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Introdução EAD

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Marise Maria Santana da Rocha
Rosângela Branca do Carmo
Aline Ferreira Campos
Introdução à 
Educação a Distância
Marise Maria Santana da RochaRosângela Branca do CarmoAline Ferreira Campos
Introdução à Educação a Distância
2ed.
MEC / SEED / UAB2010
R672i Rocha, Marise Maria Santana da Introdução à educação a distância / Marise Maria Santana da Rocha, Rosângela Branca do Carmo , Aline Ferreira Campos. 2ed. — São João del-Rei, MG : UFSJ, 2010. 44p.1. Ensino à distância. I. Carmo, Rosângela Branca do. II. Campos, Aline Ferreira. III. Título.CDU: 37.018.43
Reitor Helvécio Luiz Reis Coordenador UAB/NEAD/UFSJ Heitor Antônio GonçalvesComissão Editorial: Fábio Alexandre de Matos
 Flávia Cristina Figueiredo Coura
 Geraldo Tibúrcio de Almeida e Silva
 José do Carmo Toledo
 José Luiz de Oliveira
 Leonardo Cristian Rocha
 Maria Amélia Cesari Quaglia
 Maria do Carmo Santos Neta
 Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo
 Maria Rita Rocha do Carmo (Presidenta)
 Marise Maria Santana da Rocha
 Rosângela Branca do Carmo
 Rosângela Maria de Almeida Camarano Leal
 Terezinha Lombello FerreiraEdição Núcleo de Educação a Distância
 Comissão Editorial - NEAD-UFSJCapa Eduardo Henrique de Oliveira GaioDiagramação
 Luciano Alexandre Pinto
SUMÁRIO
Pra começo de conversa... 5
Unidade 1 - Educação a Distância: Algumas Considerações 7
Unidade 2 - Educação a Distância: Cenário Mundial 15
Unidade 3 - Educação a Distância: Cenário Nacional 23 3.1 Os Programas destinados à Formação Geral 27 3.2 Os Programas destinados à Formação de Professores 29
	 3.3	Os	Programas	Destinados	à	Formação	Profissional	 	 	 	 33 3.4 Universidade Aberta do Brasil – Novos Caminhos para a EaD 33 3.5 UFSJ: A nossa proposta de Educação a Distância 35
Pra final de conversa... 38
REFERÊNCIAS 41
5
Pra começo de conversa...Prezado(a) Estudante:Ser estudante a distância pode ser uma grande aventura!A Educação a Distância tem representado, ao longo de sua história e cada vez mais, uma modalidade educacional responsável pela inclusão social de um contingente inumerável de pessoas que buscam oportunidades de educação para a conquista de seus direitos de cidadãos.Embora bastante disseminada e bem aceita mundialmente, ainda é uma modalidade vista com certo preconceito e algumas restrições. Romper com essa resistência e demonstrar a relevância e validade dessa forma de ensinar e aprender precisa se tornar compromisso de todos nós alunos e educadores envolvidos neste importante processo.Acreditamos que a Educação a Distância vem ocupando, paulatinamente, um lugar de destaque na busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, criando condições de acesso ao conhecimento e aprofundamento de estudos, para uma parcela cada vez maior da população que estaria excluída dos meios educacionais.Assumir uma atitude de acolhida às políticas diversas de Educação a Distância pode representar a abertura de novos caminhos para a solução dos grandes problemas sociais que hoje se apresentam. A busca pela melhoria da qualidade de vida do homem e do mundo passou, passa e passará sempre, obrigatoriamente, pela questão educacional. Portanto, para que as transformações sociais ocorram, a necessidade de se investir em uma forma de educação que alcance um número, cada vez maior de pessoas, em todas as partes do mundo, se faz urgente.Apresentaremos a você um breve resgate da história da Educação a Distância, 
contextualizando	as	realidades	mundial	e	brasileira,	visando	a	refletir	sobre	as	temáticas	acima apresentadas. Assim, convidamos você para iniciar conosco um diálogo sobre questões relativas à Educação a Distância, através desta primeira Unidade Curricular do curso, denominada 
Introdução à Educação a Distância.
Bom Estudo!
Marise, Rosângela e Aline
7
Educação a Distância: Algumas 
Considerações
Objetivos 
•	 Conceituar “Educação a Distância”.
•	 Relacionar as características da “Educação a Distância”.
•	 Identificar	novos	paradigmas	para	a	“Educação	a	Distância”.
Problematizando
Tendo como referência seus conhecimentos sobre a temática em questão, responda as questões que se seguem:1. O que representa a Educação a Distância?2. Quais as características da Educação a Distância?3. Quais as transformações provocadas no processo pedagógico pela Educação a Distância?
unidade 1
9
unidade 1
Educação a Distância: algumas considerações
A Educação a Distância – EaD traz em si marcas e características peculiares que a concretizam 
num tempo e espaço também peculiares. É uma modalidade que estabelece uma dinâmica 
continuada e aberta de aprendizagem que faz com que o indivíduo possa tornar-se sujeito 
ativo de seu conhecimento, dentro de seu tempo e espaço próprios.
Educação a Distância não é uma nova modalidade de educação. Suas origens estão 
relacionadas	às	necessidades	de	preparo	profissional	e	cultural	daqueles	que,	por	vários	motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial. É recorrente 
encontrarmos	 definições	 que	 colocam	 a	 Educação	 a	 Distância	 como	 modalidade	 de	
educação	que	vem	substituir	a	educação	presencial,	no	entanto,	é	preferível	afirmar	que	são modalidades de educação distintas, mas que se completam, e se põem adequadas a contextos também distintos. 
—	E	o	que	significa	o	termo	EaD?
O termo EaD é indistintamente tratado como ensino a distância, Educação a Distância ou, ainda, como aprendizagem a distância (e-learning). 
De acordo com o Dicionário Aurélio	Eletrônico	(2003)	temos	as	seguintes	definições:
Ensino: Transmissão de conhecimentos, informações ou esclarecimentos 
úteis	ou	indispensáveis	à	educação	ou	a	um	fim	determinado;	instrução.	
Esforço	orientado	para	a	formação	ou	a	modificação	da	conduta	humana;	educação. Adestramento, treinamento (grifo nosso). 
Educação: Ato ou efeito de educar (-se). Processo de desenvolvimento da 
capacidade	física,	intelectual	e	moral	da	criança	e	do	ser	humano	em	geral,	visando à sua melhor integração individual e social. Os conhecimentos 
ou	 as	 aptidões	 resultantes	 de	 tal	 processo;	 preparo.	 Aperfeiçoamento	integral de todas as faculdades humanas. Conhecimento e prática dos 
usos	de	sociedade;	civilidade,	delicadeza,	polidez,	cortesia.	
10
Aprendizagem:	 Ato	 ou	 efeito	 de	 aprender,	 especialmente	 profissão	
manual	ou	 técnica.	O	exercício	ou	prática	 inicial	da	matéria	aprendida;	experiência, tirocínio.
