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Concurseiro Social - Regime Jurídico do Servidores Públicos Civis da União Comentada - Lei nº 8112 de 1991

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no-811290-regime-juridico-unico-dos-servidores-publicos-civis-da-
uniao.html 
 
 
RJU - REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO 
Comentado e atualizado até Novembro/2011 
 
LEI Nº 8.112, de 11/12/1990 
 
Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das 
Fundações Públicas Federais. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Título I 
Capítulo Único 
Das Disposições Preliminares 
Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. 
Comentários: 
A Constituição Federal de 1988 aderiu ao regime jurídico único para os servidores públicos, 
significando dizer que não seria mais possível a diversidade de contratações no âmbito da 
Administração Pública. Consequentemente, a unidade pretendida pelo Constituinte era a de que todos 
os servidores da Administração Direta do Estado, das autarquias e das fundações públicas estivessem 
sujeitos a critérios semelhantes, no tocante ao recrutamento, à seleção, ao provimento, à progressão 
funcional, aos direitos, aos deveres. Todavia, a redação do seu art. 39 foi alterada pela Emenda 
Constitucional 19/98 (a da "reforma administrativa") e facultou o estabelecimento de um duplo regime 
jurídico-institucional e celetista, à exceção das carreiras que desenvolvam atividades exclusivas de 
Estado, como é o caso da magistratura, ministério público, polícias militar, federal e civil, procuradorias 
de estado, defensoria pública, diplomacia. Em outras palavras, os servidores públicos investidos em 
cargos ou empregos públicos em determinada pessoa política (a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios) deveriam estar, na sua totalidade, vinculados ao regime estatutário ou ao celetista, 
restando-lhes a vedação de combinação desses regimes ainda que desempenhassem a mesma 
função na mesma pessoa política. Mas, na prática, a União, os Estados e a maioria dos Municípios 
estipularam um regime único e de natureza pública. A título exemplificativo, faz-se menção à Lei 
10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias 
especiais denominadas Agências Reguladoras, e à Lei 9.962/2000, que disciplina o regime de emprego 
público do pessoal da administração federal direta, autárquica e fundacional. 
Ocorre que a alteração promovida no caput do artigo 39, que extinguiu o regime jurídico único 
(RJU) para o serviço público, foi promulgada sem que a Câmara tivesse aprovado o texto no formato 
atual. Assim em 27 de Janeiro de 2000, o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Democrático 
Trabalhista (PDT), o Par-tido Comunista do Brasil (PC do B) e o Partido Socialista do Brasil (PSB) 
ajuizaram no Supremo Tribunal Federal ação direta de inconstitucionalidade (ADI nº 2135) contra a 
Emenda Constitucional 19/1998, questionando a eficácia do caput do artigo 39 da CF/88, com a 
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1
redação dada pela EC nº 19/98. Em agosto de 2007. o STF concedeu medida cautelar para suspender 
o caput do artigo 39 da Constituição Federal, voltando a vigorar a redação anterior à EC 19/98. 
Ao ser proferido o resultado do julgamento, a ministra Ellen Gracie esclareceu que a decisão 
tem efeito ex nunc. Com isso, toda a legislação editada durante a vigência do artigo 39, caput, com a 
redação da EC 19/98, continua válida. ficando resguardadas as situações consolidadas, até o 
julgamento do mérito. Assim, volta a vigorar a redação anterior do caput do art. 39: "A União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico 
único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas". 
Concedida a cautelar todo servidor público que adentrar para a Administração Pública terá que, 
obrigatoriamente, passar por concurso público de provas e de títulos e, a forma de contratação será por 
via do RJU, com direito ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS). 
Os processos de terceirização no serviço público estão suspensos até julgamento do mérito da 
ADI nº 2135 e os contratos por prazo determinado somente serão permitidos em caráter excepcional 
de interesse público, desde que comprovado e aprovado pelo Poder Legislativo e pelo TCU. 
Caso seja provida, anulará os efeitos da Lei nº. 9.962, de 22.02.2000, que dispõe sobre o 
regime de emprego público, para órgãos e entidades de direito público, que não se aplica às fundações 
estatais de direito privado, tanto quanto às empresas estatais e sociedades de economia mista, todas 
sob regime de direito privado. 
Os antigos contratos permanecem como estão, conforme decisão do STF, até o julgamento de 
mérito. 
Como último comentário, há de se considerar que a Administração Direta é inerente a cada 
pessoa federativa, logo tem-se que na esfera federal, no caso da União, o Poder Executivo é composto 
pela Presidência da República e pelos Ministérios; na esfera estadual/distrital, é integrado pela 
Governadoria, pelos órgãos de assessoria do chefe do Executivo local e pelas Secretarias de Estado; 
na esfera municipal, é composto pela Prefeitura, pelos órgãos de assessoria do Prefeito e pelas 
Secretarias Municipais. Já os Poderes Legislativo e Judiciário, seja nas esferas federal ou 
estadual/distrital, possuem estrutura orgânica estabelecida em atos próprios de organização 
administrativa, o que não ocorre na esfera municipal, pois não há Judiciário próprio, mas tem 
Legislativo (Câmara Municipal). Quanto à Administração Indireta, as pessoas federativas podem criar 
uma das categorias de entidades previstas no art. 42, inc. II, do Decreto-Lei 200/67 (as autarquias, as 
fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista), basta a previsão de 
competência para o exercício da atividade e que haja interesse administrativo para tanto. 
 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. 
Comentários: 
A Lei 8.112/90 define servidor como a pessoa legalmente investida em cargo público, criado 
por lei, com denominação própria e retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos. Por conseguinte, 
não são considerados servidores públicos os empregados das empresas públicas, das sociedades de 
economia mista e das fundações, pois são regidos pelo regime trabalhista e integram a categoria 
profissional a que estiver vinculada a entidade. 
Salienta-se que as empresas públicas e as sociedades de economia mista estão sujeitas às 
regras de direito privado em relação às obrigações trabalhistas, por força do art. 173, § 12, da CF/88. 
Enquanto nas empresas públicas o capital pertence totalmente ao Estado, nas sociedades de 
economia mista o Estado ou seu órgão detém 50% (cinquenta por cento) mais uma ação ordinária com 
direito a voto, o que corresponde a deter a maioria do poder votante. 
Quanto às fundações, como uma das pessoas jurídicas vinculadas ao Estado (a Administração 
Indireta), faz-se menção ao fato de que o Decreto-Lei 200/67 configurou as fundações públicas na 
administração pública indireta como pessoa jurídica regida pelo direito privado, mas o Decreto-Lei 
900/69 retirou as fundações públicas de direito privado da estruturada administração pública indireta, 
sujeitando-as apenas as regras do Código Civil. Apesar disso, o Decreto-Lei 2.299/86 e a Lei 7.596/87 
revogaram parcialmente o Decreto-Lei 900/69, reintegrando as fundações públicas de direito privado 
na administração pública indireta. Já a Carta de 1988 consagrou a figura da fundação de direito público 
e estabeleceu as mesmas restrições administrativas, orçamentárias e financeiras impostas às 
autarquias, contudo o texto do seu art. 37, inc. XIX foi alterado pela Emenda Constitucional nº 19/98, 
retirando a qualificação "pública" da redação original da Carta de 1988 e autorizou o Poder Executivo a 
instituir fundações públicas de direito privado. Dessa forma, possibilitou ao Estado criar e manter 
fundações públicas de direito público, com regime jurídico-administrativo, ou fundações públicas de 
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direito privado, com regime celetista. Mesmo assim, a EC 19/98 previu que lei complementar deverá 
definir a área de atuação dessas fundações, apesar de não ter sido editada. Enquanto isso, as 
fundações desempenham atividade estatal atípica, de cunho social, ao passo que as autarquias 
desempenham atividade típica de Estado de natureza administrativa. 
 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com 
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou 
em comissão. 
Comentários: 
Cargo público é uma célula, um lugar pertencente à estrutura organizacional da Administração 
Direta e de suas autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem um conjunto 
de atribuições específicas e remuneração fixadas em lei ou a ela equivalente. A nosso ver, percebe-se 
a inadequação conceitual do art. 39 da Lei 8.112/90, tendo em vista que cargo público não é um 
conjunto de atribuições, aliado ao fato de que as atribuições são cometidas ao ocupante do cargo, que 
é o seu titular. 
Em relação ao assunto, torna-se conveniente fazer menção a alguns aspectos: 
a) a existência de lei é pressuposto para a criação de cargos públicos, nos termos do art. 48, inc. X, da 
CF/88. A Emenda Constitucional 32/2001 modificou esse artigo, ao admitir a extinção por decreto no 
caso de vacância, ainda que a lei tenha criado o cargo; 
b) como regra geral, é garantido a todos os brasileiros, natos e naturalizados, o acesso aos cargos 
públicos, desde que atendidos os requisitos legais. A exceção está preconizada no art. 12, § 3º, da 
CF/88, que elencou determinados cargos privativos de brasileiros natos. Quanto ao ingresso de 
estrangeiro no serviço público, observa-se a sua possibilidade a partir da Lei 8.745/93, que trazia em 
seu texto a contratação temporária de professor e pesquisador visitante estrangeiro como sendo de 
excepcional interesse público, o que foi confirmado pela Emenda Constitucional 11/96, especialmente o 
seu § 1º inserido no art. 207, da CF/88. Posteriormente, a Emenda Constitucional 19/98 voltou a 
discutir a questão, uma vez que foi alterado o art. 37, inc. I (É facultado às universidades admitir profes-
sores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei). Em sequência, tem-se a edição da Lei 
9.515/97, que se adequou à EC 11/96 ao estabelecer que as universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais pudessem prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros; 
c) a denominação e as atribuições próprias do titular do cargo revelam a necessidade de sua criação 
por lei, em número certo e com a exata descrição dos deveres, das responsabilidades, na forma que 
dispuser o respectivo plano de carreira; 
d) os recursos necessários ao pagamento do vencimento pago pelos cofres públicos serão alocados no 
orçamento do órgão ou entidade em que o servidor estiver em efetivo exercício. A criação de cargos 
públicos depende de inclusão de sua previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de que trata o art. 
165, § 2º, da CF/88. Naturalmente, além do vencimento, outras vantagens pecuniárias poderão ser 
deferidas ao ocupante do cargo e, nesse caso, os recursos deverão ser alocados nos respectivos 
elementos de despesa, como, por exemplo: diárias - pessoal civil e outras despesas variáveis - pessoal 
civil; 
e) o provimento em caráter efetivo ocorre quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou 
de carreira, mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, enquanto o 
provimento em comissão, inclusive na condição de interino, para os cargos de confiança vagos. A 
principal característica do cargo público em comissão, cujo ocupante não seja, simultaneamente, 
ocupante de cargo ou emprego efetivo na Administração Direta, autárquica ou fundacional, é a de não 
ter direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social do Servidor, excetuada a assistência à saúde, 
conforme estabelecido no art. 183, § 1º. 
 
