2012.2_METODOLOGIA_AULAS_5_6_7_E_8

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Associação Carioca de Ensino Superior
Centro Universitário Carioca
	AULA 5 O processo e estrutura da pesquisa
- Delimitação do tema/fenômeno
- Formulação do problema de pesquisa
	
O QUE É PESQUISA CIENTÍFICA?
Segundo Cruz e Ribeiro (2004, p. 17), “pesquisa é o mesmo que busca ou procura”. Para esses autores, o ato de pesquisar é, portanto, “buscar compreender a forma como se processam os fenômenos observáveis, descrevendo sua estrutura e funcionamento” (op. cit., 2004, p. 17). Para tal, acrescentam, “tem o propósito de descobrir respostas a questões propostas” (op. cit., 2004, p. 17).
 Todo projeto de pesquisa deve responder às seguintes questões: o quê? Por quê? Para quê? Para quem? Onde? Quando? Como? Com quê? (ALVES, 2007).
O projeto de pesquisa é formado pelos seguintes elementos:
Fenômeno
Segundo Richardson (1999, p. 57), o fenômeno “tem características próprias e ocupa um lugar no tempo”, tem essência e é objeto de conhecimento científico. E acrescenta (op. cit., 1999, p. 57):
Se o pesquisador pensa em termos de fenômeno, sabe que, por definição, deve estudar os elementos que compõem o fenômeno (não precisa analisar todos, pode escolher alguns), suas características no tempo e no espaço (lugar). 
Esse autor (op. cit., 1999, p. 57) faz uma distinção entre tema e fenômeno, afirmando que o tema não vincula, organicamente, o pesquisador com o objeto de pesquisa. Para tal afirmação, apresenta definições dicionarizadas das palavras. E exemplifica, no caso da evasão escolar, assim:
Tema: evasão escolar.
Nada indica que temos que considerar elementos, tempo ou lugar onde acontece o tema.
Fenômeno: evasão escolar
Por definição, temos que considerar seus elementos, características, anunciá-la no tempo e no espaço e em algum lugar. Exemplo: A evasão escolar no Brasil, na década de 1960.
2. Problema:
Antes de anunciar o problema ao leitor, é necessário fornecer o contexto em que ele está inserto. Mas o que é fornecer ou dar contexto (ou utilizando mais um verbo terminado em izar, “contextualizar”) ?
É trazer o “mundo” para o problema, é informar o que ocorre no entorno do problema, é anunciá-lo devidamente no espaço e no tempo.
De acordo com especialistas no assunto, é aconselhável redigir o problema em forma de questão, isto é, com a utilização de uma frase interrogativa. 
3. Objetivo: 
Deve ser redigido com verbos no infinitivo, em um único parágrafo, com duas ou três linhas, preferencialmente, e deve ser claro (para quê?).
Há objetivos gerais e objetivos específicos.
Verbos para objetivos gerais: compreender, desenvolver, capacitar, etc.
Verbos para objetivos específicos: implementar, investigar, analisar, refletir sobre, comparar, discutir, investigar, etc. 
4. Questões norteadoras: 
São perguntas relacionadas ao estudo a ser desenvolvido, que serão respondidas na conclusão do trabalho. No projeto, elas somente são anunciadas.
5. HIPÓTESE(S)
6. Justificativa: 
Nesta etapa, você deve responder por que escolheu o fenômeno e qual é a relevância social do estudo.
A elaboração da justificativa para a pesquisa permite que você tenha clareza sobre a contribuição que a reunião de informações poderá trazer. A justificativa apresenta a importância da pesquisa e a sua contribuição para os estudos desenvolvidos na mesma área temática.
A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado.
Na justificativa, o pesquisador deve caracterizar a importância de sua pesquisa, bem como as razões que o levaram a realizar este estudo acadêmico. Deve convencer o leitor da relevância do seu estudo. É importante destacar em que medida sua pesquisa pode contribuir para os debates a respeito do tema escolhido.
7. Fundamentação Teórica:
Trata-se do capítulo no qual são apresentados os autores que servem de referencial teórico para o estudo. Vai embasar a argumentação do pesquisador. Segundo Vergara (2003, p. 36), “é relevante ler os autores clássicos do campo no qual se insere o problema” e também buscar bibliografia recente. Nesse capítulo, você utilizará a técnica de reescrita denominada paráfrase. Importante destacar que você deverá fazer inferências após as paráfrases e citações diretas. Não fazer referência aos autores utilizados significa apropriação indébita. Não é elegante. É plágio! Outros nomes da fundamentação teórica: Embasamento Teórico, Marco Teórico, Suporte Teórico, Referencial Teórico, Revisão da Literatura, entre outros. 
8. Metodologia:
Nesta parte, o investigador informa o método que irá adotar para alcançar o objetivo, optando por um tipo de pesquisa. (Como? Com quem? Para quê? Onde?). No que tange aos fins da investigação: trata-se de uma pesquisa explicativa? Descritiva? Aplicada? Intervencionista? Exploratória? No que se refere aos meios para a realização da pesquisa: trata-se de uma pesquisa bibliográfica? De Campo? De laboratório? Documental? Experimental? Ex post facto? Participante? Pesquisa-ação?
9. Referências: 
Nesta parte, é preciso apresentar as fontes a serem consultadas para a elaboração do projeto. As normas da ABNT devem ser seguidas.
10. Cronograma de Atividades: 
Informações relativas a datas, prazos para a realização das atividades. Para elaborar uma investigação, disciplina “é tudo”! Obedecer ao cronograma e às orientações é fundamental para a realização de uma pesquisa. 
O cronograma auxilia o pesquisador na execução das etapas da pesquisa. Sua elaboração permite evitar desvios que possam comprometer a realização do trabalho. Exemplo de cronograma.)
(Modelo de Cronograma)
	
