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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTODE FÍSICA LABORATÓRIDO DE FÍSICA I MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME ACADÊMICOS: MARIANA FERRAREZE CASAROTO R.A.: 93352 VINICIUS DE SOUZA PAULUS R.A.: 93911 TURMA: 31 PROFESSOR: SÉRGIO MARINGÁ,09 DE SETEMBRO DE 2015 1. Resumo Nesse trabalho será apresentado, experimentalmente, uma discussão sobre a validade das equações de movimento circular uniforme. As observações e os dados utilizados para realizar a discussão foram obtidos durante as aulas de laboratório de física através de um aparelho específico para o experimento. Foi provado que as equações de movimento circular uniforme possuem grande validade na previsão desse tipo de movimento. 2. Introdução Geral Um tipo de movimento plano de grande importância para a física é o movimento circular uniforme, em que a trajetória é um circulo e o módulo da velocidade escalar é constante, de modo que a partícula descreve arcos de círculos iguais em tempos iguais. No cotidiano, observamos muitos exemplos de MCU, como uma roda gigante, um carrossel ou as pás de um ventilador girando, e podemos aproximar o movimento da lua também. 3. Objetivos Determinar a equação de movimento de um corpo de massa M em trajetória circular, caracterizar o tipo de movimento circular e comparar com o conjunto de equações conhecidas. 4. Fundamentação Teórica Uma partícula em movimento Circular uniforme descreve uma circunferência com velocidade escalar constante. Embora a velocidade escalar não varie nesse tipo de movimento, a partícula está acelerada porque a direção da velocidade está mudando. (inserir imagem Halliday pag 73)(desenhar sem o vetor da aceleração tangencial. A figura mostra a relação entre a velocidade e a aceleração naquele ponto. O módulo dos vetores permanecem constantes variando apenas a direção e o sentido. A velocidade está sempre no sentido do movimento tangenciando a trajetória circular. Já a aceleração está sempre na direção radial e aponta sempre em sentido ao centro da trajetória circular, por essa razão essa aceleração é chamada de aceleração centrípeta. Para determinar o módulo e a orientação da aceleração centrípeta, consideremos que a partícula p se move com velocidade escalar constante v enquanto percorre uma circunferência de raio r. No instante mostrado na figura 2 (colocar figura pag 73 fig a) as coordenadas de o são xp e yp. Já que no MCU a velocidade é sempre tangencial à trajetória da partícula na posição considerada, significa que é perpendicular a uma reta r que liga o centro da circunferência à posição da partícula e tem como vetor diretor a aceleração centrípeta. Nesse caso, o ângulo que faz com a reta vertical que passa pelo ponto p é igual ao angulo que o raio faz com o eixo x. A velocidade pode ser escrita em termos de suas componentes FIGURA B como pode ser visto na figura b, e , temos que, Usando o triangulo retângulo formado na figura a, podemos substituir por e por , então Para calcular a aceleração da partícula em questão, devemos calcular a derivada da equação III em relação ao tempo. Como v e r não variam com o tempo temos que Como a derivada em relação ao tempo de é igual a componente y da velocidade () analogamente a derivada de em relação ao tempo será a componente x da velocidade (, e e , portanto Este vetor e suas componentes podem ser esquematizados conforme a figura c Como o módulo do vetor aceleração é dado por, logo a aceleração centrípeta pode ser dada por Equação I Aplicando a Segunda Lei de Newton para um corpo de massa m girando em torno de um eixo fixo preso por um fio de comprimento R, para um módulo de velocidade constante, tem-se que: F = m a = m v² / r equação II As relações entre as grandezas lineares e angulares são: Equação III onde S está relacionado ao arco da curva(posição linear), está relacionado com a posição angular e R é o raio constante da trajetória. Derivando a equação II em função do tempo temos que: v = R w euqação IV Sendo w = 2 Pi / T a equação que relaciona a velocidade angular com o período de rotação. Substituindo-a na equação III é obtida a seguinte equação, que será utilizada para encontrar a velocidade da partícula no experimento: v = 2 Pi R/ T Equação V 5. Desenvolvimento Experimental: 5.1 Materiais Utilizados: Foram utilizados os seguintes instrumentos, com as respectivas precisões quando existirem. Conjunto experimental Pasco: contém uma plataforma rotatória com seus componentes (roldanas, massas, suportes, mola); Fio inextensível; Nível: instrumento que mostra a inclinação do sistema, apresenta grande imprecisão. Trena: instrumento que mede comprimento em centímetros, com precisão de 0,5mm. Cronômetro de mão: instrumento que mede tempo em segundos, possui a precisão de 0,1s do mostrador, mais a precisão de quem está manuseando. 