Percebe-se	pela	definição	do	dicionário	que	o	termo	ENSINO	está	mais	ligado	às	atividades	de instrução e treinamento. O termo EDUCAÇÃO refere-se à prática, ao ato e ao processo e está, de certa maneira, vinculado à Arte. APRENDIZAGEM refere-se mais ao ato ou ao efeito de aprender.Após essas considerações concordamos com Mill (2009) e optamos pelo o conceito de Educação a Distância - EaD, por nele agregar “uma visão mais sociointeracionista, que vem a destacar o processo de educação-aprendizagem como um todo, em que o estudante e a construção compartilhada do conhecimento se dão pelas interações dialógicas entre os diferentes participantes desse processo” (p. 31). Já em relação ao termo Ensino a Distância entendemos que, neste conceito, o foco está na emissão de conteúdos e no professor, onde o centro do processo está na educação e desvaloriza- se a aprendizagem (mesmo que involuntariamente).Veja a seguir como alguns autores conceituam a Educação a Distância:Para G. Dohmem apud Nunes (1992), Educação a distância (Ferstüdium) é uma forma, sistematicamente organizada, de autoestudo, através da qual o aluno se instrui a partir do material de estudo que Ihe é apresentado, e o acompanhamento e a supervisão do sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de professores. Isso é possível de ser feito a distância através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer longas distâncias. O oposto de “Educação a Distância” é a “educação direta”ou “educação face a face”: um tipo de educação que tem lugar com o contato direto entre professores e estudantes. 
Aretio (1995), vem ampliar este conceito ao dizer que Educação à Distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que substitui o contato pessoal professor/aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria, que possibilitam a aprendizagem 
independente	e	flexível	dos	alunos.
Sarramona	(1986)	define	a	EaD	como	um	processo	que exige todas as condições inerentes a qualquer sistema educacional, a saber: planejamento, orientação do processo e avaliação. Para Preti (1996), a Educação a Distância deve ser compreendida como uma “prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar 
11
unidade 1
o conhecimento”, onde o conhecimento deve estar disponível a quem se dispuser a conhecê-lo, independentemente do lugar, do tempo e de engessadas estruturas formais de ensino. 
Aprofundando-se nesses conceitos, Neder (1999) ressalta que a Educação a Distância 
permite	maior	atenção	aos	ritmos	pessoais	e,	por	isso,	suplanta	o	modelo	de	fluxo	linear,	possibilitando um ir-e-vir, um retomar, um rever, um refazer, abertos aos acontecimentos produzidos pelos indivíduos enquanto sujeitos culturais, na circunstanciedade de seus tempos-espaços próprios e diversos.
Armengol apud Santos (2008), esclarece que é importante ter em conta que a educação aberta e a distância não é uma solução imediata nem pretende substituir a educação presencial (tradicional). Nenhum país deve tomar a decisão de criar um sistema de 
Educação a Distância sem antes ter completado um exame sistemático acerca de sua 
plena	justificação,	das	necessidades	educativas-chave	e	das	possibilidades	dos	sistemas	existentes. Por outro lado, não existe um modelo único e rígido de Educação a Distância;	pelo contrário, a riqueza de modelos e combinações possíveis exigem que, em cada caso, se escrevam criativamente metodologias e esquemas que resultem nas mais apropriadas, levando em conta as necessidades, condições e meios de cada situação particular.
Nesse sentido, o Decreto n. 2494, de 10/02/1998, que regulamenta os cursos a distância, conceitua esta modalidade de ensino da seguinte forma: “É uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”.
Em Keegan apud Santos (2008), encontramos os elementos centrais dos conceitos de 
EaD:	separação	física	entre	professor	e	aluno,	que	distingue	o	EaD	do	ensino	presencial;	
influência	 da	 organização	 educacional	 (planejamento,	 sistematização,	 plano,	 projeto	e organização rígida), que a diferencia da educação	 individual;	 uso	de	meios	 técnicos	de comunicação, usualmente impressos, para unir o professor ao aluno e transmitir os 
conteúdos	educativos;	comunicação	de	mão-dupla,	onde	o	estudante	pode	beneficiar-se	
da	iniciativa	no	diálogo;	possibilidade	de	encontros	ocasionais	com	propósitos	didáticos	e	
de	socialização;	e	participação	de	uma	forma	industrializada	de	educação, potencialmente revolucionária.
E,	 finalizando	 com	 Motta (2010), temos a Educação a Distância compreendida como 
12
a forma de educação que se baseia na crença no Homem e em suas potencialidades, como sujeito ativo de sua própria aprendizagem. Parte esta modalidade de educação do princípio de que o ser humano, independentemente de escolas ou de professores, pode se autodesenvolver, o que é mais do que comprovado pelo imenso número de autodidatas 
que	tantos	benefícios	já	proporcionaram	à	sociedade.
 DICAEnquanto prática educativa, a Educação a Distância tem como objetivo primordial a democratização e o compromisso com um público que apresenta características peculiares: adultos inseridos no mercado de trabalho, que residem em locais distantes das universidades, tendo uma carga horária reduzida para estudo presencial. Dessa forma, a Educação a Distância tem por objetivos: democratizar o 
acesso	à	educação;	propiciar	uma	aprendizagem	autônoma	e	ligada	à	experiência;	promover uma educação inovadora e de qualidade e incentivar a educação permanente.
Não é possível tratar da Educação a Distância desvinculada da educação em geral, pois, segundo Alonso (1996),
A Educação a Distância tem em sua base a ideia de democratização e facilitação do acesso à escola, não a ideia de suplência ao sistema regular estabelecido, nem tampouco a implantação de sistemas provisórios, mas em sistemas fundados na Educação Permanente... (p.58)Isso mostra que a EaD direciona uma alternativa possível à democratização das 
oportunidades	 educacionais	 para	 um	 público-alvo	 específico,	 e	 que	 por	 isso	 não	 vem	suplementar a educação regular. São modalidades de educação distintas, mas que se completam.
De acordo com Preti (1996),a crescente demanda por educação, devido não somente à expansão populacional como sobretudo às lutas das classes trabalhadoras por acesso à educação, ao saber socialmente produzido, concomitantemente 
com	a	evolução	dos	conhecimentos	científicos	e	tecnológicos	está	exigindo	mudanças a nível da função e da estrutura da escola e da universidade (p.16).
13
unidade 1
Dessa maneira, a Educação a Distância (EaD) surgiu como alternativa para atender às 
necessidades	diversificadas	e	dinâmicas	de	educação	e	formação	de	adultos,	que,	aliada	às exigências sociais e pedagógicas e tendo como suporte os avanços tecnológicos da informação e da comunicação, oferece possibilidade de atendimento a esse público com 
perfil	 diferenciado:	 -	 adultos	 inseridos	 no	 mercado	 de	 trabalho,	 residentes	 em	 locais	distantes dos núcleos de educação, heterogêneo e com pouco tempo para os estudos.