	2012.2
	Etapas da pesquisa
	agosto
	setembro
	outubro
	novembro
	dezembro
	LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS
	
	
	
	
	
	COLETA DE DADOS
	
	
	
	
	
	ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
	
	
	
	
	
	REDAÇÃO DO TEXTO
FINAL
	
	
	
	
	
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O PROBLEMA
O QUE É UM PROBLEMA?
Segundo o dicionário Aurélio, problema é uma questão não resolvida ou de solução difícil. Problema é uma questão não resolvida. 
Por ser uma questão, para anunciá-lo ao leitor, utilize uma frase interrogativa. Formule-o em três ou quatro linhas, no máximo.
Pode se referir, segundo Alves ( 2007, p.48):
a alguma lacuna do conhecimento ou metodológica;
a alguma dúvida em relação a uma afirmação que é aceita pelo senso comum;
a vontade de testar, de pôr à prova uma suposição;
a vontade de compreender e investigar uma situação do cotidiano.
Deve ser redigido com clareza, coerência e coesão, correção gramatical, delimitando seu campo de estudo.
Alves (2007, p. 48) fornece um quadro, alertando sobre os cuidados que devemos ter na elaboração do problema e fornece exemplos. Vejamos:
	1. Deve ser redigido apontando a relação entre dois fenômenos.
2. Deve ser formulado como uma pergunta, expressa de maneira clara e precisa, delimitando o campo de investigação.
3. Representa o que será estudado.
Delimitar significa restringir o âmbito da investigação a uma fatia significativa do assunto a ser pesquisado, guardando estreita relação com os recursos de que se dispõe.
Deve-se especificar em que situação a pesquisa ocorrerá, qual é o foco a que está dirigida.
Exemplos:
A mediação da informática educativa poderá favorecer a construção do conhecimento de jovens e adultos em processo de alfabetização?
A antecipação da responsabilidade criminal para menores de 18 anos é a solução para a redução da criminalidade juvenil?
Os fatores socioeconômicos de uma família explicam as causas da evasão escolar nas primeiras séries do ensino fundamental?
Como se pode notar, há um jogo de variáveis que permitem delimitar, numa dimensão viável, a investigação. A partir da delimitação, torna-se possível prever os meios que serão utilizados.
Nos exemplos anteriores, as variáveis são:
A mediação da informática educativa e a construção do conhecimento de jovens e adultos.
A antecipação da responsabilidade criminal e a solução na redução da criminalidade juvenil.
Os fatores socioeconômicos de uma família e a evasão escolarnas séries iniciais.
Antes de anunciar o problema, você deve fornecer o contexto. Inicie o seu texto seguindo a orientação: do maior para o menor. Primeiro, apresente o mundo em que está inserto o problema, o global, e faça um “afunilamento”. Em outras palavras, elabore o seu texto do global para o local. 
ATIVIDADE 1
1. Escolha um dos problemas abaixo e, em 15 linhas, elabore o contexto:
a) Qual a influência dos programas de qualidade total na redução dos acidentes de trabalho?
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2. Quais as possibilidades e as limitações das universidades corporativas?
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3. Como solucionar os principais estrangulamentos do sistema de transporte urbano na Zona Sul do Rio de Janeiro?
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O ENFOQUE DADO À PROBLEMATIZAÇÃO (Pinheiro, 2004; Nunes, 2004; Souza, 2004) 
1. POSITIVISTA
2. FENOMENOLÓGICO
3. DIALÉTICO
Positivista:
1. Fenômeno: o fracasso escolar nas escolas estaduais de Ensino Fundamental de Porto Alegre.
Problematização:
Existem relações entre o fracasso escolar das escolas estaduais de Ensino Fundamental da cidade de Porto Alegre e o nível socioeconômico da família, escolaridade dos pais, lugar onde está situada a escola, centro ou periferia, gênero dos educandos, anos de magistério dos professores e grau de formação profissional dos mesmos?
Fenomenológico
2. Fenômeno: o fracasso escolar nas escolas estaduais de Ensino Fundamental de Porto Alegre.
Problematização:
Quais são as causas, segundo a percepção dos alunos repetentes, dos pais e professores, do fracasso escolar e o significado que este tem para a vida dos estudantes que fracassam, segundo eles mesmos, os pais e os educadores das escolas de ensino Fundamental da cidade de Porto Alegre?
DIALÉTICO
3. Fenômeno: o fracasso escolar nas escolas estaduais de Ensino Fundamental de Porto Alegre.
Quais são os aspectos do desenvolvimento do fracasso escolar em níveis local, regional e nacional, suas relações com o processo da educação e da comunidade nacional e como se apresentam as contradições, primordialmente, em relação ao currículo, à formação e ao desempenho profissional dos professores e à situação de lugar da escola, centro ou periferia, dos alunos que fracassam, especificamente, nas escolas estaduais de Ensino Fundamental de porto Alegre?
Referências
NUNES, Francisco, Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004. Vol. 2.
PINHEIRO, Diógenes. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004. Vol. 3.
SOUZA,Maria Elena Viana. A pesquisa fenomenológica na Educação. In: PINHEIRO, Diógenes. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004.Vol. 3.
	
