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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA LUCAS PINHEIRO DA SILVA MATERIAIS MAGNÉTICOS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS MANAUS – AM 2016 SUMÁRIO MATERIAIS MAGNÉTICOS................................................................................................... 4 PROPRIEDADES MAGNETICAS: DEFINIÇÃO E MEDIÇÃO ........................................ 4 PERMEABILIDADE MAGNÉTICA ............................................................................... 4 CAMPOS MAGNÉTICOS EM MATERIAIS ...................................................................... 5 TEORIA DOS DOMÍNIOS ............................................................................................... 5 TIPOS DE DOMÍNIO ........................................................................................................... 7 PARAMAGNÉTICOS ........................................................................................................... 7 SUBSTÂNCIAS PARAMAGNÉTICAS .......................................................................... 7 ANTIFERROMAGNÉTICOS ............................................................................................... 8 FERROMAGNÉTICOS ........................................................................................................ 8 SUBSTÂNCIAS FERROMAGNÉTICAS ........................................................................ 8 FERRIMAGNÉTICOS .......................................................................................................... 8 VANTAGENS DAS FERRITAS ...................................................................................... 8 SUBSTÂNCIAS DIAMAGNÉTICAS .................................................................................. 8 CICLO DE HISTERESE ....................................................................................................... 9 SUCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA ............................................................................... 9 MEDIR A CURVA DE HISTERESE DE UM MATERIAL ............................................ 9 PERDAS POR FOUCAULT ................................................................................................. 9 CONSEQUÊNCIA DA TEMPERATURA ......................................................................... 10 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ............................................................................................ 10 MATERIAIS CERÂMICOS ............................................................................................... 10 MATÉRIAS PRIMAS ..................................................................................................... 10 CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................... 10 PARA-RAIOS...................................................................................................................... 10 CONSTITUIÇÃO ............................................................................................................ 11 TERMINAL PRIMÁRIO .................................................................................................... 11 CHAVE FUSÍVEL .............................................................................................................. 11 ELO FUSÍVEL .................................................................................................................... 11 FUSÍVEIS ............................................................................................................................ 12 FUSÍVEL DE BAIXA TENSÃO .................................................................................... 12 FUSÍVEIS DE MÉDIA TENSÃO ................................................................................... 12 FUSÍVEL LIMITADOR DE CORRENTE ..................................................................... 12 DISJUNTORES ................................................................................................................... 12 DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ............................................................................... 