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Neoplasias: Crescimento Anormal de Tecidos

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Neoplasias
Neo (novo) plasia (crescimento, formação).
É uma massa anormal que se origina em um tecido diferente de outros tecidos e esse aumento neste determinado tecido continua mesmo quando o estímulo está terminado.
A neoplasia é um grande problema de saúde em todo o mundo e uma das grandes causas de mortalidades tanto em crianças como em adultos. Os cânceres surgem da proliferação e disseminação descontroladas de clones de células malignas transformadas. Os tumores malignos são determinados por sua atividade proliferativa desregulada, pela capacidade das células tumorais de invadir os tecidos da pessoa e levar para locais distantes.
Uma função fisiológica dos sistemas imunológicos é reconhecer e destruir clones de células transformadas, antes que eles se transformem em tumores e destruam os tumores depois de serem formadas.
Reconhecendo os tipos de tumor:
Benigno: São constituídos por células semelhantes as que o formou, não possuindo a capacidade de provocar metástase.
Maligno: São tumores agressivos podendo ter capacidade de provocar metástase e de se mudar para outros órgãos. Por exemplo: um câncer que começou na mama e passou para o pulmão.
Metástase: São tumores que partiu para outro local de onde se iniciou, ele possui as mesmas células que se iniciou o tumor. 
Desenvolvimento do tumor
Uma célula normal nasce se desenvolve e morre por meio da divisão celular as novas células substitui as células antigas, sem que haja uma produção excessiva. O tumor se desenvolve quando uma ou mais células sofre alguma mutação e deixa de morrer sem que o corpo perceba, desse modo o organismo produz novas células que juntas com as antigas geram um acúmulo de tecido conhecido como tumor.
Fatores imunológicos que influenciam a incidência de câncer
 Infecção por vírus específicos que desarranjam o controle genético da célula por interferência no DNA (ex: vírus da hepatite C, vírus do papiloma humano ou HPV, etc) 
 Indução por agentes físicos (raio X e outras radiações) ou por agentes químicos (ex.: ácido carbólico do fumo, radicais livres provenientes de substâncias carcinogênicas, gorduras trans e defumadas que produzem moléculas com alto potencial oxidante nocivas para o DNA, etc.) que promovem a quebra cromossômica e induzem ações de oncogenes ou reduzem as do genes supressores.
 Mutações espontâneas (freshmutation) que provocam deleções ou mutações de bases nitrogenadas do DNA. Essas alterações são capazes de induzirem os proto-oncogenes tornando-os oncogenes, ou reprimirem as atividades de genes supressores de oncogenes. 
 Translocações de cromossomos provenientes da “quebra de partes de dois cromossomos. As partes “quebradas” são trocadas entre os dois cromossomos lesionados, fatos que podem ocorrer espontaneamente durante as várias reproduções das células ou induzidas por carcinógenos ambientais (ex: radiações). Nas translocações patológicas e que originam várias patologias moleculares, entre as quais alguns tipos de cânceres e neoplasias hematológicas, a quebra pode acontecer justamente na junção do proto-oncogene com o seu gene supressor. A “separação” de um proto-oncogene do seu gene supressor torna oncogene ativo.
Mecanismos efetores antitumorais
As células T são as principais mediadoras da imunidade antitumoral, de modo que esse conhecimento levou a estudos para melhorar as respostas imunes da imunoterapia. Os antígenos das células tumorais são ingeridos pelas APC hospedeiras, principalmente por células dendríticas e, portanto os antígenos são processados pelas APC (células apresentadoras de antígenos), os peptídeos desses antígenos são apresentados a moléculas de TCD8. As APC então expressam coestimuladores capazes de fornecer os sinais para a diferenciação de células T CD8 em CTLs antitumorais e as APC expressam moléculas do MHC de classe II que ativam células T CD4 auxiliares.
Linfócitos T citotóxicos: O efeito antitumoral das células T citotóxicas que reagem contra os antígenos tumorais é estabelecido em tumores experimentalmente. Nos seres humanos, os CTL CD8+ são protetores contra os neoplasmas associados a vírus. Porém em alguns casos as células TCD8+ não se desenvolvem in vivo, sendo geradas por imunização das células dendríticas pulsadas com antígeno tumoral.
Células natural Killer: As NK são linfócitos que podem destruir células tumorais e assim ser a primeira linha de defesa contra as células tumorais. Depois de sua ativação com IL-2 e IL-15, as NK podem acabar com uma ampla gama de tumores humanos, inclusive os que não parecem ser imunogênicos para as células T. As células T e as NK geram mecanismos antitumorais complementares. Os tumores que não expressam antígenos do MHC classe 1 não são reconhecidos pelas células T, porém esses tumores ativam as células NK porque são inibidas pelo reconhecimento de algumas moléculas classe 1 autólogas normais. Os receptores ativadores nas NK são completamente diversos e pertences a vários genes. As proteínas NKG2D, presentes nas células NK e em algumas células T, são importantes receptores ativadores. Elas reconhecem antígenos induzidos por estresse, que são presentes nas células tumorais e células que já sofreram algum dano ao DNA e estão sob o risco de transformação neoplásica. 