	AULA 6– O processo e estrutura da pesquisa
- A elaboração dos objetivos: objetivos gerais e objetivos específicos
- A metodologia
- A(s) hipótese(s)
- A construção da justificativa
	
O OBJETIVO
Objetivo Geral
Objetivo Específico
Verbos no infinitivo.
Verbos para objetivos gerais: desenvolver, capacitar, compreender, etc.
Verbos para objetivos específicos: analisar, investigar, refletir, comparar, discutir, apresentar, mostrar, demonstrar, etc.
NOTA
O objetivo deve estar “casado” com o problema.
Exemplo:
ATIVIDADE 2
Elabore um objetivo específico para cada problema apresentado a seguir.
a) (...) Em face do que apresentamos, cabe indagar: como o lúdico pode contribuir, como ferramenta, para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento cognitivo e sociorrelacional? 
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(...) Em face do que apresentamos, cabe indagar: em que medida a comunicação realizada entre grupos de universitários, no MSN, pode contribuir para o estabelecimento de laços de afetividade e para a construção do conhecimento de um grupo de 15 universitários de uma Instituição Particular de Ensino Superior — doravante denominada de IPES —, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, que utiliza esta inforrede?
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(...)Em face do exposto, cabe indagar: como trabalhar a literatura infantil na sala de aula de forma que esta contribua para desenvolver o gosto pela leitura e o espírito crítico no aluno?
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REFERÊNCIAS:
ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 2001.
CRUZ, Carla; RIBEIRO, UIrá. Metodologia Científica: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil Ed., 2004.
CRUZ NETTO, O. O trabalho de campo como descoberta e criação. In MYNAYO, M.C. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002.
NUNES, Francisco. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004. Vol. 2.
PINHEIRO, Diógenes. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004. Vol. 3.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SOUZA, Maria Elena Viana. A pesquisa fenomenológica na Educação. In: PINHEIRO, Diógenes. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004.Vol. 3
———— Pesquisa dialética. In: PINHEIRO, Diógenes. Pesquisa em Educação e projeto político-pedagógico. Rio de Janeiro: Fund. CECIERJ, 2004.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
IDENTIFICANDO OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Observe que existem procedimentos metodológicos para cada objetivo específico:
Objetivo específico 1: Listar os parâmetros que estabelecem a qualidade da água considerada boa para o uso doméstico.
Procedimento metodológico 1: para realizar o objetivo específico 1, será necessário fazer uma pesquisa bibliográfica, buscando dados por meio da leitura de livros, publicações periódicas e artigos científicos sobre o tema.
Objetivo específico 2: verificar a qualidade da água disponível para uso em Santo Aleixo.
Procedimento metodológico 2: para realizar o objetivo específico 2, será necessário fazer um levantamento, com coleta de amostras da água em diferentes pontos e análise das amostras em laboratório sob a orientação e apoio de técnicos especializados.
Objetivo específico 3: descrever as doenças mais comuns relacionadas à água que afetam a saúde dos moradores.
Procedimento metodológico 3: para realizar o objetivo específico 3, será necessária uma pesquisa documental, verificando os arquivos do posto de saúde, seguido de entrevistas com enfermeiros e médicos.
Os procedimentos de pesquisa que viabilizam a consecução dos objetivos variam, assim, de acordo com cada um dos objetivos específicos.
A consecução de cada objetivo reúne o conjunto de informações necessárias (conteúdos e atividades) à formulação da conclusão a que se deseja chegar sobre aquilo que está expresso no objetivo geral.
10 Passos para elaborar a Planilha de um Projeto de Pesquisa
	1
ASSUNTO
(Qual o seu interesse de pesquisa?)
	
