graves e irreparáveis aos ecossistemas e ser apoiada a justa luta de todos os povos contra a poluição a d ° t a r t0 d aS “ m e d Íd a S P ° SSÍVeiS P a r a im ? e d l r a P o lu i r ã o d o , mares por substancias que possam por em perigo a saúde do homem, prejudicar os re- rsos vivos e a vida mannha, causar danos às possibilidades recreativas ou interferir outros usos legítimos do mar_(/JV.- Nascimento P Silva. 1995:163). Ciou sobrem aneira as d i s c u s ^ ^ I X Í S s ^ e m e T e c f 'f ^ ^ cia de Estocolm o Tr,,,Z ’ sPecial as 9ue ocorreram ra o crescimento (M eadows, 1973)5 publicação Os limites pa- durante a Conferênci; fazer as projeçõÜsq”úe su ílonuvam ' ' ^ ' 10 « “ Pregado para se m a ic lo . imperfeito? sup“! s í ^ M c ado C° nClusões « » ■ M » . Esses Iuicão m aríprincípios serviram para a criação de norm as de controle da afirm am que é e inacabado”, os autores da obra bate ,nhrp ? f f m;ssao de poluentes pelas indústrias, retomando o de S urgia tamhó ° Ü° f nas grandes aglom erações urbano-industriais S ' , , " ° V° 6 lucratlvo negó« o : a produção de filtros e den d p u u u ^ a u uc ín iros e ae ma- o n l i ; COntr° le dos efluentes industriais, reafirm ando o ecocapitalism o an tenoem ente discutido. 1 K J .N.9 ^ r~ ~PÍ° 6’ a-a$sertlya “deve sce apoiada frtttste-luüi mos, é o único Pel° ^ «abe- po, com um horizonte de tempo maior aJ . . e" a,nCntc Sloba! ™ seu esco-que tnnta anos e que jncjuj b Ht p o v o s contra a põlüiçao^expressa uma leitura baseada na teoria da interde C < ^ S n c ia ° d e Pp >I, 1C7 S ‘™ ^ poluiÇão- Seg undo ° * x to final da uma bandeira con ^ m *110 “ “ * POlU,Ç5° ^ S“ v o l v i m f n ^ f 0 da P° luif l° tam bém é d a tad a de m aneira geral, sem o en volv im ento de seus produtores diretos. A recom endação é “pôr fim à des sem se cite "CíaS toxlcas ou de outras m atérias e a liberação de calor” , luidor Nn r ° S walSeS, resP °nsavels Pela geração e em issão de m aterial po- to no texfn fíSO|“a PO|U' i a° : ‘(r ,<)S ° S paiSeS m ereceram ° mesmo tratamen- se ratm d ^ distinção entre os países vai aparecer quando c u n ^ o Í p ^ S r ^ 3 d 'SPOn,bÍIÍdadC d° S rCCUrS° S MtUraÍS e ° — 1 vanaveis importan- i —t uiuiui innca < iiidepcndentes^nías com o^leniem ostlinllm ^os0 ,^,,1" £ £ 5 * ° " á° com o « & ■ £ « do real (Meadows, 1973:18). mteraçao, tal e como são no raun- cada f XP° “ ” d a ' S * ■ trabalho redigiu o seguinte diagnóstico: ^ ° S resultados> 0 grupo de U m vez que a produção industrial está c, somente a 2%, poderia á crescendo a 7 %-----“ <• -/o, puuena parecer que os ciclos ™ c,v ' ' j 3° an° 6 a P °PulaÇão cresce constituíssem motivo de regozijo. Uma simples é f reaI‘mentaÇão dominantes mento sugeriria que o padrão m aterial de vida da nonn^ ^ de cresci dos próximos 14 anos. Tal conclusão, contudo mu? ^ ^ 0 '" UndÍiil d°brará dentr° cita de que a crescente produção industrial do mu H ' ‘nClU1 3 suPosiÇã° implí- entre todos os cidadãos. A falácia dessa s u p o s ic ã o w r i^ equ“ aüvamente distribuída nam as taxas de crescimento econômico n e r c a n i ^ 7 aVaI'ada qUando se exa™ - vidualmente. A m aior parte do crescimento nTh , l a.IgUmas naf ões tomadas indi- ocorrendo nos países