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Aula 5 de Direito Tributário - UGF

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Direito Tributário e Finanças Públicas
Prof. Leonardo Pessoa
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AULAS
Aula 01: Apresentação da Disciplina. Conteúdo Programático. Forma de avaliação. Bibliografia básica. Introdução ao Direito Tributário
Aula 02: O Estado e o Poder de Tributar
Aula 03: Tributos: conceito, natureza, espécies. Função dos Tributos
Aula 04: Princípios Jurídicos da Tributação
Aula 05: Princípios Constitucionais da Tributação
Aula 06: Obrigação Tributária: conceito e espécies. Natureza Jurídica
Aula 07: Fato Gerador da Obrigação Tributária
Aula 08: Sujeito Ativo e Passivo da Obrigação Tributária. Responsabilidade
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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	considerações introdutórias
DEFINIÇÃO
“Princípios em sua acepção jurídica significa um conjunto de regras que determinam um certo tipo de comportamento. São eles os responsáveis pela harmonia do sistema normativo. Ou, diríamos, ainda, o seu alicerce. Os princípios podem vir implícitos no sistema constitucional vigente ou expresso, de forma clara na Lei Maior.” (CARNEIRO, Cláudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro. Volume I, atualizado com a LC 128/08 e as MPs 449/08 e 451/08. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2009, p. 307)
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	considerações introdutórias
IMPORTÂNCIA
Função informadora: servem de base para que os legisladores possam criar normas jurídicas.
Função normativa: quando funcionam como norma aplicada, como, por exemplo, nos casos de lacuna da legislação.
Função Interpretativa: são usados como fonte acessória de interpretação da legislação.
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	considerações introdutórias
IMPORTÂNCIA
Função informadora: servem de base para que os legisladores possam criar normas jurídicas.
Função normativa: quando funcionam como norma aplicada, como, por exemplo, nos casos de lacuna da legislação.
Função Interpretativa: são usados como fonte acessória de interpretação da legislação.
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da capacidade contributiva
“§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”
– artigo 145, § 1º da CF
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Princípio da capacidade contributiva
“É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel.” (Súmula 656)
"É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana." (Súmula 668)
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Princípio da capacidade contributiva
“IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo. Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil. Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva.” (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 24-6-2008, 2ª Turma, DJE de 15-8-2008.)
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Princípio da capacidade contributiva
"Lei que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva. Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade." (RE 573.675, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009, Plenário, DJE de 22-5-2009.)
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Princípio da capacidade contributiva
“A multa moratória de 20% (vinte por cento) do valor do imposto devido, não se mostra abusiva ou desarrazoada, inexistindo ofensa aos princípios da capacidade contributiva e da vedação ao confisco.” (RE 239.964, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 15-4-2003, Primeira Turma, DJ de 9-5-2003.) No mesmo sentido: AI 755.741-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009.
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Princípio da capacidade contributiva
“O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a metragem da área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: CF, arts. 150, II, 145, § 1º.” (RE 232.393, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-8-1999, Plenário, DJ de 5-4-2002.) No mesmo sentido: RE 232.577-EDv, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-2-10, Plenário, DJE de 9-4-10; RE 336.782-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 1º-7-2009.
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da NORMA GERAL
HIERARQUIA X TEMÁTICA
JOSÉ AFONSO DA SILVA: “lei ordinária que ofenda uma lei complementar estará vulnerando a própria Constituição, visto que disciplinará interesses que esta determina sejam regulados por ela. Tratar-se-á, então, de conflito de normas, subordinado ao princípio da compatibilidade vertical, entroncando, pois, na norma de maior superioridade hierárquica, que é a que ficou ofendida – a Constituição.”
Súmula STJ n°
276 – “As sociedades civis de prestação de serviços profissionais são isentas da Cofins, irrelevante o regime tributário adotado. (*) Julgando a AR 3.761-PR, na sessão de 12/11/2008, a Primeira Seção deliberou pelo CANCELAMENTO da Súmula n. 276.
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Princípio da NORMA GERAL
HIERARQUIA X TEMÁTICA
“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. COFINS. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I - A revogação, por lei ordinária, da isenção da COFINS concedida pela LC 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais, é constitucionalmente válida, porquanto a Lei 9.430/96 veiculou matéria constitucionalmente reservada à legislação ordinária. Precedentes. II - Ausência de violação ao princípio da hierarquia das leis, consoante orientação fixada desde o julgamento da ADC 1/DF, Rel. Min. Moreira Alves. III - Agravo regimental desprovido.” (AgRg no AI 602.756/RS)
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Princípio da NORMA GERAL
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
(...)
