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Aula - Bases da pesquisa epidemiológica

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Bases da pesquisa epidemiológica
Disciplina: Epidemiologia
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FORMAS DE COMPREENSÃO DO MUNDO
Religião
Filosofia
Ciência
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O MÉTODO CIENTÍFICO INCLUI:
Um modo de raciocinar
Conjunto de estratégias e informações
Repertório de técnicas adequadas ao objeto proposto
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É demarcada pela formulação de questões (através de hipóteses) e resolução de problemas.
A sistemática predominante de raciocínio em Epidemiologia é a lógica indutiva (evidências). Parte-se do específico, de observações, e estabelece-se uma proposição mais geral.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
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O raciocínio epidemiológico detém-se no coletivo enquanto o raciocínio clínico se ocupa do indivíduo;
A construção do problema na epidemiologia tem origem quando doenças ou agravos à saúde ocorrem em grupos humanos (populações);
O sistema lógico causal é pensado em termos probabilísticos (probabilidades que um indivíduo tem de adoecer ou morrer). Assim, propõe-se a noção de risco (probabilidade de ocorrência de um evento).
PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
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PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
Por que?
 Embora o nível primário de interesse seja o indivíduo, o objetivo final da epidemiologia é melhorar o perfil de saúde das populações.
 Populações são necessárias para se fazer inferências sobre a relação entre determinados fatores e a ocorrência de doenças.
Clínica
Epidemiologia
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É empírica, baseada na coleta sistemática de informações sobre eventos ligados à saúde em uma população definida e na quantificação destes eventos.
Adota uma concepção multicausal de compreensão dos fenômenos.
O tratamento numérico dos fatores investigados se dá através de três procedimentos:
PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
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1 Mensuração: atribuição de valor ou qualidade a cada unidade de observação. Ex: sexo (masc./ fem.)
2 Estimação: processo matemático para obter um valor numérico a partir de uma amostra (estimativa).
3 Testes estatísticos de hipóteses: avaliam o quanto o acaso pode ser responsável por um resultado encontrado em uma amostra.
PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
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Descrever a freqüência e distribuição de eventos ligados à saúde em populações específicas.
Explicar a ocorrência de doenças, identificando os determinantes e modo de transmissão nas populações.
Predizer a freqüência de doenças e os padrões de saúde em populações específicas.
Controlar a ocorrência de doenças e de outros eventos ou estados negativos para a saúde.
OBJETIVOS DA PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
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São perturbações ocorridas na estrutura epidemiológica representadas por:
Eclosão de novas doenças
Recrudescimento de doenças antigas 
Aumento de freqüência de doenças consideradas sob controle. 
PROBLEMAS EPIDEMIOLÓGICOS: 
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UMA GRAVE EPIDEMIA – John Snow, epidemia de cólera em Londres, 1854 – Conclusão: via de transmissão hídrica; 
ATRAVÉS DE UM FATO - Norman Gregg (início da dec. 40), oftalmologista austríaco, casos de rubéola na gravidez e catarata em crianças.
OUTRAS SITUAÇÕES - necessário um investimento logístico e institucional de alta monta (ex.: Aids), 1981 CDC/EUA correlação entre sarcoma de Kaposi e pneumonia Pneumocystis entre homossexuais aparentemente sadios - 18 meses depois mais de 1.000 casos notificados. 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE PROBLEMAS EPIDEMIOLÓGICOS: 
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ATIVIDADE ACADÊMICA: articula docência e pesquisa, e no campo das ciências da saúde, assistência a pacientes.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: funciona como observatório privilegiado para a detecção precoce de problemas emergentes. 
EXERCÍCIO DA CLÍNICA: o atendimento individualizado cria condições de observação de fenômenos de ordem clínica que interessa ao diagnóstico e à terapêutica. Permite, também, observar regularidades e discrepâncias entre os doentes.
FONTES COMPLEMENTARES NO LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS EPIDEMIOLÓGICOS: 
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Dá-se no estabelecimento da relação entre variáveis Corresponde às perguntas do questionário.
Tipos: 1. qualitativas (nominais e ordinais) e 
	2. quantitativas (discretas ou inteiros e contínuas ou fracionárias)
Relação entre as variáveis:
Variável Independente ou Preditora – causa ou exposição.
 Variável Dependente ou Resposta – efeito, desfecho ou conseqüência. 
RESOLUÇÃO DE UM PROBLEMA EPIDEMIOLÓGICO
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Hipótese – é uma conjectura com a qual se procura explicar, por tentativas, fenômenos ocorridos ou ocorrentes. 
Qualquer conjectura que é construída de forma a ser testada ou refutada. 
A hipótese orienta e determina a natureza dos dados a serem coletados e, portanto, a metodologia da pesquisa.
A produção dos dados é realizada com o objetivo de:
 ACEITAR OU REJEITAR A HIPÓTESE.