Macrófagos: Os macrófagos ativados demonstram citotoxidade contra as células tumorais in vitro. As células T, células NK e macrófagos podem colaborar na reatividade antitumoral, já que o interferon- Y, uma citocina expressa por células T e por NK, é um ativador de macrófagos. Os macrófagos ativados destrói um tumor por mecanismos parecidos aqueles usados para destruir micróbios ou por secreção de TNF.
Anticorpos: Apesar de não ter evidências para os efeitos protetores dos anticorpos antitumorais contra os tumores espontâneos, a administração de anticorpos monoclonais contra as células tumorais pode ser efetiva terapeuticamente. 
Limitações da efetividade da resposta imune contra tumores
As respostas imunológicas podem falhar na verificação do crescimento do tumor porque elas são ineficazes e porque os tumores crescem ao ponto de se defender de um ataque imunológico. É muito difícil para o sistema imunológico se defender de tumores malignos, pois as repostas devem acabar com as células tumorais e os tumores evoluam muito rápidos dificultando ainda mais, de modo que o crescimento do tumor ultrapassa as defesas. As repostas imunológicas podem ser fracas por causa de que muitos antígenos tumorais são pouco imunogênicos por causa de serem diferentes dos auto antígenos. 
Os tumores em crescimento podem desenvolver mecanismos para fugir da resposta imunológica quando perde a expressão de antígenos ou moléculas do complexo de HistoCompatibilidade (MHC) ou pela produção de citosinas imunossupressoras. Esses antígenos são chamados de variantes com perda de antígenos. Se o antígeno perdido não estiver na manutenção das propriedades do tumor, as células variantes continuam a crescer e se espalhar. Alguns tumores comprometem as vias inibidoras da célula T normal, como as mediadas por CTLA-4 ou PD-1 suprimindo assim as respostas imunes.
Antígenos tumorais
O sistema imunológico pode reconhecer vários tipos de moléculas sintetizadas pelos tumores malignos. Se o sistema imunológico de uma pessoa reagir contra um tumor, o tumor deve expressar antígenos que serão vistos como não sendo próprios pelo sistema imunológico do indivíduo. 
Qualquer proteína pode sofrer mutação de maneira eventual em qualquer tumor e muitos destes genes mutantes não desempenham nenhum papel na gênese de um tumor. Por exemplo, os tumores experimentais carcinógenos causados por químicos ou radiação, eles podem ser mutantes de proteínas celulares normais. 
Os genes mutantes de diversas proteínas celulares não são comuns em tumores humanos espontâneos ao invés de em tumores induzidos experimentalmente. 
Muitos tumores são frutos de oncogenes que sofreram mutação ou translocação,ou de genes supressores de tumores que estão envolvidos no processo de transformação maligna. No entanto foi comprovado que em vários dos tumores humanos os antígenos que fazem a resposta imunológica aparentam serem proteínas normais que são expressas acima do normal ou a sua expressão é em tecidos ou estágios de desenvolvimento particulares, mas que estão desregulados nos tumores. É normal esperar que esses antígenos próprios normais não fizessem resposta imunológica, porém suas expressões podem ser suficientes para fazer essas reações. 
Produtos de genes mutados: Alguns tumores expressam genes cujos produtos são necessários para a transformação maligna ou para manutenção do fenótipo maligno. Esses genes são produzidos por mutações pontuais, deleções, translocações cromossômicas ou inserções de genes virais envolvendo proto-oncogenes celulares ou genes supressores de tumor. Eles são sintetizados no citoplasma das células tumorais e entram na via de processamento de antígeno classe I. Elas também podem entrar na rota de processamento de antígeno classe II em células apresentadoras de antígenos que fagocitam células tumorais mortas.
Antígenos tumorais podem ser produzidos ser produzidos por genes mutados aleatoriamente e podem não estar relacionados com o fenótipo maligno.
Proteínas celulares não mutadas anormalmente expressadas: Esses antígenos tumorais podem também ser muitas vezes proteínas celulares expressam em células tumorais.
Antígenos de vírus oncogênicos: São tumores causados por vírus por exemplo o HPV. Os antígenos proteicos codificados pelo vírus são encontrados no núcleo, no citoplasma ou membrana proteica das células tumorais. Essas proteínas sintetizadas são processadas e complexos de peptídeos virais processados por moléculas do MHC classe I e expressos na superfície da célula tumoral. Quando os peptídeos virais são antígenos estranhos, os tumores induzidos pelos vírus de DNA estão entre os tumores mais imunogênicos conhecidos.
Antígenos oncofetais: Antígenos oncofetais são proteínas expressas nas células cancerosas e em fetos de desenvolvimento normal, mas que não tem em tecidos adultos.