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
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Princípio da NORMA GERAL
HIERARQUIA X TEMÁTICA
“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. COFINS. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I - A revogação, por lei ordinária, da isenção da COFINS concedida pela LC 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais, é constitucionalmente válida, porquanto a Lei 9.430/96 veiculou matéria constitucionalmente reservada à legislação ordinária. Precedentes. II - Ausência de violação ao princípio da hierarquia das leis, consoante orientação fixada desde o julgamento da ADC 1/DF, Rel. Min. Moreira Alves. III - Agravo regimental desprovido.” (AgRg no AI 602.756/RS)
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Princípio da NORMA GERAL
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
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Princípio da NORMA GERAL
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(...)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
(...)
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
(...)
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(...)
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(...)
XII - cabe à lei complementar:
(...)
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 177. Constituem monopólio da União:
(...)
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(...)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota
do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
      
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
"As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem, satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de ‘atividade preponderante’ e ‘grau de risco leve, médio e grave’, não implica
ofensa ao princípio da legalidade genérica, CF, art. 5º, II, e da legalidade tributária, CF, art. 150, I." (RE 343.446, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 20-3-03, Plenário, DJ de 4-4-03). No mesmo sentido: AI 744.295-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 27-10-09, 1ª Turma, DJE de 27-11-09; RE 567.544-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28-10-08, 1ª
Turma, DJE de 27-2-09.
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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
“Tributo – Regência – Princípio da legalidade estrita – Garantia constitucional do cidadão. Tanto a Carta em vigor, quanto – na feliz expressão do Ministro Sepúlveda Pertence – a decaída encerram homenagem ao princípio da 38 legalidade tributária estrita. Mostra-se inconstitucional, porque conflitante com o artigo 6º da Constituição Federal de 1969, o artigo 1º do Decreto-lei n. 1.724, de 7 de dezembro de 1979, no que implicou a exdrúxula delegação ao Ministro de Estado da Fazenda de suspender – no que possível até mesmo a extinção – ‘estímulos fiscais de que tratam os artigos 1º e 5º do Decreto-lei n. 491, de 5 de março de 1969’.” (RE 250.288, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-12- 01, Plenário, DJ de 19-4-02)
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da ISONOMIA
“II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;”
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Princípio da ISONOMIA
“Tem direito de inscrever-se no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuição de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES, a cooperativa dedicada à direção de unidades de ensino e educação, mediante curso completo em qualquer grau e curso técnico profissionalizante.” (RE 436.017-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-10-09, 2ª Turma, DJE de 11-12-09)
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Princípio da ISONOMIA
“Tributário. PIS/PASEP e COFINS. Extensão de tratamento diferenciado. Isonomia. Impossibilidade jurídica do pedido. O acolhimento da postulação da autora --- extensão do tratamento tributário diferenciado concedido às instituições financeiras, às cooperativas e às revendedoras de carros usados, a título do PIS/PASEP e da COFINS --- implicaria converter-se o STF em legislador positivo. Isso porque se pretende, dado ser ínsita a pretensão de ver reconhecida a inconstitucionalidade do preceito, não para eliminá-lo do mundo jurídico, mas com a intenção de, corrigindo eventual tratamento adverso à isonomia, estender os efeitos da norma contida no preceito legal a universo de destinatários nele não contemplados. Precedentes.” (RE 402.748-AgR e RE 418.994-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 22-4-08, 2ª Turma, DJE de 16-5-08). No mesmo sentido: RE 410.515-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 1º-7-09.
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Princípio da ISONOMIA
“Sistema ‘SIMPLES’. Art. 9º da Lei n. 9.317/96. Ofensa ao princípio da isonomia. Inocorrência. Precedente.” (RE 476.106-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º-4-08, 2ª Turma, DJE de 25-4-08)
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Princípio da ISONOMIA
"A lei complementar estadual que isenta os membros do Ministério Público do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fere o disposto no artigo 150, inciso II, da Constituição do Brasil. O texto constitucional consagra o princípio da igualdade de tratamento aos contribuintes. Precedentes. Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do artigo 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte – Lei Complementar n. 141/96.” (ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-3-07, Plenário, DJ de 29-6- 07)
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da Irretroatividade
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
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Princípio da Irretroatividade
"O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 1º-12-2000), assentou a constitucionalidade do sistema de substituição tributária ‘para frente’, mesmo antes da promulgação da EC n. 03/93. Alegação de que a aplicação do sistema de substituição tributária no mês de março de 1989 ofenderia o princípio da irretroatividade. Procedência. Embora a instituição deste sistema não represente a criação de um novo tributo, há substancial alteração no sujeito passivo da obrigação tributária." (RE 266.602, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 14-9-06, Plenário, DJ de 2-2-07)
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Princípio da Irretroatividade
"A circunstância de o fato disciplinado pela norma – isto é, o pagamento do tributo – haver de ocorrer após a sua edição é suficiente para afastar a alegada violação ao princípio da irretroatividade (CF, art. 150, III, a)." (RE 219.878, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-6-00, 1ª Turma, DJ de 4-8-00)
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Princípio da Irretroatividade
EXCEÇÕES:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe
comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
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Princípio da Irretroatividade
EXCEÇÕES:
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;(EC nº 42/03)
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Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
“Contribuições instituídas pela Lei Complementar n. 110/2001. Legitimidade. Princípio da anterioridade. Pacífico o entendimento deste Tribunal quanto à legitimidade das contribuições instituídas pela Lei Complementar n. 110/2001, sendo inexigíveis, contudo, no mesmo exercício em que publicada a lei que as instituiu [ADI n. 2.556-MC, Pleno, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 8-8- 03]." (RE 456.187-AgR-ED, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 4-12-07, 2ª Turma, DJE de 1º-2-08). No mesmo sentido: RE 591.452-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 10-3-09, 2ª Turma,DJE de 17-4-09.