 ATENÇÃOA Educação a Distância apresenta como características a formação permanente, a 
eficácia,	a	adaptação,	a	flexibilidade	e	a	abertura.	Essas	características	proporcionam	aos estudantes superação de barreiras existentes nas instituições de educação superior, tais como ofertas de curso e número de vagas, permanência do indivíduo 
em	 seu	 entorno	 familiar	 e	 profissional,	 respeito	 ao	 ritmo	 de	 aprendizagem	 do	indivíduo e construção de sua autonomia para o estudo.
A EaD é, portanto, uma modalidade de educação que deve considerar a situação socioeconômica e cultural das comunidades, usando as novas tecnologias, tendo o 
orientador	acadêmico	como	intermediário	num	processo	de	ação-reflexão-ação,	buscando	a efetivação do conhecimento, associando teoria e prática.
Mas, para que a aprendizagem a distância se efetive, não bastam somente tecnologias 
sofisticadas.	É	necessário	também	um	ambiente	que	favoreça	um	processo	de	educação	e	
aprendizagem	significativo.	E	para	tal	é	pertinente	a	utilização	de	estratégias	e	ferramentas	educativas, sustentadas por meios e formas de comunicação, diferenciados.
Segundo Maia apud Santos (2008), este tipo de educação/aprendizado transforma a relação tradicional na sala de aula. O conceito de autoridade expresso pelo professor e seu domínio sobre todo o processo de ensino transformam-se em um ato de compartilhar. Surge uma nova interface entre alunos e professores, mediada pelas tecnologias computacionais, como a Internet. 
Neste novo modelo de educação, os professores desempenham mais o papel de facilitadores do que de especialistas, os cursos serão menos hierarquizados e mais personalizados, cabendo aos próprios alunos cuidar de sua instrução. Esses conceitos reforçam a ideia de que os alunos aprenderão por fazer e não por memorização.
14
Em contrapartida, também exige-se do aluno na Educação a Distância o exercício de uma nova conduta. 
Se na educação convencional a sua relação com o processo de aprendizagem era passiva, cabendo ao professor toda a iniciativa daeducação, agora ele precisa tomar este mesmo processo em suas mãos e adotar uma nova conduta: de iniciativa, autonomia, disciplina e crítica. 
Ele fará seu próprio tempo, o seu próprio horário e suas próprias condições para estudar. Estabelecerá, dentro da sua realidade pessoal, o seu ritmo de estudo, adaptando-o ao seu 
perfil	e	conveniência.	É	no	exercício	desta	capacidade	de	autogestão,	nesse	aprendizado	no gerenciamento do seu tempo e espaço, que ele se verá na condição de vivenciar aquilo que é de fundamental importância para o seu êxito, acadêmico e pessoal: a capacidade de “aprender a aprender e de aprender em colaboração”.
É dessa maneira que a EaD se coloca como alternativa pedagógica de grande alcance, que utiliza novas tecnologias para atingir os objetivos propostos, considerando as necessidades 
das	populações,	promovendo	o	autodidatismo	e	a	aprendizagem	independente	e	flexível	em qualquer nível.
Após tecermos essas considerações sobre o conceito, os objetivos e as características da Educação a Distância, apresentaremos na próxima unidade um pouco da sua história, no contexto mundial.
 ATIVIDADE1. Tomando como referência o texto-base apresentado, escreva sobre:
•	 Concepção de Educação a Distância
•	 Características da Ea D.
•	 Transformações provocadas pela EaD. 
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Educação a Distância: 
Cenário Mundial
Objetivos 
•	 Identificar	 os	motivos	 para	 o	 surgimento	 da	 “Educação	 a	 Distância”	 no	 contexto	mundial.
•	 Identificar	 as	 razões	 que	 impulsionaram	 o	 avanço	 da	 “Educação	 a	 Distância”	 no	cenário mundial.
Problematizando
Para você:1. Que motivos determinaram o surgimento da modalidade de Educação a Distância no contexto mundial?2. Que razões impulsionam o avanço da Educação a Distância no cenário mundial?
unidade 2
17
unidade 2
Educação a Distância: cenário mundial
Conforme vimos na Unidade 1, a Educação a Distância não é uma modalidade nova de educação. Surgiu numa época em que a Educação era destinada aos mais ricos, excluindo 
de	seu	universo	as	pessoas	de	menor	poder	aquisitivo.	A	fim	de	minimizar	esse	cenário,	as	instituições de ensino buscaram criar uma forma de educação não tradicional e externa.
Alguns marcos históricos são importantes para a compreensão de sua evolução.
Na fase inicial e experimental da Educação a Distância, temos como cenário o século XIX. O processo de industrialização da sociedade se encaminhava para a sua consolidação. Mas para que isso se efetivasse era necessário alfabetizar grande parte da população, que se via excluída da escola	e	assim,	ter	uma	mão	de	obra	melhor	qualificada.
 SAIBA MAISA aventura EaD começou em 1840, na Inglaterra, quando foi lançado o primeiro selo da história do correio, usando tarifa única para todo o território da sua 
Graciosa	Majestade	 a	 Rainha	 Vitória.	 Isaac	 Pitmann,	 o	 inventor	 da	 estenografia	aproveitou-se desta nova facilidade para comercializar a sua invenção e criou o primeiro curso por correspondência – o de estenógrafo. A primeira instituição, que utilizou o ensino a distância, era alemã. O Instituto Toussaint e Langenseherdt (1856) dedicou-se ao ensino das línguas estrangeiras. Atravessando o oceano em 1873, em Boston, nos USA, Anna Ticknor fundou a Sociedade de Apoio ao Ensino em Casa. No mesmo ano, a Universidade de Bloomington criou um departamento de curso por correspondência.
Entretanto, é somente no século XX, após 2ª Grande Guerra Mundial, que a Educação a Distância passa a receber a devida atenção pedagógica. 
18
Veja o que diz a revista francesa “Le monde de l’Education”, num número especial de setembro 1998.
Progressistas ou reacionários, (a Inglaterra de Wilson ou a Espanha de Franco), ricos ou pobres (os Estados Unidos ou Madagascar), centralistas ou federalistas, (França ou Alemanha), imenso ou pequeno (China ou Holanda), todos os Estados depois da Segunda Guerra investirão no Ensino a Distância. Em todo lugar, as empresas, grandes ou pequenas, e as instituições internacionais obram para instalar as infra-estruturas do ensino a distância. Para todos, o desejo é o mesmo: estender o projeto educativo, começado no século 20, para todos os públicos e para todas 
as	 formas	 de	 saber,	 aumentar	 a	 eficiência	 e	 diminuir	 os	 custos	 graças	
ao	 emprego	 de	 tecnologias	 cada	 vez	 mais	 eficientes (Le Monde de l’Education, set. 1998, p. 9 apud Vigneron – 2010) 
Segundo Preti (1996),
experiências	educativas	a	distância	já	existiram	no	final	do	século	XVIII,	se desenvolveram com êxito a partir da segunda metade do séc. XIX, para 
qualificação	e	especialização	de	mão	de	obra	em	face	das	novas	demandas	da nascente industrialização, da mecanização e divisão dos processos de trabalho (p.17) .De acordo com Lisseanu apud Preti (1996), o quadro atual da EaD é impressionante: “Em mais de 80 países do mundo o ensino a distância vem sendo empregado em todos os níveis educativos, desde o primeiro grau até a pós-graduação, assim como também na educação permanente” (p.18).