já industrializados, nos ^ i ‘ a t * ” T " * 0 •" J CStá realmente çao e relativamente baixa (Meadows, 1973 37 ) ^ crescimento da popula- Populaç,ao versus recursos naturais? A lé m d a poluição du ar, o crescimento JopiüaciQnaLacaboiUnteiferin- S é a t d l M Z ° T 601 EstocoImo- Baseadl)s em uma releitura das m a o Q n e Ü Í q,UC ,° CresCÍmento Populacional ocorre em escala sun a m o ra Produção de alim entos, o que levaria à lu ta por alim ento, al co n sid e ra íd o Pr0r n ° C° ntr° Ie P°Pulacional. Eles argumentavam que, Uni do ■T n ~ ° param etro 0 esül° de vida da população dos Estados Unidos, os recursos naturais da Terra seriaminsuficientes para prover a ba- 76 Para eles, este fato confirm a pobre ganha filhos” . a máxima: “O rico tom a-se mai s Enr nco e o vez de analisaiia^ra-zQ e^^e-kv-anrai mo a transferência de recursos'nara n n “ ConcentraÇão de riqueza, co- cros ou de royal.ies, e les aerêdU am T * dfV‘d a * to- equdíbrio entre o crescim ento populacional e™? 1 deco' Ie u da P c ^ a * nuição do segundo indicador resultou d; m ih , m ortalÍdade- A dimi- população, em especial da que vivia nas c i d a d í ^ C° ndlÇÕes de vida da A alternativa sugerida para elinfinar essa dtstorção é lacônica: 77 n ua t e t e d a m a » o dcscquilfbim resultante: natalidade, p a r a que ela se i .n a te à 3 ^ de que esta ú ltim a tome a subir (Meadows, 1973:156). de’ mals baixa' ou delxar im p l tm lS a d T ^ m T a í Z f P 0 ,' tÍCaS ^ " « g r á f ic a s que foram - i S ^ w « K 5a a a i d e u r í ã s * " ' ' s l t a c l m o ° ^ “ “ ' « « " d a ç õ e s . Sns sr "“r *—*»*>«»- sencíal para a iniciação de n n v ^ maneiras d c n e ™ f ” d° S hmÍteS é eS“ fundamental do com^ rtament“ ™ arlo e Z , T 3 ^ ciedade contemporânea [..] P ^ U v‘n ' de ‘«da a estrutura da so- Istamo», mais ci vel tão alto deve forçar» fw v U>ui um b Reconhecemos que o equilíbrio mundial .somem,- nnri.rf •> '«vencidos de que a pressão demográfica no mundo já atingiu um ní-fi^ -síasssMssstssssssr :< <mai u ma rea i i rtarte naco tanto em termos absolutoTIom ^ « T T * ™ Uma meIh° ra sub“ aL das; e afirmamos que es T ' 35 " aÇOeS econo™ ^ m e n te desenvolvi- global [ ] progresso so pode ser alcançado por meio de uma estratégia ttspÊKSKíssírasr " e,° fapo” * desenvolvimento econômico d e iodas as nações do muwfe.Ser a um congelamento do status quo de emitida palas nações ricas, ela s e r i ^ ^ í l ^ - f , 68511 ProPos^ o fosse obtenção de um estado harmonioso e ' ■ -- neocolomalismo. A gico deve constituir \ > e global de equilíbrio econômico, social e ecoló-UmH aventura ^oniunlíi ,, . _ benefício para todos (Meadows, “ convlcÇao comum, com cla ra cã » /fa* V 1 d es^as conclusoes aparece nos princípios 15 e 16 Ha n ' a seguir: 15 T b« eflcteS sociais, econômicos e ambientais nara tnH, Ç ^ am-ind..