5.2 Montagem Experimental(aparelho de Pasco): A plataforma rotatória consiste me uma base de alumínio que pode girar em torno do seu próprio eixo. Acoplados à base estão dois suportes, o lateral e o central. O suporte central possui uma ranhura pela qual podem se mover uma presilha e um anel. A presilha suporta uma mola e um disco indicador. No disco indicador é preso um fio que passa através do anel e por uma pequena polia fixa no suporte. A outra extremidade do fio é amarrada na massa M. O suporte lateral possui uma linha vertical que indicava a distância da massa M ao centro de rotação. Da sua extremidade superior sai um fio que sustenta a massa M. A plataforma rotatória permite que a massa M gire com velocidade angular constante em torno do eixo. 5.3 Descrição do Experimento; O aparelho foi nivelado com o auxílio de um nível; Foi fixada uma massa conhecida na extremidade do fio; Alinhou-se com o suporte lateral regulando a altura da presilha assim como o marcador da mola; Foi retirada a massa da extremidade e deu-se inicio ao movimento de rotação de forma manual; Quando obteve-se um alinhamento do marcador da mola em relação ao disco, iniciou-se a contagem do tempo de 10 voltas, o qual foi utilizado para calcular o tempo médio de cada volta; Repetiu-se o procedimento com o restante das massas. 5.4 Dados Obtidos Experimentalmente; T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) F(N) 13,85 13,81 13,72 13,81 0,49 11,47 11,47 11,50 11,48 0,69 10,28 10,34 10,37 10,38 0,88 9,16 9,10 9,28 9,22 1,08 8,56 8,63 8,62 8,56 1,27 7,87 8,91 7,84 7,94 1,47 Massa(Kg) 0,150 Raio(m) 0,15 Gravidade(m/s²) 9,80665 (tabela 1.1) 5.5 Interpretação dos Resultados: Utilizando a equação IV e os dados obtidos, temos os seguintes valores: F(N) T'(s) T'/10(s) V(m/s) 0,49 13,79 1,379 0,68 0,69 11,48 1,148 0,82 0,88 10,34 1,034 0,91 1,08 9,19 0,919 1,03 1,27 8,59 0,859 1,09 1,47 7,89 0,789 1,19 (tabela 1.2) Analisando a curva obtida no gráfico F x v do papel milimetrado, é possível perceber que a função que melhor descreve esse movimento não é uma função da forma Y= A + BX e sim uma da forma Y = AX^B. Aplicando a função "Reg Pow'' da calculadora (inserir modelo), foi encontrado que B vale 1,984, podendo ser arredondado para 2, e então obtendo uma função do segundo grau, semelhante a equação 6. Análise dos Resultados: É sabido que haveria uma divergência entre os resultados obtidos experimentalmente e os valores teóricos. Devido ao fato de que não é possível a realização de um experimento em suas condições ideias, sem atrito, sem forças de arraste, fio inextensível, sistema em equilíbrio(mesmo com o uso do nível, não foi possível deixar o sistema perfeitamente equilibrado), entre outros fatores. Utilizando a equação II e relacionando-a com a equação do peso, tem-se que: F = m g e F = m v² / r Simplificando as massas e deixando o g em evidência tem-se que: g = v² / r Utilizando os valores obtidos experimentalmente, tem-se que:valor obtido para a gravidade se aproxima com o utilizado para calcular a força peso, g = 9,80665 m/s². Calculando a precisão do experimento baseando-se nos dados obtidos, temos a seguinte equação: Calcular F= A V^B e depois A(teórico)=C (M/R) = 1 C(experimental) = A/(m/r) = 1,04/0,158/0,150 = 0,98 Isso significa que o experimento realizado teve 98% de precisão. 7. Conclusões Levando em consideração a teoria dos erros, em relação ao arredondamento de algumas medidas, o fato de que o movimento era realizado por uma pessoa, dessa maneira a aceleração tangencial e a velocidade tangencial ficaram suscetíveis a pequenas variações em seu módulo. No entanto, o conjunto de equações avaliadas descrevem com precisão considerável o MCU. 8. Referências Bibliográficas [1] Manual de Laboratório - Física Experimental I- Hatsumi Mukai e Paulo R.G. Fernandes - 2015. [2] Fundamentos de Física I - Mecânica - Halliday & Resnick - 8ª Edição [3] Só física - http://www.sofisica.com.br/ Acessado no dia 07/11/2015.
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