Atualmente, na Europa são oferecidos inúmeros programas de diferentes níveis, nos mais 
diversificados	campos	do	saber.	De	acordo	com	o	Conselho	Internacional	de	Educação	a	distância / CIED, já em 1988 mais de dez milhões de estudantes integravam o Educação a Distância naquele Continente. A Universidade de Hagen, na Alemanha, e a Open University do Reino Unido são reconhecidas internacionalmente pela excelência na Educação a Distância e caracterizadas pela primazia de seus cursos. Segundo Castro e Nunes (1996), mais de dois milhões de pessoas já estudaram na Open University, sendo que naquele ano estavam matriculados mais de 160 mil alunos regulares, 40 mil alunos em cursos de pós- graduação e 60 mil em cursos extracurriculares.
19
unidade 2
 SAIBA MAISQue a primeira universidade baseada totalmente no conceito de Educação a Distância foi a Open University (OU), na Inglaterra (www.open.ac.uk)? Surgida 
no	final	dos	anos	de	1960,	a	OU	iniciou	seus	cursos	em	1970	e	em	1980	já	tinha	70.000 alunos, com 6.000 pessoas se graduando a cada ano. Ao longo de seus 35 anos de existência, foram incorporadas todas as novas tecnologias que eram desenvolvidas e popularizadas, como vídeos e computadores pessoais nos anos de 1980, e a Internet nos anos de 1990. A Open University forneceu referências para o surgimento de universidades abertas em vários outros países do mundo, entre 
as	quais	podemos	citar	a	Anadoulou	University,	na	Turquia;	a	Open	Polytechnic,	
na	Nova	Zelândia;	 a	 Indira	Ghandi	National	Open	University,	na	 Índia;	 e	 a	Open	Universität Heerlen, na Holanda. Estima-se que no ano de 2010 aproximadamente 400 mil alunos se matricularão nos cursos da Open. Fonte: <http://profevelynhistoria.pbworks.com/f/Historico.pdf> Acesso:11 Junho 2010
Igual destaque merecem ainda as Universidades Abertas da Espanha e Venezuela, que 
oferecem	 um	 número	 expressivo	 de	 cursos,	 atendendo	 a	 um	 número	 significativo	 de	alunos. A Universidade Nacional de Educación a Distância / UNED, na Espanha, é a segunda maior universidade européia, com mais de 150.000 alunos, e está, desde 1997, associada à UNESCO na promoção da Educação a Distância (Fonte: wikipedia, 2010).
Em 1979 é criado o Instituto Português de Ensino a distância, cujo objetivo era lecionar cursos superiores para população distante das instituições de ensino presencial e 
qualificar	o	professorado.	Em	1988	este	instituto	dá	origem	a	Universidade Aberta de 
Portugal. Hoje, a Universidade Aberta de Portugal oferece graduação, especialização, mestrado e doutorado a distância, além de manter um programa especial para países de língua portuguesa.
A China, país com a maior população e extensão do mundo, conseguiu instalar um único e gigantesco sistema integrado de Educação a Distância com sede em Beijing, a Central China Radio and Television University, fazendo um uso extensivo das tecnologias informática e de comunicação via satélite e com delegações em muito numerosos pontosdo seu território. 
20
Já na África os programas de Educação a Distância ainda são incipientes, devido aos parcos recursos econômicos do continente.
Por outro lado, a Austrália é o país que mais desenvolve programas a distância integrados às universidades presenciais, e mais de cinco milhões de universitários estudam a distância nos Estados Unidos.
Aliás,	a	presença	dos	Estados	Unidos	na	Educação	a	Distância	é	secular.	Já	no	final	do	século	XIX, os americanos criaram cursos por correspondência com o objetivo de capacitação em 
diversos	ofícios.
A Universidade de Chicago, por volta de 1892, ao criar curso por correspondência, incorporou a Educação a Distância às modalidades de estudo em suas instituições.
Outras universidades americanas, no início do século XX, criaram cursos para a escola primária. Na década de 30 já eram quase quarenta universidades nos Estados Unidos oferecendo cursos a distância. Hoje, de acordo com o National Center for Education Statistics, mais de 12 milhões de jovens e adultos estão cursando graduação e pós-graduação a distância nos Estados Unidos. 
Em Cuba, a Educação a Distância começou a ser implantada em 1979. A Faculdade de Educação Dirigido, da Universidade de Havana, é o centro gerenciador dos cursos regulares, oferecidos em todo o país, e contavam com o suporte de outras 15 instituições universitárias. Os programas curriculares e a estrutura dos cursos a distância são os mesmos dos cursos presenciais (JUSTINIANI,1991).
Na América Latina, mais recentemente, diversos países vêm tomando a iniciativa de consolidação e institucionalização de programas de EaD, como a Universidade Nacional a Distância de Costa Rica e o sistema de Educación Abierto y a Distância de Colômbia, que seguiram o modelo inglês. 
Também apareceram propostas diferentes em outros países latinos, como é o caso da Universidade Autônoma do México, o Sistema de Educação a Distância da Universidade de Honduras e os Programas de Educação a Distância da Universidade de Buenos Aires.
21
unidade 2
 ATIVIDADE1. Segundo o texto:
•	 Que razões motivaram o surgimento da Educação a Distância no contexto mundial?
•	 Que motivos impulsionaram o seu avanço no contexto mundial?2. Compare as respostas dadas previamente por você no “problematizando” e as respostas elaboradas agora, tendo como referência o texto-base acima apresentado.
unidade
23
Educação a Distância: 
Cenário Nacional
Objetivos 
•	 Identificar	princípios	que	embasam	a	introdução	da	Educação	a	Distância	no	Brasil.
•	 Definir	objetivos	que	orientaram	os	programas	brasileiros	de	Educação	a	Distância.	
•	 Analisar as perspectivas que se apresentam para o sistema educacional brasileiro quanto à Educação a Distância.
Problematizando
Em sua opinião:1. Que princípios embasaram a introdução da Educação a Distância no Brasil? 2. Que motivos impulsionam o avanço da Educação a Distância no cenário brasileiro?3. Que perspectivas se apresentam para a Educação a Distância na conjuntura nacional?
unidade 3
25
unidade 3
Educação a Distância: cenário nacional
Assim como em outros países, a Educação a Distância vem se apresentando no Brasil como uma alternativa possível e viável para atender a uma população que, por inúmeros motivos, está impossibilitada de ter o acesso ou continuidade dos estudos.
Alonso (1996) dizia que “falar sobre a Educação a Distância no Brasil é, ainda hoje, um ato de muita coragem. São vários os trabalhos sobre este tema, mas a resistência a ele tem, necessariamente, uma base cultural bastante forte” (p. 57).