12 PRINCIPAIS ELEMENTOS DE PROTEÇÃO DE UM DISJUNTOR .......................... 13 VANTAGEM DO DISJUNTOR EM RELAÇÃO AO FUSÍVEL .................................. 14 DISJUNTOR DE POTÊNCIA ......................................................................................... 14 PRINCIPIO DE INTERRUPÇÃO DE ARCO .................................................................... 15 RELÉS ................................................................................................................................. 15 RELÉS PRIMÁRIOS....................................................................................................... 15 RELÉS SECUNDÁRIOS DE AÇÃO INDIRETA .......................................................... 15 DIVISÃO DE RELÉS QUANTO A FORMA CONSTRUTIVA ................................... 16 SECCIONADORES ............................................................................................................ 17 CONTATORES ................................................................................................................... 17 TRANSFORMADORES ..................................................................................................... 17 TC: TRANSFORMADOR DE CORRENTE .................................................................. 17 TIPOS .............................................................................................................................. 18 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL: TC ................................................................. 18 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ...................................................................... 18 MEIO ISOLANTE ........................................................................................................... 18 ISOLAÇÃO ..................................................................................................................... 19 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DO TRANSFORMADOR ....................................... 20 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21 MATERIAIS MAGNÉTICOS Quando a gente passa uma corrente, a corrente induz, nesse material, uma força, que vai gerar um campo (campo magnetizante). Os materiais magnéticos são apenas 3 tipos de metais: ferro (Fe), cobalto (Co) e níquel (Ni). Todos os materiais da natureza respondem à campos magnéticos de maneiras diferentes, mas apenas os 3 acima respondem de maneira especial. PROPRIEDADES MAGNETICAS: DEFINIÇÃO E MEDIÇÃO PERMEABILIDADE MAGNÉTICA O comportamento magnético de uma substância é a sua permeabilidade magnética. Medida em [H/m]; μo = 4π10^-7 B = μrμoH Onde μr é a permeabilidade relativa e μo é a permeabilidade no vácuo. Quase os materiais respondem a um campo magnético, tornando-se magnetizados. Porém, na maioria, sua resposta é tênue e não tem utilidade prática, todavia, alguns contém átomos com grandes momentos de dipolo e tem a capacidade de se magnetizarem espontaneamente, alinhar os seus dipolos em paralelo, como fazem os dipolos elétricos em materiais ferroelétricos. Esses são os denominados ferromagnéticos e ferrimagnéticos, e tem utilidade prática. CAMPOS MAGNÉTICOS EM MATERIAIS TEORIA DOS DOMÍNIOS Todo movimento de elétronsgera uma energia potencial com certo alinhamento. Um elétron gira em torno de si mesmo criando uma energia que faz com que ele queira subir, mas outro elétron, muito próximo, gira no sentido contrário, cancelando essa energia (cancelando os momentos). O Fe, Ni, Co possuem espaço elétrons livres, ou seja, um dos elétrons não será cancelado. Na presença de um campo, esses elétrons que não serão cancelados tentarão se alinhar, magnetizando o material. O Fe possui 3 elétrons livres, o Ni possui 2 e o Co possui apenas 1. Os elétrons possuem, além de sua rotação em órbita, uma rotação em torno do próprio eixo, que gera um campo elétrico. Esse campo também é cancelado devido a não uniformidade do sentido de rotação dos elétrons. Em alguns átomos “especiais”, os elétrons de valência possuem um mesmo sentido de rotação, que faz com que exista um campo não-nulo. Estes átomos se agrupam em regiões, formando os chamados domínios. Os materiais ferromagnéticos se subdividem em domínios, dentro dos quais os