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Aula 6 - DIP - Espacos Internacionais

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José Carlos H Silva
Direito Internacional Público
José Carlos H Silva
Direito Internacional Público
	Espaços Internacionais
O Domínio Público Internacional costuma ser definido como o conjunto dos espaços cujo uso interessa a mais de um Estado e, por vezes, à sociedade internacional como um todo, mesmo que, em certos casos, tais espaços estejam sujeitos à soberania de um Estado. São pois domínio público internacional, disciplinados pelo direito internacional, dentre outros, o mar (e suas subdivisões legais), os rios internacionais, o espaço aéreo, o espaço sideral e o continente antártico. Recentemente, surgiram argumentos a favor e contra considerar-se a internet como domínio público internacional. 
1.Espaço Marítimo
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar�, celebrada em Montego Bay, Jamaica, em 1982, define conceitos herdados do direito internacional costumeiro, como mar territorial�, zona econômica exclusiva�, plataforma continental� e outros, e estabelece os princípios gerais da exploração dos recursos naturais do mar, como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo. A Convenção também criou o Tribunal Internacional do Direito do Mar, competente para julgar as controvérsias relativas à interpretação e à aplicação daquele tratado.
A Convenção fixa o limite exterior do mar territorial em 12 milhas náuticas (22 km), definindo-o como uma zona marítima contígua ao território do Estado costeiro e sobre a qual se estende a sua soberania. Cria, ademais, uma zona contígua também com 22 milhas náuticas, dentro da qual o Estado costeiro pode exercer jurisdição com respeito a certas atividades como contrabando e imigração ilegal, e uma zona econômica exclusiva, tendo como limite externo uma linha a 200 milhas náuticas da costa e como limite interno a borda exterior do mar territorial, na qual o Estado costeiro pode exercer soberania sobre os recursos naturais na água, no leito do mar e no seu subsolo.
Segundo a Convenção, os navios estrangeiros estão sujeitos à jurisdição do Estado em cujas águas se encontrem; excetuam-se os navios militares e os de Estado, que gozam de imunidade de jurisdição. Os navios em alto-mar sujeitam-se à jurisdição do Estado cuja bandeira arvoram. Os navios estrangeiros encontrados no mar territorial gozam do chamado "direito de passagem inocente" (definida como contínua, rápida e ordeira), pelo qual o Estado costeiro deve abster-se de exercer jurisdição civil ou penal sobre tais embarcações.
Rios Internacionais
O Danúbio é um exemplo de rio internacional. São rios internacionais aqueles que correm em mais de um Estado, quer sejam limítrofes (isto é, formam a fronteira entre dois Estados), quer de curso sucessivo (corre no território de um Estado em seguida ao de outro). A importância da navegação fluvial somou-se aos interesses econômicos da utilização dos recursos naturais (geração de energia hidrelétrica, irrigação etc.) para criar a necessidade de disciplina internacional para tais rios, de que são exemplos o Danúbio, na Europa, e a Bacia do Prata, na América do Sul. A disciplina de tais situações é realizada por meio de entendimentos ou tratados específicos para cada situação e, por vezes, até mesmo por atos unilaterais (caso do Brasil com relação à livre navegação do rio Amazonas, posteriormente consolidada pelo Tratado de Cooperação Amazônica). Ao contrário de outras províncias do domínio público internacional, não existe até o momento uma convenção multilateral geral que regule a matéria.
O príncipio básico que regula os rios internacionais é o da soberania dos Estados sobre os trechos que correm dentro de seus respectivos limites. A noção de livre navegação em tais cursos d'água, proposta por alguns doutrinadores, ainda não encontra ampla aceitação. Com relação ao aproveitamento industrial, agrícola, energético e piscatório das águas, também prevalece o princípio da soberania, embora o direito internacional ressalve que tais atividades, embora livremente empreendidas por um Estado ribeirinho dentro de seu território, não devem prejudicar igual direito de Estado vizinho também ribeirinho. Com relação à proteção ambiental, vigora o princípio de que nenhum Estado tem o direito de permitir o uso do seu território de maneira a causar danos sérios no território de outro.
A liberdade de navegação em rio internacional, quando concedida (por intermédio de tratado ou ato unilateral), não exclui o direito de o Estado ribeirinho exercer a sua jurisdição e o poder de polícia.
2.Espaço Aéreo
A utilização do espaço aéreo por aeronaves civis é regulada pela Convenção de Chicago�. À porção da atmosfera localizada sobre o território ou mar territorial de um Estado dá-se o nome de espaço aéreo. O direito internacional reconhece a soberania exclusiva do Estado sobre o espaço aéreo sobrejacente. Tal espaço, diferentemente do mar territorial, não comporta direito de passagem inocente, razão pela qual, em princípio, uma aeronave estrangeira somente pode sobrevoar o território de determinado Estado com o consentimento deste.