Ainda sobre essa questão, Romanelli, in	 Alonso	 (1996),	 já	 afirmava	 que	 a	 história	 da	educação brasileira era marcada pelo caráter elitista, pelo privilégio de determinados segmentos da população, devido
à forma como foi feita a colonização em terras brasileiras e, mais, a evolução da distribuição social, do controle político, aliadas ao uso de modelos importados de cultura, condicionaram a evolução da educação escolar no Brasil. A necessidade de manter os desníveis sociais teve, desde então, na educação escolar um instrumento de reforço das desigualdades (p. 57).De acordo com Rett (2008), o marco histórico da criação da EaD no Brasil data da implantação das “Escolas Internacionais” em 1904, apesar de o Jornal do Brasil ter 
registrado,	 já	 em	 1891,	 anuncio	 oferecendo	 profissionalização	 por	 correspondência	(datilógrafo). Como marco no uso de tecnologia, tem-se a criação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro, por Roquete Pinto, entre 1922 e 1925.
Em 1.939 tem-se a implantação do Instituto Rádio Monitor e em 1.941 do Instituto Universal Brasileiro. 
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 SAIBA MAISFundado em 1941, o Instituto Universal Brasileiro tinha por objetivo ministrar 
cursos	 profissionalizantes	 na	 modalidade	 de	 ensino	 profissionalizante	 por	correspondência. É considerado pioneiro no ensino a distância no Brasil e oferece 
cursos	 livres	e	preparatórios,	cursos	oficiais	supletivos	do	ensino	fundamental	e	médio. Em 2006, o IUB contava com cerca de 200.000 alunos matriculados .Fonte: IARALHAM, Luciano C. - Contribuição da Tecnologia da Informação na Educação a Distância no Instituto Universal Brasileiro: Um Estudo de Caso. Disponível em: <http://www.fam2010.com.br/site/revista/pdf/ed4/art3.pdf> Acesso:10 Junho 2010.
De acordo Nunes (1998), as experiências brasileiras, governamentais ou não, têm sido caracterizadas pela descontinuidade dos projetos e por certo receio em se adotarem 
procedimentos	rigorosos	e	científicos	de	avaliação.	
No início da década de 60, a sociedade civil tenta reverter o quadro de descaso pela educação popular, empenhando-se através de diversos movimentos sociais que visavam ora à alfabetização, ora à educação conscientizadora, ora ao incentivo à produção cultural popular.
Neste momento, tem-se uma ação sistematizada do Governo Federal em EaD. Através de um contrato entre o MEC e a CNBB, faz surgir o MEB - Movimento de Educação de Base.
De acordo com Santos (2008), o Movimento de Educação de Base – MEB, através do sistema de Educação a Distância não – formal foi uma das primeiras experiências de destaque em EaD. Sua preocupação básica era alfabetizar e apoiar os primeiros passos da educação de milhares de jovens e adultos por meio das “escolas radiofônicas”, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Desde seus primeiros momentos, o MEB distinguiu-se pela utilização do rádio e montagem de uma perspectiva de sistema articulado de ensino com as classes populares. Porém, a repressão política que se seguiu ao golpe de 1964 desmantelou o projeto inicial e fez com que a proposta e os ideais de educação popular de massa daquela instituição fossem abandonados.
Alonso	(1996)	afirma	que “explicar as bases deste interminável começar da EaD no Brasil 
significa	compreender	os	processos	em	que	se	 forjaram	os	programas	e	as	 instituições	que os criaram e executaram” (p. 59).
27
unidade 3
Nessa linha de raciocínio, os programas que se utilizaram da Educação a Distância no Brasil podem ser divididos em três categorias:
•	 Programas destinados à formação geral
•	 Programas destinados à formação de professores 
•	 Programas	destinados	à	formação	profissional
3.1 Os Programas destinados à Formação Geral
No Brasil, o Projeto Minerva foi um dos programas de Educação a Distância de maior impacto no país. Ele foi criado em 1970 pelo Governo Federal e surgiu de um acordo entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Educação e Cultura.
Nesse projeto, a transmissão era feita via rádio e televisão, com duração semanal de cinco horas, e todas as suas atividades foram coordenadas e executadas pelo MEC.
O intuito do Minerva era proporcionar a interiorização da educação básica, buscando 
suprir	 as	 deficiências	 que	 existiam	 na	 educação	 formal	 em	 regiões	 em	 que	 o	 número	
de	escolas	e	de	professores	era	 insuficiente.	De	acordo	com	Costa	(2010),	mais	do	que	isso, o projeto consistianuma tentativa governamental de enfrentar o alto índice de analfabetismo nacional evidenciado pelo censo de 1970, que deixava exposta uma acentuada desigualdade regional no que se refere à taxa de escolarização. Enquanto o estado da Guanabara apresentava uma taxa de 91,8% de escolarizados, o Acre tinha uma taxa de 34,5%.
O	 projeto	 possuía	 infraestrutura	 própria,	 uma	 coordenação	 financeira	 e	 técnicos	 à	disposição da Fundação Centro-Brasileira de Televisão Educativa, em colaboração com o serviço de radiodifusão Educativa e o Ministério das Comunicações.
Segundo Garcia (2006), o Minerva usou mil e duzentas emissoras de rádio aliadas ao material impresso e, de acordo com Moraes (2000), 300.000 pessoas tiveram acesso às 
emissões	radioeducativas;	destas,	60.000	solicitaram	o	exame	para	prosseguir	os	estudos,	no entanto, somente 33% delas foram aprovadas.
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De acordo com Monteiro (2010),
além	 de	 usar	 o	 rádio	 como	meio	 de	 comunicação	 de	 massa	 para	 fins	educativos e culturais, o Projeto Minerva visava atingir a pessoa onde ela estivesse para desenvolver suas potencialidades. Era voltado ainda à 
divulgação	e	orientação	educacional,	pedagógica	e	profissional,	inclusive	à programação cultural de interesse das audiências.O projeto se estendeu até o início dos anos 80, tendo sofrido, ao longo de todo o período em que esteve em evidência, severas críticas. Porém, contribuiu muito para a compreensão e proposição de novas tecnologias educacionais em EaD.
Na mesma época em que era desenvolvido o Projeto Minerva, o Estado da Bahia criou 
o	 IRDEB	 (Instituto	de	Radiodifusão	do	Estado	da	Bahia).	O	Projeto	 foi	 financiado	pela	Secretaria de Educação do Estado da Bahia, pela Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional e pelo Programa Nacional de Tele-educação (PRONTEL).
Diferentemente do Projeto Minerva, que sofreu críticas quanto aos seus conteúdos e currículos, o Projeto baiano IRDEB teve seu destaque principalmente nesses pontos. Além de utilizar o rádio e o correio, o IRDEB também utilizou a televisão como forma de mídia. Contudo, o que mais se destacou no projeto IRDEB foi o apoio pedagógico, por meio de monitorias presenciais.
