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Prática-Laboratório de operações unitárias e fenômenos de transporte: Determinação da difusividade de solventes voláteis através do ar estagnado Discentes: Nayara Thalita Vanessa de Araújo Veloso Thais MONTES CLAROS – MG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Curso de Engenharia de Alimentos Disciplina: Laboratório de Operações Unitárias INTRODUÇÃO A difusão representa o transporte em nível molecular entre uma região de concentração elevada para outra região de concentração baixa (INCROPERA, DE WITT, 2003). Segundo esses autores, o transporte difusivo fundamenta-se em aspectos relacionados com soluto e solvente, temperatura, pressão e potencial químico, entre outros. A grandeza que mede a intensidade da transferência de massa por difusão é o coeficiente de difusão, também chamado de difusividade mássica. O coeficiente de difusão é um valor que representa a facilidade com que cada soluto em particular se move em um solvente determinado, que depende da pressão, temperatura e composição do sistema. Existem vários métodos para a determinação do coeficiente de difusão mássica na literatura. Um desses métodos permite estudar a difusão do vapor de um líquido volátil no ar. Dispõe-se de um tubo delgado de alguns centímetros de comprimento e enche- se esse tubo com um líquido volátil tal como éter, acetona ou tetracloreto de carbono. À medida que o líquido evapora, desce o nível da coluna de líquido. O experimento consiste em medir a distância h entre o extremo superior do tubo e a parte inferior do menisco em função do tempo t. A partir da inclinação da reta, obtém o coeficiente de difusão D. O objetivo da aula prática foi determinar o coeficiente de difusão de um solvente (acetona) em regime pseudo-estacionário através de um filme estagnado. MATERIAL E MÉTODOS Material Provetas graduadas de pequeno diâmetro: 5 a 10 cm vazias Solvente: acetona Ventilador Paquímetro Relógio Banho-Maria Métodos A proveta foi preenchida com acetona até uma certa altura. Em seguida, foi medida a altura entre a borda da proveta e a interface do solvente e o material levado ao banho-maria a 40ºC. Durante o banho-maria, a altura entre a borda da proveta e a interface do solvente foi medida novamente em intervalos de tempo de 15 minutos por um período de 45 minutos. O experimento foi realizado em duplicata. Por fim, foram realizados os cálculos para análise dos resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segue abaixo os dados do experimento: Tabela 1- apresenta as respectivas constantes e dados utilizadas no experimento. Constantes da Equação de Antoine Acetona Etanol A 7,02447 8,04494 B 1161,00 1554,300 C 224,00 222,65 Massa molar 58,08g/mol 46.06 g/mol Massa específica 790kg/m3 789kg/m3 Constante universal dos Gases (R) 8,314kPa.m3/mol.K Pressão atmosférica 101,325 kPa Temperatura ambiente 30oC Tabela 2- Apresenta as alturas entre a borda da proveta e a interface do solvente nos respectivos tempos. Tempo (min) Altura Proveta com Etanol (m) Altura Proveta com Acetona (m) 0 0,11100 0,11180 15 0,11710 0,11317 30 0,11771 0,11552 45 0,20588 0,20068 60 0,20671 0,20140 75 0,20843 0,20374 90 0,20906 0,20401 105 0,21000 0,20433 120 0,21200 0,20700 Cálculo da pressão de vapor da Acetona: logP = A – B/(C+t) logP = 7,0247 – 1161/(224+40) logP = 7,0247 – 4,39773 logP = 2,62674 P = 419,45 mmHg = 56 kPa Cálculo da pressão de vapor do Etanol: logP = A – B/(C+t) logP = 8,04494 – 1554,300/(222,65+40) logP = 8,04494 – 5,91776 logP = 2,12717 P = 327,80 mmHg = 43,70 kPa Cálculo da fração mássica média do ar no solvente YA1=(Pvap/Patm) YA1=(43,70kpa/101,3kpa) YA1 = 0,4313kpa (Etanol) YB1 = (56kpa/101,3kpa) YB1=0, 5528 (Acetona) Cálculo da concentração do solvente no ar CA = 0,0404 kmol/m3 Cálculo da difusividade dos solventes Etanol e Acetona no ar para cada tempo DAB = ρA 𝑀𝐴 . 1 𝐶. 𝐿𝑛 . 1 − 𝑦 𝑎 1 − 𝑦𝑎,𝑠 .𝑇𝑓 . (𝑍𝑓2− 𝑍𝑖 ²) 2 Onde, ρA = Massa específica 𝑀𝐴 = Massa molar 𝐶 = Concentração do solvente no ar 𝑍𝑓2 − 𝑍𝑖 ² = Diferença das alturas entre a borda da proveta e a interface do solvente Resultados do cálculo DAB Tempo (em min) Acetona (em m²/s) Etanol (em m²/s) 15 7,07 𝑥 10−05 5,73 𝑥 10−04 30 6,16 𝑥 10−05 29,52 𝑥 10−06 45 2,05 𝑥 10−03 3,92 𝑥 10−03 60 1,10 𝑥 10−03 35,29 𝑥 10−06 75 4,27 𝑥 10−05 58,87 𝑥 10−06 90 4,68 𝑥 10−06 18,07 𝑥 10−06 105 4,01 𝑥 10−06 23,19 𝑥 10−06 120 3,18 𝑥 10−05 43,49 𝑥 10−06 A relação entre difusividade e tempo está representada no gráfico 1. Gráfico 1: Relação entre difusividade e tempo. Pode se observar através do gráfico que houve um aumento da difusividade dos dois solventes até alcançar um certo pico e logo após atingindo um equilíbrio. Notou-se que a etanol apresentou um pico de difusividade maior em relação a acetona no tempo de 45 minutos. -5,00E-04 0,00E+00 5,00E-04 1,00E-03 1,50E-03 2,00E-03 2,50E-03 3,00E-03 3,50E-03 4,00E-03 4,50E-03 0 20 40 60 80 100 120 140 D if u si v id a d e( m 2 /s ) Tempo (min) Difusividade dos líquidos em relação ao Tempo Difusividade Etanol Difusividade Acetona Fluxo Molar das Espécies Químicas Empregadas no experimento. N A,Z = [A x DA,B /RT(Z2 - Z1)] x (PA2-PA1) ; Etanol N A,Z = 6,436E-08 kmol/s N A,Z = [A x DA,B /RT(Z2 - Z1)] x (PA2-PA1) ; Acetona N A,Z = 4,962E-08 kmol/s Fluxo do solvente e comparação com o valor obtido utilizando variação da massa mA Etanol = MA x N A,Z ; mA Etanol =6,436E-08 x 46,06 ; mA Etanol = 2, 964E-08 kg/s mA Acetona = MA x N A,Z ; mA acetonal =4,962E-08 x 48,08 ; mA Etanol = 2,385 E-06 kg/s Com base nos valores de ma, pode-se inferir que a fração mássica foi aceita, já que em todos os tempos DR<1,38, que é o DRo para três medições. CONCLUSÃO Pode se observar que a medida que o tempo aumenta há um aumento na difusividade dos solventes até a mesma alcançar o equilíbrio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INCROPERA, F.P.; DE WITT, D.P. Fundamentos de transferência de calor e de massa. 5 ed. [S.1.]: Editora LTC, 2003. 698p. Disponível em: < http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/12/TDE-2009-02-04T091820Z- 1518/Publico/texto%20completo.pdf>. http://www.ebah.com.br/content/ABAAABeGgAB/determinacao-coeficiente-difusao-massica- 2013-experiencia-stefan
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