A Convenção de Chicago, de 1944, e seus tratados acessórios estabeleceram os princípios e conceitos básicos da aviação civil internacional e instituíram a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), existente desde 1947 e com sede em Montreal. A Convenção, que se aplica somente à aviação civil, permite o sobrevôo e a escala técnica livres às aeronaves estrangeiras que não operem serviços aéreos comerciais regulares; quanto às que operem serviços regulares, dependem de autorização do Estado sobrevoado.
Na prática, cada Estado concede autorização para que empresas aéreas estrangeiras operem serviços regulares em seu território mediante tratados bilaterais (e, eventualmente, mediante autorizações unilaterais), com base nos princípios das "liberdades do ar" definidas pela Convenção.
As aeronaves estrangeiras estão sujeitas à jurisdição do Estado em cujo território ou espaço aéreo se encontrem; excetuam-se as aeronaves militares e as de Estado, que gozam de imunidade de jurisdição. Sobre alto-mar, as aeronaves sujeitam-se à jurisdição do Estado de matrícula. Para tanto, a Convenção determina regras sobre a nacionalidade das aeronaves, fixada por meio de um sistema de matrículas mantido por cada Estado; toda aeronave possui uma e apenas uma nacionalidade.
Espaço Sideral
Chamado também de Espaço Cósmico, espaço exterior ou espaço extra-atmosférico, o Espaço Sideral� é singular do ponto de vista jurídico, já que faz pouco tempo que as atividades humanas naquele ambiente se tornaram realidade, exigindo da sociedade internacional o estabelecimento de regras de direito internacional que norteassem este tipo de relações internacionais.
O uso do espaço sideral é disciplinado em direito internacional primordialmente pelo Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes. Dispõe aquele tratado que os corpos celestes e o espaço sideral são patrimônio comum da humanidade e, portanto, de livre acesso e insuscetíveis de apropriação por qualquer Estado. Estabelece, ademais, o uso pacífico do espaço e corpos celestes e a proibição expressa de instalação de armas nucleares naquele ambiente.
Há um curioso debate em alguns meios sobre casos de venda, por particulares, de corpos celestes (como, por exemplo, "terrenos na Lua"). Evidentemente, a proibição de apropriação nacional do espaço exterior e dos corpos celestes (artigo II) impede a aplicação de qualquer legislação nacional que empreste validade a uma "reivindicação privada". Assim sendo, o argumento mais usado em favor destas "reivindicações privadas", o de que o tratado não as proíbe expressamente, não se sustenta, pois, se nenhum direito nacional se aplica ao espaço, não é possível constituir ali direitos privados e, em conseqüência, tais "vendedores" não podem vender o que não lhes pertence.
Outros tratados que regulam este campo de aplicação do direito internacional são o Acordo sobre o Salvamento de Astronautase Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968, a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979, e a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974.
3.Espaço Terrestre
O termo "fronteira" refere-se a uma região ou faixa, enquanto que o termo "limite" está ligado a uma concepção imaginária. A fronteira é uma faixa do território situada em torno dos limites internacionais.
No Brasil, a rigor, fronteiras são as delimitações dos países, divisas são as delimitações dos estados, e limites são as delimitações dos municípios.
Os Estados têm uma característica essencial: a soberania, ou seja, a faculdade de implantar e exercer a sua autoridade da maneira que creiam seja mais conveniente. Para que o exercício da soberania por parte dos Estados não prejudique outras nações, criaram-se limites definidos em porções de terra, água e ar. No ponto preciso e exato em que estes limites chegam ao seu fim é que se pode falar de fronteiras.
As fronteiras, ao contrário do que muitas vezes se crê, não se demarcam unicamente sobre as terras, pois existem diferentes tipos de fronteiras: aéreas, territoriais, fluviais, marítimas e lacustres. As fronteiras podem dividir qualquer coisa, desde classes sociais e econômicas até cidades e países.
4.Antártida
As relações internacionais referentes ao continente antártico são reguladas por intermédio do Tratado da Antártida e acordos acessórios. Os dois princípios mais importantes daquele tratado são o uso do continente para fins exclusivamente pacíficos e a postergação das reivindicações territoriais efetuadas por alguns Estados. Este último é de especial relevância, tendo em vista que alguns países haviam, devido à proximidade geográfica ou por motivos históricos, reivindicado partes do continente, embora tais reivindicações não fossem (como ainda não são) reconhecidas pela maioria dos Estados do planeta.