Segundo Alonso apud Garcia (2006), 78.106 pessoas foram atendidas pelo IRDEB [...]. De 38 monitores em 1970, o projeto chegou a 208 em 1977, cada um deles atendia a 30 estudantes. A evasão (ou o abandono, como se denomina na EaD), de todos os cursos foi ao redor de 15% em 1977. 
Garcia (2006) também estabelece um paralelo entre o IRDEB e o projeto Minerva, no tocante à taxa de abandono. O IRDEB obteve resultados muito mais satisfatórios, já que 
pelo	projeto	Minerva,	apenas	20%	dos	alunos	fizeram	o	exame	final	e,	destes,	apenas	33%	foram aprovados no curso e puderam prosseguir seus estudos no 2° grau. E conclui:
Desta forma, nota-se que a metodologia adotada pelo Estado da Bahia, que se preocupava com o acompanhamento da aprendizagem dos cursistas por meio de tutorias presenciais e com a formação de professores, sem esquecer-
se	de	respeitar	o	contexto	dos	participantes,	foi	mais	eficiente.	(p.27)
29
unidade 3
O	 grande	 problema	 desse	 projeto	 foi	 a	 sua	 forma	 de	 financiamento,	 pois,	 a	 partir	 do	
momento	 em	que	 as	 agências	 financiadoras	 romperam	 com	as	 parcerias,	 o	 projeto	 foi	interrompido. 
A partir daí, instituições como o Centro de Educação Técnico de Brasília - CETEB e o Centro Educacional de Niterói - CEN passaram a oferecer cursos destinados à formação de 1º e 2º graus, hoje ensino fundamental e médio, que se apresentavam de forma mais estruturadas.
3.2 Os Programas destinados à Formação de Professores
Com base nos estudos efetuados e de acordo com Garcia (2006), pode-se notar que, no início da formação de professores a distância no Brasil, foi priorizada abordagem empirista, privilegiando a transmissão de informações descontextualizadas, fortemente estruturadas. Com o tempo, os idealizadores de cursos desta natureza perceberam que aquela sistemática contribuía para o desinteresse dos professores, e então passaram a 
valorizar	o	contexto	e	o	diálogo	reflexivo.
Diante disso, o IRDEB - Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, já citado anteriormente, pode ser considerado como a primeira iniciativa de EaD voltada para a 
formação	de	professores	em	que	o	contexto	e	o	diálogo	reflexivo	dos	participantes	eram	levados em consideração.
De uma forma geral, os primeiros cursos voltados para a formação de professores apresentavam como característica básica a preocupação com a formação em nível de 2º grau, que corresponde atualmente ao ensino médio, ou eram, ainda, destinado aos professores leigos. Uma das características mais marcantes é que esses cursos foram destinados, principalmente, a professores em exercício.
Outro projeto a ser citado nesta linha é o Projeto SACI - Projeto Satélite Avançado de Comunicações Interdisciplinares. Planejado durante os anos de 1967 e 1968 pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), teve suas atividades educacionais entre 1972 - 1976, com a oferta de aulas pré-gravadas, no formato de telenovelas transmitidas via satélite e suporte em material impresso para alunos das séries iniciais e professores leigos. Foi realizado um 
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total de 1.241 programas de rádio e TV com recepção em 510 escolas de 71 municípios no Estado do Rio Grande do Norte, onde foi realizada a experiência-piloto desse programa. 
Sobre as causas do fracasso do projeto, Sganzerla apud Garcia (2006), aponta: “[...] as 
diferenças	culturais	entre	o	perfil	dos	programas	produzidos	no	interior	de	São	Paulo	e	a	clientela	preferencial, alunos e professores do interior do Estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste” (p. 28).Percebe-se, assim, que não houve uma preocupação por parte de seus organizadores em respeitar o contexto dos aprendizes, bem como suas necessidades. 
E Garcia conclui:
[...] Na década de 1970, a Educação a Distância foi usada considerando tão somente que um bom material didático poderia atingir rapidamente 
a	milhares	 de	 pessoas,	 e	 para	 este	 fim,	 eram	 convidados	 os	melhores	técnicos para prepará-los. Essa estratégia foi adotada em função da escassez de professores e/ou do mau preparo dos existentes, e, em última instância, considerava a tecnologia do ensino como uma categoria à parte, capaz de, por si mesma, provocar grandes mudanças, substituindo os docentes [...] Porém, com os equívocos cometidos nas iniciativas de EaD daquela época, constatou-se: que os bons resultados obtidos nos moldes do ensino a distância estavam aliados à qualidade da monitoria prestada aos alunos, de sorte que não se tratava de dispensar os agentes humanos, mas de apoiá-los nas suas tarefas educativas (p.28).Em 1973, surge o Projeto Logos, criado através de um parecer do Ministério da Educação, exclusivamente destinado à formação de professores leigos, com objetivo de transformar, 
a	curto	prazo,	o	perfil	do	sistema	educacional	nas	regiões	menos	desenvolvidas	do	País.
O	Logos	foi	um	projeto	financiado	pelo	MEC,	pelo	qual	os	estados	e	prefeituras	municipais	
ficaram	com	uma	responsabilidade	relativa	de	custos,	sendo	que	o	material	utilizado	era	impresso e o atendimento aos alunos era realizado em Núcleos Regionais mantidos pelas Secretarias Estaduais de Educação.
O	projeto	surgiu	como	uma	etapa	experimental	para	se	estabelecer	a	eficácia	dos	materiais	e meios que seriam utilizados no curso e uma fase de expansão, em nível nacional, onde se desenvolveu o Projeto Logos II.
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unidade 3
Nessa fase, a sua implantação ocorreu em 19 estados brasileiros, atendendo a um montante de cinquenta mil alunos, dos quais 70% foram diplomados, segundo dados do Centro Tecnológico de Brasília - CETEB.Segundo Alonso apud Garcia (1996), as críticas ao projeto Logos II estão relacionadas aos seguintes aspectos:
•	 não reconhecimento do contexto sócio-econômico-cultural dos 
professores,	dificultando	com	isto	o	cumprimento	do	curso;	
•	 material de ensino, quenão respeitava as diversidades regionais e era 
extremamente	fragmentado;
•	 a manipulação política que ocorria, principalmente, nas prefeituras municipais que se utilizavam tanto do projeto, como dos professores em proveito eleitoral (p.29)
Esse projeto foi desativado em 1990, sendo substituído pelo Programa de Valorização do Magistério (PVM).
Em 1985 surgiu o FUNTEVE, já no período da abertura política brasileira. O Projeto FUNTEVE atendeu a uma clientela com diferentes níveis de escolarização e estendeu-se por todo o território brasileiro, atingindo, inclusive, as zonas rurais do País.
O FUNTEVE utilizou como recurso pedagógico o rádio, a televisão, vídeos e material 
impresso,	 sendo	 que	 as	 Secretarias	 Estaduais	 de	 Educação	 ficaram	 responsáveis	 pela	garantia de infraestrutura. A tutoria era realizada numa parceria das Secretarias Estaduais de Educação e Prefeituras Municipais.