„da>r. u& p ,u jetos destinados à dom inga, maximo A *£5B respeito. dêVt n 901 _____ :_i---------------** n » ra#i .In________ concentraç^^ex^essiv^is a(denLirost'nienl° demográfico o) ou as m” n b K ^ ^ 78 m o ^co n d en ação do colonial,s- Ç o, ou seja, do controle populacional -m ' " ecessidade de planifica- e tratado de form a ainda m íis e x t ^ t a noT * ^ Este último P°nto possib ilidade de in troduzir políticás dem n f J SegUIn,e- que reconhece a e/ou areas densam ente povoadas. gráficas para equ ilib rar vazios cos, com o o número de h a b E e s ^ u m í á 001^ 2 ***** d° critérios técni- exercer sobre os recursos naturaTs qUe Possa v ir asg" sm“d° * "Zxttjszissz;. Crescimento versus desenvolvimento reun ião ^ discussões n a m lado tínham os os que advogavam em fav &rt esf nvoIvim entista. D e sc b ai:ra(. (- > - ^ tnTC[Tnx- “ SOSTTão-renováveis; do O U t n r ^ ^ H ^ e ^ s u m i d ^ e ™ desenvo lv im ento” trazido pela indústria es que reiv ind icavam o ticipáção 2 W 2 : , s ONGs. A par- am bientalism o, deixando claro que as trmda cou novos rum os para o m o ao longo dos anos 1970 merecem ser m ° COn?das no am bientalis- t„ij Ate 3 Conferência de Estocolmo , , p- “ ^ nm anallsadas. S ™ qAUe, . f nhavam A ta q u e mundial L S ! ^ d? am bie"- c ifism o A luta do m ovim ento a m b í lm mC,pientes e focadas no pa para o desarmamento das superpotências a in te rn ac io n a l estava voltadí f Z £ , G uena Fria’ m °m ento histórico ^ í ° ^ V,f ta que se vivia o a„ tos bélicos com capacidade e ^ “d e ^ ^ des-v o Iv id o s a r te f^ tru m am o planeta. Não foram T 0ucaS r , ” qf ’ 56 empregados’ des- entidades ambientahsTas contra ^ p r ^ d cS ” anÍfestaÇtíes P^hUcàs de F t.u ue armas nucleares.Outro d e sp m a v ^ a atençJIbcia, era o tem or de que ocorresse internacional nas que processavam o urânio para le ía r fadlaçao ru,c|ear em usi- T h re e M ile s í s l m i , „ « < * - ? * ocorridos em 1979 e dp r h ! ’ P ensilvam a, , esse medo não era in fu n d a d o ™ ^ /’ ÜCrânia’ em 1986, Com a ense do petróleo: n^la jme;ra ° j -^St6 cenario m udou em publico a ,déia da escas!ez de » •>— . E stados Unidos, ______ _ ^ confirm ârâm que esse medo 79 O üi ros g ru p o s am bientalistas, porém , am param -se no preservacionis- mo para propor um a ação radical: o abandono do m odo de vida urbano-in- dustrial. Pertencentes a essa corrente tem os a cham ada ecologia profunda ou radical, que possu i seguidores nos Estados Unidos e na Europa. Com o já dissem os, m uitos ativistas desses grupos têm o m esm o partido para a ação direta, in terv indo , por exem plo, em áreas de cultivo de m aterial transgêni- co. C om o p assa r do tem po, eles perceberam que não bastava abandonar a cidade e o m o d o de vida urbano-industrial. A poluição do ar e da água, as m udanças clim áticas globais ou mesm o a possibilidade de contágio por or gan ism os gene ticam en te m odificados rouba-lhes o paraíso . E ra preciso agir. Com o resultado, assistim os, já na década de 1990, a cenas de terroris- m o-ecológteo n as quais am bientalistas detonam bom bas em redes de aff1 mentos de países centrais ou invadem e destroem plantações de organismos geneticam ente m odificados. O pacifism o é deixado de lado quando a pala vra de ordem é a m anutenção de um estilo de vida. E m Estocolm o, as ONGs organizaram o M iljõforum (Fórum do M eio); que serviu de palco para suas reivindicações. N ão houve unanim idade entre seus participantes, pois parte deles alegava que o fórum desviava a atenção da opinião pública para os temas que estavam sendo