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. 
Comentários: 
A percepção de vencimentos pelo exercício do cargo é a regra da Administração Brasileira, que 
desconhece cargo sem retribuição pecuniária. Pode haver função gratuita, como são as honoríficas e 
as de suplência, mas cargo gratuito é inadmissível na nossa organização administrativa. Diante deste 
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princípio, resulta que todo aquele que for investido num cargo e o exercer como titular ou substituto tem 
direito ao vencimento respectivo, salvo, obviamente, quando a função do cargo for a de substituição. 
O objetivo é evitar o locupletamento ilícito, também denominado enriquecimento sem causa ou 
enriquecimento ilícito. 
 
Título II 
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição 
Capítulo I 
Do Provimento 
Comentários: 
É o ato praticado pela autoridade competente de cada Poder com vistas a promover o 
ingresso, dar posse e exercício, e a movimentação do servidor público ocupante do cargo público. 
Para Hely Lopes Meirelles, o provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do 
cargo público, com a designação de seu titular. 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público 
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no 
concurso. 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus 
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os 
procedimentos desta Lei. 
Comentários: 
Como a lei não pode estabelecer distinção entre os brasileiros natos e naturalizados, resta 
evidente que o requisito de nacionalidade brasileira assim deve ser compreendido, na forma do art. 12 
da CF/88. Não obstante, a Constituição Federal estabeleceu que determinados cargos (Presidente e 
Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, 
Ministro do Supremo Tribunal Federal, de carreira diplomática, de oficial das Forças Armadas e de 
Ministro de Estado da Defesa) serão ocupados apenas por brasileiros natos, nos moldes do art. 12, § 
3º.Quanto ao limite de idade, entende-se que pelo fato da aposentação compulsória do servidor 
ocorrer aos setenta anos, a idade máxima deverá ser inferior a esta. Com a reforma da previdência 
passou-se a exigir o efetivo exercício de cinco anos no cargo que se deseja aposentar, e dez no 
serviço público. 
Nesse comenos, o art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005, estabeleceu que, 
ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da Constituição 
Federal ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o 
servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações, que tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1988, poderá aposentar-se 
com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
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II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no 
cargo em que ser der a aposentadoria; 
III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", 
da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição 
prevista no inciso I do caput deste artigo. 
Quanto às pessoas portadoras de deficiência física, o grau de deficiência capacitante ou 
incapacitante para a execução das atividades do cargo deverá ser avaliado por junta médica. A 
constatação de que o candidato é portador de uma das doenças graves, contagiosas ou incuráveis, 
definidas nos termos do art. 186, § 1º desta Lei, o impossibilitará de tomar posse, mesmo que 
habilitado em concurso público. 
 
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada 
Poder. 
Comentários: 
São, pois, competentes, para prover os cargos públicos no: 
a) Poder Executivo - o Presidente da República, que pode descentralizar aos Ministros de Estado, ao 
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União (art. 84, parágrafo único, da CF/88), e 
aos dirigentes de autarquias e de fundações públicas; 
b) Poder Legislativo - os Presidentes da Câmara, do Senado e do Tribunal de Contas da União; 
c) Poder Judiciário - os Presidentes dos Tribunais Federais; 
d) Ministério Público - o Procurador-Geral da República. 
 