Todos esses programas eram destinados, até então, à atualização e aperfeiçoamento de 
professores,	porém,	nenhum	deles	tinha	como	objetivo	a	formação	e	a	qualificação	dos	professores.
Com essa proposição, mais recentemente a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais criou o Projeto Veredas visando à formação superior de professores. Esse Projeto passou a ser desenvolvido em 2002, numa parceria entre Universidades Federais, Instituições de Educação Superior de Minas Gerais, Secretarias de Educação do Estado e Secretarias Municipais de Educação.
O objetivo desse Projeto era propiciar aos professores não titulados em nível superior a 
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vivência do ambiente universitário.
Nesse curso foram oferecidas quinze mil vagas, distribuídas em 21 polos regionais e destinadas a professores em efetivo exercício nos quatro anos iniciais do educação fundamental, sendo doze mil dessas vagas destinadas à rede estadual e três mil às redes municipais de educação.
Em 1996 foi criada, na estrutura do MEC, a Secretaria de Educação 
a Distância – SEED/MEC. É através desta secretaria que o Ministério da Educação se coloca como agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem. Sua atuação está na formulação e implementação, em todos os níveis e modalidades de ensino, de políticas de universalização e de democratização da educação e do conhecimento, por meio da infoinclusão e de programas de formação inicial e continuada a distância (BRASIL, 2004a, p. 25).
De	forma	específica,	a	SEED/MEC	atua	no	fomentando	da	incorporação	das	tecnologias	de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de Educação a Distância aos métodos didático-pedagógicos existentes. Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras. Atualmente a SEED/MEC desenvolve os seguintes programas e ações: 
•	 Domínio Público – biblioteca virtual
•	 DVD Escola
•	 E-ProInfo
•	 E-Tec Brasil
•	 Programa Banda Larga nas Escolas
•	 Proinfantil
•	 ProInfo
•	 ProInfo Integrado
•	 TV Escola
•	 Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB)
•	 Banco Internacional
•	 TV MEC 
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unidade 3
3.3 Os Programas Destinados à Formação Profissional
Na	área	profissionalizante,	a	oferta	de	cursos	a	distância	tem	sido	bem	delimitada.	Esses	cursos foram oferecidos, até então, em função das necessidades de determinadas empresas e, portanto, sempre de acordo com o propósito das mesmas. 
Nessa direção, o Centro de Educação Técnico de Brasília - CETEB, em convênio com empresas ou com organismos governamentais, vem procurando atender, ao longo dos 
anos,	às	demandas	específicas	de	cursos	profissionalizantes	em	áreas	diversas.
De 1976 a 1978, através de um convênio com o Ministério do Trabalho, foram realizados pelo CETEB cursos que formavam mão de obra para alguns setores empresariais, inclusive para o serviço o serviço público. 
O	Serviço	Nacional	de	Formação	Profissional	Rural	—SENAR	e	o	Centro	de	Educação	Técnico	de Brasília —CETEB foram responsáveis pela oferta de curso na área de aperfeiçoamento de mão de obra rural, em todo o território nacional.Também em 1978, juntamente com o Ministério da Saúde, o CETEB ofereceu a aproximadamente duas mil pessoas cursos de formação de Agente de Saúde Pública.
E ainda em parceria com os diversos Ministérios este veio a realizar uma série de cursos 
para	 treinamento	 nas	 áreas	 de	 protocolo,	 recepção,	 chefias	 operacionais,	 totalizando	atendimento a dois mil e oitocentos alunos.
Também	visando	à	qualificação	profissional	de	pessoas	com	baixos	níveis	de	escolarização,	o Sistema Aberto de Educação a Distância - SAED, um programa educativo da Sociedade Israelita Brasileira, atuou junto aos Ministérios da Educação e do Trabalho. 
3.4 Universidade Aberta do Brasil – Novos Caminhos para a EaD
A proposta de Educação a Distância, da qual você, estudante, participa, estruturou-se com base no Edital n° 01, de 16 de dezembro de 2005, da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação, que representou uma chamada pública para seleção de polos municipais de apoio presencial e de cursos superiores de instituições federais de educação 
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superior, na modalidade de Educação a Distância, para o Sistema Universidade Aberta 
do Brasil —UAB.
Esse sistema permite que os municípios, os estados e o Distrito Federal apresentem propostas de polos municipais de apoio presencial para a educação superior a distância e que as instituições federais de educação superior proponham cursos superiores na mesma modalidade, a serem ofertados nesses polos de apoio.
O Sistema UAB foi criado pelo Ministério da Educação no ano de 2005, por meio do decreto 5.800/2006 em parceria com a ANDIFES e Empresas Estatais, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação com foco nas Políticas e a Gestão da Educação Superior. Trata-se de uma política pública de articulação entre a Secretaria de Educação a Distância - SEED/MEC e a Diretoria de Educação a Distância - DED/CAPES com vistas à expansão da educação superior, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE.
A Universidade Aberta do Brasil - UAB articula instituições de educação superior, municípios e estados, nos termos do artigo 81 da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, visando à democratização, expansão e interiorização da oferta da educação superior pública e gratuita no País, bem como ao desenvolvimento de projetos de pesquisa e de metodologias inovadoras de educação, preferencialmente para a área de formação inicial e continuada de professores da educação básica.
O	Sistema	Universidade	Aberta	do	Brasil,	de	acordo	sua	página	oficial	com	trabalha	com	5	eixos fundamentais:
•	 Expansão pública da educação superior, considerando os processos de democratização e acesso,
•	 Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior, possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos 
estados	e	municípios;
•	 A avaliação da educação superior a distância, tendo por base os processos de 
flexibilização	e	regulação	em	implementação	pelo	MEC;
•	 As contribuições para a investigação em educação superior a distância no País.
•	 O	 financiamento	dos	processos	de	 implantação,	execução	e	 formação	de	recursos	humanos em educação superior a distância. 
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unidade 3
Tendo como base o aprimoramento da Educação a Distância, o Sistema UAB visa, assim, a expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Para isso, o sistema busca fortes parcerias entre as esferas federal, estaduais e municipais do governo.
Atualmente, 88 instituições integram o Sistema UAB, entre universidades federais, universidades estaduais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). De 2007 a julho de 2009, foram aprovados e instalados 557 polos de apoio presencial, com 187.154 vagas criadas. A UAB, ademais, em agosto de 2009, selecionou mais 163 novos polos, no âmbito do Plano de Ações Articuladas, para equacionar à demanda e a oferta de formaçãode professores na rede pública da educação básica, ampliando a rede para um total de 720 polos. Para 2010, espera-se a criação de cerca de 200 polos.