	
	
10
P
R
O
J
E
T
O
D
E
P
E
S
Q
U
I
S
A
	
	
	
	
	Selecione Palavras-Chave relacionadas com o assunto.
	
	
	
	
	
	
	
	Elabore perguntas com as palavras-chave.
	
	
	
	
	
	
	
	As perguntas com respostas “Não Sei”- “Talvez” devem ser selecionadas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	2
Selecionar uma pergunta e ela será o PROBLEMA da pesquisa.
	
	3
A partir do PROBLEMA, elabore a JUSTIFICATIVA da sua pesquisa (o motivo que torna a pesquisa importante)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	4
No início da pergunta selecionada, que é o seu PROBLEMA, incluir a expressão “Há evidências de que....” e você terá a HIPÓTESE.
	
	6
OBJETIVO GERAL
(Substituir no texto da HIPÓTESE a expressão “Há evidências de que” por um verbo.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	7
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
(Utilize as palavras que você selecionou da hipótese para formar o TEMA e para cada frase elabore uma frase iniciando com um verbo).
	
	8
Para cada OBJETIVO ESPECÍFICO estabelecer um procedimento metodológico (é a forma como você pretende alcançar o objetivo - indique qual o tipo de e pesquisa e qual o instrumento de coleta de dados )
	
	5
Para identificar o TEMA específico da pesquisa: você deve identificar três palavras ou expressões-chave contidas na HIPÓTESE.
	
	
	
	
	
	9
REVISÃO DE LITERATURA
Você deve indicar quais os trabalhos disponíveis sobre o tema da pesquisa (textos, livros e documentos que tratam do tema da pesquisa)
	
	
	
Observe o modelo de projeto de pesquisa que está anexo e perceba como os elementos, que constituem uma planilha, estão organizados.
	1 - Tema
(É o título da pesquisa)
	2 - Justificativa
(Por que pesquisar?
Relaciona-se com a relevância/importância da pesquisa, com a sua contribuição para os estudos do mesmo tema)
	3 - Problema
(O que resolver?
Qual a dúvida do pesquisador?)
	4 - Objetivo Geral
(Para quê? 
Relaciona-se com o que se pretende alcançar com a pesquisa. Significa traçar a principal meta quenorteará a pesquisa.)
	5 - Objetivos Específicos
(Para quê?
É o detalhamento do objetivo geral ..
Cada objetivo específico atinge uma questão de estudo, um ponto de vista do tema, um ângulo a ser pesquisado.)
	6 - Revisão de Literatura
(Relaciona-se com as fontes de consulta para fundamentação teórica da pesquisa, com os autores selecionados e listados nas referências)
	7 - Procedimentos Metodológicos
(Como pesquisar? Relaciona-se com o tipo de pesquisa e os instrumentos de coleta de dados que serão utilizados, como também, os sujeitos e o campo da pesquisa)
	8 - Cronograma
(É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas)
�
	Roteiro
	AULA 7 – O processo e estrutura da pesquisa
- A revisão da literatura
- Tipos de pesquisa
- O cronograma
	