tratados na reunião ofi cial Otrtres im aginavam e s ta r influenciando , vam l as gfigsm ag K ex.crcenito prU> s p ^ j i m p n r 10 dC G uerra F n a no t|ual as superpotências re sp e ita do h lo ro assisüm ° s a m anifestação de seus satélites. Os países fnfluên ’Cla!!Sía que lrUe8ravam o então Leste Europeu, à época área de !nte“ c to d « S r r i f " ’™ " ’ * contra a lal Se o ' , ' nai1 dar voto e voz;àenlão Alemanha O rien- argum ento político era forte, tam bém é verdade que o cham ado sa de S r ? ? regla° !Tlai<: lnclustr>alizada do bloco socialista. A recu ar e os lihr.,-' ■ •vrava da adesao as norm as de controle de poluição do ar e os liberava para continuar a poluir. zava m ^in ten ^ S rfrf n r^ent|am en,° P™ta.g°nizado pela China, que sinali- “Ãrü7iãnTTõ ã~ - ^ r -SualnfluenGia-sobre-o -eené rit» rrrterrrarirrirat n< OSIÇa° °,S PaiS6S pC nféncos’ m anifestou-se a favor da au to- v itoriosae e s f T ^ ^ * ad0Çã0 de feStrÍÇÕes ambientais, tese que foi duram enfr PnnCÍpi° 2 1 da declaraÇão. A lém disso, criticou mo nrinc L l r e / m Ç° ? S nf 0m althusianas e 8u8er ' u que se apontasse co- lista* protagonizada^elos países c e n t^ s ^ o ^ e ^ to d ^co iffe rên d ^^ \p esa r (fe “ VCrSa0 nnal da D- Iara^ <>* são sobre aqueles que decidiriam o futuro am biental do planeta. Os grupos am bientalistas mais radicais usaram o fórum para pro tes ta r co n tra a p a u ta defin ida na reun ião o fic ia l, que restrin g ia bastan te a participação das o n g s . Elas foram proibidas de assistir às sessões, ficando à m argem das discussões. Esses grupos alegavam tam bém que tem as que d iz iam respeito à segurança am biental do p laneta não estavam presentes no debate. E ste argum ento apoiava um a leitura conservadora do am bientalism o q u e continua influenciando parte do m ovim ento am bientalista. Para esse segm ento, tam béminfluenciado pelas idéias difundidas pelo Clube de R o m a, o m aior problem a am biental decorre do aum ento da população. Parte das o n g s aderiu às teses do crescim ento zero. Os países da periferia insurgiram -se contra esse argumento, pedindo o desenvolvim ento, ainda que com ele viesse a poluição. U m a frase do repre sen tan te do B rasil na ocasião é paradigm ática deste projeto: “Venham (as indústrias) para o Brasil. Nós ainda hão temos poluição”7. 'çasnas-discussões ambientais. cou e C i E e ^ s o T a d° re? l)Sm0 POlíÜCO na Conferência de Estocolm o fi- S o - c o n í o l í . í , S° beram a dos_Paises foi salvaguardada e venceu a tese de riam v i r a " em ° cm relação às políticas desenvolvim entistas que pode m vir a ser praticadas por cada país. Entretanto, ainda que de m aneira tí- atores no mZ ' PartlClpaça° das ONGs’ CIUC indicava a presença de novos ^ Z h T k' ° ' ESSa Part' ciPaVao cresceu quanto ao desen volvimento da ordem ambiental internacional, com o veremos. A lem da Declaraçao, a Conferência de Estocolm o gerou um Plano de Açao que deveria ser im plem entado com o objetivo de operacionalizar os princípios contidos na Declaração. Nele foram listadas 109 recom endações E ‘ X r í ° d ‘ S| NaÇOeS Unldas TCKa"d° t e t T c o m ? ™ m S , de d S n a" l manejo do., recursos naturais e os im pactos'do