A UAB continuará a apoiar a formação de professores com a oferta de vagas não-presenciais para o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação. Essas vagas atenderão à demanda levantada pela análise das pré-inscrições realizadas na Plataforma Freire pelos professores brasileiros. Além desse apoio, a UAB atenderá à chamada demanda social por vagas de nível superior. No total, aguarda-se a criação de 127.633 vagas para 2010.Fonte: <http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9&Itemid=21> Acesso: 12 Junho 2010
3.5 UFSJ: A nossa proposta de Educação a Distância
O envolvimento da UFSJ com EaD deu-se, em caráter institucional, com sua participação no Consórcio Pró-Formar, que expressa a culminância de parcerias institucionais entre a Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Estadual de Mato Grosso, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de São João del-Rei, Universidade Federal de Lavras e Universidade Federal do Espírito Santo, no oferecimento de cursos a distância, de formação de professores.
Essa parceria tem demonstrado que o trabalho cooperativo possibilita novas incursões 
e	 fortalece	 vínculos	 interinstitucionais,	 viabilizando	 experiências	 significativas	 e	 o	desenvolvimento de competências relacionadas às novas tecnologias da informação e comunicação. 
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A UFSJ estruturou o seu Núcleo de Educação a Distância - NEAD – UFSJ a partir da sua inserção no sistema UAB, e conta hoje com a seguinte estrutura:
Técnico em
Assuntos Educacionais
COORDENAÇÃO GERAL
Estrutura Organizacional - NEAD/UFSJ
Financeiro Secretaria Geral
Coordenação
Pedagógica
Coordenação
Tecnológica
Web
Design
Análise de
Sistemas
Suporte
de Rede
Coordenações
dos Cursos
Setor de Tecnologia
Educacional
Secretaria
Professor Tutor
Diagramação
Design
Instrucional
Conselho
Editorial
Figura 1: Estrutura organizacional
Neste contexto, professores, tutores, e técnicos atuam em conjunto para a organização e funcionamento do NEAD – UFSJ. 
Veja a seguir os cursos oferecidos pela UFSJ/NEA D no âmbito UAB
•	 Curso de Aperfeiçoamento (UAB/SECAD) em Relações Étnico-Raciais
•	 Curso de Aperfeiçoamento (UAB/SECAD) em Educação Ambiental 
•	 Curso de Especialização em Educação Empreendedora - EE 
•	 Curso de Especialização em Práticas de Letramento e Alfabetização - PLA 
•	 Curso de Especialização em Matemática - PGMAT
•	 Curso de Especialização em Mídias na Educação (AGO/2010)
•	 Curso de Graduação/Bacharelado em Administração pública 
•	 Curso de Graduação/Licenciatura em Matemática (AGO/2010)
•	 Curso de Graduação/Licenciatura em Pedagogia (AGO/2010)
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unidade 3
Em 2009 o Núcleo de Educação a Distância da Universidade Federal de São João del–Rei – NEAD/UFSJ esteve presente em 22 cidades-polo, e em 2010 são esperados cerca de 4.000 alunos inscritos na modalidade a distância.
Veja a seguir o Mapa das Cidades–Polo em que o NEAD-UFSJ esteve presente em 2009.
Figura 2: Endereço dos PolosFonte: nead/ufsj, 2010.
 ATIVIDADETendo como referência o texto-base, determine1. Princípios que embasaram a Educação a Distância no Brasil.2. Objetivos que orientaram os programas de Educação a Distância.3. Perspectivas que se apresentam para a educação brasileira no contexto nacional.
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Pra final de conversa...
Podemos constatar que cada vez mais, em toda parte do mundo, a Educação a Distância 
vem-se	desenvolvendo	como	uma	forma	eficaz	de	educação	continuada	e	permanente.
Nota-se que as Instituições Públicas de Educação Superior, ao se empenharem na oferta de cursos na modalidade a distância, direcionados e acessíveis a um público-alvo determinado, tentam cumprir o seu compromisso com uma parcela da população que 
dificilmente	teria	acesso	a	educação	presencial,	proporcionando	assim	oportunidade	de	inclusão social através da educação. 
Nesse sentido, o Brasil precisa avançar mais, buscando utilizar-se das modernas tecnologias educacionais e informacionais, que levarão a educação, de todos os níveis e modalidades, aos mais diversos pontos do território e para qualquer tipo de população.
Para que isso aconteça, precisamos ainda aumentar os estímulos governamentais aos programas de Educação a Distância e minimizar o problema da falta de recursos humanos habilitados para o uso das novas tecnologias.
Torna-se, então, necessário o estabelecimento de parcerias entre instituições diversas para a superação dos problemas que ainda se apresentam, buscando a articulação entre Pedagogia e Tecnologia enquanto processos sociais.
Sendo	assim,	a	“revolução	tecnológica”	nos	coloca	um	desafio	fundamental,	ou	seja,	o	de	compreendermos que estamos diante do surgimento de uma nova cultura, que exigirá de 
cada	um	de	nós	uma	re-significação	no	nosso	modo	de	ver,	de	ler,	de	pensar	e	de	aprender.
Na	 reta	 final	 deste	 nosso	 contato,	 estamos	 propondo	 a	 você	 um	momento	 de	 reflexão	sobre a leitura que acabou de realizar.
Leia,	cante	e	reflita	sobre	a	letra	da	música	de	Lenine,	que	oferecemos	a	seguir.
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SOB O MESMO CÉUSob o mesmo céuCada cidade é uma aldeia, uma pessoa,Um sonho, uma nação.Sob o mesmo céu,Meu coração não tem fronteiras,Nem relógio, nem bandeira,Só o ritmo de uma canção maior.A gente vem do tambor do índio,A gente vem de Portugal,Vem do batuque negroA gente vem do interior e da capital,
A	gente	vem	do	fundo	da	floresta,Da selva urbana dos arranha-céus,A gente vem do pampa, do cerrado,Vem da megalópole, vem do Pantanal,A gente vem de trem, vem de galope,De navio, de avião, motocicleta.A gente vem a nadoA gente vem do samba, do forró,A gente vem do futuro conhecer nosso Passado.Brasil,Com quantos Brasis se faz um Brasil?Com quantos Brasis se faz um País chamadoBrasil?A gente vem do rap e da favela,A gente vem do centro e da periferia,
A	gente	vem	da	maré,	da	palafita,Vem dos Orixás da Bahia,A gente traz um desejo de alegria e de paz,E digo mais:A gente tem a honra de estar ao seu ladoA gente vem do futuro conhecer nossoPassado.Brasil,Com quantos Brasis se faz um Brasil?Com quantos Brasis se faz um país chamadoBrasil.(bis)A gente vem do futuro conhecer nossoPassado(Lenine)
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Prezado(a) Estudante:
Chegamos	ao	final	da	nossa	conversa	nesta	primeira	disciplina	do	curso.	Daqui	pra	frente	lhe serão oferecidas oportunidades de estudo de conteúdos relevantes para esta sua nova formação.
Esperamos poder contribuir para o seu aprimoramento em mais uma área do conhecimento pela qual você optou.
Felicidades!
Marise, Rosângela e Aline
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REFERÊNCIAS 
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BRASIL. Ministério da Educação. Propostas conceituais e metodológicas do Programa 
de Formação Inicial para professores em exercício no ensino fundamental e no 
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BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 5.622 de 19 de dezembro de 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf>. Acesso em: 12 Jun. 2010.
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