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
Comentários: 
A posse é ato administrativo complexo que marca o início dos direitos e deveres 
funcionais, como, também gera as restrições, impedimentos e incompatibilidades. A assinatura do 
termo de posse não configura um contrato entre a Administração e o servidor. Na realidade, com a 
posse completa-se a relação estatutária entre ambos. 
Entretanto, é com o exercício que o servidor tem direito à retribuição pecuniária em 
contraprestação ao efetivo desempenho das funções afetas ao cargo. O prazo para investidura em 
cargo público é de trinta dias, contados da publicação do ato de provimento, vez que o processo de 
investidura encerra-se com a posse. Caso a posse não ocorra no prazo previsto, será considerado sem 
efeito o ato de provimento, conforme o estatuído no art. 13, § 6º, da Lei 8.112/90. 
 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - REVOGADO; 
IV - REVOGADO; 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
Comentários: 
A nomeação, que se dará em caráter efetivo ou em comissão, é a única forma que está 
relacionada ao provimento originário (independe da situação anterior do servidor). As demais formas 
referem-se ao provimento derivado (depende da situação anterior do servidor, ou seja, exige-se que já 
seja servidor). 
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5
A promoção é a única forma de provimento derivado vertical. À medida que é promovido, o 
servidor desocupa o cargo (ocorrendo a vacância) e ocupa outro de hierarquia superior (provimento). A 
promoção não se confunde com a progressão, porque esta é horizontal. 
A ascensão e a transferência foram abolidas pela Lei 9.527/97 por serem modalidades 
inconstitucionais de provimento de cargos, já que não respeitavam a obrigatoriedade do concurso 
público (art. 37, inc. II, da CF/88). 
A readaptação é a forma de provimento pela qual o servidor passa a ocupar um cargo de 
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade 
física ou psíquica, verificada em inspeção médica. Se julgado incapaz para o serviço público, o 
readaptando será aposentado por invalidez, segundo o inc. I e § 3º, ambos do art. 186 desta Lei. A 
readaptação será efetivada em cargo de atribuições e responsabilidades afins, respeitadas a 
habilitação exigida, o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos. Na hipótese de 
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de 
vaga. 
A reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando junta médica 
oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou, no interesse da administração, desde 
que respeitadas as exigências do inc. II do art. 25 da Lei 8.112/90. A reversão far-se-á no mesmo cargo 
ou no cargo resultante de sua transformação. O tempo em que o servidor estiver em exercício será 
considerado para fins de aposentadoria. No caso de junta médica oficial declarar insubsistentes os 
motivos da aposentadoria, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga. 
O aproveitamento é o retorno obrigatório à atividade do servidor que se encontrava em 
disponibilidade. Há de ser colocado em disponibilidade o servidor estável que teve o seu cargo público 
extinto ou que teve declarada a sua desnecessidade. Nessa hipótese, o servidor permanecerá em 
disponibilidade até que seja aproveitado em determinado cargo público de natureza e vencimentos 
semelhantes ao anteriormente ocupado. O órgão central do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC - 
determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos 
órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. Será tornado sem efeito o aproveitamento e 
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença 
comprovada por junta médica oficial. 
A reintegração é uma forma de reingresso (ou reinvestidura) do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua 
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Na 
hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 
30 e 31 desta Lei. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se estável, será 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com a remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por motivo de 
sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou pela reintegração do anterior ocupante. 
 
Seção II 
Da Nomeação 
Art. 9o A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser 
nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições 
do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneraçãode um deles durante o 
período da interinidade. 
Comentários: 
A nomeação nos termos deste artigo se dará, em caráter efetivo, quando se tratar de cargo 
isolado de provimento efetivo ou de carreira, e em comissão, para os cargos de confiança vagos. 
Apenas haverá posse nas hipóteses de provimento de cargo por nomeação. 
A EC 20/98 assegura o direito de permanecer no cargo efetivo aos inativos que retornaram ao 
cargo público, mediante concurso público até a data de sua promulgação. Naturalmente, devem ser 
respeitadas as exceções aos cargos que a própria Constituição autoriza a acumulação. 
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6
Outro aspecto que merece ser comentado, diz respeito à distinção de designação e nomeação 
(stricto sensu). Esta constitui um ato de provimento do cargo, enquanto aquela não. O cargo somente 
poderá ser provido quando estiver vago. 
Dessa forma, nomeia-se para exercer cargo de provimento efetivo ou em comissão e designa-
se para exercer funções de confiança. Tanto é assim que o servidor será exonerado do cargo ou será 
tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício no 
prazo de quinze dias. 
No caso de substituições eventuais, em virtude de afastamentos legais ou regulamentares dos 
titulares, por motivo de férias, por exemplo, não ocorre a vacância do cargo e, portanto, outro servidor 
não poderá ser nomeado, sob pena de dois servidores ocuparem o mesmo cargo simultaneamente. 
Além disso, é pacífico o entendimento de que servidores investidos em cargos é que são substituídos, 
e, não, os seus cargos. Portanto, para que haja a substituição, necessariamente tem que haver um 
cargo provido, ou seja, um titular investido no cargo. 
 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia 
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação 
e o prazo de sua validade. 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, 
mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na 
Administração Pública Federal e seus regulamentos. 
Comentários: 
O desenvolvimento do servidor na carreira (pressupõe um conjunto de cargos harmonicamente 
organizados que possibilite ao seu legítimo ocupante, mediante avaliações constantes de desempenho, 
atendidas a habilitação e a qualificação profissional, progredir e galgar melhores posições na carreira) 
é feito por intermédio da progressão e da promoção, observados os requisitos fixados em regulamento. 
A progressão é a passagem do servidor para o padrão de vencimento imediatamente superior dentro 
de uma mesma classe ou categoria; a promoção é a passagem do servidor do último padrão de uma 
classe ou categoria para o primeiro padrão de classe ou categoria imediatamente superior. 
A promoção e a progressão funcional são vedadas durante o estágio probatório, findo o qual 
será concedida ao servidor aprovado a progressão funcional. A Lei 9.421, de 24/12/1996, estipula que 
no caso das carreiras dos servidores do Poder Judiciário a progressão funcional será para o 4º (quarto) 
padrão da classe "A" da respectiva carreira. 
 