m odelo de desenvolvim ento no am biente “hum ano” . Talvez devido à sua amplitude pr,ocam ente o Plano de Ação ficou no plano das i„ t< Z 5 « -Mas j A ^osiçãadesenvo lv im entista saiu vencedora do embate de idéias. G a nharam os países periféricos, que puderam “desenvolver-se”, isto é, receber investim entos diretos. Mas este ganho não se deu sem conseqüências ao am biente. Ele corroborou a di visão internacional dos riscos técnicos do trabalho (W aldm ann, 1992), que consiste na propagação de subsidiárias poluidoras d e em presas transnacionais em países cuja legislação am biental não impõe restrições. Os países periféricos ficaram com a parte suja do trabalho. ;ao. para .3AcccmblcL c t Jl Est°r ° lmo f<>' a " K iieaç_s^ b teta^ erah d T O N u , da necessidadejie se criar o pnqma, S n a W if i S Ü ambieSÍ f 5 deJ ,ab. ÍU^ Pla" ° ^ Ação. A institucionalização aa tem atica ambiental nas Naçoes Unidas ampliava-s-se. 80 81 O PR O G R A M A DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O M EIO A M BIEN TE E stabelecido em dezem bro de 1972 pela A ssem bléia Geral da o n u , o PNUMA p assou a funcionar em 1973. N um prim eiro m om ento, ele operava com o u m program a de ação voltado para a tem ática am biental e ganhou aos poucos u m peso institucional maior na o n u , em bora ainda não tenha o pres tígio de organism os com o a Unesco ou a fa o . O p n u m a tam bém coordena o Fundo M und ia l para o M eio A m biente - que conta com a contribuição de vários países filiados - sendo muitas vezes confundido com ele. A criação do pnum a não foi fácil. Os países periféricos eram contra -acred itavai 11 qüe~<5le seria um instrumento utilizado para frear o desen volvim ento , im pondo norm as de controle am biental adotadas pelos países centrais. Para eles, essa seria uma m aneira de im plem entar o crescim ento zero, que fora derrotado em Estocolmo. N ada disso ocorreu. O p n u m a , entretanto, nasceu esvaziado e ganhou força com o passar dos anos. A prim eira discussão envolvendo o p n u m a fo i em relação à sua sede. Os países centrais p referiam sua instalação em um país periférico, ju stifi- rarrcfo queTodos os organism os da onu estavanj sediados Bm países centrais do H em isfério N orte e que era chegada a hora de m udar este quadro distri bu indo sedes pelo m undo. D esejavam , com isso, liv rar-se das m anifesta ções de oNGs. O s países periféricos, por outro lado, viam nessa localização um a am eaça ao seu próprio desenvolvim ento e im aginavam que sofreriam um patrulham ento em suas atividades econômicas. Para as o n g s . a localiza ção do p n u m a em um país fora do eixo do poder indicava o desprestígio da tem atica am bien tal na o n u , além, obviam ente - e isso era um argum ento não-confesso - do fato de ficar distante da mídia. A pós m uita polêm ica, a sede do pn u m a foi fixada em Nairobi, Quênia. Era um mal com eço. Longe das atenções e dos recursos, o pn u m a ficaria re legado a um plano secundário. Este fato ficou evidenciado pelo tem po que se passou entre a determ inação de sua sede, escolhida em 1973, e a sua ins talação definitiva, 1 1 anos depois - apesar dos esforços de M aurice Stron<* seu prim