Norteado pelo princípio do uso para fins exclusivamente pacíficos, aquele tratado proíbe a militarização (embora pessoal e equipamentos militares possam ser usados em apoio à pesquisa) e as explosões nucleares no continente, além de estabelecer a liberdade de pesquisa científica.
O tratado prevê a necessidade de preservar e conservar os recursos vivos da Antártida, o que é corroborado por acordos posteriores. O Protocolo ao Tratado da Antártida sobre Proteção ao Meio Ambiente, de 1991, estabelece mecanismos de proteção ambiental do continente e de seus ecossistemas associados. O protocolo proíbe qualquer atividade relacionada com recursos minerais, exceto a de pesquisa científica. A Convenção para a Regulamentação das Atividades sobre Recursos Minerais Antárticos (Madri, 1988) determinava um regime de exploração mineral para o continente, mas sua entrada em vigor parece improvável.
Património Mundial ou Patrimônio da Humanidade
É um local, como, por exemplo, florestas, cordilheiras, lagos, desertos, edifícios, complexos ou cidades, especificamente classificado pela UNESCO�. O programa de classificação visa catalogar e preservar locais de excepcional importância cultural ou natural, como património comum da humanidade (veja critérios�). Os locais da lista podem obter fundos do World Heritage Fund sob determinadas condições.
O programa foi fundado pela Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, adotado pela Conferência Geral da UNESCO de 16 de Novembro de 1972. Em 2011, um total de 936 sítios estavam listados, sendo 725 culturais, 183 naturais e 28 mistos, em 153 países diferentes. 
Anexo 1 - Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
���
Países signatários da Convenção 
██ Ratificaram
██ Assinaram, mas ainda não ratificaram
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, Jamaica, em 1982, é um tratado multilateral celebrado sob os auspícios da ONU que define conceitos herdados do direito internacional costumeiro, como mar territorial, zona econômica exclusiva, plataforma continental e outros, e estabelece os princípios gerais da exploração dos recursos naturais do mar, como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo. A Convenção também criou o Tribunal Internacional do Direito do Mar, competente para julgar as controvérsias relativas à interpretação e à aplicação daquele tratado.
O texto do tratado foi aprovado durante a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que se reuniu pela primeira vez em Nova York em dezembro de 1973, convocada pela Resolução no. 3067 (XXVIII) da Assembléia-Geral da ONU, de 16 de novembro do mesmo ano. Participaram da conferência mais de 160 Estados.
O Brasil, que ratificou a Convenção em dezembro de 1988, ajustou seu Direito Interno, antes de encontrar-se obrigado no plano internacional. A Lei n. 8.617, de 4 de janeiro adota o conceito de zona econômica exclusiva para as 188 milhas adjacentes.
A Convenção regula uma grande província do direito internacional, a saber, o direito do mar, que compreende não apenas as regras acerca da soberania do Estado costeiro sobre as águas adjacentes (e, por oposição, conceitua o alto-mar), mas também as normas a respeito da gestão dos recursos marinhos e do controle da poluição.
O direito do mar é parte importante do direito internacional público e suas normas, durante muito tempo, não estiveram definidas. A codificação dessas normas ganhou alento já sob o patrocínio das Nações Unidas, havendo-se concluído em Genebra, em 1958:
a) Uma Convenção sobre mar territorial e a zona contígua;
b) Uma Convenção sobre o alto mar;
c) Uma Convenção sobre pesca e conservação dos recursos vivos do alto mar; e
d) Uma Convenção sobre a plataforma continental.
A aceitação não chegou a ser generalizada, produziu-se no limiar de uma era marcada pelo questionamento das velhas normas e princípios. O fator econômico, tanto mais relevante quanto enfatizado pelo progresso técnico, haveria de dominar o enfoque do mar nos tempos modernos.
Mar Territorial e Conceitos Conexos
A Convenção fixa o limite exterior do mar territorial em 12 milhas náuticas (22 km), definindo-o como uma zona marítima contígua ao território do Estado costeiro e sobre a qual se estende a sua soberania. Cria, ademais, uma zona contígua também com 12 milhas náuticas, dentro da qual o Estado costeiro pode exercer jurisdição com respeito a certas atividades como contrabando e imigração ilegal, e uma zona econômica exclusiva (ZEE), tendo como limite externo uma linha a 200 milhas náuticas da costa e como limite interno a borda exterior do mar territorial, na qual o Estado costeiro tem soberania, no que respeita a exploração dos recursos naturais na água, no leito do mar e no seu subsolo. O Estado costeiro exerce também jurisdição sobre a zona em matéria de preservação do meio marinho, investigação cientifica e instalação de ilhas artificiais.