Seção III 
Do Concurso Público 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, 
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição 
do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e 
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, 
por igual período. 
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que 
será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com 
prazo de validade não expirado. 
Comentários: 
O princípio constitucional do concurso público, que esta lei consagra como única forma de 
nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado, reflete as exigências da ordem democrática, que 
impõe a observância irrestrita dos postulados da igualdade, da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade e da probidade no trato da coisa pública. A inobservância das normas de que trata o 
concurso público implicam a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, de acordo com o 
art. 37, § 2º, da CF/88. A validade e condições de realização do concurso público devem estar adstritas 
ao edital de convocação, que regerá todo o processo seletivo. Frisa-se que o edital não pode inovar, 
criando situações para o concurso, privilégio atribuído somente à lei. 
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Em relação ao art. 12, depreende-se que o prazo de validade do concurso público, bem como a 
sua prorrogação encontra-se inserido no Poder Discricionário da Administração (consubstanciados nas 
expressões "até" e "podendo", respectivamente). Já o prazo da prorrogação somente poderá ocorrer 
uma única vez e por igual período; logo, se insere nas matérias de Poder Vinculado da Administração. 
Assim, a Administração Pública não é obrigada a prorrogar o prazo de validade do concurso público, 
porém se o fizer deverá ser por igual período. 
Acrescenta-se que a Constituição em seu art. 37, inc. IV, permite a abertura de novos 
concursos durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, sendo que o aprovado será 
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira. Por 
fim, recomenda-se aos candidatos, inscritos em concursos públicos, utilizarem o que denominamos em 
sala de aula de "técnica dos óculos". Simplesmente utilize as lentes próprias para os assuntos a serem 
examinados. Caso a pergunta esteja adstrita ao universo da Lei 8.112/90, deve-se responder o 
estabelecido no art. 12, § 2º, desta Lei. Em qualquer outra hipótese, a resposta deve estar adequada 
aos termos da CF/88. 
 
Seção IV 
Da Posse e do Exercício 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, 
os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser 
alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. 
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença 
prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", 
"b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. 
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu 
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o 
deste artigo. 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o 
exercício do cargo. 
Comentários: 
A posse caracteriza-se por ser um ato solene, reduzido a termo, em que o Estado concede e o 
servidor aceita a investidura em cargo público, após sua aprovação em concurso público. O prazo para 
o servidor tomar posse será de trinta dias, contados do ato de provimento. A contagem desse prazo, no 
caso de o servidor encontrar-se legalmente afastado do exercíciode seu cargo, será feita do término 
desse afastamento. 
No caso de o empossado ser servidor público federal estável e desejar assegurar o seu direito 
de recondução ao cargo anterior (art. 20, § 2º), há que declarar esta opção no momento da posse e 
solicitar ao órgão de origem que declare vago o seu cargo, na forma do art. 33, inc. VIII, desta Lei. 
Ocorrendo a exoneração pela reprovação no estágio probatório, o servidor requererá sua 
recondução ao cargo anteriormente ocupado, na forma do art. 29. Vale rememorar que a posse é 
precedida por inspeção médica oficial. Tem-se como regra geral que é competente para dar posse a 
autoridade que houver feito a nomeação. 
 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. 
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, 
contados da data da posse. 
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para 
função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o 
disposto no art. 18. 
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§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor 
compete dar-lhe exercício. 
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de 
designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, 
hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a 
trinta dias da publicação. 
Comentários: 
A "posse e o exercício são atos distintos, sucessivos e determinantes de efeitos diversos; 
aquela investe o nomeado na qualidade de servidor público e este o integra nas respectivas 
atividades". O servidor poderá ser nomeado, tomar posse, mas o tempo efetivo de serviço será 
contado a partir do exercício de suas atribuições, que deverá ocorrer no prazo de quinze dias, contados 
da data da posse (não observado esse prazo, será exonerado). O efetivo exercício corresponderá ao 
desempenho de atribuições do cargo, ou será definido como tal em algumas situações (art. 102, incs. I 
a XI, além das ausências ao serviço previstas no art. 97). Ao tratar do § 3º, a competência, na prática, 
é atribuída à chefia imediata do servidor. 
 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no 
assentamento individual do servidor. 
Comentários: 
O assentamento individual é o instrumento de que se utiliza a Administração Pública para 
registrar a vida funcional do servidor, dele constando o início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do 
exercício. 
 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos 
necessários ao seu assentamento individual. 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na 
carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. 
Comentários: 
Tem-se entendido que o desenvolvimento do servidor na carreira poderá ocorrer por meio da 
promoção e progressão. 
Na progressão, o desenvolvimento se faz em linha horizontal, dentro da mesma classe, e é 
materializado pela elevação dos vencimentos. Ao contrário, a promoção é vertical, isto é, há passagem 
do último padrão da classe para outra imediatamente superior. Em qualquer dessas situações o 
servidor não interrompe o tempo de exercício, que continua a contar no novo posicionamento no cargo 
na carreira. 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, 
redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, 
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das 
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere 
este artigo será contado a partir do término do impedimento. 
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. 
Comentários: 
O servidor submetido à remoção, redistribuição, requisição ou cessão terá o prazo mínimo de 
dez dias e máximo de trinta dias para entrar em exercício. Ficará a cargo de a direção definir entre o 
mínimo e o máximo de dias para que o servidor entre em exercício na nova situação. Nesse prazo está 
incluído o tempo necessário ao deslocamento para a nova sede. Ressalte-se que é necessário que 
haja mudança de localidade para se ter esse prazo. 
 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos 
respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e 
observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. 
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§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral 
dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver 
interesse da Administração. 
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. 
Comentários: 
A jornada de trabalho diária será fixada em função das atribuições pertinentes aos respectivos 
cargos, respeitando-se os limites mínimos de 6 (seis) horas e o máximo de 8 (oito) horas. Outro fator a 
ser considerado na fixação da jornada de trabalho é o horário de funcionamento (expediente adminis-
trativo) do órgão. O descumprimento da jornada de trabalho terá como consequência imediata o 
desconto da remuneração, que ocorrerá em função dos dias em que o servidor faltar. 
Para o ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, a integral dedicação quer 
dizer que o servidor pode ser convocado, sempre que houver interesse da Administração. Para que isto 
fosse factível, o legislador dispôs, no art. 120, da Lei 8.112/90, (a possibilidade de) o afastamento do 
servidor público das situações de natureza permanente, a que estiver vinculado, enquanto exercer o 
cargo em comissão. Apesar do exposto, faz-se referência ao fato de que a integral dedicação nada tem 
a ver com a dedicação exclusiva. A primeira exige que o servidor se dedique ao desempenho das 
atribuições por inteiro e a segunda impede o exercício de quaisquer outras atividades, públicas ou 
privadas. independentemente se durante ou após o horário do trabalho. 
 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a 
estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade 
serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade. 
Comentários: 
A grande inovação neste artigo foi a alteração dada pela Medida Provisória 431, de 14 de maio 
de 2008, que alterou o prazo do estágio probatório de 24 para 36 meses, providência que a doutrina já 
apontava como necessária. Assim, o prazo do estágio probatório passa a coadunar com o período de 3 
anos necessário para a aquisição da estabilidade prevista no artigo 41 da CF/88. 
Apesar dessa festejada alteração, continua haver uma nítida diferença entre os dois institutos: 
estágio probatório e estabilidade. Esta consiste no direito constitucional à não perda do cargo, senão 
pelas razões estabelecidas na própria Carta Magna. Assim, estabilidade é direito com função de 
garantia. Por outro lado, aquele possui natureza jurídica de ordem administrativa. Probatório é termo 
indicativo de prova, teste, experimentação. Dessa forma, o chamado estágio probatório destina-se a 
experimentara capacidade de adaptação do servidor às demandas e à realidade do cargo que ocupa. 
O regramento da estabilidade deriva diretamente da atividade do Poder Constituinte. Por seu 
turno, sendo o instituto do "estágio probatório" aplicado no âmbito dos interesses e relações 
administrativas, sua regência normativa fica a cargo dos legisladores ordinários. Nesse sentido, 
estabilidade traduz-se em um direito e o estágio probatório em dever. Ademais, a estabilidade dá-se no 
serviço público e o estágio opera-se ante o cargo. 
Em resumo, a estabilidade, que possui regime jurídico constitucional, é fruto do Poder 
Constituinte; consubstancia-se em um direito; obedece ao princípio da continuidade. Já o estágio 
probatório, que possui regime jurídico administrativo, é fruto do Poder Legislativo; consubstancia-se em 
um dever; obedece ao princípio da eficiência. 
Antes da EC 19/98, o período aquisitivo da estabilidade era de dois anos. Por essa razão, o 
legislador ordinário fixou o prazo de 24 meses para o estágio probatório. Assim, demonstravam que era 
coerente que o servidor adquirisse estabilidade após o cumprimento do estágio probatório. Portanto, 
convém a concomitância na aplicação dos dois institutos porque, senão, havia a situação esdrúxula de 
um servidor, após 24 meses de estágio probatório, não ser estável. Qual era a situação jurídica desse 
servidor nesses 12 meses que antecediam a estabilidade, que somente se verificava após três anos de 
efetivo serviço? 
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Nessa linha de raciocínio, utiliza-se da abalizada lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro a 
respeito: 
"Com efeito, no caso de servidor nomeado por concurso, a estabilidade somente se adquire 
depois de três anos; o período compreendido entre o início do exercício e a aquisição da estabilidade é 
denominado de estágio probatório e tem por finalidade apurar se o funcionário apresenta condições 
para o exercício do cargo, referente à moralidade, assiduidade, disciplina e eficiência...". 
Os atualizadores da obra do saudoso mestre Hely Lopes Meirelles enfrentaram o tema da 
seguinte forma: 
"Estágio probatório de três anos, terceira condição para a estabilidade, é o período de exercício 
do servidor durante o qual é observada e apurada pela Administração a conveniência ou não de sua 
permanência no serviço público, mediante a verificação dos requisitos estabelecidos em lei para a 
aquisição da estabilidade (idoneidade moral, aptidão, disciplina, assiduidade, dedicação ao serviço, 
eficiência etc.). O prazo era de dois anos 14 Por isso, esta, em norma de transitória (art. 28), assegura 
tal prazo aos servidores em estágio probatório na data da sua promulgação, sem prejuízo da avaliação 
especial de desempenho(...). Para esse estágio só se conta o tempo de nomeação efetiva na mesma 
Administração, não sendo computável o tempo de serviço prestado em outra entidade estatal, nem o 
período de exercício de função pública a título provisório". 
Há entendimento majoritário de que o estágio probatório, ainda que não seja um instituto 
jurídico semelhante à estabilidade, com ela possui uma relação lógica. Quer dizer que a estabilidade, 
consoante a doutrina, não prescinde a avaliação especial de desempenho do servidor, ou melhor, da 
comprovação de sua aptidão para o cargo. 
Servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ex officio, desde que assegurado 
ao interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado no Verbete nº 21 da Súmula 
do STF: "Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou 
sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade". 
 