*
Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
"Revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente." (RE 204.062, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 27-9-96, 2ª Turma, DJ de 19-12-96)
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Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
“A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a cobrança do ICMS com a alíquota majorada de 17% para 18%, criada pela Lei paulista 11.601/2003. O prazo nonagesimal previsto no art. 150, III, c, da Constituição Federal somente deve ser utilizado nos casos de criação ou majoração de tributos, não na hipótese de simples prorrogação de alíquota já aplicada anteriormente.” (RE 584.100, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-11-09, Plenário, DJE de 5-2- 10)
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Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
“Art. 3º da Lei 15.747, de 24 de dezembro de 2007, do Estado do Paraná, que estabelece como data inicial de vigência da lei a data de sua publicação. Alteração de dispositivos da Lei 14.260/2003, do Estado do Paraná, a qual dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA. Alegada violação ao art. 150, III, c, da CF. A redução ou a extinção de desconto para pagamento de tributo sob determinadas condições previstas em lei, como o pagamento antecipado em parcela única, não pode ser equiparada à majoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não incidência do princípio da anterioridade tributária. Vencida a tese de que a redução ou supressão de desconto previsto em lei implica, automática e aritmeticamente, aumento do valor do tributo devido. Medida cautelar indeferida.” (ADI 4.016-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º-8-2008, Plenário, DJE de 24-4-2009.)
*
Princípio da ANTERIORIDADE E ANUALIDADE
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(...)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
*
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
“(...) O Supremo Tribunal Federal, em casos análogos, decidiu que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos ofende o princípio da vedação de utilização de qualquer tributo com efeito confiscatório, nos termos do art. 150, inc. IV, da Constituição da República.” (AI 701.192-AgR, voto da Min. Cármen Lúcia, julgamento em 19-5- 09, 1ª Turma, DJE de 26-6-09)
*
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
"Fixação de valores mínimos para multas pelo não-recolhimento e sonegação de tributos estaduais. Violação ao inciso IV do art. 150 da Carta da República. A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal." (ADI 551, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 21-10-02, Plenário, DJ de 14-2-03)
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
*
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
“Tributário. Pedágio. Lei n. 7.712, de 22/12/88. Pedágio: natureza jurídica: taxa: CF, art. 145, II, art. 150, V. Legitimidade constitucional do pedágio instituído pela Lei n. 7.712, de 1988.” (RE 181.475, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 4-5-99, 2ª Turma, DJ de 25-6-99)
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E
BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
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PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
"Decreto 420/1992. Lei 8.393/1991. IPI. Alíquota regionalizada incidente sobre o açúcar. Alegada ofensa ao disposto nos arts. 150, I, II e § 3º, e 151, I, da Constituição do Brasil. Constitucionalidade. O Decreto 420/1992 estabeleceu alíquotas diferenciadas – incentivo fiscal – visando dar concreção ao preceito veiculado pelo art. 3º da Constituição, ao objetivo da redução das desigualdades regionais e de desenvolvimento nacional. Autoriza-o o art. 151, I da Constituição. A alíquota de 18% para o açúcar de cana não afronta o princípio da essencialidade. Precedente. A concessão do benefício da isenção fiscal é ato discricionário, fundado em juízo de conveniência e oportunidade do Poder Público, cujo controle é vedado ao Judiciário. Precedentes." (AI 630.997-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 24-4- 2007, Segunda Turma, DJ de 18-5-2007.)
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
*
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. O artigo 98 do Código Tributário Nacional ‘possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios’ (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão). No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.” (RE 229.096, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 16-8-07, Plenário, DJEde 11-4-08). No mesmo sentido: RE 234.662-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 13-10-09, 1ª Turma, DJE de 20-11- 09; AI 223.336-AgR, Rel. Joaquim Barbosa, julgamento em 21-10-08, 2ª Turma, DJE de 28-11-08; RE 385.311-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-08, 1ª Turma, DJE de 26-9-08.