Para efeitos da medição da distância à costa, as baías e estuários são fechadas por linhas retas (chamadas linhas-de-base), para o interior das quais fica a porção marinha das águas interiores. As ilhas e estados arquipelágicos têm direito a definir a sua ZEE, mas excetuam-se as ilhas artificiais ou plataformas, assim como os rochedos sem condições de habitabilidade. A Convenção estabelece ainda que o limite da ZEE de estados com costas fronteiras, cuja distância, em alguma porção, seja inferior a 400 milhas, deve ser a linha média entre as suas costas, o que deve ser estabelecido por acordo entre os Estados. No que respeita aos Estados sem litoral, a Convenção estabelece que esses países têm direito de participar, em base equitativa, do aproveitamento excedente dos recursos vivos (não recursos minerais, portanto) das zonas econômicas exclusivas de seus vizinhos, mediante acordos regionais e bilaterais.
Segundo a Convenção, os navios estrangeiros estão sujeitos à jurisdição do Estado em cujas águas se encontrem; excetuam-seos navios militares e os de Estado, que gozam de imunidade de jurisdição. Os navios estrangeiros encontrados no mar territorial e na ZEE gozam do chamado "direito de passagem inocente", definida como contínua, rápida e ordeira. No entanto, o Estado costeiro tem o direito de regulamentar este tipo de passagem, de modo a prover a segurança da navegação, proteção de equipamentos diversos e a proteção do meio ambiente.
Plataforma Continental
A plataforma continental é a parte do leito do mar adjacente à costa, cuja profundidade média não excede duzentos metros, e é considerado um limite dos continentes. De acordo com a Convenção, sobre essa plataforma e seu subsolo o Estado costeiro exerce direito soberano de exploração dos recursos naturais até à margem continental, mas coloca o limite das 200 milhas a partir da linha de base.
Como vários estados possuem uma plataforma continental mais extensa que a aceite na Convenção, esta fornece indicações para os Estados interessados submeterem as suas reivindicações em relação à extensão da sua plataforma continental a uma Comissão de Limites da Plataforma Continental, igualmente estabelecida na Convenção. O Brasil é um dos países que apresentou, em 2004, a sua reivindicação para extensão da sua plataforma continental.
Alto-Mar
Define-se o alto-mar como as zonas marítimas que não se encontram sob jurisdição de nenhum Estado. Nos termos do direito do mar, qualquer reivindicação de soberania sobre tais zonas, da parte de um Estado, é ilegítima. O limite interior do alto-mar corresponde ao limite exterior da zona econômica exclusiva, que é fixado a no máximo 200 milhas náuticas da costa. No alto-mar, vigora o princípio da liberdade: de navegação, sobrevôo, pesca, pesquisa científica, instalação de cabos e dutos e construção de ilhas artificiais. A única jurisdição aplicável a um navio em alto-mar é a do Estado cuja bandeira a embarcação arvora.
Anexo 2: Critérios de Seleção de Património Mundial
Os sítios candidatos a patrimônio mundial devem satisfazer a alguns critérios de seleção. A solicitação deve ser feita pelo Estado onde o sítio se encontra; a UNESCO não faz recomendações para que se inclua algum sítio na lista. Até o fim de 2004, os critérios eram divididos em duas categorias: critérios naturais e critérios culturais. Depois dessa data, as diretrizes operacionais para a execução da Convenção do Patrimônio Mundial foram revisadas e somente um conjunto de dez critérios existe atualmente, abrangendo os antigos critérios. Para a inclusão de um sítio na lista do Patrimônio Mundial, ele deve atender a pelo menos um dos seguintes critérios: 
	(i) –
	representar uma obra-prima do gênio criativo humano; ou
	(ii) –
	mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou do desenho de paisagem; ou
	(iii) –
	mostrar um testemunho único, ou ao menos excepcional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido; ou
	(iv) –
	ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitetônico, tecnológico ou de paisagem, que ilustre significativos estágios da história humana; ou
	(v) –
	ser um exemplo destacado de um estabelecimento humano tradicional ou do uso da terra, que seja representativo de uma cultura (ou várias), especialmente quando se torna(am) vulnerável(veis) sob o impacto de uma mudança irreversível; ou
	(vi) –
	estar diretamente ou tangivelmente associado a eventos ou tradições vivas, com idéias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada importância universal; 
	(vii) –
	conter fenômenos naturais excepcionais ou áreas de beleza natural e estética de excepcional importância; ou
	(viii) –
	ser um exemplo excepcional representativo de diferentes estágios da história da Terra, incluindo o registro da vida e dos processos geológicos no desenvolvimento das formas terrestres ou de elementos geomórficos ou fisiográficos importantes; ou
	(ix) –
	ser um exemplo excepcional que represente processos ecológicos e biológicos significativos da evolução e do desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos ou aquáticos e comunidades de plantas ou animais; ou
	(x) –
	conter os mais importantes e significativos habitats naturais para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo aqueles que contenham espécies ameaçadas que possuem um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.