eiro diretor executivo. Para ap licar o Plano de Ação definido em Estocolm o foram criados' • o Programa_de Avaliação A m biental Global um a rede de inforr ções destm adas-a acomparrhar o~ dcscn vol vimênfo de programas am bientais internacionais e nacionais; • o Program a de Administração Ambiental - baseado na falta de deter m inação dos países em adotar m edidas de conservação ambiental, o p n u m a buscaria im plem entar convenções e norm as que os obrigas sem a atuar buscando a conservação ambiental; 82 servacionistas. ' pessoal para as práticas con- A pesar das d ificu ldades iniciais „ n r , . destacar-se no cenário internacional re ili/ . M" la conseê u,u a° s poucos m a Regional dos M ares foi o prim eiro déles" Van° S enCOntros- ° p rogra- f.-.J reunindo 120pafses f* -» - . , lhados de poluição e degradaçâolKurin'-a em m''' fre“te 3 Problemas comparti- um catalisador Uncial e, à m e d i d a ^ a®‘U dos assumiram o financiamento e a a d im n X c ã o T ó CrCSCendo 08 PróP™ s esta- ir : ses quc ™a - informando a situação nacional, para que se nudess 'f Pa'S Um reIatóno M onitoram ento G lobal do A m b ie n te Z J , f ***** m° ntar um de 19 7 ^-r:°m o parte do Earthwã tch. O SMGA que ttcafroi i sendõ cria d a irm ligou centenas de organizações na.-in - James foram a FAO. who. w i |, Í0 n f ’ das *»** « mais [ Em 1985, foi estabelecida a B a s e d e S l L l , (Tolba í^ 99^ 745T '^ SIS‘emaS de informaíà impor- bais tais Ia a Base de Dados de Conservação íMi.ni^ j . :.r.„ , »-->rmaçao para Pesquisas GIo- çao geográfica para estudos ambien- cional de Substâncias Q uím icas p X c i í ° Reg,Stro nacional de Referência. O prim eiro f m T " 10 6 ° SlStema Inte'- ponam em risco o am biente a partir da contam? ^ 61110 d2S situaÇ°es que procurou organizar uma rede de informações ™ " dÇao clu,m ,ca e o segundo Se estas medidas alcançaram S u ^ hzando inform ações am bientais miinrliai centralizando e disponibi- Umdas sobre Desertificação - que o c o m ^ e m V r ° " ferência d a s N aÇões meira iniciativa global do pnuma - não oh “ v ° 1977 e foi a Pri" de ter cof*eguido elaborar urn Plano d e S l T ? 5 «^ o s . Apesa, a falta de envolvimentõ' dos ^ ^ s ^ m ^ n ^ ! í aE:LCOmbate 3 Desertificação, log,co destinado , evitar o a , , t a o d o t eco- sertificação em caráter internacional, reunião. A maior prova disso foi a n e r e s s M .d e T » S ! n o v f c u ístuur novamente a de- 4 , na Conferência 'aíses Seriam ente ica (cd), que será 1 , , . novamente a de- das N ações Unidas para C o m b X ^ S í T 0" M Conferência Afetados pela Seca e/ou Desertificacão em caçao no? 1'aíses Seriam ente tratada no capítulo “A ordem a m b .c L l m u a d S ^ " “ (a A 1 apos a CNUMAD”. 83 — — "Eni p a rc c n a c o m a iu c N e a WWK o P.Numa elaborou a Estratégia M un- •^<al para a C onservação, que tinha como objetivos centrais: a ) M anter o s processos ecológicos essenciais [...]. b ) Preservar a diversidade genética [...]. c ) A ssegurar o aproveitam ento indefinido das espécies e dos ecossiste mas (Tam am es, 1985:196). A estrategia consistiu em um am plo program a de capacitação de pes soal voltado
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