REVISÃO DE LITERATURA 
(Na revisão de literatura, o aluno situa o leitor em relação aos estudos recentemente desenvolvidos na área de investigação. Trata-se da argumentação teórica a respeito do tema escolhido. É a construção de um referencial teórico, que tem como função construir condições básicas de intervenção (subsidiar a pesquisa de campo).
É revisar todos os trabalhos disponíveis, objetivando selecionar tudo o que possa servir para a pesquisa. Esses trabalhos servem para alimentar a construção de novos conhecimentos.
As fontes são principalmente os livros e artigos, mas também podem ser consultados relatórios de pesquisa não publicados (monografias), teses, enciclopédias, jornais, dicionários especializados, resenhas de obras, anais de congressos, vídeos, palestras, filmes, ...
Só se faz revisão de literatura depois de delimitado o problema.
Pode conter os seguintes passos:
Reunir e selecionar textos, livros e documentos que tratam da temática abordada. 
Elencam-se as obras, os autores e um pequeno resumo do que trata cada uma delas, que poderá ser reconhecido pela leitura do sumário e da introdução. 
Pode-se também definir alguns conceitos importantes, para que haja entendimento sobre o que exatamente se quer trabalhar e qual o entendimento que se tem sobre conceitos mais importantes relacionados ao assunto. 
Tipos de pesquisa científica / As técnicas de coleta e análise de dados na pesquisa científica
O que é Pesquisa?
Indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade. 
Para se realizar uma pesquisa é preciso promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele.
Etapas básicas de uma Pesquisa
�
Tipos de Pesquisa 
Os pesquisadores são frequentemente solicitados a caracterizar seus trabalhos, especialmente por ocasião da leitura por terceiros de qualquer etapa dos resultados. Há critérios que podem ser utilizados para identificar a natureza metodológica dos trabalhos de pesquisa. 
Podem-se caracterizar as pesquisas segundo seus objetivos ou segundo os procedimentos de coleta.
I - Caracterização das pesquisas segundo os objetivos.
As pesquisas podem ser caracterizadas como exploratórias, descritivas ou explicativas.
Exploratórias – Explorar é tipicamente a primeira aproximação de um tema e visa a criar maior familiaridade em relação a um fato ou fenômeno. Quase sempre se busca essa familiaridade pela prospecção de materiais que possam informar ao pesquisador a real importância do problema, o estádio em que se encontram as informações já disponíveis a respeito do assunto e, até mesmo, revelar ao pesquisador novas fontes de informação.
Descritivas – Descrever um fato ou fenômeno é interesse de quem já teve uma primeira aproximação, isto é, já fez uma pesquisa exploratória. Por isso, pesquisa descritiva é um levantamento das características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/processo.
Explicativas – Analisar significa decompor em partes para explicar e criar uma ideia aceitável a respeito de um fato/fenômeno/processo. São pesquisas explicativas aquelas que se ocupam com o porquê dos fatos e fenômenos, isto é, com a identificação dos fatores que determinam a ocorrência ou a maneira de ocorrer. Não é demais afirmar que as informações mais importantes, componentes das várias ciências, são originárias deste tipo de pesquisa, já que visa a aprofundar o conhecimento da realidade para além das primeiras aparências.
II - Caracterização das pesquisas segundo os procedimentos de coleta.
A) Quando utiliza fontes de papel e dados fornecidos por pessoas:
Pesquisa Bibliográfica – Desenvolve-se a partir de material já elaborado (livros, publicações periódicas e artigos científicos).
Pesquisa Documental – Desenvolve-se a partir de materiais que não receberam tratamento analítico ou que ainda podem ser reelaborados (documentos conservados em arquivos de instituições, cartas, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas).