momentos atômicos são paralelos, mas com uma troca de direção entre os domínios, o que minimiza o campo externo. Os domínios são separados por paredes de domínio, regiões cuja espessura é de apenas alguns átomos, nos quais os momentos oscilam entre a orientação de um e outro domínio. O resultado é que a maioria dos materiais magnéticos quando não manipulados adotam uma estrutura com campo externo mínimo, o que vale dizer que embora magnéticos, não são magnetos. Valor do momento de um domínio U = 1 2 μo × ∫ H ²dV TIPOS DE DOMÍNIO PARAMAGNÉTICOS Representados na figura (a). Os materiais paramagnéticos, apesar de terem átomos magnéticos, formam uma estrutura sem nenhum momento magnético resultante. Em alguns poucos materiais, algo diferente acontece: os campos de átomos vizinhos se interagem de tal modo que sua energia interna é reduzida e seus momentos magnéticos se alinham. Essa queda de energia é denominada energia de troca e é forte o suficiente para vencer o efeito aleatorizador da energia térmica, desde que a temperatura não seja alta demais. Ou seja, há uma energia de troca entre os elétrons que faz com os momentos se alinha, e por causa disso ele perde energia. SUBSTÂNCIAS PARAMAGNÉTICAS Magnetização fraca em direção ao campo aplicado. Varia inversamente com a temperatura. Exemplo: Platina, magnésio, alumínio e cromo. μr > 1. ANTIFERROMAGNÉTICOS Resultante de momento = 0. Representados na figura (b). Em materiais antiferromagnéticos eles se alinham na direção antiparalela, que é cabeça contra cauda, assim, não há nenhum momento líquido. FERROMAGNÉTICOS Todos os domínios se alinham. Representados na figura (c). Nos materiais ferromagnéticos, os momentos se alinham espontaneamente de modo que, se todos forem paralelos, a estrutura terá um momento líquido que é a soma de todos os átomos que ela contém. SUBSTÂNCIAS FERROMAGNÉTICAS Substâncias ferromagnéticas tem magnetização forte e em direção ao campo aplicado; Varia inversamente com a temperatura; μr >> 1; FERRIMAGNÉTICOS Óxidos de ferro. Ex: CoFe2O4. Momento de dipolo forte orientado para cima, e momentos fracos orientados para baixo. Tem propriedades isolantes. Não formam correntes parasitas. Toda a energia que eles têm são usadas para gerar dipolos. Representados na figura (d). As ferritas, materiais ferrimagnéticos, são óxidos (XFe2O4) onde ambos os átomos têm dipolo, mas suas forças são diferentes. Eles se alinham seguindo uma configuração antiparalela, porém, em razão das diferenças de momentos, o cancelamento é incompleto, deixando o momento líquido. VANTAGENS DAS FERRITAS O cancelamento parcial e o menor número de átomos magnéticos por unidade de volume significando que a saturação desses elementos é mais baixa que a do ferro. Sendo óxidos, eles são isolantes. SUBSTÂNCIAS DIAMAGNÉTICAS Magnetização fraca em oposição ao campo aplicado; Independente da temperatura; Resposta linear; μr < 1; Cu, Ag, Zn, Bi, Au, etc; CICLO DE HISTERESE Aplicando uma excitação magnética em uma dada direção, através, por exemplo, de uma bobina percorrida por corrente elétrica, envolvendo o material, os domínios começarão a se alinhar no sentido do campo aplicado. Para que esse alinhamento ocorra, a fonte deverá oferecer a energia necessária ao movimento de torção dos domínios. Essa é a energia armazenada no meio magnético. Vamos imaginar agora a seguinte experiência: uma fonte de corrente alternada senoidal alimenta uma bobina que envolve o material ferromagnético. A corrente dessa bobina é proporcional à amplitude do campo da intensidade magnética, H, aplicado no interior do material ferromagnético. (...) Ocorre quando todos os domínios estão alinhados no mesmo sentido. SUCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA É a inclinação média, ou, às vezes, a maior inclinação da curva de magnetização inicial. Quanto maior a inclinação, mais rápido o material se magnetiza. Menos inclinação, magnetização mais lenta. O campo magnético residual (remanente), B, é a retentividade do material magnético. Como a distribuição dos domínios é diferente da posição de equilíbrio natural, o material magnético retém campo magnético residual. Essa propriedade é explorada na confecção de imãs permanentes e ele ocorre devido ao atrito entre os domínios. O campo