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação 
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída 
para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou 
cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput 
deste artigo. 
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao 
cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou 
funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser 
cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em 
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos 
previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de 
formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. 
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 
84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a 
partir do término do impedimento. 
Comentários: 
O § 1º foi alterado pela MP 431, de 14 de maio de 2008, fazendo-se acrescentar na lei a 
constituição de comissão para avaliar o desempenho do servidor. O estágio probatório equivale a uma 
aferição da capacidade funcional, sob o prisma de que o concurso, por si só, não define nem permite 
conhecer aquele que desempenhará da melhor maneira as atribuições que lhe são afetas. O servidor 
não estável, em estágio probatório, que desejar tomar posse em outro cargo, há que solicitar 
exoneração (ou declaração de vacância) desse cargo. O servidor estável, em estágio probatório, 
poderá ser reconduzido ao seu cargo anterior, por desistência do estágio e se for inabilitado no estágio 
probatório. O estágio probatório, tempo para que os juízes no primeiro grau adquiram a vitaliciedade, 
continua de dois anos (art. 95, inc. I, da CF/88). 
O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão 
ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá 
ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento 
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equiva-
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lentes. A cessão é prevista pelo art. 93 e regulamentada pelo Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 
2001, e suas alterações. 
Quanto ao § 4º, verifica-se a possibilidade de o servidor em estágio probatório gozar as 
licenças previstas no art. 81, incs. I a IV (por motivo de doença em pessoa da família, por motivo de 
afastamento do cônjuge ou companheiro, para o serviço militar e para a atividade política), os 
afastamentos previstos nos arts. 94, 95 e 96 (para exercício de atividade política, para estudo ou 
missão no exterior e para servir em organismo internacional), o que inclui o afastamento do servidor 
para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na 
Administração Pública Federal. Durante esse período o estágio probatório ficará suspenso. 
 
Seção V 
Da Estabilidade 
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo 
adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. 
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou 
de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. 
Comentários: 
O conceito de estabilidade decorre do texto constitucional e se refere ao direito de 
permanência no serviço público outorgado ao servidor estatutário, nomeado em virtude de concurso 
público, que tenha transpostoo estágio probatório. Ao término de três anos de efetivo exercício, o 
servidor estatutário será avaliado por uma comissão especial para tal finalidade. Oportunamente, 
convém salientar que a justificativa de que esse direito (a estabilidade) só é conferido ao servidor 
estatutário e não ao trabalhista, tem guarida na Constituição Federal, especialmente no art. 41, ao 
mencionar servidor nomeado, e no seu § 1º, ao dizer que o servidor estável só perderá o seu cargo por 
sentença judicial ou processo administrativo, desde que cumpridos determinados requisitos que 
ensejarão a sua demissão regular, tais como o cometimento de infração grave, a apuração da falta em 
processo administrativo e a garantia de ampla defesa. Vê-se, portanto, que essas figuras são próprias 
do regime estatutário, concluindo-se que os servidores de regime diverso estão excluídos. Entretanto, a 
estabilidade, vista como um instituto jurídico que se estende para os cargos efetivos, não há de ser 
entendida como uma blindagem protetora dos servidores desqualificados. 
Além disso, a atual Carta Política conferiu hipótese especial de estabilidade a servidores que 
não foram nomeados por concurso público, desde que estivessem em exercício, na data da 
promulgação da Constituição há pelo menos cinco anos continuados, na forma do art. 19 do ADCT. 
Esse benefício alcançou os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, mas apenas da Administração Direta, das autarquias e das fundações públicas. No 
momento, convém mencionar que essa forma de garantia, melhor denominada estabilização, é 
derivada de mera liberalidade política no bojo da promulgação da nova Constituição. 
Outro ponto a se considerar versa sobre as noções de estabilidade e efetividade, 
frequentemente confundidas. Razoável destacar que a própria Constituição faz essa distinção. O 
servidor estável há de ser ocupante de cargo efetivo, mas nem todo servidor ocupante de cargo efetivo 
é estável. Assim, a estabilidade é um atributo da efetividade e deriva do cumprimento de certas 
condições, entre as quais se destacam o concurso público e a aprovação em estágio probatório. 
Efetividade é característica do cargo e a estabilidade do servidor. 
 