B) Quando utiliza a investigação de fenômenos, fatos, comportamentos:
Pesquisa Experimental – Desenvolve-se a partir de um experimento, representando o melhor exemplo da pesquisa científica.
Levantamento – Desenvolve-se a partir da interrogação de uma amostra de pessoas acerca do problema estudado.
Estudo de Caso – Estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, permitindo um amplo e detalhado conhecimento do problema. É muito útil na pesquisa exploratória.
Instrumentos de Coleta de Dados utilizados na Pesquisa
Os principais instrumentos de coleta de dados utilizados na Pesquisa são:
observação / entrevistas / história oral / história de vida / diário de campo / grupo focal / análise documental.
Observação
Usada como o principal método de investigação ou associada a outras técnicas de coleta.
A observação possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que apresenta uma série de vantagens.
A observação permite a coleta de dados em situações em que é impossível o uso de outras formas de comunicação.
Tipos de envolvimento do observador:
Participante total – O observador não revela ao grupo sua verdadeira identidade de pesquisador nem o propósito do estudo.
Participante como observador – O observador não oculta totalmente suas atividades, mas revela apenas parte do que pretende.
Observador como participante – É um papel em que a identidade do pesquisador e os objetivos do estudo são revelados ao grupo pesquisado desde o início.
Observador total – É aquele em que o pesquisador não interage com o grupo.
O conteúdo das observações deve envolver uma parte descritiva e uma parte reflexiva.
A parte descritiva compreende: descrição dos sujeitos / reconstrução de diálogos / descrição de locais / descrição de eventos especiais / descrição das atividades / os comportamentos do observador.
A parte reflexiva das anotações inclui: as observações pessoais do pesquisador, feitas durante a fase de coleta. As reflexões podem ser de vários tipos: reflexões analíticas / reflexões metodológicas / dilemas éticos e conflitos / mudanças na perspectiva do observador / esclarecimentos necessários.
Entrevistas 
Ao lado da observação, a entrevista representa um dos instrumentos básicos para a coleta de dados. A grande vantagem da entrevista sobre outras técnicas é que ela permite a captação imediata e corrente da informação desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os mais variados tópicos.
Tipos de Entrevista
Entrevista Dirigida ou Padronizada ou Fechada – Tema específico, em que o entrevistado escolhe entre várias respostas.
Entrevista semidirigida ou semiestruturada – Pequeno número de perguntas com algumas questões ou tópicos pré-determinados.
Entrevista não dirigida ou não diretiva ou aprofundada ou entrevista aberta – Vai se delineando aos poucos; o pesquisador prepara um roteiro baseado nas expectativas. 
Realização da Entrevista
Entrevista individual: entrevistador e entrevistado estão face a face. 
Entrevista com informantes-chave:entrevista com pessoas que pertençam ao grupo estudado e conhecem bem os assuntos pesquisados. 
Entrevista de grupo: para obter informações de uma determinada comunidade, num menor espaço de tempo.
Questionário
Técnica baseada em traduzir os objetivos da pesquisa em itens bem redigidos. 
Não existe uma norma rígida para sua elaboração, embora existam algumas regras básicas:
as questões devem ser, preferencialmente, fechadas e relacionadas ao tema da pesquisa;
devem ser evitadas perguntas que exponham a intimidade;
as questões devem ser claras e precisas, permitindo uma única interpretação;
inicia-se com questões mais simples, terminando com as mais complexas;
cuidado com as instruções para preenchimento das questões e a apresentação gráfica do questionário.
 