magnético voltará a ser nulo quando a corrente inverter o seu sentido e atingir o valor correspondente a uma intensidade magnética –Hc. A esse campo de intensidade magnética dá-se o nome de campo intensidade magnética coerciva. A área interna da curva de histerese é proporcional à energia dissipada no ciclo, mais precisamente, é o seu valor pelo volume do material submetido a esse ciclo. Fornece a energia dissipada em um ciclo de variação do campo magnético. MEDIR A CURVA DE HISTERESE DE UM MATERIAL O material magnético forma um núcleo que é na verdade um transformador. A corrente oscilante que passa pela bobina primária cria uma indução magnética, H, que por sua vez induz uma intensidade de campo B no material do núcleo impulsionando-o ao redor do seu laço de histerese. A bobina secundária capta da indutância cujo o estado de magnetização pode ser calculado mapeando o laço de histerese. PERDAS POR FOUCAULT As perdas por Foucault núcleo ferromagnético são devidas ao fato deste material também ser um bom condutor. Assim, sendo um campo magnético variável presente neste meio condutor induz correntes elétricas em forma de anéis. Tais correntes elétricas geram calor. CONSEQUÊNCIA DA TEMPERATURA A magnetização diminui com o aumento da temperatura, exatamente como nos ferroelétricos, há uma temperatura chamada Temperatura de Curie, acima da qual a magnetização desaparece. Seu valor é bastante superior ao da temperatura ambiente, entre 300 e 500 ºC, mas fabricar magnetos para utilizar em altas temperatura é um problema. EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS CORPO DE PORCELANA MATERIAIS CERÂMICOS Podem ser compostos de quartzo, feldspato e caolim. Os materiais cerâmicos se caracterizam por elevado ponto de fusão. Em geral, são manufaturados à frio na sua forma plástica e sofrem processos de queima até temperaturas de 2000ºC. Após a queima, o material adquire características que permitem o seu uso técnico. Preço baixo devido ao processo relativamente simples de fabricação e possuem boas características térmicas, elétricas e físicas. MATÉRIASPRIMAS Quartzo: Melhora as capacidades térmicas; Feldspato: Melhora as características isolantes Caolim: Melhora as características mecânicas; Argila: Idem. Quanto mais caolim e argila, maior a resistência à tração e compressão da peça de porcelana. CARACTERÍSTICAS Duros; Isolantes; Não-Elásticos; Alto ponto de fusão; Vantagens de custo; Não porosos, mas rugosos. Desta forma, acumulando água, poeira, humidade, etc. É necessário envernizar ou vitrificar o material cerâmico. PARA-RAIOS É um equipamento destinado à proteção de sobre tensão provocadas por descargas atmosféricas ou chaveamento na rede. Para-raios à resistores não-lineares são, em suma, um resistor não-linear que muda sua resistência conforme o nível de tensão aplicada. Ele é construído para não permitir a interrupção da transmissão de energia e faz com que a tensão se estabilize no nível desejado, permitindo o escoamento para a terra das auto-correntes induzidas provenientes das descargas atmosféricas e chaveamento de rede. CONSTITUIÇÃO 1. Corpos de porcelana: constituído de resistência mecânica e alta rigidez dielétricas, no qual estão alojados os principais elementos ativos no para-raios. 2. Resistores não-lineares: São blocos cerâmicos feitos de material refratário. Química e eletricamente estáveis. Este material é capaz de conduzir altas correntes de descargo por baixa tensão residual, entretanto, oferece uma alta impedância à corrente subsequente graças ao SiC, que apresenta um coeficiente de temperatura negativo (sua condutibilidade aumenta com a temperatura). Os resistores de ZnO também apresenta um coeficiente negativo, mas não oferece a alta impedância à correntes subsequentes. 3. Desligador automático: Composto por um elemento resistivo colocado em série com uma capsula explosiva protegida por um corpo de baquelite (plástico de alta estabilidade mecânica). Sua função é desconectar o cabo de aterramento do para-raios quando este é percorrido por uma corrente de alta intensidade capaz de provocar sua explosão, também serve como indicador de defeitos no para-raios. 