Seção VI 
Da Transferência 
Art. 23. REVOGADO. 
Seção VII 
Da Readaptação 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. 
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§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível 
de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor 
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
Comentários: 
Readaptação é a atribuição de encargos mais compatíveis com a capacidade do servidor que 
apresenta, a critério médico, comprometimento parcial e temporário ou parcial e permanente da saúde 
física ou psíquica. A readaptação não poderá acarretar alteração na remuneração do servidor, nem 
para mais nem para menos, em atendimento ao princípio da irredutibilidade de vencimento do servidor. 
O provimento deverá ser feito em cargo do mesmo nível, classe e padrão, e que tenha a mesma carga 
horária. 
A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, 
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o 
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
 
Seção VIII 
Da Reversão 
 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
e) haja cargo vago. 
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da 
aposentadoria. 
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga. 
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos 
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens 
de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras 
atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
Comentários: 
A reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando junta médica 
oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou, no interesse da administração, desde 
que respeitadas as exigências do inc. II do art. 25 da Lei 8.112/90. 
No caso da reversão do aposentado por invalidez, devem ser observadas determinadas 
condições estabelecidas pela lei, tais como: constatação, por junta médica oficial, da insubsistência dos 
motivos que causaram a aposentadoria do servidor por invalidez; que a reversão ocorra com o mesmo 
cargo ou no cargo resultante de sua transformação; que o servidor não tenha completado 70 anos de 
idade; que tenha o servidor menos de 35 anos de tempo de serviço, se homem, e, se mulher, menos 
de 30 anos de tempo de serviço. É de se observar que se os motivos da invalidez forem declarados 
insubsistentes por junta médica oficial, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas 
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. É a readaptação vinculada. Tal não ocorrerá se 
a readaptação se der no interesse da Administração; nesse caso, deverá existir cargo vago. 
O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para fins de aposentadoria. 
Para ter nova aposentadoria com os proventos calculados com base nas regras atuais, o servidor há 
que permanecer pelo menos 5 anos no cargo. 
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Por último, vale registrar que o instituto da reversão foi regulamentado pelo Decreto 3.644, de 
30/10/2000. 
 
Art. 26. REVOGADO. 
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. 
Comentários: 
A proibição de reversão do aposentado com 70 anos de idade (completos) se justifica por 
imperativo constitucional da aposentadoria compulsória nesta idade, segundo o disposto no art. 40, § 
1º, inc. II, da CF/88. 
 
Seção IX 
Da Reintegração 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no 
cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa 
ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto 
nos arts. 30 e 31. 
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. 
Comentários: 
É o retorno do servidor estável ao seu cargo após ter sido reconhecida a ilegalidade de sua 
demissão. O art. 41, § 2º, da CF/88 estabelece que, invalidada por sentença judicial a demissão do 
servidor estável, terá ele o direito de retornar ao mesmo cargo que ocupava anteriormente, recebendo 
retroativamente todos os direitos e vantagens do período em que ilegalmente seencontrava demitido, 
sendo que este período deverá ser contado para todos os efeitos como de efetivo exercício. Não se 
olvidando da previsão constitucional, resta lógico que a Administração também pode anular o ato de 
demissão, vez que a ela é assegurado, com fundamento no princípio da autotutela, o dever de anular 
os seus próprios atos quando eivados de vícios de legalidade. 
Por óbvio, a técnica legislativa não foi das melhores, pois, a uma primeira leitura parece que 
somente os servidores estáveis têm direito à reintegração. Esdrúxula seria a situação desse servidor, 
mesmo sendo ilegalmente demitido, ter negada a sua reinvestidura, por não ser estável quando da sua 
demissão. Seguramente não é essa a finalidade da lei, o seu objetivo no âmbito social (mens legis). 
Como reforço ao aduzido, há de se considerar o teor da Mensagem nº 886, de 1995, enviada pelo 
Presidente de República ao Poder Legislativo, a respeito da proposta de emenda à constituição, 
transfigurada em emenda constitucional sob o número 19 de 1998, também conhecida como emenda 
da Reforma Administrativa, vazada parcialmente nos seguintes termos: "Em relação ao servidor 
público, não é intencional penalizá-lo ou suprimir direitos, mas atualizar dispositivos legais, remover 
excessos e, sobretudo propiciar condições à introdução de novas formas de gestão que valorizem a 
sua profissionalização. Nesse sentido ressaltam-se os seguintes resultados esperados: recuperar o 
respeito e a imagem do servidor perante a sociedade; estimular o seu desenvolvimento profissional; 
melhorar as condições de trabalho". 
Além do mais, o texto constitucional faz referência à situação do eventual ocupante da vaga 
(do servidor demitido) que, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de 
serviço. 
Mas se o eventual ocupante da vaga não for estável? Impõe-se o entendimento de que deverá 
ser exonerado ex officio, diante da omissão do texto constitucional? Respeitamos esse 
posicionamento, mas discordamos a respeito. Se a lei não fez essa distinção, não cabe ao intérprete 
fazê-lo. Ademais, o conteúdo dessa norma é sancionador e tais conteúdos não se interpretam 
extensivamente. É o que nos ensina Carlos Maximiliano, cuja lição é reproduzida em parte: 
"A palavra é um mau veículo do pensamento; por isso, embora de aparência translúcida a 
forma, não revela todo o conteúdo da lei; resta sempre margem para conceitos e dúvidas; a própria 
letra nem sempre indica se deve ser entendida à risca, ou aplicada extensivamente; enfim, até mesmo 
a clareza exterior ilude; sob um só invólucro verbal se conchegam e escondem várias ideias, valores 
mais amplos e profundos do que os resultantes da simples apreciação literal do texto." 
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Considerando o escopo dessa obra, orientamos aos concursandos que adotem a 
razoabilidade, como premissa para essa interpretação. Meditar em quantas questões de concursos tal 
resposta (exoneração do eventual ocupante) foi adotada definitivamente é salutar. A solução do último 
questionamento deixará qualquer candidato tranquilo para continuar seus estudos, ocupando assim 
seu tempo com assuntos mais relevantes. 
 