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
*
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
"Tributário. ICMS. Benefício fiscal. Redução da carga tributária condicionada à origem da industrialização da mercadoria. Saídas internas com café torrado ou moído. Decreto 35.528/2004 do Estado do Rio de Janeiro. Violação do art. 152 da Constituição. O Decreto 35.528/2004, do Estado do Rio de Janeiro, ao estabelecer um regime diferenciado de tributação para as operações das quais resultem a saída interna de café torrado ou moído, em função da procedência ou do destino de tal operação, viola o art. 152 da Constituição." (ADI 3.389 e ADI 3.673, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-9-07, Plenário, DJ de 1º-2-08). No mesmo sentido: ADI 2.377-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 22-2-01, Plenário, DJ de 7-11-03.
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
*
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
"Observe-se, ainda, que o art. 7º da Lei estadual impugnada determinou que do valor do crédito fiscal previsto no seu art. 3º 40% (quarenta por cento) deverá ser recolhido para apoiar os produtores e 10% (dez por cento), para a pesquisa
do algodão. Tem-se aqui inequívoca afronta ao disposto no art. 167, IV, da Constituição, que veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesas. Ressalte-se que esta Corte houve por bem declarar a inconstitucionalidade de lei paulista que destinou 1% do ICMS ao fornecimento de programas habitacionais, por afronta ao dispositivo constitucional mencionado (RE n. 183.906/SP, RTJ 167, p. 287/295)." (ADI 2.722, voto do Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15-9-05, Plenário, DJ de 19-12- 06). Vide:AI 463.587-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 23- 6-09, 1ª Turma,DJE de 14-8-09.
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
*
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
Art. 153 - [...]
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
(...)
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
*
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado ou pelo Distrito Federal;”
*
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
“Correção monetária. Créditos escriturais não utilizados no tempo devido por ilegítima resistência do Estado. (...) Correção monetária devida durante o período de oposição do Estado. Entendimentos aplicáveis ao ICMS e ao IPI.” (RE 411.861-AgR-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-6-2010, Primeira Turma, DJE de 25-6-2010.)
“Esta Corte entende que a atualização monetária do tributo, tal como previsto na Lei 8.383/1991, não ofende o princípio da não cumulatividade.” (RE 248.725-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de 19-2-2010.)
*
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
PRINCÍPIO DA ISONOMIA	
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
*
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
ICMS: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade
IPI: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
*
IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
IMUNIDADE DOS LIVROS
OUTRAS IMUNIDADES
*
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
“A imunidade é, assim, a qualidade da situação que não pode ser atingida pelo tributo, em razão de norma constitucional que, à vista de alguma especificidade pessoal ou material dessa situação, deixou-a fora do campo sobre que é autorizada a instituição de tributo.” (LUCIANO DA SILVA AMARO)
*
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE X NÃO-INCIDÊNCIA X ISENÇÃO X ALÍQUOTA ZERO
CLASSIFICAÇÃO:
SUBJETIVAS E OBJETIVAS
EXPRESSAS E IMPLÍCITAS
INCONDICIONAIS E CONDICIONAIS
GENÉRICAS E ESPECÍFICAS
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CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
As IMUNIDADES do artigo 150, VI, da CF só afastam a incidência de IMPOSTOS:
"A imunidade prevista no art. 150, VI da CF não alcança a contribuição para o PIS, mas somente os impostos incidentes sobre a venda de livros, jornais e periódicos." (RE 211.388-ED, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 10-2-1998, Segunda Turma, DJ de 8-5-1998.)
*
IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
IMUNIDADE DOS LIVROS
OUTRAS IMUNIDADES
*
IMUNIDADE RECÍPROCA
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
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IMUNIDADE RECÍPROCA
“A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, da Constituição, aplica-se às operações de importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de fato’). Compete ao ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência.” (AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)
*
IMUNIDADE RECÍPROCA
“A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). A imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso de carga.” (RE 259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.) Vide: RE 233.843, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.
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IMUNIDADE RECÍPROCA
“Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO. Empresa pública. Imunidade recíproca. Art. 150, VI, a, da CF/1988. A Infraero, empresa pública prestadora de serviço público, está abrangida pela imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, da Constituição. Não incide ISS sobre a atividade desempenhada pela Infraero na execução de serviços de infraestrutura aeroportuária, atividade que lhe foi atribuída pela União.” (RE 524.615-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJE de 3-10-2008.)
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IMUNIDADE RECÍPROCA
"Decisão que deferiu o pedido de tutela antecipada, nos termos do RE 407.099-5/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 6-8-2004. Suspensão da exigibilidade da cobrança de IPVA sobre os veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Este Tribunal possui firme entendimento no sentido de que a imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF, estende-se à ECT (ACO-AgRg 765-1/RJ, Rel. p/ o ac.  Min. Joaquim Barbosa, Informativo STF 443). A controvérsia sobre a natureza jurídica e a amplitude do conceito dos serviços postais prestados pela ECT
está em debate na ADPF 46." (ACO 811-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 26-4-2007, Plenário, DJ de 14-12-2007.) No mesmo sentido: RE 443.648-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010, Segunda Turma, DJE de 28-5-2010.