4. Centelhador série: Constituído por um ou mais eletrodos espaçados (geralmente Cu) dispostos em série.com resistores não-lineares. Sua finalidade é assegurar sobre quaisquer condições uma característica de interrupção regular com rápida extinção de corrente subsequente. TERMINAL PRIMÁRIO É um dispositivo destinado a estabelecer as condições de isolação da extremidade de um condutor isolado quando este for conectado a um condutor nu. Praticamente um corpo de porcelana que abraça os dois fios, causando o isolamento. CHAVE FUSÍVEL É um equipamento destinado a proteção de sobre corrente. Desde o ponto de entrega de energia até o disjuntor geral da SE. É constituído, em sua versão mais comum, por um corpo de porcelana no qual está articulado um tubo normalmente fabricado em fenolite ou fibra de vidro. Este elemento fundamental define a capacidade de interrupção da chave, uma vez que dentro desse tubo, i.e. cartucho, é instalado o elo fusível. ELO FUSÍVEL É um dispositivo de proteção contra sobre correntes em circuitos. Alguns fusíveis são feitos de uma pequena liga metálica, geralmente constituída por chumbo e consistem em um filamento ou lâmina de metal com baixo ponto de fusão. Nada mais é que um elo metálico fraco. O tempo que ele demora para fundir é proporcional ao quadrado da corrente aplicada e da inércia térmica do material da liga metálica do elo fusível. Assim, podemos ter fusíveis de ação muito rápida, rápida, média, lenta e muito lenta. FUSÍVEIS FUSÍVEL DE BAIXA TENSÃO Geralmente do tipo NH ou Diazed. Dispositivo dopado de um elemento metálico de tensão reduzida em sua parte média (Cu, Ag Sn), colocado no interior de um corpo de porcelana hermeticamente fechado, contendo areia de quartzo de granulometria adequada. Após a fusão do elo fusível, a corrente não é interrompida instantaneamente, pois a indutância do circuito a mantem por um curto intervalo de tempo, circulando através do arco formado entre as extremidades do elemento metálico sólido. A areia de quartzo é o elemento extintor do fusível, ela absorve toda a energia calorifica produzida pelo arco, cujo favor do elemento metálico fundido fica envolvido por esta, resultando ao final de um corpo sólido isolante. FUSÍVEIS DE MÉDIA TENSÃO Não atuam na sobrecarga. FUSÍVEL LIMITADOR DE CORRENTE Sua principal característica é a capacidade de limitar a corrente de curto-circuito em tempos extremamente reduzidos. Utilizados na proteção de trafos de força, acoplados, em geral, a uma chave seccionadora. Podem substituir um disjuntor em uma SE de pequeno porte quando associados a um seccionador interruptor automático. Mesma composição do fusível de baixa tensão. Os fusíveis limitadores de corrente não apresentam um bom desempenho quando solicitados perante baixas correntes, como, por exemplo, a corrente de sobre carga, que é, em média, 2.5 vezes a corrente nominal. Sobre essas condições, o tempo de fusão do elemento pode chegar a horas, liberando uma quantidade de energia que poderia levar a ruptura do corpo de porcelana ou ainda o elemento pode não se fundir uniformemente, verificando-se alguns pontos de reacendimento. FUSIVEL COM CARACTERISTICA RAPIDA ???? DISJUNTORES DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO Pode ter dois tipos de função: desligamento por temperatura (sobrecarga), corrente alta (magneticamente, sobrecorrente). Mais comum: disjuntor termomagnético. É um equipamento de comando e proteção de baixa tensão cuja finalidade é conduzir continuamente a corrente de carga sobre condições normais, interrompendo correntes anormais de sobrecarga e curto-circuito. Os disjuntores são dotados de câmaras de extinção de arco. Em geral, consistem em uma série de placas metálicas em forma de veneziana, montadas em paralelo entre dois suportes de material isolante. As ranhuras das referidas placas sobrepõem-se aos contatos atraindo o arco que se forma a partir do deslocamento do arco móvel para seu interior, confinando-o e dividindo-o em tempo equivalente a meio-ciclo. CLASSIFICAÇÃO a) Quanto ao tipo de construção: Aberto; Caixa moldada. b) Quanto ao tipo de operação: Disjuntores termomagnéticos: são dotados de disparadores térmicos de sobrecarga e eletromagnéticos de curto-circuito; Disjuntores térmicos: Proteção contra sobrecarga; Disjuntores magnéticos: Proteção contra curto-circuito; Disjuntor limitador de corrente: Limita o valor e duração das correntes de curto- circuito, proporcionando uma redução substancial dos esforços térmicos e eletrodinâmicos. ‘ c) Quanto ao tipo de construção do elemento térmico: Sem compensação térmica: Feitos para trabalhar em 25ºC. Disjuntores tropicalizados: PRINCIPAIS ELEMENTOS DE PROTEÇÃO DE UM DISJUNTOR DISPARADOR TÉRMICO SIMPLES Consiste em lâminas de metal soldadas com diferentes coeficientes de dilatação térmica. Funcionamento: Ao juntarmos duas lâminas diferentes, por exemplo, ferro e latão, teremos uma lâmina bimetálica. Quando em temperatura ambiente, as lâminas são planas e possuem as mesmas dimensões. Ao ser aquecida, como os dois metais possuem coeficientes de dilatação térmicas diferentes, uma das lâminas se dilata mais que a outra e elas se curvam. DISPARADOR TÉRMICO COMPENSADO É constituído por um disparador térmico principal que atua mecanicamente (encosta)sobre outro elemento térmico compensador, o que neutraliza o efeito de elevação da temperatura do ambiente em que o disjuntor está inserido. Em partida de cargas. DISPARADOR MAGNÉTICO É uma bobina, geralmente em Cu, que quando atravessada por uma determinada corrente de valor superior ao estabelecido atrai o induzido e se processa a operação de desengate do mecanismo que mantém a continuidade do circuito. Fazendo com que os contatos do disjuntor se separem. Pode ser compensado ou não compensado. VANTAGEM DO DISJUNTOR EM RELAÇÃO AO FUSÍVEL 1. Disjuntores multipolares, quando submetidos a uma corrente de defeito ou de sobrecarga, em qualquer uma das fases isoladamente, abrem simultaneamente todas as fases, evitando uma operação monopolar. 2. Características de tempo versus corrente pode ser ajustada, enquanto as dos fusíveis podem ser alteradas quando submetidos a correntes próximas do seu valor de fusão. DESVANTAGENS Capacidade de interrupção geralmente inferior à dos fusíveis, principalmente em correntes nominais abaixo de 1500 A. Assim, quando instalados em pontos de circuito cuja corrente de curto-circuito supera sua capacidade de interrupção, os disjuntos devem ser pré- ligados a fusíveis limitadores de corrente para protege-los. DISJUNTOR DE POTÊNCIA É um equipamento destinado à manobra e proteção de circuitos primários capaz de interromper grandes potências de curto-circuito durante a ocorrência de um defeito. São sempre associados aos relés, sem os quais não passariam de simples chaves com alto poder de interrupção. TIPOS a) DISJUNTOR DE GRANDE VOLUME DE ÓLEO: Baixo poder de interrupção, são mais antigos; b) DISJUNTOR DE BAIXO VOLUME DO ÓLEO: substituem os de grande volume óleo nas SE atuais; c) DISJUNTORES A VACUO: ganhando o mercado dos anteriores para média tensão; d) DISJUNTORES DE SF6: Extinguem o arco rapidamente, pois o SF6 é muito inerte, porém é mais caro que os anteriores. PRINCIPIO DE INTERRUPÇÃO DE ARCO Em geral está associado à absorção de energia que se forma durante a abertura de seus contatos. Uma parte do óleo em torno do arco se transforma em gases que pode ser H, acetileno e metano, provocando uma elevada pressão na câmara hermeticamente fechada, proporcional ao valor da corrente a ser interrompida. Essa pressão gera um grande fluxo de óleo dirigido sobre o arco, extinguindo-o e devolvendo a rigidez dielétrica ao meio isolante. RELÉS DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO DISJUNTOR DE POTÊNCIA DISJUNTOR DE BAIXA POTÊNCIA RELÉS RELÉ PRIMÁRIO DE AÇÃO DIRETA RELÉ SECUNDÁRIO DE AÇÃO INDIRETA RELÉS PRIMÁRIOS Conhecidos como relés de ação direta. São empregados em pequenas e médias instalações industriais. Geralmente dispensam o uso de transformadores e não necessitam de fonte auxiliar para promover disparo do disjuntor Os relés primários de ação direta são normalmente utilizados em subestações de até 3000 KVA. A corrente de carga age diretamente sobre a bobina de acionamento, cujo deslocamento do êmbolo imerso num campo magnético formado por esta corrente, faz movimentar o mecanismo de acionamento do disjuntor. Quando as correntes de carga envolvidas são muito grandes, a bobina de acionamento do relé pode ser alimentada através do secundário de um transformador DC. RELÉS SECUNDÁRIOS DE AÇÃO INDIRETA Utilizados em instalações de médio e grande porte necessitam