Seção X 
Da Recondução 
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, 
observado o disposto no art. 30. 
Comentários: 
A recondução é provimento do servidor estável no cargo que ocupava anteriormente, em 
decorrência de ter sido inabilitado em estágio probatório quanto a outro cargo ou da desistência dele ou 
de ter ocorrido reintegração do anterior ocupante. A recondução não dá direito à indenização (art. 28, § 
2º, da Lei 8.112/90) e no caso do cargo de origem já se encontrar provido, o servidor será aproveitado 
em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 29, 
parágrafo único, e art. 30, ambos da Lei 8.112/90). 
O Regime Jurídico de 1990 estabelece a obrigação de o servidor, para cada cargo de 
provimento efetivo que for nomeado, submeter-se a estágio probatório. Mesmo na condição de estável, 
o servidor que for nomeado para outro cargo de natureza permanente estará sujeito a estágio 
probatório para confirmação no novo cargo. 
 
Seção XI 
Da Disponibilidade e do Aproveitamento 
Comentários: 
Inicialmente, convém frisar que esses institutos (a disponibilidade e o aproveitamento) 
decorrem da própria estabilidade do servidor público. 
A disponibilidade é a situação funcional que permite ao servidor estável, que teve o seu cargo 
extinto ou declarado desnecessário, permanecer sem trabalhar, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, à espera de um eventual aproveitamento. É de se assinalar que a extinção do cargo 
depende de lei para a sua consumação, ainda que sua apreciação seja de atribuição dos órgãos 
administrativos, exceto os cargos do Poder Legislativo. Já a declaração de desnecessidade do cargo é 
consolidada por ato administrativo, geralmente por meio de decreto do chefe do Executivo, mesmo que 
caiba à Administração valorar a sua desnecessidade. 
Na oportunidade, convém rememorar que o servidor estável, enquadrado na situação de 
disponibilidade, não será exonerado ou demitido. Quanto ao servidor não estável, não acontece o 
mesmo. Ele será exonerado ex officio. Nesse sentido é o magistério de Hely Lopes Meirelles: 
"Se a extinção do cargo ou a declaração de desnecessidade se der no estágio probatório, 
poderá o estagiário ser exonerado de oficio, uma vez que ainda não tem estabilidade e, portanto, não 
desfruta da prerrogativa constitucional da disponibilidade, consoante reiterada jurisprudência, ora 
cristalizada na Súmula 22 do STF, in verbis: "O estágio probatório não protege o funcionário contra a 
extinção do cargo". 
Em relação à forma de remuneração do servidor em disponibilidade, não paira dúvidas de que 
a remuneração será proporcional ao tempo de serviço, de acordo com o art. 41, § 3º, da CF/88. 
Inclusive, é de se anotar que a natureza específica dos ganhos do servidor em disponibilidade, na 
condição de inativo ainda que temporariamente, é a de proventos, sendo estes também proporcionais 
ao tempo de serviço. Esse foi o entendimento do STF, ao decidir pela inconstitucionalidade da redução 
dos vencimentos de servidor em atividade, ainda que em disponibilidade, e proventos da inatividade, 
em face do contido no art. 41, § 3º, da CF/88. 
Por último, tem-se outro exemplo de disponibilidade previsto na Constituição Federal de 1988, 
é o da reintegração do servidor demitido ou exonerado ex officio, injustamente do seu cargo, e o atual 
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ocupante, se estável, não puder ser reconduzido ao cargo anterior ou aproveitado em outro cargo (art. 
41, § 2º, da CF/88). 
O outro instituto, ora denominado aproveitamento, refere-se ao retorno do servidor estável 
(colocado em disponibilidade) ao serviço público, quando haja cargo vago de natureza e vencimento 
compatíveis com o anteriormente ocupado. O aproveitamento é uma forma de provimento derivado por 
reingresso, ou melhor, aquela em que o servidor retorna ao serviço ativo do qual estava desligado. 
 
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento 
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
Comentários: 
Servidor colocado em disponibilidade remunerada em razão do emprego de fundação extinta 
poderá ser aproveitado no Poder Judiciário, desde que observadas as condições estabelecidas nos 
arts. 30 e 31da Lei 8.112/90. 
 
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de 
servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal. 
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser 
mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - 
SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. 
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar 
em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. 
Comentários: 
Esse prazo legal, por analogia com o art. 15, § 1º desta Lei, será de 15 dias. 
 
Capítulo II 
Da Vacância 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - REVOGADO; 
V - REVOGADO; 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
Comentários: 
É importante que se faça distinção entre vaga, decorrente da vacância, e cargo vago na 
lotação, ainda não provido. A vacância decorre de uma das situações mencionadas nos incisos I a IX. 
O cargo encontra-se provido e em decorrência de uma dessas situações ocorrerá a vaga. 
Sendo a Administração Pública caracterizada pelo funcionamento ininterrupto, a vacância de 
um cargo constitui anomalia que cumpre corrigir de plano. Os fatos que geram a vacância são: a 
exoneração, a demissão, a promoção, a readaptação, a aposentadoria, a posse em outro cargo 
inacumulável e o falecimento. 
A exoneração consiste em uma forma de desligamento do servidor do cargo público, a pedido 
ou de ofício, sem o caráter de penalidade. Em sentido contrário, a demissão corresponde a uma forma 
de vacância decorrente da prática de uma infração administrativa ou funcional grave pelo servidor 
ocupante de cargo efetivo. É ato de caráter punitivo, apurado em Processo Administrativo Disciplinar - 
PAD, isto é, tem a natureza jurídica de penalidade (art. 127, da Lei 8.112/90). 
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Em relação à promoção e à readaptação, vale comentar que os seus titulares passam a ocupar 
outros cargos, sendo assim formas concomitantes de provimento e vacância. Já a aposentadoria e o 
falecimento do servidor põem fim à relação estatutária ao provocarem a vacância dos cargos 
anteriormente titularizados pelo servidor aposentado ou falecido. 
Alfim, a posse em outro cargo inacumulável pressupõe que o servidor ocupante de um cargo 
será investido em outro, sendo os dois de provimento efetivo. Essa situação, se configurada a 
impossibilidade de acumulação, conforme o art. 37, inc. XVI, da CF/88, acarretará a vacância de um 
dos cargos para que ocorra a posse no outro. A posse em outro cargo inacumulável constitui-se, ainda 
que não concomitantemente, em provimento e vacância de cargos públicos. 
Por raciocínio análogo, a recondução, apesar de não estar expressamente prevista no art. 33, 
também é considerada forma de provimento e vacância. 
 