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IMUNIDADE RECÍPROCA
“A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da CF/1988, somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que o Município não é contribuinte de direito do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de fato e a imunidade recíproca não beneficia o contribuinte de fato.” (AI 671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 1º-4-2008, Segunda Turma, DJE de 25-4-2008.) No mesmo sentido: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010; AI 574.042-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 6-10-2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009. Vide: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.
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IMUNIDADE RECÍPROCA
"IPTU. Imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto de Santos, integrantes do domínio da União. Impossibilidade de tributação pela municipalidade, independentemente de encontrarem-se tais bens ocupados pela empresa delegatária dos serviços portuários, em face da imunidade prevista no art. 150, VI, a, da CF." (RE 253.394, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 26-11-2002, Primeira Turma, DJ de 11-4-2003.) No mesmo sentido: RE 597.563-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 12-5-2009, Segunda Turma, DJE de 29-5-2009; RE 318.185-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 9-3-2004, Segunda Turma, DJ de 7-5-2004; RE 357.447-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 2-3-2004, Segunda Turma, DJ de 26-3-2004; RE 265.749, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 27-5-2003, Segunda Turma, DJ de 12-9-2003.
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IMUNIDADE RECÍPROCA
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
 
“Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.” (Súmula 583.)
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IMUNIDADE RECÍPROCA
“Incra. Imunidade tributária. Exploração de unidade agroindustrial. Ausência de configuração de atividade econômica capaz de impor o regime tributário próprio das empresas privadas. A atividade exercida pelo Incra, autarquia federal, não se enquadra entre aquelas sujeitas ao regime tributário próprio das empresas privadas, considerando que a eventual exploração de unidade agroindustrial, desapropriada, em área de conflito social, está no âmbito de sua destinação social em setor relevante para a vida nacional. A imunidade tributária só deixa de operar quando a natureza jurídica da entidade estatal é de exploração de atividade econômica.” (RE 242.827, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.) No mesmo sentido: RE 248.824-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 13-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.
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IMUNIDADE RECÍPROCA
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
“Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” (Súmula 545.)
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IMUNIDADE RECÍPROCA
“É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre iniciativa e concorrência). O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e § 2º e § 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão.” (RE 399.307-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)
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IMUNIDADE RECÍPROCA
"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre serviços de registros públicos, cartorários e notariais. Constitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à LC 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo ISSQN. (...) As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não tributação das atividades delegadas." (ADI 3.089, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2-2008, Plenário, DJE de 1º-8-2008.) No mesmo sentido: RE 557.643-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2009, Segunda Turma, DJE de 13-3-2009.
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IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
IMUNIDADE DAS ENTIDAS SEM FINS LUCRATIVOS
IMUNIDADE DOS LIVROS
OUTRAS IMUNIDADES
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IMUNIDADE DOS TEMPLOS
b) templos de qualquer culto;
“Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art. 150, VI, b, CF/1988. Cemitério. Extensão de entidade de cunho religioso. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e 150, VI, b. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas.” (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.)
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IMUNIDADE DOS TEMPLOS
"Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços ‘relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas’. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas." (RE 325.822, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15-12-2002, Plenário, DJ de 14-5-2004.) No mesmo sentido: AI 690.712-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009; AI 651.138-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.
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IMUNIDADE DOS TEMPLOS
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente
o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
"À luz da plena vinculação da atividade administrativa da constituição do crédito tributário, eventual e hipotético desvio de finalidade na aplicação do bem não pode ser pura e simplesmente pressuposta." (AI 409.806-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.)
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IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
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OUTRAS IMUNIDADES
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
 
“Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.” (Súmula 724)
“A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.” (Súmula 730)
 
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência social nas operações de importação, em razão de a regra constitucional não se prestar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da tributação." (AI 476.664-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.)
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
“Imunidade. (...) Inaplicabilidade às hipóteses de responsabilidade ou substituição tributária. (...) Recurso extraordinário interposto de acórdão que considerou válida a responsabilização tributária do Serviço Social da Indústria – SESI pelo recolhimento de ICMS devido em operação de circulação de mercadoria, sob o regime de diferimento. Alegada violação do art. 150, IV, c, da Constituição, que dispõe sobre a imunidade das entidades assistenciais sem fins lucrativos. A responsabilidade ou a substituição tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja regra-matriz continua a incidir sobre a operação realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão somente por si, a relação de responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o responsável tributário ou o substituto.” (RE 202.987, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-6-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.)
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
“ICMS. Imunidade. (...) Aquisição de mercadorias e serviços no mercado interno. Entidade beneficente. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição, compreende as aquisições de produtos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades beneficentes.” (AI 535.922-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma, DJE de 14-11-2008.)