de transformadores redutores como finte de alimentação. Requerem em geral uma fonte de corrente contínua ou alternada para a energização de uma bobina de abertura. Este sistema requer além dos relés propriamente ditos, um relé neutro, 2 ou 3 transformadores de corrente e um conjunto retificador carregador e flutuador, além de um banco de baterias e uma área fechada para proteção dos elementos. É um sistema oneroso, mas muito utilizado em subestações com capacidade acima de 3000 KVA. DIVISÃO DE RELÉS QUANTO A FORMA CONSTRUTIVA RELÉ FLUODINÂMICO São constituídos de uma bobina com grossas espiras ligadas em série com o conjunto a ser protegido. No interior da bobina desloca-se o êmbolo metálico em cuja extremidade inferior é fixada num sistema de 2 arruelas providas de furos. Estes furos permitem que o relé aja em 2 curvas diferentes. O relé dispõe de um êmbolo que está contido no interior do corpo metálico dentro do qual se desloca certa quantidade de óleo de vaselina, cuja função principal é impedir o deslocamento do êmbolo em transitórios de curtíssima duração. É de fácil instalação. RELÉS ELETROMAGNÉTICOS O princípio de funcionamento se baseia na força de atração entre elementos metálicos e material magnético. A força eletromagnética desloca um elemento móvel, instalado no circuito magnético de modo a reduzir sua relutância. Encontrado em instalações elétricas industriais, mas não em subestações de potência, devido a dificuldade de coordenação com elos fusíveis e demais relés de distribuição. RELÉS ELETRODINÂMICOS Funcionam dentro de um princípio básico de atuação de 2 bobinas, sendo 1 móvel interagindo dentro de um campo formado por outra bobina fixa, tal como se constrói instrumentos de medida de tensão e corrente conhecidos como de bobina móvel. É caro. RELÉS DE INDUÇÃO Também são relés secundários. RELÉS TÉRMICOS São atravessados pela corrente de fase do sistema diretamente ou por meio de TC’s (Transformadores de corrente) e através de elementos térmicos que possuem características semelhantes ao equipamento que se quer proteger atuam sobre o circuito de alimentação da bobina, desenergizando o sistema antes que a temperatura atinja valores acima do máximo permitido RELÉS DE SOBRECORRENTE ESTÁTICOS Dispensam alimentação auxiliar, o que torna sua aplicação conveniente. Recebem uma caixa blindada para evitar interferência magnética externa RELÉS ELETRÔNICOS Proteção baseada em técnicas de microprocessadores. Mantém os mesmos princípios de proteção, porém oferece além das funções de seus antecessores, maior velocidade, menor sensibilidade, interface amigável, acesso remoto. RELÉS DE SOBRECARGA Relés de sobrecarga devem ser protegidos de elevadas correntes de curto circuito, através de fusíveis SECCIONADORES Seccionador é um equipamento destinado a interromper de modo visível a continuidade de um circuito. Devido ao seu poder de interrupção ser praticamente nulo, as chaves seccionadoras devem ser operadas com circuito em ****. CONTATORES Dispositivo de manobra mecânica, de operação não manual. Tem uma única posição de repouso e é capaz de estabelecer, conduzir ou interromper em condições normais de circuito, além de alguns tipos de sobrecargas previstas. Quando é energizada, a força eletromecânica puxa as molas, obrigando os contatos móveis a se fecharem sobre os contatos fixos. Relé bimetálico para contatores. Dispositivos dotados de par de lâminas, com coeficiente de dilatação linear diferentes. Aplicações: Acoplamento de contatores, acionamento de motores, proteção auxiliar de motores trifásicos. TRANSFORMADORES COMUM: FREQUÊNCIA: TCs e TPs: Transformadores mais simples. Custo menor. O TC reduz uma corrente uma corrente elevada para, quase sempre, 5 A. TC: TRANSFORMADOR DE CORRENTE Acoplado a ele, fica ou o equipamento de medição, ou os relés de proteção. Para serviços de medição ou de proteção. Os TCs são equipamentos capazes de reduzir a corrente que circula no seu primário para um valor inferior no secundário, compatível com o medidor. Os TCs,no geral, são constituídos de um enrolamento primário normalmente com poucas espiras de Cu, com núcleo magnético mole, geralmente Fe, e o enrolamento secundário para uma corrente nominal padronizada de 5 A. TIPOS Tipo barra: O primário