Notas: Exceto o critério (vi), que não é em si só considerado suficiente para inclusão de um sítio na lista. O Comitê considera que este critério deve justificar a inclusão na lista somente em casos especiais e em conjunto com outros critérios culturais ou naturais.
� Vide Anexo 1
� Mar Territorial é uma faixa de águas costeiras que alcança 12 � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Milha_n%C3%A1utica" \o "Milha náutica" �milhas náuticas� (22 � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro" \o "Quilômetro" �quilômetros�) a partir do litoral de um � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado" \o "Estado" �Estado� que são consideradas parte do � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio" \o "Território" �território� � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Soberania" \o "Soberania" �soberano� daquele Estado (excetuados os acordos com Estados vizinhos cujas costas distem menos de 24 milhas náuticas). A largura do mar territorial é contada a partir da linha de base, isto é, a linha de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_n%C3%A1utica" \o "Carta náutica" �cartas marítimas� de grande escala reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.
� A ZEE é uma faixa de água que começa no limite exterior do mar territorial de um Estado costeiro e termina a uma distância de 200 milhas náuticas (370 km) do litoral (exceto se o limite exterior for mais próximo de outro Estado) na qual o Estado costeiro dispõe de direitos especiais sobre a exploração e uso de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_marinhos" \o "Recursos marinhos" �recursos marinhos�.
� Chama-se Plataforma Continental à porção dos fundos � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar" \o "Mar" �marinhos� que começa na linha de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Costa" \o "Costa" �costa� e desce com um declive suave até ao � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Talude_continental" \o "Talude continental" �talude continental� (onde o declive é muito mais pronunciado). Em média, a plataforma continental desce até uma profundidade de 200 metros, atingindo as bacias ocêanicas.
� A Convenção sobre Aviação Civil Internacional, também conhecida como Convenção de Chicago, é um � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado" \o "Tratado" �tratado� que estabeleceu a � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_de_Avia%C3%A7%C3%A3o_Civil_Internacional" \o "Organização de Aviação Civil Internacional" �Organização de Aviação Civil Internacional� (OACI), uma agência especializada das � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas" \o "Nações Unidas" �Nações Unidas� cuja função é coordenar e regular o � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Transporte_a%C3%A9reo" \o "Transporte aéreo" �transporte aéreo� internacional. A convenção determina regras acerca do � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_a%C3%A9reo" \o "Espaço aéreo" �espaço aéreo�, registro de aeronaves e segurança de vôo, bem como detalha os direitos dos signatários com respeito ao transporte aéreo. O tratado foi firmado em � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_dezembro" \o "7 de dezembro" �7 de dezembro� de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/1944" \o "1944" �1944�, em � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Chicago" \o "Chicago" �Chicago�, � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/EUA" \o "EUA" �EUA�, por 52 � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado"\o "Estado" �Estados�, e entrou em vigor em � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/4_de_abril" \o "4 de abril" �4 de abril� de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/1947" \o "1947" �1947�. A Convenção de Chicago foi firmada pelo � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil" \o "Brasil" �Brasil� em � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Washington" \o "Washington" �Washington�, a � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/29_de_maio" \o "29 de maio" �29 de maio� de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/1945" \o "1945" �1945�, ratificada a � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/8_de_junho" \o "8 de junho" �8 de junho� de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/1946" \o "1946" �1946� e promulgada pelo decreto no. 21.713, de � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_agosto" \o "27 de agosto" �27 de agosto� daquele ano.
� É todo o � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o_f%C3%ADsico" \o "Espaço físico" �espaço� do � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo" \o "Universo" �universo� que não é ocupado por � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_celeste" \o "Corpo celeste" �corpos celestes� e suas eventuais � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera" \o "Atmosfera" �atmosferas�. É a porção vazia do universo, região em que predomina o � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1cuo" \o "Vácuo" �vácuo�. O termo também pode ser utilizado para se referir a todo espaço que transcende a � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_terrestre" \o "Atmosfera terrestre" �atmosfera terrestre�.
� Organização das � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas" \o "Nações Unidas" �Nações Unidas� para a Cultura, Ciência e Educação
� Vide Anexo 2
�PAGE �
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