Antígenos Glicolipídicos e Glicoproteicos Alterados: São níveis ou formas anormais de glicoproteínas e glicolipídios de superfície que podem serem antígenos.
Antígenos de diferenciação tecido- específico: Os tumores podem expressar moléculas que estão presentes só em células normais de origem.
Tratamento e Prevenção
Os tratamentos para a neoplasia são:
Radioterapia: É utilizada em conjunto com a quimioterapia nos linfomas de grau médio e alto. È o mais importante para o tratamento da doença de Hodgkin do que para os linfomas não Hodgkin, é importante para a doença localizada, sendo o único tratamento utilizado para os linfomas de baixo grau.
Transplante de medula óssea: Por causa da ineficácia da radioterapia e da quimioterapia em muitos pacientes com linfomas de médio e alto grau ou com leucemas agudas, foi necessário recorrer a um novo método. O transplante de medula óssea tanto alogênica quanto autóloga aumentou a expectativa de vida de alguns pacientes, especialmente as crianças.
Quimioterapia: Para aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade foi desenvolvida a quimioterapia de combinação no National Cancer Institute. A base para o tratamento com múltiplos agentes está no aparecimento de células que são resistentes a fármacos, no entanto as exposições a vários fármacos impediram a sobrevida e a proliferação de células que são resistentes. Além disso, a dose dos fármacos pode influenciar a morte das células tumorais, sendo que administração de uma dose maior em um curto período de tempo pode ser mais eficaz.
Imunoterapia: A imunoterapia visa potencializar a resposta imunológica fraca ou administrar anticorpos ou células T específicos para tumor.
Estimulo das respostas imunológicas ativas do hospedeiro aos tumores: Vacinas compostas por células tumorais mortas, antígenos tumorais ou células dendríticas incubadas com antígeno tumorais são administradas em pacientes, e estratégias para aumentar as respostas imunológicas aos tumores resultando em um aumento de respostas imunológicas. 
Imunoterapia passiva para tumores com células T e anticorpos: A imunoterapia passiva é a transferência de células T e anticorpos para pacientes. Ela é rápida porém não duradora. 
Terapia celular adotiva, efeito enxerto-versus-leucemia e terapia com anticorpos antitumorais são alguns exemplos da imunoterapia passiva. 
Tratamento nutricional:
Ainda não se sabe quais sãos os alimentos que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer, porém estima-se que a dieta pode ter até um terço em relação aos tumores. Baixa ingestão de frutas e hortaliças consumo de álcool e tabaco, grelhar carnes, peixes ou outros alimentos, consumo inadequado de carnes vermelhas, podem até estimular o início da patologia, porém pode não ser a causa. 
Também há os alimentos promotores do câncer, ou seja, acelera o processo de desenvolvimento da patologia. Dentre eles, o tipo de gordura pode promover isso. Algumas evidências indicam que os ácidos graxos saturados e os ácidos graxos trans podem promover o câncer enquanto os ácidos graxos provenientes de peixes como os ácidos graxos ômega 3 podem prevenir contra a patologia.
Os alimentos podem ser antipromotores, ou seja, prevenir o câncer. Estudos revelam uma ligação entre alta ingestão de frutas e hortaliças e fibras com baixos índices de câncer de cólon. Isso ocorre porque a fibra que contém nas frutas e hortaliças auxilia na proteção ao acelerar o tempo de trânsito de todos os materiais através do cólon fazendo com que as paredes do órgão não fiquem muito tempo expostas as substâncias cancerígenas. Essas frutas e hortaliças podem conter nutrientes que podem agir como proteção contra o câncer. Ao agir como varredores de radicais livres derivados do oxigênio, os nutrientes antioxidantes betacaroteno, vitamina C e vitamina E que estão presentes nestes alimentos previnem o dano celular e tecidual que originam a patologia. Os fitoquímicos (não nutrientes) comuns em hortaliças ativam enzimas que destroem os carcinógenos. 
A prevenção contra essa doença está baseada também em consumir uma variedade de alimentos, principalmente as fontes vegetais. Dar ênfase aos cereais integrais, limitar o consumo de carne vermelha, especialmente as ricas em gorduras. Adotar um estilo de vida fisicamente ativo, praticando pelo o menos uma atividade moderada de 30 ou mais minutos, em cinco ou mais dias durante a semana. Manter um peso saudável equilibrando o consumo de calorias com a atividade física. Limitar o consumo de álcool e não fumar tabaco. E variar as opções alimentares. Essa última sugestão se aplica principalmente a prevenção do começo do câncer. Consumido os alimentos de uma forma variada podem eliminar as qualidades negativas de qualquer alimento específico. 
Referências Bibliográficas
Parslow,Tristram G, et al. Imunologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Abbas, K, Abul, et al. Imunologia Básica: funções e distúbios do Sistema imunológico; tradução: Patrícia Dias Fernandes. 3ed – Rio de Janeiro. Elsevier,2009.
Abbas, K, Abul, et al. Imunologia celular e molecular: 7ed, Saunders.

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