História Oral
Técnica baseada em depoimentos de pessoas que vivenciaram a situação investigada. Parte de memórias, lembranças, sendo uma técnica bastante subjetiva e a preocupação do pesquisador é a de promover esforços para reduzir a subjetividade. Permite conhecer acontecimentos, movimentos, lutas, resistências ... Não registrados pela história oficial.
Utiliza-se para trabalhar com fatos não disponíveis em fontes escritas (não registrados ou registros perdidos).
As gravações que reproduzem os depoimentos orais são valiosas.
História de Vida
Recurso utilizado para estudar um determinado acontecimento, instituição ou personalidade, a partir do relato de vida de pessoas que tiveram algum tipo de envolvimento com o objeto estudado. O objetivo é investigar como o informante vivencia ou vivenciou determinada situação.
Pode resgatar um acontecimento passado ou esclarecer um acontecimento presente. É uma técnica muito útil para a coleta de dados qualitativos: visão de mundo, expectativas de vida, projetos, sonhos, formas de perceber as relações entre diferentes situações, entre outros.
Diário de Campo
Relato escrito daquilo que o investigador presencia, ouve, observa e pensa no decorrer do recolhimento dos dados.
Grupo Focal
Recurso utilizado para elucidar questões do pesquisador, antes da escolha, formulação e aplicação de outras técnicas de coleta de dados.
A organização de um grupo de trabalho ou grupo focal é útil para que se levante os interesses junto à população, acerca de suas expectativas e necessidades em relação ao tema estudado, assim como para montagem de um questionário ou roteiro de entrevista.
Análise Documental
A análise documental busca identificar informações específicas nos documentos, a partir de questões ou hipóteses de interesse. 
Por exemplo, uma circular distribuída aos funcionários de uma empresa, convidando-os para uma reunião, poderia ser examinada, buscando evidências para um estudo das relações de autoridade dentro da empresa.
As fontes Primárias e Secundárias na Coleta de Dados
Fonte Primária: é aquela que contém uma informação de testemunha dos fatos. É a fonte original (documentos originais produzidos pelas instituições no curso de suas atividades).
Fonte Secundária: é a fonte que contém uma informação colhida por intermédio de terceiro. É derivada de uma fonte primária (relatórios de outras pesquisas, censos, livros e outras formas de registros).
Análise e Interpretação dos dados coletados na Pesquisa
Analisar os dados significa “trabalhar” todo o material obtido durante a pesquisa.
Num primeiro momento, a análise das tarefas implica:
organizar todo o material coletado;
dividir o material em partes; 
relacionar essas partes e procurar identificar as tendências e padrões relevantes.
Num segundo momento, implica:
 avaliar as tendências e padrões, buscando-se relações e inferências num nível de abstração mais elevado, que permitirá se chegar à conclusão.
OBS.: poderão existir várias técnicas de análise / interpretação de dados de acordo com as necessidades dos pesquisadores. O pesquisador possui liberdade para criar sua própria técnica adaptada a sua pesquisa. Deverá, entretanto, definir a técnica criada, mostrando sua consistência metodológica interna, assim como a coerência de seus passos e, finalmente, uma eficácia em atingir o objetivo.
A apresentação dos resultados da Pesquisa
A última etapa da pesquisa é constituída pela redação do relatório.
De modo geral, o conteúdo do relatório de pesquisa pode ser apresentado em três partes:
Introdução (apresentação do problema que deu origem à investigação, a delimitação dos objetivos e a relevância da pesquisa).
Contexto (desenvolvimento, discussão ou demonstração do assunto pesquisado. Por ser a parte mais extensa do trabalho, deve ser dividido em capítulos, subcapítulos e outras divisões menores).
Conclusão (apresentação das conquistas alcançadas com o estudo, lembrando o problema proposto e as respostas encontradas).
O Projeto de Pesquisa
Como toda atividade racional e sistemática, a pesquisa exige que as ações desenvolvidas ao longo do processo sejam bem planejadas.
O planejamento é a primeira fase da pesquisa, em linhas gerais os elementos de um Projeto de Pesquisa são:
Identificação do problema.
Especificação dos objetivos e da justificativa.
Teorias de base.
Seleção dos procedimentos metodológicos (instrumentos de coleta de dados, plano de análise dos dados e forma de apresentação dos resultados).
Custo e origem dos recursos.
Cronograma de execução.
Bibliografia
Anexos
	Roteiro
	AULA 8 - O processo e estrutura da pesquisa
- Planilha de Projeto de Pesquisa (introdução, problema, objetivos, justificativa, revisão de literatura, metodologia, cronograma, referências)
	
ELEMENTOS DE UM PROJETO E DE UM RELATÓRIO DE PESQUISA 
	PRIMEIRA REFLEXÃO
	PROJETO DE PESQUISA
	RELATÓRIO DE PESQUISA
	Qual o assunto? 
O que resolver?
Por quê?
Para quê?
Como?
	TEMA 
PROBLEMA 
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVOS
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	 
INTRODUÇÃO 
	 
	 REVISÃO DE LITERATURA / BIBLIOGRAFIA
	 2 FUNDAMENTAÇÃO  TEÓRICA 
	 
	 
	 3 ANÁLISE DOS DADOS 
	 Quanto? 
Quando? 
	 
ORÇAMENTO 
CRONOGRAMA 
	 
	 
	4 CONSIDERAÇÕES 
	 Onde?
	 REFERÊNCIAS 
ANEXOS
	 REFERÊNCIAS 
ANEXOS
 
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