PROBLEMA EPIDEMIOLÓGICO
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Ex: A subnutrição intra-uterina é um fator de risco para doença cardiovascular.
Ex: Crianças com baixo peso ao nascer têm maior probabilidade de sofrer de doença coronariana na vida adulta, em comparação com crianças nascidas com peso normal.
HIPÓTESE
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No intuito de conhecer a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar seu curso, três estratégias de abordagem foram desenvolvidas:
 O estudo de casos
 A investigação experimental em laboratório
 A pesquisa populacional
ENFOQUES PARA PESQUISAR UM TEMA EM SAÚDE
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Útil para avaliação inicial de problemas mal conhecidos. A observação de um caso ou de poucos casos possibilita reconhecer e descrever as principais características de uma afecção. Trata-se um de processo eminentemente clínico, apoiado em evidências laboratoriais. 
Aspecto positivo: observação intensiva de cada caso.
Aspecto negativo: os casos podem ser selecionados (enfermos graves, de evolução atípica, reação inusitada ou de resultado terapêutico inesperado).
1. ESTUDO DE CASOS
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O grau de subjetividade na aferição dos dados pode ser reduzido pela adoção de rigorosos controles, que servem também de parâmetros para a comparação dos resultados. 
Por motivos éticos o foco de avaliação incide em animais.
Problema: extrapolar resultados obtidos em animais para seres humanos. Razão: diferenças entre espécies podem invalidar as generalizações.
2. INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL
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É a abordagem central da epidemiologia, sendo também empregada em outras áreas como a genética e as ciências sociais.
3. PESQUISA POPULACIONAL
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TIPOS DE ESTUDO SEGUNDO PROPÓSITO GERAL
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* Têm o objetivo de informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos. 
* Podem ser de incidência ou de prevalência. 
* Neles não há a formação de grupos-controle para comparação dos resultados.
* Observa os acontecimentos básicos de uma distribuição em termos de PESSOA, LUGAR E TEMPO
ESTUDOS DESCRITIVOS
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Identificar grupos de risco, o que informa sobre as necessidades e as características dos segmentos que poderiam beneficiar-se de alguma forma de medida saneadora – daí a íntima relação da epidemiologia com a prevenção de doenças e o planejamento de saúde; 
Sugerir explicações (hipóteses) para as variações de freqüência, o que serve de base ao prosseguimento de pesquisas sobre o assunto, através de estudos analíticos. 
SÃO UTILIZADOS PARA ALCANÇAR DOIS OBJETIVOS PRINCIPAIS: 
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Ferramentas da epidemiologia descritiva: medidas de prevalência e de incidência.
Ferramentas da epidemiologia analítica: estudos epidemiológicos.
 Um erro comum em epidemiologia é realizar o estudo de eventos utilizando ferramentas da epidemiologia analítica sem ter uma base sólida da epidemiologia descritiva da condição do evento estudado.
ESTUDOS DESCRITIVOS: 
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Estão usualmente subordinados a uma ou mais questões científicas, as “hipóteses”, que relacionam eventos: uma suposta “causa ou exposição” e um dado “efeito ou doença”. 
São estudos que procuram esclarecer uma dada associação entre uma exposição, em particular, e um efeito específico. 
ESTUDOS
ANALÍTICOS
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EXEMPLOS DE ESTUDOS ANALÍTICOS
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 Diferem entre si pelo modo de:
 Selecionar as unidades de observação;
Mensurar os fatores de risco ou de prognóstico;
Identificar as variáveis de desfecho;
Comparar os grupos que fazem parte do estudo;
Estabelecer a ação do pesquisador (ativa ou passiva).
DESENHOS DE ESTUDO
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TIPOS DE DESENHOS DE ESTUDO SEGUNDO O CONTROLE DO INVESTIGADOR SOBRE A EXPOSIÇÃO
EXPERIMENTAIS
O investigador controla a exposição ao fator de interesse
QUASE-EXPERIMENTAIS
Há o controle, mas a alocação dos indivíduos não é aleatória
OBSERVACIONAIS
O investigador não controla nem a exposição nem a alocação do indivíduos
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TIPOS DE ESTUDO SEGUNDO A DIREÇÃO TEMPORAL DAS OBSERVAÇÕES
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TIPOS DE ESTUDO SEGUNDO A UNIDADE DE OBSERVAÇÃO
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PONTO DE PARTIDA DA INVESTIGAÇÃO NOS PRINCIPAIS TIPOS DE ESTUDO
Exposição
Doença
Estudo de Coorte
Estudo de Caso-controle
Estudo Transversal
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A escolha de um tipo de desenho para investigar uma hipótese de exposição-doença depende da natureza da doença, do tipo de exposição, do conhecimento existente sobre essa relação e dos recursos disponíveis.
DESENHOS DE ESTUDO
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