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Sindicato. Colônia de férias. Inexistência de imunidade tributária por não ser o patrimônio ligado às finalidades essenciais do sindicato. Recurso extraordinário: descabimento." (RE 245.093-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-11-2006, Primeira Turma, DJ de 7-12-2006.)
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Senac. Instituição de educação sem finalidade lucrativa. ITBI. Imunidade. (...) Esta Corte, por seu Plenário, ao julgar o RE 237.718, firmou o entendimento de que a imunidade tributária do patrimônio das instituições de assistência social (art.150, VI, c, da Constituição) se aplica para afastar a incidência do IPTU sobre imóveis de propriedade dessas instituições, ainda quando alugados a terceiros, desde que os aluguéis sejam aplicados em suas finalidades institucionais. Por identidade de razão, a mesma fundamentação em que se baseou esse precedente se aplica a instituições de educação, como a presente, sem fins lucrativos, para ver reconhecida, em seu favor, a imunidade relativamente ao ITBI referente à aquisição por ela de imóvel locado a terceiro, destinando-se os aluguéis a ser aplicados em suas finalidades institucionais." (RE 235.737, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 13-11-2002, Primeira Turma, DJ de 17-5-2002.) No mesmo sentido: AI 409.806-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
“Imunidade tributária. IPTU. Finalidade do bem. A utilização do imóvel para atividade de lazer e recreação não configura desvio de finalidade com relação aos objetivos da fundação caracterizada como entidade de assistência social. A decisão que afasta o desvio de finalidade para o fim de assegurar a imunidade tributária com base no reconhecimento de que a atividade de recreação e lazer está no alcance dos objetivos da fundação não agride o art. 150, § 4º, VI, da CF.” (RE 236.174, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.)
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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
“Imunidade – Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (...). O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da CF.” (RE 221.395, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 8-2-2000, Segunda Turma, DJ de 12-5-2000.)
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IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
IMUNIDADE DOS LIVROS
OUTRAS IMUNIDADES
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IMUNIDADE DOS LIVROS
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
“A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.” (Súmula 657)
"Imunidade tributária (livros, jornais e periódicos): listas telefônicas. Firmou-se a jurisprudência do STF no sentido de que a imunidade constitucional assegurada à publicação de periódicos impede a cobrança de ISS sobre a edição de listas telefônicas." (RE 114.790, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-8-97, 1ª Turma, DJ de 3-10-97)
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IMUNIDADE DOS LIVROS
"‘Álbum de figurinhas’. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil." (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-5-2004, Segunda Turma, DJ de 6-8-2004.) No mesmo sentido: RE 179.893, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-4-2008, Primeira Turma, DJE de 30-5-2008.
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IMUNIDADE DOS LIVROS
"Imunidade conferida
pelo art. 150, VI, d, da Constituição. Impossibilidade de ser estendida a outros insumos não compreendidos no significado da expressão ‘papel destinado à sua impressão’. Precedentes do Tribunal." (RE 324.600-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-9-2002, Primeira Turma, DJ de 25-10-2002.) No mesmo sentido: RE 372.645-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 20-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.
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IMUNIDADE DOS LIVROS
“Jornal. Imunidade tributária. CF, art. 150, VI, d. O STF decidiu que apenas os materiais relacionados com papel (papel fotográfico, papel telefoto, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas, papel fotográfico p/ fotocomposição por laser) é que estão abrangidos pela imunidade tributária do art. 150, VI, d, da CF.” (RE 178.863, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 25-3-1997, Segunda Turma, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: RE 495.385-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 23-10-2009.