é constituído por uma barra fixa através do núcleo; Tipo enrolado: O enrolamento primário é constituído de uma ou mais espiras envolvendo o núcleo; Tipo janela: abertura através do núcleo por onde passa o condutor, fazendo as vezes no primário; Tipo bucha: Semelhante ao tipo barra, porém sua instalação é feita na própria bucha dos equipamentos a serem protegidos ou medidos, a qual [a bucha] funciona como enrolamento primário; Tipo núcleo dividido: Semelhante ao tipo janela, mas o núcleo pode ser separado para permitir envolver o condutor que funcionará como enrolamento primário. CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM TCs Quanto da desconexão de equipamentos de medidas a ele ligados, não deixar os terminais abertos, porque os TCs não possuem efeito desmagnetizante no secundário, tornando a corrente de excitação o valor da corrente primária e originando um fluxo muito intenso no núcleo, provocando perdas elevadas no ferro, o que pode danificar a isolação do TC. TRANSFORMADOR DE POTENCIAL: TC É um equipamento capaz de reduzir a tensão do circuito em níveis compatíveis (???). A tensão primaria do TP é função da tensão nominal do sistema elétrico ao qual ele está ligado. A tensão secundaria, no entanto, é padronizada e tem um valor fixo de 115V. Podem ser construídos para serem ligados entre as fases do sistema ou entre fases e neutro. Resistentes: devem suportar sobre tensão permanente de até 10% sem que lhes ocorra nenhum dano. Próprios para alimentar instrumentos de impedância elevada, como voltímetros, bobinas de potencial, de medidores de energia, etc. TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA É um equipamento que por meio de indução eletromagnética transfere a energia de um circuito, chamado primário, para outro, secundário ou terciário, sendo mantida a frequência, porem com tensões e correntes diferentes. MEIO ISOLANTE Transformadores imersos em óleo mineral isolante; Transformadores a seco: os transformadores a seco são empregados em instalações de prédio de habitação e locais propícios para vida humana. Construído com resina epoxi. VANTAGENS DA RESINA EPOXI As resinas epoxi não necessitam de manutenção, pois não tem óleo. Não possuem riscos de vazamento, pois é um isolante sólido. Os transformadores encapsulados não precisam de tanque nem de radiadores. Resina epoxi não é inflamável, ocupa pouco espaço e tem pesos menores. DESVANTAGENS Preço. LIMITAÇÕES Só opera até 35KV e precisa ser abrigado da disposição. ISOLAÇÃO O líquido isolante de um transformador tem a função de transferir o calor gerado pelas perdas internas do transformador paras paredes do tanque e radiadores. O óleo mineral deve apresentar alta rigidez dielétrica e excelente fluidez. O óleo é inflamável. ISOLANTE LÍQUIDO ASCAREL Possui propriedades elétricas semelhantes ao óleo mineral com a vantagem de não ser inflamável. Ele está proibido no Brasil desde 1981 por ser um material altamente cancerígeno e nocivo ao meio ambiente. Quando se precisa de transformadores não inflamáveis, é utilizado transformadores a seco ou a óleo de silicone. OLEO DE SILICONE Possui boas características dielétricas e só é inflamável em temperaturas muito acima as de serviço. Desvantagem: preço. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DO TRANSFORMADOR RELÉ DE BULCHHOZ (RELÉ DE GÁS) Tem a função de sinalizar o painel de controle ou acionar o dispositivo de proteção quando na presença de um gás no interior do transformador. É provido de flutuadores que ao serem atingidos por bolhas de gás provocam o fechamento de dois contatos elétricos responsáveis pelo acionamento de um circuito de sinalização. DESUMIDIFICADOR DE AR Impedir a entrada de umidade através da abertura de passagem de ar que se dá sobre a superfície do liquido do transformador. REFERÊNCIAS Ashby , Michael; Shercliff, H.; Cebon, D. “Materiais – engenharia, ciência, processamento e projeto”. Elsevier .Trad. da 2ª ed. americana. Schmidt, Walfredo; “Materiais elétricos – Volume 2: Isolantes e magnéticos”. Blucher . 3ª edição. Callister Jr., W. D.; Rethwisch, D. G. “Ciência e Engenhariade Materiais – Uma Introdução”. Tradução da 8ª Edição Americana. LTC Prof.ª Veronica Etchebehere.
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