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido. 
Comentários: 
A exoneração pode ser de cargo efetivo ou em comissão. Neste tópico será abordada tão-
somente a exoneração de cargo efetivo, que pode ser a pedido do servidor, ou de ofício. 
Esta ocorrerá quando não forem satisfeitas as condições do estágio probatório e quando, tendo 
tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido - hoje é de 15 (quinze) dias. 
Aquela é um ato unilateral, de vontade do servidor, não podendo ser negada pela Administração. No 
caso de o servidor estar respondendo a processo disciplinar, sua exoneração a pedido somente será 
concedida após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, caso aplicada (art. 172 da 
presente lei). Há entendimento de que a instauração do processo disciplinar não impede que o 
acusado ou indiciado, no decorrer do processo, seja exonerado, a pedido, de um cargo para ocupar 
outro da mesma esfera de governo, desde que continue vinculado ao mesmo regime disciplinar. 
É oportuno relatar que na exoneração de ofício há que se observar a proteção constitucional à 
gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto (art. 10, alínea "a" , do 
ADCT). Outro aspecto relevante diz respeito a conversão da exoneração de servidor, por não satisfazer 
as condições de estágio probatório, em demissão, se, em processo disciplinar, lhe for imputada essa 
penalidade, nos exatos termos do art. 172, parágrafo único desta Lei. 
Por fim, a EC 51/2006, incluindo o § 6º ao art. 198 da atual Constituição, rezou outra hipótese 
de perda do cargo do servidor, especificamente a daqueles que, exercendo funções equivalentes às de 
agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias, não cumprem os requisitos 
peculiares para o exercício dessas funções. 
 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á: 
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
Parágrafo único. REVOGADO. 
Comentários: 
Quanto à exoneração de cargo em comissão, verifica-se a sua ocorrência a juízo da autoridade 
competente, vez que não reclama motivação expressa. Logo, à autoridade nomeante será lícito 
proceder à exoneração do servidor ao seu alvedrio. 
A exoneração de cargo em comissão será convertida em destituição de cargo em comissão na 
ocorrência de aplicação de penalidade de suspensão e demissão (art. 135, parágrafo único, da Lei 
8.112/90). 
Já a dispensa é a figura decorrente do afastamento do servidor de função de confiança. Hely 
Lopes Meirelles apresenta o entendimento de que "a dispensa ocorre em relação ao admitido pelo 
regime da CLT quando não há a justa causa por esta prevista. Embora a CLT fale em demissão sem 
justa causa, preferimos o termo dispensa, porque não tem natureza punitiva. O ato de dispensa, no 
nosso entender, deve ser motivado, expondo-se por escrito o seu motivo ou a sua causa". 
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Capítulo III 
Da Remoção e da Redistribuição 
Seção I 
Da Remoção 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, 
com ou sem mudança de sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: 
I - de ofício, no interesse da Administração; 
II - a pedido, a critério da Administração; 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse 
da Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e 
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for 
superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que 
aqueles estejam lotados. 
Comentários: 
A remoção é o simples deslocamento do servidor dentro do mesmo órgão ou entidade, sem 
que isso determine qualquer alteração em seu cargo. Poderá ocorrer com ou sem mudança de sede. 
Assim, a remoção é preenchimento de cargo na lotação. Vale lembrar que o servidor removido de 
ofício, com mudança de sede, fará jus à ajuda de custo destinada a compensar as despesas de 
instalação.Correrão, ainda, por conta da Administração, as despesas de transporte do servidor e de 
sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais (art. 53, da Lei 8.112/90). A 
remoção não poderá, em hipótese nenhuma, ser utilizada como punição ao servidor. 
Por último, é importante distinguir a remoção, de que trata a alínea "a" do artigo em comento, 
da licença do motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, conforme preceitua o art. 84. Aquela 
ocorre no interesse da Administração, enquanto que esta é direito de que pode se valer o servidor. 
 
Seção II 
Da Redistribuição 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito 
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do 
órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. 
§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às 
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou 
entidade. 
§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do 
SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. 
§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua 
desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em 
disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. 
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§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob 
responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até 
seu adequado aproveitamento. 
Comentários: 
A Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito 
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder. Em consonância com as 
normas pertinentes, a redistribuição não implica alteração na situação funcional do servidor, mantidas a 
titularidade do cargo e aplicação da legislação reguladora dos direitos e deveres. 
Em se tratando de redistribuição de servidor, pertencente a planos de classificação diferentes, 
subsistirá o direito de obter promoção nos termos das normas específicas do plano do órgão ou 
entidade de origem. O ato administrativo de redistribuição não elide o direito à promoção, se atendidos 
os requisitos estabelecidos. 
 
Capítulo IV 
Da Substituição 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de 
Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o 
exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá 
optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de 
cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores 
a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o 
referido período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas 
em nível de assessoria. 
Comentários: 
A Substituição propriamente dita, no sentido legal, ensejadora de retribuição, é a que resulta de 
impedimento do titular, o qual, por isso mesmo, embora conservando a titularidade, se afasta do 
exercício daquele cargo (ex.: quem viaja a serviço, por todo o território nacional, não está impedido de 
exercer o seu cargo, não se afasta do exercício do cargo e não pode ser legalmente substituído). Não 
há substituição no caso de impedimento de ocupante de cargo de provimento efetivo. 
Para efeito de concursos, aplicam-se os dispostos os arts. 38 e 39. Porém, o Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio do Ofício-Circular nº 01/SRH/MP, de 28 de janeiro de 
2005, estabeleceu procedimentos no âmbito do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC, no que se refere à 
substituição de servidor investido em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de 
natureza Especial, nos termos do art. 38 da Lei 8.112/90, permitindo ao servidor, no exercício da 
substituição, acumular as atribuições do cargo que ocupa com as do cargo para o qual foi designado 
nos primeiros 30 dias ou período inferior, fazendo jus à opção pela remuneração de um ou de outro 
cargo desde o primeiro dia de efetiva substituição. Transcorridos os primeiros 30 dias, o substituto 
deixa de acumular as funções, passando a exercer somente as atribuições inerentes às do cargo 
substituído, percebendo a remuneração correspondente. 
 
Título III 
Dos Direitos e Vantagens 
Capítulo I 
Do Vencimento e da Remuneração 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
Parágrafo único. REVOGADO. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei. 
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§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma 
prevista no art. 62. 
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação 
receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. 
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. 
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do 
mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e 
as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
Comentários: 
O § 5º foi acrescentado pela MP 431, de 14 de maio de 2008, para estabelecer que nenhum 
servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. Esta disposição já existia em relação ao 
vencimento e estava estabelecido no parágrafo único do artigo 40, revogado por essa medida 
provisória. Há distinção entre vencimento e remuneração. Vencimento-base é o valor fixado em lei para 
retribuição de cargo público (é o padrão de vencimento); remuneracão compreende a soma do 
vencimento com os adicionais de caráter individual, demais vantagens relativas ao local de trabalho. Já 
os vencimentos correspondem à soma do vencimento acrescido de vantagens pecuniárias, definidas 
em lei como permanentes (uma vez concedida, não poderá ser retirada). A alteração introduzida pela 
MP 431/2008 permite inferir que poderá haver vencimento inferior ao salário mínimo. A remuneração é 
que não poderá, agora, ser inferior ao salário mínimo. 
Entre as vantagens pecuniárias permanentes existem as de caráter individual (por exemplo, o 
tempo de serviço), que integram a remuneração para todos os efeitos; e as de caráter pessoal, que são 
excluídas da composição da remuneração para fins da apuração do teto máximo mensal, limitado à 
retribuição do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal (EC nº 19/98). 
REMUNERAÇÃO (art. 41) = VENCIMENTO (art. 40) + VANTAGENS (art.

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