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IMUNIDADE DOS LIVROS
"Encartes de propaganda distribuídos com jornais e periódicos. ISS. Art. 150, VI, d, da Constituição. Veículo publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como destinado à cultura e à educação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo serviço prestado e ao lucro líquido obtido." (RE 213.094, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-99, 1ª Turma, DJ de 15-10-99)
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IMUNIDADE DOS LIVROS
“(...) Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em 15/9/2000, conforme expresso na certidão de folha 96, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação merece prosperar, haja vista que a jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição Federal, conferida a livros, jornais e periódicos, não abrange outros insumos que não os compreendidos na acepção da expressão “papel destinado a sua impressão”. (RE 330817/RJ. Ministro Dias Toffoli. Decisão em 04.02.2010)
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IMUNIDADES
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE RECÍPROCA
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
IMUNIDADE DOS LIVROS
OUTRAS IMUNIDADES
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade de produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153, § 3º, III, da CF)
Imunidade das pequenas glebas rurais (art. 153, § 4º, II da CF), desde que o proprietário não possua outro imóvel e mantenha atividade exploradora  
Imunidade do ICMS quanto a mercadorias e serviços destinados ao exterior (art. 155, § 2º, X, “a”, da CF) : “A imunidade do ICMS relativa à exportação de produtos industrializados abrange todas as operações que contribuíram para a exportação, independentemente da natureza da moeda empregada.” (RE 248.499, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-10-2009, Segunda Turma, DJE de 20-11-2009.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ICMS quanto a operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica (art. 155, § 2º, X, “b”, da CF) :
 “Recurso Extraordinário. Decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que reconheceu a imunidade prevista no art. 155, § 2º, X, b, da CF. Incidência do ICMS sobre a operação de bombeamento e tancagem de combustível. Não comprovação de venda do produto em outros Estados. Não caracterização da operação tancagem como operação de destinação. Afronta ao art. 155, § 2º, X, b, CF/1988 por má aplicação.” (RE 358.956, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 20-9-2005, Segunda Turma, DJE de 27-6-2008.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ICMS sobre o ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 155, § 2º, X, “c”, da CF):
"O ouro, definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se, exclusivamente, ao IOF, devido na operação de origem: CF, art. 153, § 5º. Inconstitucionalidade do inciso II do art. 1º da Lei 8.033/1990." (RE 190.363, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 13-5-1998, Plenário, DJ de 12-6-1998.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ICMS nas operações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita (art. 155, § 2º, X, “d”, da CF)
Imunidade do ITBI em relação a direitos reais de garantia (art. 156, II, da CF)
Imunidade do ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital (art. 156, § 2º, I, da CF)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade da CIDE sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, § 2º, I, da CF):
"Tributo. Contribuição Social sobre Lucro Líquido – CSLL. Incidência sobre as receitas e o lucro decorrentes de exportação. Inadmissibilidade. Ofensa aparente ao disposto no art. 149, § 2º, I, da CF, incluído pela EC 33/2001. Pretensão de inexigibilidade. Razoabilidade jurídica, acrescida de perigo de dano de reparação dificultosa. Efeito suspensivo ao recurso extraordinário admitido na origem. Liminar cautelar concedida para esse fim." (AC 1.738-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-9-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.) No mesmo sentido: AC 1.890-MC, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 27-2-2009; AC 2.073-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 26-6-2008, Informativo 512. Em sentido contrário: RE 474.132, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-8-2010, Plenário, Informativo 595; RE 564.413, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-2010, Plenário, Informativo 595.
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade das Contribuições Sociais para a Seguridade Social relativas às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. (art. 195, § 7º da CRFB):
“Constitucional. Tributário. Contribuições Sociais. Imunidade. Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS. Renovação periódica. Constitucionalidade. Direito adquirido. Inexistência. Ofensa aos arts. 146, II e 195, § 7º, da CF/1988. Inocorrência. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. O inciso II do art. 55 da Lei 8.212/1991 estabelece como uma das condições da isenção tributária das entidades filantrópicas a exigência de que possuam o certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS, renovável a cada três anos. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os arts. 146, II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente (...). Hipótese em que a recorrente não cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado.” (RMS 27.093, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 2-9-2008, Segunda Turma, DJE de 14-11-2008.) No mesmo sentido: RMS 26.932, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 1-12-2009, Segunda Turma, DJE de 5-2-2010.
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade de taxas decorrentes do direito de petição (art. 5º. XXXIV, a, da CF): 
“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.” (Súmula Vinculante 21.)
Imunidade de taxas para obtenção de certidões em repartições públicas (art. 5º. XXXIV, b, da CF): 
"Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 178 da LC 19, de 29 de dezembro de 1997, do Estado do Amazonas. Extração de certidões,
em repartições públicas, condicionada ao recolhimento da ‘taxa de segurança pública’. violação à alínea b do inciso XXXIV do 5º da CF. Ação julgada procedente." (ADI 2.969, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 22-6-2007.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade de custas judiciais na ação popular (art. 5º. LXXIII, da CF): 
"Honorários advocatícios e custas por conta dos réus, apenas, dado que não cabe condenação do autor em tais parcelas, na forma do disposto no art. 5º, LXXIII, da Constituição." (AO 188, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 29-9-1993, Plenário, DJ de 29-10-1993.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade das custas judiciais para os hipossuficientes (art. 5º. LXXIV, da CF): 
"Custas: condenação do beneficiário da justiça gratuita. O beneficiário da justiça gratuita, que sucumbe, é condenado ao pagamento das custas, que, entretanto, só lhe serão exigidas, se até cinco anos contados da decisão final, puder satisfazê-las sem prejuízo do sustento próprio ou da família: incidência do art. 12 da Lei 1.060/1950, que não é incompatível com o art. 5º, LXXIV, da CF." (RE 184.841, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21-3-1995, Primeira Turma, DJ de 8-9-1995.) No mesmo sentido: RE 482.367-AgR-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-12-2009, Primeira Turma, DJE de 5-2-2010; RE 528.030-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009; RE 495.498-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.
    “A demonstração do estado de miserabilidade pode resultar de quaisquer outros meios probatórios idôneos, além do atestado de pobreza fornecido por autoridade policial competente.” (HC 72.328, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-3-1995, Primeira Turma, DJE de 11-12-2009.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do registro civil e da certidão de óbito para os reconhecidamente pobres (art. 5º. LXXVI, a e b, da CF):
"Constitucional. Declaração de constitucionalidade. Atividade notarial. Natureza. Lei 9.534/1997. Registros públicos. Atos relacionados ao exercício da cidadania. Gratuidade. Princípio da proporcionalidade. Violação não observada. Precedentes. Procedência da ação. A atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e registros, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. Não ofende o princípio da proporcionalidade lei que isenta os ‘reconhecidamente pobres’ do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão respectiva." (ADC 5, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007, Plenário, DJ de 5-10-2007.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade das ações de habeas-corpus e habeas-data (art. 5º. LXXVII, da CF): 
“Constitucional. Atividade notarial. Natureza. Lei 9.534/1997. Registros públicos. Atos relacionados ao exercício da cidadania. Gratuidade. Princípio da proporcionalidade. Violação não observada. Precedentes. Improcedência da ação. A atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e registros, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. Não ofende o princípio da proporcionalidade lei que isenta os ‘reconhecidamente pobres’ do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão respectiva. Precedentes. Ação julgada improcedente.” (ADI 1.800, Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007, Plenário, DJE de 28-9-2007.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ensino fundamental e médio (art. 208, I, II, §1º da CF)
Imunidade da celebração do casamento (art. 226, § 1º da CF):
"Na Instrução Normativa 218/1993, impugna-se a inclusão do termo casamento, no item 1, sustentando-se que a Constituição assegura gratuidade às pessoas reconhecidamente pobres, quanto a certidões de registro civil de nascimento e óbito, não, assim, no que concerne às certidões de casamento. Está no art. 226, § 1º, da Constituição, que o casamento é civil e gratuita a celebração. Falta de relevância jurídica ao pedido de cautelar, na espécie, em ordem a autorizar, desde logo, a suspensão de vigência da Instrução Normativa 218/1993, não havendo, além disso a autora demonstrado o periculum in mora, in casu." (ADI 1.364-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 19-12-1995, Plenário, DJ de 11-4-1997.)
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OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade na distribuição da edição popular da Constituição Federal (art. 64 do ADCT)
Imunidade de impostos federais, estaduais e municipais sobre operações de transferência de imóveis desapropriados para fins dereforma agrária. (art. 184, § 5º da CF):
“Alcance da imunidade tributária relativa aos títulos da dívida agrária. Há pouco, em 28-9-1999, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar o RE 169.628, Relator o eminente Ministro Maurício Corrêa, decidiu, por unanimidade de votos, que o § 5º do art. 184 da Constituição, embora aluda à isenção de tributos com relação às operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, não concede isenção, mas, sim, imunidade, que por sua vez tem por fim não onerar o procedimento expropriatório ou dificultar a realização da reforma agrária, sendo que os títulos da dívida agrária constituem moeda de pagamento da justa indenização devida pela desapropriação de imóveis por interesse social e, dado o seu caráter indenizatório, não podem ser tributados. Essa imunidade, no entanto, não alcança terceiro adquirente desses títulos, o qual, na verdade, realiza com o expropriado negócio jurídico estranho à reforma agrária, não sendo assim também destinatário da norma constitucional em causa.” (RE 168.110, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 4-4-2000, Primeira Turma, DJ de 19-5-2000.)
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(Defensoria – SP/2007)
A Constituição Federal, em seu artigo 150,I e II, ao afirmar que os tributos não poderão ser aumentados ou exigidos sem lei que o estabeleça e que os contribuintes em situação equivalente não terão tratamento desigual, está dispondo sobre os princípios da:
 anterioridade e da isonomia.
 capacidade contributiva e da anterioridade.
 legalidade e da isonomia.
 legalidade e da anterioridade.
 legalidade e da capacidade contributiva.
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GABARITO
C – ART. 150, I e II- CF
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(Auditor Fiscal da Receita Federal/2005)
Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto sobre:
 importação de produtos estrangeiros.
 exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
 propriedade territorial rural.
 operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
 produtos industrializados.
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GABARITO
C – ART. 153,§1º CF
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(Analista de Regulação – CE/2006)
Através de decreto do Presidente da República é possível, dentro dos limites e sem obediência aos princípios da anterioridade e da noventena, a majoração de alíquotas do imposto:
 de importação e imposto de renda.
 de exportação e imposto sobre propriedade territorial rural.
 sobre produtos industrializados e impostos sobre operações de crédito.
 sobre produtos industrializados e imposto de renda.
 sobre operações de crédito e imposto de importação.
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GABARITO
E – ART. 150,§1º e 153, §1º CF
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(Agente Fiscal de Rendas – SP/2006)
De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre:
 a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana.
 importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural.
 propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário

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